Administração financeira n3

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ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS – AECG FACULDADE PADRÃO IV ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA FONTES DE FINANCIAMENTOS - 1 -

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ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS – AECGFACULDADE PADRÃO IV

             

  

  

 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRAFONTES DE FINANCIAMENTOS

 

 

                                                                                                    

 

                

 

 

 

 

Aparecida de Goiânia- 1 -

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2010

BRUNA SHYALLYERICK

VALÉRIA PEREIRA DE JESUSWANDERLEIA RODRIGUES SOARES E SILVA

           

  ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

FONTES DE FINANCIAMENTOS

                                                          

     

 

 

Aparecida de Goiânia- 2 -

Trabalho acadêmico apresentado à disciplina de Administração Financeira, do curso Administração de Empresas, turma C 5, Associação de Educação e Cultura de Goiás – AECG – Faculdade Padrão Unidade IV, como nota complementar a avaliação N 2.

Orientador: Simone Nóbrega

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2010

Sumário

1.

INTRODUÇÃO...................................................................................................................................4

2. O QUE É FINANCIAMENTO.........................................................................................................5

3. FINANCIAMENTOS EM MOEDA NACIONAL..............................................................................5

3.1 FINANCIAMENTO A CURTO PRAZO........................................................................................5

3.1.1 HOT MONEY…………………………………………………………………………………………..5

3.1.2 CONTA GARANTIDA................................................................................................................5

3.1.3 DESCONTO DE RECEBIVEIS,................................................................................................6

3.1.4 FACTORING.............................................................................................................................6

3.1.5 VENDOR...................................................................................................................................7

3.1.6 EMPRESTIMOS PARA CAPITAL DE GIRO.............................................................................8

3.2 FINANCIAMENTOS DE LONGO PRAZO...................................................................................8

3.2.1 RECURSO DE CAPITAL PRÓPRIO...........................................................................8

3.2.2 EMPRÉSTIMO BANCÁRIO........................................................................................8

3.2.3 CAPITAL DE RISCO………………………………………………………………………..9

3.2.4 DEBÊNTURES………………………………………………………………………………9

3.2.5 FINAME.....................................................................................................................................9

3.2.6 CARTÃO BNDES......................................................................................................................9

4. FINANCIAMENTO EM MOEDA ESTRANGUEIRA…………………………………...…….………10

4.1 RESOLUÇÃO 63…………………………………………………………………………..…10

4.2 FINANCIAMENTO DE IMPORTAÇÃO…………………………………………………….11

4.3 EXPORT MOTE………………………………………………………………………………11

5. ARRENDAMENTO MERCANTIL………………………………...………………………….12

5.1 LEASING FINANCEIRO……………………………………………………………………..12

5.2 LEASING OPERACIONAL………………………………………………………………….12

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5.3 LEASING BACK………………………………………………………………………………12

6. CONCLUSÃO..............................................................................................................................13

7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................................14

1. INTRODUÇÃO

Para ter retorno que você tanto sonha é preciso acompanhar o ritmo do mercado. Mas onde conseguir dinheiro para investir em sua empresa? Como obter o financiamento adequado ao tipo de atividade que você trabalha?

Sem dúvida, um dos requisitos essenciais para o sucesso na expansão de sua atividade é a habilidade para obter e manter o financiamento apropriado. Levantar capital é um dos requisitos básicos de um negócio.

A necessidade de financiar está diretamente ligada ao mercado. "Se o seu produto tem boa aceitação e a demanda é cada vez maior, você precisa investir para não ficar fora do mercado”. Em função disso, começa a surgir a necessidade de financiamento.

Uma empresa tem duas formas de financiar a sua atividade: recorrendo a capitais ou a capitais de terceiros.

Os capitais próprios são aqueles que não tem contrapartida fixa de renumeração, ou seja trata-se de capital que pode ou não ser remunerado de acordo com a rentabilidade gerada pela empresa.

Os capitais de terceiros, por seu lado, são aqueles que tem em contra partida uma remuneração mínima fixada (que pode ser uma taxa fixa ou variável, de acordo com uma taxa de referência de mercado) e que em regra possuem um esquema de reembolso previamente definido.

Normalmente , quando se pensa em iniciar um projeto empresarial fazem´-se contas aos capitais proprios disponiveis para o investimento inicial.

No entanto, é necessario ter em conta que o recurso a capitais alheios permite a “alavancagem” dos capitais proprios, isto é, aumenta o seu risco e também o seu retorno potencial.

Para escolher a melhor opção para um financiamento de acordo com o projeto definido e necessário conhecer os vários tipos de financiamentos existentes no Brasil.

Neste trabalho são evidenciadas as formas mais comuns de capitais próprios e de terceiros utilizados no financiamentos das empresas, tanto a curto prazo como a longo prazo.

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2. O QUE É FINANCIAMENTO

São operações financeiras por meio das quais são fornecidos recursos para a execução de um investimento, previamente acordado entre as partes: banco e empreendedor. Pode ser desde a compra de um equipamento, até a implantação d euma nova unidade ou complexo industrial. Os recursos devem obrigatoriamente ser empregados na execução da finalidade contratada.

3. FINANCIAMENTOS EM MOEDA NACIONAL

3.1 FINANCIAMENTOS A CURTO PRAZO Existem diversas fontes alternativas de financiamentos de curto prazo, isto é, financiamento com um prazo de exigibilidade até um ano: Os mais relevantes são:

3.1.1 HOT MONEYSão empréstimos de curtíssimos prazos que os bancos fazem às empresas. Estas

recorrem a essa fonte de recursos para ajustar seus fluxos de caixa.            A taxa de juros do HOT MONEY apresenta-se “linearizada”, pois é apresentada na forma de taxa mensal ao dia útil ou taxa de OVER, ou seja, a taxa efetiva de um dia útil multiplicada por 30 dias (convenção de mercado).            Para financiamentos de valores elevados, geralmente a operação é contratada por um dia e renovada no dia seguinte, caso haja necessidade. Tal procedimento evita riscos para as partes em períodos de grandes oscilações nas taxas de juros.            É comum, de forma a simplificar os procedimentos operacionais, para os clientes tradicionais da mesa neste produto, criar-se um contrato fixo de hot, estabelecendo as regras deste empréstimo e permitindo a transferência de recursos ao cliente a partir de um simples telex, telefonema ou fax, garantidos por uma Nota Promissória já previamente assinada, evitando-se assim o fluxo corrido de papéis para cada operação.            Por ser uma operação de curto prazo, o Hot Money tem a vantagem de permitir uma rápida mudança de posição no caso de uma mudança brusca para baixo nas taxas de juros.

A formação de taxa para o Hot Money e definida pela taxa do CDI do dia da operação, acrescido de mais algum custo que deverá ser mencionado no contrato.

3.1.2 CONTA GARANTIDAAbre-se uma conta de crédito (conta garantida) com um valor-limite que

normalmente é movimentada diretamente pelos cheques emitidos pelo cliente, desde que não haja saldo disponível na conta corrente de movimentação. À medida que, nessa última, existam valores disponíveis, estes são transferidos de volta, para cobrir o saldo devedor da conta garantida.

Para o cliente, o produto garante uma liquidez imediata para suas emergências. Para o banco, é um instrumento mercadológico forte, mas que, se mal administrado, pode representar uma perda significativa, tendo em vista seu impacto sobre a administração de

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reservas bancárias, já que é necessário deixar recursos de suas reservas de livre movimentação em Stand by para atender à eventual demanda e, portando, sem aplicação.

Algumas contas garantidas têm caráter apenas de conta devedora, funcionam separadas da conta corrente e, normalmente, exigem do cliente o aviso com antecedência dos valores a serem sacados, razão pela qual trabalham com taxas de juros menores.

Os juros sobre esse produto são calculados diariamente sobre o saldo devedor e cobrados normalmente, no primeiro dia útil do mês seguinte ao de movimentação.

O IOF é calculado sobre o saldo devedor na base de 0,0041% ao dia para pessoa jurídica (1,5% a.a.) e 0,0164 ao dia para pessoa física ( 6% a.a.).

3.1.3 DESCONTO DE RECEBIVEIS, CRÉDITO BANCÁRIO OU DESCONTO DE TITULOS OU DUPLICATAS

É o adiantamento de recursos aos clientes, feito pelo banco, sobre os valores referenciados em duplicatas de cobrança ou notas promissórias, de forma a antecipar o fluxo de caixa do cliente.

O cliente transfere o risco do recebimento de suas vendas a prazo ao banco e garante o recebimento imediato dos recursos, que, teoricamente, só teria disponíveis no futuro.

O banco deve selecionar cuidadosamente a qualidade de crédito das duplicatas ou NP de forma a evitar a inadimplência.

Normalmente, o desconto de duplicatas é feito sobre títulos com prazo máximo e mínimo de acordo com a relacionamento Empresa X Bancos. O IOF é calculado sobre o principal, com a alíquota de 0,0041% ao dia para pessoa jurídica (1,5% a.a.) e 0,0164 ao dia para pessoa física (6% a.a.), limitado aos valores anuais,caso o prazo seja maior do que doze meses.

A operação de desconto dá ao banco o direito de regresso, ou seja, no vencimento, caso o título não seja pago pelo sacado, o cedente assume a responsabilidade do pagamento, incluindo multa e/ou juros de mora pelo atraso.

Outros tipos de operações de desconto também são feitos sobre os recibos de venda de cartões de crédito e os cheques pré-datados. Estas duas alternativas são uma forma criativa de adiantamento de recursos para as empresas comerciais. Os cheques pré-datados ficam em caução, como garantia do empréstimo.

3.1.4 FACTORINGÉ uma atividade comercial, mista e atípica, que soma prestação de serviços à

compra de ativos financeiros.A operação de Factoring é um mecanismo de fomento mercantil que possibilita à

empresa fomentada vender seus créditos, gerados por suas vendas à prazo, a uma empresa de Factoring. O resultado disso é o recebimento imediato desses créditos futuros, o que aumenta seu poder de negociação, por exemplo, nas compras à vista de matéria-prima, pois a empresa não se descapitaliza.

A Factoring também presta serviços à empresa - cliente, em outras áreas administrativas, deixando o empresário com mais tempo e recursos para produzir e vender. A Factoring é destinado exclusivamente às Pessoas Jurídicas, principalmente as pequenas e médias empresas.

A finalidade principal da empresa de Factoring é o fomento mercantil. Fomentar, assessorar, ajudar o pequeno e médio empresário a solucionar seus problemas do dia a dia, são as finalidades básicas de uma Factoring.Vantagens da Parceria com uma Factoring

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A empresa recebe à vista suas vendas feitas à prazo, melhorando o fluxo de caixa para movimentar os negócios;

Assessoria administrativa; Cobrança de títulos ou direitos de créditos; Agilidade e rapidez nas decisões; Intermediação entre a empresa e seu fornecedor. O Factoring possibilita a compra

de matéria-prima à vista, gerando vantagens e competitividade; Análise de risco e assessoria na concessão de créditos a clientes.

Processo de Factoring inicia-se com a assinatura de um Contrato de Fomento Mercantil (contrato – mãe) entre a empresa e a Factoring onde são estabelecidos os critérios da negociação e o fator de compra.

São 4 as etapas básicas do processo: A empresa vende seu bem, crédito ou serviço à prazo, gerando um crédito

(exemplo: Duplicata Mercantil), no valor correspondente; A empresa negocia este crédito com a Factoring; De posse desse crédito, a Factoring informa o sacado sobre o fato e a forma de

cobrança (carteira ou banco); Findo o prazo negociado inicialmente, a empresa sacada pagará o valor deste

crédito à Factoring, encerrando a operação. No mercado brasileiro o Factoring é mais atuante na modalidade convencional.

Segue abaixo um pequeno resumo das principais modalidades:Convencional – É a compra dos direitos de créditos das empresas fomentadas, através de um contrato de fomento mercantil;Maturity – A Factoring passa a administrar as contas a receber da empresa fomentada, eliminando as preocupações com cobrança;Trustee – Além da cobrança e da compra de títulos, a Factoring presta assessoria administrativa e financeira às empresas fomentadas;Exportação – Nessa modalidade, a exportação é intermediada por duas empresas de Factoring (uma de cada país envolvido), que garantem a operacionalidade e liquidação do negócio;Factoring Matéria-Prima – A Factoring nesse caso transforma-se em intermediário entre a empresa fomentada e seu fornecedor de matéria-prima. A Factoring compra à vista o direito futuro deste fornecedor e a empresa paga à Factoring com o faturamento gerado pela transformação desta matéria-prima.

3.1.5 VENDORÉ uma operação de financiamento de vendas baseadas no princípio da cessão de

crédito, que permite a uma empresa vender seu produto a prazo e receber o pagamento à vista.

A operação de Vendor supõe que a empresa compradora seja cliente tradicional da vendedora, pois será esta que irá assumir o risco do negócio junto ao banco.

A empresa vendedora transfere seu crédito ao banco e este, em troca de uma taxa de intermediação, paga o vendedor à vista e financia o comprador.

A principal vantagem para a empresa vendedora é a de que, como a venda não é financiada diretamente por ela, a base de cálculo para a cobrança de impostos, comissões de vendas e royalties, no caso de licença de fabricação, torna-se menor.

È uma modalidade de financiamento de vendas para empresas na qual quem contrata o crédito é o vendedor do bem, mas quem paga o crédito é o comprador. Assim, as empresas vendedoras deixam de financiar os clientes, elas próprias, e dessa forma param de recorrer aos empréstimos de capital de giro no banco ou aos seus recursos próprios para não se descapitalizarem e/ou pressionarem seu caixa.

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Como em todas as operações de crédito, ocorre a incidência do IOF, sobre o valor do financiamento, que é calculado proporcionalmente ao período do financiamento.

A operação é formalizada com a assinatura de um convênio, com direito de regresso entre o banco e a empresa vendedora (fornecedora), e de um Contrato de Abertura de Crédito entre as três partes (empresa vendedora, banco e empresa compradora).

3.1.6 EMPRESTIMOS PARA CAPITAL DE GIROSão as operações tradicionais de empréstimo vinculadas a um contrato específico

que estabeleça prazo, taxas, valores e garantias necessárias e que atendem às necessidades de capital de giro das empresas.

O plano de amortização é estabelecido de acordo com os interesses e necessidades das partes e, normalmente, envolve prazo de até 180 dias.

Esse tipo de empréstimo normalmente é garantido por duplicatas em geral numa relação de 120 à 150% do principal emprestado. Nesse caso, as taxas de juros são mais baixas. Quando tem outros tipos de garantia, como aval e notas promissórias, os juros são mais altos.

Nos grandes bancos, os contratos podem ter características informais, como “garantia” de crédito para as empresas que optam por dar algum tipo de reciprocidade aos bancos, como, por exemplo, manter sobra de caixa aplicado em fundo de curto prazo ou CDB.

3.2 FINANCIAMENTOS DE LONGO PRAZOPara financiar a aquisição de bens duradouros de equipamentos e imobiliários e

quando o recurso a capitais próprios não é possível ou não é suficiente, as empresas recorrem a diferentes formas de financiamento de médio e longo prazo designadamente:

Recurso a capitais próprios; Empréstimos bancários; Capital de risco. Debêntures FINAME Cartão BNDES Crédito direto ao consumidor – CDC

3.2.1 RECURSO DE CAPITAL PRÓPRIOConstitui a forma menos cara de uma empresa se financiar e, simultaneamente,

uma forma de garantir a manutenção da sua atividade e, deste modo, garantir o seu crescimento.

Os capitais próprios são os capitais da própria empresa, tais como, o capital social, reservas, resultados e/ou prestações suplementares. Os resultados acumulados retidos na empresa são também denominados de autofinanciamento.

Sendo este tipo de recursos normalmente escasso, pode, contudo vir a ser utilizado caso os sócios ou acionistas tenham disponibilidade para aumentar o capital social da sociedade ou realizar entradas em dinheiro ou espécie, em volume suficiente para sustentar as necessidades de investimento requeridas, as quais poderão, posteriormente, vir ou não a ser transformadas em capital.

3.2.2 EMPRÉSTIMO BANCÁRIODestinam-se a financiar investimentos em curso ou no seu início. A empresa tem

que negociar as condições de concessão do empresário com a entidade bancária a quem - 8 -

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o solicita designadamente o prazo, o período de carência de juros e/ou de amortização de capital e a taxa de juro.

3.2.3 CAPITAL DE RISCOAs Sociedades de Capital de Risco (SCR) têm um modelo que assenta na partilha

do risco do negócio com as empresas em início de atividade ou aquelas que necessitam, em determinada altura da sua vida, de injetar mais capital de modo a sustentar o seu crescimento ou a entrar em novos negócios.

Tal partilha assenta na participação das SCR no capital das empresas que solicitam o seu apoio através de um contrato ou acordo que determina as formas de relacionamento entre a SCR e a empresa participada e estipula igualmente o período, previsto na lei, durante o qual aquela permanecerá no capital bem como a mais valia que deseja obter quando da sua saída no final do período estabelecido no contrato.

O financiamento através de Sociedades de Capital de Risco é uma forma de financiamento barata, já que não obriga à liquidação de quaisquer encargos financeiros, mas a obtenção de apoio de uma SCR obriga à análise rigorosa e aprovação prévia de um plano de negócios detalhado da empresa.

3.2.4 DEBÊNTURESÉ um título de crédito representativo de empréstimo que uma companhia faz junto a

terceiros e que assegura a seus detentores direito contra a emissora, nas condições constantes da escritura de emissão.

Para emitir uma debênture uma empresa tem que ter uma escritura de emissão, onde estão descritos todos os direitos conferidos pelos títulos, suas garantias e demais cláusulas e condições da emissão e suas características.

Debêntures são valores mobiliários emitidos pelas sociedades anônimas, representativas de empréstimos contraídos pelas mesmas, cada título dando, ao debenturista, idênticos direitos de crédito contra as sociedades, estabelecidos na escritura de emissão.

3.2.5 FINAMEFinanciamentos, sem limite de valor, para aquisição isolada de máquinas e

equipamentos novos, de fabricação nacional, credenciados pelo BNDES e para capital de giro associado, através de instituições financeiras credenciadas.

A taxa de juro é composta de Custo Financeiro + Spread Básico + Spread do Agente.

Custo Financeiro: TJLP - Taxa de Juros de Longo Prazo, Cesta de Moedas, Variação do dólar norte-americano acrescido da Libor, exclusivamente em concorrências internacionais.

Spread do Agente: A ser negociado entre a instituição financeira credenciada e o cliente; nas operações garantidas pelo Fundo de Garantia para Promoção da Competitividade - FGPC (Fundo de Aval) até 4% a.a.

Prazo Total Financiamentos até R$ 7 milhões: até 60 meses,Transporte de passageiro: até 48 meses;,Transportadores autônomos de carga: até 72 meses.

3.2.6 CARTÃO BNDESO Cartão BNDES é um instrumento que fornece crédito rotativo de até R$ 500 mil

para que micro, pequenas e médias empresas possam realizar investimentos produtivos. Por meio do Cartão as MPMEs podem ter acesso a uma linha de crédito pré-aprovada e de uso automático.

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A anuidade é definida pelo banco emissor, a taxa de juros é definida em percentual ao mes, em função da taxa a termo divulgada pela ANDIMA, calculada com base nas Letras do Tesouro Nacional.

O prazo de amortização é de 3 a 48 prestações mensais, fixas e iguais. As garantias são negociadas entre o banco emissor e o cliente, na análise de crédito para concessão do cartão.

Os fornecedores são empresas fabricantes de máquinas, equipamentos e outros bens de produção, que tenham fabricação total ou parcial no Brasil. O Cartão BNDES poderá ser usado nas modalidades descritas abaixo:

Indireta: é a compra tradicionalmente realizada mediante a negociação entre fornecedor e cliente, mas finalizada pelo fornecedor no Portal de Operações do BNDES e quitada com o Cartão BNDES.

Direta: é a compra realizada diretamente pelo cliente (on-line) no Portal de Operações do BNDES e quitada com o Cartão BNDES. Esta modalidade está disponível apenas para os produtos cujo fornecedor tenha optado por vender desta forma.

Em ambas as modalidades, o custo para o fornecedor é a taxa de desconto, de até 3% deduzida do valor de cada operação.

É a instituição financeira autorizada, pelo BACEN, a operar cartão de crédito, aprovada pelo BNDES e responsável pela emissão do Cartão BNDES e pelo risco da operação. É a empresa responsável pela afiliação de fornecedores e pela gestão de transações comerciais através de cartões de crédito ou outros meios de pagamento.

3.2.7 CRÉDITO DIRETO AO CONSUMIDOR - CDCÉ o financiamento concedido por uma financeira para aquisição de bens e serviços

por seus clientes.Sua maior utilização é normalmente para a aquisição de veículos e eletrodomésticos.

O bem assim adquirido, sempre que possível, serve como garantia da operação, ficando à financeira vinculada pela figura jurídica da alienação fiduciária pela qual o cliente transfere a ela a propriedade do bem adquirido com o dinheiro emprestado, até o pagamento total de sua dívida.

O prazo dos CDC varia normalmente de três à 24 meses e, normalmente, financia de 50 a 80% do valor do bem.

As taxas são prefixadas para operações acima de 30 dias, vinculadas à TR no caso de operações acima de quatro meses, não podendo ser vinculadas à variação cambial.

O Funding (troca) das operações de CDC eram, até 1988, as letras de câmbio colocadas no mercado pela Financeira e resgatáveis nos seus respectivos vencimentos. Com a criação dos Bancos Múltiplos e com a crescente diminuição dos índices de liquidez das letras de câmbio, o Funding dessas operações passou a ser feito com os CDB da carteira comercial e os CDI.

4. FINANCIAMENTOS EM MOEDA ESTRANGEIRA

4.1 RESOLUÇÃO 63Trata-se de um empréstimo indexado à variação cambial, destinado a financiar as

necessidades de capital de giro em geral. Normalmente, os recursos são aplicados para suprir eventuais necessidades de caixa da empresa, para reposição de estoques, pagamento de impostos, entre outras.

Beneficiários:Pessoas jurídicas que desejam aumentar o prazo de pagamentos de seus passivos ou necessitam de recursos para financiar capital de giro e investimentos.

Prazo: Mínimo de 90 dias e máximo limitado ao vencimento da operação de captação pela instituição financeira.

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Encargos:Libor (fixa ou variável) + Spread; IOF - isento de IOF conforme legislação vigente;Taxa de Abertura de Crédito - TAC: cobrada pela instituição, conforme tabela de tarifas.

Forma de Pagamento: A critério da instituição financeira, com base na forma de pagamento da captação feita no exterior.

Garantias:Nota Promissória com aval dos sócios ou terceiros que possam apresentar algum bem;Caução de títulos de crédito (duplicatas ou cheques pré-datados);Alienação fiduciária;Hipoteca; outras, a critério da instituição financeira.

Restrições:Pessoas físicas e/ou firmas individuais;Sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários;Companhias de seguro e capitalização;Empresas de administração ou participação (inclusive empresas de administração de crédito).

4.2 FINANCIAMENTO DE IMPORTAÇÃO : Conjunto de linhas de crédito especiais para a importação de bens de capital,

máquinas, equipamentos e serviços. Com elas, sua Empresa pode renovar ou modernizar o parque industrial e estar preparada para as exigências do mercado atual.

São destinadas as empresas importadoras clientes do Banco do Brasil. Principais vantagens: Taxas fixas ao longo de todo o financiamento, o que facilita a previsão do fluxo

de caixa do importador; Taxas de juros compatíveis às praticadas no mercado internacional;  Linhas de crédito com prazos que podem chegar a 10 anos; Financiamento de até 100% do valor da importação, incluindo despesas locais

com o desembaraço da mercadoria nos financiamentos de longo prazo; Acesso à tecnologia estrangeira ainda não presente no Brasil; Consultoria e assessoria especializada por parte de funcionários do Banco do

Brasil em todo o processo.

4.3 EXPORT NOTE É um título emitido por uma empresa exportadora de produtos e serviços; portanto, é uma alternativa de financiamento de capital de giro exclusiva a exportadores, com as seguintes características básicas:

Lastreado obrigatoriamente num contrato de compra e venda de produtos e serviços firmado entre o exportador com empresas estrangeiras importadoras de seus produtos e serviços;

O valor da export note é expresso em moeda estrangeira, da mesma identidade com a moeda do contrato que a lastreia;

Sua liquidação dar-se-á obrigatoriamente em moeda nacional, através da conversão à taxa determinada em contrato.

O export note poderá ser validado se a empresa emissora não obter qualquer outra forma de financiamento lastreado no mesmo contrato comercial. Assim, o exportador vende o título (export note) a um banco, que significa a venda do seu direito de receber dólares de um importador estrangeiro.

A legislação no Brasil sobre export note é escassa, e seu mercado é de difícil mensuração, uma vez que o título pode ser transacionado fora do sistema financeiro e não possui registro em câmaras ou órgãos específicos.

4.4 EUROBÔNUS

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Título de longo prazo (geralmente prazo superior a dois anos), equivalente às debêntures brasileiras, que em geral prevê o pagamento de parcelas periódicas de juros e o reembolso do principal apenas no vencimento do título.

Títulos privados ou públicos, com valor expresso em uma determinada moeda (em geral dólares estadunidenses) e vendidos em outro país que não o da moeda utilizada.

Por meio meio destes papéis é possível a empresas e governos captar recursos de médio e longo prazos no chamado euromercado, nome usado para designar o dinheiro mantido em depósitos em moedas nacionais fora de seus países de origem (por exemplo, dólares mantidos em depósitos britânicos ou japoneses).

O nome Eurobônus não significa que os títulos são lançados necessariamente na Europa, embora esse seja o caso mais comum. 

5. ARRENDAMENTO MERCANTIL - LEASINGO Leasing ou locação financeira (português europeu) ou arrendamento mercantil

(português brasileiro) é um contrato denominado na legislação brasileira como “arrendamento mercantil”.

As partes desse contrato são denominadas “arrendador” e “arrendatário”, conforme sejam, de um lado, um banco ou sociedade de arrendamento mercantil e, de outro, o cliente.

O objeto do contrato é a aquisição, por parte do arrendador, de bem escolhido pelo arrendatário para sua utilização.

O arrendador é, portanto, o proprietário do bem, sendo que a posse e o usufruto, durante a vigência do contrato, são do arrendatário.

O contrato de arrendamento mercantil pode prever ou não a opção de compra, pelo arrendatário, do bem de propriedade do arrendador.

5.1 LEASING FINANCEIROSe assemelha a um aluguel, com a diferença que se pode comprar o bem no final

do prazo pré-determinado por um preço já estabelecido. A arrendadora é uma instituição financeira, que adquire o bem em seu nome e o

cede ao arrendatário, por prazo definido, e o arrendatário assume todos os riscos e custos relativos ao uso e manutenção do bem,

Não há possibilidade de rescisão unilateral do contrato, pelo arrendatário e n o final do contrato o arrendatário pode: Adquirir o bem por valor residual previamente estabelecido ( VRG ), Renovar o contrato por novo prazo e novas condições e Devolver o bem à arrendadora

5.2LEASING OPERACIONALA arrendadora é que arca com os custos de manutenção dos equipamentos,

arrendataria pode desfazer o contrato bastando apenas esperar o periodo minimo de 90 dias do início do contrato como determina o Banco Central e aviso prévio a empresa ou pessoa física contratante.

Os bens arrendados, em geral, são de propriedade do fabricante, importador ou distribuidor, que os cede temporariamente ao arrendatário, com a possibilidade de os adquirir ao final do contrato.

O arrendador presta serviços de assistência técnica e manutenção do bem, os contratos são rescindíveis unilateralmente pelo arrendatário, não é necessário que o arrendador seja instituição financeira, o prazo mínimo é de 90 dias, não há VRG ( Valor Residual Garantido ) previamente estabelecido, a opção de compra é pelo valor de mercado

5.3LEASING BACK- 12 -

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Ocorre quando uma empresa necessita de capital de giro. Ela vende seus bens a uma empresa que aluga de volta os mesmos.

O vendedor e o arrendatário são a mesma empresa. Disponível apenas para pessoa jurídica.Em geral é utilizado como alternativa para obtenção de capital de giro.

6. CONCLUSÃO

E imprescindível que o administrador esteja estruturado tanto nos aspectos administrativos como gerenciais para que possa fazer um bom uso dos recursos que demandou e não utilizar o dinheiro aleatoriamente.

Antes de adquirir o financiamento é importante elaborar um planejamento dos gastos anuais, e não diários como geralmente ocorre.

Alguns cuidados são primodiais antes de se optar por um financiamento, ou seja,

o administrador deverá ficar atento verificando se o empréstimo possui carência necessária para que se tenha tempo de investir num produto e obter retorno. Se o financiamento não tiver nenhuma carência, pare e pense se será viável.

O prazo para o pagamento é outro ponto importante. Quanto maior for o prazo melhor para pedir o financiamento. A lógica do mercado é: pagar mais longe, receber mais rápido e quanto menor a taxa de juros, menos será o custo financeiro e principalmente atentar-se as garantias expostas no financiamento.

Para não cair em armadilhas e importante ficar atento a todos os detalhes por menores que seja.

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7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LIVRO FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro: produtos e serviços. 15. Ed. – Rio

de Janeiro: Qualitymark, 2002. NETO, Alexandre Assaf. Mercado Financeiro. 5º Ed. – Editora Atlas. BASTARDO, Carlos e Gomes, Antonio Rosa. O financiamento e as

aplicações financeiras da empresas; Texto editora; 6ª edição; 2009 BARRETO , Ilído. Manual de Finanças. Editora Abril, 2001.

INTERNET http://www.endividado.com.br/ . site acessado em 26/05/10 às 17:16hs http://www.bndes.gov.br - site acessado em 26/05/10 às 17:16hs http://www.capitalis.com.br - site acessado em 23/05/10 às 12:55hs. http://apps.fiesp.com.br/spcred - site acessado em 26/05/10 às 17:10hs http://www.bcb.gov.br/glossario - site acessado em 26/05/10 às 17:12hs http://pt.wikipedia.org/wiki - site acessado em 26/05/10 às 17:16hs

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