Agriworld edição 3

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Andreas Klauser (Case IH), Franco Fusignani (New Holland) 36 - 62 ENTREVISTAS 2010: Um ano melhor em todos os aspectos 120 MERCADO ANO II • Numero 3 AGRI WORLD M OLDMEN E DI ÇOES Ltda. O ANO 2 • Nº 3 • 2011 A mecanização agrícola em pequenas propriedades rurais 68 A TECNOLOGIA

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Andreas Klauser (Case IH),Franco Fusignani (New Holland)36 - 62

ENTREVISTAS2010: Um ano melhor em todos osaspectos120

MERCADO

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MOLDMENEDIÇOES Ltda.

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ANO 2 • Nº 3 • 2011

A mecanização agrícola empequenas propriedades rurais68

A TECNOLOGIA

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-CUBIERTA INT 26/1/11 12:02 Página 1

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www.JohnDeere.com.br

A nossa maior satisfaçãoé você encontrar o que procura.Tratores série 6E John Deere.

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AGRIWORLD

AGRI

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Nº 3 • ANO 2 • 2011

| EDITOR E ADMINISTRAÇAO: OldMen. Ediçoes LTDA, Rua Alameda Suecia, 72. Jardim Europa 12919-160 Bragança Paulista SP CNPJ: 12.546.205/0001-56. Insc.Estadual 58.13-1-00. Site: www.agriworld.com.br, [email protected] | DIRETOR EDITORIAL: Julián Mendieta, [email protected]| DIRETOR TÉCNICO: Dr. Eng. Prof. Fernando Schlosser, [email protected] | COORDENAÇÃO EDITORIAL: Ángel Pérez, [email protected]| REDAÇÃO: Raquel López | ASSISTENTE DO EDITOR: Silvia Fernández | PUBLICIDADE E REDAÇÃO: [email protected]| MARKETING E PUBLICIDADE BRASIL: Clarissa Mombelli, [email protected] | REDAÇÃO E PUBLICIDADE ESPAÑA: Borja Mendieta,[email protected], Dr. Mingo Alsina, 4-28250 Torrelodones, Madrid (Espanha) | REDAÇÃO ITALIA: Furio Oldani, Via Luigi Galvani, 36-20019 SettimoMilanese, Milano (Italia) | EDITORAÇÃO E ARTE: Ana Egido y Miguel Igartua | CONSELHO EDITORIAL: Prof. Luis Márquez, Prof. Ettore Gasparetto, Dr. Eng. Ricardo Martínez Peck, Dr. Eng. Prof. Pilar Linares, Sergio Mendieta e Francisco Matturro

Franco Fusignani Conselheiro Delegado e Presidente daNew Holland Agriculture

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EVIS

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“Continuarei impulsionandoainda mais o crescimentoda marca a nívelmundial” 62

Andreas Klauser Conselheiro Delegado ePresidente da Case IH

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EVIS

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“Existe um interesse crescentenas novas tecnologias quepodemos oferecer”

NEW HOLLAND TT 3840Um produto simples,mas de invejável utilidade

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MECANIZAÇÃO DA CULTURADA CANA-DE-AÇÚCAR

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-SUMARIO 31/1/11 11:03 Página 4

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R$: 15,00

7EditorialAno novo, vida nova

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52Prova de CampoNew Holland TT 3840: Um produto simples, mas de invejável utilidade

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36EntrevistaAndreas Klauser, Conselheiro Delegado e Presidenteda Case IH

62EntrevistaFranco Fusignani, Conselheiro Delegado e Presidenteda New Holland Agriculture

100A tecnologIa agrícolaPerspectiva de ensaios de máquinas agrícolas noBrasil

39ProdutoAgricultura familiar é destaque da Case IH naExpointer

40A tecnologIa agrícolaMecanização da cultura da cana-de-açúcar

68A tecnologIa agrícolaA mecanização agrícola em pequenas propriedadesrurais

86Espaços VerdesO esfacelamento da lenha

108Automotor• Iveco Trakker • Volvo FM • Mercedes Accelo

120Mercado2010: Um ano melhor em todos os aspectos

126Preços agrícolasPreços médios mensais recebidos pelos agricultores

Notícias Global• A John Deere: Continua a expansão do EPDC de

Bruschal• O Grupo ARGO: O trator, núcleo do negócio• Trelleborg: Compra o Grupo Watts Tyre, especialista

en pneus industriais• Topcon : Albert Zahalka, novo presidente da Topcon

Precision Agriculture• Goodyear: Vende para a Titan suas divisões de

pneus agrícolas na Europa e América Latina• AGCO : Completa a aquisição da Laverda• Massey Ferguson: Celebra o 50º aniversário da

produção de tratores Massey Ferguson em Beauvais

10Notícias Brasil• A AGCO Sisu Power: Comemora produção recorde

de 100 mil motores • O Consórcio Massey Ferguson: Entrega dois

certificados Diamante• A Valtra: Sistema de piloto automático para o setor

canavieiro• A New Holland: Primeira colheitadeira vendida pelo

Mais Alimentos• A John Deere: Completa produção de 500 mil Gator

116Automotor Notícias• O Grupo Fiat: Nova fábrica em Pernambuco• A Fenabrave: 2010, ano recorde

32Finanças• Corrupção no Brasil: R$ 69,1 bilhões por ano• 293 eventos internacionais no Brasil em 2009

FeirasEIMA voltou a reforçar seu caráter internacional

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FeirasShow Rural Coopavel

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PPERSPECTIVA DE ENSAIOS DEMÁQUINAS AGRÍCOLAS NO BRASIL

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A MECANIZAÇÃO AGRÍCOLAem pequenas propriedades rurais

Na minha opiniãoSegurança… antes de tudo

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-Morelate 15/4/10 11:13 Página 1

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EDITO

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Ano novo, vida nova

2011 se inicia e nós da Agriworld estamos muito confiantes que este será o ano danossa consolidação no mercado informativo, na área de máquinas agrícolas. Esta-remos no Show rural da Coopavel com o nosso terceiro número, cheios de novi-

dades e matérias técnicas de muita utilidade para o nosso público leitor. Neste número que circula agora em fevereiro reservamos muita informação útil,

entre as quais uma excelente matéria sobre Mecanização da cultura da cana-de-açúcar,escrita pelo professor Rouverson Pereira da Silva, da UNESP de Jaboticabal. Esta impor-tante cultura do mercado agrícola brasileiro receberá da nossa editoria um amplo espaçode divulgação. Em outra importante matéria, exploramos o atual momento de mobili-zação de um grupo, que quer reativar os ensaios de máquinas no nosso país. Este con-junto de técnicos, liderado pelo professor Kleber Lanças, da UNESP de Botucatu, se dispõea discutir a potencialidade de uma rede de laboratórios, no atendimento dos mínimos re-quisitos para a implantação do sistema, que não funciona no Brasil, desde 1990. Tam-bém programamos para este número uma prova de campo. Com o auxílio do pessoaldo Núcleo de Ensaios de Máquinas Agrícolas avaliamos o trator New Holland, modeloTT 3840. Ficamos bem impressionados com a simplicidade e utilidade deste modelo, emuma aplicação típica de agricultura familiar, que é a cultura do fumo. Também destaca-mos uma excelente matéria do professor Luis Márquez, que trata da Mecanização de pe-quenas propriedades, em que, com sua facilidade de expressão, nos demonstra comofunciona a utilização de máquinas agrícolas na agricultura familiar. É um excelente ma-terial para colecionar e recorrer para consulta. Também temos entrevistas, coberturasde feiras, notícias nacionais e mundiais sobre máquinas agrícolas, dados de mercado,preços agrícolas, notícias econômicas e outras importantes informações. Enfim um con-junto de interessantes matérias e seções.

Queremos iniciar este ano, abertos às sugestões dos leitores e com muita vontadede atender bem o mercado, relacionando-nos com todos os fabricantes que desejem di-vulgar tecnicamente e honestamente seus produtos. Conosco haverá caminho aberto atodos que quiserem discutir o tema a que nos propomos disseminar. Desejamos apro-veitar este excelente momento da mecanização agrícola e promover técnicas que real-mente sejam úteis aos produtores rurais.

Bom ano a todos!❏

Prof. Fernando [email protected]

AGRIWORLD

-OPINION SCHLOSSER 25/1/11 13:49 Página 7

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ARMAZÉNS CENTRAIS:Pº de Talleres, 3 - Pavilhão 22428021 Madrid – ESPANHATelf.: +0034 91 795 31 13 - Fax: +0034 91 796 45 36E-mail: [email protected] – www.recinsa.es

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-Publ. Recinsa 27/8/10 13:29 Página 1

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Um país como o nosso, que se gaba, e com razão, de ser a“Locomotiva da América do Sul”, está na obrigação de pre-gar com seu exemplo em tudo, de se converter em um

espelho para os demais países do nosso meio, com uma segurançaque vai mais além da meramente cidadã, onde ainda temos tanto que fazer para baixaro nível de delinqüência… Isto, muito mais do que aquilo que nos dizem os políticos.Há alguns dias tivemos que sofrer uma catástrofe com um balanço de mais de 800 mor-tos, sem avaliar ainda os desaparecidos e os danos materiais, que lançaram por terratantos sonhos e ilusões, porque ninguém soube prever a cota de segurança às edificaçõese o conjunto da obra civil necessária para que nossos cidadãos possam crescer combem estar e com segurança; por isso menos atenção às Olimpíadas e a Copa do Mundode Futebol e mais atenção aos que verdadeiramente necessitam de mais apoio políti-co... O povo.

E já que falamos de segurança e apoio, o que estamos fazendo a nível legislativo es-tadual e federal para que nossas máquinas sejam seguras e deixem de causar mortes e da-nos desnecessários?...Pouco ou nada, porque parece que tudo aquilo que se impõe emmatéria de segurança é porque os fabricantes o fazem por “conta própria”, ainda não te-mos especificações de obrigatoriedade de homologação das estruturas de segurançanos tratores. Sirva de exemplo que a obrigatoriedade do seu emprego, em certos paísesdo sul da Europa, reduziu em mais de 97% as mortes, e que de 272 capotamentos, so-mente um ocorreu quando o trator incorporava estrutura de segurança. Quantas mortesacontecem em nosso país por esta causa ao final de um ano? Nosso Governo Federalestá dando um apoio importante à mecanização com o programa Mais Alimentos; mastambém seria fundamental a obrigatoriedade de adotar altos níveis de segurança em to-dos seus aspectos.

Precisamos a nível Federal e Estadual de normas que controlem os parâmetros desegurança nas máquinas que são vendidas no nosso mercado, temos a sorte de contarcom importantes fabricantes em nosso país, que contam com meios e engenharia para is-so e, sobretudo com a experiência de outros mercados onde estão presentes.

A identificação das máquinas é outra coisa que faz parte da segurança, a adoção deplacas para sua identificação, não é somente um meio de controle de circulação nasvias públicas, é uma necessidade para promover suas inspeções periódicas, para ver secumprem com a legislação de tráfego em relação a luzes, seguros de circulação, etc.Somando-se tudo isso, vemos que ainda temos muito caminho a percorrer. Reitero tudoisso, sem esquecer que temos grandes Universidades Federais e Centros de Pesquisascapacitados para a realização de disso com uma e única finalidade….SEGURANÇA; bemvindos sejam outros fatos que demonstram quem somos….mas fechando os olhos deve-ríamos dizer que, O Brasil é mais que futebol e carnaval…e segurança”.❏

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Julián [email protected]

Segurança… antes de tudo

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-OPINION julian 25/1/11 12:08 Página 9

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NOTÍCIAS

A AGCO Sisu Power Comemora produçãorecorde de 100 mil motores A AGCO faz história na agriculturabrasileira. Comemorou a produção recordede 100 mil motores AGCO Sisu Power, seuprincipal modelo para máquinas a diesel.Em menos de duas décadas, o modelo estápresente em mais de 30% da produção brasileira de tratorese é utilizado em 100% das colheitadeiras produzidas pelaAGCO em atividade no território nacional.Em 1993 desembarcaram no Brasil os primeiros motores SisuPower importados da Finlândia. No início foram 50 unidadesutilizadas na montagem dos antigos Valmet 985S. Logo aparticipação dos motores Sisu na fabricação dos tratoresValmet, agora conhecidos como Valtra, aumentou e a marcase consolidou no mercado. Dois anos depois teve início oprocesso de nacionalização do motor na unidade da AGCOem Mogi das Cruzes. Em 2000 a fabricação passou a ser100% nacional e o Sisu Power passou a ser o motor oficialdos tratores Valtra no Brasil.Após a aquisição da Valtra pela AGCO, em 2004, nasce aAGCO Sisu Power e com isso a possibilidade de ampliar aparticipação dos motores em tratores e colheitadeiras dogrupo AGCO. Em 2007 a Massey Ferguson passa a utilizar oprimeiro modelo de motor com a chancela AGCO Sisu Power. A combinação dos motores nas duasmarcas proporcionou a expansão da linha de produção. De 2008 a novembro de 2010 a produçãodeu um salto e dos 100 mil motores, 50 mil foram fabricados apenas neste período. Para esteresultado foram investidos mais de US$ 8 milhões na ampliação da capacidade fabril de Mogi dasCruzes, que passou a produzir de 15 mil para 30 mil motores ao ano. “Nossa meta é dobrar nossacapacidade de produção em dois ou três anos e levar o Brasil a liderança na fabricação demotores diesel na América do Sul”, afirma Ricardo Huhtala, diretor da AGCO Sisu Power. Hoje oportfólio da AGCO Sisu Power conta com motores de potências variadas. São 7 famílias, de 50 a500 cavalos, com 3, 4, 6 e 7 cilindros. Novos produtos já estão em desenvolvimento para atender àdemanda do mercado, como o motor movido 100% a biodiesel, outro que utiliza etanol comocombustível, além de modelos que reduzem o nível de emissão de gases. “O grande êxito de chegar na marca dos 100 mil motores no Brasil, além da qualidade do AGCOSisu Power é o acompanhamento das principais necessidades do nosso cliente. Nossa rede étreinada e estruturada para dar suporte consolidando nosso atendimento”, finaliza Huhtala.www.agco.com.br

Linha do tempo1993 São importados os primeiros

motores Sisu Power daFinlândia.

1995 Montagem parcial no Brasil.2000 Processo de montagem

completo no Brasil.2004 AGCO incorpora fábrica SISU

POWER em Mogi das Cruzes-SP.

2007 Entrega do primeiro motorSisu Power para a MasseyFerguson.

2010 100 mil motores Sisu Powerproduzidos no Brasil.

-Noticias 27/1/11 11:18 Página 10

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Entrega dois certificados DiamanteNa sequência da entrega das distinções às Concessionárias Diamante, a Diretoria e a área deDesenvolvimento de Concessionárias da Massey Ferguson estiveram na capital baiana e no interiordo Rio Grande do Sul. Em Salvador, a comitiva da marca entregou a certificação à concessionáriaTratormaster. No Estado gaúcho, a Massey Ferguson reconheceu a revenda Jorge Santos, em suafilial de Rosário do Sul. Na oportunidade, também foi realizada a inauguração das reformasestruturais promovidas na concessionária localizada na fronteira oeste do Rio Grande de Sul.A distinção está inserida no Programa Massey Ferguson de Excelência em Gestão (PMFEG) queconsiste em um processo de avaliação de desempenho de todas concessionárias nos quesitos:finanças, marketing, vendas, peças e pós-vendas. Para receber o Diamante, a concessionáriadeve obter pontuação máxima, ou próxima disso, nestes aspectos. Além disso, precisa pontuarem todas as questões consideradas restritivas que têm valor agregado alto. Para atingir essadistinção a empresa necessita estar adequada aos padrões de identidade visual da marca,possuir um modelo de gestão atual, disponibilidade financeira para fazer frente ao mercado eregião de atuação, gerenciar seus profissionais, mensurar seu custo, além de cumprir com seusobjetivos comerciais no mercado.O Programa Massey Ferguson de Excelência em Gestão objetiva certificar o padrão deatendimento ao cliente e colaborar para uma performance condizente com o potencial demercado para a concessionária. Também proporciona a manutenção de uma ferramenta demensuração do negócio, em que tanto as concessionárias como a fábrica possam utilizar estemecanismo para, em conjunto, buscar avanços no negócio da concessionária. Concorreram naavaliação do período 2009 as 84 matrizes dos 224 pontos de venda da marca no Brasil. Confira abaixo as Concessionárias Diamante da Massey Ferguson no Programa de Avaliação noperíodo 2009:

O Consórcio Massey Ferguson

Novo espaço virtual(www.cnmf.com.br)No site, o cliente também pode efetuar umlance online para aquisição do bem. Umdos principais destaques da novidade évisual mais moderno e a facilidade noacesso às informações contidas no meiovirtual. O Consórcio atua em parceria comas concessionárias da rede autorizada etrabalha com toda linha de produtos daMassey Ferguson.

Agrimar – Rio Grande do SulAugustin – Rio Grande do SulComac – São PauloDafonte - PernambucoItaimbé – Rio Grande do SulJorge Santos – Rio Grande do Sul

Redemaq – Rio Grande do SulSamaq – Rio Grande do SulSomafértil – GoiásStefani – São PauloTratormaster – Bahia

www.massey.com.br

-Noticias 27/1/11 11:18 Página 11

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NOTÍCIAS

A Valtra

Sistema de piloto automático para o setorcanavieiro desenvolvido pela ATS e TopconA Valtra lança uma parceria inédita com a Usina Santa Fé, de NovaEuropa, São Paulo. A iniciativa levará para o campo uma nova versão doPiloto Automático System 150, projetado especialmente para o setorcanavieiro, que reduzirá tempo, custos, mão-de-obra, além da otimizaçãoe melhor planejamento do plantio da cana-de-açúcar na usina.Essa nova versão do sistema de Piloto Automático System 150,desenvolvido pela ATS, divisão de tecnologia da AGCO, e pela Topcon temcapacidade para trabalhar nas exigentes condições do setor canavieiro,aumentando a capacidade operacional de plantio em até 20%, otimizandoas linhas de cana e reduzindo o consumo de combustível. Também oferecemaior longevidade ao canavial, proporcionando planejamento prévio doplantio, tráfego controlado e compactação sempre no mesmo local, cultivoe colheita mecanizada sem pisoteio na linha e rastreabilidade das operações.O projeto teve início em 2009 com a pesquisa em diversos clientes com oobjetivo de conhecer e mapear as reais necessidades do setor canavieiro.Para a concretização do projeto a Valtra contou com um parceiro muitoimportante, que possibilitou trabalhar de perto, no próprio campo todas asfuncionalidades do sistema e realizar os ajustes necessários para o totalsucesso da nova tecnologia, que foi a Usina Santa Fé. “A aproximaçãoaconteceu pelo forte interesse de ambos. Nosso de oferecer a soluçãocompleta para o plantio mecanizado de cana e do cliente em investir eadotar novas tecnologias. Com isso, a Usina Santa Fé deixou de ser mais umcliente e se tornou uma grande aliada neste importante passo doagronegócio”, afirma Jak Torretta, diretor de produtos da AGCO América do Sul.A parceria, inédita no setor, foi realizada com a ajuda de três vertentes: montadora,fornecedor e cliente. Após buscar várias alternativas no mercado, a Usina Santa Fé é oprimeiro grande cliente da Valtra a fazer uso dessa nova tecnologia e desde o segundosemestre deste ano todo o plantio mecanizado já está sendo programado e realizado com ouso do conjunto, trator BH185i e piloto automático System 150. Ao total serão 14 conjuntosentregues até o final de 2010.“Hoje, a Usina Santa Fé já está plantando com projetos previamente planejados no escritório e

operando com a metodologia mais moderna no uso depiloto automático”, João Giro Filho, gerente agrícola daUsina Santa Fé. Outro grande benefício é o fato dosistema poder ser transferido para as demais máquinas dafazenda, oferecendo uma solução completa emdirecionamento automático que abrange todas asoperações (preparo, plantio, pulverização e colheita),maximizando o retorno sobre o investimento.www.valtra.com.br www.topcon.com

Entrega da placa pelo diretor de produto AGCO, Jak Torreta Jr.

Participaram do evento:Equipe Topcon (com a

presença do Vice-Presidente de Marketing evendas, Carlos Monreal);

Equipe AGCO (com apresença de Jak Torreta Jre Matt Rushing, diretor de

produto AGCO/USA);Equipe Comper Tratores de

Araraquara e a Equipe daUsina Santa Fé.

-Noticias 31/1/11 13:25 Página 12

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Crescimento de 78,5% em colheitadeiras,segundo lugar no ranking de vendas detratoresA Valtra registrou crescimento de 78,5% em colheitadeiras emrelação a 2009 e alcançou o segundo lugar no ranking de vendasde tratores no Brasil com 13.149 máquinas. Entre os destaques da marca este ano, os modelos da Série A (linhaleve), representou 43% das vendas da Valtra atendendo à fortedemanda por modelos abaixo de 100 cv. “Sem dúvida o ProgramaMais Alimentos do Governo Federal impulsionou as vendas,esperamos que este percentual se mantenha estável este ano.Outro fator que contribuiu para os bons resultados da empresaforam os investimentos da companhia em tecnologia”, comentaPaulo Beraldi, Diretor Comercial. “Em 2010 lançamos os primeirosmodelos de tratores que trazem transmissão PowerShiftrobotizada, a Série BT HiSix que permite 24 velocidades à frente e24 velocidades para ré, possibilitando ao motorista fazerprogramações para cada tipo de operação e, se necessário, realizartrocas de marcha de forma muito mais simples, sem o auxílio deembreagem e alavancas de câmbio”, exemplifica.Outra ação inédita da Valtra em 2010 foi a parceria com a UsinaSanta Fé, de Nova Europa, São Paulo, que apresentou ao mercadosucroalcooleiro uma nova versão do Piloto Automático System 150.O equipamento proporciona ao produtor o planejamento préviodo plantio da cana-de-açúcar, tráfego controlado e compactaçãosempre no mesmo local, cultivo e colheita mecanizada sem pisoteiona linha além de rastreabilidade das operações. Na área de tecnologia, a Valtra lançou a racionalização no uso deinsumos e otimização do uso de maquinário o Sistema ASC10 Cortede Seção para pulverizadores e a barra de luz System 110.A empresa tem todas as condições para fortalecer sua presençanesses segmentos, já que conta com a tradição e confiança doprodutor na tecnologia e na robustez do maquinário Valtra.“A alta dos investimentos no agronegócio, movido pelosindicadores de produtos agrícolas e o apoio do governo, resultaramem recorde de vendas com excelente resultado em 2010, que bateurecordes históricos. Embora haja muitos rumores de que 2011 seráum ano estável para o setor de maquinário agrícola, nossaexpectativa é que por meio do fortalecimento de nossa marca,superaremos expectativas em 2011”, finaliza Paulo Beraldi.Em Colheitadeiras, um dos focos da empresa para 2011, o modelode Colheitadeira Axial, a BC 6500, da Serie 500, voltada a médiosprodutores a Valtra, foi um dos modelos que mais chamaram aatenção dos produtores.

Sobre a UsinaSanta FéA história da Usina SantaFé tem origem em 1925,na cidade de NovaEuropa, interior de SãoPaulo, quando a famíliaMagalhães inicia aimplantação de uma usinade açúcar, denominada naépoca de CompanhiaAçucareira Itaquerê, emhomenagem ao rioItaquerê que passapróximo às suas terras.Em 1972, a famíliaMalzoni adquire 100%das quotas da CompanhiaAçucareira Itaquerê, quepassou a chamar UsinaSanta Fé Ltda., eposteriormentetransformada em umaSociedade Anônima deCapital Fechado (S/A). Nosúltimos anos, o grupoacelerou investimentos naindústria e na áreaagrícola, passando deuma moagem de 1,1milhões de toneladas nasafra 2003/04 para 2,8milhões nesta Safra2010/201.

-Noticias 31/1/11 13:25 Página 13

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NOTÍCIAS

BrasilLicitação de 10 centraishidroelétricasO governo brasileiro prepara a licitaçãopara a construção de 10 centraishidroelétricas. Somando a capacidade detodas serão alcançados 4.000megawatts. As centrais se localizarão nolimite meridional da selva amazônica, norio Teles Pires, no estado do MatoGrosso. A maior se chamará Teles Pires eserá implantada no município deParanaita e terá uma potência de 1.820megawatts, enquanto que a segundamaior será a da localidade de SãoManuel, com 746 megawatts, e aterceira, a de Sinop, com 461megawatts, segundo dados do planodecimal de expansão energética dogoverno.

Exportaçõesagropecuárias2010, o melhor anoO Brasil teve em 2010 o melhor anopara exportações agropecuárias desua história, com US$ 76,4 bilhões,um crescimento de 18% nacomparação com 2009, segundo osnúmeros divulgados pelo Ministérioda Agricultura.As importações, em relação ao anoretrasado, subiram 35,2%, passando aUS$ 13,4 bilhões no ano passado. Osaldo comercial do setor chegou aUS$ 63 bilhões, cerca de US$ 8 bilhõesa mais que o observado em 2009.O valor é três vezes maior que osuperávit total brasileiro, de US$ 20bilhões. Apesar do resultado positivo,a participação do agronegócio nasexportações totais caiu de 42,5% noano retrasado para 37,9% em 2010.

A StaraMedalha ao diretor-presidente,Gilson TrennepohlO presidente da Assembleia Legislativa, GiovaniCherini (PDT), concedeu a maior honraria doParlamento gaúcho, a Medalha do MéritoFarroupilha, ao diretor-presidente da Stara S/AIndústria de Implementos Agrícolas, GilsonTrennepohl. Cherini ressaltou a trajetória dohomenageado, voltada ao desenvolvimento daagricultura de precisão e ao crescimento domunicípio e da região do Planalto Médio. Aodestacar a capacidade empreendedora deTrennepohl, o parlamentar lembrou os benefícios daalta tecnologia no setor agrícola, como o aumentoda produtividade no campo. “Não é por acaso que oRio Grande do Sul vem cada vez mais aprimorando ouso tecnológico na agricultura, seguindo o exemplode Não-Me-Toque, com maquinários de ponta queestão hoje na pequena propriedade, não sendo maisprivilégio do grande produtor”, afirmou Cherini.www.stara.com.br

A Bridgestone Bandag Premiada por excelência deserviços em transportes

A Bridgestone Bandag TireSolutions recebeu o prêmioInovação Empresarial 2010,concedido pelo Sindicato dasEmpresas de Transporte deCargas de Campinas e Região(SINDICAMP). A empresa foipremiada por conta do case desucesso no gerenciamento

informatizado de pneus realizado na TransportadoraTranscelestial, em Paulínia (SP). A dinâmica degerenciamento de pneus envolveu três setores damultinacional japonesa: comercial, marketing etreinamento. A BBTS superou outras dez empresasno segmento de transporte.www.firestone.com.br

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A New HollandPrimeira colheitadeira vendida pelo Mais Alimentos Uma New Holland TC5070 foi a primeiracolheitadeira vendida pelo programa MaisAlimentos. A máquina foi entregue no dia 04 denovembro para os irmãos Haniel BertholdoKruger, Harlan Germano Kruger e EliseuAnderson Kruger, produtores de Alegria, nonoroeste do Rio Grande do Sul.Os irmãos Kruger compraram a TC5070 cabinadacom transmissão hidrostática por R$ 290 mil,financiados em 10 anos com juros de 2% aoano. Os preços das máquinas do programa sãotabelados pelo Ministério de Desenvolvimento Agrário. Eliseu Kruger garante que umprograma como este possibilita que a tecnologia de ponta chegue aos produtores familiares.“O Mais Alimentos deu a nós a possibilidade de adquirir uma máquina nova com excelentescondições. É uma oportunidade única”, afirmou o agricultor, que planta soja, milho e trigo.“Planejamos ter um excelente retorno com este investimento. “Vamos aumentar a nossaprodutividade e ainda teremos uma colheitadeira com baixo custo de manutenção”,completa.Além da máquina adquirida pela família Kruger, a New Holland participa do programa com aTC5070 no modelo plataformado com transmissão mecânica por R$ 250 mil, preço tambémtabelado para o Rio Grande do Sul pelo MDA. “A inclusão de colheitadeiras no Mais Alimentos é uma oportunidade para os pequenosprodutores se unirem e adquirirem um equipamento novo. As vantagens são a garantia de umequipamento que não vai deixá-lo na mão, com tecnologia que garanta boa colheita e,consequentemente, o retorno esperado da produção”, diz Luiz Feijó, diretor comercial daNew Holland. Agora, produtores que se encaixam no programa de crédito Pronaf (Programa Nacional deFortalecimento da Agricultura Familiar) podem adquirir colheitadeiras pelo Mais Alimentos. ANew Holland participa do programa com a TC5070, de 180 cv. O limite de crédito poragricultor é de R$ 130 mil e a compra do equipamento deve ser feita por um grupo deprodutores. O limite máximo do grupo é de R$ 500 mil.A colheitadeira TC5070 possui atributos que garantem maior rendimento e menor perda nacolheita, além de fácil manutenção e conforto para o operador. O sistema Rotary Separatoraumenta a capacidade de separação de grãos e o sistema de autonivelamento das peneirasgarante a produtividade da máquina com menor índice de perda de grãos,independentemente da declividade do terreno. A máquina tem ainda sistema de flutuação lateral e controle pneumático da altura daplataforma, além do reversor hidráulico de duplo sentido, uma exclusividade New Holland. Otanque graneleiro é de 5 mil litros, e o motor é New Holland com 180 cv e intercooler. Podeser equipada com plataforma flexível de 17 ou 20 pés, ou plataforma rígida de 15 ou 17 pés.Para as colheitas de soja e milho, a TC5070 possui sistema de trilha (debulha) com Maxi-Torque, que permite maior força até mesmo nas condições mais severas.www.newholland.com.br

Os irmãos HanielBertholdo, HarlanGermano e EliseuAnderson Kruger, domunicípio de Alegria,recebem a TC5070adquirida por meio doMais Alimentos.

-Noticias 27/1/11 11:18 Página 15

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A FankhauserA Agrometal aumenta suaparticipação em até 75%Em novembro de 2009, a empresa argentinaAgrometal, especialista na fabricação desemeadoras, comprou 60% da Fankhauserpor 4,5 milhões de dólares. Há algumassemanas, ampliou sua participação no capitalaté 75% por 2,8 milhões adicionais.A delicada situação patrimonial da empresabrasileira, fabricante de equipamentos parasemeadura e adubação, obrigou a Agrometala realizar uma injeção de fundos pararecompor o capital de trabalho de suacontrolada. A família Fankhauser diminuiusua participação de 40% para 25%, já quenão acompanhou o investimento com acontribuição correspondente.Desde o momento da compra de 60% daFankhauser pela Agrometal, o mercado desemeadoras no Brasil se condicionou pelosefeitos da crise financeira internacional. AFankhauser centrou sua atenção comercialem operações que tiveram como fonte definanciamento, as linhas oferecidas pelosbancos oficiais. Prevendo que a gestão doscréditos bancários se tornaria mais ágil àmedida que transcorreria o ano, a empresabrasileira se dedicou a produzir semeadorasque, segundo seus cálculos, resultariamdemandadas antes do mês de novembro dopresente ano, havendo comprometido nissorecursos financeiros próprios e de sua cadeiade provedores. A demora, que se mantém até hoje, nagestão dos créditos bancários aos produtorespara compra de bens de capital, impactou aestrutura patrimonial da Fankhauser e nageração de resultados de suas operações,provocando um aumento considerável emseus estoques de produtos terminados ematérias primas e uma forte deterioração emseu capital de trabalho.www.fankhauser.com.br

A Yanmar AgritechDemonstrações de sua linhade tratores en BragançaPaulistaA Yanmar Agritech realizoudemonstrações de tratores e microtratoresde sua linha em Bragança Paulista (SP),durante a 16ª edição do Sakata Field Day.O grande destaque foram asdemonstrações com o novo 1175-4Agrícola.Voltado principalmente para lavouras degrãos, cereais e culturas que necessitem detratores com maior poder de tração, omodelo conta com a potência do motorYanmar 75 cv de 16V com altaperformance, limpo e silencioso, queobedece as normas ambientais europeiasde emissões e proporciona economia decombustível de 10% a 20% dependendode aplicação. Possui o menor raio de girodo mercado, graças ao sistema de traçãodianteira que permite fazer toda equalquer operação com a tração ligada,inclusive usando os freios.O Sakata Field Day é um dos maisimportantes eventos voltados para ahorticultura brasileira e recebe cerca detrês mil produtores de diversas regiões dopaís, segundo os organizadores. www.agritech.ind.br

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Completa produção de 500 mil Gator“Atingir a produção de 500 mil Gators é auma realização marcante para nossacompanhia, nossos funcionários e clientes”,afirmou Dan Hoffman, gerente da fábricaHoricon Works, onde os Gators sãofabricados. “Nossa linha completa de Gatorsatende uma larga faixa de clientes quedependem da confiabilidade e da utilidadedesses veículos. Oferecer essas qualidades éum compromisso que cumprimos com muitaseriedade”, ele afirmou. A história dos Gators John Deere teve inícioem 1987 quando a companhia produziu osprimeiros utilitários desse projeto. Hoje sãoproduzidos 17 modelos diferentes, vendidospara clientes ligados à agricultura,construção, paisagismo e empregadostambém para recreação e usos militares. Suaversatilidade também garantiu a utilizaçãoem diferentes aplicações nas cidades. Doismodelos diferentes são vendidos nosconcessionários do País: o Gator TH 6x4Diesel e o XUV 850D.“Queremos produzir e vender os próximos500 mil Gators em muito menos tempo doque levamos para vender os primeiros 500mil. Esperamos continuar o sucesso deles emanter assim nosso compromisso deoferecer, também neste setor de veículosutilitários, um portfólio de produtos deprimeira linha para os clientes”, afirmouSiva Sundaresan, diretor mundial de veículosutilitários da John Deere.

Inaugura loja em Apucarana - PRInstalada na saída para Curitiba, a área decobertura da Horizon Comercial Agrícola incluiApucarana e mais oito municípios da região:Califórnia, Marilândia do Sul, Mauá, Arapongas,Rio Bom, Cambira, Jandaia do Sul e Marumbi. É a quarta loja de uma empresa que tem matrizem Londrina e filiais em Cornélio Procópio e

Ivaiporã. O gerente geral da Horizon, MartinStremlow, afirma que a abertura da filial deApucarana significa um estreitamento de laçoscom clientes antigos e um importante passopara consolidar a presença da marca John Deerena região. “Há muitos anos temos clientes emApucarana e municípios vizinhos. Agora elesserão atendidos com mais agilidade graças àpresença da concessionária, tanto na compra deprodutos como na assistência técnica”, afirmou.Cláudio Esteves, coordenador regional devendas da John Deere, lembrou que o maiorcompromisso da marca é com o fornecimento dealta tecnologia ao agricultor, proporcionandoredução de custos e aumento da produtividade.“A John Deere tem três fábricas no Brasil, sendoque a de Montenegro, no Rio Grande do Sul, é amais moderna do mundo. Temos atuado combastante intensidade na difusão da chamadaagricultura de precisão, fornecendoequipamentos que proporcionam significativaeconomia na pulverização das lavouras e melhoraproveitamento das máquinas no plantio e nacolheita”. www.johndeere.com.br

A John Deere

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Forestech Novas formulações de fertilizantes na ExpoforestA Forestech Soluções Florestais vai levar para a Feira Florestal Brasileira – Expoforest 2011todo o portfólio de produtos que a empresa representa, além de novas formulações defertilizantes especiais para o segmento florestal. Entre as novidades estarão produtos TimacAgro como o Basifertil (grão único + parcela orgânica + fósforo solúvel), o Basifós (grão único+ parcela orgânica + duas fontes de fósforo: solúvel e reativo), o Fertiactyl (fertilizante líquidofoliar para desenvolvimento inicial da muda) e o Sulfammo (adubo de cobertura, grão único,carbonatos de cálcio e de magnésio).Empresa espera aumentar participação no segmento de nutrição florestal, com 7% do marketshare do mercado nacional na área de defensivos - 70%no segmento de inseticida/cupinicida.Segundo o engenheiro florestal e responsável técnico daForestech, Frederico Bergamin, os desafios para 2011 sãoa manutenção da participação em defensivos florestais eo aumento no segmento de nutrição florestal com osfertilizantes especiais para 5%. “2010 tem sido um anode recuperação em relação ao ano passado, porémainda aquém a 2008. O resultado deverá ser de 30 a40% superior a 2009 e de 10 a 20% inferior a 2008”.Além dos produtos da Timac agro, a empresa representae distribui com exclusividade nacional produtosflorestais como herbicidas, inseticidas e fertilizantesespecíficos de fabricantes como Basf, Milenia e Dinagro. A Feira Florestal Brasileira – Expoforest 2011, primeirafeira florestal dinâmica da América Latina, serárealizada de 13 a 15 de abril de 2011, no Horto FlorestalMogi Guaçu (SP), em uma área de 118 hectares defloresta clonal de eucalipto.

Encontro Nacional da Agricultura Familiar Orgânica A produção orgânica brasileira vem crescendo mais de 20% ao ano e cerca de 70% dela éexportada para a Europa, segundo o coordenador-geral de Diversificação Econômica doMinistério do Desenvolvimento Agrário (MDA), José Batista, Aumento de consumo desafia agricultura orgânica. “Existe um mercado de orgânicos e aagricultura não está conseguindo atender. Temos demanda, mas não temos produto”, afirmoudurante o Encontro Nacional da Agricultura Familiar Orgânica, em Brasília.Batista explicou que um dos objetivos do encontro é organizar o setor para atender oaumento da procura por orgânicos nos próximos anos. Entre as propostas de trabalho, que jáestão sendo desenvolvidas está a Política Nacional de Orgânicos, com linhas de créditoespeciais, e mais assistência técnica.O projeto ‘Talentos do Brasil Rural’ pretende abrir 125 emprendimentos (101 do ramoalimentício), nas cidades-sede da Copa do Mundo 2014, apresentado e comercializandoprodutos orgânicos brasileiros.

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Prêmio para a Exportação na ArgentinaA John Deere Argentina recebeu pelo 11° ano o Prêmio Exportação,no quesito de Maquinaria Agrícola, outorgado pela revista ImprensaEconômica, Ministério de Indústria e Turismo, Ministério de RelaçõesExteriores, Comércio Internacional e Cultura.O prêmio supõe um reconhecimento ao trabalho e esforço de umaempresa em plena fase de expansão e crescimento a partir de umplano de investimentos de capital que totalizarão mais de 40milhões de dólares em sete anos (2008 a 2014) que permitirãoaumentar em mais de 50% sua capacidade instalada de produção amais de 25.000 motores por ano. Atualmente, 90% de sua produçãode motores destina-se à exportação, sendo o Brasil o principal destino, incursionando comêxito nos últimos anos no mercado da China e na exportação de componentes de motores àsunidades da França, México e EUA. A estratégia da Ind. John Deere Argentina permitiu alémdisso, abrir novos mercados a boa parte de sua base local de provedores, que hoje nãosomente distribuem seus produtos à filial argentina da companhia, mas também a muitasoutras fábricas da John Deere no mundo. www.johndeere.com.br

A John Deere

O Presidente, Aldo Torriglia, recebeu oprêmio.

Continua a expansão doEPDC de BruschalO Centro Europeu de Distribuição dePeças de Reposição (EPDC) que aJohn Deere tem em Bruchsal (Alemanha) continua com a expansão de suas operações. Paraisso, a construção do novo centro DECON chega como resposta à crescente oferta de produtoda companhia e se perfila como a solução para a redução de custos logísticos e do impactomeio ambiental dos mesmos. Seu papel será facilitar o fluxo de entrada de peças de reposiçãoque chegarão das fábricas John Deere, assim como de provedores externos. “Após a recenteinauguração e abertura de nosso centro regional de distribuição de peças de reposição emDomodedovo, ao sul de Moscou, embarcamos em dois projetos complementares que nosajudarão a melhorar ainda mais nossa disponibilidade de peças de reposição.Um deles, a construção de um centro regional de distribuição em Marsta (Suécia) que serviráaos mercados Escandinavo e Báltico, e o outro, a consolidação e expansão do centro deBruchsal”, afirmou Fritz Rheindorf, Diretor de Operações de Peças de Reposição para a Europa,África e Oriente Médio.As novas instalações de 16.000 m2 com um investimento de aproximadamente 23 milhões deeuros, estarão totalmente operativas durante o próximo outono de 2011 e criarãoaproximadamente 80 novos postos de trabalho até o ano de 2013. Devido a redução de custoslogísticos com o novo centro DECON, a John Deere calcula que poderá economizar até 22milhões de euros durante os primeiros 10 anos de funcionamento do mesmo. “Esta decisão nãosomente enfatiza nosso compromisso com os mercados europeus de equipamentos agrícolas,gramado, construção e florestal, também ajudará a melhorar o fluxo de produtos entre nossasfábricas, provedores e centros de distribuição de peças de reposição de toda a Europa, além defortalecer nossa competitividade no mercado”, acrescentou Rheindorf.

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Albert Zahalka, novopresidente da TopconPrecision AgricultureA TopconPositioningSystems (TPS)nomeouPresidente daTopcon PrecisionAgricultura (TPA),Albert Zahalka,que se incorporoua dita unidade denegócio no iníciode 2010 comoVice presidenteSenior. “Graças à liderança de Albertcontinuamos nosso crescimento naAustrália e aumentamos nosso volume denegócio em todo o mundo”, afirmou RayO’Connor, Presidente e Diretor Executivoda TPS. “Albert tem um conhecimentoincrível do mercado de agricultura, e acontinuidade de sua liderança comopresidente é crítica para a expansão denosso negócio de agricultura”, continuou.Zahalka, em seu novo cargo, continuaráadministrando liderança global para TPA,com responsabilidade específica para odesenvolvimento do negócio na Europa,América do Sul e China. “Estes mercadosem crescimento estão especialmenteindicados para a nova tecnologia deagricultura de precisão que a TPA continuadesenvolvendo”, afirmou Zahalka. “Com agestão de vendas focalizada de CarlosMonreal, Vice presidente de AgriculturaGlobal, nos estamos antecipando aorápido crescimento do negócio na UniãoEuropeia e os mercados sul americanos”.www.topcon.com

Aberta em Madrid a novasede européia da TPAA Topcon Precision Agriculture (TPA)anuncia a abertura em Madri de suasnovas instalações européias (TopconPositioning Iberia, TPI). Esta empresa jávinha desenvolvendo seu trabalhoanteriormente como InlandGEO Holdings. A nova sede será o centro operacionalpara distribuição e suporte de produtosTPA e software para todo o negócioagrícola europeu, segundo explica o Vicepresidente Global de Agricultura, CarlosMonreal.Além de suas funções globais, Monreal éresponsável pelas operações européias daTPA. O diretor era Presidente eConselheiro Delegado da InlandGEO, e étambém presidente da TPI. Em seu novo cargo, será responsável pelasvendas, serviços pós venda e do stafftécnico. “Ninguém conhece melhor omercado agrícola europeu que Carlos. Seutrabalho com a InlandGEO, sua intuiçãonos negócios, o conhecimento dastendências da indústria agrícola e asnecessidades dos clientes potenciais ocoloca em uma posição vantajosa àcompanhia e os usuários finais”, assinalouAlbert Zahalka, vice presidente senior daTPA. O novo responsável de produtoagrícola da TPI é Robin Pick. StefanoRosato, como Diretor de Marketing,

Carlos Monreal, Vice presidente Global deAgricultura.

Topcon

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GoodyearVende para a Titan suas divisões depneus agrícolas na Europa e AméricaLatinaA Gooodyear Tire & Rubber venderá seu negócio de pneusagrícolas na Europa e América Latina para a corporação TitanTire, subsidiária da Titan Internacional Inc., por uns 130 millhõesde dólares (sujeitos a ajustes e cláusulas quando o acordo forfechado), segundo o que foi anunciado. Além de que autoriza aTitan a fabricar e vender pneus agrícolas da marca Goodyear naEuropa, América Latina e no Norte da África.Em maio do ano passado, a Goodyear já informou dapossibilidade de vender este negócio na Europa e AméricaLatina. Anteriormente, havia vendido a divisão de pneusagrícolas da América do Norte, incluída uma fábrica emFreemont, Illionis, à Titan, em 2005.A parte da transação que afeta a divisão na América Latina estáprevisto que se feche na primeira metade de 2011, emboradependerá das condições do acordo e da aprovaçãoregulamentária, e inclui a propriedade, equipamento einventário da fábrica que a Goodyear tem em São Paulo (Brasil).Assim mesmo, a parte européia do acordo está sujeita a que aGoodyear exerça sua opção de venda, buscando completar umplano social relacionado com a anunciada suspensão daprodução de pneus para turismo na fábrica de Amiens doNorte, França, e que necessita ser consultada com asautoridades locais. Uma vez finalizado o dito acordo, com oconseguinte cumprimento das condições do mesmo e aaprovação regulamentar, a transação incluirá a propriedade,equipamento e inventário da fábrica de Amiens do Norte. “Estatransação reforça nosso objetivo de nos centrarmos nos pneuspara turismo e caminhão, afirmou Richard J. Kramer, presidentee CEO da Goodyear. “Nossas operações com pneus agrícolastiveram muitos êxitos durante décadas, e queremos agradecer atodos nossos associados por suas contribuições”, acrescentou.Da mesma forma, expressou sua confiança em que a Titan, cujonegócio principal são os pneus agrícolas, mantenha as“excelentes relações” que a Goodyear estabeleceu com osconsumidores e com as regiões agrárias.Com ambas transações realizadas, a Goodyear espera que seusresultados, deixando de lado qualquer aumento nos lucros ounos prejuízos relacionado com a venda, não sejam afetados,embora a exploração do segmento varie em cada região.www.goodyear.com.br

assume a gestão dascontas mais importantes,enquanto que MatthiasSausen e Nielsen Lars sãoos responsáveis regionaisde vendas. Os diretorestécnicos regionais sãoJaime Monreal, LamprechtMarko, Bekhoj Jesper ePiou Samuel. Javier Villarserá gerente de projetos.A reestruturaçãoorganizativa incluitambém a nomeação deDavid Hart como gerentedo Grupo de ServiçosTécnicos (TSG), que teráoutros diretores comoSerafín López-Cuervo(peças de reposição),Ricardo Hormigos(reparações e garantias) eRoberto Infante (serviçostécnicos). Tony Hirayama,ex Presidente e DiretorGeral da TPA, queatualmente desempenhadiversos cargos na TopconCorporation em Tokio,passa a ser ConselheiroDelegado da TPI. DavidMudrick, DiretorFinanceiro da TPS, será oPresidente da direção.Outros membros da juntaserão Ray O'Connor,Presidente e Diretor Geralda TPS; EwoutKorpershoek, DiretorGeral da Topcon EuropePositioning; e Iván DiFederico, Chefe deEstratégia da TPS.

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Grupo Same Deutz-FahrMario Scapin regressaMario Scapin é o novo Vice presidente ExecutivoCorporativo da Unidade de Negócio Full Line do GrupoSame Deutz-Fahr. O diretor italiano –nascido na Toscana–tem 50 anos, é formado em Engenharia Mecânica e possuiuma sólida experiência no campo da mecanizaçãoagrícola, que iniciou precisamente nesta companhia, ondetrabalhou entre 1990 e 2001 como Responsável peloDepartamento de Pesquisa e Desenvolvimento.Posteriormente, desenvolveu a mesma responsabilidadeno Grupo Argo, até que em 2005 passou a ser DiretorGerente da Laverda de sua filial, Fella.“OSDF está apostando fortemente no negócio da FullLine; tanto é assim que foi criado um novo departamento com a intenção específica deposicionar o nome da Deutz-Fahr como um dos líderes no mercado. Estamos convencidos deque Sr. Mario Scapin é a pessoa mais adequada para cumprir um papel chave no futuro doGrupo Same Deutz-Fahr: seu profundo conhecimento de visão estratégica de mercado, juntocom os excelentes resultados que obteve ao longo de sua carreira, faz que nos sintamosorgulhosos do fato de que haja decidido unir-se a nosso projeto”, afirmou o ConselheiroDelegado, Ludovico Bussolati.Mario Scapin se encarregará de coordenar todas as atividades relativas às colheitadeiras,desde a produção até o serviço de pós venda.www.samedeutz-fahr.com

FrançaNúmeros vermelhos no mercado francêsA Associação Francesa de Fabricantes de Maquinaria Agrícola (AXEMA) organizou uma rodade imprensa para apresentar os resultados da campanha 2009/2010 em equipamentos para acolheita e forragem, assim como uma previsão para o fechamento do exercício no mercado detratores.

2006 2007 2008 2009 2010

Tratores (todas as categorias) (1) 35 165 37 640 43 661 39 735 33 000 (estimativa)Tratores estandar 25 255 27 098 31 557 28 531 22 250 (estimativa) Colheitadeiras (2) 1 850 1 968 2 671 2 455 1 637Picadoras de forragem (3) 277 303 365 313 240Roto enfardadoras (2) 4 999 4 989 5 961 4 395 2 937Enfardadoras gigantes (2) 324 407 450 356 261

(1): Inclui carregadoras telescópicas, tratores para videiras, tratores industriais…(2): Safra de Setembro 2009-Agosto 2010(3): Safra de Novembro 2009-Outubro 2010

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Trelleborg Compra o Grupo Watts Tyre, especialista en pneus industriaisA Trelleborg, através de sua áreade negócio Trelleborg WheelSystems, assinou um acordo paraa aquisição da Watts, uma dasprincipais companhias a nívelglobal de pneus industriais, egraças a isso pretende reforçarsua posição com uma maiorexpansão geográfica e presençano serviço de pós venda.A operação, fechada em 230milhões de coroas suecas (23milhões de euros), requer ocumprimento de certas condições,assim como a aprovação dasautoridades competentes, previstapara este primeiro trimestre do ano. “Esta aquisição é um passo a mais dentro de nossaestratégia de fortalecer e aumentar nosso posicionamento no mercado, gerando novasoportunidades de crescimento futuro. Além de que permitirá aumentar a eficiência deprodução de nossa moderna fábrica do Sri Lanka com vantagens substanciais para nossosclientes”, afirmou Maurizio Vischi, Presidente da Trelleborg Wheel Systems.O grupo britânico Watts, com sede em Lydney (Reino Unido), conta com 230 empregados esuas vendas anuais ascendem a 300 milhões de coroas suecas (30 milhões de euros). Com estaaquisição, a linha de pneus industriais da Trelleborg “potencia sua competitividade”, explicouVischi. “Vamos ser ainda mais fortes no serviço de pós venda e teremos, por exemplo, acesso aum conceito de serviço avançado denominado ‘Interfit’ que permite estreitar a relação entre ofabricante e o usuário final”, acrescentou. O diretor sublinhou também que a Watts Tyredispõe de uma ampla rede de vendas em mais de 60 países, com uma forte posição em muitosmercados em expansão, o que “cria excelentes condições para aumentar a presençageográfica da Trelleborg, especialmente nos mercados asiáticos”.A unidade começará a contribuir financeiramente desde a data de aquisição e de forma plenaa partir de 2012. Os cálculos da Trelleborg são gerar um volume anual de benefícios deaproximadamente 45 milhões de coroas suecas (4,5 milhões de euros).www.trelleborg.com

Prorrogado o Programa de Sustentação do InvestimentoO Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que tinha previsto seu encerramento paradezembro de 2010, foi prorrogado até 31/03/2011. A taxa de juros será mantida em 5,50% aomês, e os recursos adicionais disponibilizados são de R$ 10 bilhões.A prorrogação do programa responde a um importante pleito da ABIMAQ, que vinhaalertando ao governo da importância da prorrogação como fator fundamental para manter aretomada do nível de atividades da indústria de máquinas e implementos.

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A LaverdaO Grupo AGCO completa a aquisiçãoO Grupo AGCO, proprietário de 50% da Laverda após o acordoassinado com o Grupo ARGO em 2007, terá o controle total dacompanhia italiana especializada na fabricação decolheitadeiras.Em 25 de junho de 2007 se tornou pública a Joint Venture emque o Grupo AGCO comprava 50% da Laverda, companhiapertencente ao Grupo ARGO (Landini, McCormick…). Agora,concretamente em 3 de novembro passado, a multinacionalnorte americana anunciou o acordo de aquisição dos 50%restantes, que inclui a Fella-Werke GmbH, fabricante alemã demaquinaria forrageira. O valor da operação, que está aindapendente de validação por parte das autoridades competentes,é de aproximadamente 65 milhões de euros.O controle absoluto da Laverda “reforça a estratégia a longoprazo da AGCO em seu objetivo de acelerar o desenvolvimentode suas operações no setor da maquinaria de colheita e deampliar o alcance de suas gamas de colheitadeiras na Europa”,afirmou Martin Richenhagen, Diretor Geral, Presidente eConselheiro Delegado da AGCO. “Se trata de outro claro sinalde que estamos cumprindo nossa promessa de pôr em jogotodos os recursos necessários para levar adiante nossos ambiciosos planos para o negócio dacolheita, que incluem investimentos em fabricação e em novos produtos”, acrescentou.A Laverda é uma histórica companhia com sede em Breganze (Itália), que desde 2004 fabricapara a AGCO as colheitadeiras Challenger, Fendt e Massey Ferguson, assim como os modelosque se comercializam sob a marca Laverda. É o ‘Centro de Excelência’ de colheitadeiras AGCOna Europa e dispõe de um moderno e eficiente complexo especializado na produção demaquinaria agrícola.

“Nossa colaboração ativa com a fábrica de Breganze foiforjada ao longo de muitosanos de relação, de modo que este é um passo natural ecomplementar tanto para a Laverda como para a AGCO. ALaverda é uma marca líder no setor da maquinaria agrícola,que goza de uma sólida reputação no mercado e cujocrescimento e desenvolvimento potencial seguiremosapoiando”, explicou Martin Richenhagen.O anúncio desta operação coincidiu com o ínício da produçãoem Breganze das colheitadeiras de cereais de oito saca-palhas da AGCO, a primeira das quais saiu da cadeia demontagem em outubro. A ampla gama inclui tambémmodelos de 5 e 6 saca-palhas.Além de que foi apresentado também o primeiro modelohíbrido AGCO produzido em Breganze.Meio século fabricando colheitadeiras situa a fábrica de

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Grupo ARGO: O trator, núcleo do negócioO acordo, que converte a ARGO SpA em acionista da AGCO, constitui umdos pilares da futura estratégia do grupo italiano, “que na realidade sedireciona no negócio dos tratores agrícolas”, permitindo “reforçar osinvestimentos, tanto no que se refere ao desenvolvimento de novosprodutos como também em relação à eficiência da produção”, afirma emuma nota de imprensa.“Tudo isso com o objetivo de oferecer aos diferentes grupos de interesses aocasião de aproveitar as futuras oportunidades que a ARGO reconhece queexistem no negócio dos tratores agrícolas”, no que está presente com asmarcas Landini, McCormick e Valpadana. “Nos últimos anos as duassociedades dirigiram conjuntamente a Laverda e agora explorarãoconjuntamente futuras oportunidades estratégicas de cooperação”, explicaValerio Morra, Presidente do Grupo Industrial ARGO, que continuaráformando parte do Conselho de Administração da Laverda SpA.A relação de colaboração industrial e comercial, a longo prazo, entre aARGO e a AGCO, no ano de 2007 animou as duas companhias a apostarem joint venture 50% da Laverda SpA. “Os resultados obtidos nestesanos foram mais que satisfatórios, tanto em termos econômicos efinanceiros como nos aspectos industriais e permitiram aos dois gruposavançar um passo mais em sua longa e duradoura relação decolaboração”, reconhecem desde a ARGO.www.argospa.com

Breganze como uma dasreferências internacionais nesteproduto. As instalações,inauguradas em 1979, ocupam 22ha e contam com os certificados dequalidade ISO. O plantel é de 450empregados. Nos últimos anos,desde que começou a funcionar oacordo de colaboração com aAGCO, a produção decolheitadeiras quase duplicou, ecom a recente incorporação denovos modelos, já está prontapara novos e notáveis incrementosde produção. Os recentesinvestimentos realizadospermitiram reorganizar porcompleto a cadeia de distribuiçãoe o processo de produção, incluídaa instalação de equipamentos desolda robotizada e corte a laserautomático.www.laverdaworld.com

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O Grupo AGCO

Serão fabricados na China motores, transmissões e caixas decâmbioO Presidente e Conselheiro Delegado (CEO) do Grupo AGCO, Martin Richenhagen, confirmoua intenção de sua companhia de instalar duas fábricas na China porque estimam que em cincoanos –ou possivelmente menos– se converta em um de seus principais mercados.Estas fábricas produzirão tanto para suprir a demanda interna, ao se tratar de um territóriomuito pouco mecanizado, como para fabricar componentes para tratores básicos e com baixoconteúdo tecnológico, para alimentar a demanda dos ‘agricultores de fim de semana’ naAmérica do Norte e na Europa, e a de certos países da América do Sul. As duas fábricasproduzirão motores, trasmissões e caixas de câmbio que serão transportados em CKD para amontagem definitiva em seu destino.O diretor recordou que a China é o maior importador de equipamentos agrícolas há muitos anose que sua aposta pelos mercados emergentes asiáticos corroborou a presença no mercadoindiano desde 1960, onde atualmente são o segundo fabricante de maquinaria agrícola.Martin Richenhagen deu estas declarações em uma entrevista concedida aos canais detelevisão CNBC e Bloomberg, e com motivo do Business Council que foi celebradorecentemente em Chicago reunindo a 100 CEO. Quando foi perguntado sobre o aumento e aestabilidade dos preços das matérias primas de origem agrícola, Richenhagen expressou suaconfiança em que os preços se estabilizem nesta linha para fazer rentáveis as exploraçõesagrícolas sem necessidade de subvenções. Para corroborar esta crença expôs o crescimento dapopulação a nível mundial e as novas necessidades alimentícias de países economicamentedeprimidos e o incrementado consumo de bio combustíveis.Também não diminuiu críticas à excessiva burocracia imperante em alguns países, que acarretagastos excessivos para as administrações públicas e urgentes investimentos em matéria Meioambiental e gastos para as multinacionais.www.agco.com.br

Reconhecimento paraDebra Kuper naGeorgiaDebra Kuper, Vice presidente,Conselheira Geral e SecretáriaCorporativa do Grupo AGCO,recebeu o reconhecimento comouma das mulheres mais influentesna Georgia. A diretora receberá oGlass Ceiling Award por sua dedicação e esforço comolíder na Conferência para a Mulher Atual desse país.“Estamos muito contentes e orgulhosos de que asconquistas e o compromisso da Sra. Kuper sejamreconhecidos e honrados”, disse o Presidente eConselheiro Delegado da companhia, MartinRichenhagen.

Prêmio pelodesenvolvimentodas relaçõespúblicasO Grupo AGCO rcebeu oPrêmio 2010 AMNAProfissional para oDesenvolvimento deExcelência na área de RelaçõesPúblicas. Este Prêmio éoferecido por uma associaçãonorte americana especializadaem comunicação e marketinge reconhece o esforço dacompanhia por melhorar suascomunicações tanto externascomo a nível interno.

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AGCO Sisu PowerOs EUA concedem a Tier 4 Interim aos motoresSCR de mais de 175 CVA Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos Estados Unidos concedeu nodia 14 de dezembro a aprovação provisória da normativa Tier 4 interimaos motores AGCO Sisu Power de mais de 130 kW (175 CV). A norma equivalente na UniãoEuropeia (Stage IIIB) já foi conseguida no início deste outono.Esta aprovação é uma das primeiras que concede EPA a motores extraviários que utilizamtecnologia SCR (Redução Catalítica Seletiva). “O Stage IIIB e o Tier 4 interim serão aplicadosna produção motores de mais de 130 kW a partir de 1 de janeiro de 2011. A produção jácomeçou na fábrica da AGCO Sisu Power em Nokia (Finlândia) para clientes em aplicaçõesfora de estradas na Europa e EUA”, explicou o Presidente e CEO da AGCO, MartinRichenhagen.Já passaram mais de dois anos desde que se apresentou o primeiro trator agrícola comtecnologia SCR de tratamento catalítico seletivo dos gases de escape, para a redução dosóxidos de nitrogênio e partículas sólidas de carbono emitidas à atmosfera. Segundo algunsensaios realizados, com a tecnologia SCR se reduz o consumo de combustível entre 5% e 10%em comparação com outros sistemas, já que o motor pode ser mais simples e eficiente, Ao ser

produzida uma perda menor decalor e não necessitar doesfriamento dos gases deescapamento. Também se produzuma menor emissão de CO2 emconseqüência do menor consumoespecífico. Além de que na AGCOSisu Power se entende que os gasesde escapamento são mais limpos quecom o sistema de recirculação.

63 milhões de euros para comprarSparexO Grupo AGCO adquiriu a Sparex Holdings e suasfiliais comerciais de Rubicon Partners Industries por53 milhões de libras esterlinas (uns 63 milhões deeuros). A Sparex, com sede em Exeter (Reino Unido),é um importante distribuidor global e independentede acessórios e peças de reposição para tratoresagrícolas, que opera em 17 países e exporta para maisde 75 países. Espera-se que a transação seja fechada,quando se obtiver a aprovação das autoridadescompetentes.

Joint-venture comAmity TechnologyO Grupo AGCO estabeleceu umajoint venture com AmityTechnology, mediante a qualadquire 50% das linhas deprodução de semeadoras,(semeadoras pneumáticas) pneus eequipamentos para a preparaçãodo terreno atualmentecomercializados sob as marcas deAmity, Wil-Rich and Wishek.

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AGRIWORLD28

NOTÍCIASGLOBAL

Doação de um trator para trabalhar no HaitiA Massey Ferguson realizou a doação de um trator à ONG Habitat for Humanity paracolaborar nas tarefas de recuperação no Haiti após o devastador terremoto de magnitude 7.0que ocorreu perto de Porto Príncipe em 12 de janeiro. Trata-se de um Massey Ferguson 1533equipado com um braço carregador DL 120 e una retro-escavadora CB20.

A Massey FergusonCelebra o 50º aniversário daprodução de tratores MasseyFerguson em BeauvaisA fábrica da Agco em Beauvais (França) celebrou, nopassado mês de novembro, os 50 anos de produçãode tratores Massey Ferguson em suas instalações.Cerca de 4.000 empregados e suas famíliasparticiparam de uma jornada especial de portasabertas, na qual puderam ser testemunhas dos novosinvestimentos e contemplar alguns dos marcos maissignificativos na história do lugar durante as últimascinco décadas. “Beauvais é o lar dos tratores MasseyFerguson na Europa e estamos muito orgulhosos de celebrar 50 anos de trabalhos exitosos nolugar”, afirmou o vice presidente e diretor gerente para a Massey Ferguson Europa, África eOriente Médio e diretor geral da Agco S.A, Richard Markwell. “Com a recuperação do setor damaquinaria agrícola da recessão mundial, estaremos totalmente preparados para satisfazer ascrescentes demandas e estamos muito otimistas com o futuro que nos espera”, acrescentou.Considerada pela companhia como “centro nevrálgico para o planejamento e fabricação demaquinaria agrícola na Europa”, dispõe de 25 hectares de superfície e de 2.200 empregados.Trata-se da maior fábrica de tratores do grupo Agco na Europa, que por sua vez é o maiorfabricante da França e o principal exportador de maquinaria agrícola do país , enviando 85%da produção a mais de 140 países.Em Beauvais foram fabricados mais de 820.000 tratores Massey Ferguson desde que o negóciofoi estabelecido em 22 de novembro de 1960.“Estamos avançando com passos firmes em Beauvais com 65 milhões de euros investidos nafábrica somente nos últimos cinco anos. Foram destinadas somas importantes para maisdesenvolvimentos significativos em 2011. Os níveis de produção de tratores se estabilizaramsatisfatoriamente em relação às nossas previsões para os últimos seis meses e a produção atualé de umas 82 unidades diárias, ou seja, um trator a cada cinco minutos”, destacou Markwell. Acompanhia destaca que a fábrica de Beauvais é responsável pelo projeto e fabricação dasúltimas séries MF 5400, MF 6400, MF 7400 e MF 8600 de 82 a 370 CV e que algumas delasganharam prêmios como máquina/trator do ano em quatro ocasiões, prêmio trator de ouroao projeto e prêmios de inovações técnicas.O primeiro trator fabricado na fábrica foi o MF 825 de 25 CV, modelo sem cabine, com motorde 4 cilindros, caixa de 10 velocidades e 1.180 kg de peso.www.massey.com.br

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AGRIWORLD 29

A New Holland não sai do pódioÉ a quarta edição consecutiva que a New Hollandsobe ao pódio deste concurso. Nesta ocasiãorecebe o prêmio pelo projeto de seu modeloT7.210, um trator cujo motor (Tier 4A) comsistema SCR alcança os 212 CV de potênciamáxima com EPM. Além das numerosashabilidades reconhecidas pelos jurados, foijulgado como o melhor trator nos quesitos:projeto, funcionalidade e ergonomia.Este êxito confirma que a Série T7 é a maispremiada nos 14 anos de história do concurso:duas vezes merecedora do prêmio Trator do Ano,em 2008 pelo modelo T 7060 (T 7.260 na atualidade) eem 2010 pelo trator T7070 Auto Command™ (agora T7.270), e três vezes ganhadora do Prêmio GoldenTractor for Design (Trator de Ouro ao Projeto), em 2008,2010 e 2011.

Landini, a marca mais‘especial’A série Rex da Landini volta a gabar-se de contar entre sua oferta com o‘rei’ dos tratores ‘especiais’ naEuropa, o modelo 110 F, com motorPerkins 1104D-44TA, de injeçãodireta, que cumpre a normativa TierIII e é capaz de oferecer até 102 CVde potência ISO, com um torquemáximo de 416 Nm.Oferece três possibilidades detransmissão: duas mecânicas de12+12 e 15+15 marchas, e outra

hidráulica (Power Five) com Hi-Lo sob carga deduas velocidades.Completamente idealizado, projetado efabricado na Itália, nas fábricas Argo Tractors daprovíncia de Regio Emilia, foi considerado otrator que melhor responde às necessidades.

Ruggero Cavatorta, Responsável pelo Marketing de Argo Tractors,recebe o prêmio das mãos do Ministro Giancarlo Galan.

O Ministro Giancarlo Galan entrega a placa aFranco Fusignani, CEO da New Holland

Agriculture.

O TOTY é um prêmiooutorgado por um júricom as publicaçõesmais importantes de20 países europeus. Nacategoria absoluta oganhador foi o Fendt828 Vario.

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NOTÍCIASGLOBAL

A Argentina Fabricantes argentinos desembarcam no BrasilO incremento da produção de soja e o aumento de áreas agrícolas no Brasil leva a um númerocrescente de fabricantes argentinos de maquinaria agrícola a abrir fábricas no país. Dumaire abriu no passado mês de agosto uma fábrica de semeadoras no estado de MatoGrosso. “O Brasil produzirá este ano 150 milhões de toneladas de soja e 13 milhões detoneladas de milho, sendo o segundo exportador do mundo neste último alimento”, afirmamdesde a empresa. Inicialmente, começará fabricando quase 80% de suas peças na Argentina,mas no futuro as máquinas serão produzidas integralmente no Brasil.A Umbu é outra das companhias que no meio do ano passado começou a operar no Brasil.Instalou uma fábrica no estado do Rio Grande Do Sul, onde tem previsto a médio prazocomeçar com a montagem no Brasil e vender através de seu sócio local, Imasa, que conta comuma ampla rede comercial nesse país.De Grande, um potente fabricante argentino especializado em equipamentos para a colheita,investiu 400 mil dólares em uma fábrica no estado do Paraná, um dos maiores produtores demilho. Assim mesmo, o fabricante de semeadoras Crucianelli pretende abrir uma empresapara exportar maquinaria, acessórios, peças de reposição e oferecer serviços para responderde maneira rápida as solicitações de seus clientes.

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A Apache Fabrica tratores na Índia com componentes argentinosA Apache realizou um acordo para incluir componentes de origem argentina nos tratoresfabricados pelo seu sócio indiano na fábrica que tem no país asiático. As negociações comSonalika datam de 2008, quando se assinou um pré- acordo que logo foi definitivamenteassinado durante uma missão oficial a Nova Deli. A empresa argentina negocia um esquema defabricação conjunta para vender no mercado interno e para a exportação. Como primeiro passodo convênio, importou seis tratores de Sonalika para provar seu funcionamento e capacidade deadaptação, para depois avançar na produção conjunta.Na Argentina, 80% dos tratores são importados, especialmente do Brasil, mas também dosEstados Unidos, Europa, China e Índia. Entre os poucos fabricantes locais se encontram Pauny (exZanello) e Agrinar.A Apache, que nasceu no final dos anos ‘50 e abriu sua fábrica industrial nos anos ‘70, é umaespecialista na fabricação de semeadoras, mas desde alguns anos começou a diversificar suaprodução oferecendo pulverizadores e até um trator 100% argentino. Mas o forte investimentorequerido, especialmente nos componentes de transmissão, como a caixa de câmbio e odiferencial, resultaram em uma mudança de estratégia e incorporação a um sócio internacional.www.apache.com.ar

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INANÇASF

Os países BRIC serão responsáveis pormetade do crescimento econômico mundialOs países emergentes BRIC (Brasil, Rússia, China e Índia) serão responsáveis porquase metade do crescimento econômico mundial em 2011, segundo estimativa doBanco Mundial. A previsão é de que essas nações representem 46% do crescimentodo Produto Interno Bruto (PIB) em todo o mundo neste ano.A estimativa do banco é de uma redução no ritmo do crescimento da economiamundial em 2011, depois de uma expansão de 3,9% em 2010. O Banco Mundialprevê um crescimento de 3,3% em 2011, e de 3,6% em 2012. Para o Brasil, orelatório prevê um crescimento do PIB real de 4,5% em 2011 e de 4,1% em 2012. Amédia de expansão econômica entre os países ricos deverá ficar em 2,4% em 2011.Entre os países em desenvolvimento, a média prevista é de 6% .O estudo aponta para uma melhora considerável no cenário econômico na região daAmérica Latina e Caribe. A região conseguiu sair da crise global de maneira positiva,em comparação tanto com o desempenho do ano anterior como com a recuperaçãode outras partes do mundo. O Banco Mundial chama atenção para países da regiãoque estão vulneráveis a fluxos de capital que podem desestabilizar a economia. Aatividade econômica da região começou a se recuperar na segunda meta de 2009,com a produção industrial crescendo 10% durante o quarto trimestre.Com exceção do Chile, o crescimento industrial agregado da região se manteve alto em2010 e cresceu 9% no primeiro trimestre. O terremoto do país – ocorrido em fevereiro– provocou uma queda de 30% do crescimento no período. O Banco Mundial tambémdestaca a situação do México, afetado pela crise provocada pela gripe H1N1. O relatório aponta para a pressão inflacionária enfrentada pelos países BRIC, emparticular a China e a Índia. A exceção no bloco seria a Rússia, onde o fortalecimentodo rublo tem contribuido para o declínio da inflação.A situação das commodities também ganhou um capítulo à parte no relatório, queafirma que a recuperação de preços iniciada em 2009 se manteve em 2010. Ospreços atuais dos alimentos – considerados relativamente altos, segundo o banco –estão tendo diferentes impactos em cada região.O Banco Mundial conclui seu relatório afirmando que a forte recuperação que vemmarcando as análises mensais recentes deve perder fôlego nos próximos meses. Noentanto, a expectativa é de que as taxas de crescimento anuais sigam se fortalecendo,especialmente nos países em desenvolvimento.

Intel, lucro recorde de US$ 11,7 bilhõesA Intel Corp. teve um lucro líquido de US$ 11,7 bilhões no 2010, com crescimento de167% em relação ao 2009. A receita total foi de US$ 43,6 bilhões (+24%) e a receitaoperacional US$ 15,9 bilhões (+179%). O lucro por ação no ano ficou em US$ 2,05(+166%). Segundo o presidente e CEO da empresa, Paul Otellini, "2010 foi o melhorano na história da Intel".

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Cosan anuncia compra da ZaninA Cosan, maior grupo de açúcar e etanol do Brasil, assinou um acordo com os sócios dausina Zanin Açúcar e Álcool visando à aquisição da totalidade do capital social da Zaninpelo valor de R$ 142 milhões. A operação será paga com recursos disponíveis em caixa.A transação envolverá os ativos da Zanin referentes às atividades industrial e agrícola comcapacidade de moagem anual de aproximadamente 2,6 milhões de toneladas de cana eum projeto localizado no município de Prata, em Minas Gerais. A formalização danegociação está sujeita ao atendimento de determinadas condições precedentes, como arenegociação do passivo financeiro com os bancos credores e a negociação dos contratosdefinitivos.

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Encontram gás em poço naBacia de Campos

A OGX identificou a presença de gás naturalno poço OGX-25, em águas rasas da Bacia deCampos. Trata-se da segunda descobertarealizada nesse poço. A empresa detém 100%de participação no bloco, que está localizadoa 94 km da costa do Rio de Janeiro. Deacordo com a companhia, a perfuração,iniciada em 14 de novembro, deve prosseguiraté a profundidade total do poço.

A ‘magia Disney’ revitalizalojas e reencanta clientesA Disney, uma marca de quase 80 anos,recupera a magia com novo conceito de lojas,Interactive Parks, que usa tecnologias para queos consumidores tenham uma experiênciainesquecível com o universo da marca. Em uma mudança estratégica, A DisneyCorporation decidiu transformá-la em um dospilares do relacionamento com os clientes.Com um investimento de mais de US$ 50milhões em plataformas tecnológicas e nodesenvolvimento do ponto de venda, 320 lojasforam transformadas em oito meses.Desde a abertura das novas lojas, em umprograma de expansão iniciado há quase umano, o volume de consumidores cresceu 20%e a margem das operações, 25%.

Financiamento da usinanuclearUm consórcio de cinco bancosfranceses liderados pelo SociétéGénérale foi escolhido pelaEletrobrás para financiar 1,5 bilhão(R$ 3,36 bilhões) na construção dausina nuclear de Angra 3, que terácusto total de R$ 10,4 bilhões.

Nova previsão deinflação: 5,53%

O mercado elevou a previsão dainflação medida pelo Índice de Preçosao Consumidor Amplo (IPCA) em2011. A expectativa para a inflaçãoneste ano subiu de 5,42% para 5,53%.Os analistas também aumentaram aprojeção para a inflação em 2012, de4,50% para 4,54%.

A Telefônica compraráas ações da China Unicom

O grupo espanhol Telefônicaanunciou a decisão de ampliar aaliança estratégica com a ChinaUnicom por meio de compra departicipação acionária. O acordoprevé que cada empresa adquira oequivalente a US$ 500 milhões nacompra de ações da outra.

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INANÇASFWikipedia busca crescer no Brasil

A encilopédia online completa 10 anos e busca crescer no Brasil. Este ano, o site abre seuprimeiro escritório fora dos Estados Unidos, na Índia, onde espera aumentar seus leitores eartigos, tanto em inglês como nas diversas outras línguas faladas no país. Cerca de 316eventos mercarão o 10º aniversário da enciclopédia em 104 países."O Brasil é provavelmente o próximo", afirmou a diretora-executiva, Sue Gardner. Com aChina praticamente isolada e o amadurecimento dos mercados ocidentais, o alvo doWikipedia agora é a Índia e possivelmente o Brasil para atingir sua meta de 1 bilhão deusuários.A enciclopédia online, com sede em San Francisco, promete atingir seu objetivo nospróximos cinco anos, ao mesmo tempo mantendo seu status de organização não-lucrativa.O Wikipedia diz contar com 440 milhões de usuários individuais por mês — 5º maiornúmero do mundo —, tem cerca de 17 milhões de artigos em inglês, e diariamente sãopublicados 1.100 novos registros. Seus objetivos são continuar operando com umorçamento anual de cerca de US$ 20 milhões, arrecadados em grande parte através dedoações, e angariar mais leitores.

Os acessos de banda larga no Brasilcresceram 71% em 2010

A base de acessos de internet rápida no Brasil chegou a 34,2milhões no ano passado, segundo balanço divulgado peloSinditelebrasil, que representa as operadoras de telefoniaprivadas. Essa expansão é consequência da inclusão de 14,2milhões de novas conexões, o que representa o acréscimode 27 acessos por minuto ao longo do ano. O levantamento considerou os acessos em banda larga fixa,modens de conexão à internet móvel e terminais de terceirageração (3G), com taxa de crescimento de 257%. Entre ofim de 2009 e o fim do ano passado, os acessos via 3G porsmartphones saltaram de 4 milhões para 14,6 milhões.Nesse mesmo período, o número de terminais de bandalarga fixa subiu de 11,4 milhões para 13,6 milhões, umincremento de 20%, e o número de modens passou de 4,6milhões para 6 milhões, o que representa uma evolução de31%. Em 2010, o acesso à internet via banda larga móvelpelas redes 3G ultrapassaram a banda larga fixa. Olevantamento do Sinditelebrasil mostra que o número deacessos nesse segmento, entre smartphones e modens,passou de 8,7 milhões em 2009 para 20,6 milhões no fimdo ano passado, representando aproximadamente 50% amais que o número de conexões pela banda larga fixa. Osserviços de banda larga são oferecidos em 1.059 cidades, avelocidade média das conexões é de 1,3 megabits porsegundo.

A Vale, principalexportadorabrasileira

A Vale, maior empresa deminério de ferro domundo, alcançou em2010 o posto de principalexportadora brasileira, quenão ocupava desde 1998,desbancando a Petrobrás,líder desde 2002.As vendas externas da Valesomaram US$ 24 bilhões,32% acima dos embarquesde US$ 18,187 bilhões dapetrolífera. Com umcrescimento de 122,07%em relação ao totalexportado em 2009, a Valerespondeu por 11,91% dototal das exportaçõesbrasileiras. A parcela daPetrobrás em 2010 foi de9,01%, com umaexpansão das exportaçõesde 47,78% em relação aoano anterior.

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Redes 4G entrarão em operação noBrasil até 2013

As primeiras redes de quarta geração de telefonia celular(4G) baseadas no padrão Long Term Evolution (LTE)podem entrar em operação no Brasil em 2013. Anecessidade das operadoras terem de investir na novatecnologia para lançar esse serviço é para atender aocronograma da Copa do Mundo (2014) e a Olimpíada(2016), com muitos visitantes que exigirão banda largamóvel com velocidade superior ao permitido na 3G.Para que as operadoras comecem a projetar a evoluçãodas redes atuais para 4G com antecedência, a AgênciaNacional de Telecomunicações (Anatel) planeja antecipara licitação das licenças em 2011 para prestação do novoserviço pelo menos um ano antes do mundial.A faixa de 2,5 MHz é considerada a mais indicada para4G baseada em LTE, novo padrão que será adotado pelasoperadoras de celular na evolução das redes 3G paraaumentar a capacidade de transmissão de dados. A novatecnologia permite ofertar banda larga com velocidadesacima de 200 Mbps. Bem superior, portanto, aos 14,4Mbps permitidos pelos serviços de High Speed DownlinkPacket Access (HSDPA).Ao avaliar o potencial do mercado brasileiro para 4G, asquatro operadoras móveis (Vivo/Telefônica, TIM, Claro eOi) vão investir em licenças de 2,5 MHz para melhoraro tráfego da banda larga móvel e ampliar a receita comaplicações de dados. A nova infraestrutura, por ser100% IP, possibilitará uma série de serviços para osmercados corporativo e doméstico, como conexões decarros com o escritório e residências. Os novos serviçosprometem ofertas de machine to machine, ou seja,automação de sistemas que vão conversar entre si. Serápossível também fazer monitoramento de segurançapelo celular, algo que as redes 3G não permitem pelalimitação para transmissão de dados de vídeo em temporeal sem delay.Para a estreia dos serviços na Copa do Mundo, os locaisque devem ser considerados prioritários pelasoperadoras para cobertura de 4G são as 11 cidades queserão sede dos jogos (Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá,Curitiba, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Salvador eSão Paulo), os aeroportos e regiões próximas dosestádios. As novas redes permitem aproveitar algunsdispositivos da infraestrutura existente, mas exigeminvestimentos para a construção de uma rede nova.

As universidadessuperaram asempresas noregistro de patentes

As universidades superaramas empresas no registro depatentes na última década.Segundo a ProspectivaConsultoria, no período de1992 a 2000, as empresasresponderam por 74% daspatentes depositadas noInstituto Nacional dePropriedade Industrial (Inpi),enquanto a parcela dasuniversidades foi de 26%.Na década seguinte, asituação se inverteu. De2001 a 2009, a parcela dasuniversidades nos depósitosde patentes subiu para 61%,contra 39% das empresas.A política de inovação dogoverno federal tentapromover a aproximaçãodestes dois polos, cominstrumentos como asubvenção econômica,modalidade definanciamento que permitea aplicação de recursospúblicos não reembolsáveis.

DIVISAS1 REAL BRASILEIRO

Euro 0.4403Dólares USA 0.5984Peso argentino 2.3839Peso mexicano 7.2184Yenes japoneses 49.3088Libras esterlinas 0.3794Francos suiços 0.5675Dólar Hong Kong 4.6629Zloty polonês 1.704Yuan chinês 3.9396

-NOTICIAS ECONOMICAS 31/1/11 11:28 Página 35

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Como está se desenvol-vendo o mercado europeu es-te ano e até agora em 2011,para a Case IH?

Graças à renovação dagama de produto nos segmen-

uma forte expansão da redede distribuição européia, con-ceitos inovadores em matériade serviços pós venda e abas-tecimento de peças de repo-sição, assim como uma mo-

tos de tratores e tecnologiapara colheita de máxima qua-lidade, esperamos seguir cres-cendo em todo o mundo nospróximos anos. Este desen-volvimento será apoiado por

AGRIWORLD36

ENTREVISTA

Andreas Klauser Conselheiro Delegado e Presidente da Case IH

EM DEZEMBRO DE 2009,O AUSTRÍACO ANDREASKLAUSER (44 ANOS), SECONVERTEU EMPRESIDENTE E DIRETORGERAL DA CASE IH, UMCARGO EM QUE ELEASSUME ARESPONSABILIDADEABSOLUTA EM TODO OMUNDO DAS MARCASCASE IH E STEYR.

“Existe um interessecrescente nas novastecnologias que podemosoferecer”

-CASE IH (ENTREVISTA KLAUSER 25/1/11 09:47 Página 36

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derna gama de atrativos ser-viços financeiros para osclientes da Case IH. Os mer-cados que melhores perspec-tivas de crescimento ofere-cem em curto prazo, para aCase IH são a América doNorte e o Brasil. Estas áreasserão os principais atores,graças ao aumento da pro-dução de bioetanol e tambémaos projetos que estão sobcontrole estatal. Os agricul-tores querem ser mais eficien-tes e estão modernizando seusequipamentos. Existe um in-teresse crescente nas novastecnologias que podemos ofe-recer. Esperamos incremen-tar o volume de negócios en-tre 3 e 5% em 2011.

Quando a Case IH desen-volve um produto, é concebi-do com uma idéia global oupensando qual o tipo de má-quinas que um cliente exigeem particular?

Nosso Centro Europeu deEngenharia conhece as ne-cessidades específicas docliente nos diferentes merca-dos, para garantir a mais al-ta qualidade e o melhor ren-dimento do produto em suacategoria. Oferecemos aocliente produtos específicos,como por exemplo, os tra-tores “especiais” Quantum V/ N / F dirigidos a mercadoscomo França ou Espanha. Nafábrica de São Valentim te-mos uma equipe que adap-ta tratores agrícolas para apli-cações que não são agríco-las, como tarefas florestais oupara trabalhos urbanos (pre-feituras).

Qual produto da gamaatual da Case IH favorece maisa consolidação e a expansãoda marca no mercado?

A série Puma, que permi-tirá uma expansão muito im-portante no segmento de

DUAS DÉCADAS NACOMPANHIASua trajetória na companhia começoua quase 20 anos, como responsávelpela Exportação dos tratores Steyr naItália e no Leste da Europa. ComoDiretor de Negócio na Europa do Lestepara a Case IH e Steyr, reestruturou adistribuição nesta “região”. Tambémfoi Diretor de Negócios na EuropaCentral para a Case IH, New Holland eSteyr, assim como Diretor de Vendas eMarketing na Polônia, onde obteveum grande êxito. No início de 2006assumiu este mesmo cargo para omercado austríaco.Desde novembro de 2006, AndreasKlauser trabalhou como Vice-presidente e Manager General da CaseIH e Steyr, liderando odesenvolvimento das duas marcas naEuropa. Seus projetos maisimportantes foram a expansão darede de vendas no “velho continente”e a implementação de uma novaestrutura de negócio e vendas com acentralização da equipe diretiva emSt. Valentin (Aústria).Entre os desafios que assume com estenovo cargo se destacam o projeto deuma estratégia clara que passa pelodesenvolvimento de novos produtos, oreforço da distribuição e a ampliaçãodo serviço de pós venda.

-CASE IH (ENTREVISTA KLAUSER 25/1/11 09:47 Página 37

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de colheitadeiras para cana deaçúcar.

Com a gama de tratores dealta potência apresentada emPraga (República Tcheca), per-cebe-se que a Case IH não pa-ra de inovar neste segmento.Isso significa que a única apos-ta de futuro da marca se diri-ge à alta potência? (deixandode lado a parte que se refereaos equipamentos “especiais”).

Devido aos requisitos dehomologação geral (Tier 4A)nos centramos na atualizaçãode todos os modelos superio-res aos 130 CV e no desenvol-vimento de uma nova tecnolo-gia de motores (EfficientPower).Isto inclui o sistema SCR (re-dução catalítica seletiva), queoferece motores com menosemissões nocivas e com ummenor consumo de combus-tível e melhor rendimento.❏

e tem 15 fábricas. A DivisãoAgrícola da Fiat está mais bemsituada que seus concorrentes.Começamos a reduzir a pro-dução em março do ano pas-sado, porque aprendemos coma crise, que sofreu nossa divisãode maquinaria de construção.O mercado global na Europase reduziu em quase 20%, as-sim a produção se ajustou nes-ta linha.

Na América do Norte o ne-gócio vai muito bem. A pro-dução está no mesmo nível queem 2008. No leste da Europa,particularmente na Polônia tu-do está excepcionalmente bem,enquanto que nos países bálti-cos o mercado diminuiu dras-ticamente, devido a forte in-fluência dos créditos estrangei-ros. A Rússia também está pas-sando por um momento mui-to difícil. No Brasil seguimosvendendo um grande número

potência de 130 a 230 CV,com diferentes tipos de confi-guração: Powershift, semi-Po-wershift e a avançada trans-missão contínua.

Na situação atual, comosão as vendas no “velho con-tinente” e qual é a previsãopara o futuro com os merca-dos emergentes? Como po-dem contribuir para a CaseIH? Que processos de fabri-cação serão seguidos para es-tes mercados?

A Case IH tem uma longatradição como um dos maio-res fabricantes de maquinariaagrícola no mundo. É “núme-ro um” em colheitadeiras nosEUA e um dos líderes em tra-tores, assim como em enfarda-doras, colheitadeiras de al-godão e de cana de açúcar. Acompanhia gera vendas de qua-se 4 bilhões de euros ao ano

AGRIWORLD38

ENTREVISTA

Os mercados que

melhores

perspectivas de

crescimento

oferecem em

curto prazo, para a

Case IH são a

América do Norte e

o Brasil

-CASE IH (ENTREVISTA KLAUSER 25/1/11 09:47 Página 38

Page 39: Agriworld edição 3

AGRIWORLD 39

PRODUTO

ACase IH apresentou naExpointer seu pacotede novidades, visando

atender a demanda dos agri-cultores brasileiros, desde opequeno produtor familiar atéos grandes empresários do se-tor. A marca promoveu atua-lizações na linha de plantadei-ras ASM, lançou modelos no-vos das colheitadeiras Axial-Flow, além de equipamentospara a linha de tratores Max-xum e da introdução no mer-cado nacional de um trator degrande porte, da família Mag-num.

Como parte do mesmo pa-cote, a marca iniciou as ven-das do trator Farmall 80 atra-vés do programa Mais Alimen-tos do Governo Federal, umaopção de crédito para o pe-queno produtor interessadoem adquirir um trator com aqualidade e a tecnologia quea Case IH oferece. A marcalançou ainda o Conexão Ca-

se IH, uma central de relacio-namento entre clientes, con-cessionários e fábricas, alémde apresentar a versão arro-zeira dos modelos Farmall 80e 95.

Para atender aos produto-res do Rio Grande do Sul, des-de 2008 a Case IH vem inves-tindo no crescimento de suarede de concessionários na re-gião, garantindo um atendi-mento de qualidade e um pósvenda eficiente. Em 2008 ha-via dois pontos de venda Ca-se IH no Estado, representan-

do 4,3% do total no Bra-sil. Atualmente são dez pon-tos de venda, de um totalde 72 existentes no país, re-presentando 14% do total.

“Este crescimento é par-te do esforço da Case IH pa-ra estar sempre próxima doprodutor, reconhecendo

suas necessidades e apresen-tando soluções eficientes pa-ra cada segmento, do plantioaté a colheita, do agricultor fa-miliar até o grande empresá-rio do setor”, explica SérgioFerreira, diretor geral da Ca-se IH para a América Latina.“Temos uma estratégia bastan-te consistente, que se apóiaem novos produtos, na redede distribuição forte e em umpós venda superior. A Case IHalmeja atingir a meta de 25%de participação no mercadode colheitadeiras de grãos ede 10% em tratores no médioprazo”.❏

AGRICULTURA FAMILIAR É DESTAQUEDA CASE IH NA EXPOINTER

-CASE IH (EXPOINTER) 25/1/11 13:28 Página 39

Page 40: Agriworld edição 3

AAGRIWORLD40

IntroduçãoDiante deste cenário, a

mecanização das operaçõesda cultura da cana-de-açúcartorna-se uma tendência irre-versível e tem apresentado nosúltimos anos, um aumento sig-nificativo. Este incremento noíndice de mecanização apre-senta um importante impac-to no processo produtivo dacana-de-açúcar, com re-flexos na demanda pormão-de-obra do preparodo solo à colheita e,consequentemente,na composição doscustos de produção,uma vez que amão-de-obra é umdos itens que maisdemanda recursosfinanceiros do produtor.

O aumento da utilizaçãoda mecanização na lavouracanavieira pode ser facilmen-te visualizado, principalmen-te nas operações de colheita,

onde o número de colhedorasjá é considerável, apesar deainda ser pequeno em relaçãoà área plantada. Não obstan-te, a adoção da colheita me-canizada exige a adequação

de todas as práticas culturaisao novo sistema.

Não obstante o avanço doprocesso de mecanização emcana-de-açúcar, ainda existemdificuldades para o desenvol-

vimento das operações meca-nizadas, sendo os principaisgargalos encontrados nas ope-rações de plantio e colheita.Apesar da mecanização doplantio estar em franca ex-pansão, ainda são facilmenteencontradas áreas com dis-tribuição de mudas com ca-minhões ou carretas, empre-gando-se máquinas na aber-tura e fechamento dos sulcoscombinados com a distri-buição dos defensivos, e sen-do as operações de distri-

buição de mudas, nestes ca-sos, ainda totalmente reali-zadas de forma manual.

Sob o ponto de vistaagronômico, o plantio meca-nizado apresenta como gran-

A TECNOLOGIAAGRÍCOLA

MECANIZAÇÃO DA CULTURADA CANA-DE-AÇÚCAR

O BRASIL É O MAIOR PRODUTOR MUNDIAL DE CANA-DE-AÇÚCAR, COM CERCA DE 700 MILHÕES DETONELADAS ANUAIS, SENDO A PREVISÃO DE QUE ATÉ ASAFRA 2014, TODO ESTE VOLUME SEJA COLHIDO EMQUASE SUA TOTALIDADE POR MÁQUINAS.

-Mecaniza caña azucar 31/1/11 11:34 Página 40

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AGRIWORLD 41

de vantagem o fato de as mu-das serem colocadas em sul-cos abertos pela própria má-quina e, simultaneamente, co-bertas com uma camada desolo. Com isso, as condiçõesde umidade são preservadas,favorecendo a germinação, oque raramente ocorre no sis-tema semimecanizado, ondeos sulcos podem permanecerabertos por dias, aguardandoa operação de distribuição demudas e sua posterior cober-tura com solo. Entretanto, di-versos outros cuidados devemser observados para que sepossa atingir bons resultadoscom o plantio mecanizado decana-de-açúcar.

Inicialmente deve-se terem mente que escolha corre-ta do trator que irá tracionar aplantadora é de fundamentalimportância a adequação doconjunto em relação à exigên-cia de força e potência detração. É de extrema importân-cia uma vez que os custos ope-racionais destes conjuntos re-presentam, em média, cercade 50% do custo da operação.Outro cuidado necessárioquando se trata de plantio me-canizado relaciona-se com aqualidade das mudas, uma vez

que a danificação das gemasnos toletes ocorre principal-mente na colheita de mudas(cerca de 10%) e entre trans-porte, transbordo e plantio (ou-tros 10%).

Além disso, há a necessi-dade de reconfiguração dossulcadores das plantadoras,pois estes dispositivos são osmesmos utilizados nos sulca-dores convencionais. Consi-derando-se que o maior con-sumo de potência nas plan-tadoras advém da ação de sul-cação, no plantio mecaniza-do pode-se trabalhar com sul-cos mais estreitos em relaçãoao plantio semimecanizado,uma vez que a ação de sul-cação, deposição dos rebo-los e fechamento dos sulcos

ocorrem de forma subsequen-te.

Todavia, o maior entravepara o sistema de plantio me-canizado nas plantadoras demudas picadas se relacionaaos mecanismos distribuido-res de mudas. Na verdade es-tes mecanismos não são, naacepção correta do termo, me-canismos dosadores, uma vezque são apenas lançadores derebolos nos sulcos. Nas plan-tadoras que utilizam mudasinteiras, deve-se tomar cuida-do em não elevar a velocida-de de deslocamento da ope-ração na tentativa de aumen-tar a capacidade operacional,uma vez que o aumento da ve-locidade pode comprometera distribuição de gemas no sul-co. Esse problema decorre dofato de que a retirada dos col-mos do depósito e o direcio-namento dos mesmos aos me-canismos picadores é realiza-do de forma manual. Por es-te motivo a utilização de ve-locidades maiores (acima de5 km h-1) podem provocar ra-pidamente a estafa dos operá-rios e, consequentemente, aoaumento de falhas, com a con-

Transbordagem de mudas.

-Mecaniza caña azucar 27/1/11 11:43 Página 41

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AGRIWORLD42

sequente distribuição não ho-mogênea do número de ge-mas no sulco.

Além dos cuidados apon-tados há que se considerar quemuitas são as variáveis que in-fluenciam no plantio mecani-zado, tais como a variedadeda cana, idade da muda, tom-bamento, tamanho do rebolo,temperatura, umidade e pre-paro do solo, quantidade desolo sobre a muda, tempo deexposição, distância da mu-da, topografia, desenho dotalhão, colhedora, transbordoe plantadora,dentre outros.

Colheita mecanizadaA colheita da cana-de-açú-

car é sem dúvida outra ope-ração muito importante, poissob o ponto de vista fisiológi-co, representa o final do ciclode crescimento e maturação,atingindo o máximo de produ-tividade agrícola cujas con-dições edafoclimáticas do lo-cal, tecnologia agronômica evariedades permitiram atingir.

Um sistema global de co-lheita envolve as operações de

corte, carregamento, transpor-te e recepção da matéria-pri-ma na indústria, e sendo assim,as operações de colheita sãoclassificadas em três sub-siste-mas distintos: manual, semi-mecanizado e mecanizado (Ri-poli, 1996). O sub-sistema me-canizado diferencia-se dos de-mais pelo fato de todas as ope-rações envolvidas ocorreremexclusivamente com a utili-zação de máquinas, envolven-do aspectos relativos ao tipo deequipamento utilizado e seugerenciamento, condições decampo (relevo, tipo de solo, for-mato do talhão, variedade e es-

paçamento), melhoria da qua-lidade da matéria-prima colhi-da e do meio ambiente, umavez que neste sub-sistema nãose tem a prática da queima depré-colheita.

Além disso, a mecani-zação da colheita envolve tam-bém aspectos sócio-econômi-cos, visto que uma colhedorapode substituir o trabalho deaté 100 homens, contudo amecanização abre oportuni-dades para a qualificação des-ta mão-de-obra e emprego dostrabalhadores em condiçõesmelhores de trabalho. Entre-tanto, se por um lado a colhei-ta mecanizada veio resolver osproblemas relacionados à mão-de-obra, por outro lado ela in-troduz outro problema, que éa menor qualidade tecnoló-gica da matéria-prima entre-gue ao processamento indus-trial, devido à maior incidên-cia de impurezas.

O aumento da mecani-zação da colheita de cana-de-açúcar intensificou-se na dé-cada de oitenta como alterna-tiva de substituição parcial dacolheita manual, ainda quei-

A TECNOLOGIAAGRÍCOLA

Plantio mecanizado de cana-de-açúcar.

Esquema geral de uma colhedora de cana

-Mecaniza caña azucar 27/1/11 11:43 Página 42

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AGRIWORLD 43

Colheita mecanizada de cana-de-açúcar.

mando-se o canavial. Posterior-mente, com o advento das le-gislações que prevêem a elimi-nação gradual da queima, acolheita mecanizada de cana-de-açúcar tornou-se umatendência irreversível, pois nocurto prazo, a colheita meca-nizada será obrigatória nas prin-cipais regiões produtoras de ca-na-de-açúcar. Neste sentido, aação de estados produtores daregião centro-sul que visam ofinal da queima em áreas me-canizáveis e a expansão da co-lheita mecanizada, tem sidouma mola propulsora para oaumento das áreas colhidas deforma mecanizada.

Dentre as vantagens dacolheita mecanizada de cana-de-açúcar pode-se destacar adiminuição da contaminaçãoambiental, a melhoria na es-trutura e fertilidade dos solos,a melhoria do aporte de maté-ria orgânica fornecida pela pal-ha, a proteção do solo peloefeito amortecedor da palhadurante a passagem da maqui-naria, além da possibilidadede utilização da palha para aco-geração de energia ou ain-da para gerar etanol de segun-

da geração. Não obstante àsvantagens existentes, a colhei-ta e o transporte mecanizadosda cana-de-açúcar podemcomprometer significativamen-te, a rebrota da soqueira e oscortes subseqüentes, e por es-

sa razão, tais atividades devemser executadas de acordo comorientações técnicas precisas.

Por exemplo, a análise deum sub-sistema de colheita pa-ra a cana-de-açúcar, deve con-siderar além de aspectos refe-rentes à máquina e qualidadeda mão-de-obra, a fisiologiada cultura e os aspectos sócio-econômicos e tecnológicos.

Assim, o planejamento e exe-cução da colheita mecaniza-da passam pela correta seleçãovarietal para as condições eda-fo-climáticas locais, e pela lo-gística do sub-sistema.

Máquinas para a colheitade cana-de-açúcar

As máquinas para o cortee a colheita de cana podem serclassificadas em cortadoras,que realizam somente o cortebasal, deixando o material cor-tado sobre o terreno; cortado-ras-enleiradoras, que realizamo corte basal dos colmos, cor-tam o ponteiro e, em seguida,depositam os colmos sobre oterreno na forma de esteira, afim de facilitar o carregamen-to mecânico e colhedoras decana picada, que realizam ocorte basal e o fracionamentodos colmos, a limpeza a elimi-nação parcial da matéria-es-tranha vegetal e minera, e odescarregando dos colmos so-bre uma unidade de transpor-te ou transbordo (Ripoli, 1996).

Independentemente do ti-po de máquina utilizado, é cer-to que ocorrerão perdas du-

-Mecaniza caña azucar 27/1/11 11:43 Página 43

Page 44: Agriworld edição 3

rante o processo de colheita,as chamadas perdas visíveis,que referem-se aos colmose/ou frações de colmos quepermanecem sobre o solo apósa colheita.

As colhedoras de cana-de-açúcar disponíveis no Brasilapresentam, em sua maioria,características bem semelhan-tes, com pequenas variações,dependendo do fabricante,quanto ao sistema de alimen-tação ou transporte do mate-rial no interior da colhedora.São máquinas autopropelidas,com sistemas hidrostáticos emecânicos para seu desloca-mento e são constituídas pe-los seguintes mecanismos: se-parador de fileiras, cortadorde ponteiros, mecanismo decorte basal, rolo alimentadore rolo transportador, picadorde colmos, sistemas de limpe-za (extrator primário e secun-dário) e esteiras transportado-ras.

Dentre as característicasde projeto das colhedoras decana que podem interferir naoperação e na sua capacida-de operacional destacam-se a

potência do motor, tipo detransmissão, bitola e centro degravidade, estabilidade, ro-tação dos extratores, veloci-dade de deslocamento, tipode rodado, manobrabilidade,manutenção e sistema de cor-te de rebolos.

A mecanização da colhei-ta requer grandes investimen-tos em equipamentos e por con-sequência, o treinamento dasequipes de trabalho. Por se tra-tarem de máquinas pesadas eque proporcionam um tráfegointenso, elas podem causar im-pacto sobre o solo e à lavou-ra, podendo também afetar aqualidade da matéria prima co-lhida. Os principais problemasencontrados referem-se ao pi-soteio e arranquio da soqueira,falhas de brotação e redução

do vigor, compac-tação do solo in-fluenciado pelo te-or de água do so-lo e pela pressãodos rodados ou es-teiras.

Para minimi-zar esses proble-mas, algumas téc-nicas podem seradotadas, tais co-mo o treinamen-to dos operadorese demais mem-

bros da equipe, de forma amanter o sincronismo entre acolhedora, transbordos e de-mais veículos de transporte;uso de tratores e transbordoscom bitolas estendidas, a fimde evitar o pisoteio das soquei-ras; evitar co-lher em solosúmidos para minimizar pro-blemas de compactação dosolo; evitar a danificação e/ouo arranquio de soqueiras de-vido ao corte basal muito bai-xo ou ao uso de facas de cor-te não afiadas; etc.

Dentre as novidades nacolheita mecanizada temos astecnologias de automação emonitoramento por satélite,que permitem o direcionamen-to automático (piloto automá-tico), colhedoras equipadascom computadores de bordo,softwares e monitoradas porGPS, capazes de receber in-formações de tempo e veloci-dade e a localização exata dasmáquinas no campo. Temosainda novas tecnologias parao corte de base com discos efacas, como por exemplo asfacas de troca rápida e as fa-cas revestidas por carbeto detungstênio, que possuem altadurabilidade, além colhedorade duas linhas, recentemen-te lançada.❏

Rouverson Pereira da Silva

A TECNOLOGIAAGRÍCOLA

A mecanização da colheita requer

grandes investimentos em

equipamentos e por consequência, o

treinamento das equipes de trabalho

AGRIWORLD44

-Mecaniza caña azucar 27/1/11 11:43 Página 44

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AGRIWORLD 45

FEIRAS

23º Show Rural Coopavel (7-11 fevereiro) –Cascavel, Paraná

VITRINE TECNOLÓGICAO SHOW RURAL COOPAVEL É UM EVENTO ANUAL EMINENTEMENTE TECNOLÓGICOPROMOVIDO PELA COOPAVEL COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL EM UMA ÁREA DE72 HECTARES, EM CASCAVEL, OESTE DO PARANÁ. A 23ª EDIÇÃO DO EVENTO, QUECOMEÇOU EM 1989 COM O PRIMEIRO DIA DE CAMPO DA COOPAVEL, ACONTECEDE 7 A 11 DE FEVEREIRO. TEM COMOPRINCIPAL OBJETIVO A DIFUSÃO DETECNOLOGIAS VOLTADAS AO AUMENTODE PRODUTIVIDADE DE PEQUENAS,MÉDIAS E GRANDES PROPRIEDADESRURAIS.

-Coopavel Novedades.QXP 31/1/11 11:46 Página 45

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Agrale

Novo Trator 5075.4Compact

O novo trator Agrale5075.4 Compact possui di-mensões menores que os mo-delos convencionais, tornan-do-o, assim, adequado ao tra-balho em áreas com espaça-mentos reduzidos, trafegandosem danificar as culturas emlinha. Um dos principais atri-butos do trator são as suas di-mensões compactas: 3.830mm de comprimento, 2.150mm de distância entre eixos,vão livre de 250 mm, bem co-mo seu econômico motorMWM 229, com quatro cilin-dros e potência de 75 cv, ecâmbio de até 24 marchas àfrente e seis à ré que propor-ciona ao usuário mais versa-tilidade na utilização.

“A Agrale tem como obje-tivo solidificar-se cada vez maiscomo a principal fabricante de

tratores para o segmento daAgricultura Familiar. A cadaano, a empresa inova e aper-feiçoa sua linha de produtos.O lançamento do 5075.4Compact amplia a gama detratores disponíveis nessa clas-se, que inclui o já consagra-do 5065.4, e fortalece a pre-sença no segmento mais im-portante do mercado brasilei-ro, representando 43% dasvendas”, diz Rigoni.

O modelo novo possuiainda painel completo comconjunto tacômetro com ho-rímetro e luzes indicadoras dedireção, pressão de óleo, res-trição do filtro de ar, carga debateria, TDP acionada, pisca- alerta e luz alta, bem comoconjunto indicador de nívelde combustível e de tempera-tura motor. O equipamentotem como opcionais o siste-ma de comando remoto du-plo, várias opções de rodageme o kit teto solar.

Casale

Unimix 1200: Misturadoracompacta para pequenosrebanhos

Compacta, de fácil e segu-ro carregamento manual, a Uni-mix tem capacidade de 1,2 m3

e foi desenvolvida para atenderpequenos lotes degado de corte ou lei-te, para forneci-mento deração total. Vi-sando o máximo de eficiênciae ótima relação custo/benefício,a nova misturadora é tambémum equipamento indicado pa-ra ser usado na alimentação deanimais de elite e confinamen-to de ovinos, adaptando-se fa-cilmente à agropecuária fami-liar. “A Unimix 1200 é perfeitapara alimentar lotes menores deanimais. Os pecuaristas terãoo fornecimento de ração totalcom simplicidade, economia epraticidade, e dependerão me-nos da operação manual”, ex-plica José Henrique Karsburg,gerente comercial da Casale.

O fornecimento de raçãototal ao rebanho traz inúme-ros benefícios à pecuária in-tensiva, como economia comração, aumento de produçãoe qualidade de leite e carne,melhor saúde animal e eco-nomia de medicamentos, bemcomo redução de mão-de-obrae simplificação do manejo.

A misturadora Unimix éuma máquina robusta, de bai-xa manutenção e baixo con-sumo de potência, e pode seradquirida por meio de finan-ciamento previsto no Progra-ma Mais Alimentos.

AGRIWORLD46

FEIRAS

-Coopavel Novedades.QXP 31/1/11 11:46 Página 46

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AGRIWORLD 47

Massey Ferguson

Abre ciclo de feiras nocinquentenário

Com a expectativa da ma-nutenção dos bons resultadosobtidos em 2010, a MasseyFerguson aporta em terras pa-ranaenses levando na baga-gem uma linha completa detratores, colheitadeiras, imple-mentos e o primeiro pulveri-zador fabricado pela marca nopaís. A Massey Ferguson esta-ciona suas máquinas em umestande de 700 metros qua-drados no Show Rural Coopa-vel, em Cascavel. A feira re-gistra a abertura das partici-pações da Massey Fergusonem eventos no período em que

comemora os 50 anos de fa-bricação da marca no Brasil.Para lembrar a data, a fábricaprepara uma campanha comprogramações especiais lem-brando o sucesso nos cinquen-ta anos em território brasilei-ro.

O diretor de operações co-merciais, Carlito Eckert, apos-ta em um ano favorável paraos negócios no campo. “Tra-balhamos com a manutençãodos bons resultados obtidos

em 2010 e a apos-ta é no reforço deprogramas como oMais Alimentos coma consolidação dapresença das colhei-tadeiras no progra-ma,” projeta Eckert.O diretor ressaltaainda bons indica-dores para o preço das princi-pais commodities e a ofertasuficiente de crédito ao pro-dutor rural possibilitando a re-novação ou ampliação de suafrota de maquinário agrícola.

A Massey Ferguson entrana Coopavel 2011 com um re-trospecto positivo no ano an-terior, sendo responsável pormais de 30% das vendas de

tratores no país.Neste segmen-to, recheiam oespaço da fábri-ca na feira a sé-rie MF 4200,que substitui ostratores da SérieMF 200, líder demercado hámais de 30 anose a série MF7000 Dyna-6,

reconhecida como a mais mo-derna produzida no Brasil eganhadora do Troféu Prata Prê-mio Melhores da Terra 2010,da Gerdau.

Outro avanço da marcapara o período envolve a en-trada da marca no segmentoPulverizadores, com o lança-mento do modelo MF 9030.A novidade é capaz de absor-ver as irregularidades do terre-no mantendo a estabilidadedurante a pulverização, geran-

do resistência e durabilidadesuperior. A máquina passa aser produzida na fábrica daAGCO, em Canoas, no RioGrande do Sul e marca pre-sença como pré-lançamentona edição 2011 do Show Ru-ral Coopavel.

A marca também avançano mercado de colheitadeiras.Para reforçar ainda mais suaatuação no segmento, a fábri-ca coloca em destaque na fei-ra em Cascavel duas colheita-deiras. Uma delas, a MF 9690ATR vem equipada com Rotorde Tecnologia Avançada queoferece ao produtor rural tec-nologia de ponta, com simpli-cidade de operação e fácil ma-nutenção. A outra máquina emevidência é a primeira colhei-tadeira com sistema de sepa-ração por dois rotores. A MF5650 SR pode gerar um au-mento de até 40% no rendi-mento quando comparada aoutras colheitadeiras do mer-cado.

Completam o time de es-trelas da Massey Ferguson em2011, as plataformas de mi-lho Série 3000 e o monitor desementes PM 400, além dasferramentas para agriculturade precisão: Auto Guide Po-wered by Topcon e System150.

-Coopavel Novedades.QXP 31/1/11 11:46 Página 47

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AGRIWORLD48

New Holland

Comemora 35 anos dafábrica no Paraná

A New Holland comemo-ra 35 anos da instalação da fá-brica em Curitiba, capital doestado do Paraná, apresentan-do soluções para os novos de-safios da agricultura. Expõe asua completa linha de máqui-nas, atendendo os mais diver-sos setores do agronegócio,a marca reafirma o compro-misso com o Paraná e com ohomem do campo.

Desenvolver e adaptar osequipamentos às característi-cas da atual necessidade daprodução agrícola é um com-promisso para a New Holland,conforme afirma Francesco Pa-llaro, vice-presidente da mar-ca na América Latina. “Quan-do escolhemos o Paraná pa-ra instalar a fábrica no País, em1975, entendemos a posiçãoestratégica do Estado neste se-tor. Agora nós desenvolvemose fabricamos aqui os equipa-

mentos que trabalham noscampos de todo o Brasil e deoutros oitenta países, para osquais exportamos.”

Pallaro ressalta a im-portância do Paraná no cená-rio agrícola nacional, desta-cando a representatividadeeconômica da Show Rural.“Os produtores investem emtecnologia de ponta para au-mentar a produtividade, en-frentando os desafios impos-

tos pela demanda de merca-do. A Show Rural é uma gran-de oportunidade para apre-sentar as novas soluções pa-ra esta tarefa e, como é a fei-ra que abre o circuito anualdo agronegócio, serve comotermômetro de mercado”, dizele, ressaltando que o perío-do gera investimentos dos pro-dutores do Sul em colheita-deiras de grãos, para a safrade verão, e em tratores.

Além da planta da NewHolland no Brasil estar loca-lizada no Paraná – a unidadeé a maior do grupo fora dosEstados Unidos e da Europa,e a única no mundo que pro-duz tratores, colheitadeiras ecomponentes num mesmo si-tio -, os produtores contamcom 22 concessionárias dis-tribuídas nas microrregiõesagrícolas do Estado. “Esta co-bertura permite que a relaçãocom cada cliente seja diferen-ciada, possibilitando sempreo melhor produto e contribuin-

FEIRAS

-Coopavel Novedades.QXP 31/1/11 11:46 Página 48

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AGRIWORLD 49

do para o enriquecimento daagricultura paranaense”, afir-ma Pallaro.

Os tratores e colheitadei-ras New Holland que se des-tacam nos programas de go-verno são uma atração à par-te para os produtores que vi-sitarem a feira buscando boasoportunidades de negociação.“Estamos em um cenário quepermite o investimento do pro-dutor rural em tecnologia, oque está levando o Brasil a atin-gir novos recordes de pro-dução.As facilidades de finan-ciamento proporcionado pe-lo governo federal no ano pas-sado, por exemplo, contribuiupara que o mercado de má-quinas agrícolas batesse o re-corde de 1976. Como naque-le ano as condições eram ou-tras e as máquinas eram demenor potência, podemosconcluir que alcançamos omaior nível da história”, ana-lisa o vice-presidente.

Para atender à demandados produtores de grãos, aNew Holland destaca a co-lheitadeira de duplo rotorCR9060. A máquina, que pas-

sou a ser produzida no Brasilano passado, tem maior capa-cidade de debulha, o que pos-sibilita maior limpeza e apro-veitamento dos grãos, mesmoem condições adversas. Palla-

ro explica: “Somos os pionei-ros no desenvolvimento do sis-tema de duplo rotor e enten-demos que a CR9060 atendeas novas necessidades dos pro-dutores. Pela tecnologia apli-cada, esta máquina se desta-ca nos campos pela qualida-de do material colhido”.

A nacionalização do equi-pamento permite a facilidade

de compra, possibilitando fi-nanciamento através do Fina-me PSI, que opera com taxade juros de 5,5% ao ano atémarço. A fabricação nacionalda CR9060 também comple-tou a linha de colheitadeirasoferecidas pela New Holland,que desenvolveu aqui a CS660Super Flow, que agora temuma versão especial para acolheita de arroz irrigado, efabrica em Curitiba a recon-hecida linha TC, com os mo-delos TC5070 – que faz par-te do Mais Alimentos - eTC5090.

Outro destaque da ShowRural é a linha de tratores TLExitus, que este ano ganha aversão com cabine. A linha TL

Exitus - composta pelos mo-delos TL60E, de 65 cv, TL75E,de 78 cv, TL85E, de 88 cv, eTL95E, de 103 cv - é uma dasmais vendidas no Brasil. Aversão cabinada garante ain-da mais conforto e segurançaaos tratores que internacional-mente são reconhecidos porsua versatilidade ao baixo cus-to.

-Coopavel Novedades.QXP 31/1/11 11:47 Página 49

Page 50: Agriworld edição 3

AGRIWORLD50

John Deere

Nova Colheitadeira STS elinha de Tratores

A John Deere apresentaum novo modelo de sua Série70. A colheitadeira 9470 STSamplia as opções de modeloscom o rotor STS desenvolvidopela John Deere, permitindoo acesso de uma nova faixa declientes, que cultivam áreasmenos extensas, às grandesvantagens desta tecnologia,como a alta qualidade dosgrãos colhidos.

Outra atração do estan-de é a colheitadeira 1175. AJohn Deere também apresen-ta dois novos modelos de tra-tores, 5075E e 5078E, aindauma nova colhedora de cana,a 3522, projetada para colherduas linhas no canavial. A co-lhedora conta com motor JohnDeere de 9 litros e 342 cv, queassegura alta performance combaixo consumo de combustí-vel. Na área de colheita, o es-tande apresenta também a co-lheitadeira de grãos 9570 STS,com tecnologia de rotor, e a1470, ambas da Série 70. Osistema de Peneiras Autonive-lantes (Self Leveling Shoes),que permite alcançar alta pro-dutividade mesmo em áreascom declividade acentuada,

é outra tecnologia presente nosmodelos STS e demonstradano estande.

O novo pulverizador JohnDeere 4630, adequado paraas médias propriedades, é maisuma estreia na feira. Ele temmotor de 165 cv e transmissãohidrostática de alta performan-ce. Sua barra de pulverização,com 24 metros e novo desen-ho, contribui para manter a es-tabilidade e a eficiência nomomento da aplicação.

A John Deere apresentatambém tecnologia para oplantio e equipamentos paraa produção de feno e forra-gem, reafirmando seu objeti-vo de oferecer sistemas meca-nizados cada vez mais com-pletos e eficientes para os di-ferentes segmentos da pro-dução agropecuária.

Linha ampliadaAmpliada e com forte re-

novação, a linha de tratoresJohn Deere tem 14 modelosexpostos. Dois novos mode-los reforçam as opções que po-

dem ser financiadas pe-lo Programa Mais Ali-mentos: o 5075E, commotor de 3 cilindros e75 cv de potência, e do5078E, que tem motorde 4 cilindros e 78 cvde potência. Os doismodelos se somam àsopções dos tratores

5303 e 5403, já inscritos noprograma que facilita a aqui-sição de equipamentos pelosagricultores familiares.

A série 6J reúne cinco no-vos tratores expostos - 6110J,6125J, 6145J, 6165J e 6180J -com variação de potência domotor entre 110 e 180 cv. Osmodelos desta série oferecemmaior potência, design reno-vado e agregam sistemas hi-dráulicos, de transmissão e ele-tro-eletrônicos com facilida-de de manutenção. Na faixade 110 e 125 cv, a Série 6Dé outro grande lançamento etraz ao mercado dois modeloscapazes de garantir alta pro-dutividade e desempenho nocampo com economia parao produtor. Já o modelo 7185Jna versão canavieira contacom eixo com bitola estendi-da, para trabalhar nos cana-viais sem pisoteio das soquei-ras, reduzindo os danos à la-voura.

A tecnologia de plantio daJohn Deere está presente noShow Rural com plantadei-ras das séries 1100 e 2100. De-senvolvidas para as caracterís-ticas da região Sul, as planta-deiras da série 1100 serãoapresentadas em versões a vá-cuo, com o sistema VacuMe-ter da John Deere, e tambémcom o sistema mecânico dedeposição de sementes. Doisprodutos da linha de feno e

FEIRAS

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forragem da John Deere tam-bém são apresentados. A fo-rrageira autopropelida 7350destaca-se pelo grande portee produtividade elevada. Elaconta com uma plataforma decorte de 6 metros com alta ca-pacidade de processamento,não importando o sentido docorte ou o espaçamento daslinhas. Já a segadora condicio-nadora 630 apresenta alta ve-locidade de trabalho, mesmoem terrenos difíceis, e cortecom qualidade.

Lançamentos para produ-tos de Agricultura de PrecisãoAMS

Quatro lançamentos apre-sentados em Cascavel re-forçam a linha de produtosAMS da John Deere, voltadosà tecnologia de Agricultura dePrecisão.

O StarFire™ 3000 é umnovo receptor da John Deerepara a Agricultura de Precisão.Ele capta sinais dos satélitesGPS e GLONASS, além do si-nal diferencial John Deere.Com diferentes opções de ti-pos de correção, SF1 25cm,SF2 10cm e RTK 2,5 cm o re-ceptor se adapta às necessida-des de cada produtor.

O Console Raven SCS660M™ é uma solução paraaplicação de taxa variável. Elemede e controla a aplicaçãode fertilizantes líquidos e só-lidos automaticamente, garan-

tindo precisão eaumento da ren-tabilidade da la-voura.

O Guia Inteli-gente para a Co-lheita de Milho,ou AutoTrac™RowSense, é umsensor de linha que, combina-do com Piloto Automático In-tegrado nas colheitadeiras STSe plataformas de milho 600C,faz com que a colheitadeirapasse a ser guiada pelo sen-sor, seguindo a linha de mi-lho, e georeferenciada por sa-télite. O guia garante uma ope-ração precisa na colheita, mes-mo em curvas ou com lavou-ra acamada.

O Monitor GreenStar™32630 é uma nova geração demonitores para as soluçõesAMS, com tecnologia ISOBUS,que chega ao mercado. O GS32630 tem maior capacidadede processamento e porta USB,para facilitar a transferênciade dados. Além destas novasfuncionalidades o GS3 2630é compatível com vídeo câ-meras que podem ser insta-ladas na máquina para melhoracompanhamento da ope-ração.

Irrigação e UtilitáriosA John Deere Water, uni-

dade da John Deere voltadapara a irrigação, está presen-te pela primeira vez no Show

Rural, apre-sentando sualinha de pro-dutos. A JohnDeere adqui-riu três indús-

trias da área de irrigação, aPlastro, T-System e Roberts, pa-ra a formação da John DeereWater, oficializada no ano pas-sado. A nova empresa tem fá-bricas em 12 países no mun-do, sendo uma delas no Bra-sil, em Uberlândia (MG), evêm complementar os Siste-mas Mecanizados John Dee-re.

O estande da John Deereapresenta ainda os versáteisutilitários gators e os tratoresde jardim. Os gators XUV850D e TH são usados paratransportar pessoas e peque-nas cargas, mesmo em áreasde acesso difícil. Os tratoresde jardim LA 135 e LA 175 têmcomandos de utilização prá-tica e bancos de encosto altopara assegurar um trabalhoconfortável e seguro.

Funcionários da John De-ere, do Banco John Deere, doConsórcio John Deere e qua-torze Concessionários JohnDeere do estado do Paraná,Mato Grosso do Sul, Santa Ca-tarina e São Paulo estarão pre-sentes com suas equipes pre-paradas para atender os clien-tes e visitantes. A John DeereStore oferece aos visitantesuma linha de artigos variadacom atrações para toda a fa-mília, desde as famosas minia-turas até itens de vestuário.❏

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IntroduçãoO crescimento tecnológi-

co dos tratores brasileiros nãosurpreende mais. No entantoé indispensável que a tecno-logia colocada neste tipo demáquina seja realmente útil,principalmente no mercadode tratores de pequeno por-te, voltados essencialmente àagricultura familiar. Já na me-tade final da última década, oincremento na comerciali-zação de tratores dessa cate-goria representou um alento eo posterior crescimento dosmais importantes fabricantesde tratores, atualmente presen-tes no Brasil. É evidente queesse setor industrial e o da agri-cultura familiar necessitavamde um maior apoio governa-mental a partir da criação dealternativas financeiras, que

PROVADE CAMPO

NEW HOLLANDTT 3840

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NESTA PROVA DE CAMPO A EQUIPE DO NÚCLEO DE ENSAIOS DEMÁQUINAS AGRÍCOLAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIAPROVOU, NO CAMPO, O TRATOR NEW HOLLAND MODELO TT 3840, DE TRÊS CILINDROS E 55 CV DE POTÊNCIA NO MOTOR.

NESTA PROVA DE CAMPO A EQUIPE DO NÚCLEO DE ENSAIOS DEMÁQUINAS AGRÍCOLAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIAPROVOU, NO CAMPO, O TRATOR NEW HOLLAND MODELO TT 3840, DE TRÊS CILINDROS E 55 CV DE POTÊNCIA NO MOTOR.

Um produto simples,mas de invejável utilidade

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viabilizaram a aquisição des-sa importante ferramenta detrabalho. Uma boa parcela dosagricultores de origem fami-liar pôde ampliar seus padrõesde produção, como conse-qüência direta da elevação donível de mecanização envol-vido no processo. Dentro des-se contexto, tivemos a opor-tunidade de conhecer um pou-co mais de um dos modelosde entrada entre os tratores co-mercializados pela New Ho-lland no Brasil, o TT 3840.Além desse modelo testado,equipado com um motor de55 cv de potência, nesta sériea empresa conta ainda comum modelo de 75 cv, o TT4030 que, no entanto, repre-senta uma menor parcela decomercialização quando com-parado ao seu “irmão”, o TL75E, um dos líderes de vendasneste segmento de mercado.No segmento, existem aindaos modelos fruteiros, 3840F e

3880F, dire-cionados aomercado, prin-cipalmente delaranja e uva.

O cenário escolhidopara o teste reforçou aindamais a vocação desse mode-lo que são as múltiplas tarefasque envolvem a agricultura fa-

miliar. Neste caso, o trator de-ve ter qualidades próprias, co-mo economia, conforto, ver-satilidade e facilidade de ope-ração e manutenção.

Sob o sol forte do mês dejaneiro, deslocamos a equi-pe para a localidade de Lom-ba Alta, situada no municí-pio de Restinga Seca, regiãocentral do Estado do Rio Gran-de do Sul. Fomos muito bemrecepcionados pelo Sr. Gilber-

to Luiz Londero, e um dosseus dois filhos, Ros-

sano Londero, pro-prietários de apro-ximadamente 25ha na região, on-de basicamentese produz fumo emilho, além das

demais atividadesagropecuárias volta-

das a subsistência. A fa-mília arrenda ainda aproxima-damente 70 hectares para aexploração pecuária, com ga-do de cria. A aquisição destetrator transformou a proprie-

PROVADE CAMPO

O eixo dianteiro é de fabricação nacional,montado sobre uma peça única.

A região se caracteriza por um relevo onduladoonde além do fumo se cultiva arroz e soja.

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dade do senhor Londero, poisfoi a transição da tração ani-mal para a mecanização pro-priamente dita. Disto tambémresultou um maior interessedos filhos em permanecer navida rural e mudou a vida dafamília. A compra foi propor-cionada pelo financiamentodo Pronaf, com 2% de juro,pelo Banco do Brasil S.A., poisa cultura do fumo não está in-cluída no Programa Mais ali-mentos.

Apoiando-nos, contamoscom uma equipe do Conces-sionário Super Tratores Máqui-nas Agrícolas Ltda, Super Tra-tores, revendedor New Ho-lland para a região. Esta im-portante empresa atua desdeo ano de 1979 e consolidou-se como uma das mais impor-tantes concessionárias NewHolland no país, tendo suamatriz em Santa Maria, RS,

com filiais em Alegrete, Bagé,Júlio de Castilhos, Pelotas eSão Gabriel, o que represen-ta uma grande e importanteárea de abrangência da em-presa. Pessoalmente, conta-mos com o auxílio nos testesdos representantes da SuperTratores, o supervisor VianeiSchio, o vendedor Mauro Ruize do Especialista de Produto,Marco Cazarim, pelo Marke-ting New Holland, represen-tando o fabricante.

A região se caracteriza porum relevo ondulado ondealém do fumo se cultiva arroze soja. O solo é arenoso, compoucas manchas de argila. Emgeral, as áreas de produçãosão pequenas e de formatoirregular, com muita necessi-dade de manobras. Este con-texto foi um cenário ideal pa-ra a realização das nossas ava-liações.

Características técnicas

MotorO trator TT 3840 é equi-

pado com um motor NH Ive-co, de três cilindros, com as-piração natural e 2,93 litros de

volume. Esse motor desenvol-ve até 55 cv de potência a2500 rpm, apresentando umtorque máximo de 202 Nm auma rotação de 1500 rpm. Es-ta motorização também apre-senta uma ampla reserva detorque, calculada pela equipede teste em 29%, justificandoa fama de “força” e facilidadede adaptação do trator às di-ferentes condições de traba-lho, que o nosso agricultorapregoava. O sistema de in-

A excelente reserva de torque e as

reduzidas dimensões do TT 3840 tornam

possível a sua adaptação às tarefas

comuns em pequenas propriedades

Motor NH Iveco3 cilindros, 2,93 litros,

55 cv a 2500 rpm.

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jeção de combustível é com-posto por uma bomba injeto-ra rotativa, da tradicional mar-ca Bosch. A empresa tambémdivulga que todos os tratores,dessa e de outras linhas nacio-nais da marca, estão aptos atrabalhar com biodiesel.

Transmissão e rodadosO trator avaliado é equi-

pado com uma transmissãoNew Holland parcialmentesincronizada, com oito velo-cidades à frente e duas à ré.Na prática, torna-se extrema-mente ágil a seleção entre osdiferentes regimes, principal-mente entre a 3ª e 4ª marcha.Esse trator pode atingir velo-cidades que vão desde as mí-nimas de 1,9 km/h até as má-ximas de até 30 km/h. O po-sicionamento das alavancasnas laterais é um diferencial.Na mão direita fica posicio-nada a alavanca de marchase na esquerda a de mudançados grupos, baixa e alta.

O eixo dianteiro é de fa-bricação nacional, montado

sobre uma peça úni-ca, não bipartida, oque garante maiorrobustez e elevadacapacidade de car-ga ao trator. A traçãodianteira auxiliar(TDA) é acionada mecanica-mente, e atualmente todos osmodelos da linha TT são co-mercializados nesta versão,com tração dianteira auxiliar,não sendo mais disponibiliza-da a opção de tratores naversão 4x2 simples, a não serno modelo TT 4030 onde ousuário pode escolher a versão4x2.

No trator modelo TT 3840a embreagem mecânica é du-pla, com acionamento inde-pendente da tomada de potên-cia do trator (TDP), um atribu-to que se estende a todos ostratores da marca e que semostra bastante útil em ativi-dades que requeiram o acio-namento constante dessa fe-rramenta, mesmo sob variaçãodo regime de marchas, comono uso de enxadas rotativas

e roçadeiras por exemplo. Ain-da no que se refere à TDP, amesma funciona unicamenteno regime de 540 rpm.

Quanto aos rodados queequipam esse trator, há duasversões de pneu. No eixo dian-

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O trator é equipado com umatransmissão Fiat Power Trainparcialmente sincronizada, com oitovelocidades à frente e duas à ré.

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teiro podem ser disponibiliza-das as medidas 9.5x24 e 12.4x24 e no eixo traseiro as di-mensões 16.9x28 e 13.6x38.

Sistema hidráulico edireção

O sistema hidráulico des-se trator é composto por duasbombas hidráulicas, sendouma delas exclusiva para o sis-tema de direção, com umavazão de 28,3 litros por minu-to. A bomba responsável pe-lo levante hidráulico e contro-le remoto apresenta uma vazãode 34 litros por minuto, bas-tante apropriada ao porte dotrator, conferindo uma maioragilidade nas respostas aos co-mandos. A capacidade máxi-ma de levante, de 1920 kgf,torna o trator apto a transpor-tar máquinas e implementosmais pesados, sem compro-meter a eficiência do sistema.No entanto, um dos pontosque mais chamam a atençãono TT 3840 é a presença doexclusivo sistema Lift-O-Ma-tic® que atua como uma me-

MotorMarca NH-IvecoPotência a 2.500 rpm 55 cv (41 KW)Torque máximo bruto a 1.500 rpm 202 NmNº cilindros / aspiração 3 / naturalCilindrada 2.931 cm3

Bomba injetora RotativaFiltro de ar SecoRefrigeração ÁguaFiltro sedimentador de combustível StandardEmbreagemMaterial do disco CerametálicoAcionamento MecânicoTransmissãoTipo Parcialmente sincronizadaVelocidade frente x ré 8 x 2Posição das alavancas LateralBloqueio do diferencialAcionamento MecânicoAtuação Eixo traseiroTomada de forçaRotação 540 rpmAcionamento MecânicoTipo IndependenteSistema elétricoBateria 12 V / 88 AhSistema HidráulicoBomba EngrenagensVazão/pressão 34 L/minImplementos Categoria I e IILift-O-Matic Memória mecânica de posiçãoCapacidade de levante no S.H. 1.920 kgfVálvula de controle remoto StandardSistema de direçãoTipo HidráulicaTração dianteira (4x4)Acionamento MecânicoFreiosTipo Multidisco em banho de óleoAcionamento do freio mecânico Pedais Duplos interacopláveis Tipo SuspensosFreio de estacionamento MecânicoCapacidadesTanque de combustível 62 LitrosPeso sem operador 2.355 kgLastroLastro dianteiro (opcional) Suporte e 4 pesos (240 kg total)Lastro traseiro (opcional) 4 Discos (200 kg total)Pneus standard (TDA)Pneu dianteiro 9.5 x 24Pneu traseiro 16.9 x 28

FICHA TÉCNICA

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mória mecânica de posiçãodo sistema de levante hidráu-lico, o que possibilita que comapenas um toque no coman-do seja restabelecida a posiçãode trabalho previamente defi-nida pelo operador.

O modelo avaliado contacom controle remoto indepen-dente, dispondo de apenasuma válvula de controle naversão standard, visto que onicho de mercado ao qual sedestina essa máquina não re-quer, na maioria das vezes,mais do que uma válvula decontrole para a operação comimplementos de menor porte.

Dimensões geraisOs modelos da linha TT

apresentam dimensões bastan-te compactas. O TT 3840, porexemplo, apresenta 3,81 me-tros de comprimento total euma distância entre eixos de2,01 metros. A reduzida lar-

gura, de 1,85 metros na versãostandard, é um ponto forte naadaptação às inúmeras ativi-dades inerentes à agriculturafamiliar, e especificamente naatividade fumageira, esse re-quisito torna-se fundamental.O vão livre mínimo em relaçãoao nível do solo é de 0,38 me-tros, sendo que a altura do tra-tor avaliado situa-se em 2,21metros na versão standard,equipada com pneus R1.

O tanque de combustívelé comum a toda a linha TT,com uma capacidade máximade 62 litros, bastante condi-zente com o porte e consumodesses tratores. O modelo emquestão ainda vem equipadocom um suporte metálico equatro pesos dianteiros, tota-lizando 240 kg de lastragemmetálica dianteira. Ainda exis-te a possibilidade, como op-cional, da fixação de 2 discosde 50 kg em cada roda tra-

seira, totalizando assim mais200 kg de lastragem metáli-ca traseira.

Ergonomia, segurança eservicibilidade

Não demorou muito paraque os maiores fabricantes detratores do país percebessema viabilidade e a lucratividadena comercialização de máqui-nas de menor porte no atualcontexto do mercado nacio-nal. Da mesma forma, em pou-co tempo o patamar dos trato-res fabricados se modificou,e projetos prezando pelo maiorconforto e a segurança do ope-rador. Também isto ocorreu emtratores de menor porte. Coma New Holland a situação nãofoi diferente, e isso fica clarono modelo testado. Mesmo setratando de um trator mais sim-ples e robusto, alguns atribu-tos facilitam a sua operação,tornando-a segura e confortá-

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O TT 3840, por exemplo, apresenta 3,81 metros de comprimento total e uma distância entre eixos de2,01 metros.

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vel. A começar pelas alavan-cas de seleção de marchas eregimes, ambas posicionadaslateralmente ao assento do ope-rador, o que diminui o esforçoe aumenta a eficiência duran-te eventuais trocas de marchas.Em relação à segurança, essemodelo apresenta estrutura deproteção contra capotamento(EPCC) apoiada em dois pon-tos no chassi, fator que se tor-na importante se analisarmosas condições de terrenos irre-gulares e declivosos nos quaisa maioria desses tratores tra-balham.

Também se pôde perceberque TT 3840 alia a servicibili-dade a um design atrativo, oque é facilmente verificado emseu capô dianteiro, o qualapresenta linhas suaves e porbascular para trás, tambémpermite fácil acesso aos prin-cipais pontos de manutençãodo motor. O painel de instru-mentos também conta com

horímetro digital de série emtodos os tratores dessa linha.A boa distribuição dos instru-mentos de acompanhamentodo funcionamento do motor,permite uma fácil visualizaçãodos mesmos. Ao final, vale àpena salientar que esse tratortambém cumpre as exigênciasprevistas pela Normativa Re-gulamentadora 31 (NR31) doMinistério do Trabalho e Em-prego, seguindo a tendênciada maioria dos tratores atual-mente fabricados no país.

Provas de campo

Determinação do raio degiro

Durante a avaliação, o tra-tor apresentou uma grande ver-

satilidade para as manobrasem função do seu reduzidoraio de giro, que na condiçãode tração desligada foi de 4,92metros. Com uso de freio naroda interna houve uma re-dução no raio de giro para4,35 metros.

Determinação da relaçãocinemática

Com respeito ao avançocinemático do eixo dianteiroem relação ao traseiro, impor-tante para que se alcance boatração, avaliamos em 1,023,determinado em condições decampo, com o jogo de pneus16.9 -28 no rodado traseiro e9.5 -24 no rodado dianteiro,estando perfeitamente den-tro de valores tidos como re-ferência, que vão de 1,01 a

Esse modelo apresenta estrutura deproteção contra capotamento (EPCC).

Raio de giro (m) Diâmetro (m)TDA desligada 4,92 9,84TDA desligada + freio 4,35 8,70

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1,05, garantindo um menordesgaste dos pneus dianteirose, maior vida útil da trans-missão.

Trabalho com osequipamentos

Além das avaliações está-ticas que fizemos, quisemos

ainda ver o trator em cam-po, com alguns dos imple-mentos que usualmente serecomenda. Dentre os equi-pamentos do senhor Lon-dero, escolhemos três queimaginamos representarbem o trabalho da área e nacultura escolhida.

O primeiro foi umaRoçadeira de 1,8 metros delargura. Parecia ser super-dimensionada para o mo-delo, mas o produtor afir-mou que a utiliza desde aaquisição do trator, princi-palmente para a roçada decampo, para a pecuária, co-

mo para a limpeza das áreasde fumo após o recolhimen-to das folhas. Por sinal, passa-mos a valorizar ainda mais os

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OPINIÃO DO AGRICULTORQuando perguntamos ao senhor Londero sobrea sua avaliação do trator, ele prontamenterespondeu, Ótimo!, Depois explicou o porquê.Disse que o trator é “bom de economia”, e detrabalho. Pelo seu tamanho é valente e para acultura do fumo é o melhor. O tamanho éperfeito, estreito. Para ele, na área de pecuáriaum trator tem que ser econômico e versátil.Explicou-nos que pretende trocar os pneusoriginais para os de garra alta, R2 e para istonecessitará de apoio do concessionário paracompatibilizar os pneus dianteiros. Mostrou-nosque um vizinho seu quando adquiriu um tratordo mesmo porte, porém de outra marca jápediu os pneus de garra alta e que em poucotempo já havia desgastado os pneus dianteiros. O produtor não poupou elogios ao reduzido consumo decombustível, do qual faz um controle com a ajuda dosfilhos. Da mesma forma, destaca a robustez e a reduzidanecessidade de manutenção desses motores, o que se

apresenta como um forte atrativo aos interessados emadquirirem um trator deste porte. Pelas suas contas, já fez1500 horas em três anos, aproximadamente 500 horaspor ano, e até agora só trocou óleo e filtro. Finalmentecomo pontos fortes, não relutou em dizer, economia e“força”.

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Acoplamos um escarificador de 4 hastes, em uma configuração especial, com duas hastes em cada lado,separadas por um vão maior no centro.

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produtores deste cultivo, poisna técnica utilizada, neste ca-so, são feitos de sete a oito re-tiradas de folhas. Um trabalho realmente exaustivo. Notrabalho de roçada, a expe-riência da família é de um con-sumo líquido de 3 litros porhora, em diferentes medidas,feitas nos últimos três anos.

Depois passamos a utili-zar uma grade, que é aplica-da para a preparação do solonas diferentes culturas. Embo-ra a recomendação do fabri-cante seja para uma grade ni-veladora de 24 discos, a famí-lia Londero utiliza uma gra-de de 28 discos, em função dopercentual de areia na suaárea, que torna o solo bastan-te leve. Embora tenhamos se-

lecionado a 3ª marcha redu-zida, testamos também a 4ªmarcha reduzida, que mostroutotalmente viável, para a si-tuação encontrada.

Finalmente acoplamos umescarificador de 4 hastes, emuma configuração especial,com duas hastes em cada la-do, separadas por um vãomaior no centro. O senhorLondero nos explicou que es-ta operação é feita no cultivodo fumo como uma última aterrada, para afrouxar o solo,onde passa a roda do trator.Na configuração normal como escarificador com cinco has-tes, separadas cada uma de 50cm é utilizada pela família emanos alternados, com uma

operação de aração. Os regis-tros da família apresentam umconsumo de 5 litros por ho-ra, para esta operação.❏

José Fernando Schlosser Gustavo Heller Nietiedt

Alexandre Russini

OPINIÃO DA EQUIPE DEAVALIAÇÃOA excelente reserva de torque e as reduzidas dimensões doTT 3840 tornam possível a sua adaptação às tarefas comunsem pequenas propriedades. Outra característica que sedestaca nesse modelo, é a grande capacidade de retomadaem momentos de sobrecarga, capacidade esta, decorrente deuma boa reserva de torque do motor, garantindo dessaforma uma velocidade de deslocamento praticamenteconstante, aumentando assim a eficiência operacional nostrabalhos de campo. Essa característica é muito importante,principalmente em pequenas propriedades, onde pouco sedispõe de área de manobra e também por trajetos curtos,que não permitem a estabilização do conjunto trator-implemento, garantido um menor consumo de combustível.O fabricante também destaca como pontos positivos aservicibilidade e a facilidade de acesso aos principaiscomponentes do motor, devido à presença de um capôdianteiro basculante, característico nos tratores da marca,fator que torna ainda mais simples as atividades de

manutenção do sistema. Este trator nos transmitiu umaimagem de utilidade e simplicidade. Finalmente, constatamosum cambio suave na troca de marchas, o que geralmente édifícil encontrar em tratores deste porte.

AGRIWORLD

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ENTREVISTA

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Em 2010 o Mercosul teveum crescimento incrível,sobretudo o Brasil e a Ar-

gentina, e no Brasil principal-mente proporcionado pela po-lítica do programa “Mais Ali-mentos”, no qual agora se in-cluiu também as colheitadei-ras. Segundo suas previsões,o senhor acredita que o cres-cimento em 2011 seguirácom a mesma tendência?

Realmente, a economiae o agronegócio nesta regiãoestão mostrando um fortecrescimento nos últimosanos. Esta região está se con-vertendo em uma poderosaexportadora no setor agrí-cola.

Franco Fusignani Conselheiro Delegado e Presidente da New Holland Agriculture

“Continuarei impulsionandoainda mais o crescimentoda marca a nível mundial”

-NH ENTREVISTA FUSIGNANI 25/1/11 10:10 Página 62

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O Brasil trabalhou parasair da crise antes que outrospaíses, com uma série de me-didas do Governo para im-pulsionar a economia e criarnovas linhas de financiamen-to para a agricultura, espe-cialmente para a especiali-zação agrícola. Este ano, oPIB cresceu acima de 6% epara 2011 se espera que aeconomia mantenha um cres-cimento significativo. Mas te-remos que observar se o no-vo Governo dedicará uma

atenção especial aos produ-tores agrícolas.

Na Argentina apesar dosaltos impostos para a expor-tação de produtos agrícolas, afortaleza da agricultura podedar excelentes resultados emcurto prazo.

Portanto, acreditamos quea América Latina tem uma for-te vocação agrícola e, por is-so, vamos manter os investi-mentos nesta região. De fato,no princípio deste ano come-moramos a abertura da nossanova fábrica de colheitadei-ras em Sorocaba (Brasil), on-de se produz a CR9060. Estaé a terceira fábrica onde se fa-

bricam modelos da série CR,já que também são produzi-dos em Zedelgem (Bélgica)e Grand Island (Nebraska,EUA).

New Holland é o único,dos três grandes grupos de má-quinas agrícolas, que ofereceas colhedoras de uva, uma má-quina direcionada à viticultu-ra, mas que também pode serutilizada na produção de azei-tonas. A companhia pensausar sua rede global para a in-

trodução destas máquinas emmercados como o dos EUA,México, Argentina e Brasil?

Nos Estados Unidos já es-tamos vendendo máquinas pa-ra oliveiras através de nossodistribuidor local. Estamos es-tudando a introdução progres-siva deste produto em outrospaíses da América Latina co-mo o Brasil e o Uruguai atra-vés da rede local, depois dapositiva introdução demons-trada no Chile e na Argenti-na com as colhedoras de uva.

Estamos seguros de que osbons resultados colhidos nasduas últimas safras naEspanha/Portugal, Marrocos,

Tunísia e o elevado número deunidades vendidas a grandescontratistas e produtores deóleos, haverá espaço para onosso crescimento neste setor,que é um dos mais promete-dores do setor agrícola.

Tivemos a oportunidadede ver que há novas famíliasde produtos, em que o inves-timento foi, de fato, impor-tante. Quanto representou es-te investimento sobre o nívelporcentual de vendas?

A CNH fechou o ano de2009 com uma importante me-lhora de liquidez em relação aoano anterior. Uma parte destefluxo de caixa gerado foi neces-sária para manter os investimen-tos na inovação de nossos pro-dutos, como as séries de trato-res que acabam de ser apresen-tadas em Turim, na Itália, assimcomo as que se irão conhecen-do ao longo de 2011. É impor-tante destacar que aproxima-damente 2,5% das rendas daCNH se destinam a Inovação edesenvolvimento.

A situação na Europa se-gue com cifras preocupantes

FRANCO FUSIGNANI, NOVO PRESIDENTE E CONSELHEIRO DELEGADO DA NEWHOLLAND AGRICULTURAL EQUIPMENT S.P.A. COMPARTILHARÁ O CARGO COM O DECONSELHEIRO DELEGADO DA CNH INTERNATIONAL. ENTROU NO GRUPO FIAT, EM1970, COMO ENGENHEIRO E SUA TRAJETÓRIA NA COMPANHIA É MUITO AMPLA,OCUPANDO POSTOS EM DIFERENTES ATIVIDADES INDUSTRIAIS E COMERCIAIS.AGORA CONCENTRARÁ SEUS ESFORÇOS EM DESENVOLVER O CRESCIMENTO DANEW HOLLAND AGRICULTURE EM TODO O MUNDO.

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em seus volumes de vendas,e embora certos mercadosmostrem indícios de uma pe-quena recuperação, comoestão considerando esta con-juntura em suas previsões enos resultados finais?

Apesar da tendência à bai-xa da indústria nos últimos 18meses, a New Holland foi ca-paz de crescer no mercado deTratores (1,1%) e no de Colhei-tadeiras (2,2%), mantendo nos-sa posição no ramo de For-ragem. Conseguimos estes re-sultados graças às boas cifrasalcançadas em alguns merca-dos europeus importantes. NaItália, nossos registros cresce-ram 2,9%; na França 3,7%; naAlemanha, país que tradicio-nalmente demanda produtosde nível elevado, o crescimen-to é de 2,2% e vamos chegar àquarta posição no mercado.Graças ao constante crescimen-to do último ano, a New Ho-lland é a primeira marca na Ale-manha, apesar de não ter pro-dução local no país.

Nossas previsões são queo negócio agrícola se mante-rá estável na Europa duranteo terceiro trimestre deste ano,enquanto que no quarto co-meçará a refletir uma lenta re-cuperação. Este é um sinal po-sitivo que nos permite estar se-guros de que a demanda deequipamentos começará acrescer novamente.

O investimento feito pa-ra realizar a Tier IV é muitoimportante. Não acredita quehá uma desproporção consi-derando a incidência do nos-so setor, em comparação com

outros, como o dos caminhõesou ônibus, etc.?

O impacto em nosso ne-gócio foi compensado graçasa aliança com a Fiat Power-train Technologies e o desen-volvimento da tecnologia SCR,que é a melhor solução pro-vada no mercado, já utilizadapor 150.000 veículos no setorindustrial. Nenhum competi-dor no negócio agrícola pro-vou seus motores em uma es-cala tão grande, nem pode de-monstrar aos seus clientes to-dos os benefícios desta soluçãobaseada numa experiência tãodilatada. A tecnologia SCR re-

duz o consumo de combustí-vel e os custos de manutençãoe melhora potência e o tempode resposta do motor. Por is-so, anunciamos agora que uti-lizaremos unicamente a tec-nologia SCR para realizar a di-retiva Tier IV. Hoje em dia, te-mos a mais ampla gama deproduto com motor Tier IV, 20modelos de tratores e seis mo-delos de colheitadeiras.

A América do Norte e aEuropa estão em situação delentidão (espera). Que evo-lução espera a Companhia pa-ra o biênio 2011-2012?

ENTREVISTA

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Na América do Norte, on-de a economia agrícola foimuito positiva em relação aospreços dos produtos básicos,incluídos o setor de pecuária,o mercado de tratores respon-deu na mesma medida. A re-ação da New Holland foi ofe-recer a nova geração de trato-res de alta potência T8 e T9 ea ampliação do segmento depotência na multi premiada T7AutoCommand, que foi igual-mente positiva, devido ao cres-cimento da necessidade deequipamentos mais potentes.Além de que, a introdução donovo pulverizador autoprope-lido New Holland Guardian™será outro elemento para onosso fortalecimento no apoioa nossos clientes. É importan-te destacar que a chave paracrescer neste segmento é dis-por de uma poderosa rede dedistribuidores. Esta rede foi esegue sendo essencial paranosso êxito, à medida queavançamos em nossa oferta deproduto com maior potênciae o fortalecimento da nossaposição no mercado norte-americano.

O segmento dos tratoresde alta potência está em cons-tante crescimento e represen-ta mais de 35% do mercado

de tratores europeu, enquan-to que há nove anos era de19%. Com nossas novas ga-mas T7, T8 e T9, apresentadasem Turim, no final do ano pas-sado, estamos preparados pa-ra definir o novo conceito deagricultura extensiva. De ou-tro lado, a série T7 AutoCom-mand e o T6090 nos ajudarãoa melhorar nossa quota nestesegmento.

Um tema importante é ofinanciamento, já que ele mar-ca decisões importantes nahora das vendas: A CNH Ca-pital impulsionará o leasing eo arrendamento naqueles mer-cados que estão maduros pa-ra seu emprego?

A CNH Capital oferece jáuma gama mais ampla deapoios financeiros para distri-buidores e clientes finais, queultimamente foi enriquecidacom novos planos de aluguelde colheitadeiras e grandesequipamentos. Já foi feito naFrança e proximamente será fei-to em outros mercados euro-peus. Isto foi possível graçastambém ao excelente valor re-sidual de nossas colheitadeiras.

Índia, Turquia, talvez Chi-na, como definiria o futuro da

New Holland nesses merca-dos em um curto/médio pra-zo tendo em vista que já estãocom unidade fabricantes emalguns destes países?

Na Índia e China o futu-ro da New Holland é prome-tedor. Nos últimos anos inves-timos muito para ser capazesde assumir os desafios e opor-tunidades que oferecem estesmercados.

Na Índia comemoramosrecentemente a produção dotrator 150.000 e os planos deexpansão da fábrica seguemseu curso. Temos a intençãode duplicar a produção de nos-sas instalações situadas pertode Nova Deli, num prazo dedois anos, assim como o de-senvolvimento de novos pro-dutos, o fortalecimento de nos-sa rede de distribuidores, pa-ra responder as crescentes ne-cessidades de maquinaria agrí-cola no subcontinente india-no e a demanda de expor-tações de tratores. Com umcrescimento do PIB que mos-tra sinais alentadores, em mé-dio prazo, acreditamos que aagricultura indiana estará nu-ma fase de expansão e a me-canização possa realmente im-pulsionar o crescimento no se-tor.

-NH ENTREVISTA FUSIGNANI 25/1/11 10:10 Página 65

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AGRIWORLD66

A China é um mercadochave para a New Holland. Te-mos uma fábrica em Xangai,mediante jointventure, e ou-tra em Har Bin, ao noroeste dopaís. Na China estamos con-centrados no desenvolvimen-to e na modernização do se-tor industrial, melhorando acapacitação técnica, amplian-do nossa experiência e comum eficaz serviço de pós ven-da. O país, um dos mercadoscom maior crescimento domundo, requer cada vez maisuma tecnologia confiável, mo-tores eficientes e os melho-res fabricantes para o desen-volvimento sustentável e pro-dutivo da agricultura. Nós te-mos os meios e recursos paraseguir contribuindo com ocrescimento do setor e aumen-tar nossa presença.

O negócio da New Ho-lland na Turquia é uma histó-ria de êxito, que começou em1923 quando o primeiro tra-tor da marca Fiat entrou no pa-ís. Desde 1967 temos uma fá-brica em Ancara, mediante

jointventure. A lealdade dosnossos clientes é o melhor be-nefício da marca, líder entreos agricultores, tanto em tra-tores como em colheitadeiras.Sete de cada dez colheitadei-ras na Turquia são da marcaNew Holland e nos últimoscinco anos houve uma tendên-cia para tratores de maiorpotência, com modelos depotência média de 65 CV. Nes-te país esperamos consolidarainda mais nossa posição atra-vés do lançamento de novosprodutos, que nos permi-tirá reforçar a lealdade dosnossos clientes para seguiroferecendo a maquinaria eos serviços que necessitam.

O TD4000F produzidona fábrica de Ancara foi umgrande êxito na Europa. Empoucos meses foram vendi-dos mais de 800 unidades, esó na Península Ibérica se che-gou as 250 unidades, o querepresenta 13% das vendas.

A tecnologia para a incor-poração da uréia aos novosmotores não é nova, já queônibus e caminhões a empre-gam. Isso custará um esforçoextra, não só para as redes,mas também para os clientesfinais que terão que se darconta dos efeitos benéficos enecessários disso?

Com o sistema SCR a efi-ciência na combustão tambémotimiza o consumo de com-bustível e reduz os custos demanutenção. Segundo os tes-tes realizados pela DLG, estasolução oferece uma reduçãodo consumo de 10% no seg-mento do nosso T7000, onde

no nível Tier III tivemos um ex-celente ponto de partida. Asmáquinas SCR são um inves-timento garantido e rentável.Para cada euro gasto em AdBlue nossos clientes obtématé três euros de economia emcombustível, no caso da sérieT7. A New Holland ajudará osnossos clientes a adotar a tec-nologia SCR durante um perío-do transitório. Todos os dis-tribuidores autorizados daNew Holland tam-

bémoferecerão AdBlue em

containers de vários tamanhoscom a finalidade de satisfazeras necessidades de todo o ti-po de agricultor.

Você é um homem “da ca-sa”, há 40 anos, com impor-tantes responsabilidades emdiferentes áreas e mercados–agrícola, construção –, emjulho de 2009 foi denomina-do o máximo responsável pe-los equipamentos de cons-trução, num momento real-

ENTREVISTA

-NH ENTREVISTA FUSIGNANI 25/1/11 10:10 Página 66

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AGRIWORLD 67

mente duro deste mercado,agora com sua nomeação, pa-rece que se converteu em umaespécie de “bombeiro” nãosomente para apagar incên-dios, mas também para revi-talizar a “reconstrução”, da-da sua ampla experiência emdiferentes mercados e assimmesmo pelo conhecimento doGrupo. Que medidaspen-

sas tomar a curtoe médio prazo?

Em meu papel de Conse-lheiro Delegado e Presidenteda CNH International posso di-zer que as condições do negó-cio de equipamentos de cons-trução em nossos mercados in-ternacionais (não se conside-ram Europa, América Latina eAmérica do Norte), estão ain-da longe do nível 2007/2008,mas em comparação com oano passado observamos sinaisde recuperação em todos ospaíses. No entanto, e graças àstendências positivas mantidasinclusive durante o período de

crise, nos dois últimos anos emalgumas zonas da Ásia/Pacífi-co e China os mercados cres-ceram entre 43 e 64%. Comcerteza, a crise nos obrigou etambém aos nossos concorren-tes a aplicação de planos deação especial para curto pra-zo e a revisão da nossa estra-tégia, a médio e longo prazo.Em curto prazo, trabalhamosduro com nossa rede no apoioà atividade dos pequenos clien-tes e deste modo reduzir os ní-veis de estoque que é uma de

nossas prioridades. Para omédio e longo prazo esta-mos trabalhando com a fi-

nalidade de focar nossos in-vestimentos dando prioridadeaos mercados com maioresperspectivas de crescimento eque podem oferecer mais opor-tunidades futuras.

Todas as ações são imple-mentadas graças à reorgani-zação completada no ano pas-sado, pela qual o negócio deequipamentos de construção,nos mercados internacionaisfoi atribuído à CNH Interna-tional, a criação de uma estru-tura específica e um equipa-mento dedicado aos merca-dos de alto crescimento, co-mo já se fez em 2007 com nos-sas marcas agrícolas, o que nos

permite aproveitar melhor nos-sos lugares nos países chavenos quais estamos presentes.Não resta dúvida de que estafoi uma das decisões funda-mentais que oferece resulta-dos positivos hoje em dia eque nos permite aumentar nos-sa presença nos mercados.

Na New Holland Agricul-ture continuarei impulsionan-do ainda mais o crescimentoda marca a nível mundial. Va-mos seguir melhorando nos-sa oferta de produtos com as

principais características emrelação a emissões dos moto-res, conforto no posto de con-dução e tecnologia acessível.Contamos com uma rede ple-namente dedicada que com-preendem 2.800 concessio-nários e 100 importadores emtodo o mundo, capazes deoferecer uma linha completade produtos: tratores desde 20a 500 CV, desde colheitadei-ras convencionais a modelosde rotores, desde picadorasde forragem a equipamentosde enfardamento, desde teles-cópicas a colhedoras de uva,nossa rede é também capazde garantir seu apoio e ofere-cer os melhores serviços, co-mo Parts & Service e TopService.❏

O Brasil trabalhou para sair da crise antesque outros países, com uma série demedidas do Governo para impulsionar aeconomia e criar novas linhas definanciamento para a agricultura

-NH ENTREVISTA FUSIGNANI 25/1/11 10:10 Página 67

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AGRIWORLD68

A TECNOLOGIAAGRÍCOLA

No Brasil há aproxima-damente quatromilhões e meio de pro-

priedades agrícolas, das quaismeio milhão são altamentemecanizadas e dedicadas àprodução de grandes cultivos.Os outros quatro milhões sãopropriedades com superfícies

entre 20 e 40 ha e a maioriadelas não estão mecanizadas,embora muitas, pelo tipo decultivos que exploram, sãoeconomicamente viáveis, ocu-pam uma alta porcentagem dapopulação rural e suas pro-duções são a base da alimen-tação do país.

Com os programas sociaispara a melhoria da mecani-zação, implantados pelo go-verno brasileiro se está produ-zindo um enorme aumentodas vendas de tratores agríco-las, de pequena e mediapotência, dirigidos às peque-nas propriedades. Mas a me-

canização não é somente a“tratorização” da agricultura.Por isso o interesse em estabe-lecer critérios que permitamsua progressiva mecanização,já que disto depende o desen-volvimento integral das pes-soas que nelas trabalham e queconstitui seu meio de vida prin-

A MECANIZAÇÃO AGRÍCOLAem pequenas propriedades ruraisNO BRASIL QUATRO

MILHÕES DE

PROPRIEDADES

AGRÍCOLAS TEM

SUPERFÍCIES ENTRE 20

E 40 HA E A MAIORIA

DELAS NÃO ESTÃO

MECANIZADAS. COM OS

PROGRAMAS SOCIAIS

SE ESTÁ PRODUZINDO

UM ENORME AUMENTO

DAS VENDAS DE

TRATORES AGRÍCOLAS,

DE PEQUENA E MÉDIA

POTÊNCIA, DIRIGIDOS

ÀS PEQUENAS

PROPRIEDADES.

INTERESSA EM

ESTABELECER

CRITÉRIOS QUE

PERMITAM SUA

PROGRESSIVA

MECANIZAÇÃO SEM QUE

AS PENALIZE.

-MECANIZACION PEQ PARCELAS.qxp 31/1/11 12:18 Página 68

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cipal, sem que a “mecani-zação” as penalize.

A energia na agriculturaA mecanização da agri-

cultura e a energia mecânicaque é trazida pelos motores,mudaram o panorama da ali-mentação mundial. Com o au-mento da energia utilizada pa-ra a produção de alimentos, aprodutividade das superfíciescultivadas aumentou conside-ravelmente, energia em formade fertilizantes e fitossanitá-rios, além do combustível queutilizam as máquinas agríco-las.

Isto, graças à melhoria ge-nética das espécies cultivadas,teve como consequência queos preços dos alimentos, ajus-tados com a inflação, tenhamse reduzido de maneira con-tínua, indiscutivelmente redu-zindo a renda dos agriculto-res, que tiveram que utilizartoda a tecnologia disponívelpara aumentar sua produtivi-dade.

A utilização de máquinascom tamanho cada vez maiorpermitiu aumentar a produti-vidade da mão de obra, já que

cada trabalhador pode traba-lhar maior superfície de culti-vo, o que teve como conse-quência a redução considerá-vel da mão de obra ocupadano setor agrário, já que as su-perfícies cultiváveis em pou-cas circunstâncias se podemampliar. Possivelmente o Bra-sil seja um dos poucos paí-ses em que a fronteira agrí-cola possa deslocar-se sem queisto signifique risco ambien-tal.

Para avaliar a influênciaque tem a energia na produti-vidade agrícola pode-se uti-lizar como exemplo o culti-vo do arroz, segundo se indi-ca no Quadro 1.

Se analisarmos a forma naqual se utiliza a energia nasdiferentes situações, se obser-va que no nível da agricultu-ra de subsistência, toda a ener-gia serve para facilitar o duro

trabalho de preparação do so-lo, que se faz com a ajuda deanimais de tração ou comequipamento mecânico sim-ples, contando com abundan-te mão de obra.

Quando se aumenta o ní-vel tecnológico e a superfí-cie agrícola é limitada, a ener-gia em forma de agroquími-cos (em grande parte, fertili-zantes) permite aumentar aprodutividade por superfície.Esta é a opção seguida na agri-

cultura de transição, que, poroutro lado, sofre maior impac-to ambiental, mas permite du-plicar a produção em relaçãoao sistema tradicional.

Por último, com o sistemamoderno (alta tecnologia), as-sume grande importância oconsumo energético para a irri-gação, que em situações cli-matologicamente favoráveisnão seria necessário, mas quegeralmente, multiplica por cin-co a produtividade superficial,embora para isso tenha sidonecessário multiplicar por 10o consumo de energia, comrelação ao cultivo na zona de“transição”, que se poderia re-duzir para mais da metade, senão houvesse necessidade deirrigação.

Em geral, se estabelece umequilíbrio entre os custos daenergia, a terra e o trabalho.

Sistema de cultivo Moderno Transição TradicionalEnergia total (MJ/ha) 65000 6400 175

Distribuição (%)• Maquinário 20 30 100• Agroquímicos 18 70 -• Irrigação 42 - -• Dessecação 7 - -• Restante 13 - -

Produção (kg/ha) 5800 2700 1250

QUADRO 1.- PRODUÇÃO DE ARROZ COM DIFERENTES

NÍVEIS DE TECNOLOGIA (FAO)

A utilização de máquinas com tamanho

cada vez maior teve como consequência

a redução considerável da mão de obra

-MECANIZACION PEQ PARCELAS.qxp 31/1/11 12:18 Página 69

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Assim, quando o trabalho écaro e escasso, se aumenta autilização da energia mecâni-ca, para aumentar a produti-vidade da mão de obra ocu-pada. Pelo contrário, quandoa terra é escassa e cara, se au-menta a utilização da energiaem forma de agroquímicos,para aumentar a produtivida-de superficial.

O primeiro dos sistemas éo que se vêm utilizando emgrandes regiões do continen-te americano, onde tradicio-nalmente a mão de obra eraescassa, enquanto que a inten-sificação da produção super-ficial esteve ligada a países eu-ropeus, nos quais as superfí-cies de cultivo são muito re-duzidas diante da abundânciade população.

Por outro lado, as ope-rações mecanizadas deman-dam energia em uma catego-ria ampla de valores, que po-de ser entre 54 e 160 MJ/hapara o trabalho do solo, ou en-tre 29 e 79 MJ/ha para a co-lheita de grãos pequenos. Aredução das operações de

campo, especialmente em re-lação com o preparo do so-lo, dando lugar ao cultivo mí-nimo ou ao plantio direto, éinteressante para romper a rí-gida vinculação de produçãoagrícola, com o consumo deenergia, ajudando a projetar

um parque de máquinas queminimize os custos de pro-dução, qualquer que seja a di-mensão da propriedade.

Há outro aspecto que con-vém considerar: as operaçõesagrícolas estão condicionadasa uns períodos críticos, quesão impostos pelo clima. Emmuitas ocasiões, os tempos dis-poníveis para uma determina-da operação, como pode sera implantação do cultivo ou a

colheita, são muito reduzidos,o que obriga a super dimen-sionar o parque de máquinaspara poder realizá-las em umescasso tempo disponível, oqual provoca custos, que tor-nam difícil competir com es-tes mesmos cultivos quandorealizados em regiões nasquais as condições agroclimá-ticas são mais favoráveis.

Há muitos anos, o Dire-tor Geral da FAO explicava queuma família no sudeste asiáti-co, que cultivava arroz na zo-na submetida às Monções (ven-to periódico no oceano índi-co), dispunha de um tempomuito reduzido para implantaro arroz, entre as primeiras chu-vas e a época das inundações.Com a ajuda de todos os mem-bros da família se poderia pre-parar apenas um hectare. No

caso de contar com a ajuda deum animal de tração, poderiamduplicar esta superfície, mas oresto do ano deveriam traba-lhar para alimentar ao animalque havia ajudado no perío-do crítico. Em consequência,o que faziam era armazenarenergia que o animal devolve-ria, quando a mão de obra fa-miliar fosse insuficiente.

Quando um agricultor ad-quire um trator está compran-

A TECNOLOGIAAGRÍCOLA

Em ocasiões, os tempos disponíveis para

uma determinada operação são muito

reduzidos, o que obriga a super

dimensionar o parque de máquinas

-MECANIZACION PEQ PARCELAS.qxp 31/1/11 12:19 Página 70

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do um elemento capaz de for-necer-lhe energia mecânicapara a produção agrícola, em-bora diferentemente do quesucede com os animais, quese alimentam na própria pro-priedade, a energia é “acumu-lada” pelos trabalhadores dasempresas que fabricam os tra-tores, pelo qual se produz umatransferência de rendas da uni-dade agrícola para o exterior,que se deve compensar coma “exportação” de uma parteda colheita que é obtida pe-lo que compra o trator. Isto de-ve ser levado em consideração,para avaliar a rentabilidade damecanização das proprieda-des agrícolas de pequenas di-mensões.

As unidades de produçãoem um sistema agrícola

A atividade agrícola se de-senvolve nas denominadas“unidades de produção” inte-gradas em um sistema agrário,que se define pelas caracterís-ticas do meio humano, comsuas condições socioeconô-micas, demográficas e cultu-rais, pelo meio natural, comum clima, solos, vegetação e

outros recursos naturais, espe-cialmente a água e por um pa-cote tecnológico disponível,que inclui material biológico,ferramentas próprias, sistemasde organização de trabalho econhecimentos técnicos pa-ra atuar sobre o meio modifi-cando-o para seu benefício.Resumindo, o sistema agrárioé o modo de exploração deum meio por uma sociedaderural, com um esquema comoo indicado na figura 1.

A unidade de produçãoestá condicionada pelo meionatural no qual se encontra,

caracterizado pelo clima, o so-lo, com suas propriedades fí-sicas e químicas, a vegetação,aos cultivos e animais dispo-níveis. O manejo dos cultivosse realiza conforme a tecno-logia própria, na qual estão in-cluídos os equipamentos e im-plementos que se sabe e po-de utilizar, para realizar os tra-balhos culturais, a colheita eo transporte das colheitas, eos processos de pós-colheitaque lhe permitem conservá-las e adaptá-las para sua co-mercialização.

A qualificação profissio-nal dos implicados é básicapara melhorar seus níveis deconhecimento tecnológico,especialmente em relação àmecanização, já dificilmentese poderá rentabilizar o usodo equipamento mecânicoquando o manejam pessoasque não sabem fazê-lo, nemestão capacitadas para reali-zar uma manutenção adequa-da, o qual se estende à capa-citação das empresas locais

Figura 1 – Modelo simplificado dofuncionamento de um sistema agrícola

Características do meio humanoCondições socioeconômicas,

demográficas e culturais

Características do meio naturalCondições bioecológicas: solo,clima, vegetaçãoModo de utilização dos recursosnaturais: água, etc

Características técnicasMaterial biológico, ferramentas,modificações do meioModo de organização dotrabalhoConhecimentos técnicos

-MECANIZACION PEQ PARCELAS.qxp 31/1/11 12:19 Página 71

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que fornecem estes meios deprodução.

Além disso, as unidadesde produção não se encon-tram isoladas, e dispõem deuma vinculação local, geral-mente unida à nacional, dopaís na qual se encontram, ecada vez mais condicionadapela situação internacional,segundo o esquema da figu-ra 2.

As políticas nacionais,com seus programas de pes-quisa e de divulgação, as fa-cilidades de crédito, a gestão

do território e as facilidadespara a comercialização dascolheitas, incidem diretamen-te sobre a rentabilidade dasunidades de produção, ten-do como objetivo que estasunidades proporcionem tra-balho aos componentes daunidade familiar, sem que is-so signifique limitar a formaçãobásica e profissional dascrianças e dos jovens da mes-ma, fornecendo os alimentosque esta unidade familiar ne-cessita e com um excedentecomercializável, que lhe per-

mita manter um equilíbrio comcompras de insumos e outrosmeios de vida que realiza noexterior.

É necessário destacar, des-de o princípio, a dificuldadeque existe para alcançar esteequilíbrio, como se demons-trou, nos numerosos progra-mas de ajuda, planificados pormuitos anos em diferentes par-tes do mundo, e que fracassa-ram no momento em que asajudas externas cessaram, masnão somente pela falta de fi-nanciamento, mas sim poruma falta de capacitação pro-fissional das pessoas que re-ceberam uma tecnologia ina-propriada para as condiçõessócio econômicas da região.

Custos de utilização damaquinaria agrícola

A mecanização nas pe-quenas propriedades deve es-tar condicionada, como nasgrandes, pela rentabilidade doinvestimento em equipamen-to mecânico, para o qual sedeve considerar desde o prin-cípio, a previsão de custos deutilização do equipamento quevai ser selecionado.

Possivelmente o modelomais utilizado no mundo pa-ra previsão de custos de utili-zação da maquinaria seja oproposto pelas normas ASAEEP496 e D497, que utilizan-do a informação de máquinasque funcionam nos EUA, ofe-recem precisão nos resultadospara condições de utilizaçãosimilares às deste país. Mas,estas não são as que habitual-mente se encontram em ou-

A TECNOLOGIAAGRÍCOLA

Figura 2 - Enlaces e interações da unidade deprodução

Local:Organizações sociais,gestão do território,Possibilidade decrédito, inovações eassociações

Meio natural: Clima e relevo, solo, vegetação,cultivos e pecuária

Técnicas disponíveis: Máquinas e implementos, Trabalhosculturais, Transporte, pós colheita

Nacional:Políticas nacionais,intercâmbiosregionais, moedas,pesquisa edivulgação

Internacional:Políticas de auxílio,mercados mundiais,financiamento público,transferênciasprivadas de capitais.

Unidade de produção

A mecanização nas pequenas

propriedades deve estar condicionada

pela rentabilidade do investimento em

equipamento mecânico

-MECANIZACION PEQ PARCELAS.qxp 31/1/11 12:19 Página 72

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AGRIWORLD 73

tras áreas geográficas, e me-nos ainda em países em de-senvolvimento.

Na Espanha, seguindo ummodelo de cálculo inicialmen-te proposto pelo Centro de Pes-quisas Agronômicas da Bélgi-ca (CRA – Gembloux), se de-senvolveu uma metodologiade cálculo muito flexível, quepermite modificar as hipóte-ses de cálculo para adaptá-lasàs condições sócio econômi-cas de diferentes zonas agrí-colas. Esta metodologia en-contra-se disponível na plata-forma de conhecimentowww.mapa.es/es/ministerio/pags/Pla-taforma_conocimiento/maquinaria_agricola.htm, junto com umasplanilhas de cálculo para ostratores e as máquinas agríco-las de uso mais freqüente, to-talmente abertas para que osusuários possam mudar as hi-póteses de cálculo, adaptan-do-as à sua situação particu-lar, incluindo como referênciaos valores obtidos dos resulta-dos reais de máquinas que fun-cionam nas condições da agri-cultura do sul da Europa. Nes-ta metodologia, as amorti-zações são calculadas combi-nando a antiguidade com ashoras de utilização, de formaque, se em um determinadomomento da vida útil, se pro-cedesse na venda da máqui-na, seu preço de mercado se-ria o valor novo da máquina,descontado o investimento jáamortizado, utilizando estametodologia.

O ponto de partida pararealizar a previsão de custos éconhecer o preço de aquisiçãodo trator ou da máquina que

Figura 3 - Preço dos tratores agrícolas noBrasil

Potência do tratorkW 22 37 55CV 29,9 50,3 74,8

Custos horários sem combustível nem Mão de Obra

Horas ano [R$/h] [R$/h] [R$/h]50 66,38 111,64 165,95

100 35,31 59,39 88,28150 24,95 41,97 62,39200 19,78 33,26 49,44250 16,67 28,04 41,68300 14,60 24,55 36,50350 13,12 22,06 32,80400 12,01 20,20 30,03450 11,15 18,75 27,87500 10,46 17,59 26,14550 9,89 16,64 24,73600 9,42 15,84 23,55650 9,02 15,17 22,56700 8,68 14,60 21,70750 8,39 14,10 20,96800 8,13 13,67 20,32850 7,90 13,28 19,75900 7,70 12,94 19,24950 7,51 12,64 18,78

1000 7,35 12,36 18,37

Quadro 2.- Custos horários segundoutilização anual

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se pretende utilizar. Assim, to-mando os preços dos tratoresagrícolas de pequena potên-cia que se comercializam noBrasil (Programa “Mais Alimen-tos”) o custo da unidade depotência varia segundo se in-dica na figura 3 (Em azul osvalores correspondentes a tra-tores de simples tração).

Nela se pode apreciar queabaixo dos 45 CV de potên-cia, os custos de aquisição au-mentam de maneira conside-rável, inclusive com tratoresde tração simples, mantendoentre 50 e 75 CV custos uni-tários de aproximadamente1000 R$/CV, valor que se po-de utilizar para fazer uma pre-visão de custos de utilizaçãode tratores neste intervalo.

Tomando como base quea vida útil do trator para o cál-culo da amortização combi-nada é de 20 anos e 12.000horas, a taxa de juros é de 7%ao ano (teria que ser tomadoum valor igual ao que se ofe-rece ao dinheiro emprestado

para uma atividade de risco si-milar), o consumo de combus-tível correspondente a 0,150L/h por kW de potência (0,110L/h por CV), tomando comoreferência que o motor traba-lha com carga média no con-junto de operações do ano, ecustos de manutenção e repa-rações de 0,46 R$ por litro dediesel consumido, os custoscorrespondentes para tratoresde potências entre 30 e 75 CV,em função do tempo de utili-zação anual, sem consideraro consumo de combustível,nem a mão de obra necessá-ria para seu manejo, são osque se indicam no quadro 2.

No mesmo quadro, pode-se observar como conseqüên-cia do maior custo de aqui-sição por unidade de potên-cia, que o trator de 22 kW (30CV) fica penalizado, sendo seucusto horário com 250 horasde utilização anual, similar aode 37 kW (50 CV) com 400h/ano e ao de 55 kW (75 CV)para 750 h/ano, quando sua

capacidade de trabalho é mui-to menor.

Disto se conclui que a me-canização de propriedadescom tratores de menos 50 CVdificilmente podem ser rentá-veis, o que obriga a pensar emoutras soluções, como são ostratores de rabiças, embora nãoofereçam tantas vantagens er-gonômicas para o usuário.

Se com estas hipóteses,aplicando o modelo de cálcu-lo proposto para representargraficamente a variação docusto horário (sem considerarcombustível nem mão de obra)para um trator de 50 CV, se ob-tém a curva de custos da figu-ra 4. Nela se observa quequando o número de horas deutilização baixa das 250-300h/ano, os custos horários au-mentam consideravelmente.Também, se forem superadasas 600 h/ano a redução do cus-to horário, em relação ao quese obtém sobre 400 h/ano émuito menor.

Em termos quantitativos,um trator de 50 CV sendo uti-lizado em 200 h/ano tem cus-tos horários (sem considerarcombustível) 64,7% superio-res aos deste mesmo tratorquando se utiliza 400 h/ano,enquanto que ao utilizá-lo 700h/ano, os custos se reduzemem 27,7%, o que indica a im-portância que tem a dimensãoda exploração agrária para ren-tabilizar os investimentos damecanização.

Assim, o custo horário de-pende do tempo de utilizaçãoanual, que está relacionadacom a superfície da proprie-dade agrária na qual trabalha,

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Figura 4 - Custo horário trator 50 CV (sem combustível)

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e da intensidade na utilizaçãoda maquinaria no conjunto decultivos da mesma.

Os implementoscondicionam os tratores

Para poder avançar no es-tudo da rentabilidade da me-canização em pequenas pro-priedades, apoiando-se em umtrator de 50 CV, é necessáriodefinir as características téc-nicas dos implementos e má-quinas que este trator podeacionar e a capacidade de tra-balho que proporcionam.

No quadro 3 foram incluí-dos os preços de aquisição deimplementos e máquinas ad-mitidos no programa “Maisalimentos”, considerando

aqueles apropriados para tra-tores de 50 CV, junto com suacapacidade de trabalho con-siderando as velocidades mé-dias de referência.

Se considerarmos um con-junto de operações para a agri-cultura extensiva tradicional(sem considerar a redução quese produz com o plantio dire-to), que não incluem as ope-

rações de colheita, mas o trans-porte da safra se observa quese necessitariam pouco maisde 8 h de trator por hectare eano, contando com 2 h/anoe cultivo para as operações detransporte que se realizam como trator. De outra parte, se ob-serva que o investimento ne-cessário em máquinas aciona-das pelo trator supera o cus-

Preço aquisição Largura de Velocidade Capacidade Inversão CultivoR$ trabalho m km/h efetiva h/ha R$ h/ha

Arado de aivecas 2 corpos 4800 0,50 5,0 4,00Arado de discos 3 corpos 9200 0,60 5,0 3,33 9200 3,33

Subsolador 3 hastes 3800 1,50 3,0 2,22Subsolador 5 hastes 4800 2,50 2,5 1,60

Grade de discos 10000 3,00 6,0 0,56 10000 0,56Cultivador de linhas 7000 2,50 5,0 0,80

Rotocultivador 1,50-1,90 m 9560 1,70 3,0 1,96Roçadora 1,50-1,70 m 7000 1,70 5,0 1,18 7000 1,18

Acamaleador 1,20 m 15300 1,20 3,0 2,78Semeadora 3 linhas 16200 1,80 7,0 0,79 16200 0,79

Semeadora 3 linhas SD 22000 1,80 6,0 0,93Adubadora 600 L 13400 10,00 8,0 0,13 13400 0,13

Distribuidor de esterco 16244 5,00 3,0 0,67Bomba irrigação 3" 4000 - - -

Pulverizador barras 400 L/10 m 6000 10,00 7,0 0,14 6000 0,14Atomizador 400 L 9500 4,00 3,0 0,83

Segadora de discos 2,10 m 17700 2,10 5,0 0,95Carreta agrícola 4 m3 5000 - - - 5000 2,00

Trator 55000 Total implementos 61800 8,13

Quadro 3.- Preço de aquisição e capacidades de trabalho dosimplementos para um trator de 50 CV

Tempo de utilização do trator (h/ha) 9,0Superfície Cultivos/ano

ha 1,0 1,5 2,010 90 135 18020 180 270 36030 270 405 54040 360 540 72050 450 675 900

Quadro 4.- Tempos de utilização anual(horas/ano)

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to do próprio trator (R$61.800,00 de implementos bá-sicos, diante dos R$ 55.000,00do trator), o que deve ser le-vado em conta quando se fa-zem os cálculos de previsãode custos de utilização.

A partir desta referência sepode calcular o tempo de uti-lização anual para uma pro-priedade agrária em função dasua superfície cultivada, e donúmero de cultivos que se pos-sam realizar em um ano. Estecálculo se apresenta no qua-dro 4, baseado em 9 h/ha-cultivo/ano.

Pode-se observar que pa-ra alcançar pelo menos as 360h de utilização anual se ne-cessita cultivar uma superfíciede 40 ha, com um cultivo porano, mas que se reduz a umpouco menos de 30 ha se épossível obter duas colheitasem três anos, situação bastan-te freqüente em diferentes re-giões tropicais e sub tropicais.

Estes são alguns cálculosaproximados que somente ser-vem de referência, e dadas asgrandes diferenças que se po-dem produzir entre as diferen-tes regiões em desenvolvimen-to, mas se podem tomar como

ponto de partida para realizaroutros cálculos mais aproxi-mados.

Programas de apoiofinanceiro àmecanização

No Brasil foi colocado emfuncionamento o Programa deSustentação do Investimento(PSI) do Banco Nacional de De-senvolvimento Econômico eSocial (BNDES), com uma ta-xa de juros de 5,5% (a partir de

1º de julho de 2010) para aaquisição de máquinas e im-plementos agrícolas. Além dis-so, no programa “Mais Alimen-tos”, se oferece um forte finan-ciamento para a agricultura fa-miliar, com taxas de juros en-tre 2 e 4%, com três anos decarência. Considerando umataxa de inflação no Brasil en-tre 4,5 e 4,9%, se pode fazeros cálculos, comparando oscustos horários para o trator de50 CV para diferentes temposde utilização anual, com uma

A TECNOLOGIAAGRÍCOLA

Figura 5.- Previsão de custos de utilizaçãocom diferentes taxas de juros

Borda de Serra (Quevedos – RS Brasil). Zona andina de Mérida (Venezuela).

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taxa de juros de 1% em alter-nativa à taxa de 7% inicialmen-te utilizada. Assume-se para ocusto do combustível (diesel)um preço médio de R$ 1,88/li-tro. Os custos horários corres-pondentes a diferentes grausde utilização anual se apresen-tam na figura 5.

A redução dos juros com-pensa em parte a maior quo-ta de amortização pela baixautilização anual, abrindo apossibilidade de utilizar os tra-tores de 50 CV abaixo das 300h/ano, o que poderia fazê-losaptos para propriedades de 20ha, com uma intensidade agrí-cola de 1,5 colheitas/ano.

Em todo caso, para fazeros cálculos da rentabilidadepotencial de una determina-da propriedade deverá con-siderar-se os custos derivadosda utilização das máquinasacionadas pelos tratores, dife-rentes em cada situação, em-bora a princípio pode-se assu-mir que aumentariam o cus-to horário dos calculados pa-

ra os tratores em pelo menos50%.

Limitações impostaspelo meio natural àmecanização

A mecanização das pe-quenas propriedades, da mes-ma maneira que nas grandes,fica muito difícil, quando nãoimpossível em determinadascondições do meio físico. Asfortes declividades, a pedre-gosidade ou a baixa capaci-dade suporte dos solos, porseu elevado conteúdo de água(inundação) são fatores que fa-zem praticamente impossível

o emprego de meios mecâni-cos, ou requer a utilização demaquinaria altamente espe-cializada, que dificilmente serentabiliza, independentemen-te dos graves problemas deerosão, como aparecem nasregiões andinas, ou no trópi-co, quando o solo fica despro-tegido de cobertura vegetal,embora as técnicas de plantio

direto se oferecem como umaalternativa interessante paradeslocar a fronteira agrícolaem áreas tropicais, onde oscultivos associados são umanecessidade.

Nestas situações são os tra-tores de rabiça e especialmen-te as motosegadoras os únicosequipamentos motorizadosque podem atuar, embora emclara desvantagem com os ani-mais de trabalho, na maioriadas situações agro-econômi-cas.

Soluções como as que sãoutilizadas em determinadaszonas agrícolas da Europa oudo Japão são inviáveis de uma

perspectiva econômica, exce-to que haja uma forte ajudaestatal mantida no tempo.

No entanto há outras al-ternativas pouco experimen-tadas no Brasil, que poderiamser viáveis em determinadassituações agrícolas, como ostratores de esteira pequenos,que são a base da mecani-zação em algumas zonas da

Motosegadora trabalhando em ladeira.Trator especializado para ladeiras.

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Itália, especialmente para a vi-ticultura de montanha, que ha-veria que ser analisada no pa-ís, com a base de fabricaçãonacional e a transformação detratores do tipo 4RM.

Mecanização depequenas propriedadesem zonas desenvolvidas

O problema da mecani-zação das pequenas proprie-dades não é exclusivo das zo-nas em desenvolvimento. As-sim, em algumas regiões espa-nholas, como na Galícia (no-roeste), ou em Valência (leste),mais de 85% das propriedadesdispõem de uma superfície agrí-cola útil de menos de 5 hec-tares, sendo além disso a di-mensão econômica de 93%das propriedades agropecuá-rias da região inferior a 8 Uni-dades de Dimensão Econômi-ca (uma UDE equivale a umarenda de 1.000 euros, que é osalário mensal de um profissio-nal quando inicia sua ativida-de laboral – Salário mínimo).

Nestas circunstâncias, po-de-se considerar que para que

uma propriedade agropecuá-ria destas regiões proporcio-ne rendas suficientes para otitular, sua dimensão deve-ria ser ao menos de umas 16UDE, com mais de 135jornadas/ano de trabalho(umas 1000 h/ano) para o ti-tular da propriedade. Pode-se representar graficamente acaracterização das proprie-dades em função de sua via-bilidade segundo se indica nafigura 6.

Nesta situação, os proprie-tários dedicam um tempo par-cial à atividade agropecuária,e utilizam a mecanização re-correndo à aquisição de trato-res de segunda mão, num acei-tável estado de conservação,com um super dimensiona-mento da potência para o im-plemento com o qual utilizam.São os fins de semana, ou de-pois de finalizada sua jornadade trabalho principal, quandorealizam as operações agríco-

A TECNOLOGIAAGRÍCOLA

Trator adaptado para a montanha.Trator de esteiras metálicas para montanha.

Demanda de trabalho (UTA): emprego para o titular da propriedade

• Renda unitária do trabalho (RUT)• Renda de referência (RR)• Salário mínimo interprofissional (SMI)• Unidades de trabalho por ano (UTA)

Figura 6.- Caracterização das propriedadesagrícolas em função da sua renda

RUT

SMI 0.75 RR RR

inviável intermediária viável viável

RUT RUT RUT

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las. Isto significa que há pos-sibilidades de encontrar traba-lho fora da agricultura, e a ati-vidade agrícola é um comple-mento de seu trabalho princi-pal, além de que as facilida-des de comunicação permitemo deslocamento diário comperdas de tempo reduzidas.

Como alternativa, ou co-mo complemento, e especial-mente em operações de col-heita, a utilização de máqui-nas em comum, integradas emcooperativas de produção quetambém o são para a comer-cialização ou em empresas deserviços a terceiros, faz que oscustos da mecanização sejamaceitáveis. É preciso levar emconta que nestas empresasagrárias há uma grande partede criação de gado, e que aprodução agrícola dirige-sea cultivos hortigranjeiros quefazem parte da dieta alimen-tícia da família, com uma so-bra que se comercializa nosmercados locais. Por seremoperações agrícolas nas quaisse necessita grande quantida-de de trabalho manual, e sãodificilmente mecanizáveis emgrande escala, a mão de obrafamiliar em tempo parcial aju-da a manter a rentabilidadedas propriedades.

Quando predomina a hor-ticultura e a fruticultura emparcelas pequenas, como ocor-re no leste espanhol, que dis-fruta de um clima mediterrâ-neo com temperaturas de in-verno próximas às subtropi-cais, é freqüente o empregode tratores de rabiças, aos queinclusive se associam peque-nos reboques, já que a míni-ma mecanização de transpor-te ajuda consideravelmentea reduzir os custos de pro-dução neste tipo de cultivos,embora as condições de segu-rança no trabalho se reduzemde forma considerável comrespeito à utilização de peque-nos tratores.

A mecanização comtratores de rabiças

Em propriedades com me-nos de 10-15 ha, especialmen-te quando predomina a hor-ticultura e fruticultura familiar,foram os tratores de rabiças osque substituíram os animaisde tração, especialmente quan-

do a alimentação dos mesmosreduz a alimentação da popu-lação local. Este não é o ca-so de muitas zonas em desen-volvimento que os animais detração tem várias funções e seencontram integrados na uni-dade produtiva. No Congres-so da SBEA, celebrado emCampina Grande em 1997,pode-se encontrar uma infor-mação completa da “Tecno-logia Apropriada” na que seintegra a tração animal e o tra-balho manual.

O emprego de tratores derabiças, que foi a base do de-senvolvimento da agriculturafamiliar dos países mediterrâ-neos, torna-se interessante pa-ra outras situações agrícolasnas quais pela pequena di-mensão das propriedades, oupelas características dos cul-tivos e as parcelas, não se po-de recorrer aos pequenos tra-tores.

A previsão de custos deutilização pode ser feita se-guindo critérios similares aosdos tratores, embora com hi-Tratores de rabiças com reboque.

Figura 7.- Custo horário de um trator derabiças de 10 kW (13,6 CV)

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póteses diferentes para aamortização (tempo e horasde vida útil) e os custos demanutenção e reparações. Éimportante, neste aspecto, le-var em conta a robustez dostratores de rabiças para osusos agrícolas, já que em mui-tas ocasiões se adquirem equi-pamentos de baixo custo, pro-

jetados para a jardinagem do-méstica, cuja confiabilidadeé mínima e se deterioram empouco tempo de trabalho nocampo.

Utilizando como referên-cia o preço de aquisição des-tinado aos tratores de rabiçasno programa “Mais Alimen-tos” (R$ 1.800,00/kW depotência), a previsão de cus-tos de utilização de um tratorde rabiças com rotativa seria

os da figura 7, considerandosomente uma taxa de juros de1%, e custos de manutençãoe reparações, expressos em li-tros de combustível, igual ametade do que se aplicam aostratores. A amortização com-binada se calcula baseado em6.000 horas e 10 anos de vi-da útil.

Considerando que a ro-tativa que utiliza o trator de ra-biças dispõe de uma largurade trabalho de 1,0 metro, pa-ra uma velocidade de avançode 2 km/h, a capacidade detrabalho poderia ser de 7 h/hapara a preparação do solo,com um custo por superfícielavrada de R$ 105,00/ha, ele-vado em relação ao que se po-de conseguir com tratores debaixa potência em uma utili-

zação normal, mas menor queo que se obteria com este tra-tor em reduzida utilizaçãoanual, condicionado pela mí-nima superfície disponível napropriedade.

Consequentemente, o em-prego de tratores de rabiçasé indicado para pequenas su-perfícies de horticultura e nun-ca pode competir em agricul-tura extensiva, na qual a uti-lização de máquinas em co-mum, apesar das dificuldades,apresenta-se como a única al-ternativa válida, inclusive pa-ra as pequenas propriedades.

Em diferentes ocasiões sepropôs projetar uma unidademotriz polivalente, alternativaao trator convencional, quepudesse substituir os animaisde tração. Soluções pensadase realizadas como a da “Com-panhia Francesa do Algodão”pensando nas zonas da Áfricanas que não se podia utilizara tração animal pela carênciade alimentos, ou pelas doençasque afetam o gado. O tratorcom plataforma fabricado empequenas quantidades ficamais custoso que os tratoresconvencionais de baixa potên-

A TECNOLOGIAAGRÍCOLA

Trator de rabiças com roçadora.Trator de rabiças com rotativa.

O emprego de tratores de rabiças

torna-se interessante para situações

nas quais não se pode recorrer aos

pequenos tratores

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cia, que se produzem em sé-ries de milhares de unidades,como está sucedendo em di-ferentes países da Ásia, embo-ra poderia ter sentido se pu-desse haver uma fabricação

local como sistema para de-senvolver industrialmente a re-gião, mas no momento nãofoi uma solução economica-mente viável.

A idéia de substituir a car-reta de tração animal e o tra-balho de preparo do solo rea-lizado com animais de traçãomediante um trator de plata-forma não compete economi-camente com um pequeno tra-tor que pode arrastar um re-

boque, ou in-clusive com otrator de rabiçasque tambémpode realizar otransporte decargas com umreboque articu-lado. Uma alter-nativa interes-sante, que podeser utilizada emfruticultura deladeira são os

tratores de rabiças com pro-pulsão de esteiras de borracha,que permite o transporte dascolheitas, e também sua uti-lização na aplicação de fitos-sanitários.

Uso de máquinas emcomum

Não se devem esquecer aspossibilidades que oferecem ouso de máquinas em comumna mecanização das pequenaspropriedades agrícolas, embo-ra muitas das experiências re-alizadas neste sentido tenhamterminado em fracasso em con-seqüência da forma de ser dosagricultores envolvidos.

A utilização de máquinasem comum, especialmentecom sistemas de prestação deserviço para terceiros, está pos-sibilitando baixar os custos deprodução da agricultura dospaíses que neste momento sãoexportadores líquidos de com-modities, como é o caso daArgentina. E não somente asgrandes propriedades são be-neficiadas por este sistema deutilização da máquinas.

Este tipo de utilização ofe-rece vantagens importantes,como a redução do custo dasoperações de campo, que sepodem estimar em até 15%, ea utilização das técnicas maismodernas pela mais freqüen-

te renovação do equipamen-to mecânico. Também é pos-sível a redução do tempo detrabalho, fazendo as operaçõesno momento mais adequado,regularizando a ocupação damão de obra e com uma maiorproteção social do agricultor.

Mas nem tudo são vanta-gens, o agricultor sente quea sua disponibilidade da má-quina é menor, não a tem nomomento que mais lhe con-

Trator com plataforma para zonas em desenvolvimento.

Atomizador autopropelido.Trator de rabiças - transportador.

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vém, que com o deslocamen-to das máquinas se favorece adifusão de pragas, e que, pa-ra reduzir os custos de ope-ração e aumentar a capacida-de de trabalho se utilizam má-quinas grandes, que perdemcapacidade operacional empequenas áreas.

Além disto, há que consi-derar que aumentam as forma-lidades administrativas que in-comodam muito os agriculto-res, e que há uma perda deprestígio, já que o agricultorgosta que saibam que ele éproprietário de sua própria má-quina. Também aparecem de-feitos que ninguém quer se res-ponsabilizar e desacordos emrelação ao momento que ca-da usuário terá a máquina asua disposição.

Diferentes são as formasde uso em comum que se apli-cam em diferentes zonas agrí-colas em países desenvolvi-dos: as cooperativas de uso emcomum (CUMA), os círculosde maquinaria e as empresasde serviços a terceiros, tantode titularidade pública comoprivada.

Entre as CUMA e as em-presas de serviços a terceiroshá um grande paralelismo, jáque nas CUMA são os agricul-tores que trabalham seus pró-prios campos que dão serviçosde mecanização aos seus vi-zinhos, ampliando o númerode horas de utilização anualdas máquinas, com a conse-guinte redução de custos. Is-to também acontece em algu-mas empresas de serviços depequena dimensão, nas quaiso proprietário dispõe de uma

pequena propriedade agríco-la.

A partir de uma perspec-tiva de fomentar a mecani-zação da agricultura em zo-nas em desenvolvimento asempresas de serviços comapoio público são uma for-ma de mecanização que aju-da à formação dos que rece-bem os serviços, que assim sefamiliarizam com a utilizaçãoe manutenção da maquinaria.

Houve numerosos exem-plos destes serviços a peque-nos agricultores, fazendo ostrabalhos agrícolas mais pesa-dos com equipamento que di-ficilmente se pode justificareconômicamente em proprie-dades de pequena dimensão.Este foi o caso do PRONAMEC(Programa Nacional de Meca-nização) desenvolvido noEquador há muitos anos. En-tre os problemas que é preci-so evitar, e que foram a cau-sa do fracasso destes sistemas,estão as tarifas que se aplicamaos serviços, quando estas nãopermitem a renovação do par-que de máquinas, por não con-

siderar as amortizações do ca-pital investido. Outro aspectoimportante é que se produzuma transferência de rendasdo agricultor à empresa de ser-viços, com o que se reduz obenefício da unidade produ-tiva familiar. Por isto, convémfomentar que sejam os pró-prios agricultores com maiornível de tecnologia aquelesque devem dar serviço a seusvizinhos, como sistema paraaumentar o cooperativismo,coisa que nem sempre é pos-sível porque depende muitoda receptividade das pessoasque fazem parte de uma co-munidade.

A utilização de maquina-ria compartilhada (círculos demaquinaria), que deu bons re-sultados em alguns países de-senvolvidos, dificilmente éaplicável. Muitas das tentati-vas para pôr em funcionamen-to este sistema terminaram emfracasso devido ao enfrenta-mento entre os sócios quandose produzem problemas nasmáquinas “das quais ninguémse sente responsável”, e aca-

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bam com a aquisição de má-quinas próprias em cada umadas propriedades.

Consequentemente, a mel-hor opção é o fomento das em-presas de serviços terceiriza-dos, gerenciada por empresá-rios que também são agricul-tores de pequena dimensão,especialmente para as ope-rações de colheitas com co-lheitadeiras, e também comequipamento especializadopara as operações pesadas detrabalho e de trabalho primá-rio do solo, que o pequenoagricultor não pode fazer comtratores de potência reduzida.

Conclusões erecomendações

Do que foi exposto se de-duz que com tratores de potên-cia ao redor de 50 CV pode-se resolver a mecanização depropriedades agrícolas comuma superfície entre 30 e 40ha, com uma intensidade decultivo de 1,5 colheitas porano. Este trator funcionaria400-450 horas por ano, com

um custo horário no caso deuma taxa de juros normal deR$ 29,20/h, e poderia reno-var-se num prazo de 11 a 12anos. O emprego de tratoresde mais potência em peque-nas propriedades (<75 CV) so-mente tem sentido quando setem que trabalhar sobre so-los com ladeiras, embora se-ja muito difícil a mecanizaçãode parcelas cuja inclinação seaproxima de 20%, sem recor-rer a maquinaria muito espe-cializada e difícil de justifi-car economicamente.

Com o financiamento queoferece o programa “Mais Ali-mentos” os custos horárioscom 450 h de utilização anualse reduzirão até R$ 24,80/h, eabre-se a possibilidade de uti-

lizar estes tratores em proprie-dades de menor superfície, cu-ja demanda de horas de tratorpor ano esteja próxima as 300horas. Esta opção parece maisinteressante que recorrer a tra-tores de menor potência, nosquais os custos de aquisiçãosão relativamente mais altos,ou aos tratores de rabiças quesomente interessam em pro-priedades horti-frutícolas depequena dimensão, ou naque-les cultivos que não permitema entrada dos tratores.

Sempre teremos que levarem consideração o efeito damecanização na renda fami-liar, já que uma parte da ren-da deve ser dedicada a com-pensar a compra de equipa-mentos mecânicos e combus-tíveis e outro material que as-segura o funcionamento dasmáquinas. A capacitação pro-fissional em tudo o que se re-fere à mecanização ajuda a re-duzir os custos de funciona-mento, e torna possível queparte da manutenção e os re-paros possam ser feitos pelopróprio usuário, ou se reali-ze em oficinas locais que tam-bém se convertem em fabri-cantes dos pequenos equipa-mentos mecânicos que neces-sitam os tratores para as dife-rentes operações de campo.

Muitas das tentativas para a utilização

de maquinaria compartilha terminaram

em fracasso devido ao enfrentamento

entre os sócios

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AGRIWORLD84

Como referência aproxi-mada para valorizar o impac-to de mecanização numa pro-priedade agrícola, pode-se con-siderar que os custos das ope-rações mecanizadas para umcultivo são aproximadamen-te os do trator (R$/h) incremen-tados em 50% (custos deriva-dos do equipamento mecâni-

co acionado pelo trator) e mul-tiplicado pelo número de ho-ras de utilização em cada hec-tare cultivado, e pelo númerode hectares totais deste culti-vo. Nestes cálculos não se in-cluem os custos da mão deobra fornecida pela unidadefamiliar gestora da proprieda-de. A saída de recursos finan-ceiros da propriedade em con-seqüência da mecanização deuma propriedade agrária deveser compensada com a comer-cialização exterior de parte dascolheitas, como indica o es-quema da figura 8.

Por outro lado, o fomentode empresas de serviços tercei-rizados, com participação dos

próprios agricultores da região,que realizem esta atividade co-mo complemento da que de-senvolve em sua propriedadeagrícola, abre melhores pers-pectivas ao desenvolvimentointegral de qualquer área agrí-cola, e das oficinas locais dereparação e assistência técni-ca, e evita que as máquinas quese vendem com apoio em pro-gramas (subvenções) sejamconvertidas em sucata, semquase serem usadas.

Também é importanteorientar a produção das pe-quenas propriedades aos cul-tivos que necessitem contri-buições mais importantes demão de obra, porque é difícil

sua mecanização integral, jáque elas demonstram vanta-gens ao dispor de mão de obrafamiliar que pode ser utiliza-da em tempo parcial, e commaior intensidade em perío-dos críticos. ❏

Prof. Luis Márquez

A TECNOLOGIAAGRÍCOLA

FUMO

SUÍNOSMILHO

FEIJÃO

FAMÍLIA

Mecanização

BOVINODE CORTE

BOVINODE LEITE

Comercialização

Comercialização

ComercializaçãoComercialização

Comercialização

Pasto

Pasto

Adubos

Fertilização

Sementes

Fertilizantes e agroquímicos Agroquímicos e fertilizantes

FIGURA 8 – ESQUEMA DO BALANÇO DE ENTRADAS-SAÍDAS

EM UMA PROPRIEDADE AGROPECUÁRIA

É importante orientar a produção das

pequenas propriedades aos cultivos que

necessitem contribuições mais

importantes de mão de obra

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

• Gifford, R.C. Mécanisation agricole etdéveloppement. Directives pourl’élaboration d’une stratégie. Boletínde Servicios Agrícolas de la FAO nº 45.Roma, 1985.

• Le Thiec, G. Agriculture africaine ettraction animale. CIRAD (Francia).1996

• Ministério do Desenvolimento Agrário(Brasil). Plano Safra da AgriculturaFamiliar 2009/2010.www.mda.gov.br

• Ministerio de Medio Ambiente, MedioRural y Marino de España. Plataformadel Conocimientowww.mapa.es/es/ministerio/pags/Plataforma_conocimiento/maquinaria_agricola.htm

• Silsoe Research Institute. Human anddraught animal power in cropproduction. Workshop Proceedings(Harare, Zimbabwe). FAO, 1993.

• XXVI Congreso de SBEA. TecnologiaApropiada em Ferramentas,Implementos e Máquinas Agrícolaspara Pequenas Propiedades.UFPB/SBEA. Campina Grande.Paraíba. Brasil, 1997

-MECANIZACION PEQ PARCELAS.qxp 31/1/11 12:19 Página 84

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OSE S P E C I A L I S T A S

OSE S P E C I A L I S T A S

-Pub. Total BR 26/1/11 13:08 Página 1

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AGRIWORLD86

Oaproveitamento dosrestos da poda, mastambém a introdução

dos cultivos lenhosos paraaproveitamento energético au-mentou a demanda de equi-pamentos apropriados paraum esfacelamento do mate-rial lenhoso.

Progressivamente chegamao mercado máquinas capa-zes de realizar este esfacela-mento, nas quais os elemen-tos ativos que se utilizam sãotecnologicamente muito di-versos. Além do que as capa-cidades de trabalho são mui-to diferentes, já que podem ser

máquinas dirigidas ao setor in-dustrial, para o aproveitamen-to energético ou elaboraçãode compostos em grande es-cala, mas também para a eli-minação de resíduos em jar-dins públicos e domésticos.

ALTERNATIVAS PARA OESFACELAMENTO DA LENHA

Para realizar o esfacela-mento da lenha podem-se uti-lizar dois tipos diferentes demáquinas: as picadoras e astrituradoras. Ambas são utili-zadas com madeira de baixaqualidade e permitem obterum produto para usos indus-triais, com menos tempo detrabalho, já que se podem pro-cessar os ramos inteiros, semnecessidade de um prévio cor-te com motosserras, embora oconsumo de energia seja pro-porcionalmente mais alto.

Como vantagens desta téc-nica há que destacar o maioraproveitamento da biomassaflorestal, já que ao até 20-30%mais de material, que ficariacomo resíduo quando se apli-cam outros sistemas de pro-

ESPAÇOSVERDES

O ESFACELAMENTODA LENHAANÁLISE DOS PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO DASMÁQUINAS QUE REALIZAM O ESFACELAMENTO DALENHA E AS DIFERENTES OPÇÕES QUE CHEGAM AOMERCADO.

-Desmenuzado de leña 25/1/11 12:44 Página 86

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AGRIWORLD 87

cessamento, o que reduz o ri-co de incêndio, assim como ovolume transportado em re-lação ao dos ramos inteiros.

Também é necessário re-latar algumas desvantagens co-mo:• O mercado do produto ob-

tido é bastante reduzido, jáque das diferentes alternati-vas, como são o material pa-ra painéis de aglomerados,combustível e compostos,somente esta última pare-ce que oferece certas opor-tunidades.

• A elevada demanda depotência, o que obriga o usode máquinas mais robustase de maior custo de aqui-sição, ao mesmo tempo emque necessita de maiorescustos de operação.

• O volume ocupado pelo ma-terial esfacelado é maior queo da lenha cortada em pe-daços, pelo que se aconse-lha o corte em pedaços dosramos grossos e o esfacela-mento dos finos, isto permi-te reduzir o custo de trans-porte.

• A dificuldade para conser-var o material esfaceladoquando a umidade do mes-mo supera o nível de 35-40%. Recomenda-se deixarpassar um tempo desde quese corta até que se proces-se, por exemplo, no verão,embora isto possa aumen-tar o risco de incêndio e adifusão de parasitas.

Os fragmentos de madei-ra obtidos no esfacelamentosão conhecidos como aparas(virutas) ou ‘chips’, com for-mas de paralelepípedo de 6

a 60 mm de comprimento, di-mensões que se podem modi-ficar pela regulagem dos me-canismos das máquinas. É im-portante a homogeneidade doproduto e se aconselha queo tamanho para utilização

energética (caldeiras) se man-tenha ao redor de 20-25 mm,enquanto que para composta-gem é melhor um tamanhomenor (8-12 mm) embora seadmita maior irregularidade.

O emprego destas máqui-nas é condicionado pelas ca-racterísticas do material de ba-se, espécie, umidade, pro-porção de córtex e de folha.Assim, para produzir aparaspara a fabricação de painéisde aglomerados não se podemutilizar plantas completas.

PRINCÍPIOS DEFUNCIONAMENTO

O esfacelamento pode serconseguido de duas formas di-ferentes: picando ou trituran-do, o que se realiza com me-canismos diferenciados e dá

lugar a características diferen-tes no produto elaborado.

O picamento se baseia nocorte da madeira em direçãoperpendicular à fibra, o queobriga a utilizar sempre umdispositivo cortante ou faca.

A trituração não produz ocorte da madeira, mas tambéma esfacela mediante pressio-namento, desfibramento e cho-que, o que permite utilizar dis-positivos ativos como marte-los, rotores e hélices.

O picamento, por seu pró-prio conceito, consome me-nos potência e oferece maiorcapacidade de trabalho; se re-aliza com máquinas menospesadas, obtendo-se um pro-duto mais homogêneo, embo-ra os elementos de corte se-jam mais delicados e as ava-rias e os desgastes aumentamquando a biomassa vai acom-panhada de terra, pedras ouelementos metálicos.

A causa da maior produ-tividade das picadoras é a con-cepção da máquina para con-seguir um fluxo linear do ma-

-Desmenuzado de leña 25/1/11 12:44 Página 87

Page 88: Agriworld edição 3

terial que a atravessa (alimen-tação, corte, expulsão), embo-ra a alimentação com mate-rial heterogêneo, e de manei-ra irregular, pode dar lugar aobstruções; para obter apa-ras regulares se necessita ali-mentá-las com material ho-mogêneo.

Nas trituradoraso fluxo é menos di-reto e, portantomais lento; necessi-ta-se que a máqui-na tenha tempo pa-ra ‘digerir’ o que en-tra nela, embora assobrecargas pon-tuais não provo-quem interrupçõesdo processo e admi-tem material mui-to heterogêneo; afragmentação é he-terogênea em di-mensões, e por issode pior qualidade.

É necessário le-var em conta a pe-riculosidade poten-cial dos dispositi-vos de picamentoe trituração, tantopelo risco de aprisionamen-to, como pela projeção de par-tículas, o que obriga a contarcom as correspondentes pro-teções.

AS PICADORAS PARAMATERIAL LENHOSO

A base do funcionamentodas picadoras é, geralmente,um rotor no qual se situam aslâminas. O eixo do rotor mon-tado sobre rolamentos se acio-na com um motor próprio ou

utilizando a transmissão a par-tir da tomada de potência dotrator, sempre protegida poruma embreagem.

Do mesmo modo queacontece com a maquinariapara o picamento da forragem,as lâminas podem ser coloca-das radialmente sobre um ci-

lindro estreito ou volante, ousegundo a geratriz de um ci-lindro largo ou tambor. As pri-meiras se designam como pi-cadoras de volante, enquantoque as segundas como pica-doras de tambor.

As picadoras de volanteNas picadoras de volante

utilizam-se de 2 a 4 lâminasradiais colocadas em um pe-sado volante de aço, com diâ-metro mínimo de 80 cm, que,dotado de perfurações, permi-

te a passagem do material pi-cado até a parte posterior. Nafrente do volante se encontraum apoio que atua como con-tra-faca, assim como, em al-guns casos, elementos de ali-mentação, que ajudam oavanço progressivo dos ramos.

A lenha chega ao disco demaneira oblíqua,assim o corte seproduz em ‘bicode flauta’; isto seconsegue porquea alimentação serealiza em ânguloem relação ao pla-no do volante, ouporque o eixo des-te se encontra in-clinado em re-lação à horizontal(40-45°).

As picadoras detambor

Nas picadorasde tambor o cilin-dro é largo, comum diâmetro mí-nimo de 30 cm,embora geralmen-te seja muito

maior à medida que aumen-ta a potência das máquinas, ecom o eixo horizontal, estan-do as lâminas, em número va-riável entre 1 e 4, situadas nasuperfície. A posição das lâ-minas pode ser modificada pa-ra variar o grau do picado; tam-bém influencia no picamentoa velocidade de alimentação.

Elementoscomplementares

A alimentação das pica-doras se realiza a partir de uma

AGRIWORLD88

ESPAÇOSVERDES

Para realizar o esfacelamento da

lenha podem-se utilizar dois tipos

diferentes de máquinas:

as picadoras e as trituradoras

-Desmenuzado de leña 31/1/11 12:06 Página 88

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AGRIWORLD 89

boca de seção retangular, masmais ampla na entrada que nasaída, que permite a passagemda lenha empurrada a mão,embora também podem seremutilizadas gruas hidráulicas,ou esteiras transportadoras,nos modelos médios e gran-des.

A entrada da lenha no dis-positivo de picamento podeser por gravidade ou por cilin-dros alimentadores em senti-do contrário, acionados am-bos ou somente um deles. Oemprego da alimentação força-da, com dois cilindros aciona-dos oferece uma alimentaçãomais uniforme, com isso o pi-cado é de mais qualidade.

A expulsão do material pi-cado é realizada por um ven-tilador, geralmente formandoparte do próprio volante ou docilindro picador.

De outro modo, a situaçãorelativa da boca de carrega-mento em relação com o eixolongitudinal da máquina seadapta ao tipo de trabalho; as-sim, para picado de materialalinhado prefere-se a boca deentrada longitudinal, enquan-to que para alimentar as pica-doras situadas num veículo émais apropriado a entradatransversal.

Em função do tamanho dapicadora se recorre a diferen-tes sistemas de deslocamento:engatadas no sistema de trêspontos do trator, as pequenas,e semi- suspensas ou arrasta-das, as grandes. Também seencontram equipamentos pa-ra sua colocação sobre a pla-taforma de um veículo, no qualse encontra a caixa onde se ar-

mazena o produto picado, oque permite realizar o proces-so deslocando-se pela flores-ta, se a topografia permite; nes-tes casos se costuma utilizaruma grua para alimentar a pi-cadora.

Demanda de potência parao picado

A potência necessária pa-ra uma picadora depende dodiâmetro dos troncos que re-cebe. Pode-se utilizar para cal-culá-la, de modo aproximado,a seguinte expressão matemá-tica, baseado em uma madei-ra tipo conífera ou álamo e se-

ca (2 a 3 meses depois de cor-tada):

N = (f/5 + 1) x f

Sendo:N = Potência em CVf = Diâmetro maior dos ramosem cm

O valor da expressão (f/5+ 1) varia entre 2 e 7 já que éo resultado de dividir o diâme-tro dos troncos maiores por 5e somar 1, o que faz que paraum tronco de 5 cm a expressãovalha 2 e para um tronco de 30cm a expressão valha 7.

Para madeiras mais den-sas e duras, esta potência seaumenta em 10%. Do mesmomodo, com a lenha recém cor-tada, se produz uma reduçãode 5% e um aumento de 5%com a lenha armazenada du-rante longo tempo.

Em função da potência po-dem-se estabelecer três cate-gorias de picadoras:• Pequenas, com potência

abaixo de 40 kW, que per-mitem o picamento de tron-cos até 20 cm de diâmetroe proporcionam uma capa-cidade de trabalho de 20 to-neladas na jornada diária.

-Desmenuzado de leña 25/1/11 12:44 Página 89

Page 90: Agriworld edição 3

AGRIWORLD90

• Médias, com potência demotor entre 40 e 100 kW,com capacidade para picartroncos até 30 cm de diâme-tro, que processam de 20 a50 toneladas na jornada diá-ria.

• Grandes, com potência demais de 100 kW, para o pi-camento de troncos de maisde 30 cm de diâmetro e ca-pacidade que supera as 50toneladas por dia.

AS TRITURADORASA estrutura da máquina é

similar a de uma picadora, em-bora um pouco mais simplese sempre mais robusta.

Em função do sistema detrituração podem estabele-cer-se dois grupos: as quedispõem de órgãos rotantesde alta velocidade, nas quaiso esfacelamento é feito pormarteladas, as de elementosque trabalham a baixa velo-cidade, nas quais se utiliza o

esmagamento e ruptura da fi-bra.

Dentro do primeiro grupose utiliza martelo, discosexcêntricos e lâminas horizon-tais, enquanto que no segun-do se empregam os tamboreshorizontais e as mordaças do-tadas de movimento alterna-tivo.

Sistemas com elementosrotantes de alta velocidade

No caso do triturador demartelos, estes se encontramunidos ao rotor de maneira ar-ticulada e saem para o exteriorpor efeito da força centrífuga,podendo retrair-se depois doimpacto se o material golpe-ado não se rompe completa-mente, dando passagem à açãodo martelo seguinte.

Nos sistemas de trituraçãomediante discos excêntricos,o rotor é formado por uma su-cessão de discos circulares ediscos excêntricos que traba-lham contra um elemento fi-

xo com perfil apropriado, demodo que se produz o esma-gamento da madeira quandomuda o ângulo de rotação docilindro.

Sistemas com elementosque se deslocam a baixavelocidade

Os trituradores de lâminashorizontais são formados poruma hélice de eixo vertical quegira sobre uma grade fixa deelementos radiais que atuamcontra a lâmina; a madeira épresa entre a hélice e os ele-mentos da grade e triturada porum efeito de tesoura. Este sis-tema se utiliza frequentemen-te em trituradores para uso do-méstico, nos quais a alimen-tação se realiza pela parte decima de um tubo vertical emforma de chaminé. Nestes equi-pamentos se incorpora uma en-trada lateral para ramos maisgrossos, nas quais o esfacela-mento se realiza por picamen-to mediante lâminas, coloca-das lateralmente no rotor.

Os trituradores de tamborsão compostos de dois cilin-dros, ou tambores, providosde dentes que atuam girandoem sentido contrário, o quearrasta o material que se põeem contato com eles, fazen-do que passem ao outro lado,com o conseguinte efeito deesmagamento e laceramentoda madeira.

Os trituradores de mor-daça, ou tesoura, são forma-dos por duas grades articula-das colocadas em ‘V’, dotadasde movimento alternativo. Omaterial que recebem pela par-te superior é triturado pelas gra-

ESPAÇOSVERDES

-Desmenuzado de leña 25/1/11 12:44 Página 90

Page 91: Agriworld edição 3

AGRIWORLD 91

des quando se fecham uma so-bre a outra. Ao abrir-se de no-vo se repete o ciclo até que omaterial é triturado até um ta-manho menor ao de separaçãoentre os elementos das redes.

Elementos auxiliaresA alimentação dos ele-

mentos trituradores pode fa-zer-se por simples queda, oumediante uma esteira trans-portadora que é alimentadamediante um carregador, gruaou braço hidráulico. É impor-tante a alimentação do tritu-rador em toda sua zona ati-va. Para dar saída ao materialtriturado se recorre a esteirastransportadoras que descarre-gam em montes ou diretamen-te na entrada de armazena-mento.

Os equipamentos adequa-dos para sua utilização emgrande escala costumam sermáquinas de grandes di-mensões com acionamentopróprio, já que requerempotências entre 130 e 170 kW.É freqüente a construção emforma de reboque, cuja cai-xa atua como bocal de alimen-tação que vai enchendo me-

diante uma pá carregadora in-tegrada num trator.

Em geral, o material obti-do com as trituradoras é bas-

tante irregular, por isso seadapta melhor à produção decompostagem, para a queimae outros usos industriais. A re-gulagem da alimentação damáquina permite melhorar ahomogeneidade do materialtriturado; se é necessário, comuma passada dupla pela má-quina a homogeneidade po-de ser aumentada.

CONCLUSÃOPode-se dizer que as es-

faceladoras, picadoras são má-quinas de concepção relativa-mente simples, embora fabri-cadas com materiais de altaqualidade, então para elas é

previsível um mercado em ex-pansão.

Das diferentes alternati-vas que tornam possível o es-facelamento, as que se ba-seiam no picamento, pela uni-formidade de material proces-sado, são mais adequadas pa-ra o aproveitamento energé-tico da lenha, mas especial-mente para uso industrial damesma, enquanto que as quese baseiam na trituração seadaptam preferentemente àprodução de compostagem,admitindo sem problemas ma-teriais pouco homogêneos ecom impurezas.

São máquinas que, emqualquer de suas opções, de-mandam elevada potência, porisso se aconselha que estejamdotadas de seu próprio motor,embora se possam utilizar umatransmissão de um veículo au-xiliar ou arrastadas por um tra-tor.

Nos equipamentos degrande capacidade de traba-lho convém mecanizar o pro-cesso de alimentação median-te gruas auxiliares ou sistemasde transporte contínuo.

A todo momento se devecuidar a segurança no traba-lho, dado o elevado risco deaprisionamento e de danos porprojeção de partículas.❏

o material obtido com as trituradoras se

adapta melhor à produção de

compostagem, para a queima e outros

usos industriais

-Desmenuzado de leña 31/1/11 12:07 Página 91

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AGRIWORLD92

A39ª edição da Esposi-zione Internazionale diMacchine per l’Agri-

coltura (EIMA) supôs a tercei-ra convocatória desde que em2006 se converteu em bienale acrescentou em sua deno-minação o termo ‘Internatio-nal’, que define com perfeiçãoum encontro de marcado ca-ráter global.

No recinto da feira de Bo-lonha se respira negócio emtorno do mundo do campo.Nos dois últimos dias, coinci-dentes com o fim de sema-na, os pavilhões inundaram-se de usuários finais interes-sados nas máquinas expostas,

mas as três primeiras jornadas,também com uma importan-te presença de agricultores eestudantes, ofereceram umambiente originalmente dife-rente, com predomínio de di-retores e empresários interes-sados na fabricação ou dis-tribuição.

A Associação Italiana de Fa-bricantes de Máquinas Agríco-las (Unacoma), promotora docertame, e a organizadora, Una-coma Service, começaram a tra-balhar na confecção da mostradurante a segunda metade de2009. A conjuntura econômi-ca deixou-os muito preocupa-

FEIRAS

EIMA (Bolonha, Itália, 10-14 de novembro) voltou areforçar seu caráter internacional na edição de2010

NEGÓCIO GLOBAL

SE ALGO TEMCARACTERIZADO A EIMA EMSUAS 39 EDIÇÕES É SEU CARÁTER GLOBAL.A EDIÇÃO DE 2010 ACENTUOU ESSE PERFIL COM 500EXPOSITORES E MAIS DE 26.000 VISITANTESPROCEDENTES DE 140 PAÍSES.

Um pequeno Smart com uns grandes pneus Trelleborg.

-EIMA 31/1/11 12:12 Página 92

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AGRIWORLD 93

dos porque os mercados mos-travam baixa de dois dígitos eoutras feiras viam seriamentereduzida a participação e in-clusive algumas foram cance-ladas. Mas, como explicou oAdministrador Delegado daUnacoma Service, GuglielmoGandino, desde então se obser-

vou uma certa recuperação daconfiança que terminou refle-tindo-se em uma EIMA commais de 1.600 expositores (500estrangeiros) e 105.000 m2 desuperfície original, sobre um to-tal de 200.000 m2 de superfí-cie utilizada.

A medida que se aproxi-mava a data da feira, o inte-resse em todo o mundo pelocertame foi crescendo e, final-mente, participaram 47 dele-gações chegadas de várioscontinentes, representaçõesde 37 países, com mais de 270delegados. O público voltoua responder e, segundo as ci-fras facilitadas pela organi-

zação, foram registrados166.400 visitantes, 18% maisque em 2008, o que consti-tui um novo récorde. Dessepúblico, 16% (26.300) foramde 140 países.

O amplo leque de setoresrelacionados com a agricultu-ra foi se desenvolvendo ao lon-go do tempo, no que se pode-ria denominar ‘mini-feiras’ in-cluídas no espaço da EIMA.Isso terminou provocando acriação de três Salões ‘temá-ticos’:• EIMA Componenti, que em

sua segunda edição reuniua 700 expositores numa áreade 23.000 m2.

• EIMA Energy, dedicada àsfontes de energia renová-veis, com presença de 100empresas expositoras e re-forçada este ano com a pre-sença da ENAMA, entidadede referência na Itália paraa certificação de máquinasagrícolas, que desenvolvejunto ao Governo um im-portante projeto sobre bio-massa.

• EIMA MiA, que celebrou suaprimeira edição dedicando-se aos diferentes serviçosvinculados à agricultura.

2006 2008 2010Visitantes

Total 133.600 140.482 166.400Estrangeiros 18.000 22.509 26.300

Superficie original (m2) 103.000 105.000 105.000Expositores

Total 1.800 1.600 1.600Estrangeiros 465 400 500

(40 países)

Motores da AGCO Sisu Power.

ADR Group apresentou o novo eixo Dual Mode.

-EIMA 31/1/11 12:12 Página 93

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AGRIWORLD94

O programa de atividadesresultou particularmente in-tenso, com mais de 60 inicia-tivas de índole técnica, econô-mica, política, financeira, etc.relativas ao mundo da meca-nização agrícola. A presençae participação de importantespersonalidades de diferentesâmbitos, incluído o político anível comunitário, vem con-firmar o importante papel quea EIMA desempenha no cená-rio global.

Ángel PérezBOLOGNA (ITALIA)

FEIRAS

EIMADOWNTOWNLOUNGEUma das principais novidades quea edição 2010 da EIMAapresentou a nível organizativose encontrava fora do recinto dafeira. Num dos lugares maisemblemáticos da cidade deBolonha, no Palazzo Re Enzo, foidedicado um espaço paracelebrar reuniões de alto nívelempresarial que requerem umcenário ‘especial’. A intenção foioferecer, longe dos pavilhões daexposição, uma atmosferaelegante e um conforto absolutoque favorecesse as relaçõescomerciais.

SETOR “VITAL”PARA AREATIVAÇÃOINDUSTRIALO ministro italiano de PolíticaAgrícola, Alimentar e Florestal,Giancarlo Galán, chegou aBolonha em 10 de novembropara proceder à inauguraçãooficial da EIMA. Antes de efetuarum recorrido pelo certame, edepois de haver entregado osprêmios do concurso Tractor ofthe Year, manifestou que “nãose pode pensar que não sejamdestinados fundos à agricultura”.“O setor de maquinaria agrícolanecessita ser apoiado porque évital para a reativação industrial,que investe muito em pesquisa ena inovação”, acrescentou.

A EXTENSÃO DAS PARCELAS AGRÍCOLASA superfície das parcelas agrícolas é um fator determinante para suamecanização. Esta é uma das conclusões oferecidas na conferência sobre a‘Combinação de desenvolvimento entre a agricultura e a indústria damecanização agrícola na Itália’, onde se detalhou que a média das fazendasalcança os 53 hectares no Reino Unido, 46 ha na Alemanha, 41 ha na Françae somente 8 ha na Itália.“O setor da mecanização tem um ânimo dobrado: vive plenamente a realidadeda indústria e também a realidade do mundo agrícola, ligado aos destinospróprios do setor primário, aos efeitos da política agrícola nacional ecomunitária e à busca do rendimento”, assinalou Massimo Goldoni, presidenteda UNACOMA, a patronal dos fabricantes italianos de equipamentos agrícolas.“Enquanto que por um lado se insiste na necessidade de desenvolver soluçõesconstrutivas para reduzir as emissões nocivas, por outro, 80% dos tratoresitalianos (cerca de 1,5 milhões) seguem com a tecnologia dos primeiros anosda década de 90”, acrescentou o diretor.

A Landini segue renovando a série de tratoresMistral.

A John Deere Water é a divisão especializada emirrigação da multinacional.

A EIMA desenvolve demonstrações nos exterioresdo recinto da feira.

-EIMA 31/1/11 12:12 Página 94

Page 95: Agriworld edição 3

AGRIWORLD 95

OBrasil é um dos merca-dos agrícolas que mos-

tra maior crescimento em to-do o mundo. As vendas de ma-quinas estão disparadas e, por-tanto, as possibilidades de ne-gócio aumentam. Já são mui-tas as empresas estrangeiras,entre elas as européias, pre-sentes no país, seja de formadireta, seja através de acordos(joint-ventures) com fabrican-tes e/ou distribuidores nacio-nais.

Já que as previsões assina-lam que esta tendência extra-ordinariamente positiva conti-nuará durante um tempo, naEIMA se ofereceu um semi-nário para informar sobre a si-tuação atual da economia bra-sileira e, ao mesmo tempo, ofe-recer os melhores mecanismosde acesso a seu mercado. E pre-cisamente foi a joint-venture avia aconselhada, devido àcriação de uma completa es-

trutura tributária e financeiraque dificulta a exportação. Defato, alguma grande multina-cional demorou quase um anoe meio para solucionar os trâ-mites burocráticos necessáriospara comercializar seus pro-

dutos fabricados em outras re-giões do planeta.

O analista econômico ita-liano Nicola Minervini prota-gonizou a primeira parte doseminário com uma conferên-cia na qual aconselhou “hu-mildade para enfrentar um pe-ríodo extremadamente com-petitivo”, deduzindo do quedenomina a “lógica ociden-tal”. Humildade no desenvol-vimento dos objetivos, massendo “ambiciosos” nas pro-postas. “A Europa é um mer-cado neste momento satura-do, enquanto que o Brasil es-

tá em expansão”, assinalou oespecialista. “Mas não é umpaís ‘low cost’ e requer umapresença direta na proprieda-de”, acrescentou.

O segundo palestrante foio presidente da Câmara Seto-

rial de Máquinas e Implemen-tos Agrícolas, pertencente a ABI-MAQ, a Associação Brasileirade Indústria de Máquinas eEquipamentos que, como já ha-via sucedido na edição ante-rior, participou na EIMA comum estande conjunto entre vá-rios fabricantes do país. CelsoCasale detalhou os númerosatuais do mercado agrícola bra-sileiro e animou os fabricanteseuropeus a se favorecerem doPlano de Aceleração do Cres-cimento (PAC) ao que o Gover-no destina uma importantequantidade econômica.

Celso Casale, presidente da Câmara Setorial deMáquinas e Implementos Agrícolas do Brasil.

BRASIL, A OPORTUNIDADE SUL AMERICANA

O Administrador Delegado da UNACOMA Service, Guglielmo Gandino, abriu o seminário oferecido porNicola Minervini.

“Brasil não é um país ‘low cost’ e requer

uma presença direta na propriedade”

-EIMA 31/1/11 12:12 Página 95

Page 96: Agriworld edição 3

Num cenário de marcadocaráter internacional co-

mo é a EIMA, não poderia fal-tar uma análise da situaçãodos mercados mundiais. Osnúmeros são redondos : en-quanto que a Europa e os Es-tados Unidos seguem sofren-do os efeitos da crise econô-mica, as vendas de tratores dis-param na Índia, China e Bra-sil, onde caminham a um rit-mo sem precedentes.

Somente na Índia, onde asvendas cresceram 30% nos trêsúltimos anos, foram vendidasmais de 400.000 unidades em2009, quase o triplo que nosEstados Unidos e Europa. Omercado chinês se calcula quefechou 2009 com 300.000 veí-culos, com um crescimentonos últimos três anos de 50%,enquanto que no Brasil, queem 2009 chegou a 45.000 uni-dades registradas, mostra umcrescimento em 2010 que su-pera 40% com uma estimati-va final de 60.000 tratores.

O panorama é notavel-mente diferente nos países oci-dentais. Os Estados Unidos fe-charão o ano em torno aos155.000 tratores, uma cifra si-

milar a de 2009 quando so-freu uma dura queda em re-lação às 200.000 unidades re-gistradas em 2008.

Na Europa as coisas irãoainda pior, porque a tendên-cia segue baixando. Das186.000 unidades de 2008 sepassou às 160.000 em 2009,para reduzir-se aos 140.000tratores como cifra estimadapara este ano. Nos primei-ros nove meses do ano, asvendas de tratores na Françacaíram 28,7%, na Alemanha11,7% e no Reino Unido12,6%. Na Itália, no perío-do janeiro–outubro as matrí-culas de tratores caem 14,5%,13,6% em colheitadeiras e8,7% em motocultores. Parao ano de 2010 serão de24.000 tratores, diante dosmais de 27.000 registradosem 2009.

Todos estes dados foramexpostos e valorizados pelopresidente da Associação Ita-liana de Fabricantes de Má-quinas Agrícolas, MassimoGoldoni, que observa um in-teresse crescente nos novosmercados e uma redução dasexpectativas na Europa, espe-

AGRIWORLD96

FEIRAS

“SAÍDA DO TÚNEL DA CRISE”Uma das personalidades que visitaram a EIMA foi o presidente da Comissão deAgricultura da Câmara de Deputados italiana, que disse que “os números daEIMA Internacional 2010 demonstram que se começa a observar a saída dotúnel da crise”. Paolo Russo participou na conferência ‘Agricultura e Indústria:uma combinação para o desenvolvimento’.

cialmente na Itália, onde caiua rentabilidade e se está pro-duzindo uma redução cons-tante do número de empresas.Somente durante o período de2003 a 2007 desapareceram14,5% das propriedades e atendência negativa se man-tém. “Para os produtores quequeiram manter-se ativos ecompetitivos no mercado, amecanização desempenha umpapel muito importante por-que favorece a eficiência daprodução e a qualidade doproduto”, afirmou Goldoni.“Uma redução da mecani-zação em termos de volumedeve corresponder-se com umaumento do nível tecnológi-co da frota, e isto requer a in-tensificação de políticas deapoio à renovação do parque,com uma perspectiva que vaimais além dos incentivos e pla-nos regionais de desenvolvi-mento agrícola que incluemnovas ferramentas relaciona-das com as políticas dirigidaspara preservar o meio ambien-te e a melhorar a segurança”,concluiu o presidente da Una-coma.

OS MERCADOS EMERGENTESILUDEM A CRISE

Massimo Goldoni,Presidente daUNACOMA.

-EIMA 31/1/11 12:12 Página 96

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AGRIWORLD 97

As feiras são utilizadas pelos fabricantes pa-ra apresentar seus produtos mais inova-

dores. Muitos destes produtos, embora não to-dos, são apresentados aos concursos de ‘no-vidade técnica’.

As características da feira, e o grau de im-plicação das empresas com o país no qual secelebra, orientam os fabricantes, dando prio-ridades na apresentação de seus novos pro-dutos. Em todas as feiras se exige que o pro-duto apresentado ao Concurso esteja sendoapresentado e exposto pela primeira vez. Nocaso da EIMA, costumam apresentar produ-tos ao concurso de ‘Novidade Técnica’ osgrandes grupos industriais fortemente vincu-lados com a Itália, como a New Holland,Landini e Same, mas também fabricantesde tipo médio, implantados no mercado ita-liano.

No âmbito dos tratores algumas das ino-vações premiadas estão relacionadas com a‘segurança’, como o sistema Landini Safe, apre-sentado pelo Grupo ARGO. Oferece um con-trole dinâmico em tempo real das condiçõesde estabilidade do trator, monitorando os parâ-metros de marcha do trator que podem ter umainfluência sobre o risco de capotamento, avi-sando imediatamente ao tratorista de que seaproxima o limite de estabilidade. Os avisosdiferenciam as causas pelas quais se produzi-

rá o capotamento para que o condutor possaevitá-lo (raio de giro em ladeira, falta de las-tre frontal, etc.).

Em uma linha semelhante, a Carraro Spa,oferece um ‘equipamento especial de segu-rança’ para tratores agrícolas, com um arcode segurança abatível, que se pode elevar des-de o posto de condução quando se recebeuma advertência de risco de capotamento. Domesmo modo, inclui um sistema para a co-locação do cinto de segurança e um interrup-tor, de parada instantânea do motor e da to-mada de potência, situado na lateral do tra-tor.

Outro prêmio outorgado foi para o tratoragrícola hidrostático polivalente Trifrut, da em-presa Facma Srl, com estrutura triciclo, espe-cialmente projetado para a fruticultura em zo-na de montanha. Seu centro de gravidade émuito baixo, para dar-lhe estabilidade emladeiras, e está dotado de uma estrutura de se-gurança fixo. Sua transmissão hidrostática pro-duz a frenagem automática no momento quedeixa de ser acionado o controle de ‘movi-mento’.

No segmento de mercado de máquinasautopropelidas se premia a colhedora de uvaNew Holland Braud 9000, que introduz umsistema eletrônico que permite melhorar a pro-dutividade no trabalho. Inclui o sistema de

AS PRINCIPAIS NOVIDADES TÉCNICAS

Carraro: Equipamento especial de segurança.

Argo Tractors: Sistema de aviso em condições de instabilidade do trator (Landini SAFE).

-EIMA 31/1/11 12:12 Página 97

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controle que permite separar automaticamen-te duas qualidades de uva sem interromper acolheita. Também se premia com NovidadeTécnica o sistema Intellifill das picadoras deforragem New Holland da Série 9000, premia-do nas passadas Agritechnica e FIMA, que con-trola o enchimento do reboque sobre a ima-gem tridimensional da caixa.

No âmbito de piloto automático utilizan-do sistemas GPS-GNSS, foi premiada a Top-con, por seu volante elétrico AES 25, que per-mite a pilotagem de tratores e máquinas au-topropelidas, também premiado na passadaFIMA. As características pelas que se pre-mia são a facilidade que oferece para subs-tituir o volante de série nos tratores e má-quinas autopropelidas, sem interferir na er-gonomia da cabine. Dispõe de uma antenapara recepção do sinal dos satélites, que sesitua no teto da cabine, e um módulo de con-

trole do motor elétrico situado entre o volan-te e o eixo da direção. A ação do condutorsobre o volante sempre tem prioridade nocontrole da direção.

Em maquinaria autopropelida para apli-cações especiais se premiou o Grupo Orsipor sua plataforma auto- niveladora e poli-valente para a colheita de fruta. Todos os

controles da máquina são feitos por comuni-cação eletrônica sem fios, e a transmissão éhidrostática com rodas independentes que per-mitem nivelar a plataforma automaticamen-te quando se desloca pelo solo em ladeira.

Na área de aplicação de fitossanitários sedestaca a Arag Srl, por suas válvulas elétri-

FEIRAS

Facma:Trator agrícola hidrostático polivalente

Trifrut com estrutura triciclo.

Grupo Orsi: Plataforma auto niveladora e polivalente para a colheita de fruta.

New Holland: Vendimiadora Braud 9000 e sistema Intellifill das picadoras deforragem da Série 9000.

Topcon: Volante elétrico AES 25 para a pilotagem de tratores e máquinasautopropulsadas.

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cas motorizadas para a abertura e fechamen-to de cada uma das pontas situadas sobre abarra de pulverização. O acionamento da vál-vula se realiza mediante um motor elétricoque atua diretamente sobre a membrana dodispositivo anti- gotejamento. Um sistema in-tegrado da CAN-BUS controla de forma inde-pendente cada válvula, com um cabo de qua-tro fios para a alimentação elétrica e a trans-missão do sinal de controle de todos os ele-mentos da barra.

A empresa Agricolmeccanica Srl foi pre-miada pelo pulverizador em túnel com dis-positivo de recuperação da calda projetadopara aplicações na parte baixa dos cultivosem linha com uma altura máxima de 3,30 m.A recuperação da calda que sobra permite re-duzir a 1/3 o consumo de produtos fitossa-nitário nestas aplicações. Outra das empre-sas premiadas foi a Nobili Spa, por seu pul-verizador hidropneumático Octopus doble,que incorpora dois circuitos de distribuiçãopara aplicar simultaneamente dois produtosfitossanitários diferentes, que não podem sermisturados e que se necessita aplicar em di-ferentes zonas da vegetação.

Também no segmento de mercado de cui-dado e proteção de plantas se premiou o sis-tema integrado de gestão para a viticultura deprecisão, realizado de maneira combinadapelas empresas Same Deutz-Fahr e Spezia Srl,que permite realizar o desfolhamento da vi-deira controlado desde o trator utilizando osistema ISO-BUS, baseado num mapa prévio

de vigor da vegetação e do sistema de posi-cionamento mediante GPS.

Entre os sistemas de engate para imple-mentos se destaca o dispositivo apresentadopela empresa Arriza Giuseppe, que permiteo trabalho tanto entre a fila como na fila comcultivos em linha, mantendo a independên-cia entre os elementos que incorpora em ca-da uma das posições.

No âmbito da colheita de forragem, foipremiado o sistema mecatrônico AJC (Acti-ve Jump Control) desenvolvido pela empre-sa Commer Industries e instalado sobre umasegadora de forragem de Feraboli. O sistemade controle ativo da cinemática da máquinainclui um mola e um amortecedor, junto comacelerômetros unidos ao sistema de contro-le que permite variar eletronicamente o coe-ficiente de amortecimento em função das ace-lerações e da velocidade do trator. A máqui-na com este dispositivo se adapta continua-mente à superfície do terreno a altura cons-tante e sem oscilações.

Do mesmo modo foi premiada a empre-sa Ferri Slr por seu dispositivo de controleda estabilidade do conjunto roçadora late-ral RBS (Reach Balance System), que permi-te que o condutor receba informação pre-ventiva do risco de capotamento. Para issose utiliza a informação correspondente à ge-ometria do braço, junto com a determinaçãoda inclinação do trator. O condutor recebeesta informação de forma visual e acústica.❏

Arriza Giuseppe: Sistemas de engate de implementos para trabalhos entre fila.

Ferri: Dispositivo de controle da estabilidade do conjunto braço-roçadora lateral RBS.

-EIMA 31/1/11 12:13 Página 99

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AGRIWORLD100

A TECNOLOGIAAGRÍCOLA

Introdução

Não há como referir-se a este tema, sem lembrara figura do Professor Luiz Geraldo Mialhe, aquem atribuímos grande parte dos conheci-

mentos sobre assunto no nosso país. Por ele e por suaspublicações, muitos de nós tivemos acesso à infor-mações sobre este complexo sistema de avaliação. Osensaios oficiais são provas ou experimentações de umamáquina realizadas por uma instituição credencia-da, com o objetivo de avaliar o desempenho desta,sob determinadas condições (Norma oficial de Ensaio).

A exemplo de outros países, o Brasil teve duran-te um bom período, aproximadamente entre 1937 a

PERSPECTIVA DE ENSAIOSDE MÁQUINAS AGRÍCOLASNO BRASIL

POR QUE ENSAIAR MÁQUINAS?EM MUITOS CASOS A MELHORRESPOSTA É: FORNECERINFORMAÇÕES CONFIÁVEISPARA A HOMOLOGAÇÃO OUCERTIFICAÇÃO DODESEMPENHO DE UMAMÁQUINA AGRÍCOLA. MAS NOSÚLTIMOS ANOS O BRASILCONSOLIDOU-SE COMO UMAPOTÊNCIA MUNDIAL NAFABRICAÇÃO DE TRATORES EMÁQUINAS AGRÍCOLAS E OOBJETIVO É BUSCAR AQUALIFICAÇÃO DE PRODUTOS,PROCURANDO MERCADOSCOMPRADORES, QUE EXIJAMQUALIDADE E, NESTE SENTIDO,OS ENSAIOS E OS PROCESSOSDE CERTIFICAÇÃO PODERÃOSER MUITO IMPORTANTES.

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AGRIWORLD 101

1990, um sistema de avaliaçãode máquinas agrícolas, sob adiretriz do Ministério da Agri-cultura, exercido pelo ex-Cen-tro Nacional de EngenhariaAgrícola. No Estado de SãoPaulo, outro órgão que atua-va nessa área era a antiga Di-visão de Engenharia Agrícolado Instituto Agronômico. Am-bas as instituições tiveram em1985 o reconhecimento do IN-METRO para a realização deensaios de tratores agrícolas.Na década de 90 após ter re-alizado cerca de 500 ensaiosde tratores, 300 ensaios de má-quinas de preparo do solo, etc.,o CENEA foi extinto, quandoda criação do Ministério deAgricultura e Reforma Agrária(MARA), no governo de Collorde Mello. Toda uma estruturaexcelente, equipe técnica al-tamente treinada e capaz foideixada de lado, perdendo oreconhecimento internacio-nal, duramente conquistado.

O que caracteriza os en-saios oficiais é a existência denorma oficial, a disponibilida-de de instalações e equipa-mentos exigidos, o credencia-mento oficial do órgão e o trei-namento e formação da equi-pe técnica.

Um ensaio pode ser subs-tituído, nos países em que nãoesteja sendo exigido, pela uti-lização de maneira sistemáti-ca, isto é, os fabricantes ven-dem as máquinas aos usuá-rios, estes as utilizam e for-necem informação de quali-dade que chega aos fabrican-tes que aperfeiçoam os seusprodutos ou os retiram do mer-cado. Esta sistemática tem si-

do utilizada no Brasil. É umprocedimento caro e que temos custos absorvidos totalmen-te pelos usuários (agricultores).

Em geral, os fabricantes gos-tam de conhecer o comporta-mento dos produtos, antes delançá-los comercialmente e nes-te sentido, os mais criteriosos esérios, desenvolvem protótipose acompanham seu trabalho acampo. Modernamente a maio-ria dos grandes fabricantes (pro-jetistas) busca ferramentas demodelização e simulação, quepossibilitem economia de tem-po e recursos financeiros, an-tes do lançamento de qualquerproduto no mercado.

É comum se fazer a pergun-ta: Por que ensaiar máquinas?Em muitos casos a melhor res-posta é: Fornecer informaçõesconfiáveis para a homologaçãoou certificação do desempe-nho de uma máquina agrícola.

Entre estas informações,para o consumidor é impor-tante receber dados sobre:

• Rendimento da máquina: Oque máquina pode fornecer,quando submetida ao tra-balho, em termos de quan-tidade e qualidade (eficiên-cia);

• Qualidade do produto: Qualo nível de qualidade desteproduto, tanto no ponto devista da ergonomia e da se-gurança, como na confiabi-lidade mecânica;

• Dados técnicos da máqui-na: Tomados de forma im-parcial, para possibilitar aformação de um materialtécnico adequado e confiá-vel (manuais, catálogos, fol-hetos, etc.);

• Características particularesque vão servir de base pa-ra a seleção de equipamen-tos;

O papel da normalizaçãoPara ensaiar máquinas o

primeiro passo é possuir umsistema normalizado, com pro-

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cedimentos padrões para ca-da tipo de máquina. Esta nor-malização compreende umprocesso que vai desde a pa-dronização das tolerâncias dasmedidas, dos procedimentosde avaliação, de especificaçõestécnicas, critérios de aceitação,terminologia, classificaçõesaté procedimentos de apresen-tação dos resultados. No Bra-sil isso ocorre através da As-sociação Brasileira de NormasTécnicas. A normalização téc-nica exerce um papel funda-mental para a melhoria e uni-formidade dos produtos.

O setor de máquinas agrí-colas, entretanto, não está bemorganizado nesse campo. Ra-ras Comissões de Estudo estãoformadas: a de máquinas e im-plementos para aplicação dedefensivos, a de comunicaçãoe eletrônica embarcada e a detratores agrícolas. As duas pri-meiras, que pertencem ao CB-

A TECNOLOGIAAGRÍCOLA

04 (Máquinas e Equipamen-tos Mecânicos) estão abriga-das na sede da ABIMAQ. A detratores agrícolas, que perten-ce ao CB-05 (Automotivo) eestá abrigada na sede do SIN-DIPEÇAS, tem funcionado re-gularmente desde 2006. A re-ativação desta Comissão te-ve participação decisiva da in-dústria de máquinas, que sevia pressionada pelo surgimen-to da NR 31 (obriga a utili-zação de máquinas com todosos dispositivos de segurança)e atuação fiscalizadora do Mi-nistério do Trabalho estabe-lecendo documentos norma-tivos com força de lei. Paramuitos dos padrões desejadosnão havia norma brasileira correspondente. Era necessá-rio produzi-las no âmbito daABNT. Esta Comissão contacom a representação maciçados fabricantes de tratores (AG-CO, JOHN DEERE, AGRI-

TECH-Lavrale, CNH LatinA-merica, AGRALE, TRAMON-TINI) e vem trabalhando prin-cipalmente na adoção de nor-mas sobre segurança da ISO(International Organization forStandardization), como porexemplo, as normas para en-saio das estruturas de proteçãona capotagem. Embora, nãoexista nenhum laboratório ofi-cial para este tipo de ensaioa discussão durante a traduçãoda norma possibilita a análisee o entendimento do ensaio ecom a norma pronta os pró-prios fabricantes podem apli-cá-las na sua empresa. É de selamentar que outros tipos demáquinas agrícolas não te-nham este foro de discussão.Quantas possibilidades deaprimoramento a indústria es-tá deixando de aproveitar. Aausência de parâmetros nor-mativos enseja a produção demaquinário descompromissa-

Dispositivos para ensaios de Estruturas de Proteção Contra o Capotamento (EPCC) da Universidade de Milão, na Itália.

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da com a qualidade e a segu-rança, perdendo competitivi-dade no mercado internacio-nal.

Sistema de certificaçãoAssim como há confusão

na terminologia utilizada pa-ra designar as diferentes ava-liações que possam ser feitasem uma máquina agrícola (tes-te: simples verificação de fun-cionamento e resposta a co-mandos e regulagens; ensaio:conjunto de procedimentos deavaliação utilizando norma téc-nica; Experimentação: pesqui-sa científica, realizada por pes-quisador, onde instrumental ea metodologia podem ser cria-dos pelo pesquisador), tambémtermos como homologação ecertificação deixam dúvidas.

A homologação é a apro-vação oficial do desempenhoda máquina em função de li-mites de tolerância ou de ca-

racterísticas mínimas aceitá-veis para o seu adequado fun-cionamento. É um procedi-mento administrativo que nãoé feito pelo organismo ou en-tidade que ensaia a máqui-na, para haver certa inde-pendência. A homologaçãonão assegura que um produtopossua qualidade, pois podeter um caráter apenas políti-co.

Como sistema de certifi-cação entende-se um proces-so com regras definidas queobjetiva “certificar” a qualida-

de ou conformidade de umproduto ou serviço com nor-mas ou especificações técni-cas. Daí o que se chama decertificação de conformidade.

As principais formas cer-tificação de conformidade sãoa certificação voluntária e acertificação compulsória. Nacertificação voluntária o fabri-cante tem livre iniciativa paraobter o certificado de confor-midade através de organismosacreditados. Na certificaçãocompulsória, o fabricante pro-cura obter o certificado de con-formidade pressionado poruma exigência legal, associa-da às questões de segurança,

proteção da saúde, do meioambiente, interesse do país ououtros.

O Brasil não tem um sis-tema de certificação para má-quinas agrícolas, mas isto nãoimpede que exista uma infra-estrutura laboratorial capaz deatender as demandas dos fa-bricantes.

A reativação dos ensaiosoficiais é uma aspiração dostécnicos da área de mecani-zação agrícola. Muito tem con-tribuído para manter esta áreado conhecimento em vigor as

disciplinas sobre avaliação demáquinas agrícolas ministra-das nas universidades. Elas en-sinam conceitos, metodolo-gias, parâmetros de avaliaçãoe desenvolvem o pensamentocrítico sobre desempenho dasmáquinas.

Mas, qual esquema seriaviável implementar? A nossover, primeiro é preciso disporde laboratórios equipados pa-ra as diversas modalidades deensaio das diferentes máquinas,com um sistema de garantia daqualidade implementado e re-conhecido pelo INMETRO (ti-po ISO 17025). A seguir, comonão há sistema de certificação

Como sistema de certificação entende-

se um processo com regras definidas

que objetiva “certificar” a qualidade ou

conformidade de um produto ou serviço

com normas ou especificações técnicas

-ENSAYOS OCDE 25/1/11 13:59 Página 103

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nacional a perspectiva é quetais laboratórios obtenham o re-conhecimento de organismosinternacionais como a OCDEpara tratores e ENAMA (EnteNazionale per la Mecanizza-zione Agricole) para as demaismáquinas agrícolas. Os prin-cipais beneficiários seriam osfabricantes que poderiam ex-portar para a Comunidade Eu-ropéia sem ter de enviar seusprodutos para ensaio fora doBrasil. No âmbito nacional oslaboratórios prestariam serviçosde ensaios na base da certifi-cação voluntaria. Quem tiverinteresse procuraria o laborató-rio especializado.

Atuação da OCDEA Organização para Coo-

peração e DesenvolvimentoEconômico (OCDE) é uma or-ganização que agrupa diver-sos países e tem a finalidadede promover políticas para ocrescimento econômico e so-cial, para a expansão do em-prego, para a melhoria do

A TECNOLOGIAAGRÍCOLA

padrão de vida e a liberaçãodo comércio. A OCDE temquatro programas de atuação:Código de Tratores, Esquemasde Sementes, Esquemas de Fru-tas e Legumes e Esquemas deFlorestas. Tais códigos e esque-mas estabelecem regras e fa-cilitam o comércio entre ospaíses participantes.

No programa Tratores sãotratadas questões relativas aosmétodos de ensaio, decidin-do sobre revisões, alterações,inclusão de novos procedi-mentos. Os ensaios são con-duzidos a pedido dos fabrican-

tes, por uma estação de ensaiocredenciada pela OCDE eaceitos oficialmente em diver-sos países. Os resultados for-necem ao usuário informaçõestécnicas de comparação e emalguns países servem paraatender a legislação vigente.

As questões sobre ensaiosde tratores agrícolas são discu-tidas por um grupo de trabal-ho técnico (TWG), que se re-úne duas vezes ao ano e as pro-postas são aprovadas, ou não,pelas Autoridades NacionaisDesignadas (National Desig-

nated Authorities – NDAs) quese reúnem anualmente em Pa-ris, sempre no final de feverei-ro. Nessa reunião anual po-dem participar países nãomembros na condição de ob-servadores. Há também, a ca-da dois anos, uma Conferên-cia de Engenheiros das estaçõesde ensaio. O Brasil ainda nãoé membro pleno da OCDE em-bora participe de algumas co-missões. A OCDE há anos vemincentivando a adesão do Bra-sil (e de outros países, comoMéxico e Argentina) aos códi-gos de ensaios, tendo em 2009,

O que caracteriza os ensaios oficiais é a

existência de norma oficial, a

disponibilidade de instalações e

equipamentos exigidos, o credenciamento

oficial do órgão e o treinamento e

formação da equipe técnica

O Brasil conta com laboratórios bemequipados.

-ENSAYOS OCDE 25/1/11 13:59 Página 104

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participado como observadorna reunião de tratores. É umaquestão diplomática para aqual ainda não se tem soluçãoe não se compreende porque,pois o Brasil é o maior produ-tor de tratores agrícolas daAmérica Latina e necessita serrepresentado nos fóruns inter-nacionais.

A OCDE estabelece noveprocedimentos de ensaios pa-ra tratores agrícolas: Código 2,relativo ao desempenho (TDP,barra de tração, sistema hidráu-lico, etc.), Código 5, relativoao nível de ruído na posiçãodo operador, Códigos 3, 4, 6,7, 8, 9 e 10, relativos à estru-tura de proteção na capotageme estrutura de proteção contraqueda de objetos

Embora se possa dizer quea atividade de ensaio é umarotina, pois segue procedimen-to padronizado, ela é dinâmi-ca. Evolui com a tecnologia,com o conhecimento e a ex-periência dos envolvidos noensaio e com as necessidadesdo mercado. Por exemplo, jána próxima reunião anual daOCDE - tratores, em feverei-ro, alguns dos assuntos a serdiscutidos serão: - proposta daEspanha para esclarecer a de-terminação da zona de segu-rança usando o SIP nos códi-gos 4, 6 e 7; - proposta do CE-MA (Associação dos Fabrican-tes de Máquinas Agrícolas daEuropa) para alterar a definiçãode tratores de bitola estreita,cujo limite superior de mas-sa passaria de 3000 kg para3500 kg; - proposta da Itália eda Espanha para estender ouso da estrutura de proteção

na capotagem para outras má-quinas agrícolas; - proposta daItália para introduzir um limi-te superior da relação de mas-sa no Código 4; - proposta doReino Unido para alterar o en-saio da ancoragem do cintode segurança.

O que há de novoNos últimos anos o Bra-

sil consolidou-se como umapotência mundial na fabri-cação de tratores e máquinasagrícolas. Depois de alcançarníveis altos de produção, for-talecemos muito o mercadode exportação. Neste momen-to o objetivo é buscar a qua-lificação de produtos, procu-rando mercados compradoresdo nosso produto, que exijamqualidade e, neste sentido, osensaios e por conta disto, osprocessos de certificação po-derão ser muito importantes.

É interessante mencionarque já se nota uma nova pos-tura dos fabricantes e que es-tes já não se apresentam co-mo opositores dos ensaios. Ocusto e a obrigatoriedade desubmeter seus produtos a es-ta avaliação já não são maismotivo de resistência. A maio-ria dos fabricantes de máqui-nas agrícolas está buscandomelhorar seus produtos, colo-cá-los em nível mundial. Éexemplo disto a enorme quan-tidade de parcerias entre fa-bricantes e os principais labo-ratórios ligados a instituiçõesde ensino e pesquisa. Com es-ta mútua disponibilidade sai-remos do mercado comercialde terceiro mundo e podere-

mos exportar nossos produtospela qualidade e não só pelopreço. No passado entendia-se a posição contrária das em-presas fabricantes de máqui-nas, afinal a realidade era ou-tra. O mercado externo era in-significante e a globalizaçãonão existia, mas atualmente oBrasil necessita e pode parti-cipar dos sistemas mundiaisde avaliação de qualidade, co-mo o que está vigente nos prin-cipais países.

Nota-se, em geral, que au-mentou a qualidade das má-quinas agrícolas, no nosso pa-ís. Já temos equivalência deespecificação com máquinasproduzidas em países consi-derados de alta tecnologia. Oque se discute agora é a entra-da do Brasil em um sistema deavaliação de qualidade, certi-ficação e homologação e departicipar em semelhança deatuação com países industriaisde porte e importância. É umpasso sério, mas que levarianosso país a um patamar ele-vado de qualidade e proteçãoao consumidor.

Seria uma inconseqüênciapropormos a adoção deste sis-

Os dinamômetros sâo fundamentais no proceso.

-ENSAYOS OCDE 25/1/11 13:59 Página 105

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tema se os investimentos pa-ra a sua implantação fossemimpraticáveis ou consumisserecursos que levassem ao au-mento de custos e consequen-temente ao aumento de preçofinal ao agricultor. No entantoo nível de qualidade alcança-do pelos diversos laboratórios,ligados à entidades de ensinoe pesquisa do país, apoiadoem financiamento públicos éponto forte para a implemen-tação de um sistema como es-te. É desperdício não utilizartodos estes investimentos emequipamentos, construções eprincipalmente treinamento depessoal.

Por isto e motivados pelaadoção de um dispositivo deavaliação de qualidade no se-tor, um grupo de técnicos daárea, simpatizantes da causa,esteve reunido em novembrodo ano passado, na UNESP-Botucatu para discutir sobrecredenciamento do Brasil naOCDE. A reunião, convoca-da e coordenada pelo Profes-sor Kléber Lanças teve comoobjetivo discutir como seria aposição das instituições que se

encontram interessadas em par-ticipar deste sistema avaliati-vo. A reunião, onde estiverampresentes representantes de di-versas universidades e centrosde ensino e pesquisa teve a par-ticipação e especial do Profes-sor Luis Márquez, da Univer-sidade Politécnica de Madri,Espanha, que possui experiên-cia na realização de ensaiosem diferentes partes do mun-do e atuou como um consul-tor, de alto nível, para esclare-cimento de pontos importan-tes a considerar na questão. Deconclusivo da reunião ficouo interesse das instituições re-presentadas em formar uma re-de de Laboratórios (Rede deLaboratórios de Ensaios de Má-

quinas Agrícolas) que viessea reunir os interesses e mani-festar as potencialidades de to-dos os interessados. Manifes-tou interesse, neste evento aUNESP-Jaboticabal, a UNI-CAMP, a UNIOESTE, o Institu-to Agronômico de Campinas,a UFSM, a UEM, a UENP-Ban-deirantes e poderão, a partirde agora, fazê-lo outras insti-tuições que, mesmo não po-dendo estar presentes à reu-nião estiverem interessadas emagregar-se ao grupo inicial. Osobjetivos da rede seriam: a) in-tegrar e fortalecer os laborató-rios que atuam com ensaios demáquinas agrícolas no Brasil;b) propiciar troca de experiên-cia nesta área de conhecimen-to; c) consolidar a atividade deensaio no Brasil projetando-ano cenário internacional e dis-ponibilizando para a indústriaserviços de qualidade para oaprimoramento de seus produ-tos.

Em resumo, a comunida-de técnico-científica brasilei-ra mais uma vez se oferece pa-ra participar e liderar um sis-tema de proteção ao fabrican-te e ao usuário e colocar o nos-so país na vanguarda mundial.Estamos a disposição.❏

A TECNOLOGIAAGRÍCOLA

Ila Maria CorrêaPesquisadora Científica, CENTRO DE ENGENHARIA E

AUTOMAÇÃO/IAC, Rod. D. Gabriel P. B. Couto km 65, BairroAeroporto, CEP 13201-970, JUNDIAÍ – SP, Fone: (11) 4582-8155

Ramal 124 Fax: (11) 4582-8184

José Fernando SchlosserProfessor Titular, NÚCLEO DE ENSAIOS DE MÁQUINAS

AGRÍCOLAS/UFSM, Centro de Ciências Rurais, CampusUniversitário, Camobi, CEP 97119-900, SANTA MARIA – RS,

Fone: (55) 3220 8850

-ENSAYOS OCDE 25/1/11 13:59 Página 106

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-PUBL. DEUTZ 26/8/10 10:53 Página 1

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Avida no setor de foras-de-estrada não é fácil:ambiente extremo, pro-

blemas desafiadores, con-dições de trabalho no limite.Trakker pode com tudo isso- ele é uma tranquilidade pa-ra os que apostam nele. Trak-

ker mistura performance e de-sign vigoroso com tecnolo-gia de ponta para a tradicio-nal segurança que sempre ca-racteriza os veículos pesadosda Iveco.

O Trakker foi projetado pa-ra garantir os melhores resul-

tados desempenhando as maisvariadas e severas aplicações.Ele oferece uma solução al-tamente específica para cadatarefa - do manuseio em mi-nas ao transporte de cana-de-açúcar, oferecendo sempreuma solução para cargas ex-cepcionais.

CabineSua cabine é desenhada

para as operações do dia-a-dia, com 2,28 metros de lar-gura, oferecendo ampla visi-bilidade. Simplifica manobrasem espaços apertados e reduzo risco das quinas da cabineatingirem um obstáculo. Osdegraus de acesso anti-desli-

Gama Trakker

AUTOMOTOR

FORTE E CONFIÁVELEM QUALQUERSITUAÇÃO

ENTÃO ESCOLHA TRAKKER, O FORA-DE-ESTRADAMAIS AVANÇADO DISPONÍVEL PARA AS ATIVIDADESDE MINERAÇÃO, CONSTRUÇÃO PESADA, MADEIREIRA,CANAVIEIRA, ETC. A LINHA TRAKKER É MOVIDA PELOFORTE MOTOR IVECO CURSOR 13, PROPORCIONANDODURABILIDADE, CONFIANÇA E ECONOMIA DECOMBUSTÍVEL, ALÉM DE SER UM PRODUTOBRASILEIRO.

-IVECO Trakker 25/1/11 10:41 Página 108

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zante foram movidos para fo-ra, tornando mais seguro en-trar e sair da cabine.

O pára-choque foi rede-senhado com pontas arredon-dadas para harmonizar comas curvas da parte dianteira dacabine. Os faróis halogêniosestão incrustados no pára-cho-que para ter maior proteção,e, são cobertos com uma gra-de removível.

ConfortoA cabine do Trakker ofe-

rece um novo conceito emconforto e prazer de dirigir,combinando ergonomia e ino-vações tecnológicas.

Para maximizar o confor-to independentemente da si-tuação, Trakker tem um resis-tente, porém confortável, sis-tema de suspensão da cabine,desenhado para absorver astensões dos terrenos mais irre-gulares.

O motorista pode perso-nalizar a posição de direçãoda forma que desejar, ajustan-do facilmente a posição do vo-lante e banco do motorista. Vi-sibilidade é excelente mesmonas mais complexas manobras,proporcionando maior segu-rança. Há ainda vários com-partimentos: de porta-garrafasa armários na parte de trás doteto.

O isolamento acústicomantêm os níveis de fadiga aomínimo, mesmo após horas detrabalho seguido, graças aos no-vos materiais e aparatos de pro-teção.

Como o Trakker foi proje-tado para operar em terrenos

ruins e estradas de terra, ma-ximizar a estabilidade e mini-mizar os níveis de ruído domotor reduzem o stress no mo-torista e melhoram a quali-dade de sua condução - issosignifica maior segurança.

Motor O Trakker é equipado com

o renomado motor Cursor 13

de 380 e 420 Cv. Isso signifi-ca garantia de operaçõeseconômicas e confiáveis. Atecnologia Cursor inclui 6 ci-lindros em linha, 4 válvulaspor cilindro, bomba de injeçãocom pressão de 1,600 bar, Ive-co Turbo Brake (freio a motorpor descompressão).

Cursor são motores e com-ponentes que incorporam tec-nologia de ponta para máxi-ma durabilidade e baixo cus-to de manutenção.

Consumo de combustívelUma destacável caracte-

rística do Trakker é o baixocusto de operação, e

o principal fatorque contribui

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-IVECO Trakker 25/1/11 10:41 Página 109

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para isso é o excelente nívelde consumo de combustível.

Na verdade, todos os tes-tes de consumo de combus-tível provam que os motoresCursor alcançaram a melhorperformance em todas as ca-tegorias. Controle eletrônicodo motor e da ventoinha, ca-pacidade do radiador/interco-oler expandida, curva de tor-que plana e pico de torque noponto de máxima economia.

Performance Os motores Cursor têm

três características em comumque os fazem líderes em ter-mos de economia:

Torque disponível em bai-xas rotações, propiciando re-tomadas mais rápidas mesmocom cargas pesadas;

Torque plano na faixa de1.000 a 1.500 rotações pro-porcionando menos trocas demarchas e maior velocidademédia;

Operação de desempe-nho em baixas rotações, via-bilizando maior durabilida-

de com menor consumo decombustível.

FreioO Iveco Trakker vem equi-

pado com um dos sistemasmais avançados de freio, o S-Cam. Esse sistema proporcio-na respostas mais rápidas nafrenagem, além de fácil ma-nutenção e baixo custo.

EixosEixo dianteiro com cubo

selado a banho de óleo, pro-porcionando maior durabi-

lidade e menores custos de ma-nutenção. Capacidade técni-ca de carga máxima no eixodianteiro: 9.000 kg. Capacida-de técnica de carga máximano eixo traseiro: 32.000 kg

Suspensão O Trakker foi concebido

para suportar condições extre-mas de uso e aplicação. Suasuspensão traseira possui man-cal central com bucha metá-lica e rolamentos de aço ga-rantindo maior durabilidade eresistência ao veículo.❏

AUTOMOTOR

-IVECO Trakker 25/1/11 10:41 Página 110

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-BRAS CAB 9/4/10 11:07 Página 1

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Omotor Volvo D13A,nas potências de 400,440 ou 480 cv, está

baseado em um projeto demotor a diesel turboalimenta-do com 6 cilindros em linha.É um motor testado e apro-vado com um padrão total-mente confiável. Ele pode su-portar altos picos de pressãograças a seus 7 mancais prin-cipais. Configurações: Trator,4x2 e 6x4; Rígido: 6x4, 8x4e 10x4.

AUTOMOTOR

Volvo FM SEM LIMITES

O VOLVO FM NÃO TEM LIMITES DE APLICAÇÕES:MOVIMENTAÇÃO DE MINÉRIO EM MINAS,TRANSPORTE DE CANA-DE-AÇÚCAR, MADEIRA,COMBUSTÍVEIS E ATÉ CARGAS DE ALTO VALOR.ESTA FLEXIBILIDADE É GERADA PELO SEUROBUSTO TREM DE FORÇA, PELO CHASSIREFORÇADO E PELA CABINE, QUE OFERECE ASMELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO AOMOTORISTA.

-VOLVO 25/1/11 12:36 Página 112

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O Volvo FM é equipadocom caixa de câmbio manualde 14 velocidades. Ela apresen-ta servo-engrenagem sincroni-zada e operação por cabo, queresulta em pouco esforço paratroca de marchas e menor vi-bração na alavanca de câmbio.

I-Shift - Caixa EletrônicaA I-Shift não é uma caixa

de mudanças convencional.Comparada a uma caixa demudanças manual, ela é maisleve, tem menor número departes móveis, sincronismoeletrônico e mudanças de mar-chas mais rápidas. A nova I-Shift é mais robusta, tem capa-cidade de até 78 toneladas,econômica, tem trocas de mar-chas precisas e suaves e ofere-ce maior produtividade e con-forto ao motorista. Feita comuma carcaça de alumínio, é 70quilos mais leve que as caixasmanuais. Foi desenvolvida comuma nova posição do filtro deóleo e possui um novo softwa-re que tem cinco vezes maiscapacidade de processamen-to e três vezes mais memória.

Eixo traseiroOs eixos traseiros Volvo

são fabricados para um altotorque do motor, altas cargasnos eixos e combinações degrandes pesos brutos. Comopções de escolha entre umgrande número de relações deengrenagens, há sempre umadelas para garantir excelenteeconomia de combustível.

O Volvo FM está disponí-vel com dois eixos traseiros

em tandem com redução noscubos. Os eixos são produzi-dos em ferro fundido nodu-lar que resulta em um proje-to compacto oferecendo gran-de altura livre do solo. Pos-suem rolamentos livres de ma-nutenção.

De série no Volvo FM, obloqueio do diferencial é umitem importante para as apli-cações vocacionais típicas des-se produto. Com bloqueio en-tre eixos e entre rodas, melho-ra a sua capacidade de chegarao destino final quando a su-

perfície está escorregadia eoferece pouca tração.

Existem tomadas de potên-cia acionadas pela caixa demarchas para a maioria dasaplicações, rotação alta oubaixa para bombas hidráuli-cas acionadas diretamente oupor flange. Todas as TDPs pos-suem um projeto robusto a fimde garantir uma longa vidaútil.

Engrenagens na parte tra-seira permitem altas potênciasde saída da tomada de potên-cia.

Tomada de potência op-cional acoplada ao motor comtorque de 650 Nm em regimecontínuo e 1000 Nm em regi-me intermitente.

Trem de força

Uma árvore de trans-missão resistente e livre de ma-nutenção, juntas livres de lu-brificação, rolamentos inter-mediários e flanges dentadoscruzados que podem transmi-tir alto torque em uma cons-trução confiável.

O trem de força proporcio-na grande economia de com-bustível combinada a uma ex-celente dirigibilidade. Com am-pla linha de componentes, exis-te a possibilidade de persona-

lizar um trem de força de acor-do com o segmento de atuação.do trem de força

Freios auxiliaresControle integrado dos

freios das rodas e freios auxi-liares, retardador do freio deescape VEB/VEB+ (Freio Mo-tor da Volvo), aumenta a segu-rança e a produtividade. Osfreios auxiliares potentes pos-sibilitam aumentar a velocida-de média em terrenos íngre-mes sem colocar em risco a se-gurança do tráfego. Além dis-so, funções como a de Com-binação de Freios empregamo sistema de freios correto emtoda e qualquer situação.❏

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Os eixos traseiros Volvo são fabricados

para um alto torque do motor, altas

cargas nos eixos e combinações de

grandes pesos brutos

-VOLVO 25/1/11 12:36 Página 113

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tegicamente em todo o país,para compra e manutençãodos caminhões da marca.

Tudo isso mostra o empe-nho da Mercedes-Benz na bus-ca de soluções lucrativas e efi-cientes para atender às suasnecessidades, com a eficiên-cia de sempre

O transporte de cargas ur-banas tem solicitado cada vezmais caminhões que ofereçamalto grau de conforto, segu-rança, versatilidade e que ga-ranta principalmente renta-bilidade. Esse último item temsido comprovado pelos gran-des frotistas nos caminhõescom motorização eletrônica.

O modelo 715 C vemequipado com o motor OM-

Ambos os modelos con-tam com as vantagensda motorização eletrô-

nica, freio a disco nas quatrorodas e inúmeros equipamen-tos de série que o posicionamcomo o caminhão leve maiscompleto no mercado.

No Accelo 715 C, o mer-cado terá as opções de entre-eixos, com 3,70 e 3,10 metros,para atender à aplicação VUC,enquanto o 915 C será ofere-cido com entre-eixos de 3,70metros.

A garantia de fábrica pa-ra os modelos Accelo é de umano sem limite de quilometra-gem. O cliente conta com maisde 200 pontos de vendas Mer-cedes-Benz localizados estra-

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AUTOMOTOR

Mercedes Accelo

O MERCEDINHOQUE TODA A CIDADE QUER

OS CAMINHÕES LEVESACCELO, PROPICIAM AO

TRANSPORTADOR MAIORRAPIDEZ NA COLETA E

DISTRIBUIÇÃO DECARGAS. OS MODELOSACCELO 715 C E 915 C

SÃO VEÍCULOS DEEXCELENTE

DESEMPENHO,AVANÇADA TECNOLOGIA

E ITENS DE CONFORTOQUE PERMITEM AOTRANSPORTADOR

ATENDER A GRANDEDEMANDA POR VEÍCULOS

NA FAIXA DE 7 A 9TONELADAS PARA

REALIZAR O TRANSPORTEURBANO DE FORMA

RÁPIDA E FLEXÍVEL E COMRENTABILIDADE

GARANTIDA.

-Mercedes Accelo 25/1/11 11:00 Página 114

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de segurança, basculamentoda cabina e o número de ho-ras do funcionamento do mo-tor. No modelo 915 C, existeo diagnóstico de falhas mos-trado no próprio painel.

O Accelo conta, de série,com coluna de direção regu-

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612 LA de 5 cilindros (156 cve 34 mkgf) e conta com a tec-nologia eletrônica CommonRail, um exclusivo sistema deinjeção de combustível queproporciona torque e potên-cia elevados e consumo redu-zido de combustível.

O motor OM-904 LA, de 4cilindros (150 cv e 59 mkgf),que equipa o 915 C, apresen-ta torque e potência elevados ereduzido consumo de combus-tível.

Os veículos da linha Ac-celo, oferecem excelente con-forto, oferecido pela sua cabi-na onde cada detalhe foi pro-jetado visando uma maior pro-dutividade.

O desenho do painel deinstrumentos é comparável aode um carro de passeio, con-tando com horímetro, tacôme-tro e hodômetros, totalizadore parcial, além de tacógrafopadrão tipo DIN.

O motorista encontra tam-bém no painel indicações dedesgaste das pastilhas de freios,nível mínimo dos fluídos defreio (715 C) e embreagem, ní-vel mínimo de água do siste-ma de arrefecimento, óleo lu-brificante do motor, saturaçãodo filtro de ar e volume decombustível no tanque, alémde indicação de uso do cinto

lável, acionamento elétricodos vidros, apoio de cabeçado banco do motorista e acom-panhantes, cinto de segurançade três pontos retráteis paramotorista e acompanhantes, echaves com immobilizer (co-dificador antifurto), aqueci-mento interno da cabina, ven-tilação natural e forçada, pre-paração para rádio e alto-fa-lantes, antena integrada ao pá-ra-brisa, tomada elétrica de 12V para aparelhos elétricos eeletrônicos, porta-objetos nasportas, na parede traseira e nopainel, acima do porta-luvas.

Entre os itens opcionaisestão alarme antifurto, travaelétrica das portas, chave ge-ral do sistema elétrico, espe-lhos retrovisores com desem-baçador e regulagem elétrica,ar-condicionado, vidros ver-des, espelho de rampa e pára-choque, grade e pára-lamasna mesma cor do veículo.

Com esses equipamentos,a Mercedes-Benz é a únicamarca no setor a oferecer umnovo conceito de caminhãoleve, com um pacote de itensde série e opcionais de segu-rança e conforto de acordocom a preferência de cadacliente, a exemplo do queacontece no mercado de au-tomóveis.

Para o modelo Accelo 915C, está disponível como op-cional, o freio-motor Top Bra-ke, que melhora sensivelmen-te a potência de frenagem,economizando combustível,diminuindo o desgaste doscomponentes do sistema defreios e prolongando a vidaútil dos pneus.❏

Conheça as principaiscaracterísticas do Accelo

EconomiaMotores eletrônicos reconhecidospor seu alto desempenho, melhorconsumo e confiabilidade.

ConfortoCom design inovador, é uma cabinacom grande visibilidade queacomoda três pessoasconfortavelmente.

SegurançaO freio-motor Top Brakeproporciona maior potência defrenagem

-Mercedes Accelo 25/1/11 11:00 Página 115

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AUTOMOTORNOTICIAS ❂❂❂

Fiat Group Nova fábrica em Pernambuco

O ato simbólico de início das obras da nova fábrica da Fiat no Complexo Industrial Portuáriode Suape, na Região Metropolitana do Recife, aconteceu (28/12), no Porto de Suape, com apresença de cerca de 1.000 convidados, entre autoridades e membros da comunidade, ecomemorado pelo presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, e pelo CEO mundial doGrupo Fiat, Sergio Marchionne.As principais definições do novo projeto foram apresentadas pelo presidente Belini: a fábricaocupará um terreno de 4,4 milhões de metros quadrados, a cerca de 13 quilômetros do Portode Suape. Os investimentos somam R$ 3 bilhões e a capacidade de produção será de 200 milveículos por ano, a partir de 2014. A fábrica produzirá novos modelos de automóveis,desenvolvidos no Brasil e voltados para a demanda do consumidor brasileiro e latino-americano. Além da fábrica, osinvestimentos abrangem aconstrução de um Centro dePesquisa & Desenvolvimento, alémde um amplo programa detreinamento de recursos humanospara operar o novoempreendimento.O polo industrial em torno dafábrica de automóveis reuniráainda fornecedores decomponentes e sistemas, em umaarquitetura de negócio e produçãoque privilegia os ganhos logísticose a eficiência, otimizados a partirda localização estratégica deSuape, que favorece amovimentação tanto de insumos quanto de produtos acabados. Ao operar a plenacapacidade, o pólo industrial de Suape gerará cerca de 3,5 mil empregos diretos, estendendosua influência também para outros setores e negócios.Os investimentos na nova fábrica, de R$ 3 bilhões, fazem parte do total de R$ 10 bilhões aserem aplicados pela Fiat no Brasil, entre 2011 a 20l4, sendo que R$ 7 bilhões destinam-se aoacréscimo de 150 mil veículos na capacidade de produção anual da planta de Betim, em MinasGerais, que passará a 950 mil unidades/ano, além de desenvolvimento de novos produtos etecnologias. “O Brasil é hoje um dos lugares do mundo onde os investimentos encontram umdos ambientes mais seguros e promissores”, afirmou Sergio MarchionneA relevância do Brasil para a Fiat foi enfatizada pelo principal executivo do Grupo:“Especialmente nos últimos dois anos, quando todas as indústrias do mundo enfrentaram umacrise assustadora, o aporte das operações brasileiras ao Grupo Fiat foi determinante”, disseMarchionne. Ele reafirmou a meta de superar a marca de 1 milhão de veículos vendidos noBrasil até 2014 e destacou que os laços entre a Fiat e o Brasil têm raízes mais fortes do quepuramente os aspectos econômicos e comerciais.

Sergio Marchionne, CEO mundial do Grupo Fiat, e Luís Inácio Lula da Silva, presidente daRepública (28/12).

-Noticias Motor 27/1/11 10:59 Página 116

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Fiat GroupAumentou sua participação

na ChryslerA Fiat aumentou sua participação naChrysler para 25% depois de cumprir umadas condições do governo norte-americano. Após o início da produção deum motor de baixa cilindrada, o 1.4MultiAir, que será produzido na fábrica deDundee o grupo Fiat recebeu mais 5% dasações da marca. O próximo passo da Fiatpara concluir o acordo e receber mais 10%da Chrysler é aumentar as vendas e receitasda marca fora dos Estados Unidos, além daprodução de um modelo econômico.

A RenaultEspionagem interna

Um membro do comitê administrativo e doisgerentes foram suspeitos de terem fornecidoinformações sigilosas do programa dedesenvolvimento de veículos elétricos. A Renaulté uma das maiores defensoras dos veículos compropulsão elétrica. Atualmente, investe cerca de 4bilhões de euros em seus programas deautomóveis elétricos. A marca francesa sonha emse tornar a primeira montadora a comercializarveículos movidos a eletricidade com preços maisacessíveis para os consumidores. A montadoraprojeta fabricar mais de 200 mil veículos destetipo por ano a partir de 2015.

A ToyotaAlternativas para baterias de ion-litio

A marca estuda desenvolvimento de umabateria de magnésio que teria o dobro daenergia das baterias de ion-lítio, usadas emcarros híbridos. O centro da empresa em AnnArbor, Michigan (USA), está trabalhando noprojeto em conjunto com os laboratórios dedesenvolvimento químicos no Japão.

A Land RoverDefender RAW

A marca lançou uma edição limitada quevem com detalhes estéticos exclusivos e duasnovas opções de cores: prata Zermatt e Narabronze, ambas com contraste em NegroSantorini no teto e nas caixas de rodas. ODefender RAW vem com grade frontalexclusiva, lanternas traseiras em LED,detalhes exteriores em alumínio, novasrodas de 16 polegadas, painel interiorpintado na cor do veículo, tapetes exclusivose volante com revestimento em couro. Omotor que equipa o modelo limitado é o 2.4a diesel e estão disponíveis para oconsumidor brasileiros as versões 90 e 110Station Wagon.

A MercedesActros, produzido na fábrica

de Juiz de ForaO Mercedes-Benz Actros já está disponívelno Brasil. Com a introdução do Actros, aMercedes-Benz do Brasil oferece, nomercado brasileiro, 21 modelos nosegmento de veículos pesados. ACompanhia tinha anunciou a expansão dacapacidade produtiva da fábrica de SãoBernardo do Campo em 2012, para atenderà crescente demanda por veículosindustriais no Brasil, o mercado com maiorvolume de vendas da Mercedes-BenzCaminhões.Além disso, a partir de 2011, o Mercedes-Benz Actros é produzido na fábrica de Juizde Fora. O modelo de ponta da Mercedes-Benz Caminhões será então produzido nasunidades de Wörth, na Alemanha, Aksarayna Turquia e agora no Brasil.Graças a esta decisão, a Mercedes-Benz doBrasil poderá responder de maneira maisrápida e flexível ao aumento crescente dademanda por veículos comerciais naAmérica Latina, especialmente nosegmento de caminhões pesados que estápassando por uma rápida expansão.

-Noticias Motor 27/1/11 10:59 Página 117

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AUTOMOTORNOTICIAS ❂❂❂

Fenabrave 2010, ano recorde

Segundo o último relatório divulgado pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição deVeículos Automotores), os emplacamentos nos segmentos de automóveis de passeio ecomerciais leves registraram um aumento de 10,63% entre janeiro e dezembro de 2010, emrelação ao mesmo período de 2009.Foram vendidos 3.329.170 unidades em 2010, contra 3.009.201 veículos emplacados em 2009.Destes, 2.651.752 unidades foram deautomóveis de passeio e 677.418 veículos dosegmento de comerciais leves. Se considerarmos os números de caminhões,ônibus e motos, o volume chega a 5.444.387veículos em 2010. O resultado é superior aos4.842.736 emplacamentos registrados em 2009,ano que era tido como o melhor da indústriaaté então.O Hyundai i30 fechou o ano na liderança doshatches médios, acabando com o reinado doChevrolet Astra. Entre os sedãs médios, oToyota Corolla sustentou a ponta, deixando seuarquirrival Honda Civic para trás. Nestacategoria, aliás, destaque para o Kia Cerato,que teve vendas superiores às do Fiat Linea noresultado acumulado (14.210 unidades do sul-coreano contra 12.082 do sedã produzido emBetim).Entre os comerciais leves, a Fiat Stradaconfirmou a liderança, totalizando 116.794unidades em 2010. VW Saveiro foi a segundacom 62.200 unidades.

MONTADORAS

Fiat 23,08%Volkswagen 22,68%General Motors 21,18%Ford 10,00%Renault 5,83%Honda 4,06%Peugeot 3,06%Citroën 2,93%Toyota 2,10%Hyundai 1,66%

COMERCIAIS LEVES

Fiat 21,90%General Motors 14,16%Volkswagen 14,15%Ford 10,52%Hyundai 9,15%Mitsubishi 6,57%

AUTOMÓVEIS DE PASSEIO (UNIDADES)Volkswagen Gol 293.783Fiat Uno (+Mille) 229.323Chevrolet Celta 155.092

A GM BrasilMarcos Munhoz assume vice-presidência

O executivo Marcos Munhoz (56), que estava ocupando o cargo dediretor geral de Marketing e Vendas, assumiu neste ano o cargo de vice-presidente de Comunicação, Relações Públicas e Governamentais daGeneral Motors do Brasil. Muñoz, que vai se reportar diretamente aDenise Johnson, presidente da marca no Brasil, ocupa cargo deixado porJosé Pinheiro Neto, que se aposentou no final do ano passado depois de41 anos de empresa.

Marcos Munhoz já trabalhou na empresa em diversas áreas como suprimentos, controle ecompras em 39 anos de atividades na GM. Em 1995, foi transferido para a GM dos EstadosUnidos, onde exerceu a função de diretor de Compras – Elétrico. Em 2001, liderou a joint-venture GM-Fiat de compras globais da América Latina.

-Noticias Motor 31/1/11 13:00 Página 118

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VolkswagenPorsche irá desenvolver modelos esportivos e sedãs de luxo

Porsche será responsável pelo desenvolvimento modelos esportivos e sedãs grandes de luxo dogrupo VW. A decisão foi um duro golpe nas pretensões da Audi, já que os executivos eengenheiros da montadora lutavam para serem escolhidos.Com a escolha, caberá à Porsche a responsabilidade de projetos como os novos carros da Bentleye a futura geração do Porsche Panamera. A empresa também vai desenvolver uma plataformade carro esportivo com motores dianteiro central e traseiro central, que será usada em carros dasmarcas Audi e Lamborghini, além da própria Porsche.A Porsche terá um novo túnel de vento, um novo centro de design, um centro de integração dodepartamento de eletrônica e terá a contratação de 100 engenheiros em seu centro dedesenvolvimento, localizado em Weissach, nos arredores de Stuttgart.A Audi continuará responsável pelo desenvolvimento da plataforma conhecida como “matrizlongitudinal modular”, lançada em 2007 e que deu origem a modelos como o A4, o A5 e o Q5.Enquanto isso, a VW desenvolve a “matriz transversal modular”, que vai estrear no novo AudiA3 em 2012 e deve ser aproveitada em 40 modelos do grupo, incluindo a sétima geração doVolkswagen Golf.Segundo a empresa, o uso de plataformas versáteis, que podem ser aproveitadas em váriosmodelos, representa uma vantagem competitiva na luta para atingir o objetivo de se tornar amaior montadora do mundo até 2018, superando a Toyota.

A KiaEsboços da próxima geraçao Rio

A Kia revelou os esboços da próxima geração Rio,que mostram um desenho arrojado queassinala o “próximo grande passo” narevolução da marca. Será mais longo, maisbaixo e mais largo que o modelo emlinha. Foi concebido para adicionar

apelo emocional ao segmento B, visandoconsumidores na faixa etária de 25 a 49 anos.O novo Kia tem perfil que lhe dá impressãode movimento e fluidez. Por dentro, vaioferecer uma sensação de qualidade. “Aredução no tamanho dos veículos está setornando cada vez mais uma tendência eum carro de segmento B tão atrativo como

o novo Rio, que possui a cabine voltada ao condutor e opções de acabamento interior, iráajudar o consumidor a ficar mais confortável ao fazer essa”, comenta Soon-Nam Lee, diretorde Marketing Exterior da Kia Motors Corporation.

-Noticias Motor 31/1/11 13:00 Página 119

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MERCADO

2010: UM ANO MELHOR

PERÍODO:2010 / 2009 Jan Fev Mar AbrAgrale S.A 135 / 83 175 / 86 140 / 91 210 / 67Case Brasil & CIA 72 / 117 95 / 25 50 / 57 94 / 27New Holland Latino Americana S.A. 968 / 1019 936 / 930 1473 / 810 1376 / 1032Massey Ferguson 1673 / 1397 1717 / 1210 2175 / 2109 2077 / 1911John Deere do Brasil S.A. 535 / 213 718 / 509 850 / 613 1198 / 649Valtra do Brasil S.A. 947 / 886 1157 / 702 1491 / 789 1334 / 770Outras empresas 154 / 109 205 / 150 211 / 185 230 / 162Total de tratores de rodas 4484 / 3824 5003 /3612 6390 / 4654 6519 / 4618

PRODUÇÃO / TIPO / EMPRESA

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PERÍODO:2010 / 2009 Jan Fev Mar AbrAgrale S.A 117 / 120 157 / 79 159 / 94 193 / 92Case Brasil & CIA 33 / 58 88 / 27 51 / 9 73 / 6New Holland Latino Americana S.A. 756 / 650 887 / 674 1165 / 783 890 / 842Massey Ferguson 1115 / 678 1281 / 927 1740 / 1095 1543 / 985John Deere do Brasil S.A. 398 / 179 524 / 339 639 / 366 929 / 472Valtra do Brasil S.A. 901 / 543 1085 / 616 1404 / 806 1253 / 519Outras empresas 174 / 123 205 / 133 213 / 172 222 / 156Total de tratores de rodas 3494 / 2351 4227 / 2795 5371 / 3325 5103 / 3072

VENDAS INTERNAS / TIPO / EMPRESA

PERÍODO:2010 / 2009 Jan Fev Mar AbrAgrale S.A 1 / 2 0 / 2 2 / 1 6 / 0Case Brasil & CIA 13 / 6 13 / 0 8 / 7 9 / 5New Holland Latino Americana S.A. 141 / 146 202 / 135 212 / 211 248 / 106Massey Ferguson 484 / 408 407 / 622 294 / 998 336 / 297John Deere do Brasil S.A. 12 / 127 80 / 248 110 / 134 221 / 105Valtra do Brasil S.A. 27 / 42 35 / 65 81 / 141 166 / 33Outras empresas 0 / 0 0 / 0 0 / 1 0 / 0Total de tratores de rodas 678 / 731 737 / 1072 707 / 1493 986 / 546

EXPORTAÇÃO / TIPO / EMPRESA

-Mercado 27/1/11 11:06 Página 120

Page 121: Agriworld edição 3

EM TODOS OS ASPECTOS

Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez227 / 112 174 / 85 172 / 115 201 / 191 185 / 163 145 / 131 159 / 196 64 / 135166 / 24 157 / 34 152 / 69 144 / 50 231 / 45 112 / 88 68 / 48 188 / 16

1527 / 859 1751 / 962 1724 / 1215 1451 / 926 1578 / 943 1538 / 1237 1276 / 1300 793 / 13902344 / 1532 1915 / 1192 2457 / 1608 2469 / 1909 2091 / 1966 2020 / 2226 2105 / 2122 685 / 1860926 / 376 796 / 783 1027 / 737 1046 / 574 911 / 657 1222 / 695 834 / 731 870 / 2881498 / 746 1464 / 210 1429 / 785 1629 / 892 1493 / 1121 1171 / 1238 1166 / 1250 68 / 911229 / 174 237 / 198 216 / 210 191 / 209 173 / 220 195 / 216 200 / 202 107 / 144

6917 / 3823 6494 / 3464 7177 / 4739 7131 / 4751 6662 / 5115 6403 / 5831 5808 / 5849 2775 / 4744

AGRIWORLD 121

Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez194 / 100 169 / 151 176 / 135 160 / 181 155 / 184 155 / 147 157 / 214 126 / 128114 / 34 123 / 10 94 / 24 98 / 39 123 / 35 111 / 86 36 / 65 147 / 8

1399 / 863 1220 / 931 1425 / 972 1189 / 995 965 / 919 970 / 1056 750 / 1030 804 / 10931755 / 1074 1456 / 874 1615 / 1202 1775 / 1334 1520 / 1632 1339 / 1710 1266 / 1228 677 / 1221647 / 420 641 / 524 741 / 722 816 / 485 703 / 522 910 / 766 420 / 559 434 / 3271199 / 605 1296 / 689 1238 / 758 1386 / 878 1258 / 1051 934 / 1024 836 / 1026 359 / 1108223 / 170 205 / 210 187 / 212 163 / 196 159 / 212 158 / 201 196 / 184 142 / 139

5531 / 3266 5110 / 3389 5476 / 4025 5587 / 4108 4883 / 4555 4577 / 4990 3661 / 4306 2689 / 4024

Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez4 / 0 7 / 1 7 / 2 0 / 4 0 / 3 1 / 0 1 / 2 0 / 2

54 / 10 29 / 65 5 / 38 18 / 15 61 / 62 29 / 16 40 / 26 5 / 10365 / 92 460 / 222 227 / 170 178 / 91 275 / 164 358 / 165 479 / 253 434 / 299755 / 830 456 / 633 572 / 385 744 / 512 497 / 548 508 / 453 761 / 969 500 / 935341 / 124 229 / 54 174 / 116 194 / 33 257 / 126 475 / 168 78 / 114 155 / 208224 / 70 129 / 53 152 / 65 171 / 29 164 / 91 146 / 64 238 / 106 54 / 41

0 / 0 0 / 0 0 / 1 12 / 18 25 / 12 30 / 24 0 / 6 1 / 2 1743 / 1126 1310 / 1028 1137 / 777 1317 / 702 1279 / 1006 1547 / 890 1597 / 1476 1149 / 1497

UM ANO RECORD. INFLUENCIADO PELOS PLANOS GOVERNAMENTAIS, PELAREAÇÃO DA INDÚSTRIA E PELAS BOAS CONDIÇÕES DE MERCADO, O BRASILCONSOLIDA-SE COMO UM DOS FORTES FABRICANTES MUNDIAIS. CONTUDO,AINDA HÁ ONDE MELHORAR PARA PRODUTOR.

-Mercado 27/1/11 11:06 Página 121

Page 122: Agriworld edição 3

AGRIWORLD122

MERCADO

0

50

100

150

200

250

300

Unid

ades

Jan

10298128

79

168

74

136162

49 47

172

70

190

88

196

96

216

97

300

105

240 224

94 89

Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2010 2009

PRODUÇÃO TRATORES DE ESTEIRAS

Jan

50

19

74

19

5343

59

35

79

41

95

33

52

31

6862 60

4755

7872

53

72

45

Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2010 2009

0

20

40

60

80

100

Unid

ades

VENDAS INTERNAS TRATORES DE ESTEIRAS

Jan

72 8568

97 111

43

117

36

145

49

132

63

134

54

146

57

181

67

205

64

222

80

221

80

Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2010 2009

Uni

dade

s

0

50

100

150

200

250

EXPORTAÇÃO TRATORES DE ESTEIRAS

-Mercado 27/1/11 11:06 Página 122

Page 123: Agriworld edição 3

AGRIWORLD 123

0

200

400

600

800

1000

Jan

779

550

731

432573

471 490

198271

60

342

5

470

238

527

336

658

386

808

402

676651682

774

Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2010 2009

Uni

dade

sPRODUÇÃO COLHEITADEIRAS

0100200300400500600700800

Jan

558

308

539

309

477

270207195 161

113188

110199156

268237

369337

523430 390

456

627

762

Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2010 2009

Uni

dade

s

VENDAS INTERNAS COLHEITADEIRAS

0

50

100

150

200

250

300

350

Jan

94 100

217216 201217

307

159

38 3483 74 74 85

116

48

195

82

310

57

223

75

372

84

Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2010 2009

Uni

dade

s

EXPORTAÇÃO COLHEITADEIRAS

-Mercado 27/1/11 11:06 Página 123

Page 124: Agriworld edição 3

AGRIWORLD124

MERCADO

Case IH551 (15,0%)

New Holland1126 (30,6%)

Massey Ferguson554 (15,0%)

John Deere1331 (36,1%)

Valtra121 (3,3%)

> 49 cv1201 (2,1%)

50 - 99 cv37398 (67,1%)100 - 199 cv

16147 (29%)

+ 200 cv963 (1,7%)

VENTAS INTERNASCOLHEITADEIRAS NACIONAIS /EMPRESA / 2009

DISTRIBUIÇÃO DASVENDAS DE

TRATORES DERODAS POR

SEGMENTOS DEPOTÊNCIA

Case IH633 (14,0%)

New Holland1474 (32,7%)

John Deere1578 (35,0%)

Massey Ferguson605 (13,5%)

Valtra216 (4,8%)

VENTAS INTERNASCOLHEITADEIRAS NACIONAIS /EMPRESA / 2010

4.506 unidades6.683 unidades

0

3000

6000

9000

12000

15000

Agrale1918

Case IH1091

New Holland12420

Massey Fer.17082

John Deere7802

Valtra13149

Outros2247

789 839 290 368 433 290

9620

13186

2800 3781

115

43882881

533

71625962

25 4121835

> 49 cv = 120150 - 99 cv = 37398100 - 199 cv = 16147+ 200 cv = 963

Unidades

DISTRIBUIÇÃO, POR SEGMENTOS DE POTÊNCIA, DAS VENDAS DETRATORES DE RODAS POR MARCAS

-Mercado 27/1/11 11:06 Página 124

Page 125: Agriworld edição 3

AGRIWORLD 125

01000020000300004000050000600007000080000

2000

27546

14294296 5196 6851 9195 10443

4229 2314 5148 8407 4502 70071351 1665 1520 2229

2681 334727813415 986 2234

3478140352

4710952768

4087135581

50719

66504

55024

71763

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Tratores Tratores de esteiras Colheitadeiras

Unidades

PRODUÇÃO

0

10000

20000

30000

40000

50000

60000

2000

24291

5833628 4054 5616 5434 5598

1533 1030 2347 4240 3683490 543 449 526

408 427300 661 5064506

789

2809033186

29405 28636

17543 20141

30691

41966 44206

55709

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Tratores Tratores de esteiras Colheitadeiras

Unidades

VENDAS INTERNAS

0

5000

10000

15000

20000

25000

2000

3455

878 6831202 1119 3232

45333001

1867 2783

3567 1231 2230

888 1117 1067 17182202

29292593

2726775

1754

5814 7945

16589

23553 23968

16572

20068

23005

12344

14187

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Tratores Tratores de esteiras ColheitadeirasUnidades

EXPORTAÇÃO

-Mercado 27/1/11 11:06 Página 125

Page 126: Agriworld edição 3

AGRIWORLD126

PREÇOSAGRICOLAS

Preço (R$)

2009Produto Unidade dez jan fev mar abrAlgodão em caroço 15 kg 13,6 14,5 15,31 14,83 16,27Algodao em pluma 15 kg 43,45 45,53 48,11 50,06 54,95Amendoim em casca sc. 25 kg 20,76 20,83 23,69 23,98 24,87Arroz em casca sc.60 kg 35,66 38,83 38,45 35,13 34,21Banana nanica cx. 21 kg 7,13 6,45 7,12 11,18 11,66Batata sc. de 50 kg 36,05 42,5 ------- ------- ------- Bezerro unidade 623,74 623,41 623,07 667,5 701,63Boi gordo 15 kg 72,26 73,84 74,02 75,79 79,86Boi Gordo Rastreado 15 kg 72,87 74,63 74,49 76,63 80,96Boi magro unidade 922,86 926,29 961,97 1033,06 1085,48Borracha(coagulo) kg 1,69 1,88 2,24 2,56 2,69Burro domado Unidade 1390,24 1502,81 1551,85 1637,92 1620,01Cafe benef. cereja descasc. sc.60 kg 291,52 292,37 293 290,14 292,08Cafe benef. secagem natural sc.60 kg 269,99 270,51 271,05 266,56 269,86Cafe em coco 40 kg 83,29 77,18 85 79,66 80,91Café em coco renda kg de renda 3,86 3,58 4,06 3,96 4,06Cana de acucar t Cana Campo 35,67 36,91 38,02 38,13 42,45

(Consecana)Casulo kg 6,99 7,35 7,04 6,68 6,94Cebola sc.20 kg ------- ------- ------- ------- ------- Feijao sc.60 kg 55,46 50,63 58,75 93,31 119,01Frango para corte kg 1,64 1,58 1,63 1,53 1,41Garrote unidade 748,03 746,38 769,82 841,9 881,95Laranja para industria cx.40,8 kg 7,19 7,36 9,89 9,43 8,2Laranja para mesa cx.40,8 kg 8,43 9,84 19,81 21,18 16,57Leitao de recria kg 4,77 4,93 4,49 4,62 5,13Leite tipo B litro 0,79 0,78 0,79 0,83 0,85Leite tipo C litro 0,68 0,67 0,69 0,72 0,74Limão cx.40,8 kg 23,35 12,97 10,1 11,04 14,2Mamona kg 0,7 0,75 0,71 0,8 0,83Mandioca para industria ton 158,25 157,34 166,47 178,25 198,66Mandioca para mesa cx.23 kg 5,76 5,5 6,18 6,54 6,64Mel de Abelha balde/lata 25 kg 153,96 160,65 132,06 122,23 118,99Milho sc.60 kg 16,83 16,44 14,92 14,77 14,89Novilha unidade 663,42 671,41 701,67 704,86 738,88Ovos de codorna cx. 50 dz 28,28 25,54 24,77 25,88 25,88Ovos tipo extra cx.30 dz 34,78 32,92 37,75 40,45 39,53Ovos tipo grande cx.30 dz 32,87 30,77 35,99 38,48 37,68Ovos tipo medio cx.30 dz 30,24 27,63 33,82 36,28 36,09Poedeira descarte leve kg 0,31 0,31 0,31 0,36 0,4Poedeira descarte pesada kg 0,59 0,41 0,57 0,46 0,67Soja sc.60 kg 43,03 39,05 34,11 32,7 32,45Sorgo sc.60 kg 10,93 10,57 9,48 9,81 9,39Suino para abate 15 kg 48,71 49,53 46,85 50,87 51,07Tangerina cx.40,8 kg 16,22 16,65 18,51 14,38 11,75Tomate para industria ton 238,47 203,37 436,62 309,32Tomate para mesa cx. 22 kg 26,16 13,89 23,32 38,87 31,5Touro unidade 1889,68 1909,13 1822,4 1827,68 1937,09Trigo sc.60 kg 25 25 24,26 23,77 22,23"Triticale" sc.60 kg 18,52 22 19 15 14,3Vaca de criar unidade 911,56 960,21 976,66 986,89 1023,4Vaca gorda 15 kg 69,44 70,87 70,57 72,08 75,06Vaca leiteira acima de 20l/dia unidade 2743,45 2790,97 2674,93 2970,19 3051,41Vaca leiteira de 10 a 20l/dia unidade 2038,57 2042,79 1999,56 2283,78 2298,67Vaca leiteira de 5 a 10 l/dia unidade 1432,34 1387,5 1459,57 1561,5 1622,25Vaca leiteira ate 5 l/dia unidade 1058,25 1025,42 1042,14 1065,79 1097,85Vaca magra unidade 692,66 720,13 715,46 751,97 749,59

PREÇOS MÉDIOS MENSAIS RECEBIDOS PELOS AGRICULTORES

-PRECIOS AGRICOLAS 25/1/11 12:19 Página 126

Page 127: Agriworld edição 3

AGRIWORLD 127

Preço (R$)

2010maio jun jul ago set out nov dez16,81 16,02 16,52 16,95 23,59 21,04 43,45 ------- 52,86 52,62 56,4 59,18 72,86 73,29 ------- ------- 26,86 31,46 28,06 24,85 26,03 31,08 31,39 32,5836,12 36,02 33,57 35,04 35,36 34,45 33,46 34,059,76 11,45 11,97 11,87 12,62 13,94 12,99 12,2273,85 55,48 32,11 26,12 25,85 30,02 32,29 20,92738,1 731,72 721,49 714,15 715,07 778,47 777,89 737,7778,44 80,47 81,77 86,65 91,83 98,05 109,25 102,9579,77 83,44 83,83 86,07 92,46 100,75 109,39 103,06

1119,24 1070,9 1085,59 1087,04 1114,29 1171,63 1247,24 1193,182,72 2,84 2,89 2,9 2,9 2,7 2,75 -------

1673,59 1751,88 1571,34 1723,49 1750,42 1894,83 1782,71 ------- 296,69 313,42 344,17 366,86 379,98 372,2 395,54 429,72275,26 282,82 298,72 305,94 314,89 311,39 340,74 370,383,85 85,65 93,19 94,38 99,85 103,21 107,72 ------- 4,1 4,53 4,52 4,68 4,82 4,84 5,18 -------

40,36 38,52 37,96 37,94 38,48 39,28 40,15 -------

7,35 7,27 6,68 6,94 7,69 7,23 8,3 ------- 22 21,84 22,24 9,43 6,07 4,56 4,24 6,27

146,51 133,22 102,91 95,53 149,12 159,01 121,73 68,11,39 1,35 1,57 1,61 1,92 1,84 1,83 2,07

888,08 861,21 875,58 879,49 858,5 911,5 974,72 950,1313,89 13,99 14,5 14,61 15,42 14,85 14,52 14,8115,46 16,83 14,37 14,49 18,38 19,82 20,42 20,084,83 4,7 4,9 5,02 4,75 5,49 5,58 ------- 0,88 0,87 0,86 0,86 0,86 0,84 0,82 0,820,78 0,79 0,78 0,76 0,76 0,74 0,72 0,7217,57 21,47 21,28 29,42 27,52 29,85 24 ------- 0,8 0,56 0,8 0,68 0,8 0,81 0,73 -------

185,9 192,3 198,38 208,11 212,69 212,09 237,19 259,986,11 6 6,37 6,06 7,23 9,04 9,72 9,75

121,54 135,02 165,06 122,34 123,45 136,24 139,83 ------- 15,2 15,34 15,21 16,49 19,93 20,47 22,38 25,15

704,48 700,62 738,47 781,35 782,01 830,24 853,72 28,2827,08 24,62 28,04 27,95 28,83 26,87 26,69 ------- 39,49 40,95 39,6 38,75 38,19 37,02 37,01 39,6838,46 39,95 38,6 37,46 36,62 35,88 35,89 38,0536,94 38,84 37,6 36,39 34,76 33,87 33,18 34,480,45 0,41 0,47 0,58 0,62 0,5 0,47 ------- 0,83 1,04 1,03 0,88 0,91 0,72 0,76 ------- 34,04 34,16 34,78 38,6 39,79 41,78 44,26 45,7410,39 10,04 11,52 11,74 14,54 14,97 15,02 ------- 52,98 49,67 50,3 54,06 57,38 60,8 66,37 62,8111,48 12,44 12,66 16,91 18,84 25,23 25,57 -------

226,54 173,4 170,89 258,61 152,53 164,54 158,94 ------- 27,52 24,17 11,28 18,39 14,62 15,1 12,28 12,25

1981,07 1963,07 1968,75 1913,58 1996,83 2151,86 2111,82 ------- 22,04 22,04 22,04 22,29 28,41 28,62 27,33 26,5916,66 20,67 18,01 15,67 16,07 15,27 15,6 -------

998,66 1033,04 1037,68 1106,94 1138,79 1226,95 1225,11 ------- 73,67 75,09 76,57 81,01 85,86 91,95 102,1 96,12

3140,17 3196,09 3057,59 3017,12 3149,97 3325,4 3220,83 ------- 2465,91 2444,34 2307,91 2307,01 2323,84 2494,85 2341,28 ------- 1605,44 1602,93 1581,7 1614,37 1597,31 1685 1697,38 ------- 1139,73 1126,23 1147,35 1136,59 1141,2 1270,25 1263,83 ------- 745,68 753,6 749,98 790,84 829,36 872,46 852,54 -------

http://www.iea.sp.gov.br/out/banco/menu.php Fonte: Instituto de Economia Agrícola (IEA)O Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio (APTA), a Secretaria da Agricultura e Abastecimento (SAA), é uma instituição

que, desde 1942, pesquisa, analisa, produz e divulga dados e informações econômicas para atender as necessidades da agricultura e da sociedade em geral.

-PRECIOS AGRICOLAS 25/1/11 12:19 Página 127

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AGRIWORLD128

Show Rural Coopavel

VITRINATECNOLÓGICA

La mecanización agrícola

EN PEQUEÑAS EXPLOTACIONES

En Brasil, 4 millones de propiedades agrícolastienen superficies entre 20 y 40 hectáreas y lamayoría de ellas no están mecanizadas. Con losprogramas sociales se está produciendo unenorme aumento de las ventas de tractoresagrícolas, de pequeña y media potencia,dirigidos a ellas. Interesa estabelecer criterios quepermitan su progresiva mecanización sin que selas penalice.

El Show Rural Coopavel es un evento anualeminentemente tecnológico promovido por

la Cooperativa Agroindustrial Coopavelsobre una superficie de 72 hectáreas, en

Cascavel, al oeste de Paraná. El evento, quecumple su 23ª edición, se celebra del 7 al

11 de febrero.

En esta Prueba de Campo el equipo del Núcleode Ensayos de Máquinas Agrícolas de laUniversidad Federal de Santa María probó untractor New Holland modelo TT 3840, conmotor de 3 cilindros y 55 CV de potencia.

Prueba de Campo

NEW HOLLAND TT 3840

RESUMEN DE CONTENIDOS DE ESTE NÚMERO

-RESUMEN ESPAÑOL 26/1/11 11:40 Página 128

Page 129: Agriworld edição 3

AGRIWORLD 129

0

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20000

30000

40000

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60000

2000

24291

5833628 4054 5616 5434 5598

1533 1030 2347 4240 3683490 543 449 526

408 427300 661 5064506

789

2809033186

29405 28636

17543 20141

30691

41966 44206

55709

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Tratores Tratores de esteiras Colheitadeiras

Unidades

Mercado 2010

GRAN CRECIMIENTOEl año 2010 cerró en Brasil con unimportante crecimiento de las ventas deequipos agrícolas. Se llegó a los 55.709tractores y 4.506 cosechadoras, con unascifras de producción que superaron las71.000 y 7.000 unidades,respectivamente.

EL DESMENUZADODE LA LEÑA

El aprovechamiento de los restos de poda,pero también la introducción de los cultivos

leñosos para aprovechamiento energético, haaumentado la demanda de equipos

apropiados para un desmenuzado o troceadofino del material leñoso.

Andreas KlauserPresidente y Consejero Delegado de Case IH

“Existe un interés creciente en lastecnologías que podemos ofrecer”

ENTR

EVIS

TA

Franco FusignaniConsejero Delegado y Presidente de New HollandAgricultural Equipment

“Continuaré impulsando aún más elcrecimiento de la marca a nivel mundial”

EN ESPAÑOL

-RESUMEN ESPAÑOL 26/1/11 11:41 Página 129

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-Suscripcion 31/1/11 12:57 Página 1

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-CUBIERTA EXT AW 1/2/11 09:56 Página 1