AH - Principal | 02 de julho de 2016

20
Lajeado, fim de semana, 2 e 3 de julho de 2016. Ano 13 - Nº 1626 Avulso: R$ 3,50 Fechamento da edição: 19h Fim de semana no Vale: sábado e domingo com sol Mínima: 15°C - Máxima: 28°C TEMPO NO VALE Fundado em julho de 2002 PREFEITO DE PAVERAMA JOGOS OLÍMPICOS Justiça aceita denúncia do MP Tocha passa pelo Vale na terça-feira Página 6 Esporte Vanderlei Markus teria pago com verba pública melhorias em terreno particular. Ao todo serão 27 condutores da chama olímpica nas cidades de En- cantado e Lajeado. DIVULGAÇÃO A udiência pública para determinar alterações no uso do solo no bairro Carneiros, em Lajeado, gera contro- vérsias. Encontro ocorreu nessa quinta-feira à noite. Presença de moradores de outros bairros garantiu a aprovação da proposta. O texto viabiliza investimento imobiliário em área próxima da barranca do Rio Taquari, local hoje ocupado para exploração agrícola. Associação do bairro pretende recorrer da de- cisão. Conselho Municipal corrobora necessi- dade de atualização. Mudança no Plano Diretor cria impasse AUDIÊNCIA POLÊMICA Páginas 4 e 5 VITALIDADE: ao lado da professora Betinha Gewehr, o confeiteiro aposentado pratica uma de suas preferências GIOVANE WEBER Conexão INSPIRAÇÃO Gre-Nal com cara de decisão Domingo, 11h, no Beira Rio O Gre-Nal deste domingo é antecedi- do por uma série de dúvidas em relação aos times que en- tram em cam- po. Nos dois lados, atletas voltam de lesão e podem fazer a diferença no clássico. D do do d r ti fa 1h, io este cedi - ie de m - ados, tam odem a no 101 anos de alegria e disposição “Você nunca deve se tor- nar preguiçoso. É essencial manter boas amizades, dançar, praticar exercícios e ser feliz”. As palavras são de José Aldino Bald, de Estrela. Cercado de amigos, comemorou mais um aniversário nessa sexta-feira. Com lucidez e humor invejável, conta o segredo da longevidade e a vontade de viver muitos anos mais.

description

 

Transcript of AH - Principal | 02 de julho de 2016

Page 1: AH - Principal | 02 de julho de 2016

Lajeado, fim de semana,2 e 3 de julho de 2016. Ano 13 - Nº 1626

Avulso: R$ 3,50

Fechamento da edição: 19h

Fim de semana no Vale: sábado e domingo com sol

Mínima: 15°C - Máxima: 28°C

TEMPONO VALE

Fundado em julho de 2002

PREFEITO DE PAVERAMA

JOGOS OLÍMPICOS

Justiça aceitadenúncia do MP

Tocha passa pelo Vale na terça-feira

Página 6

Esporte

Vanderlei Markus teria pago com verba pública melhorias em terreno particular.

Ao todo serão 27 condutores da chama olímpica nas cidades de En-

cantado e Lajeado.

DIVULGAÇÃO

Audiência pública para determinar alterações no uso do solo no bairro Carneiros, em Lajeado, gera contro-

vérsias. Encontro ocorreu nessa quinta-feira à noite. Presença de moradores de outros bairros garantiu a aprovação da proposta. O

texto viabiliza investimento imobiliário em área próxima da barranca do Rio Taquari, local hoje ocupado para exploração agrícola. Associação do bairro pretende recorrer da de-cisão. Conselho Municipal corrobora necessi-dade de atualização.

Mudança no PlanoDiretor cria impasse

AUDIÊNCIA POLÊMICA

Páginas 4 e 5

VITALIDADE: ao lado da professora Betinha Gewehr, o confeiteiro aposentado pratica uma de suas preferências

GIOVANE WEBER

Conexão

INSPIRAÇÃO

Gre-Nal com cara de decisão

Domingo, 11h,

no Beira Rio

O Gre-Nal deste domingo é antecedi-do por uma série de dúvidas em relação aos

times que en-tram em cam-po. Nos dois lados,

atletas voltam de lesão e podem

fazer a diferença no clássico.

D

dododúre

time

fa

1h,

io

deste tecedi-

ie de

m- lados, ltam odem

nça no

101 anos

de alegria e

disposição“Você nunca deve se tor-

nar preguiçoso. É essencial manter boas amizades, dançar, praticar exercícios e ser feliz”. As palavras são de José Aldino Bald, de Estrela. Cercado de amigos, comemorou mais um aniversário nessa sexta-feira. Com lucidez e humor invejável, conta o segredo da longevidade e a vontade de viver muitos anos mais.

Page 2: AH - Principal | 02 de julho de 2016

2 A HORA · FIM DE SEMANA, 2 E 3 DE JULHO DE 2016

INDICADORES ECONÔMICOS

REDAÇÃOAv. Benjamin Constant, 1034/201

Fone: 51 3710-4200CEP 95900-000 - Lajeado - RS

[email protected]

COMERCIAL E ASSINATURASAv. Benjamin Constant, 1034/201

Fone: 51 3710-4210CEP 95900-000 - Lajeado - [email protected]

[email protected]@jornalahora.inf.br

Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade

de seus autores.

Tiragem média por edição: 7.000 exem-plares. Disponível para verificação junto

ao impressor (ZH Editora Jornalística)

Fundado em 1º de julho de 2002Vale do Taquari - Lajeado - RS

EXPEDIENTE

MOEDA COMPRA VENDA

Dólar Comercial 3,2303 3,2319

Dólar Turismo 3,1700 3,3600

Euro 3,5962 3,5978

Libra 4,2881 4,2901

Peso Argentino 0,2138 0,2142

Yen Jap. 0,0315 0,0315

ÍNDICE MÊSÍNDICE

MÊS (%)

ACUMU-LADO

ANO (%)

ICV Mes (DIEESE) 05/2016 0,67 4,25

IGP-DI (FGV) 05/2016 1,13 4,31

IGP-M (FGV) 05/2016 0,82 4,15

INPC (IBGE) 05/2016 0,98 4,60

INCC 05/2016 0,19 2,25

IPC-A (IBGE) 05/2016 0,78 4,05

BOLSAS DE VALORES

PONTOVARIAÇÃO

(%)FECHAMENTO

Ibovespa (BRA) 52233 1,37

cotação do dia anterior até 17h45min

Dow Jones (EUA) 16.027 -1,10

S&P 500 (EUA) 1.853 -1,42

Nasdaq (EUA) 4.863 0,41

DAX 30 (ALE) 9.776 0,99

Merval (EUA) 11.400 0,00

Cotação do dia anterior até 17:45h, Valor econômico.

Ouro (dólar) – Onça Troy – USD 1318.4 cotação do dia 01/07/2016

Petróleo (dólar)/Brent Crude – barril – USD 49,71 em 01/07/2016

Salário Mínimo/2016 R$ 880,00

TAXAS E CERTIFICA-DOS (%)

MÊSÍNDICE

MÊS (%)ACUMULADO

ANO (%)

TJLP 7,5

Selic 14.25%(meta)

TR 05/16 0,2043 0,9361

CDI (Mensal) 05/16 1,1074 5,4955

Prime Rate 05/16 3.25 3,25 (Previsto)

Fed fund rate 05/16 0.50 0,25 (Previsto)

Diretor Geral Adair G. WeissDiretor de Conteúdo Fernando A. Weiss

Diretor de Operações Fabricio de Almeida

Gilberto [email protected]

. Benjamin Constant, 1034/201

Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade

Disponível para verificação junto ao impressor (ZH Editora Jornalística)

Page 3: AH - Principal | 02 de julho de 2016

Opinião 3A HORA · FIM DE SEMANA, 2 E 3 DE JULHO DE 2016

Lajeado precisa se repensar

Adair [email protected]

A postura que A Hora

adota na edição de hoje

sobre a mudança do

Mapa de Zoneamento

de Uso do Solo Urbano, no bair-

ro Carneiros, é resultado de uma

apuração mais aprofundada sobre

as lacunas do atual Plano Diretor

da cidade.

Perguntei ao diretor de Reda-

ção, logo cedo, na sexta-feira de

manhã, por que a matéria não

fora publicada no dia posterior à

audiência. “Por tratar-se de um

assunto complexo. Não bastava re-

latar os fatos e deixar as decisões

submetidas à lei dos mais fortes”.

Essa foi a resposta.

Realmente. Cotejar os interesses

de ambas as partes e tentar traçar

um raciocínio justo, coerente e dis-

sociado das emoções envolvidas

não apenas evita desequilíbrios,

como é mais esclarecedor.

Ainda que a audiência pública

tenha votado, em sua maioria, a

favor do interesse da mudança

para a ocupar parte dos bairros

Carneiros e Universitário, o as-

sunto não se esgota. Muito menos

pode ser ignorado ou diminuído

pela sociedade lajeadense.

A última Construmóbil tratou

do tema “Cidades Criativas”. Todo

empenho da comissão liderada

pela Acil e diretoria da feira foi

para despertar um olhar mais crí-

tico, responsável e coletivo sobre

a cidade que queremos. Chamar

a sociedade para opinar sobre seu

futuro foi o grande objetivo.

Confesso. Ontem de manhã, após

as primeiras conversas e apura-

ções, minha opinião era diferente.

No decorrer do dia em que novas

reuniões e conversas permeavam

a diversidade de argumentos e fa-

tos, minha posição pessoal mudou.

Não significa que esteja correta,

mas resulta de percepção e inter-

pretação após conversas com as

partes envolvidas.

No caso específico de Carneiros,

a lacuna existente no Plano Diretor

de Lajeado é a vilã de tamanha dis-

córdia. Qualquer decisão causaria

divergências. Se tivéssemos um

plano bem definido, orientado, não

teríamos essa contradição, ao me-

nos nessas circunstâncias.

De um lado, a iniciativa privada

e uma parte dos moradores de-

fendem que a mudança gera em-

pregos e desenvolvimento urbano

mais ordenado. Os próprios inves-

tidores de um condomínio fechado

têm argumentos sólidos e, tecni-

camente, bem embasados. Aliás,

em 2006, o que obriga atualização

em 2017. Sobre a mudança nos

bairros referidos, entende como

positiva, por seguir a lógica da de-

limitação residencial já existente

nas imediações,

Do outro lado, parte dos morado-

res de Carneiros, especialmente as

famílias com áreas alagadiças, de-

fende que o local está resguardado

pela Lei da Defesa Civil e assim pro-

íbe esse tipo de ocupação. Faz anos,

alguns moradores criaram uma

associação ecológica na tentativa

de tornar aquela região um “refú-

gio de vida silvestre”, às margens

do Rio Taquari.

Há controvérsias entre os pró-

prios moradores. Hoje, quase

100% da área urbana é utilizada

por agricultores ou proprietários

de chácaras. A exploração agríco-

la adentrou às margens do rio e

desmatou o corredor ecológico. No

projeto apresentado pelos empre-

Não falo apenas de loteamentos,

mas também dos edifícios que

continuamos colando uns

aos outros, em alguns casos.

O embate no bairro Carneiros, nessa quinta-feira, denota o gravidade do desordenamento urbano de Lajeado

endedores, uma das propostas é

recuperar as margens e torná-las

acessíveis à comunidade, seja por

meio do rio ou do próprio corredor.

Após ouvir as partes envolvidas,

apesar da minha compreensão

limitante, me parece saudável a

proposta de mudança da lei. Pois,

a continuar do jeito que está, o as-

pecto ambiental não está atendido.

Pelo contrário.

Se observado o aspecto social

das 30 famílias com áreas alagá-

veis, poderá haver perdas de valo-

rização. Onde a cota de enchente

fica abaixo de 27, poderá haver

prejuízos na avaliação das áreas,

futuramente. Pelo mapa, não me

parece muito substancial o tama-

nho desse prejuízo.

De qualquer modo, Lajeado pre-

cisa decidir o tipo de cidade que

quer ser. Urge ampliar a discussão

com a comunidade e mapear o

solo nos seus 90 quilômetros qua-

drados. Precisamos decidir qual o

perfil de cidade e bairros queremos

deixar para as futuras gerações.

Não falo apenas de loteamentos,

mas também dos edifícios que con-

tinuamos colando uns aos outros,

em alguns casos.

Não podemos repetir o embate

pouco esclarecedor que ocorreu na

quinta-feira, em Carneiros.

O Executivo, indiferente de quem

estiver no próximo governo, preci-

sa assumir desafio e rediscutir, de

forma ampla e exaustiva, quais

as delimitações necessárias para

ordenar, de uma vez por todas,

aquilo que está indefinido e deixa

brecha para decisões equivocadas.

respeitaram todo o rito necessário

para o devido encaminhamento,

iniciando pelo Conselho de Política

Urbana (Copur), o qual deu aval.

A secretária do Planejamento,

Marta Peixoto, corrobora com a co-

luna de rediscutir o Plano Diretor.

Salienta que a última alteração foi

EDUARDO AMARAL

Page 4: AH - Principal | 02 de julho de 2016

4 A HORA · FIM DE SEMANA, 2 E 3 DE JULHO DE 2016

Investidores e moradoresdivergem sobre uso do solo

As alterações no Plano Diretor apresentadas nessa quinta-feira, 30, gera controvérsias. Durante

audiência pública, investidores e moradores do bairro Carneiros debateram por mais de duas horas a

liberação para construção em um terreno de 68 mil metros quadrados localizado no bairro.

Lajeado

De um lado, investido-res defendem o proje-to de um condomínio de casas como forma

da cidade “se voltar” para o rio Taquari. Na outra ponta estão moradores temerosos pelos im-pactos ambientais e sociais da obra, e o risco de uma “invasão imobiliária” às margens do rio.

A proposta, aprovada por 166 votos a 53, modifica a denomi-nação de Unidade Territorial Especial (UTE) para Unidade Territorial Residencial Unifa-miliar (UTRU). Com isso, seria liberada a construção de resi-

MUDANÇAS NO PLANO DIRETOR

dências de até nove metros de altura, contando com o telhado. Para a mudança ser efetivada é necessário a apresentação, e consequente aprovação, de um projeto na câmara de vereado-res, o que deve ocorrer nos pró-ximos meses.

Grupo queranular audiência

Ao longo do encontro os mo-radores do Carneiros criticaram a presença de residentes de ou-tras localidades. “Só vota quem é do bairro”, reivindicaram os contrários a mudança. Insatis-feitos com o resultado da audi-

ência pública, o grupo contrá-rio a decisão promete recorrer a Justiça para cancelar a decisão.

Para o advogado Adriano Luiz Schwingel, a condução do en-contro será usada como argu-mento na defesa. “Ela foi feita de forma a confundir os parti-cipantes e sem levar em conta o interesse dos moradores, mas de um empreendedor”, avaliou Schwingel, que se diz “nascido” no Carneiros e hoje reside em outro bairro da cidade.

Outra crítica foi o rito do pro-cesso de alteração. Diferente de outras propostas do gênero, esta foi apresentada direto para o Conselho de Política Urbana

(Copur). Somente após o conse-lho dar parecer favorável a mu-dança, é que a proposta foi le-vada para a audiência pública.

Um dos mais contundentes crítico das medidas, o geólogo Cristiano Danieli, reclama pelo fato os moradores não terem sido ouvidos. “Sendo uma mu-dança no Plano Diretor, quem deveria primeiro opinar são os moradores do bairro.”

Outra preocupação apresen-tada pelos moradores é o risco de construção em áreas com ris-co de alagamento. “Já foi feito estudos apresentados no Conde-ma e, pelo menos, 70% da área é alagável, e as porções que não ficam ilhadas todo o ano duran-te a enchente”, afirma Danieli, que além de geólogo é morador de Carneiros. Os atuais mora-dores temem não poder mais criar animais e plantações com a chegada dos novos vizinhos.

Além disso, existe também o receio dos moradores de deixar de lado as atividades agríco-las desenvolvidas hoje. “Com o tempo e pessoas vão morar lá e vão reclamar das atividades que estão ocorrendo em volta das residências e elas vão aca-bar ganhando.” De acordo com o geólogo, com as reclamações os atuais residentes vão aban-donar as atividades.

Outro temor é a desvaloriza-ção da região com a vinda de novos moradores. “A previsão para 40 anos é alguns núcleos de habitações de nível alto e em volta disso um monte de fave-las”, avalia Daminai. Na ava-liação dele, esse risco acontece porque as áreas alagadas serão ocupadas de forma irregular.

Empresáriosdefendem o projeto

A ideia de construir às mar-gens do Taquari começou um ano e meio atrás, quando a em-presa DNW comprou três áreas no bairro Carneiros. Começou a elaboração do projeto, assinado pelo arquiteto Marcos Nesello, que hoje prevê a construção de aproximadamente 14 lotes resi-denciais.

De acordo com Nesello, antes mesmo de levar a ideia ao Co-pur, o projeto foi apresentado aos moradores do bairro. “Nós mostramos para os moradores e para o presidente da associação,

EDUARDO AMARAL

Audiência no clube Corinthians, do bairro Carneiros, apresentou as possíveis alterações para uso do solo. Presença de moradores de outros bairros gerou críticas

Cristiano DanieliGeólogo

Sendo uma mudança no Plano

Diretor, quem deveria primeiro

opinar são os moradores do

bairro.”

Page 5: AH - Principal | 02 de julho de 2016

5A HORA · FIM DE SEMANA, 2 E 3 DE JULHO DE 2016

Reportagem: Eduardo Amaral

UnivatesCarneirosros

Av. Sabiá

Av.

Sen

ad

or

Alb

ert

o P

asq

ualin

i

REPRODUÇÃO

ENTENDA O IMBRÓGLIO

Como é: Atualmente a área marcada no mapa é considerada uma Unidade Territorial Espe-cial (UTE). Dessa forma, as construções na região dependem de autorização do Poder Público.

Como passa a ser: A proposta prevê a mudança para Unidade Territorial Residencial Unifa-miliar (UTRU). Com isso, são autorizadas construções residenciais de até nove metros de altura, incluindo o telhado.

Principal impasse: Moradores do bairro Carneiros são contra a mudança por temerem per-der o direito de manter a produção rural da região. Outro problema apontado por eles é o risco de favelização do bairro, com construções irregulares ao redor de condomínios legais.

Próximos passos: Para a mudança ser efetivada um projeto de lei deve ser apresenta-do na Câmara de Vereadores nos próximos meses. Caso aprovada, a proposta vai para a sansão do prefeito.

Demarcação é a área aproximada a ser alterada por novo zoneamento, que depende de aprovação da câmara

Segundo o presidente do Copur, Leandro Vernei Eckert, a alteração de zoneamento é necessária para garantir o desenvolvimento da cidade.

A Hora – Por que o Co-pur enviou para a análise uma área de mudança de zoneamento maior do que o pedido pelos empreen-dedores?

Leandro Vernei Eckert – Porque a gente não pode tratar por interesses privados de cada empreendedor. Ou a gente faz uma mudança que o Copur entende ser be-néfica para o município ou a gente não faz nada. Foi uma aprovação unânime do Con-selho. A gente está tirando de uma área especial para botar uma área muito restrita que é o de Unidade Familiar, que é o uso mais restrito que tem no Plano diretor.

Os moradores temem perder o espaço usado para atividade agrícola. Isso pode acontecer?

Eckert – Não, porque enquanto eles não decidi-rem fracionar a área deles permanecem como estão. Uma coisa é bom lembrar, ali é perímetro urbano. Com o passar do tempo, um em-presário vai fazer um em-preendimento, outro empre-sário vai querer fazer outro empreendimento, os outros proprietários vão querendo vender. Isso vai acontecer naturalmente.

Outro temor dos mora-dores é o risco de “fa-velização” do local com

ocupações irregulares?Eckert – Jamais vai haver

uma favelização ali, a menos que eles deixem invadir as áreas deles. Toda a área ali tem propriedade. Faveliza-ção existe quando não tem propriedade, quando tem área pública, que não tem destinação nenhuma. Segundo um dos morado-res, que é geólogo, 70% da área é alagadiça. Eckert – Isso é uma fanta-sia. Não é todo esse volume de água que invade aquela região, não acredito nisso. Área alagada não significa construção, ninguém pode construir abaixo da cota estipulada pelo Plano Diretor. Ninguém vai utilizar essa área para fazer edificação, nin-guém vai poder invadir APP.

- Como vocês estão pensando em equilibrar desenvolvimento e pre-servação ambiental? Eckert – Hoje lá não existe nenhuma preservação ambiental, muito pelo contrário, o que existe é um dano ambiental enorme. O que existe lá? Lavoura, que colocam veneno e quan-do chove vai todo para o rio, criação de animais e uma grande quantidade de dejetos que vão diretamente para o rio, não existe cor-redor ecológico, não existe 100 metros de mata nativa, é lavoura até a beira do rio. Então é uma fantasia de que lá hoje tem um cuidado ambiental. Lá existe explo-ração agrícola com aplica-ção de veneno.

A mudança é necessária”

e eles elogiaram a proposta”, ga-rante o arquiteto. Na avaliação de Nesselo e do sócio da DNW, An-dré Damiani, a reação contrária vista na reunião é resultado de pressões e desinformação sobre as “nossas boas intenções.”

Damiani garante que a ideia do investimento é revitalizar a área, a qual hoje estaria com o acesso restringido em razão das

propriedades. Os empresários garantem que 32% da área com-prada será disponibilizada à comunidade. De acordo com ele, muitos dos que votaram contra na quinta-feira, foram favorá-veis inicialmente ao projeto.

Quanto a acusação de ter in-flamado moradores de outros bairros para votar a favor do projeto, Damiani é taxativo. “A

audiência pública é aberta para todos, não só os moradores do bairro. Eu não comprei ninguém para ir lá.”

Sobre o andamento do pro-cesso, confirma ter realizado o procedimento legal. “O primeiro passo apresentar ao Copur e de-pois levar a audiência pública. Pela primeira vez fizemos o pro-cesso correto.”

Page 6: AH - Principal | 02 de julho de 2016

Política

A HORA · FIM DE SEMANA, 2 E 3 DE JULHO DE 20166

ESTRELA – A sessão ordinária da câmara de vereadores da próxima segunda-feira tem quatro projetos na ordem do dia. Três dão denominação de rua e outro abre crédito

nos orçamentos das secretarias de Obras e de Saúde. A tribuna livre será ocupada por representantes da Associação Turística Regio-nal Delícias da Colônia (Aturdec).

Denominações de rua norteiam sessão

Paverama

Desembargadores da 4ª Câmara Criminal do TJ-RS aceitaram de-núncia do Ministério

Público contra o prefeito Vander-lei Markus e seu irmão Vilmar Markus. Ambos são acusados de desvio de renda pública.

De acordo com o MP, obras de construção no Parque de Even-tos Arno Markus, de propriedade dos denunciados, foram realiza-das por meio da contratação de empresas com recursos públicos. Servidores da prefeitura também teriam trabalhado no local du-rante horário de expediente.

Conforme defesa apresentada por Markus, os trabalhos des-tinaram-se a sediar o primeiro rodeio crioulo do município. Ale-ga que não há prova de serviços realizados durante horário de ex-pediente da prefeitura ou da uti-lização de maquinário público.

A defesa aponta que, na vés-

Tribunal aceitou denúncia contra Vanderlei Markus por desvio de renda pública

Prefeito vira réu em processo criminal

pera do evento, foi autorizada a prestação de serviços por parte de funcionários da prefeitura, mas alega o pagamento de valor relativo a 30 horas de uso de má-quinas ao município. Alega ain-da que o espaço é utilizado em atividades extraclasses e outras festividades. O MP alega terem sido necessárias mais de cem ho-

ras para a realização da obra.

Decisão do TJPara o relator do processo, juiz

Mauro Borba, ficou demonstrado o uso de cerca de 112 horas de máquinas da prefeitura em ativi-dades específicas do parque. Con-forme o magistrado, há indícios de desvio na locação de empresas privadas com recursos públicos.

Borba também considera bem definida a conduta atribuída aos denunciados. Para ele, Vanderlei, na condição de prefeito, permi-tiu o uso dos maquinários em excesso e empregou mão de obra de servidores no horário de expe-diente, em obras particulares.

Já Vilmar teria contratado o uso das máquinas em quantida-de inferior à aplicada, além de ter supervisionado e coordenado as atividades em terreno de sua copropriedade. Diante desses ar-gumentos, a denúncia foi aceita por unanimidade. Também par-ticiparam do julgamento os de-

sembargadores Aristides Pedroso de Albuquerque Neto e Newton Brasil de Leão.

Julgamento não define sentença

Procurador do prefeito Markus, o advogado Fabiano Barreto da Silva afirma que decisão do TJ não representa uma sentença, e sim a admissão do processo. Se-gundo ele, o julgamento criminal de prefeitos segue leis que estabe-

lecem a necessidade desse julga-mento.

“O TJ, munido da denúncia do MP e da nossa defesa, entendeu que o caso merece ser processa-do”, alega. A partir de agora, afirma, será aberto prazo para defesa prévia, indicação de tes-temunhas e solicitadas provas. Haverá um prazo para diligência e alegações finais antes do julga-mento.

“É um procedimentos que pode demorar um mês ou dois anos.”

Para MP, prefeito e o irmão contrata-ram empresas com recurso público

THIAGO MAURIQUE/ARQUIVO

ELEGIBILIDADE

Silva assegura que o recebimento da denúncia não resulta em impedi-mento à disputa eleitoral por parte de Markus. “Não conheço ele na intimida-de para saber se vai ou não concorrer, mas sob o ponto de vista profissional,

é preciso esclarecer esta questão.”

Conforme o advogado, a legislação determina que os condenados em segunda instância ficam inelegíveis. “Tivemos uma decisão de colegiado, mas não condenação”, alega.

País

Pelo calendário das eleições de 2016, desde essa sexta-feira, fica suspensa a veiculação no rádio e na televisão da propa-ganda partidária gratuita, pre-vista em lei. Também não será permitida nenhum tipo de pro-paganda política paga.

Desde a quinta-feira, as emis-soras de rádio e televisão já estão proibidas de transmitir programa apresentado ou comentado por pré-candidato às eleições munici-pais deste ano. As datas estão pre-vistas no calendário eleitoral, apro-vado pelo TSE. Quem desrespeitar as regras fica sujeito à multa.

Lei veta propaganda Estado

Projeto de lei sobre a organi-zação do novo órgão do Corpo de Bombeiros foi encaminhado na sexta-feira, 1º, à Assembleia Legis-lativa com regime de urgência. O Executivo também solicita urgên-cia em proposta que trata das nor-mas sobre Segurança, Prevenção e Proteção contra Incêndios (PPCI) nas edificações e áreas de risco.

Publicação prevista para o Di-ário Oficial de segunda-feira, 4, prevê que as demais legislações necessárias ao desmembramen-to definitivo do Corpo de Bombei-ros da BM sejam apresentadas em até 90 dias.

“Estamos cumprindo uma eta-pa importante, buscando refletir

sobre as mudanças que precisam ser feitas e buscando outros ato-res para contribuir nesse proces-so”, disse o chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi.

O comandante do Corpo de Bombeiros, Adriano Krukoski

Ferreira, acredita que lei valoriza a corporação e dá novo ânimo aos servidores. “É um ato simbó-lico, mais um passo importante em direção à independência, que fomenta a parceria com bombei-ros mistos, voluntários e municí-

pios, ampliando a prestação de serviços.”

Pessoa jurídicaO projeto de lei da Organização

Básica da corporação permitirá a criação jurídica do novo órgão e definirá o organograma visan-do, prioritariamente, à atividade operacional. A proposta prevê estí-mulos a parcerias com municípios para ampliar a atuação de bombei-ros mistos e o apoio de serviços civis auxiliares, mediante convênios.

Enquanto os deputados anali-sam o projeto, o Corpo de Bombei-ros segue com atividades vincu-ladas à Secretaria da Segurança Pública (SSP) e à BM. No momento em que as leis estiverem sanciona-das, o órgão ficará vinculado à SSP.

Medida foi anunciada na sexta-feira, dia 1º, em reunião no Palácio Piratini

DIVULGAÇÃO

Governo cria CNPJ para Bombeiros

Page 7: AH - Principal | 02 de julho de 2016

7A HORA · FIM DE SEMANA, 2 E 3 DE JULHO DE 2016

Page 8: AH - Principal | 02 de julho de 2016

TRÊS DÉCADAS DE HISTÓRIA

Cidades

A HORA · FIM DE SEMANA, 2 E 3 DE JULHO DE 20168

TEUTÔNIA – A administração municipal abriu inscrições para seleção de estagiários para cadastro reserva nas áreas de Pedago-gia, Letras, Matemática, História e Ciências

Biológicas. O período vai de 4 de julho até 13. Mais informações no portal do município (www.teutonia.com.br) ou pelos 3762 7700 e 3762 7770.

Município seleciona estagiários para educação

Lajeado

A Clínica Central deve receber nos próximos dias o alvará sanitário que permite a retoma-

da plena das atividades. Decisão da juíza Carmen Luiza Barghou-ti, da 1ª vara cível de Lajeado, obriga o Estado a conceder o do-cumento. A ausência do alvará impedia a clínica de receber re-cursos dos municípios.

De acordo com o advogado da clínica, André Jaeger, o imbróglio jurídico começou em 2011, quan-do uma intervenção do Ministé-rio Público resultou na assinatu-ra de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). “Fizemos todas as adaptações necessárias e re-cebemos o alvará do Estado em 2013, com renovações até julho de 2015.”

No ano passado, um novo pedi-do foi realizado ao Estado. Porém, ao contrário das outras vezes, foi indeferido sob o argumento de que a clínica seria uma comuni-dade terapêutica e, portanto, o documento deveria ser expedido pela administração municipal.

“O município disse que a Cen-tral não é uma comunidade te-rapêutica e por isso não poderia dar o alvará”, lembra. Conforme Jaeger, a lei estadual impede a re-alização de desintoxicações nesse tipo de instituição.

Em abril deste ano, uma decisão do Juizado Especial da Fazenda

Justiça obriga Estado a liberar alvaráCom a decisão, Clínica Central obtém permissão para funcionamento pleno

impediu internações na unidade. A decisão foi derrubada pelo en-tendimento de que o juizado não deveria julgar o caso por se tratar de uma associação, e não uma en-tidade privada.

Com o novo impasse, todo o pro-cesso foi reiniciado. A clínica en-trou com nova ação solicitando o alvará para manter a mesma mo-dalidade de tratamento utilizada faz 30 anos. “O impasse estava vinculado à nossa Unidade de De-sintoxicação, o que para nós não deveria ser um problema.”

Na quarta-feira, 29, uma au-diência de conciliação reuniu representantes da clínica, da 16ª Coordenadoria Regional de Saúde

e da secretaria municipal. O en-contro resultou no deferimento da liminar nos termos solicita-dos pela Central.

Verba municipal De acordo com o secretário

de Saúde de Lajeado, Glademir Schwingel, a administração pa-rou de repassar recursos para a clínica devido à ausência do alva-rá. Segundo ele, com a decisão da Justiça, a questão não será mais empecilho. “Trabalhamos na for-matação urgente de um convênio com a clínica.”

O Conselho Municipal de Saúde se reúne na próxima semana para tratar o tema. Segundo Schwin-

Com a medida, município assegura a retomada de convênio com a clínica, garantindo dez vagas para tratamentos

RODRIGO MARTINI

A Clínica Central foi construída em maio de 1986 com apoio da comu-nidade lajeadense. Desde então, foram mais de 19,7 mil internações de pa-cientes com problemas de abuso de álcool e drogas. A história da instituição foi descrita em livro publica-

do pelo fundador, Roque Lopes.

O estatuto define a clíni-ca como uma associação beneficente, assistencial e cultural, de direito privado, sem fins lucrativos, com prazo de duração indeter-minado, alheia a ativida-des de caráter.

de R$ 24,7 mil para reserva de dez vagas para internação.”

Em meio ao imbróglio, a clí-nica contraiu dívidas e precisou demitir funcionários, ameaçan-do, inclusive, a continuidade do serviço. Dois empréstimos foram realizados no período. Um no nome da associação, no valor de R$ 120 mil. O outro, de R$ 15 mil, no nome do presidente da institui-ção, Nadir Malfatti.

O secretário afirma que o muni-cípio tenta auxiliar a associação mantenedora da clínica desde o início do impasse. “Para nós, a Central é muito importante pois nos dá condição de tratamento para pacientes em estado crítico.”

Conforme Schwingel, não ape-nas Lajeado, mas toda a região se beneficia com a retomada plena dos atendimentos. Hoje, os custos mensais da clínica alcançam cer-ca de R$ 140 mil. O valor por inter-nação particular é de R$ 3,4 mil.

gel, já existe um recurso de R$ 120 mil reservados pela câmara para ser repassado à Central. “Também vamos retomar o repasse mensal

Page 9: AH - Principal | 02 de julho de 2016

Cidades 9A HORA · FIM DE SEMANA, 2 E 3 DE JULHO DE 2016

Vale do Taquari

O mês de julho começa com previsão de chu-vas mais frequentes e ondas de frio em todo

RS. A expectativa é de que este fim de semana seja o último com tempo firme e temperaturas mais elevadas. Os termômetros devem ultrapassar os 28ºC no domingo.

Conforme Fabiane Gerhard, co-ordenadora do Centro de Informa-ções Hidrometeorológicas da Uni-vates (CIH), em Lajeado, no fim de semana, ventos de quadrante norte mantêm instabilidades blo-queadas sobre o extremo sul gaú-cho. Por conta disso, na região, “vamos ter dias aproveitáveis com predomínio do sol.”

O amanhecer, tanto no sába-do como no domingo, ainda será ameno e pode apresentar bancos de nevoeiro. A temperatura míni-ma fica em torno dos 15°C. Já as tardes devem ser quentes, com

Sábado Mínima – 15ºCMáxima – 27ºCNevoeiro pela manhã e sol pela tarde

Domingo Mínima – 15ºC Máxima – 28ºC Sol predomina na região

Sábado e domingo podem ser os últimos dias com temperaturas elevadas no mês de julho

Fim de semana de calor antecede frio

máximas que podem alcançar ou até mesmo ultrapassar os 28°C.

Na segunda e terça-feira, de acordo com as atuais projeções, as condições do tempo pouco mudam, e ao longo do dia, o sol aparece acompanhado de nu-

vens. As primeiras horas do dia seguem amenas. À tarde, esquen-ta. A previsão é de marcas entre 16oC e 29oC.

Ao longo da quarta-feira, os modelos indicam que uma frente fria avança sobre a região e traz o

retorno da chuva. Na retaguarda desse sistema frontal, chega uma massa de ar seco e frio, que provo-ca queda nas temperaturas.

Volta das geadas O cenário registrado no mês

de junho, com seguidos dias de geada e temperaturas negati-vas, pode ser verificado neste mês. Também há previsão de maiores volumes de chuva e temperaturas mais baixas. Ondas de frio intenso são es-peradas para a segunda quin-zena do mês, aumentando as chances de geada em toda a Região Sul.

Previsão aponta para um fim de semana com temperaturas acima dos 27ºC. Na próxima semana, frio deve retornar ao Vale

PREVISÃO

ANDERSON LOPES

Page 10: AH - Principal | 02 de julho de 2016

Cidades10 A HORA · FIM DE SEMANA, 2 E 3 DE JULHO DE 2016

Marques de Souza

A restrição da entrega de medicamentos em pos-tos de saúde da área rural, há dois anos,

ainda é criticada por usuários e motiva debates no Legislativo. A adoção de entregas trimestrais é considerada insuficiente por moradores. Idosos criticam difi-culdade de transporte, falta de informação e distância até a far-mácia pública.

Há dez anos, Neura Giovanella, 73, precisa dos medicamentos para o controle do colesterol. Ex--integrante do Conselho de Ido-sos, ela salienta a demanda exis-tente nas localidades de interior. Segundo ela, apesar das entregas trimestrais, muitos usuários precisam retirar itens ou com-plementar o tratamento com re-médios fornecidos na unidade de saúde do centro.

De acordo com Neura, além da

dificuldade de transporte, a falta de informação dificulta a rotina. Sem conseguir consultar a dispo-nibilidade de medicamentos na unidade, muitos precisam repetir o trajeto de 15 quilômetros entre a localidade e o centro. “Temos idosos de muletas, que não con-seguem embarcar no ônibus.”

Logo após a alteração, Neura acompanhou os debates na ten-tativa de amenizar o problema. Segundo ela, reuniões com usuá-rios do serviço e tratativas com o poder público não tiveram os resultados esperados.

Uma das críticas da moradora é quanto às justificativas adotadas para a mudança. Em matéria pu-blicada por A Hora, em dezembro de 2014, o Executivo alegava falta de dinheiro para contratação de um farmacêutico para atuar nas localidades. “Temos uma técnica de enfermagem aqui mas não po-demos pegar os remédios e lá (no centro) qualquer pessoa entrega.”

Em pelo menos, duas sessões da câmara de vereadores, o tema motivou requerimentos. Segundo o presidente, Mauro Giovanella, as manifestações sobre o assunto são frequentes.

Apesar da mobilização, ele relata dificuldades de comuni-cação para tentar solucionar o impasse. Pela estimativa do presidente, entre os ofícios en-caminhados sobre o tema, um

foi respondido. “Acho que isso já não é uma questão local, mas política.”

No Legislativo, os requeri-mentos mais recentes abor-dando o tema foram feitos por Mirtes Bruch e por Edelgard Luersen. Consultado, o secre-tário de Saúde, Davi Mussko-pff, limitou-se a afirmar que as avaliações jurídica e financeira estão sendo feitos internamen-te desde março.

Entrega trimestral é insuficiente

Impasse por medicamentos dura dois anos

TEMA RECORRENTE

País

Publicada no Diário Oficial da União portaria que mantém em US$ 300 a cota para compras em free shops em cidades fronteiri-ças com o RS. A medida, prorro-gada pela segunda vez seguida, é válida até 1° de julho de 2017.

Caso não fosse alterada, o va-lor a ser gasto cairia para ape-nas US$ 150. Seria, portanto, o

limite de isenção de impostos para consumidores que entram no Brasil por terra. O limite ha-via sido reduzido para estimu-lar a compra nos free shops em cidades brasileiras, no entanto não houve a inauguração de lo-jas no país.

A lei que permitiu a criação foi aprovada em 2012, saiu a regulamentação e agora falta ainda o software que precisa ser

usado pelas lojas para controlar a cota mensal dos turistas, pre-visto para ficar pronto apenas em outubro. A partir daí o com-prador pode gastar US$ 300 do lado brasileiro e US$ em lojas do outro lado da fronteira.

Serão criados free shops nas ci-dades gaúchas de Chuí, Santana do Livramento, Uruguaiana, Ace-guá, São Borja, Itaqui, Jaguarão, Porto Xavier e Barra do Quaraí.

Estado

Tradicional termômetro de vendas e de tendências de consu-mo para o setor supermercadista gaúcho, a Expoagas 2016 reunirá cerca de 340 expositores e mais de 40 mil visitantes, de 23 a 25 de agosto, no Centro de Eventos Fiergs, em Porto Alegre, para oportunizar negócios, relaciona-mento e qualificação a empresá-rios e profissionais do varejo e da

indústria de todo o Brasil.Desde sexta-feira, a Associa-

ção Gaúcha de Supermerca-dos (Agas) recebe as inscrições abertas para a feira. Elas serão gratuitas para supermercados e demais setores do comércio, como padarias, açougues, lojas de conveniência, restaurantes, hotéis, bazares, hospitais, far-mácias, lojas de R$ 1,99, agro-pecuárias, petshops e outras empresas do varejo.

No ano passado, a Expoagas movimentou R$ 409 milhões em negócios. As projeções da Agas são de que esse número seja su-plantado em 2016. “A indústria está apostando na feira, e há um anseio, por parte do varejista, para encontrar diferenciais de compe-titividade. Esta combinação nos traz otimismo”, antecipa Antônio Cesa Longo, presidente da Agas. Mais informações pelo 2118-5200 ou [email protected].

Decreto mantém teto de US$ 300

Inscrições abertas para Expoagas

Cidades8 A HORA · SEXTA-FEIRA, 19 DE FEVEREIRO DE 2016

Marques de Souza

Uma crise de asma le-vou Noeli Sauter, 52, para a UTI no fim do ano passado. Antes

disso, a dona de casa já havia ficado internada por quatro dias para tentar controlar a doença com a qual convive faz sete anos.

Para manter a asma sob con-trole, depende de até quatro cáp-sulas de 12 mcg do Fumarato de Formoterol Di-hidratado. No entanto, o tratamento foi inter-rompido após ela não conseguir fornecimento da farmácia bási-ca do município.

Cada caixa do remédio contém 30 cápsulas e custa cerca de R$ 45. Com receita para uso contí-nuo, ela costumava receber o medicamento de forma gratuita, no posto de saúde do município.

O benefício foi interrompido no fim do ano passado, quan-do Noeli buscou o remédio na unidade e foi informada sobre a exclusão dele da relação de fornecimento. “Me falaram que, por ele não estar na lista básica do município e por não haver recursos para comprar, não po-deria receber.”

Ela depende do remédio faz quatro anos. Sem ele, a dificul-dade de respirar e falar se agra-va e chega a causar desmaios. Segundo Noeli, os efeitos são mais intensos de acordo com a exigência física. Por causa da doença, ela tem dificuldade para desenvolver atividades simples como os afazeres domésticos ou mesmo andar no pátio da casa.

Os dias secos do verão costu-mam ser de maior risco para a saúde de Noeli. As crises são mais frequentes e intensas e, segundo ela, exigem a ingestão de mais cápsulas. A situação, afirma, causa insegurança nos familiares devido ao histórico familiar. A avó dela morreu de-vido à asma.

Sem conseguir o medicamen-to de forma gratuita, ela preci-sou comprar uma caixa. Pela estimativa da dona de casa, o estoque deve durar poucos dias e, desempregada, não tem con-dições financeiras de manter o

Coordenadoria de Saúde alega não ter o cadastro, o que impossibilita o fornecimento

Impasse deixa paciente sem remédios

O medicamento usado por Noeli faz parte da lista de remédios oferecidos pelo Estado, segundo a responsá-vel pelo Assistência Farmacêu-tica da 16ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), Betina Schwingel. Apesar da possibilidade, a moradora de Marques de Souza não integra os cadastros de beneficiários na região da CRS, com abran-gência no município. Todos os meses, 25 pessoas dos 37 municípios recebem o número de cápsulas indicados pelo médico de forma gratuita e nenhum deles é da cidade.

A situação foi descrita pela servidora da CRS como um caso específico na região. De acordo com ela, o proble-ma de abastecimento pode ter ocorrido por erros na orientação da moradora. “Não existe falta do medi-camento, mas, talvez, outros fatores. Esse tipo de situação é comum por problemas na comunicação ao paciente.”

Na região, a demanda por medicamentos para o trata-

mento de problemas respi-ratórios é comum. Segundo ela, variedades do formote-rol e variações com bude-sonida estão entre os mais usuais. Ao todo, 437 pacien-tes da regional recebem ou têm processo aberto para ser beneficiados com o remédio. As características meteoro-lógicas e de umidade dos municípios são indicadas como um dos motivos para a recorrência do problema.

De acordo com Betina, o fornecimento de medica-mentos fora das relações de básicos ou essenciais costu-mava ser comum nos municí-pios. Em muitos casos, afirma, a medida era encerrada por redução de recursos. Solici-tações judiciais pelo remédio utilizado pela moradora costumavam ser comuns, mas cessaram após a inclusão dele entre os fornecidos pelo Estado.

Procurado, o secretário de Saúde do município, Elson Griesang, solicitou tempo para se inteirar do caso.

SEM CADASTRO

Betina Schwingel

Chefe da assistência em

Farmácia da 16ª CRS

Não existe falta do medicamento,

mas, talvez, outros fatores. Esse tipo de situação é comum por problemas na comunicação ao

paciente

Noeli Sauter, 52, convive com a doença faz sete anos. Para coordenadoria regional, há uma falha de comunicação entre paciente, município e farmácia básica

GIOVANE WEBER

tratamento. O caso de Noeli tem gerado pedidos de explicações na câmara de veadores local.

Dificuldade familiarSegundo Noeli, em virtude

do agravamento da doença e das limitações geradas pela ar-trose, foi demitida dos locais onde trabalhava como faxinei-ra. Apesar da saúde debilitada, afirma já ter buscado um novo emprego.“Não tenho nada con-tra ninguém, só preciso do re-médio.”

Com dificuldades em conse-guir emprego, Noeli tentou se aposentar por invalidez. Procu-rou o posto de saúde para emis-são do laudo médico exigido para abrir o processo.

A solicitação foi negada e pre-cisou recorrer ao serviço parti-cular. Foram gastos R$ 110 para a avaliação de um perito e dois meses de duração do benefício. Sem a renda de cerca de R$ 1 mil do trabalho como doméstica, de-pende do irmão para manter a alimentação, custeio dos medi-camentos e da casa.

Cidades10 A HORA · QUARTA-FEIRA, 31 DE DEZEMBRO DE 2014

Marques de Souza

A retirada de remédios da lista da Farmácia Básica está restrita ao Posto de Saúde do cen-

tro desde setembro. A controla-doria interna da administração de Marques de Souza sugeriu a mudança ao apontar irregula-ridade na distribuição em Bela Vista do Fão e Linha Tamanduá, no interior. Pela regra, o muni-cípio deve dispor de um farma-

cêutico para atuar nessas loca-lidades. O Executivo alega falta de dinheiro para a contratação.

A mudança dificultou a roti-na dos moradores, que veem no transporte deficitário o maior entrave. Única empresa a aten-der essas localidades, a Expres-so Azul só oferece dois horários, ambos com intervalo de seis horas. Em 2013, por falta de passageiros, a empresa Sche-rer retirou a linha especial das quartas-feiras.

Moradores do interior percorrem até 14 quilômetros para buscar medicamentos

Município centraliza retirada de remédios

Leonilda Mariani, 68, mora a cem metros do posto de saúde de Bela Vista do Fão, de onde sempre retirou remédios de uso controla-do. Com a medida imposta pelo município, o novo destino é o centro, a 14 quilômetros de casa.

Com duas muletas devido a problemas de cartilagem, Leo-nilda pede ajuda ao cobrador e ao motorista para entrar no ônibus, às 5h45min A viagem leva cerca de 40 minutos, quase cinco vezes mais do que o tempo necessário para a retirada dos

medicamentos no posto. No restante da manhã, cerca

de cinco horas, o jeito é esperar na rodoviária. Só chega em casa às 13h30min “Perco a manhã in-teira.” Cansada, Leonilda afirma que mudará a estratégia. “Só vol-tarei para o centro nos dias em que tenho outros compromissos, como serviços de banco.”

Sem veículo, a aposentada Te-resinha Barbieri, 64, só tem a op-ção do ônibus para ir ao centro e garantir medicamentos. Alguns remédios recebe quando o grupo

de controle da hipertensão visi-ta a localidade.

Para ela, o maior problema pela extinção da farmácia do posto de saúde local é a falta de opção caso haja necessidade emergencial. “Nem gaze con-seguimos aqui.” O problema é apontado também por Lurdes Giovanella, 65. “Quando adoece é preciso esperar.” Ela afirma que prefere comprar remédio em Lajeado, pois há mais opções de lazer enquanto espera pelo ôni-bus para voltar para casa.

Para o prefeito Ricardo Kich, a mudança foi baseada na lei e não compromete o atendimento da população. “Não temos escolha. Só pessoas habilitadas, os farmacêuticos, são quali-ficados para entregar remédios. E não temos dinheiro para a contratação.”

De acordo com Kich, ninguém precisa ir toda a semana ao centro. “Igual as pessoas vêm ao menos uma vez por mês para pagar contas de luz e para outros compromissos.”

De acordo com a secretária de Saúde, Carine Ahrendt, a medida adotada pelo município será mantida. “Ninguém veio reclamar e pedir mudanças.” Garante que ninguém deixa de receber os medicamentos.

Segundo a secretária, a Equipe Médica da Família 1 (ESF1) entrega os remédios de uso contínuo nos postos do interior, às terças em Bela Vista do Fão e quintas em Linha Tamanduá. A equipe é composta por uma médica, uma enfermeira e uma técnica de Enfermagem. “Quem precisa dos remédios está na lista do nosso sistema. Todos são atendidos.” Grupos de contro-le de doenças, como hipertensão, também auxiliam na entrega.

De acordo com a secretária, a pessoa que não puder se des-locar ao posto central pode pedir para um familiar ou vizinho buscar o remédio, desde que apresente a receita médica.

“Todos são atendidos”

Até setembro, Leonilda buscava remédios a 100 metros de casa. Com a nova medida, se desloca por 14 quilômetros

LEONARDO HEISLER

Vale do Taquari

O feriado prolongado das ce-lebrações da virada de ano deve ser marcado por tempo instável na região. De acordo com previ-são do Centro de Informações Hidrometeorológicas da Univates (CIH), áreas de instabilidade in-gressaram no Rio Grande do Sul ontem e influenciam nas condi-ções do tempo dos próximos dias, com chance de chuva e tempo-rais entre hoje e sexta-feira.

Segundo as auxiliares técni-cas do CIH, Carolina Heinen e Fabiane Gerhard, as instabilida-des ganham força hoje e podem

resultar em pancadas de chuva ocasionalmente fortes a qualquer momento do dia, inclusive na hora da virada de ano. Apesar deste ce-nário, períodos de melhoria, sem chuva, também devem ocorrer. A sensação ainda será de abafamen-to em alguns momentos.

Amanhã, uma frente fria in-gressa no Estado e intensifica ainda mais as instabilidades. Tal condição deixa o tempo fe-chado na região, com pancadas de chuva, eventualmente inten-sas, a qualquer momento. Os vo-lumes podem ser significativos e resultar em transtornos em algumas áreas. Persiste o risco

de temporais.De acordo com o CIH, o tempo

segue instável na sexta-feira, com muitas nuvens e condições favoráveis para chuva. A preci-pitação ainda pode ser forte em alguns momentos, em especial na primeira metade do dia.

No fim de semana, um ar mais seco e frio avança sobre o Esta-do e o tempo volta a se firmar na região. Ao longo do sábado, o sol aparece acompanhado de nu-vens. As temperaturas começam amenas e à tarde ficam agradá-veis. No domingo, as condições seguem semelhantes. O amanhe-cer apresenta temperaturas um

Áreas de instabilidade devem causar chuva no feriadãopouco mais amenas, mas com o tempo aberto as marcas sobem

gradativamente e à tarde volta a esquentar.

PREVISÃO DO TEMPO

Hoje – Instabilidade ganha força e pode resultar em temporais. Deve chover na virada.

Máx.: 22°C / Mín.: 28°C

Amanhã – Frente fria avança sobre o Estado e intensifica as áreas de ins-tabilidade. Segue o risco de temporais.

Máx.: 21°C / Mín.: 26°C

Sexta-feira – Tempo se-gue instável com chance de chuva na região.

Máx.: 19°C / Mín.: 24°C

Fim de semana – Ar seco ingressa no território gaúcho e permite o retorno do sol.

Máx.: 15°C / Mín.: 29°C

Page 11: AH - Principal | 02 de julho de 2016

CidadesA HORA · FIM DE SEMANA, 2 E 3 DE JULHO DE 2016 11

Teutônia

O auditório central do Co-

légio Teutônia recebeu

um público de cerca

de 200 pessoas nessa

quinta-feira à noite para o Semi-

nário Regional Sobre Segurança e

Saúde do Trabalho no Meio Rural.

O evento, organizado pela Ema-

ter/RS-Ascar, Federação dos Tra-

balhadores na Agricultura (Fetag)

e Colégio Teutônia, contou com o

painel “Segurança e Saúde do Tra-

balho em Sistemas de Produção

Agropecuária”. Na ocasião, tam-

bém foram apresentados detalhes

sobre a Norma Regulamentadora

Cerca de 200 pessoas participaram do encontro realizado no Colégio Teutônia

Evento discute segurança do trabalho

(NR) 31, do Ministério do Trabalho

e do Emprego.

Mediado pelo gerente regio-

nal da Emater/RS-Ascar, Marcelo

Brandoli, o painel contou com a

participação da médica do tra-

balho do Centro de Referência em

Saúde do Trabalhador (Cerest),

Adriana Skamvetsakis, que apre-

sentou dados relativos à morta-

lidade por acidentes no trabalho

agrícola entre 2000 e 2010, além

de outras informações sobre doen-

ças ocupacionais.

Entre os painelistas, também

estiveram os representantes

da Federação dos Assalariados

Rurais (Fetar) do RS, Gabriel

Bezerra da Silva e Eloy dos

Santos Leon, que abordaram a

NR 31. Ela objetiva estabelecer

preceitos a serem observados

na organização e no ambiente

de trabalho, de forma a tornar

compatível o planejamento e o

desenvolvimento das atividades

Paverama

Durante o mês de junho dois

projetos de qualificação da saúde

foram concluídos. Depois de 13

anos pagando aluguel para man-

ter infraestrutura da unidade em

Fazenda São José, a administração

municipal inaugurou espaço pró-

prio. Com R$ 13 mil de investimen-

to, transformaram a antiga Escola

Municipal de Ensino Fundamental

Reinaldo Markus. O novo ambiente

dispõe de espaço para a comunida-

de, visando o aumento da popula-

ção na localidade.

Como o prédio era antigo, as

redes elétrica e hidráulica foram

modificadas. Pintura e melhorias

em portas e janelas foram reali-

zadas. A administração também

adquiriu móveis para ofertar con-

forto aos pacientes. Vilma Silva,

66, comemora a nova infraestru-

tura. “Agora sim tem lugar para

todo tipo de atendimento”.

Na Cidade Baixa, a Unidade Bá-

sica de Saúde recebeu três consul-

tórios, sala administrativa, quar-

da agricultura, pecuária, silvi-

cultura, exploração florestal e

aquicultura, com segurança e

saúde no ambiente de trabalho.

Também se pronunciou o enge-

nheiro agrônomo do Conselho Re-

gional de Engenharia e Agrono-

mia (Crea), Walmor Luiz Roesler.

O evento foi finalizado com um

painel ministrado pelo professor

Márcio Mugge, que apresentou os

detalhes relativos a um curso de

40 horas sobre a NR 31.

O treinamento visa a conscien-

tizar o trabalhador a respeito

dos riscos aos quais está exposto

durante a execução de suas ati-

vidades, além de orientá-lo para

a adoção de procedimentos mais

seguros e menos nocivos a sua

saúde. Os detalhes devem ser di-

vulgados em breve.

Cerca de 200 pessoas participaram do Seminário realizado no Colégio Teutônia

DIVULGAÇÃO

Município apresenta ampliação no posto em Fazenda São José

to coletivo para até seis pessoas,

sanitários, área de convivência,

ambulatório para curativos, de-

pósito e sala de esterelização. No

total foram investidos R$ 398 mil

oriundos da Secretaria Estadual

de Saúde. No acesso à unidade, foi

construída rampa para facilitar a

entrada de veículos com pacientes

em casos de emergência, ou para

remoção. Além disso, a equipe de

saúde recebeu um Fiat Doblô e elé-

trocardiógrafo. A inauguração do

novo complexo ocorreu na sexta-

-feira à tarde.

Comunidade recebe quadra coberta

A localidade de Santa Mano-

ela foi escolhida para receber

empreendimento de fomento ao

esporte. Na terça-feira, o Exe-

cutivo iniciou a construção de

uma quadra poliesportiva orça-

da em R$ 278.181,53 com recur-

sos no Ministério dos Esportes

e contrapartida municipal. A

infraestrutura será construída

ao lado da sede do Esporte Clube

Internacional.

Solenidade reuniu cem moradores da localidade. Investimento foi de R$ 13 mil

DIVULGAÇÃO

Page 12: AH - Principal | 02 de julho de 2016

Michiele Boch

Moradora de Estrela

As informações

dos rótulos não

adiantavam

muito.”

Cidades12 A HORA · FIM DE SEMANA, 2 E 3 DE JULHO DE 2016

Saiba mais

Vale do Taquari

Uma resolução da An-

visa, aprovada em ju-

nho de 2015, começa

a valer a partir des-

te domingo. As embalagens de

todos os produtos alimentícios

industrializados deverão conter

informações sobre ingredientes

que podem causar alergia.

O alerta deve ser feito mesmo

quando os ingredientes forem

derivados do alergênico ou ti-

verem apenas traços dele. Nos

casos em que não for possível

garantir a ausência dessas subs-

tâncias, no rótulo deve constar

essa informação em destaque.

Conforme o novo regulamen-

to, as embalagens deverão mos-

trar a existência de 17 alimentos

como trigo, crustáceos, ovos,

peixes, amendoim, soja, leite de

todos os mamíferos, entre outros.

A Campanha Põe no Rótulo,

organizada por um grupo de

famílias que enfrentam proble-

mas de alergias alimentares,

incentivou a agência regulado-

ra e as indústrias alimentícias

para a medida. A Anvisa rece-

beu a mobilização e aprovou

nova regra, oferecendo um ano

de prazo para as indústrias se

adaptarem.

Segundo a gerente de Restau-

rante e Segurança Alimentar

de uma rede de supermercados,

Giovana Bianchetti, devido às

normas estabelecidas, todos

os produtos estão sendo averi-

guados para ficar em confor-

midade com a legislação. “Os

produtos recebidos de fornece-

dores passam por auditoria na

chegada às lojas e, caso este-

jam em inconformidade, serão

devolvidos.”

Segundo o órgão, se estima

que de 6% a 8% das crianças do

território nacional, com menos

de 6 anos, sofram de algum tipo

de alergia. Na maior parte dos

casos, a única providência é evi-

tar o consumo.

Peregrinação no supermercado

Michiele Juliane Boch, 32, é

mãe de um bebê de 10 meses que

é alérgico múltiplo. Ovo, leite de

Lei vigora a partir de domingo. Embalagens devem conter dados sobre alergias

Norma exige mais informações no rótulo

Trigo (centeio, ceva-da, aveia e suas estirpes hibridizadas); crustáceos; ovos; peixes; amendoim; soja; leite de todos os mamíferos; amêndoa; avelã; castanha-de-caju; castanha-do-Pará; maca-dâmia; nozes; pecã; pis-taches; pinoli; castanhas, além de látex natural.

Como era:Até hoje, a única informação obrigatória em rótulos

era quanto ao glúten. Quem é alérgico a outros pro-dutos precisa estar constantemente de olho na lista de ingredientes para evitar complicações, que variam de vermelhidão na pele, problemas intestinais e até choque anafilático, em casos mais graves.

Como será: Os rótulos, de acordo com a Anvisa, deverão

trazer informações de maneira clara. Nas informa-ções deverão constar: alérgicos - contém (nomes comuns dos alimentos que causam alergias); Alérgicos - contém derivados de (nomes comuns dos alimentos que causam alergias).

vaca e soja não podem estar no

cardápio. Os problemas de Fran-

cisco começaram aos 40 dias de

vida. “Mamava e gritava de dor.

Tinha muita cólica e vomitava

tudo.”

A procura por um gastrope-

diatra trouxe repostas desagra-

dáveis: deveria excluir todos os

fragmentos desses ingredientes.

Com a dieta modificada e restri-

ta, passou a comer apenas em

casa, no máximo, uma janta ou

almoço na casa da mãe.

A peregrinação aos supermer-

cados em busca de alimentos

livres dos alergênicos passou a

ser parte da rotina. Obrigou-se

a ler todos os rótulos dos produ-

tos e a ligar para os Serviços de

Atendimento ao Consumidor a

fim de obter informações sobre

a forma como foram elaborados.

“As informações dos rótulos não

adiantavam muito.”

Michiele ressalta que diferen-

tes alimentos embalados com a

mesma máquina deixavam tra-

ços dos produtos que provocam

as alergias. A mesma máquina

que embalou o arroz poderia ter

embalado a soja e isso causaria

crises ao filho.

Na primeira semana que ela

descobriu a múltipla alergia

do bebê, não encontrou infor-

mações nos rótulos. “Voltei

chorando para casa.” Depois de

participar de grupos de autoa-

juda e de aprofundar as pesqui-

sas sobre o tema, identificou as

marcas adequadas.

O tempo que passou a perder

para fazer as compras tripli-

cou. Hoje, ir ao mercado signifi-

ca uma hora e meia de pesqui-

sas.

A notícia de obrigatoriedade

das empresas em divulgar os

pormenores, incluindo resquí-

cios de alergênicos, veio em

boa hora. Agora, outra preocu-

pação ganha espaço. Os produ-

tos de higiene também levam

resquícios alergênicos. “Tenho

que cuidar do sabonete, xam-

pu, pasta de dente, porque tudo

pode contar, mesmo que não es-

teja no rótulo.”

Ingredientes alergênicos:

Michiele passa por dificuldades para escolher alimentos nos supermercados. Acredita que a medida facilitará as compras e evitará crises de alergia no filho

ANDERSON LOPE

Page 13: AH - Principal | 02 de julho de 2016

Cidades 13A HORA · FIM DE SEMANA, 2 E 3 DE JULHO DE 2016

Vale do Taquari

A atualização do número

de veículos que transi-

tam pela BR-386 começa

a ser desenvolvida às

24h do sábado e deve levar uma

semana. A contagem será feita por

integrantes do Exército e da Polícia

Rodoviária Federal (PRF) em frente

à Unidade Operacional da polícia,

em Montenegro. A tendência é de

redução na velocidade do fluxo pró-

ximo ao quilômetro 422.

A instalação de equipamentos

e do acampamento dos militares

atuantes na contagem iniciou des-

ta quinta-feira. As atividades vão

ocorrer durante 24h até o sábado

seguinte. Em nota emitida pela

PRF, o levantamento é indicado

como parte da base para estudos

rodoviários do governo federal. Le-

vantamento de 2014 na BR-386 in-

dicou Volume Diário Médio (VDM)

superior a 33, 3 mil veículos/dia

em trecho de pista dupla de Lajea-

do. Já em Marques de Souza, em

trecho simples, o VDM ficou 9,4 mil

veículos/dia.

No ano passado, a BR-386 estava en-

tre as 11 rodovias indicadas pelo Mi-

nistério dos Transportes para receber

estudos técnicos das novas concessões

rodoviárias. O trecho determinado

Pesquisa inicia no sábado e se estende por 7 dias

Exército e PRF contam fluxo de veículos na BR

para o estudo é entre o entroncamen-

to com a BR-116, em Porto Alegre, e a

BR-377, em Carazinho.

Ao todo, o governo federal esti-

mava investir R$ 31,2 milhões em

duplicações de pistas, construção

de terceiras faixas e pistas adicio-

nais para 4,3 mil quilômetros. O

Departamento Nacional de Infraes-

trutura de Transporte (Dnit) confir-

ma ainda a previsão de concessão

desse segmento da BR-386 para ini-

ciativa privada. Também sem defi-

nir prazos, o órgão aguarda poder

retomar os serviços de duplicação

entre Estrela e Tabaí.

ÚLTIMA MANUTENÇÃO EM 2015

ANDERSON LOPES

Operação conjunta faz parte do levantamento para indicar ao governo federal o movimento nas rodovias

Segundo a Superinten-dência Estadual do Dnit, as condições da pista são monitoradas de forma cons-tante. A última manutenção da rodovia foi entre o fim de 2014 e janeiro de 2015.

Desde lá, equipes fizeram correções pontuais como tapa-buraco nas cabeceiras da ponte do Rio Taquari. A Superintendência reconhece a desagregação no concreto de uma das juntas, mas salienta o preenchimento do asfalto até a recuperação por serviço especializado. O contrato de manutenção prevê a corre-ção e recapeamento de 140 quilômetros de pista.

Segundo o departamento, a ordem de serviço para o

início da manutenção foi assinada em maio para a manutenção entre quilôme-tros 251,2, em Soledade, e o 392,3, em Tabaí. Os ser-viços continuados envolvem, além dos reparos da pista e sinalização, a limpeza da drenagem, meios-fios, roça-da e da faixa de domínio. O investimento do contrato de dois anos de duração é de R$ 75 mil.

Desde a assinatura, salienta a execução de ro-çadas entre Soledade e Fa-zenda Vilanova, serviços de tapa-buraco. Entre Lajeado e Estrela, Fontoura Xavier e Tabaí, as equipes fizeram a limpeza de sarjetas, meios--fios e pontes no segmento.

Page 14: AH - Principal | 02 de julho de 2016

Polícia

A HORA · FIM DE SEMANA, 2 E 3 DE JULHO DE 201614

ENCANTADO – A Brigada Militar (BM) encontrou 14 pedras de crack com um menor nessa quinta-feira. O adolescente estava no bairro Navegantes.

Durante a patrulha, os agentes abordaram o jovem. Ele foi encaminhado à delegacia e liberado após o registro por tráfico de drogas.

Polícia apreende menor por posse de drogas

Paverama

A criminalidade aumenta e ignora as vítimas. Na quarta-feira à noite, a Escola de Educação In-

fantil Criança Feliz, de Fazenda São José, foi invadida. Os criminosos entraram pelos fundos e furtaram bolachas e pães. Na instituição, es-tudam 40 crianças de até os 5 anos.

Em um ano e seis meses, a escola de Fazenda São José foi arrombada três vezes

Ladrões roubam creche por bolacha e pão

Esse foi o terceiro episódio em um ano e seis meses. Em outras duas escolas, foram registradas tentati-vas de arrombamento.

No episódio mais recente, nenhu-ma porta foi arrombada. Segundo a diretora Roséli Maria Osro, 42, no ano passado, quando roubaram televisor, rádio, botijão de gás e car-

nes, devem ter levado um molho de chaves. “Fico indignada. É difícil conseguirmos as coisas para a esco-la. Fazemos promoções para adqui-rir mais itens e melhorar o ensino e ainda somos roubados. É desanima-dor”. Para evitar novas invasões, to-das as fechaduras do educandário foram trocadas.

Apesar de recorrente, o episódio assusta os funcionários da institui-ção. Celenira Goulart, 35, trabalha na creche faz quatro meses e busca respostas para o roubo. “Fico sur-presa, porque não foram coisas de muito valor e além disso, tiraram de crianças inocentes. Será que eles não sabiam que os alimentos eram

para crianças?” Na noite do dia 21, a Pingo de

Gente, da Cidade Baixa, foi alvo. Por uma janela de madeira, tenta-ram invadir a escola. Embora não tenham levado nada, os danos materiais e a sensação de insegu-rança preocupam. Para a diretora Fernanda Kussler, os bandidos estão mudando o foco do crime. “É triste, porque são instituições de ensino e muitas vezes, filhos e sobrinhos de quem tenta arrombar estudam por aqui. O crime em si é triste e agora, além de roubar casas, estão inva-dindo escolas.”

O temor da administradora é que os recursos arrecadados com esforço e que são investidos na infraestrutura e aquisição de ele-trodomésticos sejam furtados. “É complicado conseguirmos algum dinheiro e ainda querem tirar o pouco que temos.”

Inaugurada no sábado passado, a Escola Municipal de Ensino Funda-mental Prudêncio Franklin dos Reis, de Morro Bonito, também sofreu tentativa de arrombamento. No en-tanto, nada foi levado.

Escola Municipal Criança Feliz foi arrombada nessa quarta-feira à noite. Criminosos levaram estoque de bolachas e pães

MACIEL DELFINO

Santa Clara do Sul

A Polícia Civil cumpriu manda-dos de busca e apreensão nessa quinta-feira à noite. O alvo era uma casa no quilômetro 7 da ERS-413. Coordenada pelo delegado Juliano Stobbe, a operação teve apoio de agentes das delegacias de Estrela, Cruzeiro do Sul, Re-gional, além da Especializada no Atendimento à Mulher.

Na residência, foi efetuada a pri-são de duas pessoas pelos crimes de tráfico de drogas, posse irregular de arma de fogo e receptação. Com os dois suspeitos, o pai de 40 anos e o filho de 21, foram encontrados

Polícia prende pai e filho portráfico de drogas e posse de arma

50 gramas de cocaína, embaladas para venda, uma espingarda (no sistema da polícia constando como furtada), uma balança de precisão,

material para embalar droga e cer-ca de R$ 5 mil em dinheiro e che-ques. Os dois foram enviados para o presídio de Lajeado.

Suspeitos foram encaminhados para o presídio de Lajeado nessa quinta

Estrela

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu um foragido da Jus-tiça nessa quinta-feira. A captura ocorreu na BR-386, em Estrela. Os agentes receberam informações da tribo indígena de que o suspei-to estaria nas imediações. O fora-gido havia sido preso por tráfico de drogas em 2012 e condenado a oito anos de prisão.

O preso tem 30 anos e estava no regime semiaberto. Ele foi en-caminhado à delegacia de Estrela e entregue à 1ª Vara de Execuções Criminais de Lajeado.

PRF captura foragido do presídio

Page 15: AH - Principal | 02 de julho de 2016

Amadores

Bom Retiro do Sul define o campeãoJogos ocorrem domingo, a partir das 12h, no campo do Rudibar, no centro

A HORA · FIM DE SEMANA,

2 E 3 DE JULHO DE 2016

PATROCÍNIO:

A 15 dias do começo do

Regional Aslivata,

mais um campeona-

to municipal chega

ao fim neste domingo – o ama-

dor de Bom Retiro do Sul. Rudi-

bar e Floriano decidem o título

da competição em ambas as

categorias. As partidas ocor-

rem a partir das 13h no campo

do Rudibar.

No jogo de ida, Rudibar e Flo-

riano empataram nas duas ca-

tegorias. Nova igualdade neste

domingo leva a decisão do títu-

lo para as penalidades.

Na categoria titular, o Rudi-

bar aposta no retrospecto para

ficar com o título. Na fase classi-

ficatória, o time do centro ven-

ceu o Floriano nos dois jogos – 4

a 0 e 3 a 1. Na aspirante, cada

equipe venceu um jogo.

LajeadoA decisão da Copa Gastão Va-

landro inicia neste domingo, no

Estádio Elísio Trevisol, no bairro

São Cristóvão. Os jogos começam

às 13h30min, na categoria aspi-

rante, e 15h30min, na titular.

Dono da melhor campanha

aspirante, o União Campestre

aposta no retorno de Marlon

Bundchen para vencer o Inter-

nacional. No único encontro, as

equipes empataram em 2 a 2.

Na categoria titular, a deci-

são é entre União Carneiros e

Internacional. O time do bair-

ro Carneiros perdeu apenas

um jogo na competição. Já o

Internacional não conta com o

centroavante Claudiomiro Mar-

ques, suspenso. Por ter melhor

campanha, o União tem a van-

tagem de jogar por dois resulta-

dos iguais.

Boqueirão do LeãoA partida de ida da final do

amador ocorre no campo do Grê-

mio 5 de Junho, no centro. Os jo-

gos iniciam às 13h30min, pela

categoria aspirante, e 15h30min

pela titular. O jogo da volta ocorre

no dia 10, em Alto Boqueirão.

Após eliminar o São Brás, o Grê-

mio 5 de Junho encara o Esporti-

vo, de Linha Data, na decisão da

categoria aspirante. Por ter me-

lhor campanha, tem a vantagem

do empate.

Na titular, os donos da casa en-

frentam o Independente, de Alto

Boqueirão. Na primeira fase, o Inde-

pendente vencendu o jogo por 1 a 0.

Bom Retiro do Sul Final/Jogo da volta

CentroRudibar x Floriano (aspirante e titular)

LajeadoFinal/jogo de ida

São CristóvãoInternacional x União Campestre (aspirante)

São Cristóvão – Internacional x União Carneiros (titular)

Boqueirão do LeãoFinal/jogo de volta

Centro – Grêmio 5 de Junho x Esportivo (aspirante)

Centro – Grêmio 5 de Junho x Independente (titular)

JOGOS DO

FIM DE SEMANA

Floriano e Rudibar decidem o título em Bom Retiro do Sul. Se houver novo empate, disputa será nos pênaltis

Internacional, do bairro Conservas, tem o desfalque de Claudiomiro Marques

DOUGLAS SANTOS / DIVULGAÇÃO

FÁBIO KUHN

Page 16: AH - Principal | 02 de julho de 2016

16

Vale do Taquariaguarda a

chama olímpicaConsiderada um símbolo de união e paz, a tocha vai

estar no Vale do Taquari por cerca de três horas nesta

terça-feira de manhã. Será conduzida por 27 pessoas de

Encantado e Lajeado pelas principais ruas das cidades.

A HORA · FIM DE SEMANA, 2 E 3 DE JULHO DE 2016

A tocha dos Jogos Olím-

picos do Rio/2016 está

mais próxima do Vale

do Taquari. Neste do-

mingo, o símbolo da união e paz

adentra o estado pela BR-153, em

Erechim. Nesta terça-feira de ma-

nhã, ela estará na região durante

cerca de três horas.

Em Encantado e Lajeado, a to-

cha será conduzida por 27 pesso-

as. São atletas, incentivadores do

esporte, alunos e escolhidos pelos

patrocinadores do revezamento –

Coca-Cola, Nissan e Bradesco.

O evento deve reunir milha-

res de pessoas. Apenas na pro-

gramação encantadense, foram

confirmados em torno de 1,5 mil

No dia 9, a tocha se despede do

RS, em Torres, depois de ficar uma

semana no estado. A chegada

ao Rio de Janeiro, sede dos Jogos

Olímpicos, está programada para

o dia 5 de agosto.

Durante o revezamento, a cha-

ma percorrerá dez mil quilôme-

tros aéreos e 20 mil quilômetros

terrestres. Passará pelas mãos

Dia 3 – Erechim e Passo Fundo Dia 4 – São Miguel das Missões, Santo Ângelo, Ijuí e Cruz AltaDia 5 – Encantado, Lajeado, Santa Cruz do Sul e Santa MariaDia 6 – São Sepé, Caçapava do Sul, Canguçu, Rio Grande

e Pelotas Dia 7 – São Lourenço do Sul, Camaquã, Guaíba e Porto AlegreDia 8 – Canoas, Esteio, Novo Hamburgo, Gramado, Cane-la, Nova Petrópolis e Caxias do SulDia 9 – Bento Gonçalves e Torres

lado dos condutores.

Revezamento no RSO primeiro condutor da tocha

em terras gaúchas será o ex-go-

leiro e ex-coordenador da CBF, Gil-

mar Rinaldi. Ao total, 617 pessoas

foram indicadas para levá-la nas

28 cidades do RS.

O revezamento pelas cidades

pode durar de 25 minutos a qua-

tro horas – caso da capital Porto

Alegre. Em São Miguel das Mis-

sões, no sítio arqueológico de São

Miguel Arcanjo, haverá a Photo

Oportunity. A chama olímpica

será fotografada no ponto turísti-

co e essa será a imagem gaúcha

do revezamento para o mundo.

moradores das cidades da região

alta do Vale. As administrações

municipais interrompem ruas

centrais e programam mudanças

no trânsito durante as atividades.

Em paralelo à programação ofi-

cial, a administração de Cruzeiro

do Sul se mobilizou para acompa-

nhar a passagem da chama olím-

pica pela ERS-130. Mais de mil pes-

soas devem participar do evento a

partir do meio-dia.

Ainda na terça-feira, o reveza-

mento passa por Santa Cruz do

Sul e Santa Maria. O comboio da

tocha olímpica conta com 20 ve-

ículos, entre carros e caminhões.

Ela é guarnecida por 66 agentes

da Força Nacional, que desfila ao

CAMINHOS DA TOCHA

Page 17: AH - Principal | 02 de julho de 2016

17

Reportagem: Fábio Kuhn

FIM DE SEMANA, 2 E 3 DE JULHO DE 2016 · A HORA

Cruzeiro do sul A chama olímpica não para no

município de 12 mil habitantes. Porém, a administração municipal convida a população a realizar um evento paralelo à programação ofi-cial e acompanhar a passagem da tocha pela RS-130.

Conforme expectativa dos orga-nizadores, mais de mil cruzeiren-ses devem participar do evento, na maioria, estudantes da rede municipal. O grupo estará con-centrado em um trajeto de 400 metros entre o pedágio e a Polícia Rodoviária Estadual.

O coordenador da atividade, Ra-fael Mitchell, relata que a ação se inspira no Caminho do Gol (evento realizado em Porto Alegre durante a Copa do Mundo com apresenta-ções artísticas no percurso até o es-tádio que sediava os jogos). “A ideia

aqui é fazer o Caminho da Tocha.”Ocorrem apresentações artís-

ticas de CTGs, grupo de danças e músicos. O consulado da du-pla Gre-Nal cruzeirense também acompanha a atividade.

Para Mitchell, esse é um evento único e deve ser prestigiado pela comunidade. “Essa será a primeira vez que a tocha vai passar pela re-gião. É um momento histórico.” No mês de maio, ele já havia organi-zado uma palestra nas escolas de Cruzeiro do Sul com Cláudio Neis (condutor da tocha em Atlanta na década de 90).

Durante o revezamento, a chama percorrerá 10 mil quilômetros aéreos e 20 mil quilômetros ter-restres. Passará por mais de 12 mil mãos

Encantado Dez condutores vão levar a to-

cha em Encantado. A programa-ção inicia às 9h (44 minutos antes da chama olímpica chegar no município) com a distribuição de viseiras e organização do público.

A chegada do comboio Esquen-ta, com os veículos dos patrocina-dores Brades-co, Coca-Cola e Nissan, inicia às

9h39min na rua Pa-dre Anchieta, esquina com a rua Olívio Dal-pasquale, pelos alunos do Escola Monsenhor Scalabrini: Emily Nicole Gebing Pinheiro, Júlia Martini Dalmoro e Larissa Klunck Veronese.

O roteiro segue pela Padre An-chieta até a rua Duque de Caxias, na esquina do Bradesco. Sobe até a rua Barão do Rio Branco, onde segue pela rua Júlio de Castilhos até o Hospital Beneficente Santa Terezinha. Passa pela rua Coro-nel Sobral e sobe a rua Monse-nhor Scalabrini até a Praça da

Lajeado A partir das 9h, começa a pro-

gramação lajeadense do reveza-mento da tocha. Ocorre na concha acústica do Parque Processor The-obaldo Dick com apresentações do Coral Conviver, Apae Lajeado, equi-pes de ginástica da Univates, pre-miação do concurso de redações das escolas, Apae Teutônia e Mato Leitão Gauchesca.

A chama olímpica chega a La-jeado às 10h53min. Cada um dos 17 condutores percorre 200 metros com a tocha. A caminhada começa na avenida Senador Alberto Pas-qualini (entrada pela BR-386).

Segue pela contramão na Júlio de Castilhos até a esquina com a rua Saldanha Marinho. Entra na Ben-jamin Constant e faz a volta pela Praça do Chafariz e Praça da Matriz até chegar à rua Bento Rosa. Volta para a Júlio de Castilhos e segue a rua Santos Filho, onde se desloca até o Parque dos Dick.

Quando a chama olímpica che-gar no local, deverá estar ocorren-do uma apresentação da Oclaje. A tocha ficará 15 minutos na concha acústica. No período, apresentações representam as etnias da cidade: alemã, italiana, afro, indígena e gaúcha. Programação finaliza por volta das 12h5min com a Orquestra do Gustavo Adolfo.

TrânsitoO estacionamento de veículos es-

tará proibido das 6h às 11h45min nas ruas por onde a tocha passará e no Parque dos Dick. Conforme a administração municipal, 35 fis-

Bandeira.No local haverá celebração

com apresentação da Orquestra Municipal, do tenor mirim Vitor Delazeri Fernandes, entrega dos certificados do concurso de reda-ção Educa RS e atividade física com aula de ginástica. A Apae co-mercializa lanches e bebidas. Se o tempo colaborar, paramotores enfeitam o céu de Encantado.

Trânsito Para realizar o evento com

menor impacto possível na cir-culação urbana, serão realizadas alterações no trânsito. As ruas no trajeto estarão interrompidas. No sentido bairro Santo Antão/Pla-nalto ao centro, quem vem pela rua Júlio de Castilhos pode utili-zar a rua Treze de Maio.

Pela rua João Sana, entrar na Vila Moça ou na rua Treze de Maio e utilizar a rua Sete Irmãos. Quem vem no sentido bairro Santa Clara ao centro poderá utilizar a Padre Anchieta até a rua Bortolo Secchi, pegar a rua Bahia em direção à região do hospital.

Condutores confirmadosAntonio Martins dos ReisAnapaula GotardiBruno Alexander Paré Gonçal-

ves dos SantosSandro Ben Hur Gonçalves do

NascimentoFernando Torres de SouzaMarkus HohnObs: o nome dos demais condu-

tores não foi repassado pelos orga-nizadores

cais de Trânsito e a Brigada Militar orientam a circulação de veículos.

Condutores confirmadosMarcel StürmerAdilvo Battisti Daniel Sehn Júlio Cesar Coutinho PereiraVilma Secconello Caroline Fontana TroianAlessandro Willms Segalin Obs: o nome dos demaiscondutores não foirepassado pelosorganizadores

Lajeado

DIVULGAÇÃO

Page 18: AH - Principal | 02 de julho de 2016

GRE-NAL EM NÚMEROS

SERVIÇOS

18 A HORA · FIM DE SEMANA, 2 E 3 DE JULHO DE 2016

Domingo de clássico pelo BrasileirãoInter e Grêmio se enfrentam diante de um Beira-Rio lotado neste domingo, às 11h, no Gre-Nal 410,

válido pela 13ª rodada do Brasileirão. Em momentos distintos e com possíveis retornos, as equipes

buscam se manter entre as primeiras colocadas.

O treino do Grêmio teve uma boa notícia

para o técnico Roger Machado. O atacante Miller Bolaños partici-pou do trabalho com os reservas e deve estar à disposição para o clássico. O equatoriano não atua pelo Tricolor desde a segunda ro-dada do Brasileirão, na vitória de 1 a 0 sobre o Flamengo na Arena.

Depois de atuar alguns minu-tos na derrota para o Flamen-go nessa quarta-feira, Valdívia pode ser a novidade de Argel Fucks no time titular do Inter-nacional. O meia deve ocupar a vaga de Anderson na equipe. Caso não jogue, Gustavo Ferra-reis será o titular. Outra novi-dade é Fabinho, que cumpriu suspensão na última rodada e deve voltar no lugar de Fernan-do Bob.

Paulão, que fez tratamento intensivo de uma lesão mus-cular, voltou a treinar nessa sexta-feira e pode ficar à dis-posição para o clássico. A di-reção ainda espera regularizar a situação de Ariel. A ideia é contar com ele para o banco de reservas.

Para a partida deste domin-go, 40 mil pessoas são espera-

O quê: Gre-Nal 410

Onde: Estádio Beira-Rio, às 11h

Quem apita:Dewson Freitas

Onde assistir:Premiere e PFCI

Ingressos: restam apenas bilhetes para as áreas VIP

Total – 410 jogos– 154 vitórias do Internacional– 127 vitórias do Grêmio– 128 empates

Pelo Brasileirão

– 51 jogos– 17 vitórias do Internacional– 21 vitórias do Grêmio– 13 empates

No Beira-Rio– 112 jogos – 45 vitórias do Internacional – 27 vitórias do Grêmio – 41 empates

reção ainda espera regularizar a situação de Ariel. A ideia é contar com ele para o banco de reservas.

Para a partida deste domin-go, 40 mil pessoas são espera-

Recuperado, Valdíviapode começar a partida

Bolaños pode sera novidade no Grêmio

O O qu

On teRio,

CLASSIFICAÇÃO

Clubes PG J V E D SG1º – Palmeiras 25 12 8 1 3 14

2º – Corinthians 22 12 7 1 4 8

3º – Grêmio 21 12 6 3 3 6

4º – Internacional 20 12 6 2 4 4

5º – Flamengo 20 12 6 2 4 2

6º – Santos 19 12 6 1 5 8

7º – Atlético-MG 19 12 5 4 3 2

8º – São Paulo 18 12 5 3 4 0

9º – Chapecoense 18 12 4 6 2 0

10º – Atlético-PR 17 12 5 2 5 -2

11º – Ponte Preta 17 12 5 2 5 -5

12º – Fluminense 16 12 4 4 4 -2

13º – Vitória 16 12 4 4 4 -3

14º – Cruzeiro 14 12 4 2 6 -2

15º – Figueirense 14 12 3 5 4 -4

16º – Coritiba 13 12 3 4 5 -3

17º – Sport 12 12 3 3 6 -2

18º – Botafogo 12 12 3 3 6 -6

19º – Santa Cruz 11 12 3 2 7 -4

20º – América-MG 8 12 2 2 8 -11

das. Restam ainda bilhetes para as áreas VIP do Beira-Rio, aos encargos da Brio, empresa que se respon-sabiliza pela gestão do estádio.

Provável time:Muriel, Willian, Ernando,

Paulão, Arthur, Fabinho, Doura-do, Valdívia (Gustavo Ferrareis), Seijas, Eduardo Sasha e Vitinho.

Além de Bolaños, Pedro Rocha também treinou com bola e deve ser opção no banco no Beira-Rio. Luan sentiu apenas um descon-forto no jogo contra o Santos e não será problema no Gre-Nal. Após cumprir suspensão, Ramiro pode retornar ao time no lugar do jovem Jaílson.

Em contrapartida, Maicon, Pedro Geromel e Wallace Reis se recuperam de lesão e não enfren-tam o Colorado. O Grêmio ainda realiza um treinamento antes do clássico. Neste sábado, a ativida-de começa às 8h30min. Depois, os jogadores iniciam a concentração para o clássico contra o Inter.

Provável time: Marcelo Grohe, Edilson, Rafael Thyere, Fred, Mar-celo Oliveira, Wallace, Ramiro (Ja-ílson), Giuliano, Douglas, Éverton (Bolaños) e Luan.

Sábado

16h Fluminense x Coritiba

18h30min Atlético-PR x América-MG

Domingo

11h Cruzeiro x Vitória

11h Internacional x Grêmio

16h Botafogo x Santa Cruz

16h Corinthians x Flamengo

16h Santos x Chapecoense

16h Ponte Preta x São Paulo

19h Figueirense x Atlético-MG

Segunda-feira

20h Sport x Palmeiras

JOGOS

Page 19: AH - Principal | 02 de julho de 2016

Jogos

19A HORA · FIM DE SEMANA, 2 E 3 DE JULHO DE 2016

Informe www.ctclajeado.com.brww

Quarta divisão chegaà fase eliminatória

Equipe Pontos Disciplina

1° Galera 23 460

2° Dream Team 19 440

3° Banguzinho 18 300

4° C. Mirim/Charrua 17 290

5° Rebordose 16 500

6° Aliança 14 320

7° C. Mirim D 14 440

8° Donos da Bola 13 410

10 610

10° C. Mirim/Arco-Gás 4 330

11° Falcatrua 3 280

12° Tocafogo 3 400

Equipe Pontos Disciplina

1° Amnésia 27 80

2° Smurfs 22 240

18 450

17 340

5° Hangover 15 360

6° DK FC 14 410

13 320

8° Metralhas 12 400

9° Sodabeb 11 430

11 400

8 440

12° Ghost 4 500

Equipe Pontos Disciplina

17 280

2° Galera 17 320

3° Lesionados 16 240

16 280

15 270

6° C. Mirim D 11 120

7° No Migué 11 310

8° S.O.S 11 320

9° Descontrole 7 100

10° Four 7 300

11° Toca Água 6 280

12° ADL 1411 4 300

Equipe Pontos Disciplina

21 200

18 460

16 440

15 580

5° Dream Team 12 220

6° Kuasenada 7 380

7° Baile de Monique 6 320

8° Aliança 6 600

4 500

Primeira divisão Segunda divisão Terceira divisão Quarta divisão

Classificação

Segunda divisão

Terceira divisão

Quarta divisão

Dos oito times que permanecem na quarta divisão da Copa CTC/Espaço3 Arquitetura, quatro serão eliminados na rodada de

sábado. O jogos válidos pela fase elimina-tória ocorrem a partir das 12h15min.

No confronto de abertura, o Pumas – dono da melhor campanha com 21 pontos – encara o Aliança – equipe que venceu dois dos oito jogos disputados até o mo-

mento. Durante a fase de grupos, o Pumas goleou o adversário por 5 a 2.

B.E.C encara o Baile de Monique. No retrospecto, B.E.C está melhor com uma vitória por 1 a 0. Supérfluos e Kuasenada jogam às 14h15min. Pela fase de grupos, Supérfluos derrotou o adversário por 3 a 0.

No último confronto da divisão, Canhão joga contra o Dream Team. As equipes se enfrentaram uma vez na fase de grupos.

Canhão levou a melhor ao vencer por 2 a 1.

Única equipe eliminada até o mo-mento na categoria é o Pampero. O time ficou na nona e última colo-cação durante a fase de grupos ao marcar apenas 4 pontos em oito jo-gos – aproveitamento de 17% (veja tabela de classificação).

Fase de grupos termina na segundona

Seis partidas da segunda divisão decidem quem fica na Série Ouro e quem vai para a Prata. Hangover, DK FC, 100 Pressão, Metralhas, Soda-beb e Executivos jogam para definir a situação na rodada de sábado.

Restam três rodadas na terceira divisão

As equipes da terceira divisão jogam seis partidas a partir das 12h15min. Destaque para o con-fronto dos líderes Pampero versus Coroas Mirim D e Galeras versus C. Mirim/Posto do Arco.

Liderança isolada na primeira divisão

O Galera venceu o Coroas Mirim/Arco-Gás por 3 a 2 (gols de Jô Sabka, Sílvio Peralta e Eleonardo Veit) e dis-parou na liderança da primeira di-visão com 23 pontos. A equipe tem 4 a mais que o segundo colocado Dre-

am Team – time que foi goleado por 6 a 0 pelo Banguzinho. Na rodada deste sábado, a elite folga.

Neste sábado à tarde, quatro jogos definem os classificados à semifinal da quarta divisão

FÁBIO KUHN

Page 20: AH - Principal | 02 de julho de 2016

Lajeado,fim de semana, 2 e 3 de julho de 2016

Jornalismo / redação: [email protected] Publicidade: [email protected]: [email protected]

Série Ouro

ASTF busca primeira vitória em casaNo sábado, às 20h, a equipe recebe o terceiro colocado AGF no Ginásio da Água. Ingressos custam R$10

Em busca da primeira vitória em casa na Série Ouro de Futsal, a ASTF, de Teutônia, recebe no

Ginásio da Água, às 20h, a AGF, de Guaíba. Ingressos custam R$ 10. Estudantes com comprovan-te pagam R$ 5.

A 3 pontos atrás da zona de classificação, a vitória é único resultado que interessa para a ASTF. Se perder e o América e a ADS vencerem os compromissos, a distância para o quinto colo-cado pode subir para 6 pontos.

Para a partida, o técnico Chris-tian Carniel mantém o time que perdeu para a Assoeva na roda-da passada: Lucas Bastian, Lelê, Karoki, Dionízio e Biel. O único

Chave AJuventude – 14 pontosAlaf – 10 pontosACBF – 10 pontosAsif – 10 pontosAES – 8 pontosBGF – 4 pontosCachoeira Futsal – Sem pontuar

Chave BAssoeva – 18 pontosAtlântico – 15 pontosAGF – 10 pontosADS – 7 pontosAmérica – 7 pontosASTF – 4 pontosAssaf – Sem pontuar

desfalque é o ala Fabinho.O adversário está na terceira

colocação com 10 pontos em seis jogos disputados. Marcou 25 gols e sofreu 23. Na quinta-feira, o time foi a Santa Cruz do Sul e derrotou a Assaf por 5 a 4.

Para a partida deste sábado, a única dúvida da AGF é o goleiro Felipe Moreira, que se recupera de lesão. No primeiro turno, a AGF go-leou a ASTF, em Guaíba, por 7 a 3.

Além de ASTF versus AGF, a rodada tem no sábado Assaf versus ADS, BGF versus Cachoe-ra Futsal e ACBF versus AES. O complemento da rodada ocorre nesta terça-feira, 5, com os con-frontos entre Alaf e Juventude e Atlântico e América.Em três partidas em casa, ASTF perdeu duas e empatou uma

EZEQUIEL NEITZKE