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2.1 Histria, Etnografia e Artesanato

ALGUNS EXEMPLOS DO ARTESANATO EXISTENTE NO ALGARVE

ALBARDAS, MOLINS E ARREIOS Os albardeiros situavam-se essencialmente no interior do Algarve, nas zonas onde ainda se usavam mulas, burros e guas nos trabalhos agrcolas, para

transportar pessoas e mercadorias e tambm para tirar gua das noras. Punham-se as albardas no dorso dos animais e, assim podia-se montar mais

confortavelmente. Por baixo do molim usam carneira para no ferir o animal e por cima usam pele de porco. Alguns molins eram artisticamente enfeitados, para dias de festa. Os albardeiros serviam-se de uma agulha forte para coserem a carneira e a pele de porco. Hoje em dia, estes objectos so utilizados essencialmente para decorao de restaurante ou de residncias. So de muitas cores e costumam chamar-lhes molins floridos.

AZULEJARIA Existe um grupo de artesos espalhados pela regio que se dedica ao fabrico de azulejos e que se inspiram na azulejaria tradicional portuguesa. Os motivos florais e a diversidade de cores, imperam na sua decorao. A azulejaria algarvia sofreu influncia rabe no que respeita s tcnicas utilizadas para a produo. No que concerne decorao, ou seja pintura, dos azulejos, a influncia proveio do continente europeu.

Formadora: Graciana Vieira

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BONECAS DE JUTA Foi em 1989, na sequncia de um curso de conservao do patrimnio cultural, numa oficina de Martinlongo (Flor da Agulha) que surgem as primeiras bonecas de juta. Estas bonecas no integravam a tradio local de trabalhos

artesanais. As bonecas de juta so na sua maioria figuras femininas, inspiradas na vida da aldeia de Martinlongo, que conforme dizem as artess, so bonecas que contam vidas. Feitas de juta (serapilheira), excepo do esqueleto feito em arame, estas bonecas reproduzem em pormenor elementos do corpo e do modo de vestir das pessoas que lhes deram o nome. Por exemplo, a Ti Zefa da Lenha retratada com bengala e o corpo ligeiramente inclinado para a frente. Todas as bonecas tm, a fazer de p, um apanhado na bainha do vestido, que lhes d o dinamismo do movimento, e a cabea adornada com chapus, lenos ou cabelos, sempre em fio de juta, apanhados em puxo. Muitas das bonecas seguram utenslios agrcolas ou domsticos que ajudam a identificar as actividades que representam.

BONECAS DE TRAPO As bonecas de trapo tambm fazem parte do esplio do artesanato do Algarve. Estas bonecas reproduzem

figuras at aos mais pequenos pormenores, desde a roupa interior at s meias e aos sapatos. So constitudas por uma estrutura de arame envolto em tiras de tecido e forrado com esponja e possuem detalhes como a cara bordada, os cabelos em l e o seu vesturio. Relembram tambm os costumes da freguesia ao exibirem trajes confeccionados em

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tecidos tradicionais, imagem dos antigos, com acessrios outrora utilizados em actividades dirias.

BONECOS DE PAU DA SERRA ALGARVIA Tudo comeou com um curso de formao para a rea de restauro do patrimnio cultural, em 1989. Um grupo de mulheres juntou-se para criar uma oficina de brinquedos em madeira de pinho encerada ou pintada. Desenham e depois montam os carrceis de feira, mquinas de trabalho, os carros de corrida, a vaquinha sempre em p, barcos, comboios, palhaos, todo um imaginrio das brincadeiras de garotos do antigamente.

BORDADOS No Algarve tambm bordam em linho ou cambraia. H toalhas de rosto e de mesa, paninhos para o po e almofadas. So bordados a ponto cheio, ponto matiz e ponto cruz.

BANCOSCADEIRAS E BANCOS-TESOURA DE MONCHIQUE Estas teriam aparecido na poca romana, servindo de assento aos rus que eram julgados em praa pblica. O modelo comum destas cadeiras foi sendo passado de gerao em gerao, encontrando-se actualmente em Monchique os grandes

fabricantes destas cadeiras. A produo destas cadeiras teria entrado em declnio nos anos 70 do sc. XX, mas uma figura carismtica desta vila serrana, Jos Salvador, decidiu produzir novos produtos a partir do modelo original, acrescentando-lhe espaldares, criando espreguiadeiras, mesas, bancos. A madeira de amieiro a mais utilizada, por ser mais leve e fcil de trabalhar, no recebendo nenhum tratamento final. A tradio e a novidade nunca encontraram to

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harmoniosa combinao. A cadeira de tesoura hoje um dos smbolos consolidados do artesanato algarvio, e de Monchique em particular.

CARROAS DE TRACO ANIMAL As tradicionais carroas, puxadas por mulas ou cavalos, so feitas em madeira e at h pouco tempo faziam parte da estrutura econmica da regio algarvia. Quando ainda no havia camies, existiam carroceiros profissionais para o transporte de mercadorias, eram os carreiros. Hoje em dia, as carroas ainda so utilizadas nas zonas interiores; no litoral aparecem, por vezes, recuperadas, para passeios tursticos. O abego o carpinteiro que faz as carroas de traco animal, uma profisso que tende a desaparecer. As principais matrias-primas utilizadas so a madeira (geralmente quatro tipos: o cubo, o azinho, o pinho e o eucalipto) e o ferro. Os instrumentos utilizados pelo abego so a plaina (manual), as lixadeiras, a serrafita, o torno mecnico, os engenhos de furar e a guilhotina (elctricos). As carroas so decoradas com pinturas coloridas, que juntamente com o arranjo dos animais lhes d um requinte particular.

CESTARIA Empreita de palma A empreita um dos trabalhos mais significativos do Algarve. um entranado de palma fina que depois enrolada nos mais diversos feitios. habitualmente obra de

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mulheres, que se fazia nas horas vagas; trabalho para o sero das noites de Inverno, em que escurece depressa e no se pode ficar no campo at tarde. Consiste no entrelaado de palma fina, produto que se extrai da palmeira an, que depois de lavada e seca, enrolada nos mais diversos feitios, criando cestas, ceiras, capachos, abanos, alcofas, chapus, tapetes, e at revestimentos para garrafas de vidro. O monocromatismo da pea muitas vezes quebrado pelo tingir das fitas com vrias cores (vermelhas, verdes, roxas, ), sendo ainda possvel a pintura de animais. Como a palma an nem sempre de boa qualidade, usa-se a palma de Andaluzia para artigos de melhor qualidade, ou quando esta falta, recorre-se juta ou ao esparto. um trabalho que se faz em todo o Algarve. Em Estombar existe a Casa da Empreita, fundada em 1916, por iniciativa da ento presidente da Associao Catlica das Filhas de Maria. Desde essa data at aos nossos dias que se mantm em funcionamento, continuando a produzir chapus em empreita fina de palma. Esparto, juta e pita Alm dos objectos de empreita de palma, tambm tm grande importncia artigos semelhantes, que mantm a mesma tcnica de entranar, mas com esparto, juta e pita. Geralmente, os ncleos desta etno-tecnologia localizam-se perto de cursos de gua, como Alte e Paderne. Cestaria em cana e em vime Os cestos algarvios so muitos e variados, distribudos

essencialmente por duas zonas: a serra de Monchique (at Silves) e o Vale do Guadiana. Os cestos de Monchique so geralmente de vime e a sua tcnica

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igual de outras zonas do pas, mas as cores so originais: parecem mais louros. Os de Odeleite so em vime e em cana (meia cana ou quarto de cana) e serviam para transportar peixe e produtos agrcolas; actualmente a sua funo essencialmente decorativa. A condessa de Odeleite um cesto com tampa feito em cana, que nasce perto do rio Guadiana e da ribeira de Odeleite. Nos tempos antigos, nas casas fidalgas, a condessa era utilizada para guardar po, pois o forno s se acendia uma vez por semana. O cesto de Vila Real de Santo Antnio tambm de cana, redonda e com tampa. O cabaz, rgido, vermelho, com quatro ps e duas asas tambm comum em todo o Algarve. Com vergas de videira e canas fazem em Loul uma espcie de cestos que no so utilizados para transporte, mas para proteco de plantas ou de pintos. Esteiraria As esteiras servem no s para cobrir o cho, mas tambm para a confeco de alcofas, ceiras e capachos. A juta, a pita, o bunho e o esparto so os principais materiais da esteiraria que tem em Alte e em Paderne os seus principais centros no Algarve. Os entranados de bunho usam-se muito no Algarve (e no Alentejo) para o revestimento do fundo das cadeiras. H tambm esteiras de bunho e de vime.

CHAMIN ALGARVIA A chamin carto de visita algarvio tem diversas variantes: rendilhada, fendida, a forma de catavento, de pombal, de torre de igreja, de minarete, etc,, e vulgarmente uma autntica obra de arte.

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So um smbolo da regio e uma prova da influncia de cinco sculos de ocupao rabe. Um legado arquitectnico e ornamental presente em grande parte das cidades e vilas do sul de Portugal e visvel nas ruas estreitas, na estrutura das casas e no ar de minaretes das chamins que adornam os telhados. Antigamente, no Algarve no havia duas chamins iguais, porque os mais ou menos elaborados motivos decorativos dependiam sempre dos dias de construo, do prestgio, da vaidade e das posses do proprietrio. Alis, era costume entre os mestres pedreiros perguntar quantos dias queriam de chamin para avaliar o seu valor, que se traduzia no tempo que a mesma demorava a erigir. Quanto mais delicada e difcil era a sua elaborao, mais dispendiosa se tornava. A cor predominante era o branco da cal, mas honrosas excepes mostram ainda hoje alguns motivos coloridos, sobretudo em tons ocres e azuis. Esta uma das principais razes por que as chamins algarvias ostentam as mais variadas formas, mas sempre um smbolo visvel da arte popular, uma prova de percia para cada pedreiro e um motivo de orgulho para qualquer proprietrio. Mais do que pura utilidade, as chamins algarvias desempenhavam um papel ornamental, sendo prova disso a presena de duas chamins nas casas de campo, numa regio em que as condies climatricas pouco o justificam. A chamin de uso e tambm a mais simples e mais funcional ficava situada na casa do forno, onde era costume fazer as refeies, enquanto a chamin rendilhada, mais pequena e personificada, ocupava um lugar de destaque na cozinha da prpria casa,

compartimento apenas utilizado para receber visitas ou organizar festas. Em termos prticos, a chamin era considerada um sinal de presena de pessoas nas casas, um bom indcio do estado do tempo e o local onde era marcada a data de construo da casa. O interior do Algarve, especialmente Querena, Martinlongo e Monchique so os locais onde melhor se podem contemplar estas seculares chamins algarvias, que simboliza o prestgio e a vaidade dos proprietrios.

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COBRE, FERRO E LATO O cobre O trabalho de cobre, mais precisamente o cobre martelado, estabelece um forte paralelismo com o Norte de frica. As influncias rabes na regio algarvia so muitas e, no que respeita ao cobre, esto bem visveis. O Algarve bem conhecido pelas suas famosas cataplanas usadas na gastronomia. As tradicionais so feitas em cobre e em alumnio, com maior predominncia para as primeiras. Para alm das cataplanas os artesos fazem tambm jarras, bacias, tachos, pratos cinzelados, etc. A pea de cobre cortada e enrolada mo formando um cilindro. Em seguida levamno forja para ser soldada. Depois da pea bem quente mergulham-na em gua gelada. S depois destas operaes comeam a fazer a pea: colocam-na no cavalete para formar o bojo com um cepo de madeira. ferro O ferro Os ferreiros, sobretudo em Silves, Portimo, Loul e Tavira, produzem autnticas obras de arte em portes, proteces de sacada, etc. Lato/ Latoaria ato/ No Algarve h muito artesanato em lato. O arteso molda o lato ou a lata, martelando-os at adquirirem a forma desejada. A lata serve para produzir diversos objectos, entre eles, as bilhas para azeite, os baldes, as latas para conservao de chourio e as famosas cataplanas. Hoje em dia, as peas servem ainda nas zonas rurais, mas so mais para decorao.

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CORTIA Em Silves ainda existe a prtica artesanal de fabrico de rolhas de cortia, utilizando-se apenas dois instrumentos: uma faca e um torno manual, denominado garlopa. As rolhas adquirem forma, fazendo-se girar a cortia em redor da lmina. Mas, para alm das rolhas, forma surgindo objectos em cortia: decorativos e utilitrios que so hoje em dia muito procurados.

REGIONAL DOARIA REGIONAL A existncia de frutos doces, delicados, e cuja conservao no levantava grandes problemas leva a doaria algarvia a ter vrias receitas. O figo, a amndoa e a alfarroba so os ingredientes mais comuns, sendo cultivados na regio. As estrelas, os D. Rodrigo, a tarte de amndoa, o morgado, o bolo de figo, a tarte de alfarroba, os bolinhos de amndoa e tornam-se verdadeiras obras de arte.

LICORES

O medronho, a amndoa, o figo, a alfarroba e a laranja so alguns dos sabores que servem de base aos licorosos feitos na regio algarvia.

MINIATURAS MINIATURAS EM MADEIRA Barcos O conhecimento da actividade da construo naval foi desde sempre uma caracterstica dos algarvios. Actualmente, com o desaparecimento de grande parte dos barcos tradicionais, as miniaturas so uma forma de os perpetuar. 9

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Carros de traco animal H ainda artesos que se dedicam ao fabrico de miniaturas de carroas e charretes, com o mximo de rigor e perfeio. Rplicas em miniatura dos carros utilizados no passado.

OLARIA O Algarve foi, desde os tempos remotos de lendrio reino de Tartessos, uma rea de tradies cermicas onde hoje possvel encontrar restos de sigilattas (cermica de luxo) da poca da ocupao romana ou vestgios da olaria rabe. Disso parece ser prova o cntaro algarvio, pea elegante, de asas simtricas acusando forte influncia das nforas e, portanto, de tradio romana, produzida em grandes centros no litoral algarvio entre os scs. I e IV para armazenar peixe, vinho ou azeite. Bilhas, quartas, enfusas, fizeram-se no Algarve. Apareceram aqui e ali uma srie de novos oleiros produtores de peas artsticas, que recuperaram as velhas formas, introduzindo

decoraes deste as estilizadas flores de amendoeira aos peixes e aves aquticas, s figuras lendrias ou apenas a um jogo de cores quentes caractersticas do Algarve. A produo reparte-se pelos artigos domsticos, decorativos e por artigos destinados construo telhas, ladrilhos, as famosas chamins algarvias, o tijolo de burro tijolo cru e no cozido, no forno, utilizado nas alvenarias ordinrias. Os alcatruzes, que formam extensos aparelhos para a captura do polvo so ainda fabricados aqui. Olaria de Porches Em Porches (Lagoa) a olaria tem uma tradio secular: as suas formas e decorao testemunham uma herana do passado. um xito na recuperao do artesanato algarvio devido interveno de dois artistas (um portugus Lima de Freitas e outro irlands Patrick

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Swift), que numa poca em que esta forma de artesanato quase se extinguia contactaram os oleiros da zona para lembrar as antigas formas que os seus antepassados moldavam na roda de oleiro vasos, jarras, tijelas, pratos Na sua investigao, estes dois artistas estudaram ainda as influncias das vrias civilizaes que dominaram o Algarve. Por exemplo: o pssaro de longa cauda de origem fencia (presumivelmente mitolgico); os dois pssaros de asas abertas colocados de ambos os lados da rvore da vida so de origem ibrica; o motivo do peixe o smbolo utilizado pelos cristos em Roma e no Prximo Oriente; a lebre e os ces vm do tempo dos mouros, quando estes criavam ces para a caa. Todas as peas so pintadas mo.

RENDAS conhecido o aforismo onde h redes h rendas e no Algarve, em todas as povoaes de pescadores se faziam rendas. Os tipos mais populares de rendas de crochet (agulhas de barbela) so: segredo do Algarve, margaridas, lrias e pilheiras, segredo de amor e crochet da Irlanda. Renda de bilros A origem destas rendas parece provir da Flandres e a sua confeco uma autntica arte. O nome destas rendas vem da utilizao, na sua confeco de uns pauzinhos de madeira ou de marfim, chamados bilros. Os desenhos, como as tcnicas so inventados pelas rendeiras que guardam segredo ou os partilham entre si. De funo essencialmente decorativa, trata-se da manufactura de rendas que se aplica s mais variadas peas de roupa ou tecido, como lenis e almofadas, enriquecendoas.

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SAPATOS DE OURELOS Embora a utilizao deste calado se estendesse por todo o Algarve, a confeco dos sapatos de ourelo circunscreveu-se cidade de Olho. "Ourelo" significa "margem" ou "borda", sendo estes sapatos fabricados com o ourelo do tecido das fardas de Inverno dos soldados. Eram vrias fitas deste ourelo pregadas numa forma de madeira e, com outras fitas de pelica e um pedao de pele de coelho. Este trabalho feminino podia ter uma grande variedade esttica de desenhos e era depois vendido pelas feiras. Contava s com a colaborao do sapateiro para pr a sola. TECELAGEM um tipo de artesanato que se encontra espalhado por todo o pas, incluindo o Algarve. A parte mais difcil e morosa fazer a teia, sendo necessrias duas pessoas uma para esticar o fio e outra para enrolar. Segue-se depois a trama, isto , a tecelagem do prprio tecido. Os artigos so produzidos em teares artesanais e com materiais naturais: algodo e l. Mantas e outras peas de retalho Podemos encontrar belos exemplares deste tipo de

artesanato por toda a serra algarvia. O que antigamente era uma forma de poupar, tornou-se uma tcnica elaborada. As mantas e outras peas deitas em retalhos de tecidos, alm de serem teis, tambm so decorativas devido s suas cores e textura. Estas malhas teriam sido destinadas inicialmente para serem utilizadas em cima dos burros, como proteco de quem neles ia sentado.

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Em Monchique, por exemplo, a realizao de lindas mantas de l, fina e grossa, apresentam vrios motivos geometrizantes, tal como as mantas ou camisolas, feitas a partir da l de carneiros, em Aljezur e Vila do Bispo.

VASSOURAS E PINCIS EM PALMA Com origem em So Brs de Alportel, estas peas so ptimas para caiar muros e paredes, para varrer o irregular cho de calada, etc. A palma seca e depois fica de molho durante umas trs horas para se poder trabalhar sem partir. As folhas de palma so cosidas numa ponta e atadas com fio a um cabo, que pode ser de madeira ou de cana.

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