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ALICE CLAUDECI DA SILVA PLANO DE COMUNICAÇÃO INTEGRADA DE MARKETING: UMA ESTRATÉGIA DE DIVULGAÇÃO DA MARCA BANDA “X” São José 2010

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ALICE CLAUDECI DA SILVA

PLANO DE COMUNICAÇÃO INTEGRADA DE MARKETING:

UMA ESTRATÉGIA DE DIVULGAÇÃO DA MARCA BANDA “X”

São José

2010

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ALICE CLAUDECI DA SILVA

PLANO DE COMUNICAÇÃO INTEGRADA DE MARKETING:

UMA ESTRATÉGIA DE DIVULGAÇÃO DA MARCA BANDA “X”

Trabalho de Conclusão de Curso elaboradopara o Curso de Administração do CentroUniversitário Municipal São José – USJ, comorequisito para obtenção do título de Bacharelem Administração.

Professor Orientador: MSc. Paulo Sérgio deMoura Bastos

São José

2010

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ALICE CLAUDECI DA SILVA

PLANO DE COMUNICAÇÃO INTEGRADA DE MARKETING:

UMA ESTRATÉGIA DE DIVULGAÇÃO DA MARCA BANDA “X”

Trabalho de conclusão de curso elaborado para aprovação no Curso deAdministração do Centro Universitário Municipal de São José – USJ.

Data de aprovação: 02/12/2010

Banca Examinadora:

_____________________________________

Profº. MSc. Paulo Sérgio de Moura Bastos

Orientador

_____________________________________

Profº. Dr. Juarez Perfeito

Membro Examinador

_____________________________________

Profª. MSc. Zilda Macedo

Membro Examinador

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Dedico este trabalho aos meus pais,que ao longo dos anos souberam ensinarque a vitória pertence somente aos quenão desistem de lutar jamais. Às minhasirmãs que se fizeram presentes nestacaminhada sempre muito prestativas. Aosdemais familiares e amigos, que, dealguma forma ajudaram a vencer estaetapa de minha vida.

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AGRADECIMENTOS

O desenvolvimento deste trabalho é resultado do esforço, compreensão e

companheirismo, de pessoas que se dispuseram direta e indiretamente colaborando

para a realização deste sonho. Agora ao seu término, sinto-me realizada e com

enorme carinho pelas pessoas que me incentivaram. Desta forma, agradeço

especialmente algumas delas.

Em primeiro lugar agradeço a Deus, companheiro de todas as horas, pela

saúde e força para superar os momentos mais difíceis.

Ao meu namorado Marcos, pela presença constante, por suas palavras

de incentivo, sua força e apoio e por seu amor, que foram essenciais para esta

conquista.

Em especial aos meus pais Geraldo e Claudeci, os quais são as pessoas

mais importantes da minha vida, minha razão de seguir em frente, pelo apoio

incondicional, pois, com o seu amor, paciência, carinho, preocupações, dedicação e

ensinamentos, me fizeram a pessoa que sou hoje.

Aos meus avós Honório e Valéria, meus segundos pais, também grandes

responsáveis pela minha educação, que eu tanto amo, respeito e não sei como viver

sem, pois são muito importantes para minha vida e moram no meu coração.

Ao meu “filho” Luck, que também fez parte desta caminhada, que com

seu carinho, me faz sorrir todos os dias, me fazendo esquecer as preocupações nos

momento difíceis quando chego em casa e o vejo me esperando na porta, ansioso

com a minha entrada.

Ao professor Paulo Sérgio de Moura Bastos, meu orientador, pela sua

brilhante idéia, pelo profissionalismo, empenho e dedicação, que me conduziu na

elaboração deste trabalho.

Não posso deixar de agradecer aos amigos e colegas que fiz no decorrer

dos semestres, os que ficaram no meio do caminho, os que estão indo até o final, e

aqueles que por uma ou por outra razão não puderam colar grau no momento.

Agradeço igualmente aos funcionários do USJ, professores, pessoal da secretária,

Aninha, enfim, pessoas que tiveram grande importância na condução do Centro

Universitário.

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Ao amigo Valdir Júnior pelo seu sim e apoio nos momentos em que mais

precisei, pela sua grande amizade, mesmo que muitas vezes distante.

Ao amigo Maykon, que apareceu como um anjo em minha vida, pelo

grande apoio, disponibilidade e carinho indispensáveis neste momento.

Ao Rafael Barreto Bossle, por permitir que este trabalho fosse realizado

na Banda “X”.

Agradeço aos amigos e familiares, pela força e por entenderem a minha

constante ausência.

Enfim, agradeço a todos que contribuíram de alguma maneira, para que

este trabalho fosse concluído. Muito Obrigada a todos.

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O mundo é como um espelho quedevolve a cada pessoa o reflexo de

seus próprios pensamentos. A maneiracomo você encara a vida é que faz

toda diferença.(Luís Fernando Veríssimo)

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RESUMO

As bandas musicais da grande Florianópolis, assim como as empresas de eventos eentretenimento procuram atender à demanda e ao desejo do público buscandoencontrar conteúdo, propostas concretas e serviços de qualidade nos eventosartísticos e de lazer. O presente trabalho visa estudar a “X”, banda musical populardo município de São José que possui como atividade fim, a realização de shows eapresentações com variados estilos de músicas, para todos os tipos de bailes eeventos no estado de Santa Catarina. Tendo em vista a importância dadiferenciação neste mercado, faz-se necessário uma avaliação quanto às práticasutilizadas nos últimos anos pela Banda “X” para a divulgação de sua marca ecomunicação com seu público, a fim de identificar e propor um plano de ação deComunicação Integrada direcionado à Banda “X”, que possibilite a maximização dosseus resultados. A pesquisa é exploratória e descritiva, de natureza quali-quantitativa, e como técnicas de coleta de informações utilizou-se de questionárioscom seus clientes e proprietário. A amostra classifica-se como não-probabilística epor tráfego. Quanto aos meios, utilizou-se pesquisa documental, bibliográfica, estudode caso, observação assistemática e a pesquisa de campo, para fornecer maiorconhecimento sobre o tema em estudo. Na avaliação dos resultados obtidos,conclui-se que a Banda “X” já possui um certo reconhecimento perante seu público.No entanto é essencial que a banda trabalhe seus pontos fracos para destacar-seperante a concorrência e alcançar o tão almejado sucesso.

Palavras-chave: Comunicação. Diferenciação. Marketing. Satisfação.

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – DIFERENTES ENFOQUES NA COMERCIALIZAÇÃO........................24

FIGURA 2 - OS ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO DA CIM..............................40

LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 01: SEXO DOS RESPONDENTES...........................................................67

GRÁFICO 02: IDADE.................................................................................................68

GRÁFICO 03: ESTADO CIVIL...................................................................................69

GRÁFICO 04: JÁ OUVIU FALAR DA BANDA “X”...................................................70

GRÁFICO 05: JÁ PRESENCIOU UM SHOW DA BANDA “X”.................................71

GRÁFICO 06: TEM VONTADE DE ASSISTIR UM SHOW DA BANDA “X”............72

GRÁFICO 07: GOSTOU OU NÃO GOSTOU.............................................................74

GRÁFICO 08: OPINIÃO SOBRE O REPERTÓRIO...................................................76

GRÁFICO 09: OPINIÃO SOBRE O APRESENTAÇÃO EM PALCO........................77

GRÁFICO 10: OPINIÃO SOBRE O INTERATIVIDADE COM O PÚBLICO.............78

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1: ATUAIS INTEGRANTES DA BANDA “X”.............................................59

TABELA 2: SEXO DOS RESPONDENTES...............................................................67

TABELA 3: IDADE.....................................................................................................68

TABELA 4: ESTADO CIVIL.......................................................................................69

TABELA 5: JÁ OUVIU FALAR DA BANDA “X”.......................................................70

TABELA 6: JÁ PRESENCIOU UM SHOW DA BANDA “X”.....................................71

TABELA 7: TEM VONTADE DE ASSISTIR UM SHOW DA BANDA “X”................72

TABELA 8: GOSTOU OU NÃO GOSTOU.................................................................74

TABELA 9: OPINIÃO SOBRE O REPERTÓRIO.......................................................76

TABELA 10: OPINIÃO SOBRE O APRESENTAÇÃO EM PALCO..........................77

TABELA 11: OPINIÃO SOBRE O INTERATIVIDADE COM O PÚBLICO...............78

LISTA DE SIGLAS

CIM - Comunicação Integrada de Marketing

SC - Santa Catarina

AMA - American Marketing Association

IMC - Integrated Marketing Communications

TV - Televisão

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................12

1.1 Tema e problema de pesquisa...........................................................................13

1.2 Objetivos..............................................................................................................15

1.2.1 Objetivo Geral...................................................................................................15

1.2.2 Objetivos Específicos......................................................................................16

1.3 Justificativa do estudo.......................................................................................16

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...............................................................................18

2.1 Serviços................................................................................................................18

2.1.1 Características dos serviços..........................................................................18

2.1.2 Qualidade dos serviços...................................................................................19

2.1.3 Consumidor de serviços.................................................................................20

2.1.4 Perspectiva de serviços..................................................................................21

2.2 Marketing..............................................................................................................22

2.2.1 Histórico do marketing....................................................................................23

2.2.2 Conceitos de marketing..................................................................................24

2.2.3 Composto de marketing..................................................................................26

a) Os 4 ‘P’s do marketing............................................................................................26

b) Os 4 ‘A’s do marketing............................................................................................28

c) Os 4 ‘C’s do marketing............................................................................................28

2.3 Comunicação.......................................................................................................29

2.3.1 Processo de comunicação..............................................................................31

2.3.2 Tipos de Comunicação....................................................................................32

a) Comunicação escrita...............................................................................................33

2.3.3 Os Canais de Comunicação............................................................................35

2.3.4 Comunicação eficaz.........................................................................................35

2.3.5 Comunicação organizacional.........................................................................36

2.3.6 – Comunicação interna....................................................................................37

2.4 Comunicação integrada de marketing..............................................................38

2.4.1 A Evolução e o Desenvolvimento da CIM......................................................39

2.4.2 Características da CIM.....................................................................................40

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2.4.3 Importância da CIM..........................................................................................43

2.4.4 A Prática da CIM...............................................................................................44

2.4.5 Ferramenta da CIM...........................................................................................47

2.5 CIM como estratégia de construção da marca................................................48

2.5.1 A Marca, sua Identidade e Valor.....................................................................49

2.5.2 Personalidade da Marca..................................................................................51

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS................................................................52

3.1 Classificação da pesquisa.................................................................................52

3.2 Universo e amostra.............................................................................................54

3.3 Instrumentos de coleta de dados......................................................................55

3.4 Apresentação e análise dos dados...................................................................56

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS........................................................57

4.1 Caracterização da empresa em estudo............................................................57

4.1.1 Histórico............................................................................................................57

4.1.2 Situação atual da Banda “X”...........................................................................59

4.1.3 Componentes da Banda “X”...........................................................................59

4.2 Entrevista com o proprietário............................................................................63

4.3 Pesquisa com os clientes..................................................................................66

4.3.1 - Perfil dos respondentes................................................................................67

4.3.2 – Pré-conhecimento.........................................................................................70

4.3.3 – Impressão sobre a Marca.............................................................................74

4.4 Análise e contribuições......................................................................................80

4.4.1 Análise...............................................................................................................80

4.4.2 Contribuições...................................................................................................81

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................81

5.1 Recomendações para novos estudos..............................................................81

REFERÊNCIAS...........................................................................................................81

APÊNDICES................................................................................................................81

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1 INTRODUÇÃO

A disputa por um espaço no mercado apresenta-se cada vez mais acirrada,

em qualquer área de negócio. Diante de tanta informação, desafios e oportunidades

existentes no mercado globalizado é fundamental que as organizações busquem

soluções para obterem vantagens competitivas. Sendo assim, devido a grande

concorrência as empresas vêm buscando constante aumento dos níveis e padrões

de qualidade, seja de produtos ou serviços, diferenciais para manterem-se no

mercado.

Devido aos avanços científicos, as expectativas em relação às organizações

vão aumentando, sendo que cada vez mais, o consumidor espera qualidade de

serviços nos mínimos detalhes. Sendo assim a importância de conquistar o cliente

torna-se cada vez maior e mais difícil, por este motivo as empresas precisam estar

preparadas e informadas quanto às necessidades e desejos de seus clientes.

De modo geral, as organizações que se propõe a atividades semelhantes

possuem as mesmas funções, este é o caso das bandas musicais da grande

Florianópolis, que assim como as empresas de eventos e entretenimento procuram

atender à demanda e ao desejo do público buscando encontrar conteúdo, propostas

concretas e serviços de qualidade nos eventos artísticos e de lazer.

Percebe-se que a administração é de suma importância para as organizações

que pretendem alcançar objetivos no atual ambiente competitivo. Na busca pela tão

comentada “vantagem competitiva”, faz-se necessário compreender bem as

diretrizes do negócio e definir objetivos coerentes. Sendo assim, é fundamental

valer-se dos princípios básicos do marketing a fim de identificar e planejar

determinado posicionamento que se quer imprimir à organização.

Diante de uma concorrência cada vez mais acirrada, o marketing vem se

mostrando uma ferramenta de grande utilização pelas organizações na busca por

estratégias de diferenciação no mercado. Ele atua dentro das organizações em

diferentes âmbitos e relacionamento com o cliente é um deles. A comunicação com

os clientes e o reconhecimento da marca pelos mesmos, são tarefas árduas para

muitas empresas.

Neste contexto entra em ação uma estratégia conhecida como Comunicação

Integrada de Marketing (CIM). Para Schultz (1993) a CIM é um conceito de

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planejamento de comunicação de marketing que reconhece o valor adicionado de

um plano que avalia o papel estratégico das várias disciplinas de comunicação e

combina essas disciplinas para proporcionar clareza, consistência e o máximo

impacto nas comunicações.

O presente trabalho visa estudar a “X”, banda musical popular do município

de São José que possui como atividade fim, a realização de shows e apresentações

com variados estilos de músicas para todos os tipos de bailes e eventos no estado

de Santa Catarina com o intuito de proporcionar ao seu público alegria, emoção,

descontração e interação, quer seja em eventos sociais, empresariais, festas

populares ou formaturas, com equipamento de última geração de som e iluminação.

Tendo em vista a importância da diferenciação neste mercado, faz-se

necessário uma avaliação quanto às práticas utilizadas nos últimos anos pela Banda

“X” para a divulgação de sua marca e comunicação com seu público, bem como

analisar as estratégias de marketing utilizadas pela concorrência a fim de identificar

e propor um plano de ação de Comunicação Integrada direcionado à Banda “X” que

possibilite a maximização dos seus resultados.

1.1 Tema e problema de pesquisa

Nos dias de hoje, com a globalização, a massificação do consumo e o

crescimento exacerbado da indústria do lazer, torna-se cada vez mais difícil

distinguir o entretenimento da arte. Segundo Gabler (1999, p.25) o entretenimento é

de origem latina e tem como definição mais familiar “aquilo que diverte com

distração ou recreação e um espetáculo público ou mostra destinada a interessar ou

divertir”.

De acordo com Dumazedier (1973, p.34), o lazer é um conjunto de ocupações

às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para

divertir-se, recrear-se e entreter-se, ou ainda para desenvolver sua informação ou

formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade

criadora após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares

e sociais. Sendo assim pode-se dizer que entretenimento e lazer são sinônimos,

pois ambos estão ligados à distração, diversão, algo que faz bem as pessoas.

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Há várias formas de entretenimento, como por exemplo, chat, cinema, dança,

esportes, festas populares, humor, jogos, leitura, teatro, televisão, uso e/ou

apreciação de qualquer forma de arte e a música dentre outros. Verifica-se que

lugares também podem ser considerados entretenimento, como, danceterias,

museus, parques, exposições (feiras) e outros.

Dentre os tipos de entretenimento escolheu-se a música para que se possa

dar continuidade neste estudo. Conforme o dicionário online Aurélio, a definição que

melhor se encaixa no contexto deste trabalho diz que “música é a arte de combinar

os sons”. Segundo Loureiro (2003, p.176) “Música popular”, “música clássica”,

“música de massa”, “música folclórica”, “música de consumo”, “música de

vanguarda”, “música religiosa”, dentre outras denominações, reforçam a pluralidade

do universo musical.

Ainda segundo o autor, a música popular brasileira é de suma importância no

cenário de nossa cultura; é uma das mais poderosas formas de preservação da

memória coletiva e com espaço privilegiado para as leituras e interpretações do

Brasil. É considerada como um símbolo de nossa gente seus hábitos, seus fazeres,

haveres e falares.

Têm-se a música popular atualmente como a música do dia-a-dia, tocada em

shows e festas, usada para dança e socialização. Sendo que a mesma é tocada

pelas mais variadas bandas musicais existentes no Brasil e nas diversas

localidades.

As bandas de música, no Brasil, parecem receber pouca atenção do meio

acadêmico. Quando encontramos autores que se referem às bandas, quase sempre

nos deparamos com uma abordagem superficial. No entanto, grandes músicos, no

Brasil e no mundo, iniciaram suas carreiras em bandas. (LIMA, 2002, p. 45)

Diante das circunstâncias verifica-se que as apresentações musicais são

cada vez mais realizadas pelo mundo, seja em datas festivas, ou em compromissos

de artistas e que a música sempre foi uma atração, desde a antiguidade. Perante

esta realidade unida à importância da diferenciação das bandas perante a

concorrência no mercado musical é que chegou-se ao tema da pesquisa abordada

pela acadêmica.

Devido ao grande número de grupos e bandas bailes existentes no mercado

musical da grande Florianópolis e por conseguir se manter neste meio, é que

buscou-se uma banda de reconhecimento nesta área como objeto de estudo desta

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pesquisa. Sendo assim tem-se como problema principal, a necessidade de aumentar

a visibilidade desta banda, possibilitando um maior número de shows.

Dado a concorrência nacional, as bandas estão buscando agregar valor às

suas marcas, obtendo assim uma vantagem competitiva. Por este motivo, a Banda

“X” tem buscado desenvolver uma marca forte, tanto para suprir a necessidade de

competição de mercado, quanto para maximizar sua margem de lucratividade.

Percebe-se atualmente que a administração é essencial para qualquer tipo de

organização que almejem o sucesso, seja qual for o segmento em que ela atue.

Atualmente, a Comunicação Integrada de Marketing é vista como a chave para o

sucesso e a grande vantagem competitiva sustentável das organizações. “(...) A CIM

constitui, portanto, uma maneira de responder ao desafio e à complexidade de se

comunicar eficazmente com os clientes em mercados altamente competitivos”.

(CHURCHILL, 2005, p.456)

Neste contexto verificou-se que no ramo musical o negócio não é diferente. O

segmento de bandas de música também necessita de uma boa administração e

acima de tudo boas estratégias de marketing para que possa obter um diferencial

necessário para sobreviver e ter reconhecimento diante da grande concorrência.

Com este estudo busca-se solucionar algumas questões problemáticas para

que se possa alcançar os objetivos propostos, como por exemplo, aumentar a

agenda de compromissos da banda, ganhar visibilidade e reconhecimento,

fortalecimento do nome/marca Banda “X”, concorrência e fraca comunicação com

seus públicos alvo de interesse.

Perante o cenário apresentado tem-se a seguinte pergunta de pesquisa:

De que forma a adoção de ações estratégicas de Marketing apoiadas sobre a

Comunicação Integrada pode contribuir para o incremento das atividades

operacionais da Banda “X”?

1.2 Objetivos

Para responder ao problema de pesquisa acima exposto, seguem o objetivo

geral e específicos do presente estudo.

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1.2.1 Objetivo Geral

Propor um plano de CIM à Banda “X” de modo a possibilitar a ampliação das

oportunidades de trabalho.

1.2.2 Objetivos Específicos

a) Identificar o perfil dos clientes;

b) Identificar o público-alvo de interesse;

c) Verificar o nível de satisfação dos clientes com relação aos serviços

prestados;

d) Analisar os pontos fortes e fracos da banda em estudo;

e) Analisar as atuais ações de Comunicação Integrada de Marketing

desenvolvidas pela banda;

f) Propor ações de CIM adequadas à divulgação incremental da banda;

1.3 Justificativa do estudo

Kitchen et al (2004) propõe que a CIM é a maior evolução da comunicação da

última década e que é uma potencial geradora de vantagem competitiva. O

consumidor apresenta-se cada vez mais exigente e participativo, comunicando-se

com a marca, que também possui personalidade própria.

Para Trevisan (2003), a importância da realização de uma CIM provém de

duas razões: primeiro para a construção de um processo de comunicação eficiente e

eficaz, cujo resultado é a imagem ‘integrada’ da organização no mercado, segundo,

como fator de otimização dos recursos financeiros investidos nesta área pelas

organizações.

O desconhecimento das organizações quanto à importância da CIM, impedem

que tenham um impacto positivo no comportamento do público-alvo, precisando

despertar para a necessidade de integrar estratégica e continuamente os vários

elementos das atividades de comunicação. Apenas desta forma, deixarão de

transmitir ao mercado uma marca de confusão, de falta de compromisso e de

profissionalismo, acarretando em desperdício de investimentos.

“As empresas devem se conscientizar de que todas as suas variáveisde marketing e de comunicação afetam umas às outras, o consumidore os comunicadores. Sendo assim, todas as variáveis de

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comunicação terão um efeito no marketing – é por esse motivo quetodos os esforços de comunicação de uma organização devem serintegrados. O resultado da integração é a criação de uma sinergia. Oconceito de sinergia, em situações de negócios, é que os esforçoscombinados de todas as unidades de negócios têm um efeito maiorque a soma dos esforços individuais ou departamentaisisoladamente.” (OGDEN, 2002, p. XII)

O mercado de shows e entretenimento que dependem fundamentalmente do

público, também estão dentro do universo de organizações que devem considerar a

importância da CIM. O dinamismo e a competição do mercado musical nacional

exigem que os grupos e bandas considerem a forma como estão realizando suas

ações de comunicação de marketing e ajam de maneira a aumentar sua visibilidade

no mercado, criando desta forma, um relacionamento rentável e duradouro com

seus clientes.

A presente pesquisa tem importância acadêmica, pois proporciona um

aprendizado teórico podendo assim, assimilar com a prática utilizada na banda. A

escolha do tema deu-se ao fato de a acadêmica fazer parte da Banda “X” como

vocalista, possibilitando à mesma cooperar para o desenvolvimento da banda e

crescimento profissional. Esse fato despertou na acadêmica o interesse pelo estudo,

a fim de conhecer as práticas de marketing utilizadas pela banda atualmente, bem

como analisar seus pontos fortes e fracos, além de verificar o nível de satisfação do

público e a visibilidade da banda no momento.

Para a instituição de ensino, USJ, o tema é relevante, pois servirá de base

para trabalhos acadêmicos futuros na área de marketing sobre Comunicação

Integrada em outras bandas e organizações.

Acredita-se que a pesquisa poderá contribuir de forma efetiva com a Banda

“X”, pois lhe dará subsídios, para adequar seus procedimentos gerenciais à

potencialização de suas oportunidades e à solução dos seus problemas específicos.

As informações e conceitos apresentados são de grande importância para a

sociedade, pois podem surgir ainda mais bandas e outros tipos de organizações

preocupadas com a diferenciação no mercado, buscando melhoria em seu serviço e

atendimento, o que será muito bom para os clientes que fazem parte da

comunidade.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Serviços

Kotler (1998, p.412) define serviços como “qualquer ato ou desempenho que

uma parte possa oferecer a outra e que seja essencialmente intangível e não resulte

na propriedade de nada. Sua produção pode ou não estar vinculada a um produto

físico”.

Na visão de Cobra (1986, p.381), serviço é “uma mercadoria comercializável

isoladamente, ou seja, é um produto intangível, [...], geralmente não se experimenta

antes da compra, mas permite satisfações que compensam o dinheiro gasto na

realização de desejos e necessidades dos clientes”. Para o autor, o objetivo do

serviço é oferecer facilidades ao perfeito funcionamento do bem adquirido,

facilidades estas, como a instalação, manutenção, garantia, crédito, entre outras.

Tendo em vista que a “área de serviços é um dos setores da economia que

mais tem crescido nos últimos anos em diversos países, sobretudo na América

Latina”, (COBRA, 2001, p. 12), cresce também, a importância estratégica do serviço

ao cliente, visando estimular as vendas e fortalecer a imagem da marca. (COBRA,

1986)

2.1.1 Características dos serviços

Conforme Kotler (1998), os serviços possuem quatro características – a

intangibilidade, a inseparabilidade, a variabilidade e a perecibilidade - que afetam

profundamente os programas de marketing conforme descrito a seguir:

a) a intangibilidade – o conceito de intangibilidade, segundo Cobra (1986),

significa aquilo que não pode ser tocado, que não pode ser facilmente

definido, formulado ou alcançado facilmente. E para reduzir incertezas

relacionadas ao serviço obtido, Kotler (1998) afirma que os consumidores

buscam sinais de evidência da qualidade do serviço, baseando-se na

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localização, funcionários, equipamentos, material de comunicação, símbolos e

preço percebido.

b) a inseparabilidade – para Kotler (1998) e Cobra (1986), os serviços são

geralmente produzidos e consumidos simultaneamente. Cobra (1986)

completa corroborando que “os serviços são usualmente vendidos, depois

produzidos e consumidos simultaneamente”. E “como o cliente está também

presente enquanto o serviço é produzido, a interação fornecedor cliente é

uma característica especial do marketing de serviços. Ambos afetam o

resultado do serviço.” (KOTLER, 1998, p.414)

c) a variabilidade – “os serviços são altamente variáveis, uma vez que depende

de quem os executa e de onde são prestados”, afirma Kotler (1998, p.415),

ficando difícil, na visão de Cobra (1986), que ele seja produzido sempre de

maneira uniforme e padronizada.

d) a perecibilidade – Souza (2007a) salienta que “quando um serviço exige a

presença de um cliente, para receber e consumir o serviço, a empresa deve

estar atenta ao tempo do cliente, pois os serviços são perecíveis. Em outras

palavras, eles não podem ser armazenados para consumo posterior”. Dessa

forma, como os serviços não podem ser estocados, Kotler (1998) alerta para

a perecibilidade dos serviços quando a demanda é flutuante, pois quando a

mesma é estável, é fácil antecipar sua prestação.

Desta forma, encontra-se no ramo de serviços certa dificuldade pela área de

marketing, tendo em vista que, resumidamente, o serviço não é facilmente definido

como um produto qualquer; é produzido e consumido simultaneamente, dando

margens a alterações de resultado tanto pelo fornecedor como pelo cliente; não

possibilita uma padronização; e por fim, não podem ser estocados.

2.1.2 Qualidade dos serviços

Segundo Cobra (1986, p.388) “a satisfação do utilizador é o elemento

fundamental da noção de serviço à clientela, tanto do serviço pré-venda quanto da

pós-venda, ou mesmo do serviço de instalação de um serviço”.

Assim, Kotler (1998) ressalta que as expectativas do consumidor baseiam-se

em experiências anteriores, divulgação boca a boca e propaganda da empresa, e

que, portanto, caso o serviço percebido estiver abaixo da expectativa, os

consumidores perdem o interesse pelo fornecedor. Caso contrário, se o serviço

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atender ou exceder às expectativas, os consumidores voltam ao fornecedor outras

vezes.

Nesse sentido, ainda na visão do autor, há cinco determinantes da qualidade

de um serviço: a confiabilidade, responsabilidade, segurança, empatia e

tangibilidade. E acrescenta ainda, práticas adotadas por empresas administradoras

de serviços de excelência: o conceito estratégico, histórico de comprometimento da

alta administração com a qualidade, padrões elevados de qualidade, sistemas para

monitoramento de desempenho dos serviços, sistemas para atendimento das

reclamações dos consumidores, ênfase na satisfação tanto dos funcionários como

dos consumidores.

Dessa forma, a partir do relato de alguns autores, torna-se claro a importância

da qualidade na prestação de serviços. Percebe-se também, a necessidade de se

conhecer melhor o consumidor dos mesmos, assunto abordado a seguir.

2.1.3 Consumidor de serviços

Para Minadeo (1196, p.91), “as expectativas dos consumidores são

especialmente heterogêneas. Cada pessoa valoriza algo distinto [...]”. Stevens et al.

(2004, p.90), afirmam que:

Comportamento é o que pode-se observar ou inferir no mercado. É deinteresse do estrategista não só o comportamento inicial, mas também ocomportamento repetido de compras. O primeiro envolve a passagem doconsumidor de um estágio de simples reconhecimento de um produto para averdadeira prova do produto por meio da compra. O segundo envolve oestabelecimento de padrões de compra. Um padrão de compra, repetiçãodo mesmo tipo de comportamento ao longo do tempo, indica uma atitudediferente por parte do consumidor diante de um produto ou uma fonte, doque a da compra inicial apenas.

Nesse contexto, Shewe e Hiam (2000) e Cobra (1986) citam quatro fatores

que influenciam nas ações dos consumidores: os fatores culturais, sociais, pessoais

e psicológicos.

a) fatores culturais – estão relacionados aos valores que o indivíduo está

submetido desde a infância e que são incorporados. Têm influência das

subculturas, nacionalidade, religião, grupo racial e região geográfica.

b) fatores sociais – referem-se aos grupos, os quais influenciam direta ou

indiretamente o comportamento e atitudes do consumidor, e a consciência

de seu papel social e de seu status na sociedade.

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c) fatores pessoais – o estilo de vida, a personalidade, o auto-conceito do

consumidor e suas atividades econômicas influenciam decisivamente o

consumo de serviços.

d) fatores psicológicos – é preciso identificar os motivos causadores da

compra e rejeição do serviço pelo consumidor. Existem quatro fatores

psicológicos que influenciam o comportamento do consumidor: a

motivação, busca de realizações de compras visando à satisfação de

necessidade; a percepção, processo no qual o indivíduo seleciona,

organiza e interpreta informações; a aprendizagem, tudo que o ser humano

percebe, pensa e faz, aprende a aprender a consumir; e crenças e atitudes,

representam certas noções pré-concebidas que os consumidores têm

sobre certas coisas.

“Entender o comportamento do consumidor ajuda o gerente de marketing a

entender as necessidades do mercado e a desenvolver compostos de marketing

para satisfazer essas necessidades.” (SANDHUSEN, 2000, p. 159). Por esse

motivo, é essencial que os profissionais de marketing tenham isso em mente, não

somente saber que existe, mas pôr em prática, desenvolver constantemente estudos

sobre o mercado em que está inserido.

2.1.4 Perspectiva de serviços

De acordo com Gronroons (2003, p. 15), “é difícil desenvolver uma vantagem

competitiva com base no produto central de uma empresa a não ser que ela

disponha continuamente de uma vantagem tecnológica sustentável ou de custos

mais baixos.” É preciso compreender que oferecer aos clientes uma grande

variedade de serviços adicionalmente ao produto central, seja este um bem físico ou

um serviço, é um modo de alcançar melhor desempenho do que concorrentes com a

mesma qualidade e preço de produtos centrais. Preço nunca é uma vantagem

sustentável, pois quando um concorrente consegue oferecer um preço menor acaba-

se perdendo o cliente.

Conforme Bateson e Hoffman (2001) o produto entregue ao consumidor

geralmente é um pacote de benefícios que pode incluir bens e serviços em várias

combinações.

Segundo Gronroons (2003, p. 16-17), existem quatro perspectivas

estratégicas para o cliente escolher e alcançar a vantagem competitiva. São elas:

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- Perspectiva de produto central: “se o produto central for a única fonte de

valor para o cliente a empresa pode cair na armadilha do preço, correndo o risco de

perder para a concorrência o seu cliente.”

- Perspectiva de preço: a empresa que adota esta perspectiva precisa manter

seus custos sempre baixos para continuar com preços baixos, sendo esta sua

vantagem competitiva. Ou manter sua margem de lucro aceitável sem perder de

investir em seu futuro.

- Perspectiva de imagem: “é necessário utilizar os meios de comunicação

para o destaque do produto. Assim, provocará valores imaginários somando-se ao

produto central.”

- Perspectiva de serviço: os elementos que compõem o serviço são vistos

como estratégicos. “A solução central, seja um bem ou serviço, tem de ser muito boa

para manter a vantagem competitiva.” Esta vantagem competitiva é criada através

de cada elemento do relacionamento com o cliente, incluindo os tipos de serviços

em um único pacote. (GRONROONS, 2003, p. 16-17)

Portanto a empresa pode escolher o tipo de perspectiva estratégica a

implantar. Basta conhecer sua vantagem competitiva. Seja tecnologicamente, custo

baixo, destaque da imagem do produto e pacote de serviços em um produto final.

Contudo, para a empresa atingir certa vantagem em relação aos seus

concorrentes ela necessita saber qual sua perspectiva estratégica, lembrando que

preço pode ser uma armadilha se a empresa possuir um único produto. Conforme já

visto anteriormente, a necessidade do cliente satisfeito faz com que o mesmo

procure consumir o produto que satisfez sua necessidade e seus serviços

agregados.

2.2 Marketing

Diante de um mercado cada vez mais competitivo, o marketing vem se

mostrando uma ferramenta de grande utilização pelas organizações na busca por

estratégias de diferenciação no mercado, estratégias estas, que geram um

relacionamento rentável a ambos - clientes e empresa. Esta afirmação pode ser

constatada a seguir:

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O conceito de marketing foi primeiramente aceito pelas empresas de bensde consumo, a concorrência era intensa em alguns de seus mercados etentar satisfazer as necessidades dos consumidores, mas plenamente erauma forma de ganhar essa concorrência. A publicidade ampla do sucessodo conceito de marketing nessas empresas ajudou a levar a mensagempara outras empresas. (McCARTHY e PERREAULT, 1997, p.37)

A partir daí, o marketing começou a se difundir mais e mais, acompanhando o

crescimento da concorrência, sendo hoje o grande foco em muitas empresas.

2.2.1 Histórico do marketing

Para melhor compreender o marketing, faz-se necessário conhecer um pouco

da evolução de seus conceitos.

Segundo Cobra (2007, p.23), em 1960 o marketing era definido pela AMA

(American Marketing Association) como “o desempenho das atividades de negócios

que dirigem o fluxo de bens e serviços do produtor ao consumidor ou utilizador”. E

em 1965, com a evolução do mundo dos negócios, a Ohio State Universityo o definiu

como “o processo na sociedade pelo qual a estrutura da demanda para bens

econômicos e serviços é antecipada ou abrangida e satisfeita através da concepção,

promoção, troca e distribuição física de bens e serviços”.

Posteriormente, Cobra (2007) cita que em 1969 a partir de comentários

mercadológicos, surge uma tese dupla de que as empresas não lucrativas passam a

fazer parte dos limites de marketing; e que começa a configuração das dimensões

sociais do marketing.

A partir destas teses, Kotler e Gerald Zaltmen apud Cobra (2007, p.24)

definem a expressão marketing social como “a criação, implementação e controle de

programas calculados para influenciar a aceitabilidade das idéias sociais e

envolvendo considerações de planejamento de produto, preço, comunicação,

distribuição e pesquisa de marketing”.

Desta forma, Kotler apud Cobra (2007) reavalia sua posição quanto aos

limites do conceito de marketing e propõe que marketing é transação, troca de

valores entre partes a fim de adquirir o que necessitam e desejam.

Para Las Casas (2006), há uma relação pertinente entre a evolução dos

conceitos de marketing e as mudanças na ênfase da comercialização, que passou

por três etapas:

Era da produção – a produção era praticamente artesanal, havendo uma

demanda maior que a oferta. Mesmo após a Revolução Industrial e com

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isso o surgimento de indústrias organizadas, prevalece como fatores da

comercialização, a opinião dos empresários e a disponibilidade de

recursos.

Era de vendas (1930) – a produção passou a ser em série, a oferta

começou a superar a demanda, e conseqüentemente, o acúmulo de

produtos em estoque. A comercialização era totalmente voltada às

vendas, havendo técnicas agressivas de vendas.

Era do marketing (1950) – foi percebido que não valia à pena a venda a

qualquer custo, pois as vendas não eram constantes, e sim a conquista e

manutenção dos negócios em longo prazo, o que levaria a uma relação

estável com clientes. Estes passaram a ser mais valorizados, vistos como

focos para obtenção de resultados e, com isso, começaram a dominar a

comercialização.

A partir desta evolução, Las Casas (2006) conclui que houve uma inversão no

sentido da comercialização, caracterizando uma empresa moderna voltada à

orientação de mercado. E ilustra com a figura 1.

Figura 1 – Diferentes enfoques na comercialização.

Fonte: Las Casas (2006, p.23)

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2.2.2 Conceitos de marketing

Neste tópico, serão abordados alguns autores que tratam sobre o conceito de

marketing como Kotler, McCarthy e Perreault, Westwood, dentre outros.

Para KOTLER (1998, p.37):

O conceito de marketing fundamenta-se em quatro pilares: mercado-alvo,necessidades dos consumidores, marketing integrado e rentabilidade. [...]Parte de uma perspectiva de fora para dentro. Começa com um mercadobem definido, focaliza as necessidades dos consumidores, integra todas asnecessidades que os afetarão e produz lucros através da satisfação dosmesmos.

McCarthy e Perreault (1997) ressaltam que a maioria das pessoas, incluindo

gerentes de algumas empresas, define marketing como “venda” ou “propaganda”.

Mas na verdade, estas são apenas partes integrantes do marketing que é muito

mais do que uma simples venda e/ou propaganda.

Segundo Kotler e Armstrong (1999, p. 3) “marketing é o processo social e

gerencial através do qual, indivíduos e grupos obtêm aquilo que desejam e de que

necessitam, criando e trocando produtos e valores uns com os outros”.

Complementando, Westwood (1996, p. 7) diz que “o marketing envolve descobrir

aquilo que o cliente quer e adaptar os produtos de uma empresa para que

satisfaçam essas exigências, e produzir lucro para a empresa”.

Na visão de Etzel, Walker e Stanton (2001, p.11), “o marketing enfatiza a

orientação ao cliente e a coordenação das atividades de marketing para se alcançar

os objetivos de desempenho da organização”.

Churchill e Peter (2003, p.04) definem marketing como “o processo de

planejar e executar a concepção e, estabelecimento de preços, promoção e

distribuição de idéias, bens e serviços, a fim de criar trocas que satisfaçam metas

individuais e organizacionais”.

De maneira mais completa, Las Casas (1991, p.13), afirma que:

Marketing é a área do conhecimento que engloba todas as atividadesconcernentes às relações de troca, orientadas para a satisfação dos desejose necessidades dos consumidores, visando alcançar determinados objetivosda organização ou indivíduo e considerando sempre o meio ambiente deatuação e impacto que estas relações causam ao bem estar da sociedade.

Considerando os conceitos expostos acima, percebe-se a influência do

marketing no dia-a-dia das organizações. Ele está presente em todas as ações da

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empresa, sejam elas estratégias desenvolvidas para alcançar objetivos, atrair e reter

clientes, ou mesmo na exposição da imagem da empresa, neste caso da banda para

o mercado.

2.2.3 Composto de marketing

Sabe-se que em meio ao mercado competitivo, as empresas estão cada vez

mais voltadas para o cliente, e para isso, ressalta-se algumas estratégias envolvidas

nesse processo. Segundo Kotler (1998), há dois extremos quanto às estratégias

utilizadas pelas empresas: de um lado está aquelas que adotam o composto de

marketing padronizado em nível mundial, pelo fato de a padronização assegurar

custos menores, pois nenhuma mudança significativa será introduzida; de outro, as

adeptas a um composto de marketing adaptado, onde o fabricante ajusta os

elementos do composto a cada mercado-alvo.

Para Cobra (1997), os elementos do marketing estão interligados ao meio

ambiente, e este inter-relacionamento pode ser entendido através de três sistemas:

os 4 ‘P’s – produto, promoção, preço e praça - de E. Jerome McCarthy, os 4 ‘A’s –

análise, adaptação, ativação e avaliação - de Raimar Richers e os 4 ‘C’s – cliente,

custo, canais de distribuição e comunicação de marketing - do Professor Robert

Lauterborn. Na seqüência serão apresentados estes três sistemas.

a) Os 4 ‘P’s do marketing

Como citado no capítulo anterior, Cobra apresenta os 4 ‘P’s, (produto, preço,

promoção e praça), como um sistema interligado ao meio ambiente, e por este

motivo, de grande influência no mercado. Neste tópico será abordado cada um

deles:

Produto - “Um produto é qualquer coisa que você recebe numa troca.

Pode ser tangível ou intangível, e inclui utilidades ou benefícios

funcionais, sociais ou psicólogos. Um produto pode ser uma idéia, um

serviço, um bem ou qualquer combinação desses três” (Pride e Ferrell,

2001, p. 191). Já para Churchill Jr. e Peter (2003), Pride e Ferrell (2001),

Shewe; Hian (2000), Sandhusen (2000) e Kotler (1996), os produtos

passam por quatro estágios durante seu ciclo de vida, são eles: o estágio

da introdução, de crescimento, de maturidade e de declínio. Em

contrapartida, Keegan apud Kotler (1998), distinguiu estratégias de

adaptação do produto para o mercado externo: a extensão direta – não

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mudar o produto; a adaptação do produto – adaptar o produto; e a

invenção do produto – desenvolver novo produto.

Promoção - “Comunicação de marketing – o “p” de promoção do

marketing mix – refere-se a todas as formas de comunicação usadas por

organizações para informar, lembrar, explicar, persuadir e influenciar as

atitudes e o comportamento de compra de clientes e de outras pessoas”

(KEEGAN, GREEN, 2000, p. 403). Para Kotler (1998), as empresas

podem escolher entre empregar campanhas de propaganda e promoção

aplicadas no mercado doméstico, ou adequá-las a cada mercado local

(adaptação da comunicação). No entanto, ainda na visão de Kotler

(1998), as empresas internacionais devem ater-se ao fato de que cada

país tem suas preferências e restrições, sugerindo assim, quatro níveis de

mudança para a mensagem de propaganda. A empresa pode utilizar uma

mensagem comum, variando marca, cores, linguagem; usar o mesmo

tema, adaptando o texto ao mercado local; desenvolver um pool global de

anúncios, onde cada país elege o mais apropriado; ou então, permitir aos

gerentes locais a criação de anúncios específicos para seus países.

Preço - “Preço é o valor de troca de um produto do ponto de vista tanto do

comprador quanto da parte vendedora” (SANDHUSEN, 2000, p. 375). No

entanto, segundo Churchill Jr.; Peter (2005, p.325-326), “devido à

natureza intangível dos serviços, parte do estabelecimento do preço

envolve assegurar que ambas as partes entendam o que está incluído na

troca. O vendedor precisa entender o que o cliente quer, e este tem de

entender o que o vendedor está oferecendo”. Dessa forma, Kotler (1998)

ressalta os problemas específicos de preço enfrentado pelas

multinacionais quando vendem no exterior. Alerta as empresas para os

preços em cascata, preços de transferência, acusações de dumping e

mercado negro.

Praça - Kotler apud Souza (2007a, p.18) afirma que “na economia de hoje

muitos produtores não vendem seus bens diretamente aos usuários

finais. Entre eles e os compradores finais colocam-se vários

intermediários, executando várias funções e possuindo uma variedade de

nomes”. Nesse sentido, Kotler (1998) chama a atenção para os

fabricantes que consideram seu trabalho concluído assim que os produtos

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saem de sua fábrica, e afirma que a empresa deve assumir uma visão

completa da distribuição de seus produtos aos usuários finais. Para isso,

“a estratégia de distribuição para serviços precisa ser eficiente.

Dependendo da natureza do serviço e do que os clientes valorizam, estes

podem ir até a organização para receber o serviço, a organização pode ir

até os clientes ou eles podem completar as transações (por correio ou

comunicações eletrônicas, por exemplo).” (CHURCHILL JR. e PETER,

2005, p.302)

Percebe-se grande influência dos 4 P’s nas ações da Banda “X”, assim

também acontece com os 4 A’s, descritos no próximo tópico.

b) Os 4 ‘A’s do marketing

Segundo Richers (2000), os 4 ‘A’s, (análise, adaptação, ativação e avaliação),

são definidos da seguinte forma:

Análise - visa compreender as forças atuais no mercado em que a

organização se encontra, ou pretende entrar futuramente.

Adaptação - aponta os ajustes na oferta da empresa, nas linhas de

produtos e/ou serviços para as forças encontradas pela análise.

Ativação - propõe indicadores que permitem ao produto atingir mercados

já pré-definidos e que possam ser adquiridos nas quantidades e

freqüências desejadas.

Avaliação - visa controlar os processos de comercialização, interpretação

dos dados, e realimentação com dados atualizados, permitindo novos

ajustes.

Assim, torna-se claro a importância da utilização dos 4 A’s em qualquer tipo

de empresa, independente do ramo em que atua.

c) Os 4 ‘C’s do marketing

Outro sistema de grande importância presente no mercado são os 4 ‘C’s

(cliente, custo, canais de distribuição e comunicação de marketing):

Cliente - Churchill Jr.; Peter (2003 p. 164), afirmam que “um produto de

alta qualidade ou que seja adaptado às necessidades específicas do

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comprador tende a ser associado com alto valor e pode influenciar a

compra”.

Custo - Para Churchill Jr.e Peter apud Souza (2007a), problemas como o

alto preço e insatisfação com a prestação dos serviços, podem ser

evitados indagando ao cliente qual a sua expectativa sobre o serviço, bem

como quanto está disposto a pagar pelo produto/serviço. Portanto, “os

profissionais de marketing terão de cobrar menos, reduzir os custos de

compra ou convencer os consumidores a tomar decisões com base em

outros atributos.” (CHURCHILL JR.; PETER 2003 p. 164-165)

Canais de distribuição - “A distribuição dos serviços tem que ser eficiente.

Porém, dependendo de sua natureza, do valor dado a estes serviços, a

organização pode ir até seu cliente ou estes podem completar o processo

por meio de correio ou e-mail, por exemplo.” (CHURCHILL JR; PETER

apud SOUZA, 2007a, p.21)

Comunicação de marketing - Segundo Churchill Jr.; Peter apud Souza

(2007a), os clientes podem ser influenciados por promoções

(comunicação) em todos os níveis do processo de compra. Por isso faz-

se necessário conscientizar o cliente que ele tem um problema, e que

este será resolvido pelo produto/serviço oferecido. O marketing on line e a

venda pessoal, por exemplo, são sugeridas pelos autores como técnicas

para o sucesso nas vendas.

Os 4 C’s, assim como os demais sistemas são de extrema importância para o

crescimento das empresas, bem como da banda. Faz-se necessário a utilização

destes pelas empresas que buscam diferenciação de mercado.

2.3 Comunicação

De acordo com Reis (2008), comunicação “é uma questão essencialmente

social, pois o homem desenvolveu diferentes sistemas de comunicação que torna

possível a vida social. Ela existe desde os primórdios, pois as pessoas se

relacionam através da comunicação, seja ela falada, escrita ou gesticulada. Pode-se

dizer que a comunicação faz parte da interação humana, e o êxito da organização

depende da habilidade que os indivíduos têm de comunicar-se entre si.”

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Conforme Chiavenatto (2002), comunicação "é a troca de informações entre

indivíduos. Significa tornar comum uma mensagem ou informação. Constitui um dos

processos fundamentais da experiência humana e da organização social". Já Redfild

(apud Rego 1996, p. 59) afirma que "a comunicação é o processo de transferir uma

pequena informação selecionada (mensagem) de uma fonte de informação a um

destinatário".

Sendo assim, uma comunicação eficaz e eficiente pode levar uma

organização a obter conhecimentos e informações que poderão levá-la a atingir uma

vantagem competitiva impossível de ser replicada por seus concorrentes, pois uma

boa comunicação está embutida na cultura organizacional, a qual envolve valores e

crenças da organização. Pode-se dizer ,portanto, que a comunicação visa provocar

mudanças no comportamento das pessoas, através do desenvolvimento de atitudes

positivas em relação ao próprio desempenho, que eleva com a satisfação

profissional.

Segundo Gil (2001, p. 71), "comunicar-se constitui habilidade requerida de

todos os profissionais que exercem funções gerenciais, principalmente dos

profissionais de recursos humanos, pois na maioria das atividades que exercem,

necessitam exprimir-se oralmente ou comunicar-se com uma ou mais pessoas."

Para Medeiros e Hernandes (1999, p. 210), para bem comunicar, "não basta

desenvolver apenas a capacidade de comunicação, é necessário também aprender

a ouvir. A compreensão da mensagem reclama aptidões que englobam

processamento de informações e conhecimento da estrutura da língua e do mundo

que o cerca."

Segundo Penteado (1976), a palavra comunicar vem do latim "communicare"

e etimologicamente significa tornar comum, trocar opiniões. É um processo de

participação e experiências, e só há comunicação quando as pessoas envolvidas

participam dela, quando as pessoas se entendem.

Portanto, percebe-se que comunicar-se bem, não é apenas transmitir com

êxito a informação, e sim saber se ela foi compreendida pelo receptor. Sendo assim,

tem-se que a comunicação é a troca de entendimento, e ninguém entende ninguém

sem considerar além das palavras, as emoções, e a situação em que fazemos à

tentativa de tornar comum os conhecimentos, idéias, instruções, ou qualquer outra

mensagem, seja ela verbal, escrita ou corporal.

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Por isso, para que ocorra uma boa comunicação, torna-se interessante ter

clareza do assunto, pois ela é transmitida conforme nosso conhecimento, ou seja, a

eficácia da comunicação é determinada pela compreensão que se tem do processo

de comunicação.

2.3.1 Processo de comunicação

A palavra processo é definida como qualquer fenômeno que apresente

contínua mudança no tempo, enquanto que a palavra comunicação é conhecida

como transmissão de informações. (ALONSO, 2002)

Conforme Alonso (2002, p. 27), "é teórica e praticamente impossível dizer

onde começa ou termina o processo da comunicação. As fases podem se dar em

qualquer ordem, ou simultaneamente, e podem até entrar em conflito uma com as

outras. A comunicação é um produto funcional da necessidade humana e expressão

em relacionamento. Tudo comunica, é impossível não comunicar. Até mesmo o

silêncio comunica, ou seja, nosso corpo fala [...]."

A comunicação como processo de interação humana tem muitas funções e

talvez as mais básicas sejam, conforme Bordenave (1987, p. 27):

"a) a de ser o elemento formador da personalidade, pois sem a comunicação

de fato, o homem não pode existir como pessoa humana;

b) a de permitir ao homem, expressar suas emoções, idéias, temores e

expectativas e;

c) a de servir de identidade."

Como o grande objetivo da comunicação é o entendimento entre as pessoas,

é necessário que se garanta esse processo de entendimento para que os indivíduos

compreendam-se mutuamente. E para que ocorra uma comunicação eficaz, faz-se

necessário alguns elementos básicos no processo de comunicação, que conforme

Medeiros e Hernandes (1999, p. 209) são: a fonte que é o elemento que dá origem à

mensagem, que inicia o ciclo da comunicação; o emissor que tem como finalidade

emitir uma mensagem para o receptor ou destinatário; o codificador, que é o

elemento do processo de comunicação que, na qualidade de emissor, elabora uma

mensagem, de acordo com o código e as regras determinadas, e a transmite, por

meio de um canal para atingir um receptor-decodificador; o código que é um

conjunto de signos relacionados de tal modo que formam e transmitem mensagens e

o canal que é o suporte material que possibilita veicular uma mensagem de um

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emissor a um receptor, através do espaço e do tempo; a mensagem, ou seja, é o

que esperamos comunicar ao receptor; o receptor que é aquele que recebe a

informação e decodifica e o ruído é todo o sinal indesejável que ocorre na

transmissão de uma mensagem por meio de um canal.

Porém, conforme Gil, (2001, p.73), a análise do processo de comunicação

"deixa claro que a comunicação vai além do simples ato de informar. Requer sintonia

com o interlocutor e também o esclarecimento por parte deste acerca dos efeitos

produzidos pela mensagem".

Pode-se dizer, portanto, que a comunicação só pode ser considerada eficaz

quando a compreensão do receptor coincide com o significado pretendido pelo

emissor. Assim, o processo de comunicação, só é finalizado quando o receptor

envia uma mensagem verbal ou não verbal, ao emissor, acusando o entendimento

ou não da mensagem enviada, que seria o feedback.

Conforme Alonso (2002, p. 31), "feedback é uma forma de oferecer ajuda e

deve ser visto como um mecanismo corretivo para o indivíduo que deseja aprender a

se conhecer e melhorar suas atitudes, favorecendo assim, um maior relacionamento

interpessoal".

Com isso, pode-se dizer que a comunicação é o instrumento que possibilita a

ampliação das convergências, reduzindo a esfera das divergências e

conseqüentemente dos conflitos. Sendo assim, é muito importante que a Banda “X”

saiba se comunicar com seu público para que não haja má interpretação de sua

imagem.

2.3.2 Tipos de Comunicação

O processo de comunicação exige um vasto repertório de habilidades em

processamento intrapessoal e interpessoal, ouvir, observar, falar, questionar,

analisar e avaliar.

Segundo Gil (1994), há quatro tipos de comunicação: Os dois primeiros tipos

de comunicação são a comunicação verbal e escrita. A comunicação verbal ou

diálogo representa uma conversa recíproca entre duas partes. No entanto, tanto a

comunicação verbal quanto a escrita são dependentes da linguagem humana. As

línguas humanas podem ser descritas como um sistema de símbolos e regras da

gramática pelos parâmetros do que os símbolos são manipulados. A língua é

aprendida na direita raça humana através da infância. A maioria das línguas

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humanas usam padrões de som para os símbolos, que permitem a comunicação

com os outros. Existem milhares de línguas humanas que compartilham certas

propriedades.

a) Comunicação escrita

Segundo Saussure (apud VANOYE, 1983, p.63), "a escrita fixa os signos da

língua. É a forma tangível das imagens acústicas da linguagem articulada. Além

disso, manifesta um estado avançado da língua e só é encontrada nas civilizações

evoluídas. Sua origem situa-se na necessidade que os homens encontram em

conservar as mensagens da linguagem articulada, para veiculá-las ou transmiti-las."

Escrever é um recurso que precisa ser aprendido. Saber selecionar as idéias,

esquematizar e planejar o que se deseja transmitir é uma qualidade essencial para

qualquer profissional. É através da escrita que se expressa os verdadeiros

interesses e sentimentos.

Conforme Marcuschi (2001, p.19), "a escrita é usada em contextos sociais

básicos da vida cotidiana, em paralelo direto com a oralidade". Estes contextos são,

entre outros: O trabalho; a escola; o dia-a-dia; a família; a vida burocrática e a

atividade intelectual.

Escrever bem resulta de uma técnica elaborada, que tem que ser

cuidadosamente adquirida. Seja para escrever um simples bilhete, um e-mail, ou um

documento oficial. Cada qual deve ter a linguagem corresponde à sua formalidade

ou informalidade, ou seja, a forma mais adequada à situação.

Segundo Oliveira e Motta (2000, p.12), "o bom texto reúne vários atributos: passa a

imagem certa, reúne os elementos essenciais à comunicação, leva o leitor à ação, é

fruto do domínio do assunto, da linguagem e da quantidade de informações

adequadas ao objetivo."

A comunicação por meio do correio eletrônico é muito mais do que um

sistema de troca de informações entre pessoas/empresas. A informalidade cedeu

espaço ao profissionalismo. Muito mais importante do que o domínio das

ferramentas de tecnologia é o domínio do conteúdo e da forma da comunicação”.

(REIS, 2008)

Sendo assim, pode-se dizer que o nível de preparo das pessoas ao redigir e

enviar uma comunicação via correio eletrônico reflete o profissionalismo e que tipo

de imagem a empresa vai transmitir.

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Segundo (REIS, 2008), a escrita é muito menos móvel que a linguagem

falada, suas transformações são muito lentas e muito pouco numerosas. Por isso,

permite fixar o pensamento e fazê-lo atravessar o espaço e o tempo. É graças à

escrita que o homem pode efetuar uma reflexão e análise do seu próprio

pensamento.

Ainda conforme a autora, saber o significado das palavras é fundamental, tanto

quanto seu uso a partir de construções sintáticas que servem de base para a

elaboração de textos (orais ou escritos), imprescindíveis à comunicação verbal.

Desta forma, pode-se afirmar que comunicar é uma necessidade humana e

comunicar-se bem é uma arte.

Segue abaixo, o terceiro e quarto tipo de comunicação, segundo Gil (1994).

O terceiro tipo de comunicação é a comunicação não-verbal. Esta categoria de

comunicação inclui a comunicação através do envio e recebimento de mensagens

sem palavras, que são transmitidas através de expressões faciais, contato visual,

gestos, postura e linguagem corporal. Na verdade, a comunicação verbal também

pode conter elementos não-verbais designado paralanguage que compõem a

qualidade de voz, entonação, estresse, emoções e estilo de falar. Da mesma forma,

elementos não-verbais desempenham um papel fundamental em textos escritos,

bem como sob a forma de escrita e estilo do arranjo espacial das palavras. Juntos,

esses três grupos formam a base da comunicação.

O quarto tipo de comunicação é a comunicação visual. Como o nome sugere,

este tipo de comunicação é através de auxílios visuais. Este método de transmissão

de idéias e informações está principalmente associada com duas imagens

tridimensionais que incluem sinais, tipografia, desenho, design gráfico, ilustração,

cores e recursos eletrônicos. Esta forma de comunicação com efeito visual enfatiza

sobre o conceito de que uma mensagem visual com o texto tem um maior poder de

informar, educar ou convencer uma pessoa. A forma mais comum de apresentar

informações visualmente é através de vídeo e televisão. Aqui, o foco está na

apresentação de texto, imagens, diagramas e fotografias integrados em um monitor

de computador. Esta categoria de comunicação é amplamente utilizado por

designers gráficos.

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2.3.3 Os Canais de Comunicação

A comunicação dentro das empresas para ser clara e precisa, necessita de um

organograma bem planejado, para que a mensagem não chegue distorcida. A

seguir veremos os modelos de canais de comunicação, conforme Gessner

(2004), que ocorrem dentro de empresas:

a) Canais Verticais - Podem ser descendentes (de cima para baixo) e

referem-se à comunicação entre o superior e os subordinados, veiculando

ordens ou instruções. Podem ser ascendentes (de baixo para cima) e

referem-se à comunicação entre o subordinado e o supervisor, veiculando

informações a respeito do trabalho executado.

b) Canais Horizontais - Refere-se às comunicações laterais entre dois órgãos

(dois departamentos, duas seções) ou dois cargos (dois gerentes) no

mesmo nível hierárquico.

É importante que todo profissional saiba que, antes de se voltar para

qualquer das direções já mencionadas, necessita desenvolver sua capacidade de

receber e enviar mensagens, capacidade essa que se traduz, principalmente, no

cultivo das habilidades de saber ouvir.

2.3.4 Comunicação eficaz

Pode-se dizer que é imprescindível uma comunicação eficaz entre os

membros de uma organização, ou seja, as pessoas devem preocupar-se com a

qualidade da mensagem que desejam transmitir, pois a eficácia de uma

comunicação é determinada pela compreensão que se tem da mensagem.

Conforme Miranda (1999, p.1) a eficácia da comunicação "se deve a idéia

de que a comunicação interpessoal necessita ser convincente, eficiente, objetiva,

positiva, afirmativa, deve atingir o objetivo e o público alvo". Já Montana e

Charnov (2000, p. 285) afirmam que a comunicação eficaz "é absolutamente

essencial para o sucesso gerencial e organizacional": se o líder não conseguir se

comunicar com seus subordinados, as funções de liderança terão pouco sucesso.

Os autores Medeiros e Hernandes 1999, p. 220-221), apresentam algumas

condições para a que a comunicação ocorra com eficácia:

1) A comunicação é determinada pelo emissor, por sua posição, pelos

status que ocupa na organização, pela credibilidade e reputação que

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desfruta, pelas experiências passadas de comunicação que

proporcionou.

2) O emissor não pode dizer algo muito diferente daquilo que o receptor

espera dele; caso contrário, não estabelece comunicação positiva.

3) A comunicação é influenciada, sobretudo, pela oportunidade, pelo

momento (quando) em que dizemos algo. O sucesso da comunicação

depende de adaptar as tentativas de intercomunicação à ocasião,

situação, ao tema, às pessoas envolvidas, a um tom previamente

escolhido.

Nesse sentido, a partir da credibilidade que o emissor desfruta perante o

receptor, aquele deve, no momento adequado, expor de forma clara as suas

idéias. A clareza da exposição se obtém com o uso de vocábulos simples,

evitando o uso de palavras rebuscadas, preciosismos, expressões ambíguas ou

abstratas.

Portanto, a comunicação eficiente consiste em fazer as pessoas

entenderem à mensagem, pois a eficácia da comunicação está na maximização

de esforços por parte do emissor, para que a mensagem possa atingir o objetivo,

minimizando os esforços do receptor para captar e interpretar a mensagem, sem

riscos de confusão. Pois, no âmbito das organizações, a comunicação é

importante por dois motivos. Segundo Stoner (1995, p. 388), primeiro porque a

comunicação é o processo através do qual os líderes realizam as funções de

planejamento, organização, liderança e controle, e segundo, porque a

comunicação é uma atividade a qual os líderes dedicam uma enorme proporção

de seu tempo.

2.3.5 Comunicação organizacional

A comunicação organizacional já não pode mais se concentrar apenas em

transmitir informações, mas também em mudar o comportamento dos

colaboradores para que realizem um trabalho melhor, impulsionando a

organização em direção as suas metas.

Conforme Stoner (1995, p. 338) a comunicação organizacional é um

processo através dos quais os administradores exercem as funções de: planejar,

organizar, liderar e controlar as ações da organização.

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Já para Megginson (1986, p. 279) "comunicação organizacional é o

processo de transferir significados sob a forma de idéias ou informações de uma

pessoa para outra, é a cadeia de entendimento que liga os membros das várias

unidades de uma organização em diferentes níveis e áreas" e o autor

Shermerhorn (1991, p. 251), define a comunicação organizacional como o

processo específico pelo qual a informação se movimenta dentro de uma

organização, e entre a organização e seu ambiente.

A comunicação organizacional pode ser analisada como a comunicação

interna e externa. Referente à comunicação interna Damante (1999, p.13) afirma

que esta "engloba todos os atos de comunicação que se produzem no interior de

uma organização e que variam nas modalidades em que são utilizados, nos meios

de divulgação e nas funções que desempenham".

Porém, a organização de uma empresa depende basicamente do fluxo de

informações relacionadas com as pessoas, interna e externamente. Segundo

Medeiros e Hernandes (1999, p.227) "a comunicação interna permite à empresa

ter consciência de si mesma, adaptar-se ao ambiente”. E a comunicação externa é

aquela que ocorre entre as organizações e o ambiente externo. Esta pode dar-se

através de jornais, revistas, folders, panfletos, outdoors, internet, televisão, rádio,

entre outros meios de comunicação que são utilizados.

2.3.6 – Comunicação interna

A organização de uma empresa depende basicamente do fluxo de

informações relacionadas com as pessoas, interna e externamente. Segundo

Damante (1999, p.13) “a comunicação interna engloba todos os atos de

comunicação que se produzem no interior de uma organização e que variam nas

modalidades em que são utilizados, nos meios de divulgação e nas funções que

desempenham".

Precisa-se tomar consciência de que uma organização que investe na

comunicação interna chegará ao mérito de ter seus clientes satisfeitos e para isso

é preciso ter qualidade no atendimento e na comunicação.

Embora a percepção da comunicação como fator estratégico seja muito

recente, e haja dificuldade em se mensurar seu retorno, valorizá-la tem sido uma

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tendência cada vez mais forte nas organizações, pois ela integra os colaboradores

aos objetivos da empresa.

A empresa tem que ter clareza dos seus rumos e do que esta tentando

construir. As decisões devem demonstrar postura e vontade prática de melhorar a

variável da comunicação. (DAMANTE ,1999, p.22-26)

Além de motivar os colaboradores, a comunicação interna é um importante

fator de satisfação do público interno. Pode-se dizer, que à medida que a

comunicação interna vai sendo valorizada, novos recursos e práticas são

desenvolvidos e adotados pelas organizações.

Com isso, pode afirmar que a real comunicação ocorre quando há

compreensão entre as pessoas. Desta forma, a comunicação é muito importante

para a banda para que se possa estabelecer uma compreensão por parte dos

integrantes, pois isso refletirá diretamente no desempenho do grupo no palco.

2.4 Comunicação integrada de marketing

Percebe-se importante fundamento do conceito de Comunicação Integrada ao

observar Churchil (2005, p.449) conceituar a comunicação como sendo “a

transmissão de uma mensagem de um emissor para um receptor, de modo que

ambos a entendam da mesma maneira”. Assim, qualquer forma de comunicação

precisa estar eficazmente codificada para que seu público-alvo possa decodificar

adequadamente, sem que haja ruídos de interpretação da mensagem. A

Comunicação Integrada de Marketing (abreviada como CIM) é por sua vez, uma

tradução do inglês IMC – Integrated Marketing Communications.

Comunicação integrada de marketing é a evolução do conceito de

comunicação social que define a integralização de todas as suas áreas. Este

conceito surgiu por uma exigência de mercado que sentiu a necessidade de serviços

completos de comunicação e não mais apenas fragmentados. Portanto define-se

CIM como sendo as ações realizadas através das ferramentas de comunicação de

marketing de forma integrada.

Na CIM busca-se desenvolver a comunicação estratégica organizacional junto

ao mercado, promovendo, posicionando e divulgando produtos, serviços, marcas,

benefícios e soluções. Tem-se como base um sistema gerencial integrado e utiliza-

se como ferramenta o composto de comunicação - propaganda, publicidade,

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assessoria de imprensa, promoção de vendas, patrocínios, venda pessoal, internet,

marketing direto, eventos culturais e relações públicas. A CIM tem o objetivo de

atingir uma comunicação eficaz por parte do emissor junto ao seu consumidor-alvo,

com a utilização holística de todos os elementos deste composto.

O conceito inicialmente difundido por Shultz; Tannenbaumm e Lauterbom,

define CIM como:

A necessidade de uma troca continuada de informações e de experiênciasentre o anunciante e o cliente. O anunciante procura e armazenainformações sobre cada cliente individual num banco de dados. O cliente,através de transações, pesquisas e outros métodos, é estimulado a secomunicar de volta com o anunciante. Conseqüentemente os campos deexperiência dos dois tornam-se maiores e mais proveitosos para ambas aspartes. Esta abordagem do relacionamento é o centro da nossa filosofia dascomunicações integradas de marketing. (SHULTZ; TANNENBAUMM ELAUTERBOM, 1994, p. 31)

Sendo assim, a Comunicação Integrada surge como uma moderna filosofia

comunicacional, como uma tendência para todas as organizações que procuram

sanar e transpor essas novas demandas do mundo atual, procurando aproximar as

modalidades da comunicação organizacional, ou seja, a comunicação administrativa,

interna, mercadológica e institucional, visando melhorar a eficácia comunicacional,

minimizando e concentrando os esforços investidos neste setor.

2.4.1 A Evolução e o Desenvolvimento da CIM

O início da conceituação da CIM foi um pouco vago e adotou diferentes

abordagens na criação de mensagens. Mesmo após uma década de pesquisas na

área da CIM, diferenças ainda existem entre pesquisadores na conceituação da CIM

(CARLSON, GROVE e DORSCH, 2003). Por exemplo, Cornelissen e Lock (2000),

intitularam a CIM como uma ‘onda gerencial’ no lugar de um conceito teórico. Em

resposta, Schultz e Kitchen (2000) argumentam que a CIM é um paradigma

emergente, cujo avanço como conceito e disciplina é totalmente apropriado e de

acordo com a teoria científica.

Para Kitchen (2005), a CIM não funciona apenas como um processo de

comunicação, mas como um processo associado com gestão e marcas. Desta

forma, envolve o gerenciamento da comunicação de marketing de maneira holística

na busca dos objetivos estratégicos de uma organização.

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Kitchen (2005) identificou quatro estágios evolutivos do desenvolvimento da

CIM, como pode-se ver na figura 2. A partir de suas pesquisas pode-se concluir que

a maioria das empresas encontra-se ancorada nos cenários do primeiro ou segundo

estágio. Algumas estão se movendo para o terceiro estágio, mas muito poucas estão

caminhando para o quarto estágio.

Figura 2 - Os estágios de desenvolvimento da CIM

Fonte: Adaptado de KITCHEN (2005. p. 77).

Assim, as agências de propaganda que desejam atender de forma mais

completa seus clientes deverão se transformar em agências de comunicação. Estas

trabalharão com um programa baseado na comunicação integrada de marketing e

na verticalização de soluções, buscando compreender cada público-alvo,

customizando e flexibilizando o composto e os processos da nova abordagem

comunicativa.

2.4.2 Características da CIM

Sabe-se que não há como focar no cliente sem conhecê-lo, saber onde está,

quais seus desejos e necessidades. Por isso, Shultz; Tannenbaum e Lauterborn

(1994) consideram o banco de dados como o ponto de partida da CIM. Com a

realidade do marketing de relacionamento, a tecnologia de informação, possibilita a

obtenção de informações, através do banco de dados, que definirão as estratégias

de comunicação de uma organização. Cabe aos gestores controlar as informações

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dos seus clientes para tomar atitudes quanto ao produto oferecido. Portanto, a única

forma de administrar este fluxo de informações transmitidas pela marca é através da

integração, e os resultados destas ações devem retornar ao banco de dados.

Para tanto, é necessário que o mix global de comunicação em uma empresaou entidade seja definido com base em uma política comum, com valores,princípios e diretrizes que se mantenham íntegros e consensuais para asdiversas formas de relacionamentos com os seus públicos de interesse.Ainda que no âmbito operacional haja uma descentralização, tendo em vistaa execução das atividades específicas de Comunicação [...], o planejamentodeve ser centralizado. Isso acarreta economia de recursos e de esforços econtribui para a consecução do que devem ser os objetivos maiores daorganização: aumentar a vantagem competitiva da empresa ou entidadeface aos seus concorrentes e consolidar sua imagem, ou reputação, perantea opinião pública. (BUENO, 2003, p.09)

Neste sentido, a comunicação deve ser regida por profissionais que

disponham de uma visão planejada e holística de uma organização e seus

ambientes, assim como necessita ser norteada por uma filosofia integradora que

viabilize e potencialize as suas iniciativas.

Os autores alertam ainda que a mensagem a ser transmitida ao público

deverá ser estratégica, correta, fazer sentido e estar alinhada com o pensamento

estratégico e as diretrizes de cada organização. Assim, o conteúdo por trás de cada

mensagem, definido de acordo com as estratégias da organização, deve fazer-se

presente em cada ferramenta de comunicação, respeitando as peculiaridades de

cada meio e forma de comunicação.

A integração das ferramentas de comunicação escolhidas são fundamentaispara criar o efeito sinérgico. Isto é, se o público recebe sempre a mesmamensagem (conteúdo) sob formas e meios diferentes (propaganda na TV,promoção no jornal, por exemplo), estaremos aumentando as chances deele absorver e memorizar a mensagem devido à sua consistência.(CORREA, 2004, p. 82-83)

Cada ferramenta de comunicação precisa trabalhar coordenadamente entre

si, caso contrário, cada uma seguirá numa direção diferente, sem um

direcionamento comum. Com isso, não haverá uma somatória eficaz das

mensagens que chegarão ao público de maneira inconsistente, cada uma

transmitindo uma idéia. Isto diminui as possibilidades da mesma mensagem ser

repetida e memorizada mais facilmente pelo consumidor, este que, por sua vez, já

recebe inúmeras mensagens diariamente. “Atingir com eficácia (o consumidor)

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significa transmitir a mensagem correta, no momento certo, ao público determinado,

com a intensidade necessária para que seja percebida e memorizada.” (CORREA,

2004, p. 80)

De acordo com Shimp (2002, p. 40-43), a filosofia e a prática da CIM têm o

suporte de cinco características importantes:

a) afetar o comportamento: o objetivo da CIM transcende a criação de

consciência por uma marca ou o crescimento das atitudes em relação a

ela. A aplicação da CIM pede esforços capazes de gerar alguma forma de

resposta comportamental, levando as pessoas à ação de compra. Isso não

significa que objetivos pré-comportamentais não tenham importância, mas

como não há uma ação por parte do consumidor para cada esforço de

comunicação, uma CIM eficaz deve fazer mais do que incentivar os

consumidores a ter uma atitude favorável a respeito de uma marca;

b) começar com o cliente ou prospecto: o processo da CIM evita a abordagem

de ‘dentro para fora’ (da empresa para o cliente) na identificação de

métodos de contato e veículos de comunicação, mas começa com o cliente

de ‘fora para dentro’ retornando para o comunicador da marca, que

determina os métodos mais eficazes e persuasivos para cada público;

c) usar toda e qualquer forma de contato: trata-se de usar qualquer meio de

comunicação ou forma de contato que seja apropriada para a marca,

considerando também alguns métodos de contato menos tradicionais, ou

até não-convencionais, no lugar de assumir um comprometimento com um

único veículo ou subconjunto de veículos;

d) gerar sinergia: a necessidade de sinergia é inerente a definição de CIM. É

fundamental coordenar que todas as ferramentas de comunicação de

marketing falem uma ‘única linguagem’ de uma marca forte e unificada que

levem os consumidores à ação;

e) construir relacionamentos: ao considerar que a construção de

relacionamentos é a chave para o marketing moderno, a CIM torna-se a

chave para a construção de relacionamentos. Compras efetivas e

fidelidade acontecem a partir de relacionamentos entre uma marca e seus

consumidores. Atualmente, é mais lucrativo construir e manter

relacionamentos do que buscar sempre novos clientes.

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2.4.3 Importância da CIM

Conforme as agências de propaganda pesquisadas por Trevisan (2003), a

CIM passou a ser oferecida ao mercado como diferencial competitivo, devido a

alguns motivos básicos:

a) Descontentamento dos anunciantes quanto ao trabalho e ao resultado obtido

pelas agências;

b) Grande volume de informação que sofre o consumidor e sua seletividade de

meios de comunicação;

c) Diminuição constante nos investimentos de mídia de massa e o aumento em

mídias segmentadas e na promoção de vendas;

d) Aumento de novos produtos e marcas no mercado;

e) Competitividade geral, globalização da economia e comoditização dos

produtos.

Outro fator que torna a CIM necessária às organizações é o deslocamento de

uma sociedade verbal para uma sociedade visual, gerando uma mudança dramática

na forma de comunicação existente até então.

À medida que o analfabetismo funcional cresce nos Estados Unidos, osempresários se vêem obrigados a usar símbolos, ícones, quadros, sons eoutras formas de comunicação para enviar mensagens aos consumidoresefetivos e em perspectiva, e torna-se cada vez mais necessário integraressas várias formas de comunicação. Quanto mais o empresário se apóiaem técnicas de comunicação que alcançam pessoas alfabetizadas, osanalfabetos funcionais e até os totalmente analfabetos para fazer chegaruma mensagem de venda, mais importantes se tornam as comunicaçõesintegradas de marketing. (SHULTZ; TANNENBAUM E LAUTERBORN,1994, p. 22)

Segundo Shimp (2002, p. 43), as empresas que desejarem adotar a prática

estratégica da CIM, precisarão aceitar algumas mudanças fundamentais na forma

como as comunicações de marketing têm sido feitas tradicionalmente, são elas:

a) diminuição da crença na propaganda em veículos de massa: não é o caso

de descartar a propaganda na mídia, mas considerar com mais atenção

outros métodos de comunicação que atendam melhor às necessidades das

marcas;

b) aumento da confiança em métodos de comunicação altamente dirigidos:

canais especiais a cabo, mala-direta, revistas segmentadas e veículos

alternativos como a Internet são alguns métodos que permitem um contato

mais preciso com o público;

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c) maior demanda imposta aos fornecedores de comunicação de marketing:

agências de propaganda, de relações públicas e empresas de promoção de

vendas apresentavam serviços limitados e precisam aumentar essa

variedade expandindo suas ofertas ao mercado da CIM;

d) aumento de esforços para avaliar o retorno sobre investimentos em

comunicação: o processo da CIM exige que sejam feitas análises

sistemáticas para medir o retorno sobre os investimentos.

A fim de se posicionar positivamente diante de seus públicos, uma

organização faz uso de todo o composto da comunicação organizacional. E a melhor

maneira de se utilizar a comunicação e suas técnicas de forma completa, é

integrando os profissionais de relações públicas, publicidade e propaganda,

jornalismo e marketing. Segundo Torquato (1985) este é o tripé clássico da

comunicação e é o responsável por suprir essa necessidade do mercado quando do

trabalho comercial, institucional e social de uma organização frente aos seus

stackeholders.

Sendo assim, torna-se imprescindível o conhecimento de todas as

subunidades da comunicação do contexto em que se realiza o trabalho por parte de

todos os profissionais deste ramo, já que atua-se de modo conjugado, tendo em

vista o alcance dos objetivos globais.

2.4.4 A Prática da CIM

Trata-se de um ponto fundamental e ao mesmo tempo problemático para

muitas organizações, já que a própria literatura ilustra poucos modelos de

planejamento da CIM. Segundo Kotler (2000, p. 572-590) há oito etapas a serem

seguidas para se desenvolver uma CIM eficaz:

a) Identificação do público-alvo: deve-se ter em mente uma boa definição do

público em relação a possíveis consumidores (prospects), clientes atuais,

pessoas que decidem ou influenciam. Pode-se classificar o público-alvo de

uma empresa também se são indivíduos, grupos, públicos específicos ou o

público em geral. O público tem forte influência nas decisões da empresa

sobre o que, como, quando, onde e para quem comunicar;

b) Determinação dos objetivos de comunicação de marketing: momento do

comunicador de marketing decidir sobre qual resposta deseja de seu

público. Se deseja incutir alguma coisa na opinião dos consumidores,

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tratar-se-á de uma resposta cognitiva; mudar uma atitude, uma resposta

afetiva; e para se levar o consumidor a agir pela compra, tratar-se-á de

uma resposta comportamental. Ou seja, pressupõe-se que o consumidor

passa por uma seqüência de estágios de aprender, sentir e agir’, nesta

ordem.

c) Elaboração da mensagem: a formação da mensagem exige que se

resolvam quatro problemas, quanto ao que dizer (uma idéia, um tema, uma

proposta exclusiva de venda com conteúdo de apelo emocional, racional ou

moral); como dizê-lo de maneira lógica (estrutura da mensagem); como

dizê-lo de maneira simbólica (formato da mensagem) e quem deve dizê-lo

(fonte da mensagem);

d) Seleção de canais de comunicação de marketing: para veicular a

mensagem, os comunicadores precisam decidir sobre os canais a serem

utilizados, que podem ser pessoais (envolvem pessoas diretamente ou

através de e-mail, telefone, etc) ou não-pessoais (a mídia, a atmosfera e os

eventos);

e) Estabelecimento do orçamento total de comunicação de marketing: o

investimento em CIM varia muito em relação ao setor e a cultura da

empresa. São métodos comuns de se decidir sobre o orçamento, o método

de recursos disponíveis (o que podem gastar); porcentagem sobre as

vendas (seja atual ou prevista); paridade com a concorrência (acredita-se

que ao se igualar com o concorrente nos investimentos, manter-se-á a

participação de mercado) e método de objetivos e tarefas (desenvolve-se o

orçamento de acordo com objetivos específicos de comunicação de

marketing);

f) Decisão sobre o mix de comunicação de marketing: a decisão sobre o mix

de comunicação de marketing é um dos pontos fundamentais do processo

de estabelecimento da CIM. Analisar e decidir entre uma ou um conjunto

de ferramentas de CIM é difícil e justamente a alternância das ferramentas

explica por que as funções de marketing precisam estar coordenadas;

g) Mensuração dos resultados: pesquisas em que pergunta-se ao público-alvo

se reconhecem ou lembram da mensagem, quantas vezes a viram e o que

sentiram em relação a ela, que detalhes lembram e quais são suas atitudes

anteriores e atuais em relação ao produto e à empresa;

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h) Gerenciamento e coordenação de comunicação integrada de marketing: as

muitas opções de ferramentas de comunicação, mensagens e públicos

torna obrigatório que as empresas se encaminhem para uma CIM, afinal

ela transmite forte coerência da mensagem e produz grande impacto nas

vendas.

Todo o processo tem início no banco de dados, acreditando que a empresa

tenha armazenado em algum sistema eletrônico de fácil acesso, certo grau de

conhecimento de seus clientes atuais e potenciais, seja através de informações

próprias, coletadas ao longo do tempo, ou através de bancos de dados externos. A

partir daí, o planejador da CIM desenvolve algum tipo de sistema de segmentação

comportamental de seu interesse, pois entende-se que conhecendo esse

comportamento passado, o planejador pode saber qual a ligação do consumidor

com a marca. O conhecimento nesta etapa abrange a rede de marca, ou seja “ (...) a

estrutura de conceitos, idéias, pensamentos, elementos e outros fatores, através dos

quais o consumidor cria significado para a marca.” (SCHULTZ, 1993, p.47) e o tipo

de contato que o consumidor teve com a marca em termos de propaganda,

promoção de vendas, relações públicas, etc. Os contatos com a marca incluem toda

e qualquer experiência informativa que um cliente atual ou prospectivo tenha com a

marca, salientando a importância de que apenas um destes contatos possa reforçar

de maneira positiva ou negativa o significado ou a essência atual da marca, levando

a novos significados capazes ainda de criar vínculos diferentes com a marca.

Após compreender o que serve de base do comportamento de compra do

consumidor, o planejador de CIM está capacitado a desenvolver os objetivos

específicos de marketing, como exemplo, no caso de um consumidor leal à marca,

há duas alternativas possíveis: a) manter o uso corrente do produto ou serviço ou b)

aumentar o uso. Depois de tomada esta decisão, o planejador de CIM determina de

que forma mudará ou reforçará a opinião que o consumidor tem da marca a fim de

alcançar aquele objetivo, estabelecendo os objetivos comportamentais que, por sua

vez, levam a objetivos e estratégias de comunicação que serão usados para gerar

aquelas opiniões e influência verdadeira sobre o comportamento do consumidor.

Numa etapa mais tradicional, são determinados os elementos de marketing

que irão ajudar a alcançar os objetivos comportamentais e selecionadas ferramentas

de comunicação efetivas (publicidade, RP, promoção de vendas, etc) para se

transmitir as mensagens ao consumidor.

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Resumidamente, o processo de planejamento inicia-se com os consumidores,

busca-se a compreensão do comportamento de compra dos mesmos e cria-se

planos de comunicação destinados a mudar ou influenciar esse comportamento. “É

esse planejamento de fora para dentro que realmente diferencia as CIM das

abordagens tradicionais de publicidade nos meios de comunicação de massa em

uso atualmente.” (SCHULTZ e KITCHEN, 2000, p. 347)

2.4.5 Ferramenta da CIM

De acordo com Kotler (2000), a definição do mix de comunicação, ou

ferramentas de comunicação de marketing é fundamental no processo de

elaboração da CIM. Encontrar a combinação ideal dos elementos é complexo visto

às muitas possibilidades. Segue abaixo as ferramentas promocionais que compõem

a CIM:

Propaganda - trata-se de qualquer forma paga de divulgação que tenha

como objetivo apresentar e promover idéias, produtos ou serviços, de

caráter não pessoal, subsidiada por um patrocinador.

Tipos de propaganda - há propaganda de produto, serviço, marca,

institucional, comparativa, corretiva, subliminar e documentário.

Promoção de vendas - são estratégias de marketing, efetivadas dentro e

fora da mídia, em um período limitado, oferecendo suporte e incentivo a

ações de venda pessoal (utiliza ferramentas de merchandising).

Tipos de promoção - amostragem, cupons de venda, brindes, descontos,

bonificações, reembolsos, concursos, sorteios, garantias, promoção

cruzada e material no ponto-de-venda.

Relações públicas - variedade de esforços para criar e manter uma imagem

positiva da organização com seus diversos públicos (trabalha também com

a geração de publicidade).

Táticas mais usadas - press-release, kits de mídia, marketing de eventos,

exibições e endomarketing.

Publicidade - comunicação gratuita de informações sobre a organização,

produto ou serviço (muito utilizada nas pequenas empresas que geram

notícia e inovação).

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Venda pessoal - é a venda em si; busca a interação e o relacionamento

pessoal com o cliente, visando apresentar soluções com base em

benefícios percebidos e valores agregados.

Marketing direto - sistema interativo de comunicação que usa um ou mais

meios de propaganda para obter uma resposta ou transação mensurável

sem o uso de intermediários.

Categorias - propaganda ou promoção de resposta direta, telemarketing,

venda direta e internet.

Estas ferramentas possuem características próprias, mas o complemento que

cada uma proporcionará com suas forças à outra ferramenta que apresente

possíveis fraquezas, produzirá a sinergia necessária para um resultado estratégico e

eficiente.

São incontáveis as formas de se comunicar com o público-alvo de qualquer

empresa. Além da mídia tradicional, meios como computador/internet, fax, telefone

celular e pager, possibilitam novos tipos de comunicação, geralmente mais

personalizados do que os tradicionais meio de comunicação de massa. Kotler

(2000), afirma que tudo comunica algo aos compradores. Todo contato com a marca

transmite uma impressão que pode fortalecer ou enfraquecer a visão do cliente

sobre a empresa. O mix de marketing completo deve estar integrado a fim de

transmitir uma mensagem coerente e um posicionamento estratégico.

2.5 CIM como estratégia de construção da marca

A CIM maximiza investimentos em comunicação, criando uma mensagem

única para a marca e desenvolvendo a personalidade da mesma. Segue abaixo três

vantagens sustentáveis relacionadas à marca, apontadas por Aaker (1996, p.380):

a) Uma marca forte conquistada através da CIM pode ser um veículo para os

consumidores expressarem suas próprias identidades;

b) A metáfora da personalidade da marca sugere o tipo de relacionamento

que os clientes mantêm com a marca, modelado, no caso, nos

relacionamentos interpessoais;

c) A CIM realizada a favor da personalidade de marca representa e sugere

com eficiência os benefícios funcionais e atributos do produto.

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2.5.1 A Marca, sua Identidade e Valor

Um dos maiores condutores da comunicação integrada é o conceito de

marca.

Uma marca é fundamentalmente um fenômeno mental e um resultado dacomunicação. Deste modo, a marca é inseparável da comunicação e cadainteração com a marca de forma individual também constitui uma ação decomunicação. Mensagens consistentes, coerentes e harmoniosas temefeitos positivos, mas quando as mensagens são misturadas, contraditóriase confusas, são também disfuncionais, diluindo a mensagem ou criandoidéias negativas a respeito da marca. (Jenkinson; Sain; BISHOP, 2005, p.79)

Uma marca reconhecida e respeitada desempenha papéis bastante

importantes para a organização, tornando-se um ativo de valor. Um importante papel

econômico é que a marca forte serve de barreiras de entrada de concorrentes que

possam querer se lançar num mercado específico, além de ganhar vantagem sobre

os varejistas e outros intermediários.

Para KOTLER (2000, p. 426) são exatamente seis os níveis de significado de

uma marca:

a) atributos: uma marca traz à mente certos atributos. A Mercedes sugere

automóveis caros, bem construídos, de boa engenharia, duráveis e de alto

prestígio;

b) benefícios: os atributos devem ser traduzidos em benefícios funcionais e

emocionais. O atributo ‘durável’ poderia traduzir o benefício funcional ‘não

terei de comprar outro carro por muitos anos’. O atributo ‘caro’ traduz o

benefício emocional ‘o carro me faz sentir importante e admirado’;

c) valores: a marca também diz sobre os valores da empresa. A Mercedes

simboliza alto desempenho, segurança e prestígio;

d) cultura: a marca pode representar certa cultura. A Mercedes representa a

cultura germânica: organizada, eficiente, preocupada com a qualidade;

e) personalidade: a marca pode projetar certa personalidade. A Mercedes

pode sugerir um chefe decidido (pessoa), um leão poderoso (animal) ou um

palácio austero (objeto);

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f) usuário: a marca sugere o tipo de consumidor que compra ou usa o

produto. Poderíamos esperar ver um alto executivo de 55 anos de idade

atrás do volante de um Mercedes, não uma secretária de 20 anos.

Cobra e Ribeiro (2000, p. 159) simplificam ao definir que “o valor da marca é

implicitamente caracterizado pelo seu potencial de agregar valor a um produto ou

serviço”, sendo o maior valor patrimonial e sensorial das empresas. E para aumentar

o valor da marca, a mesma precisa gerar alegria e satisfação por parte dos que

possuem ou usam a marca.

São várias as estratégias para se fortalecer os efeitos da comunicação e

assim construir brand equity. Keller e Machado (2006, p. 186-187) definem três

potencialmente mais efetivas:

a) slogans: um slogan efetivo proporciona uma ligação ininterrupta com o

anúncio como um todo. A famosa campanha “51, uma boa idéia”, por

exemplo, dispensa explicações;

b) pistas para lembrança: uma pista para lembrança de anúncios/comerciais é

uma informação visual ou verbal exclusivamente identificada com um

anúncio e que fica evidente quando os consumidores estão tomando uma

decisão de produto ou serviço. Por exemplo, um display de papelão do

boneco Toddynho no ponto-de-venda ou seu desenho na embalagem do

produto pode fazer com que o consumidor recupere na memória todo o

comercial que ele assistiu na TV. Outro exemplo: a palavra ‘será’, sozinha,

pode fazer com que o consumidor se lembre da campanha da cerveja Skol

para o verão 2004/2005;

c) interação de meios: reforçar um comercial pela mídia impressa e de rádio

também pode ser um meio efetivo de alavancar efeitos de comunicação.

Colocar uma pista em um anúncio de TV tendo também um anúncio de

rádio ou impresso explicitamente ligado a ele pode criar rendimentos de

processamento semelhantes ou até mesmo melhores do que exposições

adicionais na TV.

Pode-se dizer então que, a Comunicação Integrada de Marketing é a

estratégia utilizada para desenvolver, posicionar, informar e lembrar a todo o

mercado os valores, princípios, benefícios e soluções gerados pelas empresas,

representados por suas respectivas marcas, o que também serve para as bandas.

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2.5.2 Personalidade da Marca

Muitos autores convergem na importância de se construir marcas fortes como

estratégia para se conquistar vantagem competitiva a partir da preferência e

fidelidade do consumidor. O ponto-chave está em como criar este relacionamento

com o público-alvo. Gobé (2001) é um grande defensor da criação de marcas

emocionais como forma de conectar profundamente produtos a pessoas. Para isso,

é preciso focar o aspecto mais forte do caráter humano que é a vontade de

transcender a realização material e experimentar a satisfação emocional.

Neste contexto pode-se perceber que uma marca tem o intuito de realizar a

identificação da empresa e que esta precisa transmitir ao público-alvo uma

personalidade verdadeira, que não difere em cada meio ou forma de se comunicar.

Assim, a empresa conseguirá transmitir através da estratégia de comunicação

integrada de marketing, uma personalidade forte valorizando seu produto e marca e

conquistará a imagem desejada perante ao público consumidor.

Sendo assim, mudanças e adaptações são sempre necessárias para manter-

se atualizado com tendências de novos tempos. Mas tudo deve ser feito com

cautela, afinal a marca carregada de personalidade pode ter um forte

relacionamento com seu público que sentiu-se atraído por características específicas

e que não gostaria de as ver alteradas.

Os temas abordados ao longo deste capítulo são fundamentais para o

desenvolvimento deste trabalho, visto que os mesmos possibilitam o entendimento

dos assuntos que estão diretamente relacionados com o ramo de atividade da

empresa em estudo. Os temas utilizados possuem grande relevância para a

empresa, pois permitem que a mesma perceba a importância da compreensão para

o alcance dos seus objetivos. Por se tratar de uma prestadora de serviços é

indispensável que a mesma reconheça que está inserida em um dos setores da

economia que mais tem crescido os últimos tempos; que o marketing tem se

mostrado uma ferramenta que possibilita uma diferenciação perante a concorrência;

que uma comunicação eficaz é fundamental para que o público tenha uma imagem

positiva, o que contribuirá para a construção de uma marca forte e ainda que a CIM

é uma potencial geradora de vantagem competitiva.

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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para o pesquisador a realização da atividade de pesquisa é um dos meios

para chegar aos objetivos e trazê-lo conhecimento. A pesquisa para Andrade (2005,

p. 120), “é o conjunto de procedimentos sistemáticos, baseados no raciocínio lógico,

que tem por objetivo encontrar soluções para problemas propostos, mediante a

utilização de métodos científicos.”

3.1 Classificação da pesquisa

Com relação à pesquisa, segundo Malhotra (2001), é uma estrutura para a

realização do projeto. Ela detalha os procedimentos necessários para a obtenção

das informações.

Quanto à abordagem, a pesquisa utilizada neste trabalho de conclusão de

curso se classificam como quali-quantitativas. Segundo Creswell (apud ZAPELINI;

ZAPELINI, 2007, p.89), “ao adotar um método misto, o pesquisador pode quantificar

dados qualitativos ou qualificar dados quantitativos, pode explorar casos

discrepantes.” Para obter melhores resultados, além de informações e opiniões, a

pesquisa apontará pontos fortes e fracos do atendimento e estrutura física da

organização em estudo.

A pesquisa quantitativa serve para medir as variáveis, determinar o resultado

do trabalho e para garantir uma boa interpretação dos resultados. Já a pesquisa

qualitativa é apropriada para avaliar. É utilizada para selecionar metas para

construção de uma intervenção (ROESCH, 1999). “Os pesquisadores quantitativos,

preocupados com a generalização, procuram diferenças numéricas entre dois

grupos de pessoas, que diferem sob algum aspecto. Já á pesquisa qualitativa, não

se quer provar a existência de relações particulares entre variáveis” (RAUEN, 2002,

p. 190)

Para Malhotra (2001, p. 68)

A pesquisa qualitativa é desestruturada e de natureza exploratória, baseadaem amostras pequenas, e pode utilizar técnicas qualitativas conhecidascomo grupos de foco, associação de palavras (pedir aos entrevistados

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indiquem suas primeiras respostas a palavra de estimulo) e entrevistas emprofundidade (entrevistas individuais que sondam em detalhe ospensamentos dos entrevistados.

A pesquisa qualitativa mostra uma melhor visão e compreensão do contexto

do problema, enquanto a pesquisa quantitativa demonstra quantificar os dados e

aplica alguma forma de análise estatística. (MALHOTRA 2001)

Quanto aos fins, esta pesquisa é classificada como exploratória e descritiva.

Para a construção do trabalho a ser desenvolvido, segundo Andrade (2005), a

pesquisa exploratória é o passo para obtenção de informações, facilitando a

delimitação do assunto, ajudando a definir os objetivos. Constitui-se em uma

antecipação da pesquisa. Para Mattar (2007, p.7), “pesquisa exploratória visa prover

o pesquisador de maior conhecimento sobre o tema ou problema de pesquisa em

perspectiva.”

Quanto à pesquisa descritiva, segundo Samara e Barros (2002, p. 30), ela

“procura descrever situações de mercado a partir de dados primários obtidos

originalmente por meio de entrevistas pessoais ou discussões em grupo.” Vergara

(2000, p. 47) completa que a pesquisa descritiva “expõe características de

determinada população ou um determinado fenômeno.”

Quanto aos meios, é classificada como pesquisa de campo, pesquisa

bibliográfica, pesquisa documental, estudo de caso e observação assistemática.

Com relação à pesquisa de campo, o “objetivo de conseguir informações ou

conhecimento acerca de um problema para o qual se procura uma resposta, ou de

uma hipótese que se comprova, ou, ainda descobrir novos fenômenos ou as

relações entre eles”. (MARCONI; LAKATOS, 2002)

Utilizou-se a pesquisa bibliográfica para a revisão da literatura, que por sua

vez é um estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em

livros, revistas, jornais redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em

geral. Podendo ser de fonte primária ou secundária. (VERGARA, 2000)

A pesquisa documental serve para consultar os dados disponibilizados pela

empresa. A pesquisa documental, “é a fonte de coleta de dados, esta restrita a

documentos, escritos ou não, denominados fontes primárias” (MARCONI;

LAKATOS, 2002). A pesquisa documental foi utilizada para caracterizar a

organização em estudo.

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O estudo de caso é uma “análise profunda e exaustiva de um ou de poucos

objetos de modo a permitir o seu amplo e detalhamento conhecimento” (RAUEN,

2002). Entre os objetos, pode-se citar ser um sujeito, um pequeno grupo, uma

organização, uma unidade.

No presente estudo utilizou-se também a observação assistemática, e o que a

caracteriza “é o fato de o conhecimento ser através de uma experiência casual, sem

que se tenha determinado de antemão quais os aspectos relevantes a serem

observados e que meios utilizar para observá-los”. (RUDIO apud MARCONI;

LAKATOS, 2003)

3.2 Universo e amostra

Marconi e Lakatos (2002, p. 223) definem que amostra “é uma porção ou

parcela, convenientemente selecionada do universo (população). É um subconjunto

do universo.” Já população é um grupo de pessoas ou empresas que interessa

entrevistar para o propósito específico de um estudo. (ROESCH, 1999)

Utilizou-se, para este estudo, uma amostra não probabilística que, segundo

Samara e Barros (2002, p. 94), “são selecionadas por critérios subjetivos do

pesquisador, de acordo com sua experiência e com objetivos do estudo.” Para

Mattar (2007, p. 134) “amostras por conveniência, como o nome já diz por

conveniência do pesquisador, apesar de ser mais barato e simples, é utilizada para

testar boas idéias sobre determinado assunto.”

Amostragem por tráfego, segundo Acevedo e Nohara (2007, p. 57), “consiste

em observar ou entrevistar pessoas que trafegam por determinado local.” Mattar

(2007) concorda que as pesquisas por tráfego envolvem observar ou entrevistar

pessoas que trafegam por determinado local. Exemplo, visitantes numa exposição,

espectadores de um evento. Os entrevistadores irão escolher entre os clientes

aqueles a quem entrevistar.

Para o presente trabalho de conclusão de curso, a acadêmica baseou-se em

pesquisa, considerando uma população finita, onde o universo é formado por jovens

e adultos da Grande Florianópolis e com uma amostra de 368 pessoas que

responderam questionários. A pesquisa foi realizada em alguns locais de forma

aleatória, além do Centro Universitário Municipal de São José – USJ e baile de

formatura realizado em São José.

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3.3 Instrumentos de coleta de dados

A coleta de dados é o processo em que são efetuados os contatos com os

respondentes e determina a maneira como os dados serão obtidos. Para Andrade

(2005, p. 152) “a coleta de dados constitui uma etapa importantíssima da pesquisa.

Os dados coletados serão elaborados, analisados, interpretados e representados

graficamente, através da aplicação de questionário.”

Segundo Rauen (2002), o instrumento de coleta de dados tem duas funções

básicas: demonstrar a presença ou ausência de um fenômeno e capacitar à

quantificação ou a qualificação dos fenômenos presentes, devendo ser capaz de

fornecer uma mensuração da realidade.

Na presente pesquisa utilizou-se a entrevista e o questionário com perguntas

abertas e fechadas. Segundo Vergara (2000), a entrevista é um procedimento no

qual o entrevistador faz perguntas a alguém que, oralmente, lhe responde. A

entrevista pode ser informal, focalizada ou por pautas. Para Marconi e Lakatos

(2003, p.195) a entrevista “é um encontro entre duas pessoas. A fim de que uma

delas obtenha informações a respeito de determinado assunto, mediante uma

conversação de natureza profissional.”

A entrevista foi realizada com o proprietário da banda no dia 05/10/2010, no

local onde a banda realiza seus ensaios, localizado no município de São José/SC.

Teve início às 19horas, com duração de aproximadamente 1hora . Foi realizada em

forma de questionário e as respostas transcritas pela pesquisadora.

O questionário por sua vez é uma forma de coletar dados com exatidão e

chegar ao desejado, com perguntas fáceis de serem respondidas. Como coloca

Cervo, Bervian e Silva (2007), o questionário é um meio, de obter respostas ás

questões por uma fórmula que o próprio informante preenche. Para Vergara (2000),

o questionário refere-se a questões apresentadas ao respondente por escrito,

podendo ser fechado com algumas perguntas abertas. As respostas são livres, já

para o questionário fechado as pessoas que respondem podem fazer escolhas

diante das alternativas oferecidas.

Marconi e Lakatos (2003), colocam que o questionário “é um instrumento de

coleta de dados, constituído por uma série ordenada de perguntas, que devem ser

respondidas por escrito e sem presença do entrevistador,” junto a ele deve-se enviar

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uma nota explicando a natureza da pesquisa, importância e a necessidade de obter

as respostas.

No entender de Roesch (1999), questionário não é apenas um formulário, ou

um conjunto de questões listadas, é um instrumento de coleta de dados que busca

levantar suas percepções sobre o atendimento prestado pela organização, para isso

requer um planejamento, com base no plano de pesquisa. Rauen (2002, p. 126) diz

que “o questionário consiste numa lista de indagações escritas, que devem ser

respondidas pelo informante por escrito. A grande vantagem do questionário é a

possibilidade de se indagar muitas pessoas.”

O questionário foi elaborado pela acadêmica, juntamente com seu orientador

e não foi realizado pré-testes. Foram entregues a 368 pessoas entre o período do

dia 04/10/2010 á 20/10/2010, que aceitaram respondê-lo, a partir de alguns

esclarecimentos que justificaram os motivos pelo qual estava sendo feito a referida

pesquisa.

O questionário é composto por 10 perguntas, sendo 06 fechadas, 2 perguntas

semi-abertas e 2 abertas. O questionário encontra-se no apêndice A e B deste

Trabalho de Conclusão de Curso.

3.4 Apresentação e análise dos dados

Por se tratar de uma pesquisa quali-quantitativa, os resultados foram

tabulados com a ajuda da planilha Excel e transformados em quadros e gráficos,

desta maneira demonstrando a opinião dos pesquisados.

Segundo Mattar (2007, p. 193) “a popularização do computador, possibilitada

pelas drásticas e contínuas reduções de porte e preço, e elevação da sua

capacidade de processamentos a níveis nunca imaginados.”

Para Samara e Barros (2002, p.103) “a padronização e a codificação são

respostas de uma pesquisa. É a maneira ordenada de dispor os resultados

numéricos para que a leitura e a análise sejam facilitadas.”

A análise da entrevista é qualitativa, pois descreveu-se o seu resultado.

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4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

Neste capítulo apresenta-se a caracterização da Organização na qual o

trabalho foi realizado e a descrição e análise dos dados coletados na pesquisa

realizada com os clientes e proprietário da Banda “X”.

4.1 Caracterização da empresa em estudo

4.1.1 Histórico

A história da Banda “X” iniciou-se por volta dos anos 2000, quando Rafael

Barreto Bossle, após passar por algumas bandas, resolve criar seu próprio grupo

musical. Influenciado pela família, Rafael entra no mundo da música ainda pequeno.

Sua bisavó, seu avô e o tio do seu avô já tocavam e por isso, seu pai não foi

diferente. Evaldo Barreto Bossle Filho, pai de Rafael e Rodrigo, mais conhecido

como Barreto, por volta dos anos 60 já fazia parte de uma banda como

contrabaixista, em Rio do Sul/SC, chamada “Os Samurais”, juntamente com seu

irmão que era guitarrista/vocal da banda e demais integrantes.

Desde pequenos, Rafael e Rodrigo acompanhavam seu pai nas festinhas da

família, que tocava violão para animar. Nas festas, a família se reunia e fazia seu

próprio som. Nessa época, ainda crianças, Rafael e Rodrigo já faziam parte do

barulho, influenciados por seus familiares.

Após alguns anos, Rafael ganha um violão e esforçado como era, aprende a

tocar sozinho. A primeira música que tocou foi “Fogo e Paixão” do cantor Wando.

Aos quinze anos, Rafael ganha de presente de aniversário, de seu pai, uma guitarra

tonante e começa a treinar. Tal dia, Barreto escuta Rodrigo cantar a música

“Borbulhas de Amor” do cantor Fagner, bastante famoso na época e se encanta. A

partir daí Rodrigo começa a ser influenciado a cantar, porém, como ainda tinha 9

anos, era bastante tímido e não quis mostrar seu talento.

Em um certo dia Rafael, acompanhado de seu primo Matusa, que tocava

bateria, resolve assistir um ensaio de uma banda local da época, chamada

Freqüência Urbana. A partir daí, bastante interessado no mundo musical, resolve

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acompanhar o ensaio semanalmente, até que começa a trabalhar de holder,

carregando caixas e instrumentos nos shows. Passado um tempo, o baixista da

banda resolve sair e então surge a oportunidade de Rafael integrar a banda. Nessa

época, Rodrigo, seu irmão, se divertia montando e desmontando equipamentos de

som de seu pai na garagem de casa.

Com aproximadamente quinze anos, Rodrigo passa a trabalhar de carregador

e iluminador na banda que seu irmão fazia parte. Essa época foi o auge da banda

Freqüência Urbana, sendo assim, estavam fazendo bastante sucesso. Com CD já

gravado, a banda chegou a participar de programas de televisão. Como exemplo

disso tem-se a participação da banda no programa Brasil Feliz, apresentado na

época por Edson Moura, transmitido pela emissora RECORD, onde apresentavam-

se inclusive bandas de reconhecimento nacional.

De repente, nos melhores tempos da banda Freqüência Urbana, insatisfeitos

com a administração da mesma, os músicos decidem acabar com a banda. Após o

término da Freqüência Urbana, Joci, filho do dono, resolve montar uma nova banda

chamada “Eskabong”, na qual Rafael e Rodrigo faziam parte. Mas com a percepção

que a banda não estava dando muito certo, resolvem também acabar com a banda.

Após a passagem por algumas bandas e algumas desilusões, surge a idéia

da formação de uma outra banda, criada por Rafael e por Jorge (tecladista), que

receberia o nome de Banda “X”, já que achavam este nome interessante e forte,

vendo assim uma oportunidade de um futuro.

O primeiro show realizado pela Banda “X” foi na Festa do Colono em Santo

Amaro da Imperatriz/SC. No segundo show, o baterista e o tecladista tiveram que

deixar o grupo e a partir daí a banda passou a ter nova formação. Com a

necessidade de vocalistas, Rodrigo passou a cantar profissionalmente.

No início, quando a banda ainda não era conhecida, os músicos muitas vezes

tocavam sem receber cachê, pois precisavam mostrar o seu trabalho para obter

reconhecimento. E muitas vezes, o pai de Rafael e Rodrigo, foi quem pagou os

músicos, para que a banda pudesse crescer profissionalmente. Como a maioria das

empresas, o início da Banda “X” também não foi fácil. Os proprietários tiveram que

investir em equipamentos sem obter lucro.

Após muitas formações, chegou-se à atual, sendo que os únicos que

estiveram na banda desde o seu início e ainda estão até hoje, foram Rafael e

Rodrigo, considerados fundadores e donos da banda.

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4.1.2 Situação atual da Banda “X”

A Banda “X” é uma banda musical popular do município de São José

conhecida como banda do tipo baile, que possui como atividade fim, a realização de

shows e apresentações com variados estilos de músicas para todos os tipos de

bailes e eventos com o intuito de proporcionar ao seu público alegria, emoção,

descontração e interação, quer seja em eventos sociais, empresariais, festas

populares ou formaturas, com equipamento de última geração de som e iluminação.

Atualmente a banda é composta por oito integrantes fixos, dois que tocam

percussão esporadicamente dependendo do tipo de festa e o empresário que é o

fundador da banda, Rafael Barreto Bossle. Segue abaixo a tabela com os atuais

integrantes da Banda “X”:

Tabela 1 – Atuais integrantes da Banda “X”

Fonte: O autor. Adaptado e desenvolvido para TCC de graduação.

4.1.3 Componentes da Banda “X”

Segue abaixo um pequeno histórico da vida musical de cada integrante fixo

que compõe a Banda “X” atualmente:

Alice Claudeci da Silva é vocalista da Banda “X”. Manézinha da ilha, nascida

em trinta de dezembro de mil novecentos e oitenta e cinco, iniciou sua vida musical

bastante cedo. Influenciada por sua irmã, aos seis anos de idade começou a cantar

em um coral da igreja católica chamado Coral Menino Jesus da paróquia São João

Batista e Santa Luzia do bairro de Capoeiras – Florianópolis, onde cantavam apenas

Nome FunçãoRafael Barreto Bossle EmpresárioAlice Claudeci da Silva Vocalista

Daiany Geremias de Oliveira VocalistaRodrigo Barreto Bossle Vocalista

Charles Alexandre Colzani VocalistaRafael Geremias de Oliveira Tecladista

Gabriel Kreusch BateristaCélio Rodrigues da Silva Guitarrista

Moisés da Silva ContrabaxistaEvaldo Barreto Bossle Filho Percussionista

Fernando Silva Percussionista E Holder

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meninas e onde permaneceu por sete anos. Logo que entrou destacou-se por sua

afinação e esforço e passou a ser solista, sem nem mesmo saber ler. Neste coral

conheceu muitas pessoas e teve a oportunidade de fazer grandes amigos, entre eles

Leopoldo, que era tecladista do coral e músico. Alice ainda não tinha dez anos

quando foi convidada a acompanhar Leopoldo em seus eventos juntamente com

Aline, sua irmã e Vanessa que também faziam parte do coral. Cantavam em

aniversários, casamentos, bailes, etc. Em poucos anos Aline e Vanessa desintegram

o trio e Alice segue sua vida musical com Leopoldo por longos anos, totalizando dez

anos. Aos dezoito anos Alice é convidada a fazer um teste na Banda “X” e há sete

anos faz parte da mesma ao lado de pessoas muito esforçadas e grandes amigos.

Daiany Geremias de Oliveira é a mais nova integrante da Banda “X” e

juntamente com a Alice formam os vocais femininos da banda. Nascida em cinco de

janeiro de mil novecentos e oitenta e oito, começou a cantar aos cinco anos no coral

da Igreja em Urubici, sua cidade natal com influência da família paterna. Sua avó era

cantora e seu pai grande guitarrista e vocalista. Estudou por um ano no

Conservatório Musical de Florianópolis. Aos dezesseis anos começou a cantar

profissionalmente nas noites de Florianópolis, onde não parou mais. Segundo

Daiany, “há um ano já estou vivenciando a alegria de poder dividir os palcos com

essas pessoas talentosas. E nesta banda tenho o maior prazer de dividir os palcos

com meu irmão Rafael grande tecladista. Formamos uma grande família e damos

sempre o melhor de nós para alegrar as melhores festas.

Charles Alexandre Colzani faz parte dos vocais da Banda “X”. É natural de

Tijucas/SC e formado em pedagogia. Traz consigo uma bagagem artística herdada

de meu pai, família de Italianos, tocava sanfona e pandeiro Como ele não cantava

pedia pra Charles cantar, mas essas cantorias aconteciam em casa. Com a

necessidade de um palco, buscou o teatro aos oito anos, numa companhia que

trabalhou durante vinte anos. Fez todos os clássicos infantis e nessa companhia

teve a oportunidade de cantar e interpretar. Ainda criança, criava e cantava músicas

para seus personagens, inclusive gravou muitas músicas e montava as coreografias

e musicais. Durante esse tempo, dedicou-se ao teatro e estudou muito a arte de

interpretar. Paralelo a isso, ministrava workshop e aulas de teatro para crianças e

adolescentes no Teatro Adolpho Melo – SJ. Durante esse período muitas coisas

boas aconteceram em sua vida. Hoje, Charles tem um reconhecimento grande e

forte em sua cidade. O tempo passou e Charles foi buscando seus sonhos, e com

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muita dificuldade as coisas foram aparecendo. Esteve com espetáculos teatrais fora

do país, como por exemplo, em Portugal e no Uruguai. Enfim, conheceu uma banda

que o deu a oportunidade de cantar e interpretar. Tem a liberdade de estar no palco,

freqüentemente e mostrar o que sabe fazer. Sua paixão por alguns intérpretes, o faz

a cada dia querer mais ao espelhar-se nessas figuras da música (nacional e

internacional), além de ser sua outra família e aprender muito com eles (Banda “X”).

Atualmente Charles é superintendente adjunto da Fundação Municipal de Cultura e

Turismo de São José, estreará brevemente um programa de variedades na Primer

TV, cantor da Banda “X”, cerimonialista de eventos, organiza várias ações sociais na

cidade, membro de uma cia de teatro que se chama “os Excraxados”, onde faz um

espetáculo chamado “as Três”, que esta em cartaz a quase dez anos. E além de

tudo isso, é ainda organizador do Natal Mágico de São José e projeto Casa do

Coelho.

Rafael Geremias de Oliveira mais conhecido como Cachopa é tecladista da

Banda “X” Teve influência desde pequeno na vida musical, pois seus tios e seu pai

são músicos. Começou na música muito cedo, com apenas dez anos. Estudou com

alguns professores particulares, na escola de música Toc Musical e principalmente

com seu pai a parte de harmonias. Começou a tocar na noite com apenas quinze

anos em um grupo que seu pai montara chamado CR musical. Logo após fez parte

da banda intuição, posteriormente tocou em bares, restaurantes e hotéis e enfim

chegou à Banda “X” há aproximadamente quatro anos, por meio de um convite feito

pelo dono da banda também chamado de Rafael. Conforme Cachopa, “...Gostei da

oportunidade que me deram, estou satisfeito com essa banda e não tenho interesse

em me desligar dela.

Gabriel Kreusch, mais conhecido como Bibi, é o baterista da Banda “X”. Tem

vinte e dois anos e nasceu na cidade de Ituporanga. Aos nove anos de idade,

influenciado por seu pai que na época já era músico, passou a acompanhá-lo nas

viagens com a banda na qual o mesmo fazia parte. Aos poucos Gabriel começou a

reparar o baterista em seus movimentos e foi cada vez mais se apaixonando por

esse instrumento no qual lhe despertou interesse. Certo dia seu pai resolve lhe

colocar para tocar uma valsa em um baile. Foi neste dia que Bibi pôde comprovar

sua paixão por esse instrumento que tanto lhe fascinava. O garoto foi se

aperfeiçoando cada vez mais e sempre influenciado pelo pai, tio e primo que

também são músicos. Aos quatorze anos Gabriel ganha de presente da sua mãe

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sua primeira e única bateria, pois é com ela que toca até hoje. Sua vida artística

começou tocando pop rock com a banda Legionários, depois reggae com a banda

Raízes, bailes com a banda Torre de Babel e músicas gaúchas com o grupo

Fandangueiro.e logo após com o grupo Recanto. Quando saiu do grupo Recanto

permaneceu durante um tempo fazendo free lancer com algumas bandas. Em junho

de dois mil e nove foi convidado por Rafael, dono da Banda “X” à fazer parte do

grupo onde toca atualmente há aproximadamente um ano.

Célio Rodrigues conhecido popularmente como Shaulim, nasceu em vinte e

três de abril de mil novecentos e oitenta e sete, na cidade de Campo Grande/MS,

onde morou até os cinco anos quando mudou-se para Palhoça. Estudou em vários

colégios até se formar e nesse meio tempo pediu à sua mãe um cavaquinho, pois

seu padrinho também tocava, e o garoto tinha um grande desejo de ser como ele.

Porém, sua mãe não comprou o instrumento desejado e sim um violão. Sendo

assim, Shaulim começou a se interessar, mas ainda não estava realizado. Até que

veio morar ao lado da sua casa o Sr° Arlindo que era regente da orquestra sinfônica

de Florianópolis, hoje falecido, que o ensinou algumas coisas sobre violão clássico.

Além disso, Célio teve aulas particulares com algumas pessoas, como por exemplo,

Pedro Vidal, Marcelo Rosa, Hugo Pereira, Guilherme Arruda e afirma que ainda tem

muito o que estudar. Hoje faz parte da Banda “X”, além de free lancer com Guto e

Henrique, banda Sunrise de Patrícia Pereira e a dupla Rodrigo e Rael. Nas horas

vagas Shaulim dá aulas de violão atualmente para três meninas que o fazem sentir

realizado como músico e pessoa, diz Shaulim. Ainda conforme Shaulim, “...estou

aberto à novos parceiros na música e muito contente em ter feito amigos

maravilhosos no meio musical.”

Moisés da Silva conhecido também como Moisa Bass é baixista da Banda

“X”. Aos dezessete anos, Moisés compra um baixo bem velho e ruim, apenas por

curiosidade. Gosta tanto que resolve aprender a tocar o instrumento, sendo

influenciado por suas bandas favoritas que iam desde de bandas de rock nacional

anos oitenta, até bandas de metal mais pesado. Começou estudando o instrumento,

pegando toques com amigos e sempre estudando em casa de uma maneira

meio autodidata. Teve várias passagens por bandas da grande Florianópolis de

variados estilos. Desde bandas de rock, metal, pop, até bandas de bailes e de

músicas próprias. Fez vários trabalhos como free lance tocando baixo, cantando ou

executando as duas funções ao mesmo tempo. Participou de alguns festivais de

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bandas, tocou em eventos, bares, casas noturnas, aberturas de shows nacionais, e

outros. Numa das reformulações da Banda “X” em dois mil e cinco Moisa Bass

integra a banda. Mas sua saída viria logo em seguida. E após fazer parte das

bandas, Comandos, Panela rock e outras, retorna à Banda “X” cinco anos depois e

está até hoje.

4.2 Entrevista com o proprietário

A seguir, apresentam-se os dados levantados por meio de um questionário

com perguntas abertas (APÊNDICE A), aplicado em entrevista com o proprietário da

banda em estudo.

Ao ser perguntado a respeito de como a banda é divulgada atualmente, o

empresário e administrador da Banda “X”, Rafael Barreto Bossle, respondeu que a

mesma está sendo divulgada através de rádios e internet. Notou-se que há uma

grande carência nesta questão, visto que a imagem da banda poderia estar sendo

muito mais explorada. Há diferentes métodos, maneiras e parcerias que poderiam

estar sendo realizados e que contribuiriam para a visibilidade da banda, visto que o

composto de comunicação integrada compreende propaganda, publicidade,

assessoria de imprensa, promoção de vendas, patrocínios, venda pessoal, internet,

marketing direto, eventos culturais e relações públicas.

Através dessa questão foi possível verificar que há uma falta de empenho por

parte do administrador, que vêm pecando na divulgação da banda, visto que a

banda não está sendo divulgada nem mesmo nas faculdades e colégios, locais que

deveriam estar sendo bastante explorados, já que uma das suas principais rendas é

proveniente de bailes de formaturas. Sendo assim, uma divulgação, aproximação e

diferentes estratégias de negociação com empresas de eventos também é de

fundamental importância para o desenvolvimento da banda.

Outro fator que poderia ser mais explorado é a divulgação pela internet, pois

verificou-se que a única forma de comunicação da banda com o público se dá

através do Orkut. Sendo assim percebeu-se a necessidade de um site para a banda,

o que seria bastante importante para a divulgação da marca “Banda X”, pois

facilitaria o acesso do público, visto que trata-se de um meio de comunicação

irrestrito e de fácil acesso.

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Em outra questão realizada, perguntou-se a respeito da existência de algum

novo processo para a divulgação da Banda “X” e o que o proprietário achava que

poderia mudar. Ele simplesmente respondeu que não há e não haverá mudança

futura. Com isso foi possível notar um certo comodismo por parte do gestor, já que o

mesmo não tem perspectivas de mudanças. Percebeu-se com esta questão, uma

falta de conhecimento por parte do entrevistado que não demonstrou ter

embasamento algum teórico em administração e principalmente na área de

Marketing. Conhecimentos estes necessários para a execução de sua função, o que

o impede de realizá-la com eficiência, impossibilitando assim que a banda cresça.

Partindo para o lado das negociações, questionou-se qual a dificuldade nas

negociações na hora das contratações para a participação de eventos encontradas

pela banda, ou seja, quais as dificuldades encontradas pelo empresário na hora de

fechar um show. A resposta obtida foi apenas relacionada aos valores fora do preço

normal. Notou-se aí uma desvalorização por parte dos contratantes com relação às

bandas de baile, que exigem preços cada vez mais baixos mesmo quando trata-se

de um serviço oferecido com valores abaixo dos apresentados pela concorrência.

Essa questão dificulta as negociações, pois o empresário tem que pedir um

preço alto, correndo o risco de perder espaço para a concorrência, para poder

chegar no final da negociação à um valor razoável necessário para a realização de

um show com qualidade. Este fator torna cada vez mais difícil a conquista de uma

independência, pois assim a banda não consegue arrecadar capital necessário para

a aquisição de equipamentos de sonorização e iluminação e acaba tendo que

terceirizar este serviço diminuindo assim o seu lucro.

Ao ser questionado sobre os pontos positivos e negativos, ou seja, pontos

fortes e fracos da banda o entrevistado demonstrou uma certa incoerência perante

suas respostas, ou talvez uma confusão e dificuldade em perceber e diferenciar tais

características da banda. Rafael mencionou o fato dos integrantes da banda não

serem adeptos à drogas, o que é um ponto positivo, quando isso deveria ser o

mínimo para qualquer organização, além de ser uma escolha de cada pessoa e não

do grupo. O que se esperava obter como resposta eram características marcantes

em suas apresentações como Banda “X”.

Como ponto negativo foi destacado o fato de os responsáveis tratarem os

músicos como irmãos, o que para ele prejudica a banda internamente. Com isso

percebeu-se que o canal de comunicação da banda está sendo horizontal, enquanto

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para Rafael teria que ser vertical. Isso talvez dificulte a administração da banda e o

relacionamento entre patrão e empregados. Porém, quando trata-se de uma banda

ou de qualquer grupo, este não é a melhor maneira de relacionar-se. O que

percebeu-se com esta questão foi uma falta de organização do grupo e de

capacidade e sabedoria de quem administra.

Questionou-se também quanto ao feedback do público e do cliente

contratante após a realização dos shows, se existe e quais os principais pontos

destacados por eles. A resposta do proprietário em relação ao público foi que não há

feedback após os shows, apenas há comentários pela internet. Acredita-se que este

ponto de vista seja proveniente apenas de quem não participa ativamente dos

shows, ou seja, de quem fica apenas por trás dos bastidores e que por este motivo

não é visto e notado pelos espectadores. Sendo assim, a possibilidade de existir

uma resposta do público após os shows é bastante grande, apenas está faltando

interesse por parte do administrador e empresário e principalmente diálogo entre o

grupo.

Quanto a existência do feedback dos responsáveis pela contratação dos

shows, Rafael informou que sim, neste caso há um feedback positivo e os pontos

destacados são relacionados ao repertório e animação da banda, pontos estes

também destacados pelo público e que será apresentado no capítulo a seguir. Foi

possível perceber uma certa falta de dedicação por parte do entrevistado em

responder as questões com detalhes, ou talvez, falta de prática com tal atividade.

Outra pergunta realizada foi relacionada à visão da banda, ou seja,

questionou-se o que o proprietário espera da Banda “X” para os próximos anos. A

resposta pareceu um pouco pessoal e trata-se de algo que deverá ser priorizado

desde já, pois já poderia estar sendo realizado. O mesmo respondeu que pretende

estudar e desenvolver novas técnicas musicais para aperfeiçoamento da banda para

com o público.

Notou-se que o entrevistado não sabe nem mesmo onde pretende chegar,

portanto não tem uma visão e não sabe sua importância. Sendo assim, a banda

dificilmente se desenvolverá se alguma solução quanto à administração da mesma

não for tomada, ou seja, se o gestor não buscar capacitar-se desenvolvendo assim,

novos conhecimentos, técnicas e habilidades para tornar-se um empreendedor e

fazer com que o seu negócio cresça e tenha reconhecimento.

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Por fim, foi solicitado que um comentário sobre a banda fosse realizado. O

relato obtido foi que a Banda “X” é uma família, que gostam de fazer o que sabem

fazer, respeitando uns aos outros, inclusive outras bandas e contratantes e

trabalhando honestamente. Com isso foi possível perceber que a banda está no

caminho certo, pois preza valores necessários para uma convivência digna e

saudável. Mas até que ponto ser e ter uma família, ou seja, tratar os músicos como

irmãos pode ser um ponto negativo e prejudicar a banda internamente como já

mencionado pelo próprio respondente em questão já citada anteriormente? E quem

não gosta de fazer o que sabe? Trata-se de observações percebidas ao longo desta

entrevista, acredita-se que impensadas, feitas por alguém que tem força de vontade,

mas parece não saber o que faz ou como faz. Porém, ainda é tempo de fazer

diferente, desde que tal mudança comece pelos mais interessados, os donos do

negócio.

4.3 Pesquisa com os clientes

Neste capítulo são apresentados os dados coletados, referentes aos

questionários aplicados com 368 pessoas, distribuídos no Centro Universitário

Municipal de São José – USJ, baile de formatura realizado em São José e outros

locais de forma aleatória. Entre o período de 04/10/2010 á 20/10/2010, com 10

perguntas, sendo 06 fechadas, 2 perguntas semi-abertas e 2 abertas. O questionário

encontra-se no apêndice A e B deste Trabalho de Conclusão de Curso.

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4.3.1 - Perfil dos respondentes

Sexo

A pesquisa indicou que 41% dos entrevistados são do sexo masculino e

correspondem a 152 pessoas, e 59% são do sexo feminino, que representam 216

das pessoas.

Tabela 1: Sexo dos respondentes

Sexo Quantidade PorcentagemMasculino 152 41%Feminino 216 59%Total 368 100%

Fonte: Dados Primários, 2010.

Gráfico 01: Sexo dos respondentes

Fonte: Dados Primários, 2010.

Idade

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Dos entrevistados, 42% têm idade entre 22 e 30 anos; 32% têm idade entre

19 e 21 anos; 17% acima de 30 anos e apenas 9% entre 14 e 18 anos.

Tabela 2: Idade

Idade Quantidade Porcentagementre 14 e 18 anos 32 9%entre 19 e 21 anos 118 32%entre 22 e 30 anos 156 42%acima de 30 anos 62 17%

Total 368 100%

Fonte: Dados Primários, 2010.

Gráfico 02: Idade

Fonte: Dados Primários, 2010.

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Estado Civil

Das 368 pessoas entrevistadas, 72% são solteiros; 25% casados, 2% são

divorciados e 1% é viúvo.

Tabela 3: Estado Civil

Estado Civil Quantidade PorcentagemSolteiro (a) 266 72%Casada (a) 92 25%Divorciado (a) 8 2%Viúvo (a) 2 1%Total 368 100%

Fonte: Dados Primários, 2010.

Gráfico 03: Estado Civil

Fonte: Dados Primários, 2010.

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4.3.2 – Pré-conhecimento

O Sr.(a) já ouviu falar da Banda “X”?

Ao serem perguntados se já ouviram falar da Banda “X”, dos entrevistados

63% disseram que já escutaram falar do grupo, e 37% não tinham ciência do grupo

musical.

Tabela 4: Já ouviu falar da Banda “X”

Quantidade PorcentagemSim 232 63%Não 136 37%Total 368 100%

Fonte: Dados Primários, 2010.

Gráfico 04: Já ouviu falar da Banda “X”

Fonte: Dados Primários, 2010.

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O Sr.(a) já presenciou um show com a Banda “X”?

Com relação ao questionamento se o entrevistado já presenciou um show

com a Banda “X”, a pesquisa indicou que 36% dos entrevistados já tinham

presenciado uma apresentação da banda, sendo a sua grande maioria, 64% ainda

não tinham presenciado um show.

Tabela 5: Já presenciou um show da Banda “X”

Quantidade PorcentagemSim 132 36%Não 236 64%Total 368 100%

Fonte: Dados Primários, 2010.

Gráfico 05: Já presenciou um show da Banda “X”

Fonte: Dados Primários, 2010.

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O Sr.(a) tem vontade de assistir um show com a Banda “X”?

Sobre se existe a vontade de assistir um show com a Banda “X”, a pesquisa

indicou que 254 entrevistados, cerca de 69% demonstraram o interesse em

presenciar uma apresentação do grupo, e apenas 31% não gostariam de assistir o

show com a banda.

Tabela 6: Tem vontade de assistir um show da Banda “X”

Quantidade PorcentagemSim 254 69%Não 114 31%Total 368 100%

Fonte: Dados Primários, 2010.

Gráfico 06: Tem vontade de assistir um show da Banda “X”

Fonte: Dados Primários, 2010.

Mediante as respostas apresentadas pelo público, pode-se destacar as

seguintes justificativas:

a) Aqueles que têm vontade de assistir um show responderam:

Para conhecer melhor o trabalho; Porque gosta de show; Por já ter ouvido falar bem da banda; Por ser uma banda regional; Por ser uma opção para tocar no baile da sua formatura;

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Por curiosidade; Por já ter assistido algum show e por ter sido bom; Por gostar da banda; Pelo bom repertório; Por ser uma banda animada; Por tocarem diversos ritmos; Por ser divertido; Por gostar de dançar suas músicas e por admirar a voz da vocalista Alice; Por fazer tempo desde o último show que presenciou; Pela qualidade da música; Por ser uma das melhores bandas de Florianópolis com uma qualidade

excelente; Porque gostou da vocalista; Por ter boa presença de palco;

b) Aqueles que não têm vontade de assistir um show responderam que:

Só escuta músicas evangélicas; Não faz seu estilo; Não gosta muito de sair na balada; Embora já tenha ouvido falar no nome da banda, não teve referência; Gosta apenas de bandas internacionais; Não tem vontade, mas se tivesse oportunidade assistiria sem problemas; Não tem interesse; Não conhece a banda; Nunca ouviu falar da banda; Não gosta de shows; Por ser muito compromissada; Prefere músicas gospel; Não tem interesse por este tipo de entretenimento; Gosta de bandas de metal; Não tem apego pelo grupo; Porque já assistiu.

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4.3.3 – Impressão sobre a Marca

Dos 132 que responderam a opção "sim" para o item já presenciou um show

da Banda “X”, podemos definir que:

O Sr.(a) Gostou ou Não Gostou do Show da Banda “X”?

Ao serem perguntados se gostaram ou não do show da Banda “X”, dos

entrevistados 91% disseram que gostaram do grupo, e apenas 9% não gostaram da

apresentação.

Tabela 7: Gostou ou não gostou

Quantidade PorcentagemGostou 120 91%Não Gostou 12 9%Total 132 100%

Fonte: Dados Primários, 2010.

Gráfico 07: Gostou ou não gostou

Fonte: Dados Primários, 2010.

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Entre as respostas obtidas, duas foram negativamente e apenas uma

justificou com o fato de não corresponder ao seu estilo musical.Entre as respostas positivas no qual os pesquisados responderam que

gostaram do show da Banda “X”, destacam-se as seguintes observações: Show animado; Banda dinâmica; Possui repertório variado; Show dinâmico; Ótimos vocalistas; Banda eclética; Banda diferente; Boa presença de palco; Garantem diversão em todas as festas; Show divertido e agradável; Interação com o público; Variedade musical; Atrativa;

O que mais lhe chamou a atenção? (Positiva ou negativamente)

Entre as respostas apresentadas pelos pesquisados, pode-se citar: O repertório; As vocalistas cantam muito bem; A banda tem um som eclético (diversificado); Animação da banda; A roupa da cantora; Possuir mais de um vocalista; Simpatia , presença de palco; Estrutura dos shows; Sincronia do grupo; A vocalista; Interação com o público; Diversão nos shows; Qualidade do som; Profissionalismo e conhecimento musical dos integrantes; Os figurinos; Organização; Criatividade;

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Qual a sua opinião sobre o Repertório?

Ao solicitar a opinião sobre o repertório do grupo, identificou-se que 55%

acharam Bom, com 26% Ótimo e 18% Regular. Não teve a escolha do item Péssimo

e apenas 2 à Ruim.

Tabela 8: Qual a sua opinião sobre o Repertório?

Quantidade PorcentagemPéssimo 0 0%Ruim 2 1%Regular 24 18%Bom 72 55%Ótimo 34 26%Total 132 100%

Fonte: Dados Primários, 2010.

Gráfico 08: Qual a sua opinião sobre o Repertório

Fonte: Dados Primários, 2010.

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Qual a sua opinião sobre o Apresentação em Palco?

Já com relação à Apresentação em Palco, identificou-se que 56% acharam

Bom, com 29% Ótimo e 15% Regular. Não tendo escolhido os itens Péssimo e

Ruim.

Tabela 9: Qual a sua opinião sobre o Apresentação em Palco

Quantidade PorcentagemPéssimo 0 0%Ruim 0 0%Regular 20 15%Bom 74 56%Ótimo 38 29%Total 132 100%

Fonte: Dados Primários, 2010.

Gráfico 09: Qual a sua opinião sobre o Apresentação em Palco

Fonte: Dados Primários, 2010.

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Qual a sua opinião sobre a Interatividade com o Público?

Finalizando, perguntou-se qual a opinião com relação à interatividade com o

público, onde foi possível identificar que 53% acharam Bom, com 27% Ótimo e 18%

Regular. Não tendo relato do item Péssimo e apenas dois escolheram a opção

Ruim.

Tabela 10: Qual a sua opinião sobre o interatividade com o Público

Quantidade PorcentagemPéssimo 0 0%Ruim 2 2%Regular 24 18%Bom 70 53%Ótimo 36 27%Total 132 100%

Fonte: Dados Primários, 2010.

Gráfico 10: Qual a sua opinião sobre o interatividade com o Público

Fonte: Dados Primários, 2010.

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Faça um comentário sobre a Banda “X”:

Entre os comentários feitos pelos pesquisados estão os seguintes: Nos dias atuais, na região da grande Florianópolis é uma das melhores

bandas; É uma banda que toca músicas para todos os gostos; Muito boa, é o tipo de banda que gostamos, com animação e

descontração; É uma banda boa para formaturas; É necessário aumentar a divulgação em faculdades para que a mesma

possa divulgar seu trabalho e participar dos bailes de formaturas; Bom repertório; A banda deve continuar como está; A banda deve preocupar-se com a atualização do seu repertório devido a

constantes alterações de sucessos nas rádios; A vocalista tem um talento nato, fisicamente e intelectualmente; Desenvolver mais qualidade vocal e musical; A banda é bastante criativa, porém, poderiam melhorar o figurino dos

integrantes para uma coisa mais despojada; É necessário uma maior divulgação da banda, pois não tem-se ouvido

falar da mesma ultimamente; A banda já encontra-se há bastante tempo no mercado e está sempre

inovando para oferecer ao público uma ótima qualidade de show; É uma banda que apresenta uma boa interatividade com o público, que

possui um excelente repertório, vozes e ritmos; A banda deve investir mais em sua imagem, pois há ainda muito potencial

a revelar; A banda sabe agradar o público; É uma banda muito boa, que atinge todas as idades. Uma vocalista ótima,

muito animada; A banda possui um ótimo repertório, sempre atualizado com o mercado

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4.4 Análise e contribuições

4.4.1 Análise

Com relação ao perfil dos clientes da Banda “X” verificou-se que: o universo é

formado por pessoas dos sexos feminino e masculino, com idades variadas e

diferentes estados civis. Porém, com tais resultados é possível constatar que o

público alvo da Banda “X” são homens e mulheres que encontram-se numa faixa

etária que vai dos 19 aos 30 anos e solteiros.

Pôde-se observar com a pesquisa que a maioria das pessoas já ouviram ao

menos falar da Banda “X”. Fator interessante, visto que a banda passa credibilidade

aos espectadores, e estes disseminam a informação divulgando aos amigos. O que

é muito importante para a divulgação da marca Banda “X”. Segundo Kotler e

Armstrong (2003, p. 304), “os clientes satisfeitos repetem suas compras e contam

suas boas experiências com produtos e serviços para outras pessoas.” Em outras

palavras pode-se dizer que o público satisfeito possivelmente utilizará do seu serviço

outras vezes, contratando a banda para seus eventos e também fará propaganda da

banda, contribuindo para a conquista de novos clientes.

Verificou-se também, que mesmo já tendo escutado falar da banda, a maioria

dos pesquisados ainda não presenciou um show, o que os impede de avaliar o

trabalho. Com isso pôde-se concluir que a banda ainda terá que se dedicar bastante

para aumentar sua visibilidade, o que consequentemente fará com que o número de

shows aumente, bem como sua popularidade.

Quanto à vontade e interesse em assistir um show da Banda “X”, a maioria

das pessoas responderam que sim, tem vontade de assistir, mesmo que por

curiosidade. As pessoas que não demonstraram interesse justificaram com

respostas que mostram não terem nenhum problema relacionado diretamente com a

“X”, e sim com seu próprio estilo de vida, que não correspondem ao estilo da banda.

Outras pessoas responderam ainda que não têm interesse simplesmente porque

ainda não conhecem a banda. Isso confirma a questão da necessidade de aumentar

a visibilidade da banda, já mencionado no parágrafo acima e prova que a imagem

que a Banda vem passando para o público até o momento não é ruim.

Com a pesquisa verificou-se que das 132 pessoas que já tiveram a

oportunidade de assistir um show da Banda “X”, 91% respondeu que gostou da

apresentação e destacou pontos positivos como por exemplo, a questão de ser uma

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banda animada, ter boa presença de palco, possuir um repertório variado, entre

outras. Apenas 2 pessoas confirmaram novamente que a banda não faz seu estilo.

Sendo assim, concluiu-se que a banda está no caminho certo, buscando ser

agradável, focando no interesse e satisfação do público. É importante destacar que

para alcançar 100% da satisfação do público, a comunicação e contato com os

clientes são pontos chaves que devem ser observados constantemente. Um

relacionamento próximo permite que a empresa, saiba mais sobre seus clientes e

assim melhore, fazendo com que fiquem satisfeitos e não busquem outra empresa

para a realização do serviço. (LOVELOCK; WIRTZ, 2006)

Em relação ao que mais chama a atenção das pessoas, foi possível verificar

que a banda contagia o público com sua animação, repertório variado e qualidade

do show, como bons vocais e músicos. Percebe-se, desta forma, que a Banda “X”

tem uma boa aceitação no mercado e apresenta características marcantes, o que é

bom para que a mesma seja lembrada. As pessoas percebem a sincronia do grupo e

o profissionalismo dos integrantes, passando desta forma a confiar na banda.

Segundo Las Casas (2006), as empresas precisam ter noção de que é necessário

pesquisar, estabelecer cultura, controlar, desenvolver treinamentos, criar um clima

organizacional. Desta forma, é necessário que a banda perceba a necessidade de

uma integração constante entre os músicos, pois refletirá no desempenho dos

mesmos no palco, bem como a realização de ensaios periódicos, para que possam

estar sempre atualizados. Além disso, é necessário estar sempre inovando, visto

que a tecnologia em equipamentos de som e iluminação está cada vez mais

avançada, o que será de extrema importância para diferenciação perante a

concorrência.

Constatou-se, ainda, que o repertório da banda, o desempenho no palco e a

interatividade com o público agradam um grande número de pessoas, já que a

maioria das respostas foram “bom” e ”ótimo”. Vale lembrar, porém, que esses pontos

fortes precisam ser melhorados constantemente. Assim a banda estará garantindo a

satisfação e reconhecimento dos clientes, o que resultará na divulgação da marca. A

banda deve medir a satisfação de seus clientes com regularidade, pois Kotler e

Keller (2006) colocam que a chave para retê-los está justamente na satisfação.

Por fim, verificou-se que a Banda “X” agrada a maioria das pessoas que

assistem seus shows, porém, não a todos. Segundo Gianese e Correa (1994),

quando os consumidores ficam satisfeitos com seus produtos ou serviço, eles

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disseminam informações positivas, e isso ajuda a atrair mais clientes, tornando a

empresa mais conhecida. Por isso, conforme as respostas apresentadas pelos

respondentes constatou-se a necessidade de melhorias em alguns pontos como, por

exemplo: a banda deve preocupar-se com a atualização do repertório, visto que os

sucessos nas rádios estão em constantes mudanças; deve buscar também

desenvolver uma maior qualidade musical, ou seja, buscar aperfeiçoar a

musicalidade de cada integrante; utilizar a criatividade da banda na apresentação de

diferentes e melhores trajes para as apresentações; e principalmente focar na

divulgação da banda, visto o grande número de pessoas que ainda não conhecem

seu trabalho.

Com base nesta pesquisa realizada pode-se ressaltar que a Banda “X”

identificou pontos positivos e negativos nos seus processos. Destaca-se que os

pontos negativos encontrados não interferem na qualidade do serviço prestado,

somente é um aspecto para observações e aperfeiçoamentos.

4.4.2 Contribuições

Baseadas na pesquisa realizada com o público da Banda “X”, na entrevista

com o proprietário e na revisão de literatura, apresentam-se as seguintes

contribuições.

Com relação ao desempenho, mesmo apresentando satisfação dos clientes, é

necessário que a banda realize ensaios periódicos e aprimoramento do

conhecimento musical dos integrantes com aulas ou práticas musicais, bem como

reuniões para melhorias contínuas e geração de novas idéias. Desta maneira,

proporcionará aos clientes, uma apresentação qualificada, com criatividade e

diferenciação.

Para continuar a manter um bom relacionamento com seu público, é

necessário dar atenção às críticas, pois o marketing boca a boca é um dos tipos de

propaganda que pode-se atingir um grande número de pessoas em curto tempo.

Sendo assim, seria importante realizar pesquisa de satisfação com os clientes a

cada 6 meses, para verificar a necessidade de mudanças ou adaptações.

Outra coisa bastante interessante seria a realização de eventos de integração

com os componentes da banda para trabalhar o espírito de equipe afim de

aproximá-los, o que resultará numa maior união e sincronismo influenciando na

presença de palco.

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Percebeu-se uma grande necessidade em aumentar a visibilidade da banda,

visto que a mesma ainda não é muito conhecida. Por isso é necessário um bom

investimento no marketing da banda.

A administração da banda deve utilizar diferentes meios de comunicação para

a divulgação do serviço, tais como: o uso de panfletos, que poderiam ser deixados

em universidades, bem como cartazes que poderiam ser fixados em murais de

estabelecimentos. Esporadicamente a banda poderia investir em propagandas de

televisão, rádios e jornais, visto que o custo deste tipo de propaganda é mais

elevado. Ter sempre em mãos cartões de visita para que as pessoas possam dispor

do contato da banda. A mesma também deveria buscar participar de eventos e

programas de televisão que divulguem sua imagem para que a mesma possa ser

lembrada com maior facilidade, o que também ajudará na fixação da marca Banda

“X”. O empresário deveria realizar visitas em empresas em geral, bem como

empresas de eventos deixando seu material de divulgação e demonstrações de

shows atualizados.

Além disso, a banda deveria dispor de um material demonstrativo bem

preparado, tanto auditivo como visual para que as pessoas que ainda não conhecem

o trabalho pudessem ter uma amostra de um show da banda. Outra ação que

também beneficiaria a imagem da banda seria a participação em eventos solidários

e ações beneficentes. Além disso seria interessante a divulgação em sites na

internet relacionados a área de entretenimento e principalmente a construção de um

site para a banda com um espaço para a exposição de fotos, críticas e sugestões.

É necessário ampliar o leque de parcerias da banda com empresas que

realizam eventos como formaturas, inclusive de outros locais fora da região de

Florianópolis, pois são diversas as empresas que atuam neste ramo e é ainda maior

o número de eventos realizados por elas. Essa seria uma alternativa para que se

possa alcançar um dos objetivos deste trabalho que é aumentar o número de shows

para a banda.

A banda poderia se organizar para estar sempre atualizando seu repertório de

forma que seus integrantes pudessem participar das escolhas. Sendo assim o

administrador poderia solicitar que de mês a mês, em uma data específica, cada

integrante trouxesse um número “X” (a ser estipulado por ele) de músicas novas,

para em uma reunião com todos os integrantes presentes, chegariam à um

consenso e escolheriam quais músicas entrariam no repertório e quais sairiam. Isso

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contribuiria para uma constante diversificação do repertório, evitando um desgaste

das músicas e garantiria um repertório sempre atualizado.

É importante também que a banda tenha sempre o repertório atualizado e

digitalizado com o nome das músicas e seus respectivos intérpretes, para que os

contratantes possam visualizar o que a banda oferece em suas apresentações. Além

de ser uma ação simples e sem custo é essencial para organização dos shows.

Outra sugestão refere-se ao figurino dos músicos, citado no questionário por

uma pequena parcela dos entrevistados. Seria interessante que a banda tivesse

alguém que se dedicasse apenas em criar ou dar sugestões dos trajes utilizados nos

shows, afinal é a imagem da banda que está em questão e realmente chama a

atenção de quem assiste. Cabe ressaltar que a banda é um conjunto onde cada

detalhe é importante, pois os músicos ficam completamente expostos, sendo assim,

de nada adianta uma boa música se a imagem transmitida não agradar, e vice-

versa.

Pode-se considerar que a Banda “X” já está no mercado a um bom tempo, e

já possui uma boa aceitação, porém, seu reconhecimento ainda está em expansão e

para que sua visibilidade aumente será necessário transformar suas fragilidades em

pontos fortes e fortalecê-los para seu crescimento. A pesquisa não obteve 100 % de

satisfação, desta forma cabe à banda melhorar seu relacionamento com os clientes

e conquistar novos, competindo de forma saudável a atingindo os resultados

previstos.

É importante destacar que por se tratar também de uma banda e por possuir

assim como as demais organizações uma concorrência, cada vez mais acirrada, faz-

se necessário o aprimoramento e constantes mudanças das suas ações. Sendo

assim, cabe à Banda “X” traçar seus objetivos através de um planejamento. Além

disso, desenvolver e formalizar a missão, visão e valores prezados pela organização

que até então não existem, que deverão ser repassados para cada um dos

integrantes e que será de extrema importância para a concretização das metas e

para conquistar cada vez mais espaço no mercado.

Dado o exposto, foi elaborado pela acadêmica uma proposta de Plano de

Comunicação Integrada adequada para a organização em estudo.

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PLANO DE COMUNICAÇÃO INTEGRADA DE MARKETING (CIM)PLANO DE COMUNICAÇÃO INTEGRADA DE MARKETING (CIM)

Missão da CIM

Possibilitar uma maior visibilidade da banda que permita um aumento da realização

de shows, proporcionando ao seu público alegria, emoção, descontração e

interação, quer seja em eventos sociais, empresariais, festas populares ou

formaturas, com equipamento de última geração de som e iluminação.

Visão da CIM

Tornar uma banda popular, de reconhecimento local e possivelmente nacional no

menor tempo possível.

Análise Situacional da CIM

Análise da empresa

Atualmente a “X” é uma banda do tipo baile, que realiza shows e apresentações com

variados estilos de músicas para todos os tipos de bailes e eventos. É composta por

8 músicos e 1 administrador. Suas principais atuações têm sido em bailes de

formaturas e festas particulares.

Histórico/Análise Serviço

A Banda “X” já está a 10 anos na estrada buscando reconhecimento do seu serviço,

animando as festas em geral e por este motivo já possui um certo reconhecimento

justificado pela prestação de um serviço de qualidade. Porém, percebe-se uma

dificuldade no crescimento e desenvolvimento da banda por conseqüência da falha

em alguns fatores, como por exemplo, pouca utilização do Marketing e má

administração. O resultado disso é a fraca comunicação com o público que acaba

não captando a mensagem transmitida pela banda e a dependência na execução

dos serviços, sendo necessário a terceirização de sonorização e iluminação.

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Análise/Avaliação Competitiva e da Indústria/Setor

Análise da Concorrência

Os concorrentes diretos da banda “X” são outras bandas de diferentes estilos e

principalmente bandas do mesmo ramo, que competem diretamente tocando em

diferentes ambientes, desde bares e casas noturnas até festas particulares como

aniversários, casamentos e formaturas. Pode-se considerar também como forte

concorrente os Dj’s que animam os eventos com sons mecânicos e músicas

eletrônicas com as mais avançadas tecnologia. Atualmente pode-se considerar que

os maiores concorrentes são as duplas sertanejas e grupos de pagode, visto que

esses dois estilos estão em alta.

Avaliação dos usuários/consumidores atuais

Os clientes da banda “X” são pessoas dos sexos feminino e masculino, de várias

idades, diferentes estados civis e estilos variados.

Mercado alvo

O público alvo da Banda “X” são homens e mulheres que encontram-se numa faixa

etária que vai dos 19 aos 30 anos e solteiros.

Objetivos Gerais da CIM

Aumentar a visibilidade da banda; buscar diferenciação perante a concorrência

possibilitando uma vantagem competitiva; melhorar o relacionamento com os

clientes; conquistar novos clientes; melhorar os processos internos da organização;

conquistar parcerias; ampliação das oportunidades de trabalho.

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Orçamento

Como a banda não possui um capital de giro, nem mesmo uma reserva, o primeiro

passo seria reservar pelo menos R$500,00 por mês para abertura de uma poupança

e buscar patrocínios para investir em sua imagem.

Estratégia da CIM

As primeiras ações a serem tomadas deverão ser direcionadas à divulgação da

banda com a confecção de panfletos, cartazes e cartões de visita. Investir em

propagandas de televisão, rádios e jornais e a criação de um site para a banda. O

empresário deverá realizar visitas em empresas que realizam eventos como

formaturas, inclusive de outros locais fora da região de Florianópolis buscando

ampliar o leque de parcerias da banda. O gestor deverá providenciar a criação de

um site para a banda, o que proporcionará uma aproximação da banda com o

cliente. A banda deverá providenciar a confecção de um material demonstrativo que

será utilizado na venda do seu serviço. O empresário deverá buscar a participação

da banda em eventos beneficentes o que ajudará na fixação da marca.

Métodos de Avaliação

Para avaliar a eficácia do serviço prestado nada melhor do que saber a opinião das

pessoas envolvidas, principalmente dos clientes. Para isso será necessário a

realização de pesquisa de satisfação a cada 6 meses com os clientes em geral, bem

como, com os parceiros de trabalho e integrantes da banda que também poderão

contribuir com diferentes percepções.

Banda “X” – Plano de Comunicação Integrada de Marketing (CIM)

Elaborado por : Alice Claudeci da Silva em 15/12/2010.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste estudo pode-se observar que cada vez mais as empresas precisam

enfrentar seus concorrentes com diferenciais perceptíveis. Os clientes estão cada

vez mais exigentes. Desta forma a empresa precisa aprimorar constantemente a

qualidade na prestação de serviço, buscando satisfazer as necessidades e desejos

dos clientes. A Banda “X” tem percepção de melhorar em algumas coisas e acredita-

se que este trabalho irá auxiliar a esclarecer muitas delas, bem como, melhorar

vários processos, pois mostrará aos interessados os pontos fracos possibilitando-os

obter uma marca forte com sinônimo de qualidade.

A aplicação do marketing de serviços, em uma empresa auxilia na

compreensão das necessidades e anseios de seus clientes, desta forma é preciso

criar valor e aperfeiçoar seus serviços para encantá-los, fazendo com que seus

clientes nunca precisem buscar a concorrência.

Pode-se afirmar que o objetivo geral e os objetivos específicos foram

devidamente alcançados. A proposta de realização deste trabalho apresentou como

objetivo geral propor um plano de CIM à Banda “X”, de modo a possibilitar a

ampliação das oportunidades de trabalho, sendo este, explicitado através da

apresentação de alguns pontos de vistas de autores especializados na área para um

melhor esclarecimento sobre o tema abordado.

Destacam-se os objetivos específicos propostos neste trabalho: Identificar o

perfil dos clientes; Identificar o público-alvo de interesse; Verificar o nível de

satisfação dos clientes com relação aos serviços prestados; Analisar os pontos

fortes e fracos da banda em estudo; Analisar as atuais ações de Comunicação

Integrada de Marketing desenvolvidas pela banda; Propor ações de CIM adequadas

à divulgação incremental da banda. A seguir apresentam-se a descrição dos

resultados alcançados em cada um deles.

Com relação ao primeiro e segundo objetivos, observou-se que o universo é

formado por pessoas dos sexos feminino e masculino, com idades variadas e

diferentes estados civis. Porém, com tais resultados foi possível constatar que o

público alvo da Banda “X” são homens e mulheres que encontram-se numa faixa

etária que vai dos 19 aos 30 anos e solteiros.

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O terceiro objetivo proposto foi alcançado por meio de questionários

realizados com os clientes, também chamados de público da Banda “X”, onde a

maioria dos respondentes mostrou satisfação pelo serviço prestado, porém,

destacaram aspectos que devem ser melhorados e mostraram que a banda caminha

em direção ao sucesso.

O quarto objetivo demonstrou os pontos fortes e fracos do grupo que foram

identificados através de algumas questões realizadas com o público, além da

entrevista com o proprietário, tendo a percepção destes diferenciadas. Estes pontos

encontrados servirão de base para o aperfeiçoamento e contribuirão de forma

positiva para o crescimento da banda.

O quinto objetivo buscou analisar as atuais ações de Comunicação Integrada

de Marketing desenvolvidas pela banda e foi contemplado nas questões 1 e 2

realizadas na entrevista com o proprietário. Através das respostas foi possível

observar que a banda ainda tem muito o que fazer por sua imagem, o que

possibilitará melhorias incrementais que permitirão uma maior visibilidade da banda

e possibilitarão a ampliação das oportunidades de trabalho.

Com a presente pesquisa foi possível alcançar o sexto objetivo e apresentar

contribuições que poderão ser utilizadas como plano de CIM para que a banda

possa trabalhar seus pontos fracos e destacar-se perante a concorrência

alcançando assim o tão esperado sucesso.

Conclui-se desta forma, que as avaliações, as pesquisas e entrevistas são

fundamentais para as empresas, pois imaginar que seus clientes estão plenamente

satisfeitos é um erro. Para isso é preciso, inovar, pois somente as empresas

preparadas, continuarão no mercado.

5.1 Recomendações para novos estudos

Novos estudos poderão ser realizados na Banda “X”, portanto sugere-se:

a) Realizar pesquisa de controle de satisfação com os clientes

periodicamente;

b) Fazer uma pesquisa com os integrantes da banda para saber em que a

banda pode melhorar como grupo;

c) Aplicar uma pesquisa com outras bandas do mesmo ramo a fim de

identificar estratégias de marketing adotadas pela concorrência;

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d) Realizar pesquisa com os contratantes para medir sua satisfação,

identificar suas necessidades e possíveis melhorias para a banda.

Com base no estudo desenvolvido e nos resultados obtidos no presente

trabalho, sugere-se a realização dos trabalhos citados acima, visto que estes

contribuirão ainda mais para o incremento dos processos e atividades operacionais

da banda, possibilitando o alcance dos seus objetivos.

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VANOYE, Francis. Usos da linguagem: Problemas e técnicas na produção oral eescrita. São Paulo: Martins Fontes, 1983.

ZAPELINI, Marcelo B.; ZAPELINI, Sílvia M. K. C. Metodologia científica e da pesquisa para o curso de administração. Florianópolis, 2007. (Mimeo).

WESTWOOD, John. O plano de marketing. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 1996.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DO PROPRIETÁRIO

Este instrumento de pesquisa tem por objetivo verificar o conhecimento e opinião daspessoas em relação à Banda “X” e será utilizado na elaboração de um trabalho de conclusão decurso de administração do Centro Universitário Municipal de São José.

Grata pela atenção!

1 – Como é divulgada a marca Banda “X”?

2 – Existe algum processo novo para divulgação da Banda “X” ? Se existir, Qual? Caso contrário, o que você acha que poderia mudar?

3 - Qual é a principal dificuldade encontrada pela Banda “X” nas negociações envolvendo contratações para participação de eventos?

4 - Quais são os pontos positivos da Banda “X”?

5 - Quais são os pontos negativos da Banda “X”?

6 – Existe algum Feedback com o público após a realização dos shows? Caso positivo, quais são os principais pontos destacados?

7 – Existe algum Feedback com o cliente (responsável pela contratação) após a realização dos shows? Caso positivo, quais são os principais pontos destacados?

8 – O que você espera da Banda “X” para os próximos anos?

9 – Faça um comentário sobre a Banda “X”.

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APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DO MERCADO CONSUMIDOR

Este instrumento de pesquisa tem por objetivo verificar o conhecimento e opinião daspessoas em relação à Banda “X” e será utilizado na elaboração de um trabalho de conclusão decurso de administração do Centro Universitário Municipal de São José.

Grata pela atenção!

1 – Sexo

( ) Masculino ( ) Feminino

2- Idade

( ) entre 14 e 18 anos ( ) entre 19 e 21 anos ( ) entre 22 e 30 anos ( ) acima de 30 anos

3- Estado Civil

( ) Solteiro (a) ( ) Casado (a) ( ) Divorciado (a) ( ) Viúvo (a)

Pré-conhecimento

4 - O Sr.(a) já ouviu falar da Banda “X”?

( ) Sim ( ) Não

5 - O Sr.(a) já presenciou um show com a Banda “X”?

( ) Sim ( ) Não

6 - O Sr.(a) tem vontade de assistir um show com a Banda “X”?

( ) Sim ( ) Não. Porque? __________________________________________________________

Impressão sobre a Marca(apenas se já presenciou um show com a Banda “X”)

7 - Gostou ( ) Não gostou ( ) . Porque? ______________________________________________

8 - O que mais lhe chamou a atenção? (Positiva ou negativamente)

_________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________

9 - Qual a sua opinião sobre:

1(Péssimo)

2

(Ruim)

3

(Regular)

4

(Bom)

5

(Ótimo)

Repertório

Apresentação em palco

Interatividade com o público

10 - Faça um comentário sobre a Banda “X”:

_________________________________________________________________________________

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_________________________________________________________________________________

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