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LÍNGUA, CULTURA, CONTEXTO DISCURSIVO E IDENTIDADE: (RE)FOCALIZAÇÕES E (DES)APRENDIZAGENS RECONHECENDO O VERDADEIRO VALOR E LUGAR DAS MODALIDADES ORAL E ESCRITA DA LÍNGUA(GEM) ALUgA-CE UmA QITINETI, PrA PESOUAS APOZENTAdA SOZiNHhA. VENDE.SE BISIÇELETAS ENBÃO.ESTÁDO CRIANSA.E OMEN Primeiras Palavras... As discussões desenvolvidas neste pôster têm em vista o eixo temático Currículo e prática pedagógica em espaços formais de educação. Dentro desse contexto, a proposta do nosso trabalho é a de compreender a adequação linguística como objeto de ensino. Discussões em (per)curso Para isso, empreendemos uma análise discursiva de usos instanciados em diferentes variantes linguísticas e distintos contextos de utilização a partir da proposição de enunciados de atividades didáticas. O que nos permite que se (re)tematize o conceito de “erro” no uso linguístico, seja na modalidade escrita ou falada da língua. André Moreira Santos (Bolsista PIBID/CAPES) Laiane Fernandes Santos (Bolsista FAPESB) Marineide Freires Caetité (Bolsista PIBID/CAPES) O que se passa com a linguagem O discurso do senso comum considera a noção de “erro” linguístico, há séculos, como inadequações na língua falada e na língua escrita provocada pelos fenômenos sociais e culturais. “[...] a Gramática Tradicional tenta definir a ‘língua’ como uma entidade abstrata e homogênea [...]” (BAGNO, 2006, p.1), como uma forma de uniformizar a língua, negligenciando a variação sociolingüística e oprimido aqueles que escrevem ou se comunicam alheios à “norma culta”. Segundo Oliveira (2010, p. 43), quando se pergunta aos alunos do ensino médio se os mesmos têm conhecimento da língua portuguesa, a maioria diz que não “[...] porque se desvia dos mandamentos das gramáticas normativas [...]” e isso “não passa de um discurso surrado, preconceituoso e completamente equivocado do ponto de vista linguístico” . PROPRIEDA DE PARTICULAR PROIBIDO ENTRADA,DE PESSOAS,CEM ALTORIZASAÕ PROIBIDO CAÇAR E,PESCAR NÃO ENTRE SEM PERMIÇÃO Refletindo... O que a sociedade em maioria vê como “erro”, na verdade não é erro. E isso ocorre porque as escolas, sejam elas públicas ou particulares, conceituam as regras da gramática normativa como um modelo que deve ser rigorosamente seguido. Todos aqueles que não acatam a essas normas estão fora da norma padrão. Consequentemente, essas pessoas são estigmatizadas. Objetivos Preliminares Marcos Bagno (1999, p. 148) ressalta que “[...] em cartazes e placas não aparecem ‘erros de português’ e sim ‘erros’ de grafia. Escrever, digamos, LOGINHA DE ARTEZANATO onde a lei obriga a escrever LOJINHA DE ARTESANATO em nada vai prejudicar a intenção do autor da placa: informar que ali se vende objetos de artesanato”. Diante do exposto, nossa proposta de trabalho é motivada pela abordagem da questão do preconceito linguístico no espaço escolar como um lugar de e para experienciar a prática docente como um objeto discursivo e, também, de convivência intersubjetiva. Metodologia Segundo Bagno (1999, p. 13) “a prioridade absoluta, no ensino de língua, deve ser dada às práticas de letramento, isto é, às práticas que possibilitem ao aprendiz uma plena inserção na cultura letrada, de modo que ele seja capaz de ler e de escrever textos dos mais diferentes gêneros que circulam na sociedade”. Devemos, portanto, (re)enquadrar o olhar do professor/aluno no que tange ao ensino-aprendizagem da língua materna. A partir dessas ideias, empreenderemos propostas fundamentadas em teorias para que possam ser postas em prática. Sobre este prisma, seguem as atividades sugeridas: Explicar aos alunos, nas aulas, a importância do domínio da língua vernácula, tanto para o seu processo de escolarização quanto na sua inserção no mercado de trabalho sem desvalorizar e/ou desconsiderar os diferentes dialetos; Propor aos alunos uma atividade textual reflexiva em duas versões: um texto com uma linguagem oral e outra normativamente padronizada, tendo em vista discutir o assunto a partir da opinião de cada aprendiz ao comparar os dois textos; A partir de oficinas planejadas para os docentes e discentes, elucidar sobre os preconceitos sociais que consideram os diferentes dialetos como “erro”. Referências Bibliográficas BAGNO, Marcos. Preconceito Linguístico: o que é, como se faz. São Paulo: Loyola, 1999. BAGNO, Marcos. Nada na língua é por acaso: Ciência e senso comum na educação em língua materna. Revista Presença Pedagógica, Brasília, 2006. OLIVEIRA, Luciano A. Coisas que todo professor de português precisa saber: a teoria na prática. São Paulo: Parábola Editorial, 2010. Agradecemos ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (CAPES) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESP) e, também às nossas Professoras Orientadoras Ester Souza e Fernanda Coelho, sem os quais o seguinte trabalho não seria possível.

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língua, cultura, contexto discursivo e identidade: ( re )focalizações e ( des )aprendizagens Reconhecendo o verdadeiro valor e lugar das modalidades oral e escrita da língua( gem ). - PowerPoint PPT Presentation

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LÍNGUA, CULTURA, CONTEXTO DISCURSIVO E IDENTIDADE: (RE)FOCALIZAÇÕES E (DES)APRENDIZAGENS

RECONHECENDO O VERDADEIRO VALOR E LUGAR DAS MODALIDADES ORAL E ESCRITA DA LÍNGUA(GEM)

ALUgA-CE

UmA

QITINETI,

PrA

PESOUAS

APOZENTAdA

SOZiNHhA.

VENDE.SE

BISIÇELETAS

ENBÃO.ESTÁD

O

CRIANSA.E

OMEN

Primeiras Palavras...As discussões desenvolvidas neste pôster têm em vista o eixo temático Currículo e prática pedagógica em espaços formais de educação.

Dentro desse contexto, a proposta do nosso trabalho é a de compreender a adequação linguística como objeto de ensino.

Discussões em (per)cursoPara isso, empreendemos uma análise discursiva de usos instanciados em diferentes variantes linguísticas e distintos contextos de utilização a partir da proposição de enunciados de atividades didáticas. O que nos permite que se (re)tematize o conceito de “erro” no uso linguístico, seja na modalidade escrita ou falada da língua.

André Moreira Santos (Bolsista PIBID/CAPES) Laiane Fernandes Santos (Bolsista FAPESB)

Marineide Freires Caetité (Bolsista PIBID/CAPES)

O que se passa com a linguagemO discurso do senso comum considera a noção de “erro” linguístico, há séculos, como inadequações na língua falada e na língua escrita provocada pelos fenômenos sociais e culturais. “[...] a Gramática Tradicional tenta definir a ‘língua’ como uma entidade abstrata e homogênea [...]” (BAGNO, 2006, p.1), como uma forma de uniformizar a língua, negligenciando a variação sociolingüística e oprimido aqueles que escrevem ou se comunicam alheios à “norma culta”.

Segundo Oliveira (2010, p. 43), quando se pergunta aos alunos do ensino médio se os mesmos têm conhecimento da língua portuguesa, a maioria diz que não “[...] porque se desvia dos mandamentos das gramáticas normativas [...]” e isso “não passa de um discurso surrado, preconceituoso e completamente equivocado do ponto de vista linguístico” .

PROPRIEDA DEPARTICULAR PROIBIDOENTRADA,DEPESSOAS,CEMALTORIZASAÕPROIBIDOCAÇAR E,PESCAR

NÃO ENTRE

SEM PERMIÇÃO

Refletindo...O que a sociedade em maioria vê como “erro”, na verdade não é erro. E isso ocorre porque as escolas, sejam elas públicas ou particulares, conceituam as regras da gramática normativa como um modelo que deve ser rigorosamente seguido. Todos aqueles que não acatam a essas normas estão fora da norma padrão. Consequentemente, essas pessoas são estigmatizadas.

Objetivos PreliminaresMarcos Bagno (1999, p. 148) ressalta que “[...] em cartazes e placas não aparecem ‘erros de português’ e sim ‘erros’ de grafia. Escrever, digamos, LOGINHA DE ARTEZANATO onde a lei obriga a escrever LOJINHA DE ARTESANATO em nada vai prejudicar a intenção do autor da placa: informar que ali se vende objetos de artesanato”.

Diante do exposto, nossa proposta de trabalho é motivada pela abordagem da questão do preconceito linguístico no espaço escolar como um lugar de e para experienciar a prática docente como um objeto discursivo e, também, de convivência intersubjetiva.

MetodologiaSegundo Bagno (1999, p. 13) “a prioridade absoluta, no ensino de língua, deve ser dada às práticas de letramento, isto é, às práticas que possibilitem ao aprendiz uma plena inserção na cultura letrada, de modo que ele seja capaz de ler e de escrever textos dos mais diferentes gêneros que circulam na sociedade”. Devemos, portanto, (re)enquadrar o olhar do professor/aluno no que tange ao ensino-aprendizagem da língua materna. A partir dessas ideias, empreenderemos propostas fundamentadas em teorias para que possam ser postas em prática. Sobre este prisma, seguem as atividades sugeridas:

Explicar aos alunos, nas aulas, a importância do domínio da língua vernácula, tanto para o seu processo de escolarização quanto na sua inserção no mercado de trabalho sem desvalorizar e/ou desconsiderar os diferentes dialetos;

Propor aos alunos uma atividade textual reflexiva em duas versões: um texto com uma linguagem oral e outra normativamente padronizada, tendo em vista discutir o assunto a partir da opinião de cada aprendiz ao comparar os dois textos;

A partir de oficinas planejadas para os docentes e discentes, elucidar sobre os preconceitos sociais que consideram os diferentes dialetos como “erro”.

Referências BibliográficasBAGNO, Marcos. Preconceito Linguístico: o que é, como se faz. São Paulo: Loyola, 1999.BAGNO, Marcos. Nada na língua é por acaso: Ciência e senso comum na educação em língua materna. Revista Presença Pedagógica, Brasília, 2006.OLIVEIRA, Luciano A. Coisas que todo professor de português precisa saber: a teoria na prática. São Paulo: Parábola Editorial, 2010.

Agradecemos ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (CAPES) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESP) e, também às nossas Professoras Orientadoras Ester Souza e Fernanda Coelho, sem os quais o seguinte trabalho não seria possível.