Amputacao abdominoperineal

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Amputação abdominoperineal do reto (cirurgia de Miles) O que é: É a retirada cirúrgica do final do reto, linfonodos contíguos, aparelho esfincteriano e ânus. Para que é feita: É realizada para tratamento do câncer do reto baixo, onde não é possível obtenção de margens adequadas ou existe invasão do esfincer anal pelo tumor. Contraindicações mais comuns: Função cardiopulmonar comprometida, desnutrição severa. Como é feita: A cirurgia pode ser realizada por videolaparoscopia (cirurgia realizada através de pequenos orifícios no abdome com o auxílio de uma câmera de vídeo e instrumentos especiais) ou por via aberta. A cirurgia consiste na retirada do segmento de intestino doente, esfíncter e ânus, em conjunto com os linfonodos (gânglios linfáticos) que drenam a região. Antes da cirurgia, o intestino precisa ser “preparado”, através do uso de laxantes e antibióticos. Neste caso, a realização de uma colostomia definitiva é necessária. A colostomia é uma cirurgia onde a parte do intestino grosso é exteriorizada através de um orifício criado na parede abdominal. O intestino é aberto e costurado na pele. A pessoa passa então a evacuar por este segmento, através do abdome. Uma bolsa especial é colada na pele em torno do intestino exteriorizado para coleta das fezes. Quanto tempo dura: 3-4h

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Amputação abdominoperineal do reto (cirurgia de Miles)

O que é:

É a retirada cirúrgica do final do reto, linfonodos contíguos, aparelho esfincteriano e

ânus.

Para que é feita:

É realizada para tratamento do câncer do reto baixo, onde não é possível obtenção de

margens adequadas ou existe invasão do esfincer anal pelo tumor.

Contraindicações mais comuns:

Função cardiopulmonar comprometida, desnutrição severa.

Como é feita:

A cirurgia pode ser realizada por videolaparoscopia (cirurgia realizada através de

pequenos orifícios no abdome com o auxílio de uma câmera de vídeo e instrumentos

especiais) ou por via aberta. A cirurgia consiste na retirada do segmento de intestino

doente, esfíncter e ânus, em conjunto com os linfonodos (gânglios linfáticos) que

drenam a região. Antes da cirurgia, o intestino precisa ser “preparado”, através do uso

de laxantes e antibióticos. Neste caso, a realização de uma colostomia definitiva é

necessária. A colostomia é uma cirurgia onde a parte do intestino grosso é

exteriorizada através de um orifício criado na parede abdominal. O intestino é aberto e

costurado na pele. A pessoa passa então a evacuar por este segmento, através do

abdome. Uma bolsa especial é colada na pele em torno do intestino exteriorizado para

coleta das fezes.

Quanto tempo dura:

3-4h

Recuperação pós-operatória:

No período pós-operatório imediato o paciente deve ficar na sala de recuperação

anestésica, quando bem acordado retorna para o quarto. A dieta é iniciada por boca no

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2o- 3o dia após a cirurgia, se o intestino estiver funcionando. Inicialmente o paciente

começa ingerindo alimentos líquidos, progredindo para alimentos pastosos e sólidos.

Tempo médio de internação:

7-10 dias

Complicações mais freqüentes:

clínicas

trombose venosa profunda e tromboembolismo pulmonar

cirúrgicas

Infecção de parede abdominal

Infecção e abertura dos pontos da região perineal (onde foi retirado o ânus)

diarréia

Alterações no estilo de vida:

Colostomia definitiva.