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Câmpus Experimental de Registro Av. Nelson Brihi Badur, 430 – Vila Tupi CEP 11900-000 Registro SP Tel 13 3828-3058 - [email protected] ANAIS III Encontro de Extensão Universitária da UNESP de Registro Registro/SP, 21 de setembro de 2017.

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Câmpus Experimental de Registro

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ANAIS III Encontro de Extensão Universitária da UNESP

de Registro

Registro/SP, 21 de setembro de 2017.

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Anais do III Encontro de Extensão Universitária da

UNESP de Registro

Registro – SP, 21 de setembro de 2018.

Equipe Local de Organização do Evento Prof. Dr. Luis Carlos Ferreira de Almeida Presidente da Comissão Permanente de Extensão Universitária Unesp Câmpus Experimental de Registro Mara Elisabete Pereira Assistente Administrativo – Responsável pela Área Técnica Acadêmica Unesp Câmpus Experimental de Registro Equipe de Organização dos Anais Mara Elisabete Pereira Assistente Administrativo – Responsável pela Área Técnica Acadêmica Unesp Câmpus Experimental de Registro

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III Encontro de Extensão Universitária da UNESP Câmpus Experimental de Registro

HERBARIO SPVR – DIVERSIDADE E ENSINO.

Mariana Assis Castro Galindo, João Vicente Coffani-Nunes, Thais Lara Bernini, Rita de Cássia Pinheiro, Carla Marinho Cupertino, Patríca Gleydes Morgante. Câmpus Experimental de Registro, Engenharia Agronômica, [email protected], Bolsa PROEX.

Palavras Chave: Exposição Itinerante, Divulgação Científica, Vale do Ribeira.

Introdução A demanda por conhecimento acerca da biodiversidade, em escalas global, regional e nacional, cresceu muito após a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada em 1992. Os documentos trouxeram para os mais diferentes setores da sociedade temas até então considerados apenas do rol dos cientistas (1). É primordial que todo o conhecimento produzido por meio de pesquisas seja disponibilizado para a sociedade em geral (2). Os documentos que certificam a diversidade e a riqueza da flora encontram-se depositados em coleções botânicas (herbários). Essas coleções são bancos de materiais e os dados a eles associados (1). Um herbário pode funcionar também como centro educacional (3). Segundo Coffani-Nunes e Weissenberg (4), o Vale do Ribeira contém cerca de 28% de toda diversidade de Angiospermas do Estado de São Paulo. Apesar dessa condição ímpar, a população do Vale do Ribeira não conhece e até desdenha essa riqueza única. Somente com a compreensão da importância desse patrimônio a população tornar-se-á parceira no processo de conservação desse patrimônio único.

Objetivos

Realizar a democratização do conhecimento científico em relação à Mata Atlântica no Vale do Ribeira; Realizar a divulgação científica sobre espécies nativas, exóticas, sua importância e diferentes usos no nosso dia-a-dia; Desenvolver uma exposição itinerante sobre a Mata Atlântica; Desenvolver mostruários sobre plantas

Material e Métodos Por meio da Diretoria de Ensino – Região de Miracatu, SP, e em parceria com o Projeto “Museu Dinâmico da Mata Atlântica” da UNESP de Registro, serão efetuadas seis exposições em Escolas Estaduais de seis cidades diferentes dentro do Programa Escola da Família.

Resultados e Discussão

Foram atendidos seis municípios e cerca de 461 pessoas. Para a realização das exposições foi montado um acervo diversificado e lúdico, com quebra-cabeça de flores nativas, pintura com tintas

naturais e carimbo de batata, pôsteres, sendo um deles interativo, um mostruário "Você Sabia?" sobre utilização de plantas, observação em estereomicroscópio, e uma maquete do Vale do Ribeira (Figura 1). Além das exposições foram realizadas entrevistas com os visitantes que resultou um trabalho apresentado no XXVIII CIC – UNESP.

Figura 1. Exposição Itinerante do Herbário SPVR. A) Quebra-cabeça; B) Carimbo de batata; C) Pôster interativo; D) Fichas “Você Sabia?”.

Conclusões

As exposições têm atendido o propósito da divulgação científica sobre plantas e a Mata Atlântica do Vale do Ribeira, bem como despertar o interesse sobre as plantas do Vale do Ribeira.

Agradecimentos Agradeço especialmente, em nome de Adelminda P.M. Suyama e Kaoro Santos, a toda equipe da Diretoria de Ensino – Região de Miracatu; e os alunos do Curso de Agronomia que auxiliaram nas exposições. ____________________ 1 Peixoto, A. L.; Morin, M. P. Coleções Botânicas: documentação da Biodiversidade Brasileira. Ciência e Cultura 2003,55(3): 21-24. 2 Lino, C. F.; Bhechara, E. Estratégias e Instrumentos para a Conservação, Recuperação e Desenvolvimento Sustentável na Mata Atlântica. Caderno 21. São Paulo: Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica; Fundação SOS Mata Atlântica. 2002. 3 Mamede, M. C. H. Os Herbários do Estado de São Paulo In M. C. W. Brito e C. A. Joly (eds), Biodiversidade do Estado de São Paulo: síntese do conhecimento ao final do século XX, 7: infraestrutura para a conservação da biodiversidade. São Paulo: FAPESP. 1999. 4 COFFANI-NUNES, J. V.; WEISSENBERG, E. W. Flora do Vale do

Ribeira: listagem de Angiospermas In R. B. da Silva e L. C. Ming (eds),

Relatos de Pesquisas e outras Experiências Vividas no Vale do Ribeira.

Jaboticabal: Maria de Lourdes Brandel. 2010.

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Formação de uma Rede Regional de Viveiros de Mudas Nativas no Vale do Ribeira Anali Rufino Poppi1, Aline Gomes Vieira da Silva1, Helio Momberg1, Francisca Alcivania de Melo Silva2, Marcelo Vieira Ferraz2, Ocimar José Batista Bim3. 1. Alunos de Curso de Agronomia da UNESP - Campus Experimental de Registro. Email: [email protected]; 2. Prof Assist. Dr. UNESP - Campus Experimental de Registro; 3. Instituto Florestal.

Palavras Chave: Mudas florestais, agricultura familiar, comercialização.

Introdução

Os viveiros do Estado de São Paulo produzem 41.098.811 mudas florestais nativas, sendo que 57% da produção está concentrada em apenas 20 viveiros, classificados como viveiros grandes. Outros 63 viveiros, os médio-grandes, concentram 34 % da produção. Os 9% restantes correspondem a viveiros pequenos e familiares. No vale do Ribeira, a maioria dos viveiros é classificado como pequeno, de mão-de-obra familiar e servem como complemento de renda para agricultores, comunidades tradicionais, entre outros. O desafio é reunir esses produtores numa rede visando a padronização das mudas, acesso a novos mercados e a profissionalização da atividade.

Objetivos

1. Subsidiar a criação da Rede de Viveiros de Mudas nativas do Vale do Ribeira; 2. Conscientizar os produtores sobre a importância do RENASEM (Registro Nacional de Sementes e Mudas), nota fiscal e outros documentos que facilitem a comercialização; 3. Identificar demandas e realizar capacitações para melhoria do processo de produção de mudas.

Material e Métodos

As ações foram desenvolvidas na sequinte sequência: 1. Seleção de produtores que já possuiam viveiros de mudas de nativas e se mostraram interessados em participar da rede. 2. Agrupamento dos produtores por microrregiões; 3. Organização de reuniões para identificação de demandas por cursos específicos para melhoria dos sistemas de produção através de questionários elaborados para esse fim; 4. Capacitações sobre produção de mudas para arborização urbana, padrões de qualidade, regularização (nota fiscal) nos municípios de Iguape e Cajati;

Resultados e Discussão

Foram prospectados e reunidos 30 viveiros, entre comunitários e independentes, os quais foram organizados em 5 microrregiões (Sete Barras, Eldorado, Registro, Barra do Turvo e Cananeia). Foi criada a rede de Viveiros de Mudas do Vale do Ribeira, uma página na web (http://www.nativasvaledoribeira.com/), bem como uma página no Facebook (https://www.facebook.com/redeviveirosvaledoribeira/?fref=ts) na qual podem ser visualizados histórico, endereços, telefones e estoques de mudas de cada viveiro pelos possíveis compradores. Nesses endereços também são disponibilizados eventos e materiais didáticos para os participantes. Em vista das demandas geradas foram realizados 2 cursos de capacitação sobre produção de mudas de arborização urbana aos participantes da rede e outros interessados. No primeiro Curso, realizado no Viveiro Bela Vista - Barra do Turvo - SP- participaram 40 pessoas, entre técnicos, produtores de mudas e agricultores. No seguindo Curso, realizado no Município de Iguape, também em um dos viveiros da rede, participaram 26 agricultores e produtores de mudas. A realização dos Cursos foi feita em Parceria com a Cati, Instituto Florestal e Itesp. Entre as ações do projeto estão a visita periódica aos viveiros, bem como o auxílio na formação de lotes de mudas para comercialização e atualização do site com eventos, download de livros e folhetos sobre a produção de mudas. A página da Rede de viveiros (www.nativasvaledoribeira.com) tem mais de 1100 visualizações.

Conclusões

Os resultados das capacitações já se traduzem em melhorias nos sistemas de produção dos viveiros, na produção de mudas de maior porte, portanto com maior valor agregado e na melhoria das vendas.

Agradecimentos

Instituto Florestal, ITESP, CATI EDR – Registro pela logistica disponibilizada para as visitas e cursos.

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Revelando a diversidade marinha do Vale do Ribeira: Guias ilustrados de macroalgas e invertebradosBruna Cristina de Almeida Pontes¹, Prof. Dr. Levi Pompermayer Machado¹, Profª. Dra. Giovana Bertini¹, Karyna Satomi Izumi¹, Esthephany Konesuk Santos Miranda¹, Luanda Pereira Soares², ¹Campus Experimental de Registro, Engenharia de Pesca, ² Instituto de Botânica [email protected], bolsa PROEX.

Palavras Chave: Botânica, Botânica Aplicada, Recursos Pesqueiros Marinhos.

Introdução

Na região litorânea do Vale do Ribeira existem importantes Áreas de Preservação Permanente (APA), como a APA Federal de Cananéia, Iguape e Peruíbe (APA-CIP) e a APA Marinha Litoral Sul.

A diversidade marinha apresenta um extenso, porém desatualizado, histórico quanto ao conhecimento das macroalgas marinhas, sendo listados 68 taxóns para a região1,2.

Guias Ilustrados possuem potencial de disponibilizar conhecimento científico para a população como um todo, seja como material complementar no ensino superior ou didático para educação básica e comunidade local. Além de promover a inserção da sociedade ativamente na produção e conhecimento da biodiversidade, preservação, uso sustentável de recursos naturais e educação ambiental 3.

Objetivos

Confeccionar um guia ilustrado das macroalgas e dos invertebrados fitais presentes na região litorânea do Vale do Ribeira.

Material e Métodos

As amostragens vêm sendo efetuadas em costões rochosos marinhos e ambientes estuarinos do Vale do Ribeira, em dias de maré baixa respeitando a zonação natural de infra, meso e supralitoral. O material está sendo fotografado no ambiente natural e, após identificação, no laboratório. As macroalgas e os invertebrados serão identificados ao menor nível taxonômico possível.

Resultados e Discussão

Até o momento foram coletadas e analisadas amostras do estuário de Cananéia e do costão rochoso do Guaraú (APA-CIP) (Figura 1). Os resultados preliminares indicam a presença de 18 espécies de macroalgas (4 no estuário e 14 no costão rochoso). Os invertebrados estão em processo de identificação, sendo comum a presença dos táxons: Mollusca, Polychaeta, Brachyura e Amphipoda.

Figura 1 – a) Macroalgas no manguezal de Cananéia; b) Gayralia brasiliensis (aspecto de campo e laboratório); c) Pterosiphonia pennata; d) Macroalgas no costão rochoso marinho; e) Banco natural de Pyropia spiralis; f) P. spiralis em laboratório; g) Perna perna em campo; h) Invertebrados após triagem; i) Diferentes invertebrados.

Foi observada a presença de diversas espécies com importância ecológica e indicadoras de boa qualidade ambiental. Destaca-se a presença de organismos com aplicação comercial, histórico de extração e candidatas para a aplicação em aquicultura. Dentre estas estão as macroalgas Pyropia e Gayralia (potencial uso na alimentação) e do molusco bivalve Perna perna, espécie explorada para comercialização na região.

Conclusões

O guia ilustrado poderá suprir muitas carências acerca do conhecimento da biodiversidade marinha tanto para educação como gestão ambiental turística sustentável da região do Vale do Ribeira.

Agradecimento

Proex UNESP – Edital Nº 016/2016. 1 Ugadim, Y. Algas marinhas bentônicas do litoral sul do estado de São Paulo. Tese Universidade de São Paulo. 1970, 362p. 2 Yokoya, N. S. et al. Temporal and spatial variations in the structure of macroalgal communities associated with mangrove trees of Ilha do Cardoso, São Paulo state, Brazil. Rev. Bras. Bot. 1999, 22(2), 195-204. 3 Pereira, L. Guia Ilustrado das Macroalgas – Conhecer e reconhecer algumas espécies da flora portuguesa. Imprensa da Universidade de Coimbra. 2009, 90 p.

a b c

e fd

h i g

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Projeto Museu Dinâmico da Mata Atlântica em números

Carla Marinho Cupertino, Patrícia Gleydes Morgante, João Vicente Coffani-Nunes, Giovana Bertini, Kelly Botigeli Sevegnani, Campus Experimental de Registro, Engenharia Agronômica, [email protected], Bolsa de Extensão Universitária da PROEX/UNESP (2016)

Palavras Chave: Difusão do conhecimento, Extensão universitária, Exposições itinerantes.

Introdução

O Projeto Museu Dinâmico da Mata Atlântica (MDMA), cuja concepção data de 2004 e o início das atividades de novembro de 2005, tem por missão a divulgação e democratização da informação e conhecimento no Vale do Ribeira1. Os relatos locais das muitas pesquisas realizadas na região aliados à ausência do retorno de conhecimento à população foram a motivação inicial para a elaboração do projeto. Além disso, considerando-se que a educação é tarefa de todos e atividade elementar da sociedade2, atuar em sua democratização, garantindo o acesso universal3, torna-se compromisso de toda a sociedade e alvo de preocupação de educadores de todos os níveis1.

Objetivos

O objetivo deste trabalho foi realizar uma análise quantitativa da produção do projeto desde seu início.

Material e Métodos

Realizou-se um levantamento quantitativo das principais atividades do Projeto MDMA, enfocando os dados numéricos de produção e público diretamente beneficiado. As atividades selecionadas foram: Banco de dados bibliográficos (CITEC - Centro de Informação Técnico-Científica), cursos de extensão, material didático e paradidático, exposições de acervo e produção científica geral.

Resultados e Discussão

Uma das primeiras ações do Projeto MDMA foi organizar o CITEC e disponibilizar sua consulta pela WEB (http://www.registro.unesp.br/#!/sites/museu-da-mata-atlantica/). O banco reuniu, até o momento, 440 títulos, dentre artigos, teses, livros e outras modalidades de investigação científica de diferentes áreas do conhecimento, com enfoque no Vale do Ribeira. O site do projeto que abriga o CITEC e demais informações já registrou 214.504 acessos. A equipe gestora dedicou-se também ao oferecimento de cursos de atualização e aprimoramento. Sete temáticas distintas foram trabalhadas, em mais de uma edição, tendo como público-alvo principal os professores do Ensino Médio e/ou Fundamental (parecerias com DEs de Registro e Miracatu), estudantes de graduação da UNISEPE/Registro, produtores rurais e técnicos. No

total, 17 cursos foram realizados, atendendo diretamente 496 beneficiários. Dentre os materiais didáticos e paradidáticos desenvolvidos para os trabalhos, destacam-se 6 jogos, disponíveis para empréstimo a professores e, 4 apostilas. Os cursos tiveram impacto positivo sobre os beneficiários4, 5,6,7, atingindo os objetivos traçados. De 2006 a 2009, foi mantida uma exposição fixa, que registrou em livro 976 visitantes. Depois disso, a UNESP de Registro não contou mais com espaço físico para manter a exposição permanente. No entanto, o acervo foi mantido e ampliado e, em 2014, a equipe gestora iniciou a execução de exposições itinerantes pelas cidades do Vale do Ribeira, atuando principalmente aos sábados, junto ao Programa Escola da Família do Governo Estadual. Esta ação se constituiu em importante espaço de educação não-formal1,8 e, já alcançou 3.164 visitantes. O projeto gerou relevante produção científica, desde artigos em periódicos a monografias em Pós-Graduação Lato Sensu, somam-se 19 itens de produção.

Conclusões

Estes resultados e outras ações desenvolvidas demonstram que o Projeto MDMA tem atuado em sintonia com sua missão e exercido seu papel social no Vale do Ribeira.

Agradecimentos

Apoio financeiro e bolsa (BEU) da PROEX/UNESP. ____________________ 1Morgante, P.G.; Coffani-Nunes, J.V.; Sevegnani, K.B.; Bertini, G.; Conrado, A.C.; Souza, C.A.N. e Ladislau, P.C. Rev. Ensino de Biologia.

2016, 9, 6309-6320. 2Gorczevski, C. e Konrad, L. R. Rev. Direito UNISC. 2013, 39, 18-42. 3Lemus, M.L.A. In: Oliveira, D.A.; Duarte, A.M.C. e Vieira, L.M.F. Dicionário: trabalho, profissão e condição docente. 2010. 4Sevegnani, K.B.; Morgante, P.G.; Coffani-Nunes, J.V.; Bertini, G.; Tebinka dos Santos, V.; Weissenberg-Batista, E.W.; Silveira, L. E. D.; Haitzmann dos Santos, E.M. e Ansante, N. F. 6º Congresso de Extensão

Universitária da Unesp. 2011, 622-622. 5Bertini, G.; Sevegnani, K. B.; Coffani-Nunes, J. V.; Morgante, P. G.; Malimpensa, J. R. e Cremonesi, M. V. Anais do I Encontro de Extensão

Universitária da UNESP de Registro. 2013, 15-15. 6Morgante, P.G.; Ladislau, P.C.; Souza, C.A.N.; Pereira, F.A.; Salgado, G.H.S.S. e Coffani-Nunes, J.V. Anais do 60º Congresso Brasileiro de

Genética. 2014, 16-16. 7Coffani-Nunes, J.V.; Morgante, P.G.; Cupertino, C.M.; Weissenberg, E.W. Rev. Ensino de Biologia. 2016, 9, 6934-6946. 8Morgante, P.G.; Coffani-Nunes, J.V.; Sevegnani, K.B.; Bertini, G.; Conrado, A.C.; Souza, C.A.N.; Izumi, K.K. e Ladislau, P.C. Anais do 8º

Congresso de Extensão Universitária da UNESP. 2015.

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Extensão em agroecologia – Grupo Cataia Letícia Gutierres Cecília, Luís Carlos Ferreira de Almeida, Camila Pinto Pedroso, Iago Felipe Nogueira Píramo, Fabiana Gomes da Silva, Campus de Registro, Engenharia Agronômica, [email protected], Bolsa PROEX.

Palavras Chave: extensão rural, agricultura familiar, grupo de estudo.

Introdução

A agricultura alternativa surge diante de uma política agrária excludente, motivada por organizações politicamente engajadas e visando à construção de uma sociedade democrática e com a perspectiva de transformação social. Alguns agricultores com formação técnica ou acadêmica dinamizam a agricultura alternativa e atuam no sentido de obter um reconhecimento societário e uma institucionalização do padrão agroecológico de produção (Brandenburg, 2002). A extensão agroecológica é o processo de intervenção de caráter educativo e transformador, baseado em metodologias de investigação-ação participante que permitam o desenvolvimento de uma prática social na qual os sujeitos do processo buscam a construção e sistematização de conhecimentos que os leve a incidir conscientemente sobre a realidade (Caporal e Costabeber, 2000).

Objetivos

Praticar ações de extensão agroecológica junto a comunidades de produtores rurais, quilombos, etc. visando o conhecimento de práticas agroecológicas na produção de alimentos saudáveis.

Metodologia

O “Cataia” é um grupo de agroecologia situado na UNESP, Campus de Registro. É formado por estudantes do curso de eng. agronômica e eng. de pesca. O grupo propôs desenvolver atividades no campo da educação, através de discussões sobre alimentação saudável, segurança alimentar, educação ambiental, entre outros. No campo cultural estão sendo desenvolvidas ações voltadas para a troca de saberes populares com acadêmico, por meio de rodas de conversas com agricultores. O diálogo é primordial nas nossas relações e na construção do conhecimento, pois valoriza o outro. Ao reconhecer as diferenças e escutar o que o outro tem a dizer os saberes são valorizados, o que traz confiança aos indivíduos, possibilitando que algo novo seja criado, sem a relação de hierarquia bastante presente na educação elitista (Paulo Feire, 1969). O grupo está buscando sempre a atualização do tema, inclusive

com a participação em eventos sobre agroecologia, produtos orgânicos, sistemas agroflorestais, etc. Além disso, a participação na 10ª Feira de Troca de Sementes dos Quilombos do Vale do Ribeira.

Resultados e Discussão

Os resultados foram alcançados na medida em que os diálogo e ações desenvolveram-se dentro do projeto, e principalmente dentro do grupo. Foram articuladas reuniões com os estudantes dos dois cursos. Foram discutidas informações sobre a região do Vale do Ribeira e a sua importância no contexto ambiental, social e cultural. Assim como, o papel do grupo nessa conjuntura. Os espaços de troca de saberes, como a feira de sementes dos quilombos em Eldorado-SP agrega muito valor no sentido de que são fundamentais para os movimentos de resistência, além da questão da preservação e disseminação da diversidade cultural. Nesta edição foram adquiridas mudas de cana, mandioca, manacúbio, limão, chuchu e sementes de milho crioulo, feijão-guandu, feijão-bolinha e quiabo.

Conclusões

Conclui-se que as atividades desenvolvidas pelo grupo “Cataia” agregaram, ampliaram e qualificaram as ações de extensão no âmbito da agroecologia.

Agradecimento

Agradeço a PROEX pela oportunidade concedida. ____________________ 1 BRANDENBURG, A. Movimento Agroecológico, trajetória,

contradições e perspectivas. Desenvolvimento e meio ambiente, n. 6, p.

11-28, jul/dez. Ed. UFPR, 2002. 2 CAPORAL, F. R.; COSTABEBER, J. A. Análise multidimennsional

da sustentabilidade: uma proposta metodológica a partir da agroecologia.

Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável, Porto Alegre, v.3, n.13, jul/set 2002. 3 FREIRE, P. Extención o Comunicación?. Instituto de Capacitación e

Investigación en Reforma Agrária, Santiago de Chile, 1969.

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Horta agroecológica e a segurança alimentar de uma comunidade no entorno da Unesp de Registro Iago Felipe Nogueira Piramo, Luis Carlos Ferreira de Almeida, Leticia Gutierres Cecília, Camila Pinto Pedroso, Fabiana Gomes da Silva. Campus Experimental de Registro, Engenharia Agronômica, [email protected], PROEX.

Palavras Chave: extensão rural, agricultura familiar, grupo de estudo.

Introdução

Já é sabido que a agroecologia contribui para a melhoria de renda, segurança alimentar e a diversificação da produção com o equilíbrio ambiental e os valores socioculturais dos grupos envolvidos, potencializa processos de inclusão social e fortalecimento da cidadania. O principal intuito da horta agroecológica para a comunidade é estimular a produção de alimentos sadios e de melhor qualidade biológica, promover a interação e a segurança alimentar na comunidade. A importância da extensão universitária, de levar esse conhecimento à comunidade é vista como assunto primordial neste projeto.

Objetivos

a) Criação de um espaço produtivo, junto à comunidade atendida pelo Centro de Apoio Psicossocial de Registro (CAPS), em que se possa cultivar legumes, verduras e plantas medicinais. b) Ampliar a composteira para geração de adubo orgânico. c) Apresentar oficinas semanais sobre conscientização e educação ambiental.

Material e Métodos

O projeto é conduzido no CAPS (centro de apoio psicossocial), situado no município de Registro - SP, um centro que atende pessoas com transtornos mentais e psicológicos a fim de promover tratamento médico alopático e psiquiátrico, além de oficinas pedagógicas, horta agroecológica, e medicinas alternativas. São ministradas oficinas com duração de 1 hora, uma vez por semana, com temas como conscientização ambiental, a importância da água e do solo, sustentabilidade e preservação, a importância da alimentação saudável, entre outros. Concomitantemente a oficina tem se uma horta, com manejo agroecológico, onde ocorre a interação dos pacientes, auxiliando na sua manutenção, e os alimentos produzidos são destinados aos pacientes, salientando a importância da segurança alimentar.

Resultados e Discussão

Os pacientes demonstraram grande empenho para o desenvolvimento do projeto, a partir do momento que lhe foram atribuídas responsabilidades para manutenção da horta, como período de rega, monda, cuidado com as mudas no viveiro, poda e outros manejos mais simples, que não dependiam de ferramentas ou outros objetos com potencial de perigo, uma vez que são pacientes com transtornos e sintomas de crises (Figura 1). A horta se mostrou principalmente como um tratamento alternativo ao quadro clinico dos pacientes, propiciando a interação com o solo como uma terapia

Figura 1. Pacientes do Caps e atividades desenvolvidas

Conclusões

A comunidade participou ativamente para a criação do espaço de cultivo e das ações para ampliação da composteira, atuando nas oficinas de educação ambiental. O projeto permitiu o contato com a horta e discussões do quanto é importante o alimento saudável na segurança alimentar da comunidade envolvida.

Agradecimentos

A PROEX pela bolsa concedida. Aos pacientes e Direção do CAPS ____________________ 1 BEZERRA, I.; ISAGUIRRE, K.D, Direito Humano á Alimentação

adequada (DHAA) e agroecologia: desafios e perspectivas: teórico e

prático. Caderno de Agroecologia, v.8, n.2, 2013 2 REICHER, L. J.; GOMES, J. C. C. A produção agroecológica como

estratégia de segurança e soberania alimentar na agricultura familiar.

Cadernos de Agroecologia, v. 8, n. 2, nov. 2013

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Perfil das pisciculturas na região do Vale do Ribeira - SP

Elisabete Dias de Melo, Guilherme Wolff Bueno, Fernanda Seles David, Antônio Fernando Leonardo, Maicon da Rocha Brande. Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho” – Unesp, CampusExperimental de Registro, Curso de Engenharia de Pesca. E-mail: [email protected], Bolsista Proex.

Palavras Chave: análise descritiva, aquicultura, piscicultura familiar.

Introdução

Na década de 90 a piscicultura na região do Vale do Ribeira viveu um momento de grande expansão tornando-se o principal polo produtor do estado de São Paulo. No entanto, a atividade não se consolidou e hoje possui grande quantidade de pisciculturas desativadas que poderiam contribuir para o aumento da oferta de alimento e renda para esta região que apresenta o menor índice de desenvolvimento humano (IDH) do estado. Neste contexto, a falta de informações à respeito das características das pisciculturas existentes dificultam a elaboração de programas de fomento e o desenvolvimento rural específicos para este público alvo1.

Objetivos

Identificar e avaliar o perfil das pisciculturas localizadas na região do Vale do Ribeira, estado de São Paulo.

Material e Métodos

O estudo está sendo realizado na região do Vale do Ribeira, Sudoeste do Estado de São Paulo por meio de entrevistas com questionários aplicados à piscicultores familiares com propriedades instaladas nos 27 municípios da região. Nestes, identificaram-se a localização das propriedades, utilização de mão de obra, tamanho em área das pisciculturas, sistema de produção e tipos de cultivo que exercem no local, locais de comercialização, tempo de atividade na piscicultura, condições sociais, formas de legalização ambiental, identificação dos principais problemas encontrados para o desenvolvimento da atividade na região. Em seguida, utilizou-se o programa Microsoft Excell®

para tabulação e organização do banco de dados para análise de frequência absoluta e relativa e análise descritiva simples.

Resultados e Discussão

A maioria dos produtores da região do Vale do Ribeira estão localizados em Juquitiba, Registro e Juquiá com 24%, 16% e 13%, respectivamente. Sendo que 60% utilizam mão de obra família e 55% das propriedades possuem área de lamina d´água menor que um hectare. Os tipos de cultivos predominantes são tanques escavados com 52%, seguido de viveiro escavado + barramento com 30%. Na Figura 01 verificam-se as principais espécies de peixes utilizadas para produção nestes sistemas de cultivo.

Figura 01. Descrição das espécies produzidas no Vale do Ribeira – SP.

Na Tabela 01 apresentam-se a identificação dos principais problemas apontados pelos produtores.

Tabela 01. Entraves aos piscicultores e frequência relativa de ocorrência por piscicultura (n=40). Entraves na Piscicultura Fr %

Assistência Técnica 12,00 23% Comercialização 8,00 15% Assistência Técnica + Licenciamento 4,00 8% Comercialização + Licenciamento 1,00 2% Comercialização + Assistência Tec. 1,00 2% Comercialização + Custos 1,00 2% Custos de Produção 8,00 15% Licenciamento Ambiental 2,00 4%

Conclusões

As pisciculturas do Vale do Ribeira predominam o uso da mão de obra familiar e produção semi-intensiva utilizando tanques escavados com entraves para assistência técnica, canais de comercialização e licenciamento ambiental. ________________ 1CORRÊA, C.F.; SCORVO FILHO, J. D.; TACHIBANA, L.; LEONARDO, A.F.G. (2008). Caracterização e situação atual da cadeia produtiva da piscicultura no Vale do Ribeira. Informações Econômicas, São Paulo, v. 38, n.5, p. 1–6, 2008.

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Câmpus Experimental de Registro

III Encontro de Extensão Universitária da UNESP Câmpus Experimental de Registro

Divulgação da agroecologia em comunidades quilombolas e tradicionais do Vale do Ribeira Camila Pinto Pedroso (1), Marcelo Domingos Chamma Lopes (2), Leticia Gutierrez Cecília (3), Iago Piramo Nogueira (4), Pedro Augusto Batista Chaves (5). (1, 3, 4, 5) Estudante de Graduação em Engenharia Agronômica pela Unesp Câmpus Experimental de Registro e Bolsistas de Extensão PROEx; (2) Professor Assistente Doutor da Unesp/Registro.

Palavras Chave: agroecologia, desenvolvimento rural, meio ambiente.

Introdução

Alunos do Campus da Unesp Registro em articulações com outros coletivos ecológicos beneficiam famílias de comunidades através da assistência técnica e do incentivo à prática de atividades físicas e exploração turística de áreas naturais dentro do bioma da Mata Atlântica, em prol da disseminação da Agroecologia como método de agricultura e subsistência do produtor rural.

Objetivos

O objetivo do projeto é a partir do assistencialismo, divulgar e expandir a agroecologia nas comunidades rurais utilizando de atividades físicas como passeios em trilhas de forma coletiva, com internos e externos da comunidade acadêmica, incentivo da produção local sustentável, a modificação do ambiente familiar para estimular a adoção de hábitos alimentares e físicos saudáveis, assegurar/resgatar a cultura de um povo, bem como conhecer e divulgar o turismo de valor cultural pertencente ao Vale do Ribeira.

Material e Métodos

Estudantes bolsistas do Grupo de Agroecologia Cataia e voluntários realizam assistência técnica em comunidades quilombolas e tradicionais do Vale do Ribeira, incorporando mais elementos das comunidades nas atividades práticas das visitas através de passeios ecológicos visando levar e expandir informações agroecológicas às comunidades ao mesmo tempo em que se está ressaltando o potencial turístico do Vale do Ribeira.

Resultados e Discussão

Para a comunidade participante gera a compreensão da importância de uma alimentação saudável, da segurança alimentar resgate do potencial turístico/ecológico na medida em que essa comunidade além de que possa usufruir dos conhecimentos acadêmicos, troque experiências e cultura local com os alunos e voluntários, sendo o

espaço um local privilegiado para colocarem em prática saberes essencialmente teóricos relacionados ao processo da transição agroecológica e dos fundamentos técnicos ensinados em sala de aula.

Figura 1. Comunidade quilombola Mandira-Cananéia/SP.

Conclusões

Na medida em que a ação é articulada, a Universidade, através de seus alunos nesse projeto de extensão, membros externos e a comunidade se beneficiam não somente nos aspectos de lazer e técnico, mas também na promoção social via formas alternativas, saudáveis e sustentáveis, podendo essas práticas ser reproduzidas pela própria comunidade e para outros grupos que se sintam motivados a repetir e aprimorar os métodos em discussão.

Agradecimentos

PROEX, Grupo de Agroecologia Cataia, Coletivo Green, ITESP, Prefeitura Municipal de Cananéia. ____________________

Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional – LOSAN (Lei nº 11.346, de 15 de setembro de 2006)

BEZERRA, I.; ISAGUIRRE, K. D. Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e Agroecologia: desafios e perspectivas teórico-prático. Cadernos de Agroecologia, v. 8, n.2, 2013.

REICHER, L. J.; GOMES, J. C. C. A produção agroecológica como estratégia de segurança e soberania alimentar na agricultura familiar. Cadernos de Agroecologia, v. 8, n. 2, nov. 2013

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Câmpus Experimental de Registro

III Encontro de Extensão Universitária da UNESP Câmpus Experimental de Registro

Sementes Crioulas: manutenção e reintrodução de cultivares tradicionais do Vale do Ribeira Franciele Moreira Gonçalves, Pablo Forlan Vargas, Câmpus Experimental de Registro, Engenharia Agronômica, [email protected], [email protected], Bolsa Proex.

Palavras Chave: Ipomoea batatas, banco de germoplama, conservação agroalimentar .

Introdução

Pode-se afirmar que a erosão genética coloca em risco a soberania e segurança alimentar dos povos, uma vez que a perda da variabilidade genética agroalimentar diminui a disponibilidade de diferentes alimentos aos povos.

O Vale do Ribeira, situado ao sul do estado de São Paulo, possui uma alta agrobiodiversidade alimentar, devido as suas características de ocupação e desenvolvimento. Nesta região há 66 quilombos e três aldeias indígenas. Essas comunidades ainda sustentam práticas de cultivos tradicionais (em roças), haja vista que grande parte da produção é para subsistência. Essas comunidades guardam um grande número de espécies alimentares que não sofreram processo de melhoramento e, que vem sendo cultivadas de geração em geração.

Em 2012, iniciou-se no Câmpus de Registro da Unesp um trabalho com vistas ao resgate e avaliação de acessos de batatas-doces coletados em comunidades tradicionais do Vale do Ribeira, formando assim o primeiro Banco Ativo de Germoplasma (BAG) do Câmpus.

Objetivos

Objetivou-se com o presente projeto de extensão realizar a manutenção e reintrodução de cultivares crioulas de batata-doce em agricultores campesinos do Vale do Ribeira.

Material e Métodos

O desenvolvimento do projeto foi alicerçado em duas vertentes de atividades, uma com ações voltadas para a manutenção dos acessos variedades crioulas, enquanto outra, com vistas a reintrodução dessas variedades nas comunidades do Vale do Ribeira.

1) Metodologia para manutenção das variedades crioulas de batata-doce.

As atividades de manutenção dos acessos de batata-doce ocorreram em casa de vegetação e campo no Câmpus Experimental de Registro, unidade Agrochá. Atualmente o BAG possui 65 acessos de batata-doce.

2) Reintrodução das variedades crioulas

A reintrodução das variedades se deu por meio da participação da equipe do projeto na 10ª edição da Feira de Troca de Sementes e Mudas das comunidade do Vale do Ribeira.

Resultados e Discussão

A partir de fevereiro de 2017, quando se iniciou o projeto todos os acessos foram replantados em vasos de 5 litros com substrato (Figura 1A). A cada três meses ocorrem o replantio, haja vista que os vasos não mais comportam o crescimento e desenvolvimento da planta.

No início do mês de maio, para aumentar o material de propagação, todos os acessos foram plantas à campo, visando aumentar o material de propagação e com isso manter os acessos no BAG.

No mês de agosto, a equipe do projeto participou da Feira de Troca de Sementes Crioulas do Vale do Ribeira. Neste evento foram reintroduzidas 144 mudas de batata-doce (Figura 1B), que foram produzidas com acessos diversos do BAG de batata-doce do Câmpus de Registro da Unesp.

A B Figura 1. Acessos de batata-doce sendo mantidos em vasos em casa de vegetação (A) e reintrodução dos acessos de batata-doce por meio da participação na Feira de Troca de Sementes Crioulas do Vale do Ribeira.

Conclusões

A manutenção dos acessos estão ocorrendo de forma satisfatória, bem como a reintrodução dos acessos em agricultores campesinos.

Agradecimentos

À ProEx, pela concessão da bolsa à primeira autora.____________________

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Câmpus Experimental de Registro

III Encontro de Extensão Universitária da UNESP Câmpus Experimental de Registro

Cultivo da Moringa Oleífera em função do clima local com uso da produção em beneficiamento de famílias de bairros carentes Camila Pinto Pedroso (1), Marcelo Domingos Chamma Lopes (2), Leticia Gutierrez Cecília (3), Iago Felipe Nogueira Piramo (4), Pedro Augusto Batista Chaves (5). (1, 3, 4, 5) Estudante de Graduação em Engenharia Agronômica pela Unesp Câmpus Experimental de Registro e Bolsistas de Extensão PROEx; (2) Professor Assistente Doutor da Unesp/Registro.

Palavras Chave: soberania alimentar, extensão rural, sustentabilidade.

Introdução

As ações de extensão realizadas pelos alunos do Grupo de Agroecologia CATAIA teve a finalidade de difundir o cultivo da Moringa Oleífera, uma planta arbórea com conteúdo significativo em proteínas, vitaminas e minerais, com teores nutricionais que se

sobressai entre as olerícolas consagradas, que também é considerada uma das melhores leguminosas perenes.

Objetivos

O objetivo do projeto foi de monitorar desenvolvimento da Moringa Oleífera no Vale do Ribeira e promover uma fonte nutritiva de fácil cultivo para uma alimentação saudável junto às famílias de bairros carentes do município de Registro. Todas as atividades desenvolvidas para o manejo do cultivo da Moringa visaram o incentivo da produção local e a modificação do ambiente familiar para estimular a adoção de hábitos alimentares saudáveis, de cultivar seu próprio alimento e a prevenir o aumento dos casos desnutrição, obesidade e de doenças crônico-degenerativas, consequências diretas de erros alimentares e inatividade física.

Material e Métodos

A metodologia desenvolvida para a realização das atividades consistiu em plantar e monitorar o desenvolvimento da Moringa a fim de poder transmitir os conhecimentos de adaptação local, utilizando do cultivo dessa planta para adaptação de técnicas de transformação social. Foram realizadas reuniões com o grupo de Agroecologia Cataia com ênfase sobre a propagação do consumo de plantas alimentícias não convencionais e as utilidades da Moringa, além da distribuição de sementes e mudas em bairros carentes de Registro, onde se abordava sobre a alimentação saudável e seus benefícios via um processo de transição agroecológica e da segurança alimentar.

Resultados e Discussão

Houve a compreensão da importância de uma alimentação saudável, na medida em que a própria comunidade além de usufruir da produção rica em nutrientes e vitaminas provindas da Moringa, obtinham os saberes sob o cultivo da mesma ao mesmo tempo em que eram enfatizados temas como a segurança e a soberania alimentar.

Figura 1. Moradora do bairro Vila São Francisco, Registro-SP.

Conclusões

Pode-se estimular a produção de alimentos sadios e de melhor qualidade biológica com adaptação de tecnologias de produção ambientalmente amigáveis, potencializando processos de inclusão social e de fortalecimento da cidadania, por meio de ações integradas onde continham as dimensões: ética, social, política, cultural, econômica e ambiental da sustentabilidade.

Agradecimentos

PROEX, Grupo de Agroecologia CATAIA ____________________

Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional – LOSAN (Lei nº 11.346, de 15 de setembro de 2006)

REICHER, L. J.; GOMES, J. C. C. A produção agroecológica como estratégia de segurança e soberania alimentar na agricultura familiar. Cadernos de Agroecologia, v. 8, n. 2, nov. 2013

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Câmpus Experimental de Registro

III Encontro de Extensão Universitária da UNESP Câmpus Experimental de Registro

Arborizar é Preciso Carolina Denardi Rissi, Prof. Dr. Marcelo Vieira Ferraz, Profª Dra. Francisca Alcivânia de Melo Silva. UNESP Campus Experimental de Registro, Registro/SP, Engenharia Agronômica, [email protected], bolsista de extensão. Palavras Chave: Arborização urbana, planejamento, meio ambiente.

Introdução

A arborização urbana é caracterizada por proporcionar benefícios na qualidade de vida populacional. Cidades bem arborizadas geram conforto e bem-estar para os cidadãos em que nela vivem, contribuindo também para uma melhoria social e principalmente ambiental dos municípios, gerando estabilidade climática, melhoria na qualidade do ar e na redução da poluição sonora e visual. Para que isso ocorra, é de suma importância que os municípios adotem de um bom planejamento, a fim de determinar as melhores espécies a serem inseridas no espaço urbano, com o objetivo de prevenir problemas relacionados a rede de água e esgoto, elétrica e dos passeios. Desta forma, o presente estudo está sendo realizado no município de Cananéia, localizado no extremo litoral sul do estado de São Paulo inserido em meio à Mata Atlântica.

Objetivos

Realizar a caracterização das atuais espécies presentes na arborização do município, bem como suas condições biológicas e de seu entorno, através de uma tabela de levantamento ambiental para árvores localizadas em calçadas, praças e parques nos bairros da região central de Cananéia-SP.

Material e Métodos

O projeto está sendo realizado através de coletas de dados das árvores encontradas nas calçadas, parques e praças da região central do município de Cananéia, com o auxílio de uma tabela de levantamento, contendo dados pertinentes a localização e identificação das árvores, como endereço, bairro, latitude e longitude, nome popular e científico; interferências, bem como largura da rua e calçada, presença de placas de sinalização, distância da planta ao poste e presença de fiação; dimensões da planta, como altura total e da primeira ramificação e DAP; estado e equilíbrio geral, presença de lesões e ecologia e as condições gerais do entorno, determinando a localização desta árvore, o tipo de pavimentação onde está inserida, se há presença de vandalismo, colo pavimentado e manilha ou pneu em sua base.

Para a coleta desses dados são utilizados uma suta florestal de 80cm a fim de realizar a medição do DAP, uma trena de 10m e aplicativos de celular que disponibilizam a latitude, longitude e altura das árvores.

Resultados e Discussão

Baseado nas observações notou-se que ocorreu a prevalência da espécie Ficus benjamina (60,32%) que é uma espécie exótica. As demais espécies observadas em Cananéia SP eram nativas como: Handroanthus crysotrichus (7,94%), Handroanthus roseaalba Ridl. (9,52%), Tibouchina granulosa (6,75%) e Bauhinia forticata (15,87%). Notou-se que a largura da calçada na área estuda variou de 1,0 a 2,50 m no máximo. As árvores como um todo apresentavam-se em boas condições fitossanitárias, e sem sinais de vandalismo, porém a grande maioria apresentava o colo pavimentado o que dificultava os tratos culturais.

Conclusões

Até o momento das coletas, a maioria das árvores presentes em calçadas, praças e parques do município de Cananéia/SP são de Ficus benjamina, espécie exótica que acarreta diversos problemas estruturais onde estão inseridas. Sendo assim, se faz necessário a substituição das mesmas por espécies que sejam adequadas para arborização urbana. Um planejamento da arborização urbana da cidade de Cananéia-SP se faz necessário.

Agradecimentos

Agradecemos a Proex pela bolsa concedida e ao Diretor do Meio Ambiente Érick Willy Weissenberg Batista pelo trabalho e dedicação.

___________ CECCHETTO, Carise Ticiane; CHRISTMANN, Sara Simon;

OLIVEIRA, Tarcísio Dorn de. ARBORIZAÇÃO URBANA:

IMPORTÂNCIA E BENEFÍCIOS NO PLANEJAMENTO

AMBIENTAL DAS CIDADES. Disponível em:

<https://www.unicruz.edu.br/mercosul/pagina/anais/2014/DIREIT

O A UMA MORADIA ADEQUADA/ARTIGO/ARTIGO -

ARBORIZACAO URBANA IMPORTANCIA E BENEFICIOS NO

PLANEJAMENTO AMBIENTAL DAS CIDADES.PDF>. Acesso

em: 19 ago. 2017.

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Câmpus Experimental de Registro

III Encontro de Extensão Universitária da UNESP Câmpus Experimental de Registro

Floricultura: Levando qualidade à pequena propriedade Rayrah Esperidião da Silva, Carolina Denardi Rissi, Prof. Dr. Marcelo Vieira Ferraz, Profa. Dra. Francisca Alcivânia de Melo Silva. Campus Experimental de Registro, Registro – SP, Engenharia Agronômica, rayrah_es@hotmail, bolsista de extensão Proex

Palavras Chave: Educação, Paisagismo, produção

Introdução

O Vale do Ribeira, situado ao sul do estado de São Paulo, detém a grande parte do remanescente de Mata Atlântica do Brasil, concentrando as maiores Unidades de Conservação (UCs) do Brasil. Com grande quantidade de pequenos produtores de plantas ornamentais e próxima a Mata Atlântica, fica evidente a necessidade de se pesquisar plantas com potencial ornamental para que as mesmas sejam inseridas no mercado e também explicar a estes pequenos agricultores a importância da padronização das mudas produzidas na formação de preço do produto final, contribuindo para o desenvolvimento regional da floricultura e preservação de espécies.

Objetivos

O objetivo deste trabalho foi fornecer orientação aos pequenos produtores de mudas e plantas ornamentais do Vale do Ribeira sobre a importância da padronização de mudas para seu negócio e também coletar informações a respeito de suas propriedades para elaborar palestras e orientar os produtores em suas futuras produções.

Material e Métodos

O projeto foi realizado em etapas, sendo na primeira, a realização de duas oficinas no Sindicato Rural de Registro, contando com alunos, funcionários e professores da comunidade. Na segunda, houveram representantes do SENAR de Sete Barras, AFLOVAR (Associação dos Produtores de Flores, Mudas e Plantas do Vale do Ribeira), professores da UNESP de Registro, funcionários das Prefeituras Municipais de Registro e produtores de plantas ornamentais da região. Na segunda etapa foram feitos convites aos moradores, produtores, funcionários e alunos, para assistirem a duas palestras realizadas no Sindicato Rural de Registro, qual apontou a importância de se estruturar a cadeia produtiva das plantas ornamentais para a região e a importância da padronização de mudas para a melhoria de qualidade dos produtos. Distribuição de questionários no início e ao final das palestras e oficinas, para avaliar o conhecimento dos

participantes, sendo este composto pelos seguintes itens: identificação do produtor, tais como nome, idade, telefone, e-mail, sexo, última série cursada, área, endereço e coordenadas da propriedade; a quem o produtor recorre e sua frequência quando há problema na propriedade; realização e última de análise de solo feita e se segue as recomendações de correção; frequência e utilização de implementos e insumos agrícolas; predominância de plantas na produção em % e o local de cultivo; destino preferencial e escoamento em % da produção; número de colaboradores fixos, sendo esses familiares ou contratados e a possível existência de contratação eventual de mão de obra, quantidade de colaboradores e o momento de contratá-los.

Resultados e Discussão

A AFLOVAR tem apenas vinte e cinco sócios ativos em sua associação. Observou-se que apenas 7 produtores (28,00%) responderam ao questionário. Destes 42,86% fazem analise de solo, 100,00% calagem, 71,43% adubação foliar, 100,00% adubação convencional. Com relação a escritura da propriedade 100,00% são donos das mesmas. Já com relação a produção de mudas 71,43% se utilizam de tubetes, 57,14% bandejas e 71,43% fazem a produção a campo se utilizando do trator com utilização de implemento. Em campo aberto se produz 85,71%, telados 28,57% e casa de vegetação 14,29%.

Conclusões

A maioria dos produtores não realiza análise de solo, faz produção em campo aberto e a não participa de forma ativa da AFLOVAR.

Agradecimentos

À Proex pela bolsa concedida a discente Rayrah Esperidião da Silva. ____________________ 1 SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Planejamento e

Desenvolvimento Regional. Caracterização Socioeconômica de

São Paulo- Região Administrativa de Registro. São Paulo:

SPDR, 2012. Disponível em:

<http://www.planejamento.sp.gov.br/noti_anexo/files/uam/trabalh

os/Registro.pdf>. Acesso em: 19/08/2017.

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Câmpus Experimental de Registro

III Encontro de Extensão Universitária da UNESP Câmpus Experimental de Registro

Conscientizando produtores feirantes sobre o manejo integrado de doenças de plantas Jonas Akenaton Venturineli Pagassini, Luis Carlos Ferreira de Almeida, Maria Cândida de Godoy Gasparoto. Universidade Estadual Paulista “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”, Campus de Registro.

[email protected]

Palavras-chave: Agricultura familiar, Vale do Ribeira, MID

Introdução

O manejo integrado de doenças (MID) baseia-se no controle que contempla várias técnicas, as quais são selecionadas e combinadas a partir dos parâmetros econômicos, sociológicos, ecológicos e funcionais. Podem ser aplicadas sequencialmente e/ou simultaneamente, objetivando-se manter os níveis de incidência e severidade da doença abaixo do nível de dano econômico.¹ A obtenção de informações sobre as culturas e as

principais medidas adotadas pelos agricultores para o controle de doenças nessas culturas é uma etapa fundamental no processo dialógico e conscientizador entre academia e agricultor.²

Objetivos

Objetivou-se conhecer o perfil dos produtores rurais e seus produtos nas feiras de Registro/SP para aplicação de ferramentas conscientizadoras do MID.

Material e Métodos

Visitas periódicas às feiras no município de Registro (SP) ocorreram ao longo do projeto. No primeiro período, dialogou-se com as lideranças para apresentação do projeto. Elaborou-se e aplicou-se um questionário para obtenção de informações sobre idade, escolaridade, frequência na busca por acessoria técnica e tipo de acessoria, culturas principais, doenças principais, tipos e frequências de controle de doenças, conhecimento do MID e instrução sobre o MID. Nas visitas às feiras, os produtores foram orientados sobre doenças e seus controles. Na Unesp - Registro, foi realizada uma palestra com o público para orientações do MID para as principais culturas e doenças relatadas.

Resultados e Discussão

As principais culturas comercializadas nas feiras de Registro (SP) são hortaliças (folhosas e frutíferas), e ornamentais (Figura 1).

Inserir as figuras no espaço que achar conveniente. Figura 1. Principais culturas comercializadas nas feiras (Registro/SP, 2016) As principais formas de controle de doenças

adotadas foram: eliminação de plantas doentes, eliminação de restos culturais, rotação de culturas, variedades resistentes e fungicidas. As informações levantadas mostram que a compreensão do conceito de MID são incipientes.

Conclusões

Existe uma grande diversificação de culturas comercializadas nas feiras de produtores de Registro/SP, e os produtores feirantes , ainda que de forma empírica, conhecem preceitos do MID, sendo necessário ampliação destes conceitos.

Agradecimentos

À PROEX, pela bolsa e financiamento concedidos. ____________________ ¹EMBRAPA – Empresa Brasileira de Agropecuária. Capacitação de Profissionais da Extensão Rural em Manejo Integrado de Insetos-praga (MIP) e de Doenças (MID) Associadas à cultura do Milho no Brasil. Pac Embrapa, Sete Lagoas. 2010. 2LOMBARDI, A. C. Análise-diagnóstico dos Sistemas Agrários no Território do Vale do Ribeira/SP. Dissertação de Mestrado, UNESP, São Paulo. 2016.

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Câmpus Experimental de Registro

III Encontro de Extensão Universitária da UNESP Câmpus Experimental de Registro

UM OLHAR PARA AS CRIANÇAS DO CAMPO: INSTRUMENTO DE ENSINO-APRENDIZAGEM PARA AS BOAS PRÁTICAS NO USO DOS AGROTÓXICOS.

Izabella Victoriano de Souza, Gláucia M. P. Pavarini, Leonardo Fernandes Rosada, Carla A. L. Biazioli, Carolina D. Rissi, João Vicente C. Nunes. Universidade Estadual Paulista (UNESP), Campus de Registro, Curso de Engenharia Agronômica. (Bolsas Proex). [email protected]

Palavras Chave: Educação ambiental, instrumentos de aprendizagem, agrotóxicos.

Introdução

A região do Vale do Ribeira é produtora de banana com o uso de agrotóxicos frequente, havendo pouca informação dos aplicadores no processo de preparo e aplicação em todas as suas etapas, podendo causar problemas ao meio ambiente e saúde. Quando as embalagens rígidas laváveis de agrotóxicos são adequadamente tríplice lavadas, os riscos de contaminação humana, dos animais domésticos e de criação e do meio ambiente diminuem e aparecem os benefícios1. Entretanto, não existe muita a conscientização destas pessoas. Neste contexto, o projeto “Mulheres como agentes multiplicadoras do uso

correto e seguro dos agrotóxicos no Vale do Ribeira”2, viu na criança uma alternativa interessante, uma vez que esta tem um papel muito importante na sociedade e no elo de sua família. Sua capacidade de aprender e de repassar seus conhecimentos é intensa, com seu carisma e insistência.

Objetivos

Avaliar novos instrumentos de ensino e aprendizagem com crianças da zona rural sobre o uso de agrotóxicos.

Material e Métodos

Juntamente com a apresentação da peça de teatro de fantoches chamada “Vamos cuidar de Floquinho”, que foi reeditada em 2016, materiais didáticos como painéis e jogos foram confeccionados para ensinar as crianças sobre o uso correto e seguro de agrotóxicos e usados durante as oficinas infanto-juvenis. Estes envolveram diversos conceitos, voltados para o uso correto de agrotóxicos nas propriedades rural, como: identificação e cuidados com as embalagens de agrotóxicos, limpeza e destinação das embalagens vazias, perigos a saúde do homem e ao meio ambiente e a utilização correta dos equipamentos de proteção individual, visando o público infanto-juvenil, e contando com a participação de docentes, alunos bolsistas e voluntários. Assim, os alunos elaboraram novos materiais didáticos como cenários para a estória como: Flores e rio, horta com pragas e aplicação de agrotóxicos, frascos com as classes toxicológicas, equipamento de proteção individual, tríplice lavagem e etapas de aplicação dos agrotóxicos. Para avaliar o aprendizado foi elaborado diferentes jogos: quebra-cabeças, jogo dos erros e acertos e identificação da ordem das etapas de trabalho. Estes tiveram por objetivo estimular o aprendizado, desenvolver a atenção e a coordenação motora, recordar

o que foi ensinado, favorecer a atuação da memória e desenvolver diferentes habilidades do pensamento como: observação, comparação, analise e sintetização.

Resultados e Discussão

A confecção de um material didático para aprimoramento do aprendizado como a confecção de novos painéis, jogos educativos e brinquedos de educação ambiental apresentou grande relevância, sendo possível observar o envolvimento e dedicação das crianças com relação aos conceitos expostos.

Figura 1. Painéis apresentados e explicados para as crianças sobre o uso correto e seguro dos agrotoxicos no campo. Fonte: Souza - Registro, 2016.

Alguns depoimentos das crianças foram gravados e anexados, como por exemplo: “os jogos são divertidos”; “os jogos são interessantes”; “foi legal aprender sobre os insetos e os

cuidados com o veneno”, “a cor vermelha é o mais perigoso por isso ele está no topo da pirâmide”, “a roupa é importante

para não ter problema de saúde”, “tem que lavar as

embalagens três vezes, para ficarem bem limpinhas” dentre outras respostas positivas.

Conclusões

As apresentações da peça teatral agregada ao uso de materiais interativos utilizados nas oficinas infanto-juvenis mostram-se bastante promissoras para a transferência do conhecimento sobre os cuidados a serem tomados com os agrotóxicos em relação ao meio ambiente e à saúde humana. Constatou-se a aprendizagem do conteúdo abordado, através dos depoimentos e aceitabilidade quanto à participação nas oficinas.

Agradecimentos

Ao Fundo Estadual de Recursos Hídricos e Pró-Reitoria de Extensão Universitária da UNESP, alunos, colaboradores e entidades dos municípios de Juquiá, Miracatu, Pariquera-Açú e Registro. __________________________________________________ 1PAVARINI, G. M. P.; PAVARINI, R. Método didático: demonstração prática da eficiência da lavagem de embalagens vazias de agrotóxicos. Nucleus: Revista Cientifica da Fundação Educacional de Ituverava. V. 9.N.2.In:http://www.nucleus.feituverava.com.br/index.php/nucleus/article/view/643/986. Acesso em 20 de agosto de 2017. 2PAVARINI, G. M. P.; PAVARINI, R. et al. Mulheres como agentes multiplicadoras do Uso Correto e Seguro dos Agrotóxicos no Vale do Ribeira.Rev. Cienc. Ext. v. 9, n.3., p.186-187. 2013. ISSn 1679-4605.

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