Análise comportamental da cultura - parte 1

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Análise Comportamental da Cultura – Análise Comportamental da Cultura – Parte 2 Parte 2 Prof. Márcio Borges Moreira Instituto Walden4, IESB | www.walden4.com.br

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Análise Comportamental da Cultura – Análise Comportamental da Cultura – Parte 2Parte 2

Prof. Márcio Borges MoreiraInstituto Walden4, IESB | www.walden4.com.br

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Práticas Culturais e Aprendizagem de Comportamentos Sociais

“O paralelismo entre evolução biológica e a cultural se rompe ao nos depararmos com a questão da transmissão. Não há nada semelhante ao mecanismo cromossomo-gene na transmissão de um costume cultural. A evolução da cultura é lamarckiana no sentido de que os costumes adquiridos são transmitidos. (...) Ainda que haja uma ruptura no paralelismo entre a evolução biológica e a cultural quanto à transmissibilidade, a noção de uma evolução cultural permanece válida. Novos costumes surgem e tendem a ser transmitidos se contribuem para a sobrevivência daqueles que os praticam. (p. 100). (...) Uma cultura não é o produto de uma ‘mente coletiva’ ou a expressão de um ‘desejo geral’. Nenhuma sociedade se inicia com um contrato social, nenhum sistema econômico com idéia de trocas ou salários, nenhuma estrutura familiar com a compreensão das vantagens da coabitação. Uma cultura evolui quando novos costumes favorecem a sobrevivência daqueles que a fazem”. (Skinner, 1971/1983, p. 99-101).

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Práticas Culturais e Aprendizagem de Comportamentos Sociais

Aprendizagem Social versus Aprendizagem Individual

Distinção apenas aparente

O processos comportamentais são os mesmos

Ambiente inanimado versus ambiente social

Modelação

Aprendizagem por imitação

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Práticas Culturais e Aprendizagem de Comportamentos Sociais

Aprendizagem Social versus Aprendizagem Individual

Exposição direta às contingências

SA:RSC

O comportamento modelado na contingência pode ser “inconsciente”

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Práticas Culturais e Aprendizagem de Comportamentos Sociais

Aprendizagem Social versus Aprendizagem Individual

Comportamento governado por regras

Regras: estímulos especificadores de contingências

O comportamento governado por regras pode ser considerado como o comportamento sob controle de estímulos verbais que especificam a contingência

Estímulos alteradores de função

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Práticas Culturais e Aprendizagem de Comportamentos Sociais

As regras possuem um papel muito importante na manutenção do comportamento até que as conseqüências atrasadas objetivadas possam ser experimentadas

O reforçamento social fornece as conseqüências que mantêm o comportamento sob controle de regras até o momento em que as conseqüências a longo prazo possam ser distinguidas (Glenn, 1986; Todorov, 1987).

As mudanças desejadas no comportamento acontecem tão lentamente e tão distribuídas ao longo do tempo, que a mediação social parece ser fundamental para que elas ocorram (Glenn, 1986). Exemplo: “Estude para ser alguém na vida.”

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Skinner, 1953

“Se formos capazes de explicar o comportamento de pessoas em grupo sem usar nenhum termo novo ou sem pressupor nenhum novo processo ou princípio [que não aqueles utilizados numa análise do comportamento individual], teremos demonstrado uma promissora simplicidade nos dados. Isto não significa que então as ciências sociais irão inevitavelmente formular suas generalizações em termos do comportamento individual, pois um outro nível de descrição pode também ser válido, e pode ser bem mais conveniente” (Skinner, 1953, p. 298).

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Comportamento Social e Ambiente Social

Ambiente social

Outros membros da mesma espécie (ou o comportamento de outros membros da mesma espécie)

Ambiente não Social

Mundo inanimado

Seres vivos de outras espécies

“O ambiente social (...) apresenta todos os aspectos de um ambiente não social, como, por exemplo, estímulos antecedentes e conseqüências, com a peculiaridade desses aspectos poderem ser estabelecidos por outras pessoa” (p. 54)

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Comportamento Social e Ambiente Social

Comportamento social

“a ação sobre o ambiente pode ser indireta, por meio da mediação

de outras pessoas” (p. 54)

Comportamento verbal

“o comportamento de duas ou mais pessoas uma em relação à outra

ou em conjunto em relação ao ambiente comum” (Skinner,

1953/1994, p. 326).

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Interações organismo-ambiente

Comportamento respondente

(contingência SR)

Comportamento operante

(contingência tríplice)

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Interações organismo-ambiente

Interações operante-respondente

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Interações organismo-ambiente

Recorrência do comportamento

(comportamento selecionado)

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Interações organismo-ambiente

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Interações organismo-ambiente

Comportamento social – Contingências de reforço

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Interações organismo-ambiente

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O estudo do comportamento social

Analisar fenômenos sociais não é a mesma coisa

que analisar a soma das contingências individuais

dos participantes do grupo, dado que os efeitos da

ação em conjunto não podem ser alcançados

somente com a participação de um único indivíduo

ou sem a participação dos outros

Os princípios que regulam o comportamento social

são os mesmos que regulam o comportamento não

social

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Práticas Culturais e Aprendizagem de Comportamentos Sociais

Glenn (2003, 2004) chama atenção para o fato, já abordado por Skinner (1953/2000), de que a distinção entre eventos sociais e não sociais tem levado alguns autores a fazer uma diferenciação entre aprendizado individual e aprendizado social, como envolvendo diferentes processos de aprendizagem. É dito que se requer uma disciplina especial, como a ciência social, por causa dessa aparente ruptura. Mas essa distinção confunde processo e conteúdo comportamentais. Todo aprendizado é individual no sentido de que o lócus da aprendizagem está na relação individual entre o organismo e o ambiente. O caráter social ou não dos eventos ambientais é uma questão de conteúdo e não do processo pelo qual o ambiente afeta o comportamento. Os processos comportamentais são os mesmos, independente do ambiente selecionador do comportamento ser social ou não. (p. 56)

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Práticas Culturais e Aprendizagem de Comportamentos Sociais

Modelação (imitação)

“(...) comportar-se como o outro se comporta, como no caso da

imitação, tem grande probabilidade de ser reforçador, seja por obter

reforçadores positivos ou por evitar conseqüências aversivas” (p.

56).

“A imitação é crucial para o desenvolvimento de muitas práticas

culturais sofisticadas, pois muitas atividades culturais específicas

são passadas de uma geração para a outra através da imitação

(Glenn, 1991; Mattaini, 1996a)” (p. 56).

http://www.youtube.com/watch?v=L5HgzE10Zss

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Práticas Culturais e Aprendizagem de Comportamentos Sociais

Modelação (imitação)

“Atos de imitação, como instâncias primárias de um repertório, constituem-se como uma boa maneira para variantes comportamentais aparecerem, sendo depois selecionados pelas contingências operantes.” (p. 56).

“(...) um elemento necessário para a origem de culturas é a replicação de comportamentos operantes através de repertórios sucessivos, nos quais os comportamentos dos anteriores funcionam como parte do ambiente comportamental para os aprendizes posteriores (Glenn, 2003; Mattaini, 1996a).” (p. 56).

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Práticas Culturais e Aprendizagem de Comportamentos Sociais

Exposição direta às contingências (modelagem)

“O organismo atua diretamente sobre o ambiente e obtém as

conseqüências diretas dessa ação” (p. 57).

“O comportamento modelado na contingência pode ser

“inconsciente”, no sentido de que o organismo que se comporta

não sabe descrever as variáveis das quais o seu comportamento é

função” (p. 57).

http://www.youtube.com/watch?v=gDHxNdDQD-c

http://www.youtube.com/watch?v=I_ctJqjlrHA

Page 21: Análise comportamental da cultura - parte 1

Práticas Culturais e Aprendizagem de Comportamentos Sociais

Exposição direta às contingências (modelagem)

História de reforçamento

Reforço positivo

Reforço negativo

Punição

Extinção

Operações estabelecedoras

Privação – Saciação

Estimulação aversiva

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Práticas Culturais e Aprendizagem de Comportamentos Sociais

Análise funcional

http://www.youtube.com/watch?

v=8sNToD25XRE

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Práticas Culturais e Aprendizagem de Comportamentos Sociais

Comportamento governado por regras

Definição:

Estímulos especificadores de contingências

Descrição de contingências

Se... Então...

“(...) comportamento governado por regras pode ser considerado

como o comportamento sob controle de estímulos verbais que

especificam a contingência (...)” (p. 58)

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Práticas Culturais e Aprendizagem de Comportamentos Sociais

Comportamento governado por regras

As regras são estímulos verbais que funcionam,

muitas vezes, como estímulos discriminativos com

alta probabilidade de influenciar o comportamento

do ouvinte, em um conjunto de contingências de

reforço (Baum, 1995; Glenn, 1987; Skinner,

1969/1984).

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Práticas Culturais e Aprendizagem de Comportamentos Sociais

Comportamento governado por regras

Alguns autores destacam a função das regras como

‘estímulos alteradores de função’ uma vez que

podem alterar a função de outros estímulos –

discriminativos, neutros e reforçadores – descritos

pela regra (Albuquerque, 2001; Mistr & Glenn, 1992;

Sanabio & Abreu-Rodrigues, 2002; Schlinger, 1993)

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Práticas Culturais e Aprendizagem de Comportamentos Sociais

Mallot (1988) argumenta que o comportamento governado por regras tem grande importância dentro das contingências comportamentais dos indivíduos de uma cultura, tendo um papel principal na evolução e manutenção dos padrões culturais. Em geral, o comportamento governado por regras é aprendido mais rapidamente do que o comportamento modelado pelas contingências. Por isso, este comportamento é crucial na aprendizagem de comportamentos envolvidos nas práticas culturais (Mattaini, 1996a).

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Práticas Culturais e Aprendizagem de Comportamentos Sociais

Exposição às contingências

Imitação Regra

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Contingência, Descrições e Consciência

AA AA AA

certo

AA AA AA

errado

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Contingência, Descrições e Consciência

11 11 11

errado

11 11 11

certo

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Contingência, Descrições e Consciência

SD R Sr

AA“tocar no” certo

S∆ R

AA“tocar no” errado

SD R Sr

11“tocar no” certo

S∆ R

11“tocar no” errado

Regras:

Na presença de “A”

“tocar no vermelho” é

correto

Na presença de “1”

“tocar no verde” é

correto

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O comportamento de pessoas em grupo

“Todo comportamento, como visto anteriormente, implica em uma história de relação entre o organismo e seu ambiente. Alguns aspectos do ambiente podem tornar-se efetivos no estabelecimento de ocasiões que aumentem a probabilidade de uma resposta: correspondem aos estímulos. Outros aspectos são importantes quando contingentes a uma resposta: permitem o fortalecimento de uma classe: é o que se entende por ‘conseqüências do comportamento’. Portanto, o ambiente é crucial para a análise de qualquer tipo de comportamento. Desta forma, ao analisarmos um comportamento considerado ‘social’ devemos buscar as relações do organismo com seu ambiente, e, nesse caso, os outros organismos são importantes como parte desse ambiente.” (p. 59).

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O comportamento de pessoas em grupo

“Para compreendermos o comportamento de pessoas em grupo, os membros do grupo são parte da relação que constitui o comportamento. Assim, o comportamento dos membros do grupo pode passar a ter a função de estímulos discriminativos ou de reforços. Nesse sentido, a mesma análise proposta para o estudo das variáveis que permitiram a evolução dos comportamentos no primeiro e segundo níveis pode ser feita para a análise do comportamento de pessoas em grupo. Peculiaridades no terceiro nível de seleção (o campo das contingências culturais) serão obviamente descritas. Mesmo sinalizando um terceiro nível de seleção, o comportamento social definido por Skinner (1953, p. 297) como – comportamento de duas ou mais pessoas em relação a uma outra ou em combinação com relação a um ambiente comum – é o comportamento de indivíduos, embora de indivíduos em um grupo.” (p. 59)

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O comportamento de pessoas em grupo

As condições em que se encontra o agente reforçador podem alterar a maneira como este ‘fornece’ as conseqüências reforçadoras para a pessoa cujo comportamento está sendo reforçado. Assim, uma resposta pode ser seguida de diferentes efeitos ou vários tipos de respostas podem levar a um mesmo efeito. Em uma interação social, as conseqüências do comportamento de uma pessoa dependem, portanto, das condições momentâneas do agente reforçador. Entretanto, a história de reforço na interação entre o agente reforçador e a pessoa cujo comportamento está sendo reforçado não é descartada, uma vez que o comportamento não está relacionado apenas com suas conseqüências imediatas.Uma criança pode, por exemplo, discriminar momentos mais adequados para fazer pedidos aos pais. Ela pode discriminar que quando seu pai chega em casa muito tarde (alta probabilidade de estar cansado) seus comportamentos de ‘pedir algo’ podem não ser seguidos por conseqüências reforçadoras, enquanto se o pai retorna cedo para casa, o comportamento de ‘pedir algo’ tem maior probabilidade de ser reforçado. Segundo Skinner (1953), essa característica do reforço social possibilitou ao comportamento social ser mais extenso e mais flexível às mudanças adventícias do ambiente, comparados aos comportamentos em um ambiente não-social. (p. 60)

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O comportamento de pessoas em grupo

Outra diferença decorre do fato que em sua grande maioria os reforços sociais apresentam-se em esquemas intermitentes. Por exemplo, um comportamento mantido por um esquema de razão variável (em que uma conseqüência reforçadora segue-se a uma resposta apenas se ela for apresentada uma média de ‘x’ vezes) pode apresentar uma alta freqüência de respostas. O grupo, então, pode dizer que o comportamento é ‘bem sucedido’. Vários exemplos podem ser observados, como o da criança que tem de fazer um pedido aos pais ‘x’ vezes até que eles reforcem seu comportamento. Em algumas situações o número de respostas pode ser abaixo da média (como quando os pais não estão cansados) ou em outras acima da média (quando os pais estão cansados). Segundo Skinner (1953), o efeito observado em comportamentos sociais é uma maior resistência desse comportamento à extinção do que em comportamentos não mediados pelas outras pessoas. Se o comportamento social apresenta-se em um ambiente em que o arranjo dos reforçadores ocorre de maneiras relativamente ‘instáveis’ (comparando-se ao ambiente mecânico), as pessoas tendem a persistir mesmo quando o comportamento não é reforçado. As ‘causas’ novamente estariam na história de reforço do organismo, nesse caso, principalmente em função dos esquemas de reforço em que uma resposta foi modelada. (p. 60)

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O comportamento de pessoas em grupo

Contingências de reforço estabelecidas em um ambiente social podem mudar lentamente. No exemplo descrito com a criança, uma vez que os pais tornam-se mais ‘tolerantes’ à estimulação aversiva dos pedidos da criança, esta pode passar a ter que responder em uma razão cada vez mais elevada para que seu comportamento seja reforçado. Pessoas que trabalham sendo pagas de acordo com sua produtividade podem, por exemplo, com as mudanças nas contingências, ter de apresentar um número de respostas cada vez mais elevado. Skinner (1953) salienta que os esquemas intermitentes, se mal utilizados, podem levar a um certo tipo de ‘escravidão humana’. (p. 61)

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O comportamento de pessoas em grupo

Uma outra peculiaridade do reforço social consiste no fato de que em ambiente social raramente o ‘sistema reforçador’ é independente do comportamento reforçado. Isso quer dizer que as mudanças no comportamento da pessoa cujo comportamento está sendo reforçado afetam o comportamento do agente reforçador e este pode modificar completamente as contingências de reforço. No exemplo citado anteriormente, a criança precisava apresentar um número ‘x’ de respostas para ser reforçada e, com a ‘tolerância’ dos pais à estimulação aversiva dos pedidos, o número de respostas que a criança deveria apresentar elevou-se. Mas, mudanças no comportamento da criança poderiam modificar o esquema de razão com o qual seus pais forneciam as conseqüências reforçadoras. Se a criança apresentasse comportamentos classificados como de tristeza, por exemplo, esses pais poderiam reforçar o comportamento da criança a partir de uma pequena taxa de respostas. (p. 61)

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Características gerais na evolução do comportamento verbal

“Skinner (1981) defende que o principal fator que deve

ter possibilitado a evolução dos ambientes sociais foi a

evolução do comportamento verbal, o que

provavelmente foi possível quando a musculatura

vocal na espécie humana tornou-se também sensível

ao controle operante.” (p. 64)

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Características gerais na evolução do comportamento verbal

Conhecimento socialmente construído

Representações sociais

Tatos e intraverbais

“(a) se o controle social do tatear ficar fortemente controlado por um grupo que não necessariamente reforça o relatar correto do ambiente; (b) se os intraverbais nos domínios do conhecimento forem reforçados por um grupo, como eram anteriormente, como tatos; e (c) se as consequências funcionais generalizadas tornarem-se tão generalizadas que passem a manter o tatear de uma forma não discriminativa (Guerin, 1992, p. 1426-1427).”

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A evolução da cultura

“Para Skinner (1971/1972), a cultura poderia ser entendida como os costumes de um grupo de indivíduos, e costumes ou práticas culturais são comportamentos de indivíduos em grupo. Para o autor, não existem idéias ou valores de uma cultura em um nível diferente de observação do proposto por uma ciência natural. O que se pode observar são os comportamentos de indivíduos e são esses comportamentos que constituem as práticas de uma cultura. As ‘idéias’ de uma cultura seriam, em uma análise skinneriana, as contingências sociais ou os comportamentos produzidos por essas contingências; e os ‘valores’, os reforçadores relacionados.” (p. 67).