Andre Luiz - Francisco C Xavier - Nosso Lar - Estudo Comentado

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NOSSO LAR – ESTUDO COMENTADO Página 1 de 633 ÍNDICE Série André Luiz__________________________________ Novo Amigo________________________________________ Bibliografia Correlata – Prefacio_______________ Comentario! – Prefacio__________________________ #ocabulario___________________________________ $undo %e &egenera'(o__________________________ Pergunta! – Prefacio____________________________ Conclu!(o +!tudo – Prefacio_____________________ ,ra!e! + A-ontamento! .m-ortante!_____________ $en!agem %e André Luiz____________________________ Bibliografia Correlata 0 $en!agem .nicial_______ Comentario! 0 $en!agem .nicial__________________ #ocabulario___________________________________ Pergunta! 0 $en!agem .nicial____________________ Conclu!(o +!tudo 0 $en!agem .nicial_____________ ,ra!e! + A-ontamento! .m-ortante!_____________ 1 Na! ona! .nferiore!___________________________ Bibliografia Correlata 0 Ca-itulo 1_____________ Comentario! 0 Ca-itulo 1________________________ #ocabulario___________________________________ 4 Livro! do! +!-5rito!________________________ 67ue!t8e! 1 / A 1*39 0 A Alma A-:! A $orte____ 67ue!t8e! 1* A 129 0 Se-ara'(o %a Alma + %o Pergunta! 0 Ca-itulo 1__________________________ Conclu!(o +!tudo 0 Ca-itulo 1___________________ &e!umo do Ca-5tulo____________________________ ,ra!e! + A-ontamento! .m-ortante!_____________ 2 Clar;ncio______________________________________ Bibliografia Correlata – Ca-itulo 2_____________ Comentario! – Ca-itulo 2________________________ 4 Livro do! +!-5rito!_________________________ 67ue!t8e! 13 A 1*9 0 Perturba'(o +!-iritual_ Impisa – (Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavr

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AMA, TRABALHA, ESPERA E PERDOA

NOSSO LAR ESTUDO COMENTADOPgina

87 de 617

NDICE12Srie Andr Luiz

13Novo Amigo

16Bibliografia Correlata Prefacio

17Comentarios Prefacio

17Vocabulario

18Mundo De Regenerao

25Perguntas Prefacio

27Concluso Estudo Prefacio

27Frases E Apontamentos Importantes

29Mensagem De Andr Luiz

31Bibliografia Correlata - Mensagem Inicial

32Comentarios - Mensagem Inicial

32Vocabulario

32Perguntas - Mensagem Inicial

33Concluso Estudo - Mensagem Inicial

33Frases E Apontamentos Importantes

3401 Nas Zonas Inferiores

38Bibliografia Correlata - Capitulo 1

39Comentarios - Capitulo 1

39Vocabulario

40O Livros dos Espritos

40(Questes 149 A 153) - A Alma Aps A Morte

41(Questes 154 A 162) - Separao Da Alma E Do Corpo

42Perguntas - Capitulo 1

47Concluso Estudo - Capitulo 1

47Resumo do Captulo

48Frases E Apontamentos Importantes

4902 Clarncio

54Bibliografia Correlata Capitulo 2

55Comentarios Capitulo 2

55O Livro dos Espritos

55(Questes 163 A 165) - Perturbao Espiritual

55(Questes 237 A 256) - Percepes, Sensaes E Sofrimentos Dos Espritos

58(Questo 257) - Ensaio Terico Da Sensao Nos Espritos

58Perguntas Capitulo 2

61Concluso Estudo - Capitulo 2

61Resumo do Captulo

6203 A Orao Coletiva

67Bibliografia Correlata Capitulo 3

67Comentarios Capitulo 3

68Perguntas Capitulo 3

70Concluso Estudo - Capitulo 3

70Resumo do Captulo

7204 O Mdico Espiritual

77Bibliografia Correlata Capitulo 4

77Comentarios Capitulo 4

78O Livro dos Espritos

78(Questes 943 A 957) - Desgosto Da Vida. Suicdio

80Perguntas Capitulo 4

85Concluso Estudo - Capitulo 4

85Resumo do Captulo

8605 Recebendo Assistncia

90Bibliografia Correlata - Capitulo 5

91Comentarios - Capitulo 5

91O Livro dos Espritos

91(Questes 93 A 95) - Perisprito

92Perguntas - Capitulo 5

93Concluso Estudo - Capitulo 5

93Resumo do Captulo

93Frases E Apontamentos Importantes

9506 Precioso Aviso

99Bibliografia Correlata - Capitulo 6

100Comentarios - Capitulo 6

100O Livro dos Espritos

100(Questes 304 A 319) - Recordao Da Existncia Corprea

104Perguntas - Capitulo 6

107Concluso Estudo - Capitulo 6

107Resumo Do Capitulo 6

108Frases E Apontamentos Importantes

10907 Explicaes De Lsias

113Bibliografia Correlata - Capitulo 7

114Comentarios - Capitulo 7

114O Livro dos Espritos

114(Questes 592 A 610) - Os Animais E O Homem

116Perguntas - Capitulo 7

119Concluso Estudo - Capitulo 7

119Resumo Do Capitulo 7

120Frases E Apontamentos Importantes

12108 Organizao De Servios

125Bibliografia Correlata - Capitulo 8

125Comentarios - Capitulo 8

126O Livro dos Espritos

126(Questes 558 A 584) - Das Ocupaes E Misses Dos Espritos

129(Questes 674 A 681) - Necessidade Do Trabalho

130(Questes 682 A 685) - Limite Do Trabalho. Repouso

131Perguntas - Capitulo 8

133Concluso Estudo - Capitulo 8

133Resumo do Captulo

134Frases E Apontamentos Importantes

13509 Problema De Alimentao

139Bibliografia Correlata - Capitulo 9

140Comentarios - Capitulo 9

140O Livro dos Espritos

140(Questes 702 A 703) - Instinto De Conservao

141(Questes 704 A 710) - Meios De Conservao

142(Questes 718 A 727) - Privaes Voluntrias. Mortificaes

143(Questes 728 A 736) - Destruio Necessria E Destruio Abusiva

144Perguntas - Capitulo 9

145Concluso Estudo - Capitulo 9

145Resumo do Captulo

14710 No Bosque Das guas

151Bibliografia Correlata - Capitulo 10

152Comentarios - Capitulo 10

152Perguntas - Capitulo 10

153Concluso Estudo - Capitulo 10

153Resumo do Captulo

153Frases E Apontamentos Importantes

15511 Notcias Do Plano

159Bibliografia Correlata - Capitulo 11

160Comentarios - Capitulo 11

161O Livro dos Espritos

161(Questes 674 A 681) - Necessidade Do Trabalho

161Perguntas - Capitulo 11

163Concluso Estudo - Capitulo 11

163Resumo do Captulo

16412 O Umbral

169Bibliografia Correlata - Capitulo 12

169Comentarios - Capitulo 12

169O Livro dos Espritos

169(Questes 223 A 233) - Espritos Errantes

171(Questes 274 A 290) - As Relaes No Alm Tmulo

173Perguntas - Capitulo 12

174Concluso Estudo - Capitulo 12

174Resumo do Capitulo

175Frases E Apontamentos Importantes

17713 No Gabinete Do Ministro

182Bibliografia Correlata - Capitulo 13

183Comentarios - Capitulo 13

183O Livro dos Espritos

184(Questes 489 A 521) - Anjos De Guarda. Espritos Protetores, Familiares Ou Simpticos

187Perguntas - Capitulo 13

188Concluso Estudo - Capitulo 13

188Resumo do Captulo

189Frases E Apontamentos Importantes

19014 Elucidaes De Clarncio

195Bibliografia Correlata - Capitulo 14

196Comentarios - Capitulo 14

196O Livro dos Espritos

196(Questes 629 A 646) - O Bem E O Mal

198Perguntas - Capitulo 14

201Concluso Estudo - Capitulo 14

201Resumo do Captulo

201Frases E Apontamentos Importantes

20315 A Visita Materna

208Bibliografia Correlata - Capitulo 15

208Comentarios - Capitulo 15

209Perguntas - Capitulo 15

210Concluso Estudo - Capitulo 15

210Resumo do Captulo

211Frases E Apontamentos Importantes

21316 Confidncias

218Bibliografia Correlata - Capitulo 16

219Comentarios - Capitulo 16

219Perguntas - Capitulo 16

221Concluso Estudo - Capitulo 16

221Resumo do Captulo

221Frases E Apontamentos Importantes

22317 Em Casa De Lsias

227Bibliografia Correlata - Capitulo 17

228Comentarios - Capitulo 17

228O Livro dos Espritos

228(Questes 114 A 127) - Progresso Dos Espritos

230Perguntas - Capitulo 17

232Concluso Estudo - Capitulo 17

232Resumo do Captulo

232Frases E Apontamentos Importantes

23418 Amor, Alimento Das Almas

238Bibliografia Correlata - Capitulo 18

239Comentarios - Capitulo 18

239O Livro dos Espritos

239(Questes 1 A 3) - Deus E O Infinito

240(Questes 4 A 9) - Provas Da Existncia De Deus

240(Questes 10 A 13) - Atributos Da Divindade

241(Questes 291 A 303) - Relaes De Simpatia E De Antipatia Entre Os Espritos. Metades Eternas

243Perguntas - Capitulo 18

244Concluso Estudo - Capitulo 18

244Resumo do Captulo

244Frases E Apontamentos Importantes

24719 A Jovem Desencarnada

252Bibliografia Correlata - Capitulo 19

253Comentarios - Capitulo 19

253Perguntas - Capitulo 19

256Concluso Estudo - Capitulo 19

256Resumo do Captulo

256Frases E Apontamentos Importantes

25720 Noes De Lar

262Bibliografia Correlata - Capitulo 20

262Comentarios - Capitulo 20

263O Livro dos Espritos

263(Questes 817 A 822) - Igualdade Dos Direitos Do Homem E Da Mulher

264Perguntas - Capitulo 20

265Concluso Estudo - Capitulo 20

265Resumo do Captulo

265Frases E Apontamentos Importantes

26821 Continuando A Palestra

272Bibliografia Correlata Capitulo 21

273Comentarios - Capitulo 21

273O Livro dos Espritos

273(Questes 880 A 885) - Direito De Propriedade. Roubo

274Perguntas - Capitulo 21

277Concluso Estudo - Capitulo 21

277Resumo do Captulo

278Frases E Apontamentos Importantes

27922 O Bnus-Hora

285Bibliografia Correlata - Capitulo 22

285Comentarios - Capitulo 22

286O Livro Dos Espritos

286(Questes 806 A 807) - Desigualdades Sociais

286(Questes 808 A 813) - Desigualdades Das Riquezas

287(Questes 814 A 816) - As Provas De Riquezas E De Misria

287Perguntas - Capitulo 22

288Concluso Estudo - Capitulo 22

288Resumo do Captulo

289Frases E Apontamentos Importantes

29123 Saber Ouvir

296Bibliografia Correlata Capitulo 23

296Comentarios - Capitulo 23

297Perguntas - Capitulo 23

297Concluso Estudo - Capitulo 23

297Resumo do Captulo

298Frases E Apontamentos Importantes

29924 O Impressionante Apelo

304Bibliografia Correlata - Capitulo 24

304Comentarios - Capitulo 24

304O Livro dos Espritos

304(Questes 742 A 745) - Guerras

305Perguntas - Capitulo 24

306Concluso Estudo - Capitulo 24

306Resumo do Captulo

307Frases E Apontamentos Importantes

30825 Generoso Alvitre

312Bibliografia Correlata Capitulo 25

313Comentarios E Perguntas Capitulo 25

313Concluso Estudo - Capitulo 25

313Frases E Apontamentos Importantes

31526 Novas Perspectivas

320Bibliografia Correlata Capitulo 26

320Comentarios E Perguntas Capitulo 26

321Concluso Estudo - Capitulo 26

321Frases E Apontamentos Importantes

32227 O Trabalho, Enfim

328Bibliografia Correlata Capitulo 27

328Comentarios E Perguntas Capitulo 27

329Concluso Estudo - Capitulo 27

329Frases E Apontamentos Importantes

33228 Em Servio

337Bibliografia Correlata Capitulo 28

337Comentarios E Perguntas Capitulo 28

337Concluso Estudo - Capitulo 28

337Frases E Apontamentos Importantes

34129 A Viso De Francisco

346Bibliografia Correlata Capitulo 29

346Comentarios E Perguntas Capitulo 29

346Concluso Estudo - Capitulo 29

346Frases E Apontamentos Importantes

34830 Herana E Eutansia

354Bibliografia Correlata Capitulo 30

354Comentarios E Perguntas Capitulo 30

355Concluso Estudo - Capitulo 30

355Frases E Apontamentos Importantes

35731 Vampiro

364Bibliografia Correlata

364Comentarios E Perguntas

366Concluso Estudo - Capitulo 31

367Frases E Apontamentos Importantes

36832 Notcias De Veneranda

373Bibliografia Correlata Capitulo 32

374Comentarios E Perguntas Capitulo 32

374Vocabulario

376Concluso Estudo - Capitulo 32

377Frases E Apontamentos Importantes

37833 Curiosas Observaes

383Bibliografia Correlata

384Comentarios E Perguntas

389Concluso Estudo - Capitulo 33

390Frases E Apontamentos Importantes

39234 Com Os Recm-Chegados Do Umbral

397Bibliografia Correlata

398Comentarios E Perguntas

404Concluso Estudo - Capitulo 34

404Frases E Apontamentos Importantes

40535 Encontro Singular

410Bibliografia Correlata

410Comentarios E Perguntas

411Concluso Estudo - Capitulo 35

411Frases E Apontamentos Importantes

41236 O Sonho

418Bibliografia Correlata

418Comentarios E Perguntas

419Concluso Estudo - Capitulo 36

420Frases E Apontamentos Importantes

42437 A Preleo Da Ministra

431Bibliografia Correlata Capitulo 37

431Comentarios E Perguntas Capitulo 37

431Concluso Estudo - Capitulo 37

431Frases E Apontamentos Importantes

43538 O Caso Tobias

442Bibliografia Correlata Capitulo 38

443Comentarios E Perguntas Capitulo 38

443Concluso Estudo - Capitulo 38

443Frases E Apontamentos Importantes

44539 Ouvindo A Senhora Laura

450Bibliografia Correlata Capitulo 39

451Comentarios E Perguntas Capitulo 39

454Concluso Estudo - Capitulo 39

454Frases E Apontamentos Importantes

45640 Quem Semeia Colher

462Bibliografia Correlata Capitulo 40

462Comentarios E Perguntas Capitulo 40

462Concluso Estudo - Capitulo 40

463Frases E Apontamentos Importantes

46441 Convocados Luta

470Bibliografia Correlata Capitulo 41

471Comentarios E Perguntas Capitulo 41

471Concluso Estudo - Capitulo 41

471Frases E Apontamentos Importantes

47342 A Palavra Do Governador

479Bibliografia Correlata Capitulo 42

479Comentarios E Perguntas Capitulo 42

479Concluso Estudo - Capitulo 42

479Frases E Apontamentos Importantes

48243 Em Conversao

487Bibliografia Correlata Capitulo 43

488Comentarios E Perguntas Capitulo 43

488Concluso Estudo - Capitulo 43

488Frases E Apontamentos Importantes

49144 As Trevas

496Bibliografia Correlata Capitulo 44

497Comentarios E Perguntas Capitulo 44

498Concluso Estudo - Capitulo 44

498Frases E Apontamentos Importantes

50145 No Campo Da Msica

508Bibliografia Correlata Capitulo 45

508Comentarios E Perguntas Capitulo 45

509Concluso Estudo - Capitulo 45

509Frases E Apontamentos Importantes

51046 Sacrifcio De Mulher

515Bibliografia Correlata Capitulo 46

516Comentarios E Perguntas Capitulo 46

517Concluso Estudo - Capitulo 46

517Frases E Apontamentos Importantes

51947 A Volta De Laura

524Bibliografia Correlata Capitulo 47

525Comentarios E Perguntas Capitulo 47

525Concluso Estudo - Capitulo 47

525Frases E Apontamentos Importantes

52748 Culto Familiar

534Bibliografia Correlata Capitulo 48

535Comentarios E Perguntas Capitulo 48

536Concluso Estudo - Capitulo 48

536Frases E Apontamentos Importantes

53849 Regressando A Casa

544Bibliografia Correlata Capitulo 49

544Comentarios E Perguntas Capitulo 49

545Concluso Estudo - Capitulo 49

545Frases E Apontamentos Importantes

54750 Cidado De "Nosso Lar"

553Bibliografia Correlata Capitulo 50

554Comentarios E Perguntas Capitulo 50

555Concluso Estudo - Capitulo 50

555Frases E Apontamentos Importantes

557Notas Biogrficas Sobre Andr Luiz

561Quem Foi Andr Luiz - Luciano Dos Anjos

564Andr Luiz Faustino Monteiro Esposel

567Delfina Esposel.

579Quem Eram Os Silveiras?

581Respostas Sobre A Identificao De Andr Luiz

601Imagem Descritiva De Faustino M Esposel

604Outras Referncias.

606Personagens Citados

614Termos Pouco Usados

615Vocabulario

Srie Andr Luiz1. Nosso Lar

2. Os Mensageiros

3. Missionrios da Luz

4. Obreiros da Vida Eterna

5. No Mundo Maior

6. Agenda Crist

7. Libertao

8. Entre a Terra e o Cu

9. Nos Domnios da Mediunidade

10. Ao e Reao

11. Evoluo em Dois Mundos

12. Mecanismos da Mediunidade

13. Conduta Esprita

14. Sexo e Destino

15. Desobsesso

16. E a Vida Continua...

Novo AmigoOs prefcios, em geral, apresentam autores, exaltando-lhes o mrito e comentando-lhes a personalidade.

Aqui, porm, a situao diferente.

Embalde os companheiros encarnados procurariam o mdico Andr Luiz nos catlogos da conveno.

Por vezes, o anonimato filho do legtimo entendimento e do verdadeiro amor. Para redimirmos o passado escabroso, modificam-se tabelas da nomenclatura usual na reencarnao.

Funciona o esquecimento temporrio como bno da Divina Misericrdia.Andr precisou, igualmente, cerrar a cortina sobre si mesmo.

por isso que no podemos apresentar o mdico terrestre e autor humano, mas sim o novo amigo e irmo na eternidade.

Por trazer valiosas impresses aos companheiros do mundo, necessitou despojar-se de todas as convenes, inclusive a do prprio nome, para no ferir coraes amados, envolvidos ainda nos velhos mantos da iluso. Os que colhem as espigas maduras, no devem ofender os que plantam a distncia, nem perturbar a lavoura verde, ainda em flor.

Reconhecemos que este livro no nico. Outras entidades j comentaram as condies da vida, alm-tmulo...

Entretanto, de h muito desejamos trazer ao nosso crculo espiritual algum que possa transmitir a outrem o valor da experincia prpria, com todos os detalhes possveis legtima compreenso da ordem que preside o esforo dos desencarnados laboriosos e bem intencionados, nas esferas invisveis ao olhar humano, embora intimamente ligadas ao planeta.

Certamente que numerosos amigos sorriro ao contato de determinadas passagens das narrativas. O inabitual, entretanto, causa surpresa em todos os tempos. Quem no sorriria, na Terra, anos atrs, quando se lhe falasse da aviao, da eletricidade, da radiofonia?

A surpresa, a perplexidade e a dvida so de todos os aprendizes que ainda no passaram pela lio. mais que natural, justssimo. No comentaramos, desse modo, qualquer impresso alheia. Todo leitor precisa analisar o que l.

Reportamo-nos, pois, to somente ao objetivo essencial do trabalho.

O Espiritismo ganha expresso numrica. Milhares de criaturas interessam-se pelos seus trabalhos, modalidades, experincias. Nesse campo imenso de novidades, todavia, no deve o homem descurar de si mesmo.No basta investigar fenmenos, aderir verbalmente, melhorar a estatstica, doutrinar conscincias alheias, fazer proselitismo e conquistar favores da opinio, por mais respeitvel que seja, no plano fsico. indispensvel cogitar do conhecimento de nossos infinitos potenciais, aplicando-os, por nossa vez, nos servios do bem.O homem terrestre no um deserdado. filho de Deus, em trabalho construtivo, envergando a roupagem da carne; aluno de escola benemrita, onde precisa aprender a elevar-se. A luta humana a sua oportunidade, a sua ferramenta, o seu livro.O intercmbio com o invisvel um movimento sagrado, em funo restauradora do Cristianismo puro; que ningum, todavia, se descuide das necessidades prprias, no lugar que ocupa pela vontade do Senhor.

Andr Luiz vem contar a voc, leitor amigo, que a maior surpresa da morte carnal a de nos colocar face a face com a prpria conscincia, onde edificamos o cu, estacionamos no purgatrio ou nos precipitamos no abismo infernal; vem lembrar que a Terra oficina sagrada, e que ningum a menosprezar, sem conhecer o preo do terrvel engano a que submeteu o prprio corao.Guarde a experincia dele no livro dalma. Ela diz bem alto que no basta criatura apegar-se existncia humana, mas precisa saber aproveit-la dignamente; que os passos do cristo, em qualquer escola religiosa, devem dirigir-se verdadeiramente ao Cristo, e que, em nosso campo doutrinrio, precisamos, em verdade, do ESPIRITISMO e do ESPIRITUALISMO, mas, muito mais, de ESPIRITUALIDADE. - EMMANUEL Pedro Leopoldo, 03 de outubro de 1943.

Bibliografia Correlata Prefacio

Comentarios PrefacioVocabulario

BenemritaQue ou quem merece o bem; digno de receber honras, prmios ou louvores por servios prestados. Ilustre.

CogitarPensar demoradamente, com insistncia. Planejar, ter o propsito de; cuidar. Refletir, pensar.

DescurarNo tratar de, no cuidar, descuidar, abandonar, desprezar.

DespojarPrivar do que revestia, adornava ou cobria; despir; desnudar.

EmbaldeInutilmente, em vo.

Escabrosorduo, difcil, Inconveniente, indecoroso, indecente.

InabitualO que no habitual.

MenosprezarFazer pouco caso de; desdenhar, menoscabar.

OutremOs outros, o prximo, outra gente.

PerplexidadeCircunstncia ou estado de perplexo. Estado de quem demonstra hesitao, diante de uma situao complexa, em que no se sabe qual deciso tomar. (do latim: perplexitas.atis)

ProselitismoConverter pessoas determinada religio. Zelo ou diligncia em fazer proslitos.

Proslito - Pessoa que abjurava suas crenas para adotar a religio judaica.

RedimirResgatar, readquirir, libertar do cativeiro, do poder do inimigo, salvar, livrar das penas do inferno, expiar, remir os seus pecados.

Mundo De Regenerao

A dvida, sobre as condies da vida aps a morte, apresentada por um cardiologista nos chamou a ateno. Diversas pessoas j nos fizeram a mesma questo e outros nos confessaram que iriam deixar para ler o livro "Nosso Lar" depois que melhor estivessem inteirados das verdades bsicas da Doutrina Esprita. Esta a conduta pedaggica correta, pelo menos para os que no so afeioados da Fsica.

Lembramos Antonie van Leewenhoek (1632-1723) que descreveu, com auxlio de microscpios ticos, o mundo invisvel dos micrbios, aos seus contemporneos:

"Recebi em minha casa, diversos cavalheiros, que estavam ansiosos por ver os micrbios do vinagre. Alguns deles ficaram to enojados do espetculo, que juraram nunca mais usar vinagre. Mas o que seria se, se contasse a essa gente que existem mais germes na boca humana, vivendo na escuma junto aos dentes, do que homens em todo o reino?"

Algumas pessoas respondem da mesma forma (nunca mais usar vinagre) diante da realidade do esprito imortal. Admitem a sua existncia, mas no querem pensar nas condies da vida aps a morte.

Se no como Andr Luiz escreve, atravs do mdium Francisco Cndido Xavier, como ser? bom lembrar a universalidade do ensino dos espritos. Diversos mdiuns tambm confiveis, em pontos diferentes do globo, descrevem relatos parecidos e coincidentes. Como coincidentes e parecidos so os relatos das pessoas que tiveram a experincia autoscpica.

Aparentemente morto o indivduo chega ao hospital. Algum tempo depois seu corao recomea a bater. Depois contam as histrias de suas mortes. a experincia de morte iminente, onde h extraordinria percepo de vises, sons e acontecimentos que a pessoa tem, quando clinicamente morta, prxima ao retorno impossvel.

to real que um paciente aps ter tido uma experincia dessas, escondeu dos mdicos, mas nos segredou: " No acredito em vida aps a morte, eu sei.

Algumas publicaes tcnicas j focalizaram o fenmeno especificamente. Numa delas h 116 entrevistas em cinco anos.

Lembram de sua breve passagem do outro lado - 40%.

Tiveram experincia autoscpica - flutuando sobre a mesa operatria ou campo de batalha, vendo seus prprios corpos sem vida - 30%.

Tiveram experincias transcendentais- 50%.

So 100% de relatos parecidos e coincidentes, mas suas declaraes no se vinculam a influncias de religies, seitas, ocupao, raa ou sexo.

A alma, antes apresentada como um dogma de f pelas religies e que a filosofia nos mostrava por palavras, hoje uma realidade traduzida por diversas evidncias cientficas sugestivas. Onde ficam "depositadas" depois que perderam seus corpos fsicos, uma vez que no perdem a individualidade?

Para onde foi e de onde veio Katie King (esprito) aps despedir-se de Florence Cook (mdium) nas memorveis experincias de William Crookes?

Com "paranormais" obtivemos uma "epidemia de informaes" semelhantes s de Andr Luiz.

O Professor Hiroshi Motoyama, japons, mdico, em sua tese para o stimo Congresso Internacional de Parapsicologia (1975) apresentou a "Mquina chacra", com grande contribuio da eletrnica. Com o aparelho Motoyama fez mapeamento dos meridianos da acupuntura. O mesmo mapeamento feito h mais de quatro mil anos pelos "mdiuns videntes" era absolutamente idntico.

Se no como Andr Luiz descreve como ser?

Os mdiuns muito tm contribudo para que possamos aprofundar-nos na verdadeira realidade. Um mdium permitiu ao esprito Bezerra de Menezes anunciar com antecedncia (1915) o advento do rdio e da televiso. Por isso foi considerado invigilante, convidado a orar e vigiar. O esprito foi doutrinado, como mistificador, perturbador da ordem e do bom senso.

Algumas pessoas j me disseram que no gostariam que fosse como Andr Luiz relata, porque ainda muito palpvel, muito material, muito semelhante ao nosso plano terrqueo. Gostariam talvez de ser uma leve e santa "fumacinha"!

A lgica a vida continuar, sem dar saltos, sem deixar o bom senso. Quem d saltos em a natureza o eletron, assim mesmo existem as famigeradas rbitas. O eletron deve ficar contrariado com estas leis!

No foram os mdiuns que anunciaram ao meio acadmico a descoberta da antimatria, mas sim os fsicos, que ainda suspeitam da existncia de mundos paralelos, universos dentro de universos. Ser que no existe elemento mais leve do que o hidrognio?

Foi a Fsica que nos trouxe os leptons, antileptons, quarks e antiquarks. Um Professor de Fsica da Universidade de Harvard comentou que "num raio de 10 elevado a -29 centmetros, isto , um centsimo de octilionsimo do centmetro, o mundo pode ser um lugar simples, com um s tipo de partcula elementar. A mediunidade nos fala de "fluido csmico universal".

O Nobel de Fsica que apontou o antiprton disse que "pelo que os fsicos atuais sabem, o antimundo seria idntico ao nosso mundo. Um antiovo teria o mesmo sabor de ovo, se fosse dado a um anti-homem.

Outro ganhador do prmio, ainda da Fsica, afirmou que "o mundo que observamos no seno uma minscula pelcula na superfcie da verdadeira realidade".

Foi em Stanford que se disse que as partculas obedeciam a um comando externo, com vontade prpria, confirmando-se o "Princpio da Incerteza" de Heisenberg. Surge a existncia de um estruturador de outro domnio, externo ao energtico. Agentes que atuam sobre a energia csmica, dando-lhes forma e vida, modulando-a em sua expanso.

O mdico Moody Jr. no seu livro - Reflexes sobre a vida depois da vida - opina que "estritamente dentro do contexto da cincia, talvez nunca venha a existir uma prova da existncia de vida aps a morte." Mas o que uma prova?

Para determinado tipo de indivduo dez ou mil provas no bastariam. Diante da prova final ("morte") fica sem nada entender.

Moody Jr. faz uma analogia: "embora quase todos ns acreditemos na existncia dos tomos, nunca houve uma prova dramtica do fato. Pelo contrrio, o que aconteceu parece ter sido um prolongado e histrico desenvolvimento do pensamento com relao a essas entidades hipotticas".

A nossa ansiedade nos faz desafiar uma pessoa, que passou pela experincia autoscpica, a provar que a morte do corpo no mata a vida. Por outro lado os que passaram por ela no parecem interessados em fornecer tal prova a terceiros. Um psiquiatra que teve tal experincia fez uma sntese: "pessoas que tiveram experincia sabem. Os outros devem esperar.

Afinal, o que gira em torno do qu, Galileu?

Perguntas PrefacioQue representa a existncia corprea para ns?

R.: A existncia corprea indispensvel ao progresso humano. A Terra oficina sagrada, e ningum a menosprezar, sem conhecer o preo do terrvel engano a que houver submetido o prprio corao. A experincia de Andr Luiz diz bem alto que no basta criatura apegar-se existncia humana, mas precisa saber aproveit-la dignamente.

O esquecimento temporrio no corpo fsico valido?

R.: Os seres humanos devem reconhecer que esto unidos aos valores gradativos da evoluo. Por essa razo, a meta do homem deve ser a de erguer no seu ntimo um verdadeiro santurio da fraternidade universal.

Quando fora do corpo, a alma est, normalmente, de posse de suas percepes. Quando reencarnado, o esprito passa pelo esquecimento temporrio de seu passado espiritual; experimenta, tambm, o bloqueio ou restrio, das suas percepes naturais. Entretanto, embora reencarnado, a acuidade perceptiva do esprito ser sempre funo do nvel evolutivo em que o mesmo se encontra.

A percepo de eventos, situaes ou pensamentos pode superar os limites do espao-tempo, permitindo ver o que se passa em outro lugar ou, ainda, o passado de determinada pessoa ou, at mesmo, seu futuro.

Dada a situao moral da Humanidade, no difcil imaginar os problemas que ocorreriam se dispusssemos livremente de informaes referentes ao passado e futuro, pelo que a Sabedoria Divina nos priva delas para facilitar a nossa caminhada na Terra.

Concluso Estudo PrefacioFrases E Apontamentos Importantes

A experincia de Andr Luiz diz bem alto que no basta criatura apegar-se existncia humana, mas precisa saber aproveit-la dignamente; que os passos do cristo devem dirigir-se verdadeiramente ao Cristo e que precisamos do Espiritismo e do Espiritualismo, mas, muito mais, de Espiritualidade. (Emmanuel, prefcio)

A maior surpresa da morte carnal a de nos colocar face a face com a prpria conscincia. (Emmanuel, prefcio)

A Terra oficina sagrada, e ningum a menosprezar, sem conhecer o preo do terrvel engano a que submeteu o prprio corao. (Emmanuel, prefcio)

indispensvel cogitar do conhecimento de nossos infinitos potenciais, aplicando-os, por nossa vez, nos servios do bem. (Emmanuel, prefcio)

O Espiritismo ganha dilatada expresso numrica. Milhares de criaturas interessam-se pelos seus trabalhos, modalidades, experincias. Nesse campo imenso de novidades, todavia, no deve o homem descurar de si mesmo. (Emmanuel, prefcio)

O homem terrestre no um deserdado. filho de Deus, em trabalho construtivo, aluno de escola benemrita, onde precisa aprender a elevar-se. A luta humana a sua oportunidade, a sua ferramenta, o seu livro. (Emmanuel, prefcio)

O intercmbio com o invisvel um movimento sagrado... Que ningum, todavia, se descuide das necessidades prprias, no lugar que ocupa pela vontade do Senhor. (Emmanuel, prefcio)

Todo leitor precisa analisar o que l. (Emmanuel, prefcio)

Quando o servidor est pronto, o servio aparece. (Frase constante do subttulo do livro, mas que foi pronunciada na verdade pelo ministro Gensio)

Mensagem De Andr LuizA vida no cessa. A vida fonte eterna e a morte jogo escuro das iluses.

O grande rio tem seu trajeto, antes do mar imenso.

Copiando-lhe a expresso, a alma percorre igualmente caminhos variados e etapas diversas, tambm recebe afluentes de conhecimentos, aqui e ali, avoluma-se em expresso e purifica-se em qualidade, antes de encontrar o Oceano Eterno da Sabedoria.

Cerrar os olhos carnais constitui operao demasiadamente simples.

Permutar a roupagem fsica no decide o problema fundamental da iluminao, como a troca de vestidos nada tem que ver com as solues profundas do destino e do ser.

Oh! Caminhos das almas, misteriosos caminhos do corao! mister percorrer-vos, antes de tentar a suprema equao da Vida Eterna! indispensvel viver o vosso drama, conhecer-vos detalhe a detalhe, no longo processo do aperfeioamento espiritual!...

Seria extremamente infantil a crena de que o simples "baixar do pano" resolvesse transcendentes questes do Infinito.

Uma existncia um ato.

Um corpo uma veste.

Um sculo um dia.

Um servio uma experincia.

Um triunfo uma aquisio.

Uma morte um sopro renovador.

Quantas existncias, quantos corpos, quantos sculos, quantos servios, quantos triunfos, quantas mortes necessitamos ainda?E o letrado em filosofia religiosa fala de deliberaes finais e posies definitivas!

Ai! Por toda parte, os cultos em doutrina e os analfabetos do esprito!

preciso muito esforo do homem para ingressar na academia do Evangelho do Cristo, ingresso que se verifica, quase sempre, de estranha maneira ele s, na companhia do Mestre, efetuando o curso difcil, recebendo lies sem ctedras visveis e ouvindo vastas dissertaes sem palavras articuladas.

Muito longa, portanto, nossa jornada laboriosa.

Nosso esforo pobre quer traduzir apenas uma ideia dessa verdade fundamental.

Grato, pois, meus amigos!

Manifestamo-nos, junto a vs outros, no anonimato que obedece caridade fraternal. A existncia humana apresenta grande maioria de vasos frgeis, que no podem conter ainda toda a verdade. Alis, no nos interessaria, agora, seno a experincia profunda, com os seus valores coletivos. No atormentaremos algum com a ideia da eternidade. Que os vasos se fortaleam, em primeiro lugar. Forneceremos, somente, algumas ligeiras notcias ao esprito sequioso dos nossos irmos na senda de realizao espiritual, e que compreendem conosco que "o esprito sopra onde quer".

E, agora, amigos, que meus agradecimentos se calem no papel, recolhendo-se ao grande silncio da simpatia e da gratido. Atrao e reconhecimento, amor e jbilo moram na alma. Crede que guardarei semelhantes valores comigo, a vosso respeito, no santurio do corao.

Que o Senhor nos abenoe.

ANDR LUIZ

Bibliografia Correlata - Mensagem Inicial

Comentarios - Mensagem InicialVocabulario

AfluenteCurso de gua que se lana em outro. Diz-se de um rio que se vai juntar a outro.

CtedraCadeira professoral; o mais alto posto da hierarquia do magistrio

Perguntas - Mensagem InicialComo Andr Luiz conceitua a vida e a morte?

R.: A vida no cessa, a vida fonte eterna e a morte o jogo escuro das iluses. Permutar a roupagem fsica no decide o problema fundamental da iluminao. Uma existncia um ato. Um corpo uma veste. Um sculo um dia. Um servio uma experincia. Um triunfo uma aquisio. Uma morte um sopro renovador. (Nosso Lar, Pginas. 13 e 14).

Concluso Estudo - Mensagem InicialFrases E Apontamentos Importantes

A vida no cessa. A vida fonte eterna e a morte o jogo escuro das iluses. (Andr Luiz, mensagem inicial)

preciso muito esforo do homem para ingressar na academia do Evangelho do Cristo. Muito longa, portanto, nossa jornada laboriosa. (Andr Luiz, mensagem inicial)

Permutar a roupagem fsica no decide o problema fundamental da iluminao. (Andr Luiz, mensagem inicial)

Uma existncia um ato. Um corpo uma veste. Um sculo um dia. Um servio uma experincia. Um triunfo uma aquisio. Uma morte um sopro renovador. (Andr Luiz, mensagem inicial)

01 Nas Zonas InferioresEu guardava a impresso de haver perdido a ideia de tempo.

A noo de espao esvara-me de h muito.

Estava convicto de no mais pertencer ao nmero dos encarnados no mundo e, no entanto, meus pulmes respiravam a longos haustos.

Desde quando me tornara joguete de foras irresistveis?

Impossvel esclarecer.

Sentia-me, na verdade, amargurado duende nas grades escuras do horror. Cabelos eriados, corao aos saltos, medo terrvel senhoreando-me, muita vez gritei como louco, implorei piedade e clamei contra o doloroso desnimo que me subjugava o esprito; mas, quando o silncio implacvel no me absorvia a voz estentrica, lamentos mais comovedores, que os meus, respondiam-me aos clamores. Outras vezes gargalhadas sinistras rasgavam a quietude ambiente.

Algum companheiro desconhecido estaria, a meu ver, prisioneiro da loucura. Formas diablicas, rostos alvares, expresses animalescas surgiam, de quando em quando, agravando-me o assombro. A paisagem, quando no totalmente escura, parecia banhada de luz alvacenta, como que amortalhada em neblina espessa, que os raios de Sol aquecessem de muito longe.

E a estranha viagem prosseguia... Com que fim? Quem o poderia dizer? Apenas sabia que fugia sempre... O medo me impelia de roldo. Onde o lar, a esposa, os filhos? Perdera toda a noo de rumo. O receio do ignoto e o pavor da treva absorviam-me todas as faculdades de raciocnio, logo que me desprendera dos ltimos laos fsicos, em pleno sepulcro!

Atormentava-me a conscincia: preferiria a ausncia total da razo, o no ser.

De incio, as lgrimas lavavam-me incessantemente o rosto e apenas, em minutos raros, felicitava-me a bno do sono.Interrompia-se, porm, bruscamente, a sensao de alvio. Seres monstruosos acordavam-me, irnicos; era imprescindvel fugir deles.Reconhecia, agora, a esfera diferente a erguer-se da poalha do mundo e, todavia, era tarde. Pensamentos angustiosos atritavam-me o crebro. Mal delineava projetos de soluo, incidentes numerosos impeliam-me a consideraes estonteantes. Em momento algum, o problema religioso surgiu to profundo a meus olhos. Os princpios puramente filosficos, polticos e cientficos, figuravam-me agora extremamente secundrios para a vida humana. Significavam, a meu ver, valioso patrimnio nos planos da Terra, mas urgia reconhecer que a humanidade no se constitui de geraes transitrias e sim de Espritos eternos, a caminho de gloriosa destinao.Verificava que alguma coisa permanece acima de toda cogitao meramente intelectual. Esse algo a f, manifestao divina ao homem.Semelhante anlise surgia, contudo, tardiamente. De fato, conhecia as letras do Velho Testamento e muita vez folheara o Evangelho; entretanto, era foroso reconhecer que nunca procurara as letras sagradas com a luz do corao. Identificava-as atravs da crtica de escritores menos afeitos ao sentimento e conscincia, ou em pleno desacordo com as verdades essenciais.

Noutras ocasies, interpretava-as com o sacerdcio organizado, sem sair jamais do crculo de contradies, onde estacionara voluntariamente.

Em verdade, no fora um criminoso, no meu prprio conceito. A filosofia do imediatismo, porm, absorvera-me. A existncia terrestre, que a morte transformara, no fora assinalada de lances diferentes da craveira comum.Filho de pais talvez excessivamente generosos conquistara meus ttulos universitrios sem maior sacrifcio, compartilhara os vcios da mocidade do meu tempo, organizara o lar, conseguira filhos, perseguira situaes estveis que garantissem a tranquilidade econmica do meu grupo familiar, mas, examinando atentamente a mim mesmo, algo me fazia experimentar a noo de tempo perdido, com a silenciosa acusao da conscincia.

Habitara a Terra, gozara-lhe os bens, colhera as bnos da vida, mas no lhe retribura ceitil do dbito enorme. Tivera pais, cuja generosidade e sacrifcios por mim nunca avaliei; esposa e filhos que prendera, ferozmente, nas teias rijas do egosmo destruidor.

Possura um lar que fechei a todos os que palmilhavam o deserto da angstia. Deliciara-me com os jbilos da famlia, esquecido de estender essa bno divina imensa famlia humana, surdo a comezinhos deveres de fraternidade.

Enfim, como a flor de estufa, no suportava agora o clima das realidades eternas. No desenvolvera os germes divinos que o Senhor da Vida colocara em minhalma. Sufocara-os, criminosamente, no desejo incontido de bem estar.

No adestrara rgos para a vida nova. Era justo, pois, que a despertasse maneira de aleijado que, restitudo ao rio infinito da eternidade, no pudesse acompanhar seno compulsoriamente a carreira incessante das guas; ou como mendigo infeliz, que, exausto em pleno deserto, perambula merc de impetuosos tufes.

Oh! Amigos da Terra! Quantos de vs podereis evitar o caminho da amargura com o preparo dos campos interiores do corao? Acendei vossas luzes antes de atravessar a grande sombra. Buscai a verdade, antes que a verdade vos surpreenda.

Suai agora para no chorardes depois.Bibliografia Correlata - Capitulo 1Celeiro De Bnos Joanna De Angelis Divaldo P FrancoCaptulo 57

Dimenses da Verdade - Joanna De Angelis Divaldo P FrancoMortos e mortos

Dimenses da Verdade - Joanna De Angelis Divaldo P FrancoAntes da desencarnao.

Estudos espritas - Joanna De Angelis Divaldo P FrancoCaptulo 7

Evoluo em Dois Mundos Andr Luiz Francisco C Xavier Waldo VieiraCaptulo XII

O Livro Dos Espritos (Allan Kardec)Questes 149 a 162

Oferenda - Joanna De Angelis Divaldo P FrancoSono e vida

Comentarios - Capitulo 1Estudo: A alma aps a morte.

A separao da Alma e do Corpo.

Vocabulario

CeitilMoeda antiga portuguesa que valia um sexto de real. Quantia insignificante, coisa de pequeno valor.

ComezinhosSimples, caseiro, trivial.

CraveiraInstrumento para medir a altura das pessoas (clientes, recrutas). Compasso com que o sapateiro toma as medidas do p.

DuendeEsprito sobrenatural, gnio fantstico, que se acreditava fazer travessuras pelas casas, durante a noite.

EstentricaDiz-se da voz forte. Estentrea.

IgnotoIgnorado, desconhecido.

JbiloGrande alegria, contentamento incontido.

Merc merc de (algum ou alguma coisa), ao sabor de, ao bel-prazer de, na dependncia da vontade de (algum).

PoalhaPoeira leve na atmosfera.

O Livros dos Espritos

(Questes 149 A 153) - A Alma Aps A Morte

149No instante da morte a alma volta ao mundo dos espritos donde se apartara por algum tempo.

150A alma, aps a morte, jamais perde sua individualidade.

AA alma comprova sua individualidade com um fluido haurido na atmosfera do planeta que mantm a sua aparncia.

BA alma nada leva seno lembranas doces ou amargas e o desejo de ir para um mundo melhor.

151A alma aps a morte no retorna ao todo universal. Quando estamos numa assemblia mantemos nossa individualidade

152A prova da individualidade da alma aps a morte est nas comunicaes que recebemos.

153Vida eterna a do esprito, a do corpo transitria.

AA vida dos espritos puros antes a felicidade eterna.

(Questes 154 A 162) - Separao Da Alma E Do Corpo

154O corpo quase sempre sofre mais durante a vida do que no momento da morte.

155A separao da alma e do corpo ocorre quando os laos que a retinham se rompem.

AEsta separao se d gradualmente. Os laos se desatam pouco a pouco, no se rompem.

156A separao definitiva pode ocorre antes da cessao completa da vida orgnica.

157Muitas vezes a alma sente o desprendimento e se esfora para ajudar e goza por antecipao do estado de esprito.

158A lagarta que se arrasta e depois da morte aparente na crislida renasce, nos d uma idia acanhada do que a morte.

159A sensao da alma aps a morte varia. Para o justo boa, para o que praticou o mal no .

160Muitas vezes, espritos nossos conhecidos, nos ajudam no desligamento e encontramos muitos que a tempo no vamos.

161Geralmente em caso de morte violenta a separao da alma e a cessao da vida ocorrem simultaneamente.

162Aps decapitao o homem conserva por minutos a conscincia de si, mas tambm tem casos de perda da conscincia.

Perguntas - Capitulo 1Como Andr Luiz descreve o umbral?

R.: Silncio implacvel, cortado s vezes por gargalhadas sinistras e uma paisagem, quando no totalmente escura, banhada de luz alvacenta, como que amortalhada em neblina espessa, essa era a regio em que Andr Luiz viveu por vrios anos, assediado por seres monstruosos e vultos negros que o acordavam irnicos e lhe dirigiam acusaes impensveis. Eis o que Andr diz do chamado Umbral no captulo inicial de seu primeiro livro. (Nosso Lar, Pginas. 17 a 21.)

Que razes levaram Andr Luiz a fracassar na existncia terrena?

R.: O prprio Andr afirma que a filosofia do imediatismo o absorvera no mundo. A existncia terrestre no fora assinalada de lances diferentes da craveira comum. Ele havia conquistado os ttulos universitrios sem maior sacrifcio e perseguira situaes estveis que garantissem a tranquilidade econmica do seu grupo familiar, mas no desenvolvera os germes divinos que o Senhor colocara em sua alma; ao contrrio, sufocara-os criminosamente, no desejo incontido de bem-estar. (Nosso Lar, pg. 19.)

No instante da morte a alma volta a ser:

XEsprito

Fantasma

Perisprito

Aps a morte:

A alma reingressa no Todo Universal

XO esprito conserva sua individualidade

O esprito participa do Todo Universal.

A Vida Eterna:

X a do esprito

a dos espritos puros, que j alcanaram a Perfeio e no necessitam mais reencarnar.

a vida do esprito aps a morte do corpo transitrio.

Na morte violenta:

A alma imediatamente reassume sua liberdade.

XO Esprito se solta pouco a pouco dos laos que o prendiam.

Os laos que prenderem a alma ao corpo se quebram bruscamente

Separao e desligamento da alma e do corpo so a mesma coisa. Voc concorda ou discorda? Porqu?

R.: Discordo. Separar no quer dizer, neste caso, desligar, que pode ocorrer mais tarde. (O livro dos espritos. questo 161)

A alma pode deixar o corpo antes da cessao completa da vida orgnica porque o corpo uma mquina que o corao poe em movimento.Voc concorda? Discorda? Por qu?

R.: Concordo. A alma pode deixar o corpo antes do cessar completo da vida orgnica. (O Livro dos Espritos, questo 156)

O esprita deve se habituar-se a utilizar termos corretos. Eis porque ao se referir ao fenmeno biolgico deve dizer desencarnao e no morte. Voc concorda? Discorda? Por qu?

R.: Discordo. Morte o fenmeno biolgico. Desencarnao o desligar dos laos da alma do corpo, o que pode ocorrer em outro tempo, no simultneo.

Fenmeno de transformao, mediante o qual se modificam as estruturas constitutivas dos corpos que sofrem ao de natureza qumica, fsica e microbiana determinantes dos processos cadavricos e abiticos, a morte o veculo condutor encarregado de transferir a mecnica da vida de uma para outra vibraoABITICO :

A perda prematura da vitalidade, ou degenerao de certas clulas ou tecidos sem causa externa aparente.

O mesmo que abiognese.

Um fenmeno atmosfrico invisvel que interfere na degenerao da clula, no momento da morte.

XUm processo que incompatvel com a vida, onde no se pode viver.

Enquanto os processos abiticos so substitudos por novas atividades bioqumicas, o cadver passando fase da desintegrao - autlise e putrefao -, o esprito que se educou para os labores de libertao encontra-se indene participao do desconcertante fenmeno de transformao celular, no ocorrendo o mesmo com aqueles que transformam o corpo em reduto de prazer ou catre de paixes de qualquer natureza,.AUTLISE :

XA autofagia ou autodestruio da clula pelas suas prprias enzimas hidrolisastes.

A fuso de gamelas do mesmo indivduo.

O mesmo que alogamia.

O poder de conservao que possui a clula por pertencer ao corpo de um indivduo dc car1ter nobre.

Atestando a continuidade da vida aps o tmulo, graas ao convvio mantido entre os homens e os imortais, o Espiritismo libertou a vida do guante da vndala destruidora. Exaltando a perenidade do existir em todas as latitudes do cosmo, na incessante progresso para o infinito.

GUANTE :

O mesmo que face horrenda, espectro morturio.

O nome com que se designa a foice mitolgica da morte.

xUma luva de ferro, na armadura antiga.

A vida carnal decorrncia da existncia do princpio espiritual e a vida poderia existir no esprito sem que houvesse aquela.

Voc concorda ou discorda? Por qu?

R.: Concordo. O esprito pode e existe independente da vida carnal.

Concluso Estudo - Capitulo 1Resumo do Captulo

Descrio fantstica do local onde o Autor Espiritual se encontrou aps a desencarnao. Sentia-se permanentemente em viagem... Pouca claridade. Pavor por chacotas vindas de desconhecidos. Dificuldade para obter a bno do sono. Lgrimas permanentes. Esteve prximo loucura, prestes a perder a razo. Via seres monstruosos, irnicos, perturbadores... Recordaes da existncia terrena, quando gozava de prosperidade material e pais extremamente generosos.

Frases E Apontamentos Importantes

A humanidade no se constitui de geraes transitrias e sim de Espritos eternos, a caminho de gloriosa destinao. (Andr Luiz, cap. 1)

02 Clarncio"Suicida! Suicida! Criminoso! Infame!" gritos assim, cercavam-me de todos os lados. Onde os sicrios de corao empedernido? Por vezes, enxergava-os de relance, escorregadios na treva espessa e, quando meu desespero atingia o auge, atacava-os, mobilizando extremas energias. Em vo, porm, esmurrava o ar nos paroxismos da clera. Gargalhadas sarcsticas feriam-me os ouvidos, enquanto os vultos negros desapareciam na sombra.

Para quem apelar? Torturava-me a fome, a sede me escaldava.

Comezinhos fenmenos da experincia material patenteavam-me aos olhos. Crescera-me a barba, a roupa comeava a romper-se com os esforos da resistncia, na regio desconhecida. A circunstncia mais dolorosa, no entanto, no o terrvel abandono a que me sentia votado, mas o assdio incessante de foras perversas que me assomavam nos caminhos ermos e obscuros. Irritavam-me, aniquilavam-me a possibilidade de concatenar ideias. Desejava ponderar maduramente a situao, esquadrinhar razes e estabelecer novas diretrizes ao pensamento, mas aquelas vozes, aqueles lamentos misturados de acusaes nominais, desnorteavam-me irremediavelmente.

Que buscas, infeliz! Aonde vais suicida?

Tais objurgatrias, incessantemente repetidas, perturbavam-me o corao. Infeliz, sim; mas, suicida? Nunca! Essas increpaes, a meu ver, no eram procedentes. Eu havia deixado o corpo fsico a contragosto.

Recordava meu porfiado duelo com a morte. Ainda julgava ouvir os ltimos pareceres mdicos, enunciados na Casa de Sade; lembrava a assistncia desvelada que tivera, os curativos dolorosos que experimentara nos dias longos que se seguiram delicada operao dos intestinos. Sentia, no curso dessas reminiscncias, o contacto do termmetro, o pique desagradvel da agulha de injees e, por fim, a ltima cena que precedera o grande sono: minha esposa ainda jovem e os trs filhos contemplando-me, no terror da eterna separao. Depois... o despertar na paisagem mida e escura e a grande caminhada que parecia sem-fim.

Por que a pecha de suicdio, quando fora compelido a abandonar a casa, a famlia e o doce convvio dos meus? O homem mais forte conhecer limites resistncia emocional. Firme e resoluto a princpio, comecei por entregar-me a longos perodos de desnimo, e, longe de prosseguir na fortaleza moral, por ignorar o prprio fim, senti que as lgrimas longamente represadas visitavam-me com mais frequncia, extravasando do corao.

A quem recorrer? Por maior que fosse a cultura intelectual trazida do mundo, no poderia alterar, agora, a realidade da vida. Meus conhecimentos, ante o infinito, semelhavam-se a pequenas bolhas de sabo levadas ao vento impetuoso que transforma as paisagens. Eu era alguma coisa que o tufo da verdade carreava para muito longe. Entretanto, a situao no modificava a outra realidade do meu ser essencial. Perguntando a mim mesmo se no enlouquecera, encontrava a conscincia vigilante, esclarecendo-me que continuava a ser eu mesmo, com o sentimento e a cultura colhidos na experincia material. Persistiam as necessidades fisiolgicas, sem modificao. Castigava-me a fome todas as fibras, e, nada obstante, o abatimento progressivo no me fazia cair definitivamente em absoluta exausto. De quando em quando, deparavam-me verduras que me pareciam agrestes, em torno de humildes filetes dgua a que me atirava sequioso. Devorava as folhas desconhecidas, colava os lbios nascente turva, enquanto mo permitiam as foras irresistveis, a impelirem-me para a frente. Muita vez suguei a lama da estrada, recordei o antigo po de cada dia, vertendo copioso pranto. No raro, era imprescindvel ocultar-me das enormes manadas de seres animalescos, que passavam em bando, quais feras insaciveis. Eram quadros de estarrecer! Acentuava-se o desalento. Foi quando comecei a recordar que deveria existir um Autor da Vida, fosse onde fosse. Essa ideia confortou-me. Eu, que detestara as religies no mundo, experimentava agora a necessidade de conforto mstico. Mdico extremamente arraigado ao negativismo da minha gerao impunha-me atitude renovadora. Tornava-se imprescindvel confessar a falncia do amor-prprio, a que me consagrara orgulhoso.

E, quando as energias me faltaram de todo, quando me senti absolutamente colado ao lodo da Terra, sem foras para reerguer-me, pedi ao Supremo Autor da Natureza me estendesse mos paternais, em to amargurosa emergncia.Quanto tempo durou a rogativa? Quantas horas consagrei splica, de mos-postas, imitando a criana aflita? Apenas sei que a chuva das lgrimas me lavou o rosto; que todos os meus sentimentos se concentraram na prece dolorosa. Estaria, ento, completamente esquecido?No era, igualmente, filho de Deus, embora no cogitasse de conhecer-lhe a atividade sublime quando engolfado nas vaidades da experincia humana? Por que no me perdoaria o Eterno Pai, quando providenciava ninho s aves inconscientes e protegia, bondoso, a flor tenra dos campos agrestes?

Ah! preciso haver sofrido muito, para entender todas as misteriosas belezas da orao; necessrio haver conhecido o remorso, a humilhao, a extrema desventura, para tomar com eficcia o sublime elixir de esperana. Foi nesse instante que as neblinas espessas se dissiparam e algum surgiu, emissrio dos Cus. Um velhinho simptico me sorriu paternalmente. Inclinou--se, fixou nos meus os grandes olhos lcidos, e falou:

Coragem, meu filho! O Senhor no te desampara.Amargurado pranto banhava-me a alma toda. Emocionado, quis traduzir meu jbilo, comentar a consolao que me chegava, mas, reunindo todas as foras que me restavam, pude apenas inquirir:

Quem sois generoso emissrio de Deus?

O inesperado benfeitor sorriu bondoso e respondeu:

Chama-me Clarncio, sou apenas teu irmo.

E, percebendo o meu esgotamento, acrescentou:

Agora, permanece calmo e silencioso. preciso descansar para reaver energias.

Em seguida, chamou dois companheiros que guardavam atitude de servos desvelados e ordenou:

Prestemos ao nosso amigo os socorros de emergncia.

Alvo lenol foi estendido ali mesmo, guisa de maca improvisada, aprestando-se ambos os cooperadores a transportarem-me, generosamente.

Quando me alavam, cuidadosos, Clarncio meditou um instante e esclareceu como quem recorda inadivel obrigao:

Vamos sem demora. Preciso atingir "Nosso Lar" com a presteza possvel.

Bibliografia Correlata Capitulo 2Evoluo em Dois Mundos Andr Luiz Francisco C Xavier Waldo VieiraCaptulo XII

Intercambio Medinico Joo Cleofas Divaldo P FrancoCaptulo 58

Lampadrio Esprita - Joanna de ngelis Divaldo P FrancoCaptulo II

No limiar do Infinito - Joanna de ngelis Divaldo P FrancoCaptulo 13

O consolador Emmanuel Francisco c XavierPerguntas 147 a 150 e 152 154 - 156

O grande enigma Leon DenisCaptulo XV

O Livro Dos Espritos Allan KardecQuestes 163 a 165 - 237 a 257

Comentarios Capitulo 2Estudo: Perturbao Espiritual.

Vocabulario

SicriosAssassino contratado para cometer qualquer espcie de crime

EmpedernicoQue tem longa prtica de; inveterado: criminoso empedernido.Insensvel, desapiedado

O Livro dos Espritos

(Questes 163 A 165) - Perturbao Espiritual

163Aps deixar o corpo a alma passa algum tempo em estado de perturbao.

164A perturbao que se segue varivel, os mais evoludos se reconhecem quase imediatamente outros demoram.

165A prtica do bem, a conscincia pura e o conhecimento do espiritismo diminui o perodo de perturbao.

(Questes 237 A 256) - Percepes, Sensaes E Sofrimentos Dos Espritos

237De volta ao mundo dos espritos, a alma conserva as percepes que tinha, alm de outras de que no dispunha.

238Os espritos mais prximos da perfeio sabem mais, os inferiores so mais ou menos ignorantes acerca de tudo.

239Conforme a elevao e a pureza alcanada os espritos conhecem o princpio das coisas.

240A noo do tempo varia na compreenso dos espritos, da a dificuldade de determinar datas ou pocas.

241Dependendo da elevao os espritos fazem do presente uma idia mais precisa do que ns.

242Os espritos lembram o passado com mais facilidade, mas nem tudo sabem, a comear da prpria criao.

243Quanto ao futuro depende da elevao alcanada. Muitas vezes entrevem, mas nem sempre podem revel-lo.

AMesmo os espritos perfeitos no tm completo conhecimento do futuro, por isso s Deus soberano.

244Os espritos superiores vem e compreendem a Deus, os inferiores sentem e adivinham.

AQuando um esprito inferior diz que Deus lhe probe ou permite uma coisa, ele no v a Deus, mas sente sua soberania.

BDeus transmite suas ordens por intermdio dos espritos imediatamente superiores em perfeio e instruo.

245A viso dos espritos superiores no est circunscrita aos olhos como nos seres corpreos.

246Para os espritos superiores no h necessidade de luz para enxergar, com os inferiores ocorre o inverso.

247Os espritos superiores, pela rapidez do pensamento, conseguem ver em todas as partes do globo terrestre.

248Aos espritos superiores nada obscurece a viso.

249Os espritos superiores ouvem os sons mais imperceptveis.

ADa mesma forma que a viso, os espritos superiores, tem a percepo dos sons no localizada.

250Os espritos superiores vem e ouvem apenas o que querem, os inferiores vem e ouvem o que lhes possa ser til.

251Os espritos superiores so sensveis msica celeste que est distante como nossa msica do canto do selvagem.

252Os espritos so sensveis s belezas da natureza conforme sua elevao.

253Os espritos superiores conhecem nossos sofrimentos porque o sofreram, mas no os experimentam mais.

254Os espritos superiores no sentem fadiga como nos, repousam diminuindo a atividade do pensamento.

255Quando um esprito superior sofre no se refere ao sofrimento fsico, mas s angstias morais.

256Espritos que sentem frio/calor guardam as sensaes na razo direta de suas imperfeies como um reflexo da matria.

(Questo 257) - Ensaio Terico Da Sensao Nos Espritos

257O sofrimento dos espritos guarda relao com o procedimento que tiveram e cujas consequncias experimentam.

Perguntas Capitulo 2Por que a pecha de suicida?

Quem pode ser considerado mais culpado:

Aquele que se mata de repente ou o que se mata devagar pelos vcios?

Para manipulao dos fluidos, quais os agentes empregados pelo esprito?

Pode ser considerado suicida aquele que, a braos com a maior penria, se deixa morrer de fome?

Onde ficam impressos os atos da vontade do esprito?

E o homem que para salvar seu prximo das enfermidades, trabalha alm das foras, sacrifica a vida, e com isso desgasta-se e morre, suicida?

Qual a durao dos objetos criados pelo pensamento?

Em se referindo ao mundo espiritual, de onde vem a luz que o ilumina?

Quais foram os primeiros socorros recebidos por Andr Luiz?

R.: Inicialmente, transportado num alvo lenol que funcionava a guisa de maca improvisada, Andr foi levado a um lugar por ele ignorado. Conduzido a confortvel aposento de amplas propores, ricamente mobiliado, ofereceram-lhe um leito acolhedor. Em seguida serviram-lhe caldo reconfortante, acompanhado de gua muito fresca, que lhe pareceu portadora de fluidos divinos. (Nosso Lar, Pginas. 26 e 27).

Que efeito teve a prece na reabilitao de Andr Luiz?

R.: Quando as energias lhe faltaram de todo, quando se sentiu absolutamente colado ao lodo da Terra, sem foras para reerguer-se, Andr Luiz pediu ao Supremo Autor da Natureza lhe estendesse mos paternais naquela amargurosa emergncia. Ento, de imediato, graas ao efeito extraordinrio da orao, as neblinas espessas se dissiparam e algum surgiu, como um emissrio dos Cus. Era o ministro Clarncio que, sorrindo lhe disse: "Coragem, meu filho! O Senhor no te desampara". (Nosso Lar, Pginas. 23 e 24).

Concluso Estudo - Capitulo 2Resumo do Captulo

Seres maldosos e sarcsticos gritavam a A.Luiz: suicida, criminoso, infame. Em vo tentou revidar. Com a barba hirsuta e roupa rompendo-se sofria mais pelo abandono que o envolvera. No se conformava em ser acusado de suicida, pois sabia que no o fora, lembrando-se de haver morrido no hospital, aps cirurgia intestinal. Sentia fome. Saciava-se com lama... Amide via manada de seres animalescos. Mdico, sempre detestara as religies, mas agora experimentava necessidade de socorrer-se de alguma delas. Estando j no limite das foras, orou (!). Em resposta, das neblinas surgiu o benfeitor Clarncio, acompanhado de dois auxiliares. Foi conduzido para o Nosso Lar.

03 A Orao ColetivaEmbora transportado maneira de ferido comum, lobriguei o quadro confortante que se desdobrava minha vista.

Clarncio, que se apoiava num cajado de substncia luminosa, deteve-se frente de grande porta encravada em altos muros, cobertos de trepadeiras floridas e graciosas. Tateando um ponto da muralha, fez-se longa abertura, atravs da qual penetramos, silenciosos.

Branda claridade inundava ali todas as coisas. Ao longe, gracioso foco de luz dava a ideia de um pr do sol em tardes primaveris. A medida que avanvamos, conseguia identificar preciosas construes, situadas em extensos jardins.Ao sinal de Clarncio, os condutores depuseram devagarzinho, a maca improvisada. A meus olhos surgiu, ento, a porta acolhedora de alvo edifcio, feio de grande hospital terreno. Dois jovens, envergando tnicas de nveo linho, acorreram pressurosos ao chamado de meu benfeitor, e quando me acomodavam num leito de emergncia, para me conduzirem cuidadosamente ao interior, ouvi o generoso ancio recomendar, carinhoso:

Guardem nosso tutelado no pavilho da direita. Esperam agora por mim. Amanh cedo voltarei a v-lo.

Enderecei-lhe um olhar de gratido, ao mesmo tempo que era conduzido a confortvel aposento de amplas propores, ricamente mobiliado, onde me ofereceram leito acolhedor.Envolvendo os dois enfermeiros na vibrao do meu reconhecimento, esforcei-me por lhes dirigir a palavra, conseguindo dizer por fim:

Amigos, por quem sois, explicai-me em que novo mundo me encontro... De que estrela me vem, agora, esta luz confortadora e brilhante?

Um deles afagou-me a fronte, como se fora conhecido pessoal de longo tempo e acentuou:

Estamos nas esferas espirituais vizinhas da Terra, e o Sol que nos ilumina, neste momento, o mesmo que nos vivificava o corpo fsico. Aqui, entretanto, nossa percepo visual muito mais rica. A estrela que o Senhor acendeu para os nossos trabalhos terrestres mais preciosa e bela do que a supomos quando no crculo carnal. Nosso Sol a divina matriz da vida, e a claridade que irradia provm do Autor da Criao.

Meu ego, como que absorvido em onda de infinito respeito, fixou a luz branda que invadia o quarto, atravs das janelas, e perdi-me no curso de profundas cogitaes. Recordei, ento, que nunca fixara o Sol, nos dias terrestres, meditando na imensurvel bondade dAquele que no-lo concede para o caminho eterno da vida. Semelhava-me assim ao cego venturoso, que abre os olhos para a Natureza sublime, depois de longos sculos de escurido.

A essa altura, serviram-me caldo reconfortante, seguido de gua muito fresca, que me pareceu portadora de fluidos divinos. Aquela reduzida poro de lquido reanimava-me inesperadamente. No saberia dizer que espcie de sopa era aquela; se alimentao sedativa, se remdio salutar.Novas energias amparavam-me a alma, profundas comoes vibravam-me no esprito.

Minha maior emoo, todavia, reservava-se para instantes depois.

Mal no sara da consoladora surpresa, divina melodia penetrou quarto adentro, parecendo suave colmeia de sons a caminho das esferas superiores.Aquelas notas de maravilhosa harmonia atravessavam-me o corao. Ante meu olhar indagador, o enfermeiro, que permanecia ao lado, esclareceu, bondoso:

chegado o crepsculo em "Nosso Lar". Em todos os ncleos desta colnia de trabalho, consagrada ao Cristo, h ligao direta com as preces da Governadoria.

E enquanto a msica embalsamava o ambiente, despediu-se, atencioso:

Agora, fique em paz. Voltarei logo aps a orao.

Empolgou-me ansiedade sbita.

No poderei acompanhar-vos? Perguntei, suplicante.

Est ainda fraco esclareceu gentil, todavia, caso sinta-se disposto...

Aquela melodia renovava-me as energias profundas. Levantei-me vencendo dificuldades e agarrei-me ao brao fraternal que se me estendia.Seguindo vacilante, cheguei a enorme salo, onde numerosa assembleia meditava em silncio, profundamente recolhida. Da abbada cheia de claridade brilhante, pendiam delicadas e flreas guirlandas, que vinham do teto base, formando radiosos smbolos de Espiritualidade Superior.

Ningum parecia dar conta da minha presena, ao passo que mal dissimulava eu a surpresa inexcedvel. Todos os circunstantes, atentos, pareciam aguardar alguma coisa. Contendo a custo numerosas indagaes que me esfervilhavam na mente, notei que ao fundo, em tela gigantesca, desenhava-se prodigioso quadro de luz quase ferica. Obedecendo a processos adiantados de televiso, surgiu o cenrio de templo maravilhoso.Sentado em lugar de destaque, um ancio coroado de luz fixava o Alto, em atitude de prece, envergando alva tnica de irradiaes resplandecentes. Em plano inferior, setenta e duas figuras pareciam acompanh-lo em respeitoso silncio. Altamente surpreendido, reparei Clarncio participando da assembleia, entre os que cercavam o velhinho refulgente.

Apertei o brao do enfermeiro amigo, e, compreendendo ele que minhas perguntas no se fariam esperar, esclareceu em voz baixa, que mais se assemelhava leve sopro:

Conserve-se tranquilo. Todas as residncias e instituies de "Nosso Lar" esto orando com o Governador, atravs da audio e viso a distncia.Louvemos o Corao Invisvel do Cu.

Mal terminara a explicao, as setenta e duas figuras comearam a cantar harmonioso hino, repleto de indefinvel beleza. A fisionomia de Clarncio, no crculo dos venerveis companheiros, figurou-me tocada de mais intensa luz. O cntico celeste constitua-se de notas angelicais, de sublimado reconhecimento.

Pairavam no recinto misteriosas vibraes de paz e de alegria e, quando as notas argentinas fizeram delicioso staccato, desenhou-se ao longe, em plano elevado, um corao maravilhosamente azul, com estrias douradas. Cariciosa msica, em seguida, respondia aos louvores, procedente talvez de esferas distantes. Foi a que abundante chuva de flores azuis se derramou sobre ns; mas, se fixvamos os miostis celestiais, no conseguamos det-los nas mos.

As corolas minsculas desfaziam-se de leve, ao tocar-nos a fronte, experimentando eu, por minha vez, singular renovao de energias ao contacto das ptalas fludicas que me balsamizavam o corao.Terminada a sublime orao, regressei ao aposento de enfermo, amparado pelo amigo que me atendia de perto. Entretanto, no era mais o doente grave de horas antes. A primeira prece coletiva, em "Nosso Lar", operara em mim completa transformao. Conforto inesperado envolvia-me a alma. Pela primeira vez, depois de anos consecutivos de sofrimento, o pobre corao, saudoso e atormentado, maneira de clice muito tempo vazio, enchera-se de novo das gotas generosas do licor da esperana.

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Obras Pstumas Allan KardecParte I

Comentarios Capitulo 3Estudo: Fluidos

Fotografia do Pensamento.

Perguntas Capitulo 3Que se verifica em nosso lar hora do crepsculo?

R.: Quando chega o crepsculo em "Nosso Lar", em todos os ncleos da colnia de trabalho estabelece-se uma ligao direta com as preces da Governadoria. De onde estava Andr pde contemplar ao fundo, em tela gigantesca, um prodigioso quadro de luz quase ferica. Obedecendo a processos adiantados de televiso, surgiu o cenrio de um templo maravilhoso. Sentado em lugar de destaque, um ancio coroado de luz fixava o Alto, em atitude de prece. Era o Governador da colnia.

Qual a finalidade da orao coletiva?

Qual o resultado da orao para Andr Luiz?

Responder as perguntas abaixo aps a leitura do livro Obras Pstumas de Allan Kardec no capitulo Fotografia e Telegrafia do Pensamento.

Responda Falso ou Verdadeiro.

VSo a mesma coisa a fora tica, a fora magntica, a fora eltrica, a fora psquica.

Qual e durao dos objetos criados pelo pensamento?

R.: A durao temporria, eis porque os objetos criados pelos espritos no podem substituir os objetos da Terra, No Mundo Espiritual, as criaes s conservam pela constncia do pensamento.

Onde ficam impressos os atos da vontade do esprito?

R.: No Perisprito

Complete a frase.

O veculo do som o(a) ____.ar_____ e o veculo do pensamento o (a) ____fluido_____

Para a manipulao dos fluidos, quais os agentes empregados pelos espritos?

R.: Pensamento e Vontade.

Por que ocorrem frequentemente incorrees na viso psquica, em se tratando de perceber ideiaspensamento a serem executadas? Pode-se explicar pela falta de acuidade, treinamento do vidente?

R.: O vidente v o que o outro idealizou, a ideia-pensamento, mas sempre que para concretizar-se ela dependa do livre arbtrio dos homens, poder ou no se concretizar. (Obras Pstumas) Tambm se deve levar em considerao interferncia de ordem superior na viso e distores prprias.

Em se referindo ao mundo espiritual, de onde provm a luz que o ilumina?

R.: A luz peculiar ao inundo espiritual se forma dos fluidos espirituais. Recorde-se que, no entanto, o nosso mesmo sol tambm banha, regies ditas espirituais. (Nosso Lar).

Concluso Estudo - Capitulo 3Resumo do Captulo

Descrio de Nosso Lar e do ambiente de orao coletiva. Ao crepsculo, um Esprito coroado de luz (o Governador Espiritual), seguido de 72 outros Espritos (seus Ministros), entoam harmonioso hino. Andr Luiz reconfortou-se.

04 O Mdico EspiritualNo dia imediato, aps reparador e profundo repouso, experimentei a bno radiosa do Sol amigo, qual suave mensagem ao corao. Claridade reconfortante atravessava ampla janela, inundando o recinto de cariciosa luz.Sentia-me outro. Energias novas tocavam-me o ntimo. Tinha a impresso de sorver a alegria da vida, a longos haustos. Na alma, apenas um ponto sombrio a saudade do lar, o apego famlia que ficara distante.

Numerosas interrogaes pairavam-me na mente, mas to grande era a sensao de alvio que eu sossegava o esprito, longe de qualquer interpelao.

Quis levantar-me, gozar o espetculo da Natureza cheia de brisas e de luz, mas no o consegui e conclu que, sem a cooperao magntica do enfermeiro, tornava-me impossvel deixar o leito.No voltara a mim das surpresas consecutivas, quando se abriu a porta e vi entrar Clarncio acompanhado por simptico desconhecido.

Cumprimentaram-me, atenciosos, desejando-me paz. Meu benfeitor da vspera indagou do meu estado geral. Acorreu o enfermeiro, prestando informaes.

Sorridente, o velhinho amigo apresentou-me o companheiro. Tratava-se, disse, do irmo Henrique de Luna, do Servio de Assistncia Mdica da colnia espiritual. Trajado de branco, traos fisionmicos irradiando enorme simpatia, Henrique auscultou-me demoradamente, sorriu e explicou:

de lamentar que tenha vindo pelo suicdio.Enquanto Clarncio permanecia sereno, senti que singular assomo de revolta me borbulhava no ntimo.

Suicdio? Recordei as acusaes dos seres perversos das sombras.

No obstante o cabedal de gratido que comeava a acumular, no calei a incriminao.Creio haja engano asseverei, melindrado -, meu regresso do mundo no teve essa causa. Lutei mais de quarenta dias, na Casa de Sade, tentando vencer a morte. Sofri duas operaes graves, devido a ocluso intestinal...

Sim esclareceu o mdico, demonstrando a mesma serenidade superior -, mas a ocluso radicava-se em causas profundas. Talvez o amigo no tenha ponderado bastante. O organismo espiritual apresenta em si mesmo a histria completa das aes praticadas no mundo.E inclinando-se, atencioso, indicava determinados pontos do meu corpo:

Vejamos a zona intestinal exclamou. A ocluso derivava de elementos cancerosos, e estes, por sua vez, de algumas leviandades do meu estimado irmo, no campo da sfilis. A molstia talvez no assumisse caractersticas to graves, se o seu procedimento mental no planeta estivesse enquadrado nos princpios da fraternidade e da temperana.

Entretanto, seu modo especial de conviver, muita vez exasperado e sombrio, captava destruidoras vibraes naqueles que o ouviam. Nunca imaginou que a clera fosse manancial de foras negativas para ns mesmos? A ausncia de autodomnio, a inadvertncia no trato com os semelhantes, aos quais muitas vezes ofendeu sem refletir, conduziam-no frequentemente esfera dos seres doentes e inferiores. Tal circunstncia agravou, de muito, o seu estado fsico.Depois de longa pausa, em que me examinava atentamente, continuou:

J observou, meu amigo, que seu fgado foi maltratado pela sua prpria ao; que os rins foram esquecidos, com terrvel menosprezo s ddivas sagradas?

Singular desapontamento invadira-me o corao. Parecendo desconhecer a angstia que me oprimia, continuava o mdico, esclarecendo:

Os rgos do corpo somtico possuem incalculveis reservas, segundo os desgnios do Senhor. O meu amigo, no entanto, iludiu excelentes oportunidades, esperdiado patrimnios preciosos da experincia fsica. A longa tarefa, que lhe foi confiada pelos Maiores da Espiritualidade Superior, foi reduzida a meras tentativas de trabalho que no se consumou. Todo o aparelho gstrico foi destrudo custa de excessos de alimentao e bebidas alcolicas, aparentemente sem importncia. Devorou-lhe a sfilis energias essenciais. Como v, o suicdio incontestvel.Meditei nos problemas dos caminhos humanos, refletindo nas oportunidades perdidas. Na vida humana, conseguia ajustar numerosas mscaras ao rosto, talhando-as conforme as situaes. Alis, no poderia supor, noutro tempo, que me seriam pedidas contas de episdios simples, que costumava considerar como fatos sem maior significao. Conceituara, at ali, os erros humanos, segundo os preceitos da criminologia. Todo acontecimento insignificante, estranho aos cdigos, entraria na relao de fenmenos naturais. Deparava-me, porm, agora, outro sistema de verificao das faltas cometidas. No me defrontavam tribunais de tortura, nem me surpreendiam abismos infernais; contudo, benfeitores sorridentes comentavam-me as fraquezas como quem cuida de uma criana desorientada, longe das vistas paternas. Aquele interesse espontneo, no entanto, feria-me a vaidade de homem. Talvez que, visitado por figuras diablicas a me torturarem, de tridente nas mos, encontrasse foras para tornar a derrota menos amarga.

Todavia, a bondade exuberante de Clarncio, a inflexo de ternura do mdico, a calma fraternal do enfermeiro, penetravam-me fundo o esprito. No me dilacerava o desejo de reao; doa-me a vergonha. E chorei. Rosto entre as mos, qual menino contrariado e infeliz, pus-me a soluar com a dor que me parecia irremedivel. No havia como discordar. Henrique de Luna falava com sobejas razes. Por fim, abafando os impulsos vaidosos, reconheci a extenso de minhas leviandades de outros tempos. A falsa noo da dignidade pessoal cedia terreno justia. Perante minha viso espiritual s existia, agora, uma realidade torturante: era verdadeiramente um suicida, perdera o ensejo precioso da experincia humana, no passava de nufrago a quem se recolhia por caridade.

Foi ento que o generoso Clarncio, sentando-se no leito, a meu lado, afagou-me paternalmente os cabelos e falou comovido:

Oh! meu filho, no te lastimes tanto. Busquei-te atendendo intercesso dos que te amam, dos planos mais altos. Tuas lgrimas atingem seus coraes.No desejas ser grato, mantendo-te tranquilo no exame das prprias faltas? Na verdade, tua posio a do suicida inconsciente; mas necessrio reconhecer que centenas de criaturas se ausentam diariamente da Terra, nas mesmas condies. Acalma-te, pois. Aproveita os tesouros do arrependimento, guarda a bno do remorso, embora tardio, sem esquecer que a aflio no resolve problemas. Confia no Senhor e em nossa dedicao fraternal.Sossega a alma perturbada, porque muitos de ns outros j perambulamos igualmente nos teus caminhos.Ante a generosidade que transbordava dessas palavras, mergulhei a cabea em seu colo paternal e chorei longamente.

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Teraputica de Emergncia Espritos Diversos Divaldo P FrancoCaptulo 23

Comentarios Capitulo 4Estudo: Suicdio Indireto

Doenas. Como se adoece.

O Livro dos Espritos

(Questes 943 A 957) - Desgosto Da Vida. Suicdio

943O desgosto da vida, sem motivos, que se apodera de certas pessoas efeito da ociosidade, da falta de f e da saciedade.

944O homem no tem o direito de dispor da sua vida. S a Deus assiste esse direito. O suicdio uma transgresso dessa lei.

ANem sempre o suicdio voluntrio, o louco que se mata no sabe o que faz.

945No existe desculpa para o suicdio que tem como causa o desgosto da vida.

946Quem comete suicdio para fugir s misrias e s decepes sofrer as consequncias desse ato.

AOs que levam algum a cometer suicdio, respondero por assassinato.

947Algum em penria, que se deixa morrer de fome considerado suicida. Mais culpado quem podia ajudar e no o fez.

948O suicdio no apaga a falta cometida. Ao contrrio, em vez de uma, haver duas.

949Existem atenuantes para quem se suicida com objetivo de evitar que a vergonha caia sobre os filhos. Mas a falta ocorreu.

950Aquele que se mata na esperana de chegar mais depressa a uma vida melhor comete uma loucura.

951Quando algum morre para salvar outrem, no constitui suicdio, sacrifcio da prpria vida, e, portanto sublime.

952O homem considerado suicida, e duplamente culpado, quando se entrega s paixes e vcios, aos quais podia resistir.

AE mais culpado do que quem tira a vida por desespero. As penas so proporcionais conscincia da falta cometida.

953No se deve abreviar a vida diante de um fim inevitvel e horrvel, o socorro pode chegar ao ltimo momento.

AMesmo nos casos em que a morte inevitvel e a vida s encurtada de alguns instantes no se deve antecip-la.

BAs consequncias desse ato uma expiao proporcional gravidade da falta e conforme as circunstncias.

954No h culpabilidade numa imprudncia, em no havendo inteno ou conscincia perfeita da prtica do mal.

955No h culpa onde no h inteno ou conscincia perfeita da prtica do mal.

956Nos povos em que as mulheres, queimam o corpo sobre o do marido, obedecem mais ao preconceito do que vontade.

957A sorte dos suicidas no a mesma para todos, alguns expiam a falta imediatamente outros em nova existncia.

Perguntas Capitulo 4Por que Andr Luiz foi considerado suicida?

R.: O prprio mdico Henrique de Luna explicou-lhe: "Talvez o amigo no tenha ponderado bastante. O organismo espiritual apresenta em si mesmo a histria completa das aes praticadas no mundo". A ocluso intestinal que o vitimou derivava de elementos cancerosos e estes, por sua vez, de algumas leviandades de Andr no campo da sfilis. A molstia talvez no assumisse caractersticas to graves se seu procedimento mental no planeta estivesse enquadrado nos princpios da fraternidade e da temperana. Seu modo especial de agir, muita vez exasperado e sombrio, captara destruidoras vibraes nos que o rodeavam. A ausncia de autodomnio, a inadvertncia no trato com as pessoas, a quem muitas vezes ele ofendeu sem refletir, conduziam-no com frequncia esfera dos seres doentes e inferiores. Foi isso que agravou o seu estado. Todo o aparelho gstrico fora destrudo custa de excessos de alimentao e de bebidas alcolicas. A sfilis devorou-lhe energias essenciais. O suicdio, embora inconsciente, era incontestvel.

Que consequncias acarretam, no mundo espiritual, o excessivo apego ao corpo fsico?

Ler as questes correspondentes de O LIVRO DOS ESPRITOS, dirimindo dvidas.

Quem pode ser considerado mais culpado: o que se mata de repente ou o que se mata devagar pelos vcios?

R.: O Livro dos espritos, questo 952a.

Em alguns pases, por exemplo, a ndia, onde existia o costume da mulher se jogar ao fogo quando o corpo do marido estava sendo cremado, ela considerada suicida, em assim procedendo?

R.: O Livro dos espritos, questo 955.

Se um homem tem dificuldade para se manter, se sustentar e ento decide se deixar morrer de fome, suicida?

R.: O Livro dos espritos, questo 947.

E o homem que, para salvar o seu prximo de enfermidades, trabalha alm das foras, com isso se desgasta e morre, suicida?

R.: O Livro dos espritos, questo 951.

Solicitar que individualmente e de forma totalmente honesta e sincera leiam e respondam as questes abaixo:

Responda Sim ou No

Voc fica triste de repente, sem motivo aparente?

Os pratos que voc especialmente gosta se serve em excesso?

Sem pensar, ofende com palavras rspidas ou atitudes companheiros das lides dirias?

Come muito rpido?

Voc acredita que precisa aumentar seus rendimentos e fica horas acordado noite, pensando em como aplicar seu dinheiro?

Passa mal, no mnimo duas vezes na semana, aps as refeies?

Voc fuma?

Enquanto come fica ruminando problemas?

Voc cultiva tristeza, isto , capaz de entrar em depresso?

Mesmo sabendo que um ou outro alimento lhe nocivo, come porque gosta?

Sente-se, to cansado que prefere se isolar a conviver algumas horas com amigos, parentes ou colegas?

Consome bebida alcolica nos fim de semana?

Consome bebida alcolica s refeies?

Consome bebida alcolica em eventos sociais?

Voc tem alteraes bruscas de humor indo da euforia tristeza, vrias vezes no ms?

Voc tem ideias fixas de adquirir certos bens como carro, freezer, vdeo, computador, etc., e fica maquinando, fazendo contas a ver se consegue?

No trnsito, dirige com pressa, buzinando, competindo com outros carros, fazendo ultrapassagens perigosas?

Reage mal ao ser contrariado em suas ordens, seja por parte do (a) esposo (a), filhos, subalternos, etc.?

Tem suas horas to tomadas pelo trabalho profissional, que no consegue achar tempo para ler?

Fica angustiado se no consegue realizar uma viagem ou passeio sonhado?

Se no dormir 8 horas, fica nervoso, agitado, mal-humorado no dia seguinte?

Irrita-se com a presena de crianas, pessoas, preferindo o silncio?

Tem horas ociosas no seu dia?

Pedir que contem os pontos, considerando 10 pontos para cada Resposta SIM.

RESULTADO

De 100 a 230Voc um suicida potencial.

De 60 a 90Tenha mais cuidado, est se desgastando muito.

Abaixo de 60Procure Zerar a lista, voc est bem, mas pode melhorar.

Para encerrar pea que cada um escreva para si mesmo a resoluo a tomar, face os resultados obtidos.

Concluso Estudo - Capitulo 4Resumo do Captulo

Hospitalizado, Andr Luiz atendido por um mdico espiritual que comprova o suicdio inconsciente que praticou. lio-alerta imperdvel e indita quanto a essa caracterstica do comportamento da maioria dos encarnados.

05 Recebendo Assistncia voc o tutelado de Clarncio?

A pergunta vinha de um jovem de singular e doce expresso.

Grande bolsa pendente da mo, como quem conduzia apetrechos de assistncia, endereava-me ele sorriso acolhedor. Ao meu sinal afirmativo, mostrou-se vontade e, com maneiras fraternas, acentuou:

Sou Lsias, seu irmo. Meu diretor, o assistente Henrique de Luna, designou-me para servi-lo, enquanto precisar tratamento.

enfermeiro? Indaguei.

Sou visitador dos servios de sade. Nessa qualidade, no s coopero na enfermagem, como tambm assinalo necessidades de socorro, ou providncias que se refiram a enfermos recm-chegados.

Notando-me a surpresa, explicou:

Nas minhas condies h numerosos servidores em "Nosso Lar". O amigo ingressou agora na colnia e, naturalmente, ignora a amplitude dos nossos trabalhos. Para fazer uma ideia, basta lembrar que apenas aqui, na seo em que se encontra, existem mais de mil doentes espirituais, e note que este um dos menores edifcios do nosso parque hospitalar.

Tudo isso maravilhoso! Exclamei.

Adivinhando que minhas observaes iam descambar para o elogio espontneo, Lsias levantou-se da poltrona a que se recolhera e comeou a auscultar-me, atento, impedindo-me o agradecimento verbal.

A zona dos seus intestinos apresenta leses srias com vestgios muito exatos do cncer; a regio do fgado revela dilaceraes; a dos rins demonstra caractersticos de esgotamento prematuro.

Sorrindo, bondoso, acrescentou:

Sabe o irmo o que significa isso?

Sim repliquei, o mdico esclareceu ontem, explicando que devo esses distrbios a mim mesmo...

Reconhecendo o acanhamento da confisso reticenciosa, apressou-se a consolar:

Na turma de oitenta enfermos a que devo assistncia diria, cinquenta e sete se encontram nas suas condies. E talvez ignore que existem, por aqui, os mutilados. J pensou nisso? Sabe que o homem imprevidente, que gastou os olhos no mal, aqui comparece de rbitas vazias? Que o malfeitor, interessado em utilizar o dom da locomoo fcil nos atos criminosos, experimenta a desolao da paralisia, quando no recolhido absolutamente sem pernas? Que os pobres obsedados nas aberraes sexuais costumam chegar em extrema loucura?

Identificando-me a perplexidade natural, prosseguiu:

"Nosso Lar" no estncia de espritos propriamente vitoriosos, se conferirmos ao termo sua razovel acepo. Somos felizes, porque temos trabalho; e a alegria habita cada recanto da colnia, porque o Senhor no nos retirou o po abenoado do servio.Aproveitando a pausa mais longa, exclamei sensibilizado:

Continue meu amigo, esclarea-me. Sinto-me aliviado e tranquilo.

No ser esta regio um departamento celestial dos eleitos?

Lsias sorriu e explicou:

Recordemos o antigo ensinamento que se refere a muitos chamados e poucos escolhidos na Terra.

E vagueando o olhar no horizonte longnquo, como a fixar experincias de si mesmo no painel das recordaes mais ntimas, acentuou:

As religies, no planeta, convocam as criaturas ao banquete celestial. Em s conscincia, ningum que se tenha aproximado, um dia, da noo de Deus, pode alegar ignorncia nesse particular. Incontvel o nmero dos chamados, meu amigo; mas, onde os que atendem ao chamado? Com raras excees, a massa humana prefere aceder a outro gnero de convites. Gasta-se a possibilidade nos desvios do bem, agrava-se o capricho de cada um, elimina-se o corpo fsico a golpes de irreflexo.Resultado: milhares de criaturas retiram-se diariamente da esfera da carne em doloroso estado de incompreenso. Multides sem conta erram em todas as direes nos crculos imediatos crosta planetria, constitudas de loucos, doentes e ignorantes.

Notando-me a admirao, interrogou:

Acreditaria, porventura, que a morte do corpo nos conduziria a planos de milagres? Somos compelidos a trabalho spero, a servios pesados e no basta isso. Se temos dbitos no planeta, por mais alto que ascendamos, imprescindvel voltar, para retificar, lavando o rosto no suor do mundo, desatando algemas de dio e substituindo-as por laos sagrados de amor. No seria justo impor a outrem a tarefa de mondar o campo que semeamos de espinhos, com as prprias mos.Abanando a cabea, acrescentava:

Caso dos muitos chamados, meu caro. O Senhor no esquece homem algum; todavia, rarssimos homens o recordam.Acabrunhado com a lembrana dos prprios erros, diante de to grandes noes de responsabilidade individual, objetei:

Como fui perverso!

Contudo, antes que me alongasse noutras exclamaes, o visitador colocou a destra carinhosa em meus lbios, murmurando:

Cale-se! Meditemos no trabalho a fazer. No arrependimento verdadeiro preciso saber falar, para construir de novo.

Em seguida, aplicou-me passes magnticos, atenciosamente. Fazendo os curativos na zona intestinal, esclareceu:

No observa o tratamento especializado da zona cancerosa? Pois note bem: toda medicina honesta servio de amor, atividade de socorro justo; mas o trabalho de cura peculiar a cada esprito. Meu irmo ser tratado carinhosamente, sentir-se- forte como nos tempos mais belos da sua juventude terrena, trabalhar muito e, creio, ser um dos melhores colaboradores em "Nosso Lar"; entretanto, a causa dos seus males persistir em si mesmo, at que se desfaa dos germes de perverso da sade divina, que agregou ao seu corpo sutil pelo descuido moral e pelo desejo de gozar mais que os outros. A carne terrestre, onde abusamos, tambm o campo bendito onde conseguimos realizar frutuosos labores de cura radical, quando permanecemos atentos ao dever justo.

Meditei os conceitos, ponderei a bondade divina e, na exaltao da sensibilidade, chorei copiosamente.

Lsias, contudo, terminou o tratamento do dia, com serenidade, e falou:

Quando as lgrimas no se originam da revolta, sempre constituem remdio depurador. Chore meu amigo. Desabafe o corao. E abenoemos aquelas benemritas organizaes microscpicas que so as clulas de carne na Terra. To humildes e to preciosas, to detestadas e to sublimes pelo esprito de servio. Sem elas, que nos oferecem templo retificao, quantos milnios gastaramos na ignorncia?

Assim falando, afagou-me carinhosamente a fronte abatida e despediu-se com um sculo de amor.

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O Livro dos Espritos (Allan Kardec)Questes 93 a 95 e 187

Comentarios - Capitulo 5Estudo: Perisprito

O Livro dos Espritos

(Questes 93 A 95) - Perisprito

93O esprito envolto por substncia vaporosa para os teus olhos, mas densa para ns.

94Este invlucro semimaterial ele obtm do fluido universal de cada globo, por isso no so idnticos.

AQuando espritos de mundos superiores vm at ns, revestem-se da nossa matria.

95O perisprito tem a forma