Análise CEPLAN · 1. A economia em 2012: Mundo Resumo 1. O crescimento da economia mundial deverá...
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Análise CEPLAN
Recife, 13 de março de 2013
A economia em 2012:
• Mundo;
• Brasil;
• Nordeste, com destaque para Pernambuco;
Informe especial: saneamento básico em Pernambuco
Temas que serão discutidos na XII Análise Ceplan:
1. A economia em 2012
1. A economia em 2012: Mundo
1. A economia em 2012: Mundo
O contexto
1. Ocorreram modestas melhorias nas condições econômicas na economia mundial a partir do final de 2012. Os determinantes principais da melhoria das condições foram:
a) O comportamento das economias emergentes, para as quais foram
relevantes as medidas adotadas que permitiram retomada da atividade
econômica.
b) O crescimento da atividade produtiva nos Estados Unidos.
c) Melhorias nas condições financeiras, em geral, e a continuidade de
importantes fluxos de capitais na direção dos mercados emergentes.
2. Os países da Zona do Euro continuam com a atividade produtiva em declínio ou reduzido crescimento, notadamente os países periféricos.
1. A economia em 2012: Mundo
Destaque para o diferencial na evolução dos países emergentes relativamente ao comportamento da economia dos países avançados.
Mundo e Regiões Selecionadas¹: Variação do PIB real – (%) – 2007 - 2014
1. A economia em 2012: Mundo
Crescimento mais intenso das exportações a partir de 2013. Destaque para os emergentes, sobretudo, China e Índia.
Mundo e Regiões Selecionadas¹ : Taxa de crescimento das exportações de bens e
serviços¹ – (%) - 2007 - 2014
1. A economia em 2012: Mundo
Discreta tendência de queda da taxa de desemprego na Zona do Euro e nos EUA.
Mundo e Regiões Selecionadas¹ : Taxa de desemprego aberto – (%) - 2007 - 2014
1. A economia em 2012: Mundo
Resumo
1. O crescimento da economia mundial deverá ocorrer a taxas maiores em 2013 (3,5%) e em 2014 (4,1%) (FMI). Retomando o nível próximo ao de 2011 (3,9%).
2. As hipóteses sobre as quais estão baseadas estas previsões:
a) Continuidade dos impulsos ao crescimento advindos das economias
emergentes, motivados pelas medidas adotadas.
b) A atenuação dos riscos da economia dos Estados Unidos, em
razão das medidas recentemente adotadas.
c) A retomada do crescimento do comércio internacional.
3. No entanto os riscos para o declínio da atividade produtiva continuam, ainda,
bem presentes, notadamente nos países da Zona do Euro.
4. No futuro imediato, as políticas deverão voltar-se para estes riscos (FMI),
nos países da Zona do Euro e de outros países avançados.
1. A economia em 2012: Brasil
1. A economia em 2012: Brasil
Baixo crescimento em 2012 afetado por cenário internacional incerto, pelo baixo investimento e pela insuficiência da política de desonerações tributárias do governo
Brasil: Taxa de crescimento do PIB acumulada no ano – oferta – (%) - 2009 - 2012
1. A economia em 2012: Brasil
Como fonte de crescimento o consumo perdeu ritmo, enquanto os investimentos reduziram-se substancialmente.
Brasil: Taxa de crescimento do PIB acumulada no ano - demanda – (%) - 2009 - 2012
1. A economia em 2012: Brasil
Nos três anos, a variação trimestral do PIB, evidencia forte desaceleração do crescimento, com discreta inflexão em 2012
Brasil: Taxa de crescimento do PIB trimestral com respeito ao mesmo período do ano
anterior - (%) - I trimestre de 2010 ao IV trimestre de 2012
1. A economia em 2012: Brasil
Pelo lado da oferta, houve discreta recuperação no segundo semestre de 2012, com os serviços liderando a retomada. A contribuição da agropecuária foi afetada
pelas condições climáticas adversas.
Brasil: Taxa de crescimento do PIB trimestral – oferta – (%) - trimestres de 2012
1. A economia em 2012: Brasil
Os preços se aceleram sinalizando para um comprometimento da banda superior da meta de inflação
Brasil: IPCA Acumulado nos últimos 12 meses - (%) - jan/10 a fev/13
1. A economia em 2012: Brasil
Comparativamente ao comportamento da inflação, o câmbio é mantido relativamente estável; a redução do câmbio real bem abaixo de R$ 2,00 parece indicar o recurso da
apreciação do real como instrumento de contenção dos preços
Brasil: Índice da taxa de câmbio real – (%) – ago/10 a jan/13
1. A economia em 2012: Brasil
A SELIC é mantida no mesmo nível, com juros reais chegando a 2,6%
Brasil: Taxa Selic – (% a.a) – 2000-2013
1. A economia em 2012: Brasil
O IED mantém-se suficiente para “fechar” a conta corrente, mas num contexto de baixo crescimento
Brasil: Investimento Estrangeiro Direto (líquido) – US$ (milhões) – 2009 - 2012
1. A economia em 2012: Brasil
Persiste o estreitamento do hiato exportações importações, reduzindo-se o saldo comercial
Brasil: Saldo da Balança Comercial – US$ (milhões) – 2002-2013¹
1. A economia em 2012: Brasil
O Saldo da BTC alcançou em 12 meses, em janeiro, U$ 58 bi, com previsão de que atinja U$ 65 bi até o final do ano
Brasil : Saldo da Balança de Transações Correntes (BTC) - US$ (bilhões) - 2000-2013¹
Síntese da Conjuntura: Brasil 2012
• Crescimento desacelera fortemente entre 2011 e 2012;
• Do lado da oferta, as principais fontes para a queda no crescimento são a indústria e a
agropecuária;
• Do lado da demanda, os investimentos despencam trazendo a taxa de investimento
para 18,1%;
• Sinais de recrudescimento inflacionário, com quebra da meta e proximidade da banda
superior;
• Selic é mantida em 7,25% com pressões inflacionárias crescentes;
• Câmbio mantém-se relativamente estável com sinais de estar sendo utilizado para
conter a aceleração dos preços;
• Reduz-se o saldo comercial;
• Saldo em conta corrente mantém tendência de crescimento, e representa 2,6% do PIB.
Síntese da Conjuntura: Brasil 2012
1. A economia em 2012: Nordeste
1. A economia em 2012: Nordeste
Em 2012, os principais estados do Nordeste cresceram num ritmo superior a economia brasileira. Pernambuco, embora tenha registrado praticamente a metade da taxa de
crescimento do PIB de 2011, ainda continua com desempenho acima do Brasil
Brasil, Bahia, Ceará e Pernambuco: Crescimento do PIB - (%) – 2012
1. A economia em 2012: Nordeste
Em termos setoriais destaca-se positivamente na economia de Pernambuco o desempenho da construção civil e negativamente o da agropecuária, influenciado
pelo contexto de forte estiagem.
Brasil e Pernambuco: Crescimento do PIB - (%) – 2012
1. A economia em 2012: Nordeste
Ao contrário do quadro de retração da indústria de transformação brasileira, o Nordeste fechou 2012 com taxa positiva, influenciada sobretudo pela expansão na Bahia.
Pernambuco também registrou incremento, embora num ritmo mais lento.
Brasil, Nordeste, Bahia, Ceará e Pernambuco: Crescimento da produção industrial – (%) - Acumulado de Janeiro a Dezembro de 2012
1. A economia em 2012: Nordeste
No setor varejista o Nordeste manteve ritmo elevado de expansão, com seis dos seus estados crescendo a taxas superiores à média do Brasil
Brasil e Estados do Nordeste: Crescimento médio mensal do comércio varejista
ampliado – (%) – Acumulado de Janeiro a Dezembro de 2012
1. A economia em 2012: Nordeste
Relevante tendência de queda da taxa de desemprego aberto da RMR desde 2009, com o ano de 2012 registrando uma taxa inferior a taxa média verificada
para o conjunto das RMs pesquisadas pelo DIEESE
RMR e Total das RMs: Evolução da taxa de desemprego aberto – (%) – 2009 - 2012
1. A economia em 2012: Nordeste
Embora a RMR mantenha ainda o menor rendimento médio entre as principais metrópoles do Brasil, registrou em 2012, junto com Belo Horizonte, as maiores
taxas de crescimento, convergindo para a média.
RM’s: Rendimento médio real das pessoas ocupadas – Em R$ - médias de 2011
e de 2012
1. A economia em 2012: Nordeste
Após alguns anos de vigoroso crescimento do emprego formal, em 2012 o Nordeste registrou uma taxa de 1,1% (abaixo da média nacional de 1,9%). Pernambuco ainda
conseguiu crescer próximo da média do País.
Brasil, Nordeste e Estados: Estoque de empregos formais – estoque em 2011 e 2012
1. A economia em 2012: Pernambuco
Em Pernambuco, a construção civil continua puxando o crescimento do emprego formal, seguido do comércio e dos serviços. O destaque negativo ficou por conta
da retração da indústria de transformação.
Pernambuco: Estoque de empregos formais por setor – estoque em 2011 e 2012
Síntese da Conjuntura: Nordeste 2012
No ano 2012 a economia do Nordeste, e, em particular, a de Pernambuco,
apresentaram bons resultados, continuando ciclos expansivos num ritmo
superior ao Brasil. Todavia, também já se percebe um certo arrefecimento em
relação aos anos anteriores:
• PIB regional continuou crescendo acima do Brasil, puxado pela construção
civil. Destaque negativo para agropecuária sob o efeito de forte estiagem;
• O varejo mantém-se aquecido, com 6 estados crescendo acima do Brasil;
• A taxa de desemprego da RMR apresentou importante redução,chegando a
registrar taxa abaixo da brasileira;
• O rendimento médio da RMR vem crescendo acima da média das
metrópoles analisadas;
• Emprego formal com sinais de diminuição do ritmo de crescimento,
Síntese da Conjuntura: Nordeste 2012
Perspectivas 2013
Estamos num momento de transição, valorizando o investimento. Medidas vem sendo tomadas desde 2012 e devem influir em 2013. Espera-se um 2013 melhor que 2012 para o Brasil, com PIB crescendo 3% (FOCUS). Os dados iniciais de 2013 são bons.
• Indústria parece retomar. • Produção cresceu 2,5% entre dez e jan (Bens de Capital = 8,2% e Bens
de Consumo Duráveis = 2,5%). E cresceu 5,7% entre jan 2012 e jan 2013.
• Em janeiro foram criados 43,3 mil empregos formais na indústria de transformação (compensa queda do comércio).
• Mercado de Trabalho resiste.
• O desemprego (IBGE) chegou a 5,4% (o melhor de todos os janeiros desde 2002).
• O rendimento real cresceu 2,4% em relação a jan 2012. Mas manteve-se estável em relação a dezembro de 2012.
• Criaram-se 28,9 mil novos empregos formais. Mas em jan 2012 foram criados 118 mil). Logo: perde ritmo.
Perspectivas 2013
• O consumo das famílias deve se manter dinâmico (previsão de crescimento superior ao de 2012).
• A arrecadação do ICMS em fevereiro cresce em termos reais em vários estados ( PE inclusive) , superando as previsões • Inflação (IPCA de fev) mostra pressão no curto prazo.
• 0,60% em fev / jan (mas em jan fora 0,86% = queda ) • 6,3% no acumulado nos 12 meses maior que o acumulado em jan
2012 (5,85%). • Mas, FOCUS prevê chegar a 5,8% no anual 2013 (=observado em
2012) Pernambuco deve manter seu desempenho acima da média nacional (3,0%), crescendo entre 5,0% a 6,0% em 2013, dada a continuidade da implantação dos investimentos com início da operação de vários empreendimentos, e a conclusão das obras da COPA.
Perspectivas 2013
Informe especial: saneamento básico em Pernambuco
2. Saneamento básico em Pernambuco
Em 2010, um pouco mais de 50% dos domicílios da RMR tinham domicílios classificados
como semi-adequados ou inadequados. Em Goiana esse percentual foi de 74,3%.
Brasil, Nordeste, Pernambuco, RMR e Goiana: Proporção de domicílios particulares
permanentes por tipo de saneamento – (%) – 2000 e 2010
2. Saneamento básico em Pernambuco
A situação do esgotamento sanitário é precária no Estado como um todo. Ademias, avançou-
se pouco em uma década. Em 2010, apenas 41% dos domicílios na RMR e 23,3% em Goiana
tinha o esgotamento ligado a rede geral ou pluvial. A pluvial lança o esgoto nos rios e oceano.
Brasil, Nordeste, Pernambuco, RMR e Goiana: Evolução da situação dos domicílios,
segundo o tipo de esgotamento sanitário – (%) – 2000 e 2010
2. Saneamento básico em Pernambuco
Melhorou a coleta mas o problema maior é a destinação. Em Goiana, o aterro
sanitário virou lixão.
Brasil, Nordeste, Pernambuco, RMR e Goiana: Distribuição dos domicílios particulares
permanentes segundo o destino do lixo – (%) – 2010
2. Saneamento básico em Pernambuco
Na RMR, 22,3% dos domicílios tinham na sua vizinhança esgoto a céu aberto e 6,2% lixo
acumulado nas ruas. Em Goiana, esgoto a céu aberto na vizinhança comprometia mais da
metade dos domicílios, mas o lixo acumulado nos logradouros o tem melhor indicador do que a
RMR.
Brasil, Nordeste, Pernambuco, RMR e Goiana: Domicílios particulares permanentes,
em áreas urbanas com ordenamento regular, segundo as características do entorno –
(%) – 2010
2. Saneamento básico em Pernambuco
Pernambuco está abaixo da média com relação ao Nordeste e ao Brasil. Na Região situa-
se em 6°lugar. As perdas físicas são elevadas e na proporção, segundo especialistas, de
um para um, ou seja, para cada m³ consumido um é desperdiçado.
Brasil, Nordeste e Estados do Nordeste: Índice de atendimento com rede de água –
(%) – 2010
2. Saneamento básico em Pernambuco
No atendimento com rede de esgoto o quadro é muito pior e desolador. Nos situamos
em 5°lugar na Região, mas com índice muito inferior ao do abastecimento d’água.
Brasil, Nordeste e Estados do Nordeste: Índice de atendimento com rede de esgotos –
(%) – 2010
2. Saneamento básico em Pernambuco
Do que é coletado um pouco mais de um quarto (27,7%) é tratado. O resto contamina o
solo e os cursos de água, contribuindo para alta morbidade e mortalidade por doenças
infectocontagiosas de origem hídrica.
Brasil, Nordeste e Estados do Nordeste: Índice de tratamento de esgotos gerados –
(%) – 2010
Síntese do Informe Especial
1. Situação é precária com poucos avanços em uma década;
2. Pernambuco situa-se mal no ranking da Região e do País;
3. A situação em Goiana que vai abrigar importantes investimentos é ainda mais
grave;
4. As implicações para a saúde pública, especialmente mortalidade infantil são
sérias, estabelecendo um piso para a melhoria da saúde infantil;
5. Investimentos são vultosos, de pouca visibilidade e pouco atraentes para
iniciativas de políticos comuns;
6. A parceria público-privada bem regulada é um caminho a ser perseguido.
Conclusões
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