Anno XVI Sablbado 4'de Dezembro d© 1869 N. 40 3...

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Anno XVI Sablbado 4'de Dezembro 1869 N. 40 3? ASS1GNATURAS CAPITAI. Anno 12S000. Seis mo/.os UjjlOOO. (Pagamento adiantado) PUJJLICA-SF. DIARIAMENTE CORREIO AL» ASSIGNATUÍUS F0I1A DA CAPITAI, Anno lr>$000. Sois mezes SgOOO. (Pagamento adiantado) EsouiPTonio, Rua da Impeiutriz, 27 Elircctor òa rcímcção e proprietário, 3. H. be fymfo ilíarquea Acha-se incumbido das cobranças deste jor- nal e bem assim de tomar c renovar assigna- turas, etc, no interior du província, o sr. Feliciano Corrêa Marcondes. Esle nosso preposto | ercorrerá pura tal lim as povoações do interior, é poióm o lugarde sua residência a cidddc de Tiiiibaté, Aproveitamos o ensejo para rogar aos nos sos assignantos o obséquio de facilitarem com a sua boa vontade o encargo de nosso propôs- to. RIO DA PRATA K PACIFIC» Tivemos hontem mala extraordinária da cúrle polo La Place. Recebemos o Jornal do Couimçrcio do 2, no qual encontramos do notável as seguintes noticias do Rio da Praia o Pacifico: Polo paquete ingloz Patagônia da liiihn do Pacifico, entrado hontem do Rio da Prata, recebemos folhas de Buciíos-Ayres o Montevidéo até 25 o 20 do passado. As ultimas noticias do Paragiipy resumem-se no seguinte telegranímà expedido polo sr. conselheiro Parnnhos ao sr. Carvalho Borges: « Assiiinpção, 20 de Novembro de 1809.—S. A, o sr. marechal do exercito Condo d'Eu, fica a ponto fazer marchar de CiirUguaty, uma das bases tias nossas opera- çôcs, a expedição que (leve perseguir o inimigo. O gene- rnl Câmara tomou por base das suas operações a Concei- ção o conseguiu cortar os recursos do gado que Lopez tirara do norte, únicos que lhe restavam. « O major Martins, com unia força do 40 homens, alcançou outra vez o coronel Canele, que linha ordem de tornar ao mesmo ponto. Nào se atreveu estou bater- se, abandonando armamento, munições, e, o quo muito mais valo, toda a correspondência' do Lopez, escripla desde Caraguatay, á medida que ia fugindo. « Delia vè-se o plano de retirada o a desosperação em que está Lopez pola desmoralisação da sua gente e falta de viveres. Ordenava elle quê se ospijigardeasso o chefe de partida quo não arrebanhasse pelo menffii 100 rezes.*'¦' Nas republicas platinas nada oceorrora de impor tan- cia, e das do Pacifico também pouco interesso têm ns noticias. No Perií dissolveu-se o ministério por disson- cões intestinos, c organisou-se novo gabinete, sendo presidente do conselho o ministro da guerra I). Juan Francisco llnlta, de estrangeiro D. Mariano Dorado, do interior I). Francisco de Paula Sccodn, da justiça D. Mariano F. da Pa/. Soldan, interino da fazenda I). Mariano Angulo. O governo peruano expediu carta rovocatoria ao seu representante no llrasil e republicas do Prata, I). José M. Lalorrc Bueno. Dizia-se que o motivo fora ter-se este desviado do thoor das suas instrucções em algumas explicações dadas ao governo brasileiro. J»44>OOC^* NOTICIAS «AS PROVÍNCIAS —Polo La Place vieram datas da Bahia até 20 do passado. As asperezas da secco e da forno haviam iiaqiiella pro- vincia tomado o caracter de calamidade publica, e em vista das representações partidas de dilfereules pontos, com especialidade da's comarcas da Feira de Sant'Annn, liihambupo, Jtapicurd e Montc-Santo, que por modo nssutador pintavam as circiiinstancias do (lagello, decja- rou a presidência verificada a hypotbese prevista pela constituição no arligo 179 § 31, opor aclo de 24 do pas- sado crubu uma còmmissão central na capital para a direcção dos soecorros públicos, a qual deve ter com- missões e agentes de sua confiança nos lugares onde entender necessário, rògulando-se todas pelas instrucções que com o mesmo aeto foram expedidas. Para a referida coinmissào foram nomeados: o dos- ombargador vice-presidente da província Antônio Ladis- láo do Figueiredo Rocha, os deputados geraes dr. Joa- quim Jeronymo Fernandes da Cunha, dr. João José do Oliveira Junqueira e dr. Francisco José da Rocha, proprietário e redactor do Jornal da Bahia, e os nogo- eiántcs da praça barão do Pereira Marinho, Antônio Francisco do Lacerda o dr. Pedro de Silva Rego. —Pelo Santa Crus, entrado a '.)0 do passado dos portos do Sul vieram datas do Porto-Alegre até 15, Rio- Grande 20 e Santa Catharina 20 do corrente. O presidente da província do S. Pedro do Sul, acom- pauhado do chefe do policia, partira no dia 17 para Jaguarão e Piratiny. No dia 18 evadira-se da cadeia da cidade do Rio- Grande o réo. Eduardo Augusto Pereira, condemnado a 7 annos do prisão com trabalho, como assassino do policial Firniino. Na mesma cidade fallecéra o proprietário Jacyntho Alves Borges, subdito pprtuguez. Lá-se no Rio-Grandensc, folha da capital: «. Com referencia ao que publicamos em dias de Se- tembro ultimo, sobre o assassinato de Antônio Martins Fortes Jobim, cujo cadáver foi encontrado a 2 de Agosto anterior om um vallo no termo do São Gabriel, temos a accresccntar que, por oilicio do dr. delegado de policia daquelle termo ao dr. chefe do policia, consta que estão sendo processados pela subdelegacia do 1. ° districto, Vasco Guedes de Siqueira, sobro quem recahe a probabi- lidado do tor assassinado aquelle Jobim, e como indi- ciados ou coiiniventos no mesmo crime, Amancio Guedes de Siqueira e Marcos da Cru/. Jobim, este irmão do morto e aquelle cunhado, todos presos. « A autoridade processai!te, bem como odr. delegado de policia,~se esforçam para descobrir no mysterio desta ' morte o autor delia' ou o motivo que a determinou. » —Um jornal de Porto Alegre traz o seguinte sobro a morte o eiiterramcnto da esposa do general Osório i d No din 4 do corrente inez (Novembro) fnlleceu na cidade de Pelotas, depois de algumas semanas de pade- cimento'; a exin." sr.« viseondossã do llerval. « Osório, o bravo dos bravos, nào devia tornara ver áquclla, que era o mais caro penhor de sua existência. « Einqiinntò elle cumpre nos campos do Pnraguay a sua missão de soldado, desce ao túmulo a esposa amada, a consiirte virtuosa e adorada, a mão extreinosa dos seus filhos! « .Triste fadario ! « A exin.* sr.» viscondessa do llerval falleceu de en- fermidadó aguda, que lia algumas semanas solfria; as ultimas noticies iriquíctadòras, porém, sobre o estado de saúde do seu illustre' esposo lhe deram 0 golpe de morte. « A niartyr do amor süccuthbio ás 4 horas da tarde do (lia I do corrente, e Osório", se Deus llio conservar a existência, voltando do Paraguav, achará deserto o seu lar. « Ainda uma vez: triste fadario! « Acompanhamos!! illustre general e Ioda sua família na extrema dor por tão irreparável perda. (( Pelotas tomou luto pela morte da esposa do general Osório, cujo funeral leve jogar rio dia 5 do corrente com assistência, nio de quasi toda a população de Pelotas, uns ainda de muitas pessoas gradas do llio-Grande, qiíc para essd lim vieram em vapor especial. d Milhares de pessoas formaram o prostido que acom- paulao ultimo jazigo os restos mortaes da esposa do illustre general. d Os navios surtos'no porto do llio-Grande conserva- ram as bandeiras a meio páo, em signal de sentimento por tão infausto suecesso. « Se ha consolações para perdas taes, o sentimento geral, que nessa solemno oceasiãd manifestou o povo do Rio-Gmíide e de Pelotas, deve servir de lehitivo á dúr dnquellas, que acabam de perder a esposa virtuosa, a' mãe liei e carinhosa. » NOTICIÁRIO tJurj'—Presidentesr.dr. Rego Freitas—Promotor sr. dr. Arlhur Guimarães.—Escrivão sr. Gomes de Araújo. Tendo comparecido hontem apenas 19 jurados, não pude installar-se. a sessão. Foram dispensados por enfermidade attestadaos srs.: João Antônio Pereira—Jacyntho Josó lliieno—Salvador Pereira de Oliveira—Joaquim Taquos Alvim—Mariano Ortiz de Camargo o José Pedroso de Oliveira. Foi dispensado, pornltestar edade maior do 70 annos, osr. Francisco Rodrigues Cezar; por invocar a excepçáo da lei, o sr. dr. Rodrigo Augusto da Silva; por isenção legal o sr. Cândido iGalrão de França, subdelegadodo p licin ; e por opção pelo serviço do sua repartição, o ins- pector da thesuufaria, sr. José Xavier de Azevedo Mar- quês. Ficaram esperados até constitüir-sò o tribunal os srs. capitão José da Silva Prado e Louronço Josephino Car- diui, cujas dispensas foram solliciladâs pelo diroctor da caixa filial, e o sr. Renedicto Antônio da Silva Moraes, reclamando pelo mordomo da Santa Casa. Não lendo sido notificados todos os jurados sorteados, o presidente declarou que ia empregai' a precisa diligen- cia afim de que isso se realisasse e, cm vista do resulta- do, procederia ou não a novo sorteio bojo, dia marcado para a sessão ás 10 horas. Acadciiliu— Encerrou-se hontem a respectiva se- crelaria, na forma do art. 189 do regulamento siipplo- inentar, devendo reabrir-se á 10 do Janeiro próximo. I.oju AiiiísímIu lia hoje sessão magna de ini- ciacíio ás 7 e meia heras da noite. cGa/ieta Ai- Campinas»—Hccebemos on.-.10, de 2 do corrente. Na parte editorial traz uma curiosa estatística da ei- dado de Campinas, que mais do espaço reproduziremos. lintre as Notícias nenhuma encontramos do interesse local. Fallecimcrito—Nos trabalhos do prolongamento da estrada de Pedro n falleceu, om razão de cahir-lhe em cima um madeiro, o cidadão portuguez Domingos da Silva Lessa, que alli era sub-ompreiteiro de obras. O sr. Lessa esteve empregado, nas empreitadas da nossa estrada de ferro de Santos a Jiiiidialiy,sendo muito eonhecido e estimado entre nós, aonde continuava a re- sidir até pouco tonipo. Restabelecimento—O sr. coronel Fortunato José do Camargo, segundo so diz, está restabelecido da gravo enfermidade que soffria na linglia, tendo corrido satisfactoriamente os resultados da operação que lhe íó- ra feita polodr. Matheus de Andrade. Nós o felicitamos. Ironias tio acaso—Na gn/.etilha do Jornal do Commercio de 20 do passado (2." foljia) abre-se a noticia da inauguração dos trilhos urbanos entre a corte e S. Chvislovum 'pelas seguintes linhas, que transcrevemos lilteralmonte, apenas griphando algumas palavras: « Inauc.uhação —Montem foi inaugurada a estrada de ferro, servida por aiiimaes, desta cidade ao bairro de S. Christovam. Pelo largo do S. Francisco de Paula e rua da Lanipadosn, junto da estação principal, estavam estou- didos 14 carros, (pie partiram ás 91/4 horas, levando os convidados. Ao chegarem os carros ao Portão da Coroa, entraram no (pie ia na frente, puxado por quatro cavallos, SS. MM. o Imperador o a Imperatriz,» Princeza Imperial, os semanários, e ministro da agricultura, e voltaram ao dito largo com os membros da directoria da companhia, ([iie estavam presentes. « Ali foi servido um almoço íi familia imperial no sobrado, c aos outros convidados numa das coeneiras. » "fim um dos períodos finnes da noticia ainda se o seguinte: « Os arranjos da estação e da ceremonia agradaram geralmente. » E' difílcil dizer se esta franqueza do Jornal foi inspirada por fina ironia, ou se revela qualquer outro sentimeuto. Distúrbios nu patinação—A páginacão do nosso jornal do Imolem andou perturbada. Fm grande parte da tiragem, por exemplo, envolveu indevidamente o nosso pnginador nos distúrbios da corte um munindo do sr. límilio Alvares lliibião. A principal desordem, porém,deu-se om uni apedido do Campinas, assignado pelo sr. Francisco Ferreira de Mesquita, no qual ficou ommittida a última parto da exposição que precede os documentos. Para sanar essa falta involuntária reprodusimos hoje esta publicação- Circular do ministério da fazenda—llio do Janeiro, em 25 de Novembro de 18(S!).—O visconde de Itaborahy, presidente do tribunal do thesouro nacio- nal, transníitle aos srs. inspeclores das lliesuiirarias de fazenda; para quo lenha a devida execução nas diversas alfândegas do império, a decisão còiístnntò do aviso, junto por cópia, dirigido ao inspector da alfândega do llio de Janeiro om 11 do corrente, lixando a irilefligon- cia do arl. 1" § do decreto n 1,750 do 20 de Outubro próximo passado, em relação aos despachos processados até 31 de Dezembro do corrente anuo.—Visconde de llaborahg. Rio de Janeiro, em 11 de Novembro do 180!).—Illm. e exm. sr.—Parlicipando-me v. ex., om seu oilicio li. 1,131 de 29 de Outubro lindo, ter o chefe da soe- ção dessa alfândega consultado a v. ex. so os despachos processados até o dia 31 de Dezembro do corrente anno ficavam isentos do pagamento dos 15„/° em ouro do dia 1 de Janeiro de 1870 em diante, em virtude da disposi- cão do art. 1" § do decreto u. 1,750 do 20 de Outu- bro próximo passado, ou se a respeito dollès vigorava a doutrina do art. 100 § 2U do regulamento de 19 do Se- lembro de 1800, e haver v. ex. declarado om despacho de 28 do mez lindo que ora applicavei ao caso da con- sulta a doutrina do referido art. 109 §2° devendo enten- der-se por principio do processo do despacho a distri- bliição da nuta, conformo explicou o aviso deste ininis- lorio de 11 de Janeiro de 1803; o tendo sido approvado o dito despacho, assim o comiiiuiiico a v. ex. para sua intoliigencia e fins convenientes. Deus guarde o v.ox.—Visconde de Itaborahy.—Ao sr. inspector da alfândega da corto. Liberdade de ensino—Foi ganha afinal na província do Rio de Janeiro a grande causa. Fm um dos últimos dias do mez passado approvou a respectiva as- sembléa provincial, por dous terços do votos, a lei de liberdade de ensino a que em Dezembro de 1807 negara saneção o presidente da província de então, sr. Fsperi- diãcide Rarros Pimenlel. Fis como fica a lei formulada : « Art. Io Cada froguezia desta província tem direito pelo menos a uma escola publica de instrucçáo primaria para o sexo mascolino e outra para o sexo feminino, as quaes ficam creadas e serão providas e mantidas sempre quo puderem ter matriculados mais de quinze aliiinnos de eiiectiva freqüência. « Art. 2" Nas freguezins em que, por falta do numero de aluiiiiios marcado no arligo precedente, não puderem ser providas ou não deverem ser mantidas as escolas publicas a quo (dias tem direito, o presidente da provin- cia concederá aquellas escolas particulares, que estive- rein om melhores condições para o ensino, a subvenção mensal de 2# por cada áliiiniio pobre, até o número"do quinze, que admittireiii áelfectiva freqiicencia, conitanto que em cada froguezia não se de subvenção a mais de uma escola do cada sexo. « Parngraphq único.—As escolas quo acceilarem este auxilio ficam sujeitas á ílscalisaçáo dos inspeclores paro- chiaes e de comarca. « Arl. 3o O ensino particular primário e secundário fica sendo absolutamente livro. Os direetores dos res- pectivos estabelecimentos incorrerão na multa de 50,? a 200$, imposla administrativamente, sempre que não prestarem á autoridade publica os dados estatísticos de- terminados em regulamento. « Arl. 4o Ficam revogados Iodos os artigos do ca- pilulo 5", o os arls. 120 e 121 do titulo 0" do regula- meiito de 30 de Abril de 18112, o quaesquer outras dis- posições de loi ou regulamento, relativas ao ensino par- ticular.» Fste importantíssimo pensamento, quo honra a seus autores o susteiiladores, foi iniciado naquella assembléa a 19 de Novembro de 18(57 pelo sr. Vieira Souto, pri- meiro signatário do projoclo e que o justificou em um discurso; também o nssignarain os srs. Eduardo de An- drade e J. J. de Moraes Costa, quo com o sr. Vieira Souto compunhjm a còmmissão do fazenda provincial, e os srs. J. Raptisla Pereira, J. do Carvalho o Achilles Varejão, quo então constituíam a còmmissão de instruo ção publica. E' justiça notar duas circumstaucias havidas na hislo- ria desta lei: O presidente que lhe negou saneção, sr. Rarros Pi- montei, era liberal o agonie do liberalissimo ministério Zachnrias. Na ultima approvaeáo por dous terços, dos deputados presentes, um liberal' votou contra, seis conservadores votaram a favor. Deus queira que a propósito de regulamentação da lei não seja ella derogada pela presidência, como á nós não ha muitos mezes aconteceu. Vicc--presidcntes de Cíovaz Foi exone- rado o bacharel Evaristo de Araújo Cintra do cargo de 2.° vice-presidente da província de Goyaz, por se ter mudado para o Rio-Grande do Sul, onde exerce as funeções de juiz de direito da comarca de S. liorja. Passaram: para 2.° vice-presidente o 0.°, bacharel João Augusto de Padua Fleury, e para 5.° o 4.°, coronel João Nunes da Silva. Foram nomeados: 4.° vice-presidente BenedictoFelix de Souza, e 0.° o coronel Francisco José da Silva. Publicação retardada—Temos em nosso po- der uma correspondência do sr. J. Justo da Silva, a qual por vir tarde amanhã daremos. Noticias conunerciaes—As cotações da pra- ca do Rio, a 30 de Novembro, foram as seguintes: Ca.hhio—Londres 193/4d. a 90 d/v. Aronc.ES—Geraes de (3"/»a 82 "/•• Acções—Banco do Brasil a 109í|500, 170fl o 1728000. Pelo presidente, F. P. S. Vida). Polo secretario, .1. M. Santos Pereira. Negocinrain-se 20,000 soberanos » 12/J500 o 120570» 15,000 ditosia 12,?õ80; 31 apólices geraes de (5 "/o a 82; 82 ditpsln 78 "j„ ex-dividendo para Janeiro próximo; um loto insignificante de ditas do empréstimo nacional de 1808 a 7o{l de prêmio ; 100 ncçoes do banco do Bra- ¦sila KIOlJõOD; 100 ditas a 1708; 35b ditas (das quaes 12.) para 3 <fe Dezembro) a 172,)', 75 ditas a 1721/500. Pido vapor ingloz La Place, da linha de Liverpool, vierajn da Europa as noticias seguintes : ' Segundo despachos telegraphicos recebidos em Lisboa os consolidados ficavam no dia 5 do passado cotados a 93 3/8 o os 3 •/„ francezes a frs. 71 25 c. No dia 4, o banco de Inglaterra elevou o mínimo da taxa do desconto a3u/„. O eaté continuava frouxo noi principaos mercados. O algodão licavasem alteração; colava-se em Lirer- pool o regular de Santos a 12 d. Nos dias 2 e 3 do passado venderam-se neste mercado 22,000 fardos algodão, sendo 0,1100 ditos para especulação e exporta- ção. No mercado do Hnvre vendernm-so nos dias acima mencionados: 500 saceas de café do llio, a chegar por 6/1. Dupm-n frs. 51, 530 ditas dito por Union des Char- geurs a frs. 50, 200 ditas de Santos de frs. 01 a 75, e em leilão 52 saceas da café. Rio (restos) por Luzitario e Reine du Monde de frs. 42 á 48, 002 ditas dito Santos avariado por William de frs. 40 a 82, 32 ditas dito Bahia dito a frs. 47. No mercado de algodão houve ai- guina actividade nu dia 2, subindo as vendas totnes a 5,025 fardos, inclusive 1,940 ditos de Sorocaba do frs. 1315 a 145; 188'ditosde'Pernambuco a frs. 138, o 150 ditos dito a chegar, remessas de Novembro e Dezembro, a fr. 137,50. No dia 3, porém, o mercado tornou-se muito calmo e as vendas foram apenas de 708 fardos, inclusive 120 ditos de Sorocaba de fr. 140 a 141 e 82 ditos ditos Pernambuco a fr. 137. Purvia de Lisboa recebeu-so o seguinte telegramma: I.OMIIli:S, () DE NOVI-MIIIIO ÁS 4 IIOIIASE.50 MINUTOS DA TAIID8 «AlgodÍo.— Regular de Santos"" ' frivelmonta firme. « Café.—Frouxo do 43 a 45 s.u Regular de Santos, cm ser 12 d.; sof- . rôstÍ\ R.c,,íU~Un"10s em ^guida a dos prêmios da 58.V plena para o melhoramento do estado sanitário da ca pitai e mais povoações do império oxtrahida em 1 do Dezembro de 1809. NUMEIIOS DOS PIIEM10S de 20:000)5000 até lOOjJOOO. 100 '334 27v?8 3845 255 1337 20.0008000 ío.ooosono 4.ÜOOS000 2.0008000 1.0008000 1.0008000 1091800SOOO 35318008000 52818008000 59028008000 1095 1133 2OO8O00 200SOUO 145020OS00O 17042008000 1782200S000 35152008000 30282O0800O 43112OU8000 5065200/jOOO 58002008000 H21008000 4711008000 8321008000 9d010080(10 12081008000 1647 1008000 2861 1008000 3025 100S00O 3121 1088000 3008 1008000 37U7 11108000 3155 100801)0 3949 1008000 4061 1OOSO0O 4092 1008000 4324 1008000 4700 100&000 5075 lOOfiOOO 5172 1008000 5389 1008000 NUMEIIOS IIOS 1M1E.M10SDF. 40#O00 1001251225035654867 1921330237535974884 2151546239038244993 3971577205738535213 4291713208439045^8 IS?ÍZÍSS584I86&3<51 4941780276542275387 5321913300642405456 8121956303644405=j29 10012078303844415178 106222123' 6645285838 121-.)2215325248585844, Mercado—Mappa demonstrativo dos («meros im- portados a praça no dia 3 do corrente: OESEIIOSQUANT."' UNID."PREC0S Toucinho . . Arrobasfl» Assucar. . . 61/2 ª4flO00« k"!05 ªOsOOOí ÍVW"?100 Alq.™108000118000 m""ÍU *-«• Í 2*S8°3SOO0 Dita de milho.52- ª3884048000 Batata doce. ªJõ Batatinha. . 171/2 ª4Sooo48500 A,'.T,0Z.151/2 ª108000118000 M' ".o!54 ª28&8038000 PoIvilho. ...71/2 ªG85007SOO0 í',"1»,'1ª.88 X''"'!:CargasJg Ql";nnsnft 6« }fte- 10 2800028500 Ovos275,7 Dúzias _83608 Minas de Portugal Ha para cima de 2,000 minas, registradas nas dillerentes municipalidades. Até ao fim do primeiro semestre do anno corrente tinha sido requerida na repartição competente a con- cessão de 396 minas, sendo: uma de enxofre, uma do pbosphorite, três do mercúrio, seis de antimonio, três do asphalto, sois de ouro, duas de estanho, vinte quatro carvão, quarenta e cinco de ferro, sessenta e sete do chumbo, cem de cobre, cento e dezenove de manganez. Destas minas, 51 tiveram portaria de direitos de des- coberta, uO foram concedidas provisoriamente, 136 obli-.

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Anno XVI Sablbado 4'de Dezembro d© 1869 N. 40 3?

ASS1GNATURAS

CAPITAI.

Anno 12S000. Seis mo/.os UjjlOOO.(Pagamento adiantado)

PUJJLICA-SF. DIARIAMENTE CORREIO AL» ASSIGNATUÍUS

F0I1A DA CAPITAI,

Anno lr>$000. Sois mezes SgOOO.(Pagamento adiantado)

EsouiPTonio, Rua da Impeiutriz, 27

Elircctor òa rcímcção e proprietário, 3. H. be fymfo ilíarquea

Acha-se incumbido das cobranças deste jor-nal e bem assim de tomar c renovar assigna-turas, etc, no interior du província, o sr.Feliciano Corrêa Marcondes.

Esle nosso preposto | ercorrerá pura tal limas povoações do interior, é poióm o lugardesua residência a cidddc de Tiiiibaté,

Aproveitamos o ensejo para rogar aos nossos assignantos o obséquio de facilitarem coma sua boa vontade o encargo de nosso propôs-to.

RIO DA PRATA K PACIFIC»

Tivemos hontem mala extraordinária da cúrle polo LaPlace.

Recebemos o Jornal do Couimçrcio do 2, no qual sóencontramos do notável as seguintes noticias do Rio daPraia o Pacifico:

Polo paquete ingloz Patagônia da liiihn do Pacifico,entrado hontem do Rio da Prata, recebemos folhas deBuciíos-Ayres o Montevidéo até 25 o 20 do passado.

As ultimas noticias do Paragiipy resumem-se noseguinte telegranímà expedido polo sr. conselheiroParnnhos ao sr. Carvalho Borges:

« Assiiinpção, 20 de Novembro de 1809.—S. A, o sr.marechal do exercito Condo d'Eu, fica a ponto dó fazermarchar de CiirUguaty, uma das bases tias nossas opera-çôcs, a expedição que (leve perseguir o inimigo. O gene-rnl Câmara tomou por base das suas operações a Concei-ção o conseguiu cortar os recursos do gado que Lopeztirara do norte, únicos que lhe restavam.

« O major Martins, com unia força do 40 homens,alcançou outra vez o coronel Canele, que linha ordemde tornar ao mesmo ponto. Nào se atreveu estou bater-se, abandonando armamento, munições, e, o quo muitomais valo, toda a correspondência' do Lopez, escripladesde Caraguatay, á medida que ia fugindo.

« Delia vè-se o plano de retirada o a desosperaçãoem que está Lopez pola desmoralisação da sua gente efalta de viveres. Ordenava elle quê se ospijigardeasso ochefe de partida quo não arrebanhasse pelo menffii 100rezes. *'¦'

Nas republicas platinas nada oceorrora de impor tan-cia, e das do Pacifico também pouco interesso têm nsnoticias. No Perií dissolveu-se o ministério por disson-cões intestinos, c organisou-se novo gabinete, sendopresidente do conselho o ministro da guerra I). JuanFrancisco llnlta, de estrangeiro D. Mariano Dorado, dointerior I). Francisco de Paula Sccodn, da justiça D.Mariano F. da Pa/. Soldan, interino da fazenda I).Mariano Angulo.

O governo peruano expediu carta rovocatoria ao seurepresentante no llrasil e republicas do Prata, I). JoséM. Lalorrc Bueno. Dizia-se que o motivo fora ter-seeste desviado do thoor das suas instrucções em algumasexplicações dadas ao governo brasileiro.

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NOTICIAS «AS PROVÍNCIAS

—Polo La Place vieram datas da Bahia até 20 dopassado.

As asperezas da secco e da forno haviam iiaqiiella pro-vincia tomado o caracter de calamidade publica, e emvista das representações partidas de dilfereules pontos,com especialidade da's comarcas da Feira de Sant'Annn,liihambupo, Jtapicurd e Montc-Santo, que por modonssutador pintavam as circiiinstancias do (lagello, decja-rou a presidência verificada a hypotbese prevista pelaconstituição no arligo 179 § 31, opor aclo de 24 do pas-sado crubu uma còmmissão central na capital para adirecção dos soecorros públicos, a qual deve ter com-missões e agentes de sua confiança nos lugares ondeentender necessário, rògulando-se todas pelas instrucçõesque com o mesmo aeto foram expedidas.

Para a referida coinmissào foram nomeados: o dos-ombargador vice-presidente da província Antônio Ladis-láo do Figueiredo Rocha, os deputados geraes dr. Joa-quim Jeronymo Fernandes da Cunha, dr. João José doOliveira Junqueira e dr. Francisco José da Rocha,proprietário e redactor do Jornal da Bahia, e os nogo-eiántcs da praça barão do Pereira Marinho, AntônioFrancisco do Lacerda o dr. Pedro de Silva Rego.

—Pelo Santa Crus, entrado a '.)0 do passado dosportos do Sul vieram datas do Porto-Alegre até 15, Rio-Grande 20 e Santa Catharina 20 do corrente.

O presidente da província do S. Pedro do Sul, acom-pauhado do chefe do policia, partira no dia 17 paraJaguarão e Piratiny.

No dia 18 evadira-se da cadeia da cidade do Rio-Grande o réo. Eduardo Augusto Pereira, condemnadoa 7 annos do prisão com trabalho, como assassino dopolicial Firniino.

Na mesma cidade fallecéra o proprietário JacynthoAlves Borges, subdito pprtuguez.

Lá-se no Rio-Grandensc, folha da capital:«. Com referencia ao que publicamos em dias de Se-

tembro ultimo, sobre o assassinato de Antônio MartinsFortes Jobim, cujo cadáver foi encontrado a 2 de Agostoanterior om um vallo no termo do São Gabriel, temos aaccresccntar que, por oilicio do dr. delegado de policiadaquelle termo ao dr. chefe do policia, consta que estãosendo processados pela subdelegacia do 1. ° districto,Vasco Guedes de Siqueira, sobro quem recahe a probabi-lidado do tor assassinado aquelle Jobim, e como indi-ciados ou coiiniventos no mesmo crime, Amancio Guedesde Siqueira e Marcos da Cru/. Jobim, este irmão do mortoe aquelle cunhado, todos presos.

« A autoridade processai!te, bem como odr. delegadode policia,~se esforçam para descobrir no mysterio desta' morte o autor delia' ou o motivo que a determinou. »

—Um jornal de Porto Alegre traz o seguinte sobro amorte o eiiterramcnto da esposa do general Osório i

d No din 4 do corrente inez (Novembro) fnlleceu nacidade de Pelotas, depois de algumas semanas de pade-cimento'; a exin." sr.« viseondossã do llerval.

« Osório, o bravo dos bravos, nào devia tornara veráquclla, que era o mais caro penhor de sua existência.

« Einqiinntò elle cumpre nos campos do Pnraguay asua missão de soldado, desce ao túmulo a esposa amada,a consiirte virtuosa e adorada, a mão extreinosa dos seusfilhos!

« .Triste fadario !« A exin.* sr.» viscondessa do llerval falleceu de en-

fermidadó aguda, que lia algumas semanas solfria; asultimas noticies iriquíctadòras, porém, sobre o estado desaúde do seu illustre' esposo lhe deram 0 golpe de morte.

« A niartyr do amor süccuthbio ás 4 horas da tardedo (lia I do corrente, e Osório", se Deus llio conservar aexistência, voltando do Paraguav, achará deserto o seular.

« Ainda uma vez: triste fadario!« Acompanhamos!! illustre general e Ioda sua família

na extrema dor por tão irreparável perda.(( Pelotas tomou luto pela morte da esposa do generalOsório, cujo funeral leve jogar rio dia 5 do corrente comassistência, nio sé de quasi toda a população de Pelotas,uns ainda de muitas pessoas gradas do llio-Grande, qiícpara essd lim vieram em vapor especial.

d Milhares de pessoas formaram o prostido que acom-paul ao ultimo jazigo os restos mortaes da esposa doillustre general.d Os navios surtos'no porto do llio-Grande conserva-ram as bandeiras a meio páo, em signal de sentimentopor tão infausto suecesso.

« Se ha consolações para perdas taes, o sentimentogeral, que nessa solemno oceasiãd manifestou o povo doRio-Gmíide e de Pelotas, deve servir de lehitivo á dúrdnquellas, que acabam de perder a esposa virtuosa, a'mãe liei e carinhosa. »

NOTICIÁRIOtJurj'—Presidentesr.dr. Rego Freitas—Promotor sr.

dr. Arlhur Guimarães.—Escrivão sr. Gomes de Araújo.Tendo comparecido hontem apenas 19 jurados, não

pude installar-se. a sessão.Foram dispensados por enfermidade attestadaos srs.:

João Antônio Pereira—Jacyntho Josó lliieno—SalvadorPereira de Oliveira—Joaquim Taquos Alvim—MarianoOrtiz de Camargo o José Pedroso de Oliveira.

Foi dispensado, pornltestar edade maior do 70 annos,osr. Francisco Rodrigues Cezar; por invocar a excepçáoda lei, o sr. dr. Rodrigo Augusto da Silva; por isençãolegal o sr. Cândido iGalrão de França, subdelegadodop licin ; e por opção pelo serviço do sua repartição, o ins-pector da thesuufaria, sr. José Xavier de Azevedo Mar-quês.

Ficaram esperados até constitüir-sò o tribunal os srs.capitão José da Silva Prado e Louronço Josephino Car-diui, cujas dispensas foram solliciladâs pelo diroctor dacaixa filial, e o sr. Renedicto Antônio da Silva Moraes,reclamando pelo mordomo da Santa Casa.

Não lendo sido notificados todos os jurados sorteados,o presidente declarou que ia empregai' a precisa diligen-cia afim de que isso se realisasse e, cm vista do resulta-do, procederia ou não a novo sorteio bojo, dia marcadopara a sessão ás 10 horas.

Acadciiliu— Encerrou-se hontem a respectiva se-crelaria, na forma do art. 189 do regulamento siipplo-inentar, devendo reabrir-se á 10 do Janeiro próximo.

I.oju AiiiísímIu — lia hoje sessão magna de ini-ciacíio ás 7 e meia heras da noite.

cGa/ieta Ai- Campinas»—Hccebemos on.-.10,de 2 do corrente.

Na parte editorial traz uma curiosa estatística da ei-dado de Campinas, que mais do espaço reproduziremos.

lintre as Notícias nenhuma encontramos do interesselocal.

Fallecimcrito—Nos trabalhos do prolongamentoda estrada de Pedro n falleceu, om razão de cahir-lheem cima um madeiro, o cidadão portuguez Domingos daSilva Lessa, que alli era sub-ompreiteiro de obras.

O sr. Lessa esteve empregado, nas empreitadas danossa estrada de ferro de Santos a Jiiiidialiy,sendo muitoeonhecido e estimado entre nós, aonde continuava a re-sidir até pouco tonipo.

Restabelecimento—O sr. coronel FortunatoJosé do Camargo, segundo so diz, está restabelecido dagravo enfermidade que soffria na linglia, tendo corridosatisfactoriamente os resultados da operação que lhe íó-ra feita polodr. Matheus de Andrade.

Nós o felicitamos.

Ironias tio acaso—Na gn/.etilha do Jornal doCommercio de 20 do passado (2." foljia) abre-se a noticiada inauguração dos trilhos urbanos entre a corte e S.Chvislovum

'pelas seguintes linhas, que transcrevemos

lilteralmonte, apenas griphando algumas palavras:« Inauc.uhação —Montem foi inaugurada a estrada de

ferro, servida por aiiimaes, desta cidade ao bairro de S.Christovam. Pelo largo do S. Francisco de Paula e ruada Lanipadosn, junto da estação principal, estavam estou-didos 14 carros, (pie partiram ás 91/4 horas, levando osconvidados. Ao chegarem os carros ao Portão da Coroa,entraram no (pie ia na frente, puxado por quatro cavallos,SS. MM. o Imperador o a Imperatriz,» Princeza Imperial,os semanários, e ministro da agricultura, e voltaram aodito largo com os membros da directoria da companhia,([iie estavam presentes.

« Ali foi servido um almoço íi familia imperial nosobrado, c aos outros convidados numa das coeneiras. »

"fim um dos períodos finnes da noticia ainda se lô o

seguinte:« Os arranjos da estação e da ceremonia agradaram

geralmente. »E' difílcil dizer se esta franqueza do Jornal foi inspirada

por fina ironia, ou se revela qualquer outro sentimeuto.

Distúrbios nu patinação—A páginacão donosso jornal do Imolem andou perturbada.Fm grande parte da tiragem, por exemplo, envolveuindevidamente o nosso pnginador nos distúrbios da corteum munindo do sr. límilio Alvares lliibião.

A principal desordem, porém,deu-se om uni apedidodo Campinas, assignado pelo sr. Francisco Ferreira deMesquita, no qual ficou ommittida a última parto daexposição que precede os documentos. Para sanar essafalta involuntária reprodusimos hoje esta publicação-

Circular do ministério da fazenda—lliodo Janeiro, em 25 de Novembro de 18(S!).—O viscondede Itaborahy, presidente do tribunal do thesouro nacio-nal, transníitle aos srs. inspeclores das lliesuiirarias defazenda; para quo lenha a devida execução nas diversasalfândegas do império, a decisão còiístnntò do aviso,junto por cópia, dirigido ao inspector da alfândega dollio de Janeiro om 11 do corrente, lixando a irilefligon-cia do arl. 1" § 1» do decreto n 1,750 do 20 de Outubropróximo passado, em relação aos despachos processadosaté 31 de Dezembro do corrente anuo.—Visconde dellaborahg.

Rio de Janeiro, em 11 de Novembro do 180!).—Illm.e exm. sr.—Parlicipando-me v. ex., om seu oilicioli. 1,131 de 29 de Outubro lindo, ter o chefe da 2« soe-ção dessa alfândega consultado a v. ex. so os despachosprocessados até o dia 31 de Dezembro do corrente annoficavam isentos do pagamento dos 15„/° em ouro do dia1 de Janeiro de 1870 em diante, em virtude da disposi-cão do art. 1" § 1» do decreto u. 1,750 do 20 de Outu-bro próximo passado, ou se a respeito dollès vigorava adoutrina do art. 100 § 2U do regulamento de 19 do Se-lembro de 1800, e haver v. ex. declarado om despachode 28 do mez lindo que ora applicavei ao caso da con-sulta a doutrina do referido art. 109 §2° devendo enten-der-se por principio do processo do despacho a distri-bliição da nuta, conformo explicou o aviso deste ininis-lorio de 11 de Janeiro de 1803; o tendo sido approvadoo dito despacho, assim o comiiiuiiico a v. ex. para suaintoliigencia e fins convenientes.

Deus guarde o v.ox.—Visconde de Itaborahy.—Aosr. inspector da alfândega da corto.

Liberdade de ensino—Foi ganha afinal naprovíncia do Rio de Janeiro a grande causa. Fm um dosúltimos dias do mez passado approvou a respectiva as-sembléa provincial, por dous terços do votos, a lei deliberdade de ensino a que em Dezembro de 1807 negarasaneção o presidente da província de então, sr. Fsperi-diãcide Rarros Pimenlel.

Fis como fica a lei formulada :« Art. Io Cada froguezia desta província tem direito

pelo menos a uma escola publica de instrucçáo primariapara o sexo mascolino e outra para o sexo feminino,as quaes ficam creadas e serão providas e mantidassempre quo puderem ter matriculados mais de quinzealiiinnos de eiiectiva freqüência.

« Art. 2" Nas freguezins em que, por falta do numerode aluiiiiios marcado no arligo precedente, não puderemser providas ou não deverem ser mantidas as escolaspublicas a quo (dias tem direito, o presidente da provin-cia concederá aquellas escolas particulares, que estive-rein om melhores condições para o ensino, a subvençãomensal de 2# por cada áliiiniio pobre, até o número"doquinze, que admittireiii áelfectiva freqiicencia, conitantoque em cada froguezia não se de subvenção a mais deuma escola do cada sexo.

« Parngraphq único.—As escolas quo acceilarem esteauxilio ficam sujeitas á ílscalisaçáo dos inspeclores paro-chiaes e de comarca.

« Arl. 3o O ensino particular primário e secundáriofica sendo absolutamente livro. Os direetores dos res-pectivos estabelecimentos incorrerão na multa de 50,? a200$, imposla administrativamente, sempre que nãoprestarem á autoridade publica os dados estatísticos de-terminados em regulamento.

« Arl. 4o Ficam revogados Iodos os artigos do ca-pilulo 5", o os arls. 120 e 121 do titulo 0" do regula-meiito de 30 de Abril de 18112, o quaesquer outras dis-posições de loi ou regulamento, relativas ao ensino par-ticular.»

Fste importantíssimo pensamento, quo honra a seusautores o susteiiladores, foi iniciado naquella assembléaa 19 de Novembro de 18(57 pelo sr. Vieira Souto, pri-meiro signatário do projoclo e que o justificou em umdiscurso; também o nssignarain os srs. Eduardo de An-drade e J. J. de Moraes Costa, quo com o sr. VieiraSouto compunhjm a còmmissão do fazenda provincial, eos srs. J. Raptisla Pereira, J. do Sá Carvalho o AchillesVarejão, quo então constituíam a còmmissão de instruoção publica.

E' justiça notar duas circumstaucias havidas na hislo-ria desta lei:

O presidente que lhe negou saneção, sr. Rarros Pi-montei, era liberal o agonie do liberalissimo ministérioZachnrias.

Na ultima approvaeáo por dous terços, dos deputadospresentes, um liberal' votou contra, seis conservadoresvotaram a favor.

Deus queira que a propósito de regulamentação da leinão seja ella derogada pela presidência, como á nós nãoha muitos mezes aconteceu.

Vicc--presidcntes de Cíovaz — Foi exone-rado o bacharel Evaristo de Araújo Cintra do cargo de2.° vice-presidente da província de Goyaz, por se termudado para o Rio-Grande do Sul, onde exerce asfuneções de juiz de direito da comarca de S. liorja.

Passaram: para 2.° vice-presidente o 0.°, bacharel JoãoAugusto de Padua Fleury, e para 5.° o 4.°, coronel JoãoNunes da Silva.

Foram nomeados: 4.° vice-presidente BenedictoFelixde Souza, e 0.° o coronel Francisco José da Silva.

Publicação retardada—Temos em nosso po-der uma correspondência do sr. J. Justo da Silva, a qualpor vir tarde só amanhã daremos.

Noticias conunerciaes—As cotações da pra-ca do Rio, a 30 de Novembro, foram as seguintes:Ca.hhio—Londres 193/4d. a 90 d/v.Aronc.ES—Geraes de (3"/»a 82 "/••

Acções—Banco do Brasil a 109í|500, 170fl o 1728000.Pelo presidente, F. P. S. Vida).Polo secretario, .1. M. Santos Pereira.

Negocinrain-se 20,000 soberanos » 12/J500 o 120570»15,000 ditosia 12,?õ80; 31 apólices geraes de (5 "/o a82; 82 ditpsln 78 "j„ ex-dividendo para Janeiro próximo;um loto insignificante de ditas do empréstimo nacionalde 1808 a 7o{l de prêmio ; 100 ncçoes do banco do Bra-¦sila KIOlJõOD; 100 ditas a 1708; 35b ditas (das quaes12.) para 3 <fe Dezembro) a 172,)', 75 ditas a 1721/500.

Pido vapor ingloz La Place, da linha de Liverpool,vierajn da Europa as noticias seguintes : 'Segundo despachos telegraphicos recebidos em Lisboa

os consolidados ficavam no dia 5 do passado cotados a93 3/8 o os 3 •/„ francezes a frs. 71 25 c.No dia 4, o banco de Inglaterra elevou o mínimo da

taxa do desconto a3u/„.O eaté continuava frouxo noi principaos mercados.O algodão licavasem alteração; colava-se em Lirer-

pool o regular de Santos a 12 d. Nos dias 2 e 3 dopassado venderam-se neste mercado 22,000 fardos d«algodão, sendo 0,1100 ditos para especulação e exporta-ção.

No mercado do Hnvre vendernm-so nos dias acimamencionados: 500 saceas de café do llio, a chegar por6/1. Dupm-n frs. 51, 530 ditas dito por Union des Char-geurs a frs. 50, 200 ditas de Santos de frs. 01 a 75, eem leilão 52 saceas da café. Rio (restos) por Luzitarioe Reine du Monde de frs. 42 á 48, 002 ditas dito Santosavariado por William de frs. 40 a 82, 32 ditas ditoBahia dito a frs. 47. No mercado de algodão houve ai-guina actividade nu dia 2, subindo as vendas totnes a5,025 fardos, inclusive 1,940 ditos de Sorocaba do frs.1315 a 145; 188'ditosde'Pernambuco a frs. 138, o 150ditos dito a chegar, remessas de Novembro e Dezembro,a fr. 137,50.

No dia 3, porém, o mercado tornou-se muito calmoe as vendas foram apenas de 708 fardos, inclusive 120ditos de Sorocaba de fr. 140 a 141 e 82 ditos ditos d»Pernambuco a fr. 137.Purvia de Lisboa recebeu-so o seguinte telegramma:

I.OMIIli:S, () DE NOVI-MIIIIO ÁS 4 IIOIIASE.50 MINUTOS DA TAIID8«AlgodÍo.— Regular de Santos "" 'frivelmonta firme.

« Café.—Frouxo do 43 a 45 s.u

Regular de Santos, cm ser 12 d.; sof-

. rôstÍ\ R.c,,íU~Un"10s em ^guida a dos prêmiosda 58.V plena para o melhoramento do estado sanitárioda ca pitai e mais povoações do império oxtrahida em 1 •do Dezembro de 1809.

NUMEIIOS DOS PIIEM10S de 20:000)5000 até lOOjJOOO.

100'33427v?83845255

1337

20.0008000ío.ooosono4.ÜOOS0002.00080001.00080001.0008000

1091 800SOOO3531 80080005281 80080005902 8008000

10951133

2OO8O00200SOUO

1450 20OS00O1704 20080001782 200S0003515 20080003028 2O0800O4311 2OU80005065 200/jOOO5800 2008000

H2 1008000471 1008000832 10080009d0 10080(101208 1008000

1647 10080002861 10080003025 100S00O3121 10880003008 100800037U7 111080003155 100801)03949 10080004061 1OOSO0O4092 10080004324 10080004700 100&0005075 lOOfiOOO5172 10080005389 1008000

NUMEIIOS IIOS 1M1E.M10S DF. 40#O00

100 1251 2250 3565 4867192 1330 2375 3597 4884215 1546 2390 3824 4993397 1577 2057 3853 5213429 1713 2084 3904 5^8IS? ÍZÍS S58 4I86 &3<51494 1780 2765 4227 5387532 1913 3006 4240 5456812 1956 3036 4440 5=j291001 2078 3038 4441 51781062 2212 3' 66 4528 5838121-.) 2215 3252 4858 5844,

Mercado—Mappa demonstrativo dos («meros im-portados a praça no dia 3 do corrente:

OESEIIOS QUANT."' UNID." PREC0S

Toucinho . . Arrobas fl »Assucar. . . 61/2 4flO00 «k"!0 5 OsOOO íÍVW"? 100 Alq.™ 108000 118000m""ÍU *-«• Í 2*S8° 3SOO0Dita de milho. 52- 38840 48000Batata doce. õBatatinha. . 171/2 4Sooo 48500A,'.T,0Z .151/2 108000 118000M' ".o !54 28&80 38000PoIvilho. ... 71/2 G8500 7SOO0í',"1»,'1 .8 8X''"'!: Cargas gQl";nns nft «}fte- • • 10 28000 28500Ovos 275,7 Dúzias 8360 8

Minas de Portugal — Ha para cima de 2,000minas, registradas nas dillerentes municipalidades.Até ao fim do primeiro semestre do anno correntetinha sido requerida na repartição competente a con-cessão de 396 minas, sendo: uma de enxofre, uma do

pbosphorite, três do mercúrio, seis de antimonio, três doasphalto, sois de ouro, duas de estanho, vinte quatro décarvão, quarenta e cinco de ferro, sessenta e sete dochumbo, cem de cobre, cento e dezenove de manganez.Destas minas, 51 tiveram portaria de direitos de des-coberta, uO foram concedidas provisoriamente, 136 obli-.

Page 2: Anno XVI Sablbado 4'de Dezembro d© 1869 N. 40 3 ...memoria.bn.br/pdf/090972/per090972_1869_04037.pdfrezes.*' ' Nas republicas platinas nada oceorrora de impor tan-cia, e das do Pacifico

CORREIO PAULISTANO

verãm coneossáo definitiva, e 149 estão em via de cou-cessão.

A mais importante de todas as minas emcxMoraçaOregular é a (lo S. Domingos, da qual se timijá'foit6'irh>mensas descripções; seguem-se-llie em importância asminas do Aljustrel, pertencentes á companhia Traiis-tagana, proprietária também das minas de Saô JoaodcDeus dos Algaros.

Siuita Maria—Fecha-se hoje ás 5 da tarde a malaordinária, e á.ininlià até 8 e meia a supplemeutar.

Correio—Hoje á 1 da tarde fecha-se as malas delinha de Mogy-mirim, e ás 5 as da do Norte.

Itarrcira do Cubatão—Demonstração dos ge-neros de exportação, que passaram por esta barreira,durante o mez dó Novembro e o seu rendimento:

Café arrobas 8.503Fumo »Toucinho *

menos reíléctidos. pois que aos que lerem attentaniento i eu andasse excitando a compaixão em favor de meus so-o artigo mesmo do sr. Thevenar ahi achariam sobejos brinhos acerca das dividas do meu finado irmão, consc-

•Algodão.Feijão.Farinha.Milhe,liatatas.Aves .TabóíulosYiiecunsSuirios .

alqs

cabeçasdúzias

1.011612

2.4521832

15508

0.209105208313

Rendeu a barreira 0428950

10 a 28 do próximoItuptisailos na Sr—Delindo, deram-se os seguintes:

Dia 10:Joaquim, nascido a 28 de Agosto ultimo, filho legiti-

mo de Joaquim José de Moraes e Silva, e de Josepltallueiio dò Prado.

Dia 23:Clementina, nascida a 23 de Outubro próximo passa-

do, filha legitima de Alexandre Monteiro da Silva Ito-land, e de D. Maria lleiiediclu Pinheiro ltoland.

Dia 2-1:Maria Ernestina, nascida a 25 de Março deste anno,

filha legitima do alferes Tbeodulo Augusto Varelln, ede D. Agueda Feliciana Varelln.

Dia 28: , ,Maria, nascida a 21 do corrente, filha legitima de José

Martins dn Silva, o de Anna Cândida Martins.Lindoya de Jesus Soares, nascida a 21 do Outubro

próximo'passado, filha natural de Antônio Ferreira Sua-res, e de Thereza Maria de Jesus, solteiros.

Kscolasticn, nascida no 1° do corrente, filha naturalde Luiza, preta liberta.

Pio, nascido a 13 do corrente, lilho legitimo de José,africano, e de Caetano, creoula, escrava.

Casamentos livres—Novembro 17:lincharei Francisco José Monteiro Júnior com D.

Joanua Augusta de Mello Itosa.Dia 20:

Francisco Ribeiro Lopes com Carolinn da ConceiçãoGuerreiro.

Frederico Henrique d'Oiiveira com Maria Duarte riu-nes de Almeida.

Cemitério Municipal—Sepultou-se no cerni-terio municipal, no mez de Novembro próximo findo 40cadáveres, a saber:Homens adultos livres que pagaram sepultura.Homens adultos livres que foram sepultados

grátis por serem pobresHomens menores livres que pagaram sepulturaHomens menores liVres que foram sepultados

grátis por serem pobresMulheres adultas livros que pagaram sepulturaMulheres adultas livres que foram sepultadas

grátis por serem pobresMulheres menores livres que pagaram sepulturaMulheres menores livres que foram sepultadas

grátis por serem pobresPessoas sepultadas cm jazigos já comprados

1

0

1

10

ira suas famílias 4

11ESCRAVOS

Homens adultos. 3Homens menores jMulheres adultas ...•••!Mulheres menores 2

22

40

übituario-.No dia 30 do passado o 1» do correntenão sepultou-se no cemitério municipal,' cadáver aigum:

No dia 2:D. Maria Franeisca de liarros, 00 annos, viuva, na-

tural desta cidade.Francisco, 70 annos, escravo do dr. Joaquim ignacio

de Moraes. Hydropesia.

Matadouro publico—Foram mortas no dia 29do passado 10 rezes.

No dia 30, 10 ditas.—Foram mortas de 1.» a 30 do passado 483 rezes, a

saber:De João Antônio de Borba 140De Antônio Justino da Silva .... 53De Fernando Antônio de Mello . . 51De Antônio Manoel Moreira de Camargo. 50De José Mariauo '10De José Domingucs Frade 40De Custodio da Costa Nascimento. . 28De Jacyntho Rodrigues da Silva Dãfbosa, 28De Manoel Fernandes Júnior .... 27De Joaquim Eugênio de Lima .... 14

A PEDIDO

Campinas

O SR. DELEGADO CONSULAR DA NAÇÃOPORTUGUEZA

Em o seu Correio Paulistano, sr. Redactor, foi estam-pada, a 10 de Janeiro deste corrente anno da graça,de1809, a nunca nssás promettida coirespondcncia escrip-ta contra mim pelo sr. Joaquim Cândido Tlievcnar.

Se aquelle dia não fosse de indulgência plenária, se-gundo rosam as folhinhas, certamente já o meu nometeria saindo barra fora por esses dominios de líelzebutealém, á conta dos peccados mortaes que os srs. Tbove-nar/Ferraz o Cardoso escavaram na minha existência.

Feliztrlenle eu e o sr. Joaquim Cândido somos eonlie-cidos aqui nesta terra', de sorte que sd aos estranhos te-jiho do explicar d mirtha reputação, c isso mesmo aos

dados para nosjúlgafcmwmi.bòs• Começa porque s. s. a nenhuma das mllihaj amabili-lidades (leu cabal agradecimento como lhe cumpria.Umas torceu, outras desvirtuou no sentido próprio.

E' aísim que sem definira naturesa da denuncia dadacontra meu irmão Augusto F. de Mesquita, faz-me, en-tretanto, lembrar que nos actoà de espolio de ManoelJosé de Oliveira existem documentos que provam quemeu irmão entregou, por determinação judicial, a im-portancia de uns chapéus pertencentes ao mesmo Ilha-do, a qual importância já meu irmão tinha divididopara pagamento seu edosr. J. E. de Carvalho Monte-Sogro, sem aútorisáçno para a venda de ditos clia-peus. Náo é verdade o modo porquês, s. narra o caso.Eiri piimeiro lugar é certo que meu irmão vendeu os clia-peus, mas em leilão publico e também por conselhoparticular do juiz municipal de então, dr. Cândido For-reira da Silva Camargo, o que consta de oflicio destejuiz junto aos mesmos autos a que se refere s. s.

Por ahi se vi a lisura e boa fé com que andou meuirmão if um passo iiisigniíicantissinio, attenta a insigni-licancia do valor dos chapéus, no qual entretanto foi en-caminhado por um homem de pergamini.o e autoridadeno paiz, da qual peço ao sr. Tbevener contesto os altoscréditos.

Em segundo lugar meu irmão náo pagou-se de dividapropriamente, porém de despesas feitas no enterramontoe moléstia do finado. Pagou sim ao sr. Monte Negro eisto ainda & prova da lhauesa havida nos fados, pois queeste cavalheiro tem um nome conhecido na província omesmo no império, sendo incapaz do involvor o sou ca-racter immensamente conceituado e puro n'iiina tristequestão de chapéus'. Destas cousas são testemunhas ostrês honrados senhores que apontei e mais da partícula-ridadeque assignalou a denuncia de s. s.,objectoque s.s. quiz metter á hulha na sua resposta.

A' segunda amabilidade oppõe o sr. Tlievcnar quo nãodenunciou a David José Teixeira, e que o juiz procedeuex-olficio. Náo procedeu. O sr. Tlievcnar denunciou e asua denuncia foi aceita como se vô do documento n. 34que ollereeeinos. O processo está ainda em andamento.Não se admire o sr. '1 lievonar de se enganar também so-bre os outros pontos.

Quanto á terceira amabilidade, s. s. explicou-se bemdizendo que náo reconhece portuguez som papelçla.

lloa duvida; foi o mesmo que nós dissemos ser o modode vèr do sr. Joaquim Cândido, pois que os Mulos e jus-tifiraçõesa isso montam.

Satisfatoriamente explicou-se acerca das bandeiras eusos diplomáticos.

Também eu acredito que o príncipe de Metternich e oduque de 1'almella tinham bandeiras que içavam a toda ahora e por isso estou longo de censurar ao sr. J. Candi-do. Tanto mais que s. s. o foz só e só nos dias das glo-rias brasileiras. O que eu sinto é que Deus náo me desseo dom oratório para em taes Occasiôés embocor a tubade Miiaheau, como um certo sujeito faz proferindo ele-gantes improvisos decorados em três dias.

Do ip.e eu me referi sobre s. s. e o sr. Costa, tire s. s.a illaçãoque acharem sua memória.

Acredito no dizer de s. s. que ads seus festejos de an-nos a S. M. F. accorreu o que lia de mais brilhante nasociedade Campineira. E' verdade; e por signal que to-dos sahiram penhorados para com s. s. e para com apessoa que fez as honras da casa. Aquillo 6 que foi urbaiiidado, maneira cavalheirosa e franca, ninguém ocontesta.

A sétima amabilidade foi confirmada pors. s.Com respeito á oitava lamenta o sr. Thevenar que o'regulamento consular não venha até mim pelo prazer de

me vèr de espadào e dragonas. Eu também lamento poripie, se o regulamento abrangesse aos negociantes seriaum regalo andar a gente toda do pluma e badana, e umcerto general que eu conheço a dirigir a manobra dechapou armado o fardáo nos dias de galla.

Pelo que dizá nona amabilidade s. s. usando a tacticade um abalisado militar ou tino de um diplomata con-siiminado, quer convencer ao publico que náu é nenhumanjo da paz pelos lugares que apontei. Já é modéstia INegar assim uma virtude que só por si faria a maiorgloria!

Chegamos á décima, sr. Joaquim Cândido, a em ques. s. redargue dizendo que estes indivíduos que so fazempassar por Iransmontanos são peiorés do que muitos gal-legos de frete. São mesmo; e eu conheço a muitos des-tes indivíduos. Entretanto ha-os que s'e elevam ás altasregiões do saber e da riquesn, por acasos da fortuna, oque assim tornam-se de uma posição invejável captandoo respeito e a consideração de todos.

Ficam ás vezes tão grandes e ricos o nobres que setornassem ao berço natal ninguém mais os conheceria.A sociedade é quo"os aponta a dedo como symbolos aosfuturos emigrantes.

Finalmente é certo que o elogio feito a s.s. por mui-tos portuguezes desta cidade, cm uma representação aoconsulado geral ainda não foi tomado em consideração.Ha destes phènomonps na naturesa.

E' por isso que lia dois mezes precisava-se de chuva ea sueca rachava o solo tenazmente. Náo so lembra dis-to o sr. Joaquim Cândido?

Áccrescenta ainda s. s. que os meus escrúpulos so es-candalisaram com o pequeno expolio do meu finado cai-xoiro, de que fiz dar conhecimento ao sr. agente consu-lar por outro meu caixeiro. Assim foi; e diz uma verdadeque está na opinião de todos foliando sobre o modo porque eu zelo a minha consciência. Tanto está na opinião detodos que s. s. pôde correr os documentos de n. 1 a 20 eahi vèr o que aqui se pensa de mim. Dou a luz taes docu-n.entos para apreciação dos quo não coiihecein-me e nãoconhecem ao sr. Thevenar.

Depois destes rcfolhailos agradecimentos que o sr.Joaquim Cândido me dá e que acabo de analysnr,passa s. s., por sua vez, a mimoscar-mo com algumasamnbilidades do sua lavra. Mostrou que é perito em fa-zer ni.iabilidadcs! Entretanto, eu que não sou tão deli-cado como s, s. não as agradeço, vou retrucal-as. Voufazer mais: vou deixar s. s. corrido de sua generosidadepara comigo.

Este mundo é mesmo cheio do ingratos e eu venhoaiigniei.lar a lista delles.

1'revejoques. s. ha de queixar-se de minha rude ma-neira de vèr as cousas, mas eu sou o que sou tanto comos. s. é o que é.

A' primeira amabilidade respondo que já provei aopublico, em correspondência por mim firmada este anno,nos jornaes de S. Paulo, e com documentos firmadospelo exm sr. dr. João Theodoro, lente da Faculdade deDireito (pessoa que decerto não conhece o sr. JoaquimCândido) e mais pelo sr. F. de S. Moreira honradíssimonegociante, como, contra a minha vontade, me foi deixa-da a terça por meu irmão a mim e meus filhos. E' sabidoo modo" porque me oppuz a esse passo, a obstinação comque elle foi dado por meu irmão. Hoje não/desisto 'daterça, na parte que me diz respeito, porque náo quero eporque meus sobrinhos não estão pobres como todos sa-bem.

Isto o sr. Joaquim Cândido não pôde censurar em mim,quando aqui em Campinas vire um .sujeito que não de-siste do uma migalha de seus imniensos haveres em fa-voíde uma pessoa que lhe deixa diariamente, a custa dópróprio Biior, mais do que uma terça.

A' segunda amabilidade respdndb cjüe é inoxacto quo

guindopóresse modo rebato nellas. Veja-se odocumento n.27.

E diante desse documento firmado pelos credores ce-dentes o que dirá osr. Thevenar ?... Que é verdade oque s. s. diz ? Como se apresentará na sociedade no diaseguinte ao em que o lér? O que dirá aos seus amigos ?Que foi um mero gracejo de sua parte ?

E, pois, fica por terra o que avançou o sr. Thevenar.Fica restabelecida a pureza das cousas que já era conhe-cida de todo o mundo, eque ainda que eu não i.rodu-zisse documento eiri contrario résajtava aos olliosdoquantos conhecem o meu caracter que, mercê de Deus,ú devidamente aquilatado nesta cidade.

A' terceira amabilidade respondo, que ú iuexaclo queeu chamasse alguém a juizo por divida do que inq re-pulasse credor e que om audiência reconhecendo meuengano sobre a divida contestada delia desistisse. O sr.Joaquim Cândido náo é capaz de dizer em que fonte be-beu tal noticia,seriamente foliando, afim de averiguar-sea limpeza delia. 0 caso que houve enlre mim e Prata, a(piem chamei a jui/.o, como sócio da firma Ferreira No-vo n Mesquita, foi o seguinte ;

O sr. Prata, com quem o sr. Thevenar parece queloje entretem as mais corileàcs relações, citado por mim

para pagar a quantia de 23^250 réis riegou-so a pagar aquantia tolal allogaiidò que tinha incontros a favor. Emvista disto requon juramento dV.liria.

Prata jurou quo não me devia. Foi por isso absolvido.Mas ou não desisti do processo, nem reconheci enganoalgum meu como afirma o sr. Tlicvpnar, Quer s. s. con-vencer-se disto ?Lèa o documento n. 28. Eu sei que s.s. ha de lèr esta certidão de oíilcial publico e ha do vol-tara cara desorientado. O que o publico pensará das pa-lavras de s. s. vendo tudo isto ?

Ainda mais: a divida de Prata está verificada cmmeus livros commerciaes por assentos de venda feitospelo sr. Ferreira Novo, cuja probidade s. s. náo ha deimpugnar, o igualmente por assento do meu caixeiro deentão e hoje acreditado negociante desta praça o sr.Francisco Gomes Pinto.

Quanto á quarta amabilidade peço a s. s. que desmas-caro a que aliude e mais ainda ao tal sobrinho do velhonegociante honrado. Neste pontu anda emhroglio de s.s. de serie que náo pude atinar com o siibtil conceito detal embrulhada. Eu não lenho medo de vèr em discussãoos meus netos porque náo coro delles. 0 lái sobrinhoque eu acredito quo pensa como eu, npparnçn sem re-buço oponha tudo i. limpo. Náo ande. o sr. Joaquim Can-dido embóscarido-ú atraz de si.

Para homens que se prosam não ha tlezar em viremperante o tribunal da opinião aventar n seu procedimon-to. Assim me parece, assim o pratico, assim desafiopara que ò façam também, Nesta arena que é a da hon-ra, as armas devem serás da franqueza.

A' quinta aninhilidade contesto dizendo que éjnexac-to o que ahi se diz.

Nunca dei satisfação ao sr. Joaquim do AnurM Ca-margoe principalmente escripta como se allega.

Coutarei á leltra o de accordo com a minha dignidadeo que se passou.

Durante uma viagem minha meu irmão Augusto Fer-reira de Mesquita, que ficara gerindo o negucio, recebeudo sr. Amaral Camargo a quantia que este devia ao uns.so negocio e passou-lhe recibo, mas náo fez a devida no-ta da entrada nos livros.

Voltando eu e exigindo pagamento ao sr. Camargo,este oppoz-se dizendo que já havia pago, ao que lhe re-darguifazendo vero contrario. O sr. Camargo respondeuquo eu mandasse buscar o dinheiro em sua casa. Man-dei, e então elle mostrou recibo de meu irmão. Dei-mepor satisfeito e abri o lançamento respectivo no livro,assentando uni pagamento, que eu ignorava.

Isto é dar satisfação '? %Isto é praticar lima acçào feia ? Sujeito-me ao quedecidirem os homens de bêm que afinal vão julgar entre

mim e o sr. Joaquim Cândido.A'sexta amabilidade peço ao sr. Thevenar que não seja

inigmaticó: Diga o que isso é. A quem é que esse rapa-sito pedia dinheiro, quem é esse tal rapasito etc. ele.Pôde ser mesmo que isso seja assim. Eu conheço certosrapasitos nesta terra c qual mais experto o qual mais te-mivel.

Eu proíligo sempre os que procedem mal, Neste pontoha acerto do s. s.Mas cumpre indagar quem seja esse que é o alvo de s.

s. Eu conheço um indivíduo a quem náo censuro teraceitado o pagamento de uma passagem, e foi só isto,que um tio lhe fez abonar do Itioa Santos, sendo queao irmão desse rapasito o mesmo tio já antes nada quiz'levar de algumas despezas miúdas, por amizade. Se é aeste rapasito a quem se refere s. s. peço a s. s. que peloamor de Deus nao me comprometia 'com

elle, pois eulonge de criticar o seu procedimento, pelo contrario elo-giei sempre como até agora elogio, pois que é um moçode qualidades assentes no brio e na dignidade, como"opublico e o sr. Joaquim Cândido hão de confessar de-pois de lèr esta correspondência e seus documentos.

Ultimas, s. as suas amabilidades (laudo a saber qnepela barreira de Jundiahy passaram até 30 de Junho docorrente anno (J50 arrobas de café, exportadas pela casaMesquita e Ribeiro do que eu seu sócio. Diz o sr. Joa-quim Cândido quo isto prova o meu tino e bom com-mercio.

Prova sim, poderia provar se tal fosse verdade, por-quo o mais que pensariam os leitores é que em jogo jácom bons fundos o que por isso me inclui no numerodos 35 exportadores—náo lavradores de. café que haneste município. Pessoas conhecidas.o que compram ca-fé dos fazendeiros como é notório: pessoas de toda líó-nestidade sobre o que peço no sr. Joaquim Cândido quediga o seu mio dogmático. Mas não antecipemos as cou-sas. Esle negocio alfecta bem de pe.rlo ao meu sócioRibeiro, gerente dn casa a que se remette osr. Tlieve-nar. Este dará resposla opportuni c cabal a s. s. o paraisso licaemprazado.

Ora já vèom quo o sr. agente consular da nação por-tugi.cza fez nascer á sua montanha um pobre ratinho.Não fiz commenlarios sobre as suas asserções porquesei que o publico as commcntará em seu récto juizo etanto melhor será a sua decisão olhando só para os fac-tos o os üocumvnlos.

Desmanchado u ouro sem ligaih coroa que o sr. agen-te me teceu, estava desfeito o esmalte addicional ; masvejamos ainda do quo tempera é esta composiçáo, prodi-gio da mais subida alchymia.

O primeiro sombreado é a carta de meu caixeiro quoprova o que eu havia já asseverado, isto é o fnllecimen-todo outro caixeiro meu, cujo trespasso eu fiz participardeste modo ao sr. Thevenar, e com cujo expolio s. s. nãose importou. 1'orquo seria que não se importou?

OJseguiulo sombreado é uma carta do sr. Antônio Ja-nuario Pinto Ferraz, em que esto senhor declara queindivíduos mais expertos do que eu o meu irmão náotem encontrado, c também que principalmente a ultimaconta apresentada a elle por nossa casa era excessiva.

Isto foi uma solempe cnçoada do sr. Ferraz com o sr,Joaquim Cândido. E' sabido que o sr. Ferraz costumagracejar deste modo ás vezes. E por isso ninguém se of-fende com brin quedos nos quaes o sr. Ferraz não temintenção de molestar a pessoa alguma. Para o publico emesmo osr. Joaquim Cândido convuncerem-se de quea carta do sr. Ferraz não passou de brincadeira, sem a

menor vontade de molestar-me, leiam os documentos n.29 o n. 30 Por elles vèr-se-hn que nas (pouquíssimas)garrafas de vinho de Lisboa incluídas na minha contaloi que o sr. Ferraz achou que fariam o excesso delia opor isso iiipiiguou pagal-as.

E todavia é certo que ellas foram para a casa do sr.Ferraz, como afirmou O seu escravo do confiança Será-phim em presença do negociante desta praça Manoel J.Pi Villaros, e cor)io afirma a pessoa que vendeu o vinho,meu empregado de enláo e hoje conhecido negociantena cóite Manoel Pinto Ferreira.

Peco no sr. Tlievcnar que refute a palavra honradadestes dois senhores, O sr. Ferraz é que lia de se rir dabrincadeira.

0 terceiro o ultimo sombreado é tuna carta com cincoquesitos (I I 1) do sr. Thevenar ao sr. Antônio PereiraCardoso de quem o sr. Thevenar é amigo nttencioso ocriado como diz, e a resposta do tal sr. Cardoso resumidaem dois quesitos, mas quesitos de escaclia-pecegueiro 1

O que diz osr. Cardoso eslá tudo eivado da maiorsiispeiçào,deste mundo. Este sr. Cardoso é inimigo liga-dal meu e de meu irmão.

E suas palavras serão como se não foram escnptns,para lodo o qualquer homem do bem que as vir. Tenhodocumento sòleuínc para convencer isto : é ode nl 31Já se vè que o sr. Cardoso que foi aceusado em juizo porcrime de estellionato, sendo a accusaçao sustentada atéao lim por meu irmão, não nos pôde olhar com olhosdesprevenidos.

Náo me farei cargo de mostrar as contradições de suaresposla, nomeadamente no lugar em que o sr. Cardosonarra quo sem iniciação no negocio, com um mez apenasde brasil, a horas mortas, vae comprando o que não ti-nha ordem para comprar, vae, recebendo sem escrúpuloe liado só no dizer dos escravos aquillo de que não foiprevenido como convinha, attenta a natureza do gênero.Não discuto uma tal resposta : seria isso admittir a suavalidade, que é insustentável á face do documento n. 31citado.

Ainda mais: o sr. Cardoso diz nada saber quanto áquestão do assucar ventilada pelo sr. Thevenar, mas as-severa o facto liado nos testemunhos da Visinha e do sr.Domingos Manoel Fernandes.

Em relação ú.visiiihariçã veja-se o documento do n.32 referente á casa em questão. Sáo assignaturas do fa-zehdoiros considerados e que eu sei quo não hão de serexcepcionado.-, quo os não podo excepcionar osr. Joa-quim Cândido,

Entre ellas hn uma que vem muito a ponto para o ca-so : é a do sr. Elisoti Leite de liarros, filho do finado sr.Manoel Leite de Burros. O sr. Eliseu declara que nun-ca lhe constou que o sr. Seixas comprasse assucar doescravos. Admirem-se os homens de boa fí desta nega-cão formal ao dito sr. Cardoso 11

E em relação ao sr. D. Manoel Fernandes veja-se odocumento de n. 33 que é uma negação formal ao tesle-muniu, de Cardoso.

Kinlim Cardoso não pôde entrar mais em discussãoquando se trale de mim e do sr. Tlievcnar.

Dito isto vou concluir.Náo lia mais nada que vèr na correspondência

do sr. agente consular. Podíamos por-lhe o «Aqui jaz I»e dcixal-a dormir o somno profundo. Mas o sr. JoaquimCândido que vela, como bom pae, á sua cabeceira,bradae grita ainda : «Temos cousas da marca vermelha I».

Venham as da marca vermelha, amarella, azul ouverde, preta so quizor.

Achar-me-ha firme na estacada e de bom humor.Sirva-se sim do agente prestimoso que tem agora ás

suas onkns a vèr se encontra as da marca vermelha.Mas não twga fados contra producentes e nem castellosno ar.

Por emquanlo a cidade de Campinas e mesmo quantostiverem conhecimento dos escriptos de s. s. e dos meusficam ajuizando entre nós.

A minha conciencia está serena e de antemão contou-te com o julgamento das almas impareiaes.

Outro sim previno ao sr. Thevenar, que quando quizerentreter polemica a meu respeito dirija-sn expressamen-te a mim. Se fôr ter com outros, é bem vislo que eu nãorespondo senão pelos meus actos e cada qual pelos seus.Por essa causa náo darei razão de feitos estranhos comoquem o sr. Thevenar quizer associar-me a sabor de sua[ihantasia.

Francisco Fr.nur.nu nu Mksquita.N. 1.—Mm. sr. commendador Manoel Cardoso de

Almeida e Silva.—Achando-mo eu a residir nesta cida-de ha doze annos, e sendo v. s. lambem aqui morador,desejo que v. s. me responda ao pé desta e de baixo derua palavra de honra qual o conceito que fôrma a meurespeito, islo é qual o juizo que faz de mim como nego- 'ciaute, como homem publico e particular.

Sou com consideração.—De v. s.—amigo e obrigadis-simo criado.'—Francisco Ferreira de Mesquita.

Illm. sr. Francisco Ferreira do Mesquita—Satisfazòn-ao seu pedido respondo que ha annos o conheço, e comvmc. tenlii) entretido relações amigáveis e commerciaes,terminando estas sempre sem a menor duvida, e nemoutra cousa era de esperar em vista do sen caracter lio-licito e honrado.

Sou com estima.—Seu affectllosb amigo o obrigado.—Manoel Cardozo de Almeida e Silva.

S/C, 20 de Novembro de 1809.N. 2. —Illm. sr. Francisco Ferreira de Mesquita.—

Em resposta ao que me pede, só tenho a dizer-lhe quoo tenho, sempre tive e espero ter no meu conceito, comohomem honrado, probo, bom concidadão e amigo des-velado.—De v. s.—Altento venerador e obrigado.—José de Souza Teixeira.

Campinas, li) do Novembro de 1809.N. 3.—Min. sr. Francisco Ferreira de Mesquita.—

Em resposta ao seu pedido acima, tenho a dizer, quenáo só conheço a v. s. durante todo esse tempo, comotambém tenho o prazer de ter relação de amizade c com-marcial, tendo sempre formado o melhor juizo a seu res-peito como negociante muito honrado, e como homem'publico, muito imparcial,c como particular bom amigo,-e que tudo quanto avanço juro se preciso fòr.—E semmais sou com toda estima.—De v. s.—Amigo obrigadocriado;—Francisco Borges de Souza.

N. 4.—Mm. sr. Francisco Ferreira de Mesquita.—Respondendo á carta do v. s., afurmamos-lhe que a re-putação de v. s., quer se a considere pelo lado com-marcial, quer pelo lado particular, está acima de quaes-quer suggestôes ou juízos mãos. V. s. poderá fazerdesta o uso que. lhe convier.—De v. s.—Amigos obrl-'gadissimos.—Santos (c Irmão,

Campinas, 20 de Novembro de 1809.N. 5.—Mm. sr. Francisco Ferreira do Mesquita.—

Relativamente ao pedido supra que v.s. nos fnz respon-demos que ha muito temos o prazer de o conhecer, o;sempre fizemos muito bom conceito de v. s ; como no-gociante, homem publico e particular sempre devisa-mos-lhe honradez e probidade.—Somos com estima oconsideração.—Du v. s.—Amigo obrigadissimo c criado.—Costa c Fonseca.

N. 0.—Illm. sr. Francisco Ferreira de Mesquita.—A seu pedido, tenho a dizer-lhe, que formo a seu res-peito o melhor juizo possível, tanto como negociante écomo homem particular.—De v. s.—Criado o venerador.—João Augusto de Mendonça,

Page 3: Anno XVI Sablbado 4'de Dezembro d© 1869 N. 40 3 ...memoria.bn.br/pdf/090972/per090972_1869_04037.pdfrezes.*' ' Nas republicas platinas nada oceorrora de impor tan-cia, e das do Pacifico

CORREIO PAULISTANO I*

N. 7.—Illm. sr. Francisco Ferreira do Mesquita.—Em resposta a seu pedido, tenho a dizer-lhe que formoo melhor juizo possivd lanlo como negociante como ho-mem particular.— Estimo sua sandeu sou.—De v. s.—Attento venerador c criado.—Antônio José Machado.

N. 8.—Illm, sr. Francisco Ferreira de Mesquita.—A' vista das perguntas que v. s. me faz tenho a respon-der com toda a sinceridade que, tanto como negociante,como homem publico o particular, qqalifii'0 a v.s. naclasse'de homem probo e honrado, e sem mais sou.—De r. s.—Attento venerador e obrigado.— AntônioGonçalves dos Santos.

N. 10.— Illm. sr. Francisco Ferreira de Mesquista.—Considero-mo com limitadas habilitações para responderás considerações expostas por v. s.,

'em razão de residir

nesta cidade, apenas hn dous annos; sendo-me porémlicito dizer que sempre considerei v. s., probo o honra-do, quer como negociante ou particular.—Sou com con-sideraçno.—De v. s.—Attento venerador e obrigado.—A. M. Ferreira Campos.

N. 11.—Illm. sr. Francisco Ferreira de Mesquita.—Respondendo ao que me pede tenho a dizer-lhe; que haonze annos que o conheço, sempre o julguei, e julgocomo honrado, honesto,'capaz,«de bons costumes,tantocomo negociante, como particular, é o que minha eons-ciência julga; sempre ao seu dispor este que é.— Do v.s,—Amigo, attenlo venerador, criado.—João FranciscoFerreira Jorge.

N. 12.—Illm. sr. Francisco Ferreira de Mesquita.—Satisfazendo o pedido de v. s. declaramos como deseja,queo consideramos em conta de negociante provecto erestricto cumpridor de seus devores, e quo como homempublico o particular, lem sabido pautar sua condiictu deum modo sempre louvável satisfazendo os dovores debom cidadão. Julgamos ter assim satisfeito seu pedido,c somos como sempre com estima'.—De v. s.—Attentosveneradores e criados.1-Bierrenbach k Irmão.

N. 13.—Illm. sr. Francisco Ferreira de Mesquita.—Respondo á sua carta supra com a franqueza que mecumpre:

Conheço-o hn onze annos mais ou menos e lenho tidocom v. s. algumas relações commbrciaes e de amizade,e sempre com lealdade de parte a parle ; tive-o portantosempre em muito boa conta.—Seu attento venerador ocriado.— José Manoel Alves Cruz.

N. 14.—Illm. sr. Francisco Ferreira de Mesquista.—Satisfazendo o que pede na carta supra, declaro quesempre o tive, e tenho como homem de bem, tanto co-mo negociante, e como particular, pois cultivo sua atui-zade ha muitos annos, e nunca tive de que arrepender-me. Julgo ter cumprido o seu pedido assegurando islodebaixo de minha palavra de hnnrn.—Sou seu attenlovenerador e criado.—Joaquim Xavier, de Oliveira.

IN. 15.—Illm. sr. Francisco Ferreira de Mesquista.—Em resposta ao que me pede, tenho a v. s. no melhorconceilo, lanlo como negociante honrado, como em suavida particular.—De v. s.—Amigo obrigado e criado.—Doimngos Vieira Paraíso.

N. 10.—Illm. sr. Francisco Ferreira de Mesquita.—Respondendo o conteúdo da carta supra, tenho a dizer-lhe o seguinte;

Dnsde que veio para esta cidade temos tido negócios erelações particulares, e sempre encontrei-lho toda hon-radeze probidade, tanto como negociante, como parti-cular, isto é o que nosso afflrmar.—De v. s.—Attenloobrigado criado.—Joaquim Augusto dc Andrade Couto.

Campinas 21 de Novembro de 1809.N. 17.—Illm. sr. Francisco Ferreira de Pjesquista.—

Satisfazendo o que me pede na sua carta, declaro quesempre o tive e tenho como homem de bem tanto comonegociante, como particular, pois conheço v. s..ha mui-tos e nunca tive que dizer ao seu comportamento, julgoter cumprido o seu pedido e n.signando isto debaixo ciaminha palavra de honra.—De v. s.—Amigo e alfectuosocriado.—Coiislflnlino Coelho da Silva.

N. 18 —Illm. sr. Francisco Ferreira de Mesquita.—Satisfazendo ao que me pede, respondo: Que quandomeu empregado como caixeiro, seu comportamento foiexemplar, tanto que em retribuição não olvidei em oassociar em minha casa conimercial, em nada desmere-cendo o conceito que lho tinha durante os tre/. annosque foi meu sócio, (estabolecendo-so) como negociantee como homem publico e particular, nunca puz em du-vida seu honrado caracter.

Sou com estima.—De v s. —compadre attento vorie-rador e obrigado.—Francisco Gonçalves ferreira Novo.

Campinas, 20 do Novembro de 10(39.N. 19.—Illm. sr. Francisco Ferreira de Mesquista.—

Respondendo á sua carta acima, temos d dizer que éverdade que o conhecemos hn annos nesta cidade cumonegociante, e como lal o tivemos e temos sempre comohonrado, c em algunsnegocios que temos tido, semprese portou dignamente éomnnsco, e portanto fazemos devmc;bom juizo. li' o que podemos atlestar com nossapalavra de honra.—Somos.—De vi s.—Attentos venera-dores e criados.—Monteiro & Filho.

S. C, 23 do Novembro dc 1809.N. 20.—Illm. sr. Francisco Ferreira de Mesquita.—

Respondendo á carta de v.s. nssevorando-lhc que em12 annos que cnlretcnho estreitas relações com v. s.,jamais o considerei senão como um dos homens distinc-tos e um dos negociante honrados de Campinas. Talconvicção provém do tnicto e convivência constantes queentre mim e v. s. se dão nesse longo espaço de tempo.Podo v. s. fazer desta o uso que lho convier.

Sou com particular estima.—De v. s.— Attenlo vene-rador e criado.—Joaquim Manoel Alves de Carvalho.

N. 21.—Illm. sr. Francisco Ferreira de Mesquita.—Respondendo á carta supra, dir-lhe-hci que sempre te-nho a v. s. em conta de homem honrado n probo; nãosó como negociante, como homem publico e particular;nada sabendo que o desabone.

Campinas, 20 de Novembro du 1809.Joaquim Quirino dos Sanlos.

N.22.—Illm. sr. Francisco Ferreira de Mesquita. —Em resposta á sua carta supra, tenho a dizer-lhe que co-nheco á, v. s. ha bastantes annos negociando nesta ei-dadé, eVJá pela sciencin que tenho das suas qualidades',do seu trato como negociante e como particular comotambém por algumas transacções que tenho tido comv. s., faço o melhor conceito (le seu caracter c da sualionra,ac'rcditando que este conceito é compartilhado ge-ralmcnte por todos que o conhecem. Pôde v. s. fazer ouso que quizer desta resposta, e sou com estima—Seuattencioso, venerador e obrigado.—Francisco de PaulaSimães dos Santos.

Sua casa, 30 de Novembro de 1809.N. 23.—Illm. sr. Francisco Ferreira de Mesquita —

Em resposta á sua estimada deli) do actual,cumpre-nosresponder-lhe, que o juizo que formamos de v s , quercomo negociante,, quer como homem publico e particu-lar, ¦ é que sempre portou-se com dignidade, inleireza,e exemplar probidade; e quo por suas-qitalidadcs gosade geral estima.

Subscrcvenio-nos com a maior estima o consideração—De ví s.—Amigos, obrigados e creados —Villares &Queiroz.

Campinas, 21 do Novembro do 1869.

N. 24.—Illm. Sr. Francisco Ferreira de Mesquita.—Iim resposta á presente carta respondemos que semprelho vendemos lodosos annos o que vmc. nos quiz fazerobznquio comprar em nossa casa e egualmente semprecompramos todus os annos mais ou menos os gênerosque precisamos e sempre justamos contas cm fins de an-no, de cujas contas nunca tivemos duvida pelo que o temos em bom conceilo.

Seu amigo e obrigado.— Antônio de Abreu SumpaiocIrmão.Campinas, era supra.N. 25.—Illm. sr. Francisco Ferreira de Mesquita.—Acabo de receber a sua estimada, a qual respondo debaixo do minha palavra de honra, de nada sei quantoa sua vida e como negociante sempre o tive como homemde bemSou de v.s.—Atlentu, venerador, e obrigado,—rrancisco José. Martins de Abreu.Illm. sr. Francisco Ferreira de Mesquita.—Em

resposta á sua carta supra, tenho a dizer-lhe o seguinte:Sempre tive

y. s. cm conta de .homem muito honrado,e anula o tenho nessa conta, quer como negociante, quercomo simples huniein, e por isso assevero que a reputa-çao do v. s., quanto a mim, em nada se acha abalada ;eiMiliniiíiiidon fazer o ínesmn juizo de eutr'ora á seurespeito ; o que afirmo sob minha palavra de honra. Pó-de v. s. fazer desta o uso que lhe convier.

Seu atlencioso, venerador e creado.— José Henriquede Pontes. '

Campinas, 20 de Setembro de 09.• N. 20.—Illm. sr. Francisco Ferreira de Mesquita.

F.m resposta do conteúdo de sua carta supra, tenho a di-zçr-lhe que sempre o tive e tenho na conta de nego-cianle honrado á toda a prova, nunca lhe porsobi esper-tezas com tençáo de enganar á pessoa alguma, muitomenos em dar-lhe prejuízo'. Em quanto á sua vida pii-hliea e particular não me consta (pie lenha commettidoactosmiO lhe sejam desnirosos. E' uin perfeito amigo dequem lhe tributa a -mesma amissile. li' quanto se mo of-fereee a dizer-lhe.

Sondo v.s'—Attenlo, obrigado u crendo—.IntentoJoaquim Gomes Tojal.

(listavam reconhecidas as firmas pelo tabellião Pon-tcs.)

Ni 27.—Illms. srs.—Tendo eu me dirigido a vv. ss.afim ile fazer tránsacçnó acerca do quo meu falleeidoirmão Augusto Ferreira de Mesquita lhes era a dever, otendo vv. ss. me vendido as dividas do dito meu irmãoafim de me habilitar com cilas da qualidade de seseio-nario, om o respectivo inventario, rogo-lhos, para meugoverno, hajam vv. ss. de declarar ao pé desta, debaixodo suas palavras de honra, e proniptos a jurar se precisofor, se por ventura ao combinarmos nossas negoiij.õesa tal respeito eu simplesmente commetti compra'dasdividas ou procurei alcarirjal-as servindo-me de conside-rações que excitaram a piedade em favor da viuva e-dosorphãos.

P/rniiltani que use de suas respostas como me con-vier.—Francisco Ferreira de Mesquita.

Campinas, 17 de Novembro de 1809.Illm. sr.—Se passamos a vi s. o compromisso queconinosco tinha o falleeido seu irmão Augusto Ferreira

de Mesquita, foi porque assim nos conveio, e não porque v. s. tivesse aceitado a nossa compaixão para obtera compra da divida. Podo v. s. fazer o uso que quizerdesta resposta.—Fiara Furo (t Com»!

Santos, 20 de Novembro do 1809.Transigindo com o sr. Francisco Ferreira de Mesquita

sobre a divida de seu falleeido irmão Augusto Ferreirade Mesquita, attendenios só e só ás conveniências com-morciãos.

Rio de laneiro, 22 do Novembro de 1809. — JoaquimDemardino Pinto Machado &. C—.(i/osli.i/ro Machado &Comp —Manoel Joaquim Pereira Santiago it Comp.—Domingos Antônio Pereira Santiago. — João Peres Af-fonsa A Comp.—Albino Gomes & Coutinho. —FranciscoManoel da Silva _e Comp. — Manoel Bcmardes iÍc Comp.Scrtorio, Silva _t Comp—Augusto A. G. Pcnnu Bastos—Por Eduardo Nunes Teixeira iSc Comp., em liquidação,Manoel Vicente Lisboa.

lislas-firmas-estão reconhecidas pelo tabellião Pontes.N. 28.—José Manoel de Cerqueira César, escrivão do

juizo dc paz desta cidade de Campinas e seu termo, nafôrma da lei, etc.

Certifico em virtude do podido supra, que revendo osmeus protocollos de audiências, em um doílos, a folhaduas, se acha um termo entre parles, Ferreira Novo &Mesquita supplicantes, Antônio da Silva Prata suppliea-do, do theor e fôrma seguinte:—Audiência de dezoito deAgosto de mil oitocentos cincoenta e nove, juiz de pazJosé Mendes Ferraz, official de justiça José Corrêa daSilva Lacerda. Compareceu Ferreira Novo <Jc Mesquita,negociantes, trazendo citado a Anlonio da Silva Prata,para esle lhe pagar a quantia de vinte e tros mil duzentose cincoenta, por uma conta corrente quo junto apresen-tou, presentes os supplicantes o supplicado, respondeueste que, por certos encontros que tinha com o suppli-cante, conhecia que nada devia ao mesmo, e por issonegava a divida, ao quo roquereu o supplicante que, de-baixo de juramento d'alma declarasse se devia ou niioesta quantia, ao que o juiz deferio que o supplicadopreslasse dito juramento, segundo requeria o supplican-le, e prestado o juramento pelo supplicado, debaixo domesmo, disse que negava dever o excesso pedido naconta dos supplicantes, visto que negava ter compradoos objectos que formam a somma desse excesso. Emvista do quo o juiz absolveu o supplicado do pedido,e çoiidomnou ao supplicante nas custas. Do que paraconstar lavrei o presente em que assignam. Eu Fran-cisco dc Assis Mello, escrivão de paz o escrevi. —José Mendes Ferraz.—Ferreira Novo & Mesquita, An-tonio da Silva Prata. Nada mais se continha e nem dc-clarava em dito termo, que aqui bem e fielmente oxtrahia presente certidão, em tudo certo por eu ler, correr econferir com o próprio original, ao qual me reporto cmmeu poder e cartório em o mesmo protocollo n folha aoprincipio declarado. O referido é verdade em fé do queassigno nesta cidade de Campinas aos vinte e cinco deNovembro de mil oitocentos sessenta c nove. Eu JoséManoel de Cerqueira César, escrivão que escrevi e as-signo.—José Maiwel dc Cerqueira César.—Conferido.—César.—Vai pngarsello dn folha uma.—O escrivão César.N. 2— 200.—Pagou duzentos réis. Não teve estampilha.Campinas, 2õ de Novembro de 1809. — Cantinho. —Amaral.

N. 29,—Illm. sr. Manoel Joaquim Pereira Villares.—Rogo-lhe a bondado d. me responder ao pé desta, c de-baixo de sua palavra de honra, se ó ou não verdade queuma oceasiáo em presença de v.s, eu disse ao pretoSerafim, escravo de Antônio Januário Pinto Ferraz o se-giiinte;—Como é que teu senhor empugna o pagamentodas garrafas de vinho que apresentei em minha conta,quando tu mesmo é que viestes buscar?! 1 ao que ditopreto me respondeu que era verdade que elle mesmo astinha ido buscar por occasiào de uns hospedes que seusenhor teve.

üe-ine licença para usar da resposta como mo convier.Sou com consideração de v. s. altento venerador c ohri-gadissimo—Franciecó Ferreira de Mesquita.

Sua casa, 27 de Novembro de 1809.Illm. sr. — Respondendo ser verdade que na minha

presença foi dito por v.s. ao preto Serafim, escravo deAntônio Januário Pinto Ferraz; como é çue leu senhor

ompugna o pagamento das garrafas do vinho que tumesmo viestes buscar? ao que o prelo respondeu, queera exacto elle mesmo as ter vindo buscar. Pôde fazerdesta o uso que lhe anprouver. Sou com estima de v. s.attenlo venerador e obrigado—Manoel Joaquim PereiraVillares.

Sua casa, 27 du Novembro de 1809.N. 30 —Illm. sr. Manoel Pinto Ferreira.—Campinas,

17 do Novembro de 1809—Amigo e senhor.—Rogo-lheo favor de me responder ao pé desta, se é ou não verda-de que, sendo viiic. meu empregado em 1802, o sr. An-tonio Januário Pinto Ferraz, desta cidade, era meu frei.guez, e se lhe vendeu ou não vinho de Lisboa; cujo vi-nho, se deve recordar elle não me quiz pagar. Peço-lheme autorise a fazer o uso que me convier de sua resposta.Sou de vmc. amigo obrigado e criado — Francisco Fcr-reira dc Mesquita.

Illm. sr.<—li' verdade que em 1802 fui seu emprega-do, b lambem muito me recordo haver entre vmc. e osr. Ferraz uma questão,- por causa do um vinho de Lis-boa, e que elle não lhe quiz pagar, tendo nu tanto certe-za do (pie o vinho foi para a casa do sr. Ferraz, que amaior parte foi dado por mini ao sou escravo Serafim, epor mim assente no borrador, como pôde verificai'; oque estou prompto a jurar se preciso (òr.—Manoel PintoFerreira.

Rio, 23 de Novembro de 1809.Está reconhecida a firma pelo tabellião interino João

Vicente Estovos.' N. 31.—Francisco Ferreira dc Mesquita pede ao sr.

escrivão do juiz municipal criminal, primeiro cartório,que revendo os autos eriminaes por eslellionatò em quefoi _ processado Antônio Pereira Cardoso, no anno dó1804, lhe certifique em fôrma que fuça fé quem foi quedeu equella queixa contra o referido Cardoso e sustou-tou o processo até final sentença.

José Henrique de Pontes, escrivão do juizo municipal,nesta cidade e termo de Campinas, etc. '

Certifico que revendo os autos crimes de quo fazmonsáo o pedido supra, delles consta que Antônio JúlioFerreira de Mesquita, foi quem deu a queixa contra An-tonio Pereira Cardoso, como incurso no crime previstono artigo duzentos e sessenta e quatro paragraplio qtiar-to do código criminal, o qual processo foi sustentadopelo dito Mesquita té o fim. O referido é verdade, quedou fé. Campinas, 28 de Novembro du 1809.—Eu JoséHenrique de Pontes, escrivão que subscrevi, conferi eassigno.—José Henrique dc Pontes.—Conferido, Pontes.

N. 32.—Illins. srs.—Peço-lhes o favor de declara-rem ao pé desta como fazendeiros meus visinlios se jácm algum tempo lhes constou quo eu fizesse negóciosilícitos com seus escravos, ou com qualquer pessoa quese dirija ao meu estabelecimento. Peço-lhes que meaulorisareni fazer o uso de suas respostas me convier.—Viclorino José de Seixus.

Campinas, 18 de Novembro do 1809.Declaro que tenho, e sempre tive o sr. Viclorino José

de Seixas como negociante honrado c honesto, pois atétenho sempre tido negócios com elle; declaro mais quenunca me constou elle fazer negócios ilícitos porque oconsidero homem'do hom.—Francisco de, Paula llueno.

Reporto-me ao que declara o meu collega.—José daRocICa Camargo.

Reporto-mo-ao que declaram os meus collegas; de-claro mais, que nunca me constou que o sr. ViclorinoJosé de Seixas comprasse assucar de nossos escravos.—Flizeu Leite de llarros.

Deelaroen abaixo assignndo, quo não me consta que osr. Viclorino José ile Seixas tenha comprado ou nego-ciado com meus escravos em objectos roubados: tenhonegociado com o mesmo sr. e tem sido exacto em suascontas. Pôde fazer desta o uso que-lhe convier,—Cheru-bim Uriel Ribeiro dc Camargo.

Camptnasj 20 de Novembro dc 1809.Declaro, que tenho tido negocio com o sr. Viclorino

José de Seixas e o mesmo sr. para comigo tem sidoexacto em suas contas para o que posso mostrar que temse portado como homem de bem.—Pedro José dos San-los Camargo.

Reporto-me ao quo acima se tem dito em relação aoprocedimento do sr. Viclorino José de Seixas.—ChcrubimUriel Ribeiro de Camargo Castro Júnior.

Reporto-me ao quo acima meus collegas o yisinhosmencionam em relação ao procedimento do sr. VictorinoJosé du Seixas, e capacidade de seus negócios.—AntônioMartins du Cunha.

Declaro, quo lenho lido negocio com o sr. VictorinoJosé de Seixas, e o mesmo sr. para comigo tem sido exa-cio em suas contas porque posso mostrar que tem seporlado como homem de bem.—José Bonifácio dc Cam-pos Ferraz.

Declaro, que tenho lido muitos negócios com o sr.Viclorino José de Seixas, e elle tom cumprido fielmentetudo quanto tem traetndo para comigo, e sempre adiadomuito exacto em suas contas,'üutrosini declaro, que o musmo sr. pode fazer o usoque lhe convier desta minha declaração, porque possodar um juramento se preciso fòr.—José Quirino dosSantos Simões.

N. 33.—Illm, sr. Domingos Manoel Fernandes.—Campinas, 22 de Novembro de 1809.—Rogo-lhe o favorde respòiider-ine ao pé desta e debaixo de sua palavrade honra e poniplo a jurar se preciso for, se sim ou nãoé verdade que v. s. contou a Anlonio Pereira Cardososobro um facto de sete saecõs de assucar que este sr. dizdar-se em minha casa u reclamado pelo sr. Manoel Leitede Barros.

Sou com consideração.-Do v. s.—Viclorino Joséde Seixas.

Illm. sr.—Em vista do sua pergunta respondo que de•tal facto não me recordo de ter acontecido, porque sen-do ou empregado do sr. Francisco Ferreira de Mesquita,na rua de liaixo, só as vezes ia para essa casa de FerreiraJúlio & Irmão quando tinha falta de caixeiro, por issodeclaro nada ter dito a Antônio Pereira Cardoso. Destaminha declaração pode fazer o uso que quizer, que estouprompto a jurar, se preciso for.—Domingos ManoelFernandes.

Campinas, era supra.

N. 34.—Pede Francisco Ferreira de Mesquita ao sr. Iotabelião e escrivão do juizo commercial desta cidade querevendo os autos de fallencia de David José Teixeira,certifique ao pé deste se é ou não verdade que na peti-ção inicial pede-se ao juizo que proceda contra Davidlios termos do artigo 807 abrindo-lhe fallencia por estarinsolvavel—Otitro-sim certifique quem assignou essapetição de denunciai

Jo'sé Henrique de Pontes, escrivão interino do juizocommercial e por impedimento do actual nesta cidade ctermo de Campinas na forma da lei, ...

Certifico quo em virtude do pedido supra revendo osautos de fallencia de David José Teixeira, nelles a folhasduas acha-se uma petição assignada por Joaquim Candi-do Theveiiar, em que pediu que se procedesse contra oreferido David José Teixeira, como dispõe o artigo oito-centos e sete do código commercial por insolvabilidade:o referido é verdade do que dou fé e assigno nesta cidadedo Campinas 30 de Novembro de 1809.—Eu José llenri-que de Pontes, escrivão quo subscrevi,- e as.Mgno.—JoséHenrique de Pontes,—Conforme.—Ponles,

O sr. .loiHiiiiiiuric Oliveira LimaQuando o actual commnndante superior do Botucatú,

residente na freguezia dos Lcnçoes, estnheleceu-so nolugar eiuquese acha, diziam todos, que s. s. era naverdade uni conjuneto de raras virtudes; apenas nomea-do coininiindante superior o sr. Oliveira Limn.trocnram-se as scenas !

S. s. pievalecendo-sc das posições quo oecupa na so-ciodade, dollas tem feito arma dó perseguição contra osseus adversários e amigos politicos. li hoje o que ve-mos?

S. s. arranjando para seus filhos, genros e parentes,doze ou quinze patentes, tornando-se assim, a guardanacional diilli um verdadeiro feudo do commandantesu-perinr.

Ultimamente o povo do Lcnçoes, cancado já de tantaviolência e arbitrariedade visou' no referido commandan-te superior um encarniçado verdugo.

Quer liberes quer conservadores tom sido victimas.Inlitulando-se chefe do partido conservador o sr. Limaem a ultima eleição, viu quebrado o orgulho seu o dosua família, sendo completamente derrotado.

Mire-se s. s. em tal espelhojo ao menos uma vez com-prchenda a gravidade do seu proceder como político.Despeitado pela derrota, o cõmmandante superior abu-sa do seu poderio para perseguir e maltratar os pobresguardas.

Sensato como é o sr. Joaquim de Oliveira Lima, se nãodesse tanto peso as exigências dos seus filhos c genros,talvez não tivesse hoje passado por fortes e constantesdecepções. Continuáramos chamando a attencáo dogo-yorno para todos os netos do coiniiiiindante superior, quoinjustamente e só por espirito de vingança porsegue-nos.

U.M VH1I.ANTE SKItTANKJO.

A' __.___.« Câmara Municipal

Chamamos a attencáo desta distincla corporação, paraas vnllas da várzea do Carmo cheias de águas p'aradas opodres, defronte da praça do mercado, que eximiam fe-dores nauseabundos, inconimodando e fazendo adoeceras pessoas que vão diariamente á praça fazerem suascompras. Esperamos providencias a respeito, poisqune uma urgentíssima medida reclamada por

Murros negociantes 15—7

EDITALSecretaria da thesouraria de faz»nda da província de

S. Paulo, 3 de Dezembro de 1809.O illm. sr. contador servindo üe insp»ctor da thesou-

rana do faz.nda dcsia província, Domingos de MelloRodrigues Loureiros, manda fazer publico em cumpri-mento da ordem do thesouro nacional n. 122 de 10 dop. passado que se acha aberto o concurso para preenchi-mento de um lugar de praticante, que na mesma lha-sourarla está vago. Os concurrentes, dentro do pr.so do30 dias, deveráõ provar que tem bom procedimento e aedade pelo menos de 18 annos. As matérias em que de-veráõ ser examinados na conformidade do art. 9 o dodecreto n. 4,153 de 0 de Abril próximo passado, sao:grammatica da língua nacional e arithmetica até a theo-ria das proporções incluslvamente, devendo além dissoos concurentes provar que tem boa lettra.

JOAQUIM CÂNDIDO,1—3 offi.ial-maior.

ANNUNCIOS

1 iam<&EM) I)D. ordem do ex. e rvdm. sr. dr. Arce-

Mago e Vigário Capitular faço publico, quedn accordo com a commissiio nomeada pela"Im. câmara municipal e por elle encarre-gida dos preparativos para a festividade deN. S. da Penha, ficou resolvido que na lar-de de 7 do corrente, ás horas deterainadaspelos estatutos da Catliedral, e com mais so-leuinidades dn que é costume celebrem-seas Horas de Vcsperas e Completas, seguiu-do-ilogoas Matinas, e ultimamente a novenadeN. S. com.seraâi que será pre-gado pelo rvdm. Vig,rio Colhdo de Curil1-ba Agostinho Machado Lima, que no dia 8áslior«s costum.das, começará a festa, pre-gando ao evangelho o rvdm. dr. CnnegoJo.oJacIn-hoG.nç.lv-s de Andrade; eatard. haverá procissão que percorrerá asruas principaes e do costume, preganilo naentrada delia o rvdm. Francisco de PaulaRodrigues. Outro sim ss faz constar quena larde do dia 9 do corrente a SagradaImagem de Nossa S-nliora será conduziaprcçis.lon-ilmente ale a malr z do Braz, pa-ra na manha do dia immsdiato seguir p<raasua fregu.-zia. Câmara GcalásiaíVc- deS. Paulo 3 de D-zembro de 1869.-

O conego, A. A. deAiuu-i Muniz.^ __. _ . 3-1

m

€auij»iiiiis

S40-RUA DO COMMERC10-46Machims de 18 serras pira desça-

roçar algndào, a 120 g 000 cada umaAr_dos de açu, de todos os tama-

nhns e feitios.Ditos de ferro fundido ditos ditos,R.spadores.C-ipin.dores da Kno, para um ca-

Vallo.Cultivadores de abrir e fechar,

13 1/2 palmos de largura.E-nes instrumentos são de grande

ntilidad. para os srs. lavradores.Preços módicos

40-RUA DO COMMERCIO-^463-1

sinijdinu>_Vluga-sé a casa da rua do Braz, de n. 16, tendo

2 lances e um pequeno quintal. Para tratar na mes-ma ru» n. 109, em frente á igreja. 3—1

es S

Page 4: Anno XVI Sablbado 4'de Dezembro d© 1869 N. 40 3 ...memoria.bn.br/pdf/090972/per090972_1869_04037.pdfrezes.*' ' Nas republicas platinas nada oceorrora de impor tan-cia, e das do Pacifico

CORREI0;.PAUUSTANO

Sonnabend d. 4m d- m. ist eiie Generalversammlangnothvendig, Local-Veraenderung u. tStatoten-ltevifüonbetreffend.

Den Phes. Di\.|C.uaos Ratii.

**?!\^

\o\!is composições do celebre pianistaL. M. GOTTSCIIALK

A' loja de musicas do Henrique Lniz Levy, chegaramfinalmente as seguintes e afanadas composições destedistincto pianista :

A MORTE.PENSE' POETIQUE.TflEMOLO.PASQUINADE.DERNIER AMOUR.HYJINo NACIONAL.IMPROMPTUM.CELEBRE BÀTAILLE.

4-RUA DA IMPERÁTRIZ-4j£'As pessoas que assignaram estas composições são ro-galas a virem receber seus exemplara. 3—1

.Sociedade 1'ortii^iie/ii deBeneficência

A directoria da Sociedado Portugueza deBen"fieencia, manda clehrar um mi.»sa nodia 4 do corrente pehs 8 horas da manhã naigreja do Rosário, pelo elerno dascanço daalma do sócio Domingos da Silva Lessa^falle-cido no dia 28 dn p. pa<sido.

Convda por tanto a todos os srs. soci"S,beJi como aos parenlese amigos ilo finado aa assistir a es(e aolo do oari u!» e religião.

S. Paolo 3 de Dez-mbro de 1859.0 1.° secretirio,

Casimirò Alves Ferreira.

¦i^M:aningsiãs§E

Carlos Marquois, de lodo o coração agradece ás pes-soas que fizer.ra a caridade de acompanhar os restosmorUes da soa sempre chorada espoza D. VicenclaMarU da Silva Prado Marquois, á soa ultima o.orada,e de novo lh°s r"ga se dignei) assistir a missa qoe pe-losoffragio da mesma finada tmnda celebrar no dia 6do corrente ás 8 horas da manha na Igreja do Semina-rio Episcopal. 3—2

BI B

0§ filtrosDE CARVÃO SILICADO

São os anicos qne tiram da água toda a matéria or-ganica decomposta, chumbo, cal, animais de infuso-riose out'as imporezas,oonservando-a ao mesmo tempofresca; crystalini e sabofoza; iilo por conseguinte omelhor preserv«torio contra todas as enfirmidadescausadas pelo uzo de água impura.

Estes FILTROS são adoptidos em freqüência a todosns outros nos hospitaes de Londres, como também emmu.tos estabelecimentos públicos e particulares em dl-versas partes do mundo, são os únicos reconhecidascpelo governo Ing ez, o almirantado e.casa geral do

Attençáoaos bons frcjsuczes

7-RUA DO COMMERCIO—7Vende-se cebolas em caixa a 20fiUOO,cento 4)000 rs.,

5S0O0, 2S000, 2S500 e 1 fiOOO fazenda superior; baca-Ihiu a 3í0 a libra, cocos com água a 280, manteigalibra lg500, e assim mais outros gêneros que se vendem por preços commodos, como sejam massas amarei-Ias e brancas, queijos do reino muito frescos, doces emcalda de varias qualidades, figos a 500 rs. a libra, sarJinhas de barril e de lata, paios,cavall.s do Porti, pescidamuito soperior, assucar oiú e rtlinalo, azeitonas, velasebo e de composição, goiabada, vinho do Porto, gen*9bra em botijas, e outros muitos gêneros de fora e datern, que tudo se vende em conta, para o qoe se pedea proteccão dos bons freguezes. (5—1

Escravos fugidosDa fazenda das Anhumas em Campinas, pertencente

a d. Gerlrodes de Arruda Cama/go, fugiram no dia 24do corrente dois escravos com os signas seguintes :

Aniceto, côr fula, clira, altura regular, fino de corpo, boa deotadura, faltando um ou dous do lado decima, falia bem, rosto comprido e magro, munhecasgrossas, niãose pés grandes, entende de serrar e lavrarmadeiras, idade 40 annos mais ou menes. E' crioulnde Santa Barbara.

Francisca, côr fula, altura regular, rosto comprido emagra de corpo, tem falta da dous dentes na frente,falia b*m, tem nm pequeno signai em cima de um olho,idade 40 tantos annos, já tem alguns cabellos brancos,é crioula da villa de Castro em Curitibi, e foi de Fula-na Tapera. Quem os prender ou deites der noticias,será muito bem gratificado.

Campinas, 28 do Novembro da 1869.GERTRUDES D'ARRUDA CAMARGO. 6-4

Escravo fugidoA Antônio Januário Pinto Ferraz, da cidade de

Campinas, fagio o escravo Malhias; tem os segointessignaes: idade de 30 annos mais ou menos, alto, bemfeito de corpo, bem preto, testa grande, cara curta e larga, nariz muito corto, bons dentes, barba no qoeixo,tem orelha furada para brincos, pós pequenos e bemfeitos, e;os olhos em pouco vermelhos. Foi vestido comcamiza de algodão em baixo de uma de baeta azul, cal-ças preta, e chapéo de panno pardo com fita larga.

Quem o aprehendor e apresental-o á seu senhor nacidade de Campinas, ou na capital ao major SebastiãoJosé Rodrigues de Azevedo, sei a gratificado. 5—5

JundiahyCal superior

Graüde deposito no «rnuzam de Antônio Croz, aor.ô da e»U{ão, Preço cotnmodo. 10-6

Venham inspeccionar os novos filtra-dores para purificar a agoa.

Era casa tio sr. Henrique Fox rua daImperatriz n. 6. Em casa de J. E. Ru-le rua Direita n. 46*

iigna puraToda a agu* per mais ciystalina qoe seja, tirada di'

rectameute da f jiite ou conduzida por tubos, e mais oumtnos impara e o único maio de a purificar com eflQ-cacia e facilidade, é liltrando-a por alguma substanciaque remova completamente toda a impureza orgânica.

I-to faz-se por meio dosFiltros dc carvão silicado

O correspondente especial do Standard para a expo-!Íção de Pariz escreve o seguinte :

• Neste departamento nada ha qoe exceda o filtroInglez de CARVÃO SILICADO, perfeito p^la sua gran-de simplicidade e baralrza, (Classe n. 50 Gropo VI,patente de Dahlke) be do qoe se pó le desejar em umfiltro para o uso doméstico fncontra-ss neste. >

DIZEM 03 mediers mais eminentes neste império,qoe a moléstia terrível conhecida neste pa'z debaixo donome de Papelra oueuchaço da garganta,é quasi sempreproveniente de beber agoa no seu .estado natural ooimpuro. O novo FILTRADOR que é agora cfferecldoao publico 6 um especifico verdadeiro contra esta molestia.

affiBLml

Vigor do Cabello,DO DR. AYER,

Para renovação do Cabello.0 Grande Empenho da Época I

O Vlgâr do Cabello é uma preparaçãoao menino tempo agradável, saudável oefiicaz, para conservar o cabello. O cnbellosecco ou ruço retoma a tua primitiva côre o brilho e o viço do eabcllo doi moços; oeabello ralo, torna-se denso, o que cáe,preienra-is e as calvas muita» vezes bemsuppridas, com o seu uso. Quando as fui-liculos estio enfermos ou as glandes atro-

Iphiadas, não ha que possa reformar o ca-' bello senão uma applicnçSo como o Vigokdo Cabello, a qual, exempta do substancias deletérias quetornam algumas preparações perigosas o injuriosos no cnbello,e muito dissiinillmnto a essas pastas o sedimentos que tantoconcorrem para sua queda, conserva-o limpo c forte e me-V>ra-o sempre, som poder dnmnifical-o. Dest 'arte o VlGÚR

t o mais desejável dos ornamentos do

TOCADOR.Elle nao coutem oleo, nem tintura; não <! capai de mnn-

chai nem o mais alvo lenço de cambraia; perdura no cabello,dá-lhe brilhante lustre e esparge-lho agradável perfume.

Depositário geral no BratilH. Ifl. LANE, 15, rua üireKa.

ÜNIOO AGENTE.

DEPOSITO EM S. PAULORui Direita n. 46.

RIA MRITAOGEspecialidades

46—Bit» fllirelin—46MOLÉSTIAS «O PEITO

A FARINHA OI" SÃO BENTO, cu|as qualidades sãoeminentemente nutritivas e reparadoras da pebresa dosangue, tem prolongado a existência das pessoas ata-cadas de toda a sorte de deb.lidado, de doenças do peitoe da tísica. Fila dá aos órgãos, especialmente ao e.-tomago, e aos pulmõis a robustez necessária para arrostara acçào salutar de remédios tíüíazss. Onde falta osangue os remédios não podem valer ; esta farinha dáo sangue, é por isso que médicos distinetos aconselhamo uso delia. Preço 3flõ00.

Mores de dentesO ESPIRITO ODONTALGICO VEGETAL E OS PO'S

ODONTALG1COS VEGET.-VES.tiram de repente as doresde dantes mais violentas, são inteiramente innocentes,limpam a carie delles, o escrobuto das gengivas, asfortificam e tiram o mau cheiro da bocea. Preço lflOOO

SABÃO SULPIIUROSO das caldas de Bagnérea deLuchon. Goza este afamado sabão da mais alta famaem todos os paizes do mundo ; tó em França mais decem mil pessoas devam-lhe annualmente a saúde; alémdisso, conititue o meio seguro do conservar e emb-llezar a pelle. P«z desappuecer em breve tempo sarnas,empigens, comichões, efflorescencia, borbulhas, pannos, espinhas, a outras erupçõ s cutâneas. 2g000.

EL1XIR ODONTALGICO VEGETAL, para curar asdores de dentes as mais agudas instantaneamente 2(|.46—Rua Direita—46

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As Pílulas GatharticasDO DR. AVER

s5o declaradas pelas iclenciaicliimieas e médicas superiores atudo quanto existe, para produziro mais perfeito purgativo, conlie-eido entre os homens. Provas in-numeravcU tSm demonstrado queestas Pílulas contém virtudes,que sobrepujam aos demais reme-dios communs o qno têm obtidoinequiparavel estimação do gênero

humano. Agradáveis as paladar, ellas são inteiramente inno-(.¦entes e efficazes. Entre outras propriedades, estimulam aacçSo vital do corpo, removem as obstrucções dos orgams,purificam o sangue, purgam-o dos maus humores que geramc nggravam as indisposições, fazem que os orgams derregra-dos recuperem a sua acção natural e communicam saúde evigor a todo o systhema. Não só curam os males communsdo corpo, senão tnmbem as enfermidades perigozas que nflli-gem a maior parto do gênero humano. E' o mais seguro emelhor medicamento que se pode dar aos meninos. Estiocobertas d'assucar o por isso são agradáveis ao paladare, sendo plenamente vegetnes não lhes causam damno. Ascuras que com cilas se têm obtido, so não fossem comprova-das por pessoas vivas o de alta posição e respeito social, pode-riam abrir margem á dúvida. Muitos médicos eminentes têmconcorrido para estabelecerem a sua reputação, testificandoque esta preparação tem contribuído muito para allivio desua clientelhi ofliicta.

O Almànak c Manual de Saudk do Dr. Ayer, que seencontrará gralU mi nossa agencia geral, contem dirccçõospara o uso das Pílulas Catliartlcas e certificados de curas,em cazos de: Dort» de Cabeça, Eítomayo cujo, di/ien-teria, eonstipacão ou prltüo de ventre, fatia de appe-tite, naitseaa, indigestoei, hemorroidaê, Ictericiu,rhetimatismo, o todas as enfermidades que requestam umevacuanto. Com eflicacia para limpar o sangue o estimu-lar o systhema, curam também padecimentos taes, comoXevralt/ta, irritablltdadt nervosa, dmarranjot do(.fígado e dos rins, gotta, surdez, cegueira parcial, pa-roxismos, paral\)»ia, tuppmêOei o enfermidades analc-gas, que se originem no estado debilidade physica e obstruo-ção dos orgams e funeções.

Ha muitas c muitas espécies de Pílulas; mas o publicodeve trazer em monte que as

Pílulas Catharticas do Dr, Ayer,tão o melhor remédio para todos os casos em

que se precisa de um laxante.São preparadas unicamente pelo

DR. J. C. AYER Sc CO.,Cliimicos Practicoi o Analytioou,

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AttençãoAlugi-se uma tia de sobrado no Piques, com mui-

toa commodrs paia família. Para tratar Da rua de S.Bento n. 70, sobrado. 5—3

Attencão400$>000

A Joaquim di Sampaio Gú's, morador no Indayata-ba.provincla da S.l'^ulo,fugir<m no dia 18 de Outubrodo corrente anno osesciavos seguintes:

Marinho, porém alio d i chamar-se Amaro, 28 annoade idade mai? ou menos, alto, bem faito de corpo, mu-lato claro, bonito de faiçjh, quando falia ri-«e, cabello»meio crespos, boa dentadura.pouca barba so no queixofoi vestido de calca de algodão mineiro azul, tendo listaao lado, camisa de riscado azul, lavou outro terno debrim pardo grosso, chapôa de palha e de aba larga.

Gregorio, 24 annos da idade mais ou menos, bano-tào, grosso da corpo, mulato acaboclado, cabellos corri-do-, boa dentadura, tendo os da frente partidos, barba-do, porém não muito serrada, tendo o cçrpo muito ca-belludo, mal incuado, sendo por isso carrancudo, foivestido com vestimenta igual ao de cima; os dois nüolevaram coberta e nem ponche, tocam viola. Os eacra-vos são filhos do Ceará, vindos a muito pouco tempomostram mu to no suUque da falia ser filhos do Norteandam de pracaU nos pós, o tem ihapéo pello de librafino ; foram comprados no dia 3 de Outubro á Anlo-nio Joaquim Soares Franco, a Adão, estes srs. ironia-ram do Rio de Janeiro á muito pouco tempo. D.zeruque são desertores, e que vão Indo para a Bahia ateCanna Virda, peito do Rio Pardo, Uve se nolidas cer-tas, ellps \ãu atravessando a província Minas-Gerseicom o fim de irem para o Norte do Império.

Ouem os prender a levar á sen senhor, «era gratifi-cado com a quantia acima, isto é 2O0j)00O por cada um.

Pede-so a attençáo das aulhoridade» recrutadoras, «mesmo aos exms. srs. chffes de policia do império.

Indayàtuba, 21 de Noven bro de 1869, commaroa dacidade de Ilú. 5~°

Fumo do DescalvadoIMBi CIGARROS

Vende-se na rua do Commercio n.33, a 1^)000 a libra, e em rollomuito baralo. 10—1

Vende-se uma casa na rua Alegra n. 11, de 2iSrfe' ^ ^m pretender diru^e na

Systhema métricoO abaixo assignado propoem-se a dar lições de eys-tntna métrico em casas particulares a era a casa de suaresidência sita no largo do s. Francisco n 12

ANTÔNIO GABRIEL FRAZEN. 12-1.1

iTlieatro de S. José

ASSOCIAÇÃO DRAMÁTICA PAULISTANADOMINGO 5 DE DEZEMBRO DE 1869.

Grande e variado espectaculoEm que tonrm parta oi

Acrobatas PortuguezesLEITE, CLNHA E COELHO

Primeira parteOS TRAPEZIOS ROMANOS

ouOs trez homens do arprJlSdentes"0

* "^ Mun'ia com as 'ur'

CAHIDAS MORTAESSegunda parte

Pelo actor Lesl Ferreira a scena dramática

Terceira parte «>^l ueaòa perigosa

Cora diíferetes vóose saltos no arDiflicil trabalho com grande risco de vida.

Quarta parteUma comedia pela companhia dramática.

Quinta parteTerminará o espectaculo com o

ouA. vida pela gymnastica

NEC PLÜS DLTRA DA AUDÁCIA HUMANAM!Os bilhetes acham-se á venda no escriptorio do lhea-

Principiará ás 8 horn.

S. Paulo:]1869: Typ. do «Correio Panllitanoide J. R. de A, Marquei