ANO VII NÚMERO 39 MARÇO DE 2015 · alegria verdadeira, que traz esperança nos momentos...

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ANO VII NÚMERO 39 MARÇO DE 2015 Boletim Paroquial de S. Pedro da Cova Horários da Semana Santa e Páscoa Ressuscitou ! A Alegria do Evangelho

Transcript of ANO VII NÚMERO 39 MARÇO DE 2015 · alegria verdadeira, que traz esperança nos momentos...

A N O V I I N Ú M E R O 3 9 M A R Ç O D E 2 0 1 5

Boletim Paroquial de S. Pedro da Cova

Horários

da Semana Santa e

Páscoa

Ressuscitou !

A Alegria do Evangelho

P Á G I N A 2

O Evangelho é a

maior revelação de

Deus em Seu Filho

Jesus Cristo e, por

isso, é o centro da

nossa Fé.

O Evangelho é Alegria Pe. Fernando Rosas

Editorial

O Papa Francisco, com o primeiro Documento do Seu Magistério, Evangelii Gaudium, marcou

completamente a Igreja e a nossa Diocese tomou o seu título como lema da nossa vida cristã: A

Alegria do Evangelho é a nossa Missão.

O Evangelho é a maior revelação de Deus em Seu Filho Jesus Cristo e, por isso, é o centro da nos-

sa Fé. Aí está tudo em que cremos, a vida de Cristo e a salvação que nos trouxe, a Páscoa que nos

enche de alegria, que fortalece a nossa vida cristã e nos faz lutar cada dia para que essa alegria

seja completa, tal como Jesus prometeu e viveu.

Na Páscoa celebramos a Ressurreição de Jesus, a Sua presença em cada dia porque não ficou en-

cerrado na morte, antes nos chama a uma vida nova n’Ele. É por esse motivo que enchemos de

sinos o Domingo e de Aleluias os nossos cânticos: Aquele que quiseram rejeitar, volta de novo

para dar sentido à nossa vida; Aquele que é a maior verdade que por vezes incomoda as nossas

mentiras, volta sempre a chamar-nos; Aquele que beijamos na Cruz, volta para nos abraçar Res-

suscitado. Essa é a nossa alegria: Deus está connosco… sempre.

Sei que nem sempre estamos dispostos a receber essa alegria. Nem sempre a vivemos de modo

alegre. Mas, mesmo no meio das dificuldades, das derrotas, das mágoas, Deus lá está para nos

refazer, para nos dar a Vida de novo. É importante percebermos isto: a Páscoa é a Cruz. E só vive-

mos a Páscoa quando passamos pela Cruz, isto é, quando fazemos da nossa vida essa entrega,

essa confiança, essa morte em Deus que a Cruz lembra. Isso é a Páscoa!

Por isso, o Papa Francisco tem toda a razão em nos chamar a atenção para a centralidade de Cris-

to, do Evangelho, na nossa vida. No meio de tantas preocupações, temos de reconhecer que O

esquecemos e, talvez por isso, nos sentimos sem forças…

Só podemos entender e viver bem a Páscoa se aceitarmos a mestria da Igreja que na Sua Liturgia

nos faz entender e viver toda a Páscoa. O Tríduo Pascal (Missa da Ceia do Senhor, Celebração da

Paixão, Vigília Pascal) existe para isso: é a forma que a Igreja apurou durante séculos para cele-

brarmos a Páscoa de Cristo. Vivê-lo intensamente e integralmente é a certeza que o nosso cora-

ção vai encher-se de Cristo, vai entender como é que a Sua alegria pode e deve chegar a todos os

cantos da nossa vida. Não basta o Domingo de Páscoa: é preciso fazer todo o itinerário para nos

deixarmos impregnar pela Páscoa, pela alegria do Evangelho.

Não é uma alegria qualquer, não é uma alegria que acabe, que nos aliene, que nos canse! É uma

alegria verdadeira, que traz esperança nos momentos difíceis, confiança nas dúvidas, empenho e

força no dia-a-dia e, finalmente, o conforto de quem se sabe sempre ouvido, sempre acompanha-

do, não porque nos apetece, mas porque Deus assim quer, assim teima em estar Vivo para nós.

Se perdemos esta alegria, perdemos o que de novidade tem a nossa fé e o nosso mundo fica, sem

dúvida, mais pobre, mais difícil, mais escuro. Mesmo aí, Deus há de Ressuscitar porque é da Sua

vontade e natureza fazer-se vivo entre os homens. E nenhuma morte O pode matar!

Desejo a todos que possamos viver juntos uma Páscoa assim: que nos encha, que nos fortaleça

por dentro, que nos retire dos egoísmos, que nos dê força de levar a todos essa novidade pascal:

Deus está contigo, está disposto sempre a estar na tua vida! Uma alegria partilhada é sempre

maior e nós não podemos ficar com Cristo guardado na Igreja. Levá-Lo aos outros, com gestos de

verdade, de justiça e de cuidado é a nossa Missão. Uma Missão que não é só um encargo, mas

que aumenta a nossa alegria, que faz brilhar fora de nós a Fé que nos habita.

Que o Evangelho seja a nossa alegria! Boa Páscoa!

Pe. Fernando Rosas

Só podemos

entender e viver

bem a Páscoa se

aceitarmos a

mestria da Igreja

que na Sua Liturgia

nos faz entender e

viver toda a

Páscoa.

P Á G I N A 3

Vida Paroquial Quarta-feira de Cinzas

Estamos já na Páscoa a celebrar a Ressurreição de Cristo, a Sua vitória sobre todas as nossas mortes.

Mas para chegar aqui tivemos de fazer um caminho… um caminho que temos de fazer muitas vezes,

sempre que nos queremos aproximar um pouco mais de Jesus. Esse caminho tem um tempo e um

nome que a Igreja lhe dá: Quaresma.

O início da Quaresma faz-se numa celebração especial na Quarta-feira chamada de CINZAS. É em

tudo semelhante a todas as Eucaristia mas tem esse momento especial em que todos colocamos

cinzas sobre a nossa cabeça. É um sinal simples mas cheio de significado: afinal reconhecemos que a

nossa vida também tem zonas de escuridão, de mal, de pecado. E ninguém está isento. Ver uma

longa de cristãos que reconhece as suas fraquezas e humildemente se diz precisado da graça de

Deus é um grande sinal de esperança.

O que assusta não é dizermos e mostrarmos que precisamos de renovação, de perdão. O que assus-

ta é quando pensamos que nada temos a mudar e que todo está já perfeito em nós. A vaidade de

quem se pensa perfeito já teve muitas consequências negativas na vida da igreja e, certamente, na

vida de cada um de nós. Assim, caminhar para a Páscoa começa precisamente com o reconhecimen-

to das nossas distâncias de Deus e dos outros e com a certeza de que é Deus que nos dá a graça da

comunhão, da misericórdia, da vitória de Cristo… que transforma as nossas cinzas em Luz. É isso que

é belo na Páscoa e que temos de viver e celebrar.

Não há alegria sem verdade. Não há Páscoa se não reconhecermos as nossas fragilidades e nos

abrirmos à Luz de Cristo.

Inauguração da Cripta

No passado dia 20 de Março, data do início da Primavera, aconteceu na cripta da nossa Igreja Ma-

triz, um outro renascer: a inauguração das obras de remodelação da cripta da Igreja de São Pedro da

Cova. Finalmente, temos um espaço digno para as nossas muitas atividade e de que muito precisá-

vamos. Com a ajuda duma equipa dedicada de trabalhadores das diferentes artes e o apoio técnico

do Arquiteto Filipe Moreira e dos Engenheiros António Vieira, Fernando Ramos e Alexandre Macha-

do, inauguramos a nossa Cripta com um belo Concerto dos Frei Fado que trouxeram a qualidade que

gostaríamos de manter.

Temos de reconhecer e agradecer o grande esforço de muitos que ajudaram a pagar estas obras:

antes de mais, os que deram as suas ofertas, grandes ou pequenas, foram sensíveis a esta obra e

quiseram ajudar; a União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova que financiou em 10 % o

valor total da obra; e outros que com o seu trabalho quiseram também participar. A todos agradece-

mos e devem ficar orgulhosos por esse “novo espaço”, digo assim, porque, na verdade, já nada tem

a ver com a velha cripta! Ainda não estão totalmente pagas as obras. As ofertas recolhidas na Visita

Pascal vão ser encaminhadas para acabarmos de pagar. Agradecemos muito a Vossa generosidade

para cumprirmos com os nossos compromissos.

Ficam a faltar, ainda, duas coisas: as novas cadeiras e o sistema sonoro. Não sei ao certo quando

será isso possível pois, só para essas duas necessidades temos o orçamento de 45.000,00 €! Vai ser

muito difícil. Mas, o mais importante está feito. Contávamos com o apoio da Câmara Municipal de

Gondomar que nos foi prometido e que, pensamos nós, seria uma obrigação do Município. Até ago-

ra, ainda não tivemos qualquer novidade mas temos a promessa que nos ajudarão. Aguardamos e

precisamos muito da ajuda da Câmara.

A cripta da Igreja Matriz é o maior e o melhor espaço do género na freguesia e, o que muito nos or-

gulha, estará sempre ao dispor da população de São Pedro da Cova, das associações, das escolas…

Sempre esteve, sem cobrarmos nenhum valor, e assim continuará.

A todos agrade-

cemos e devem

ficar orgulhosos

por esse “novo

espaço”, digo

assim, porque, na

verdade, já nada

tem a ver com a

velha cripta!

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Dia de S. José—Dia do Pai

Dia 19 de Março é o dia dedicado a São José, pai de Jesus. Podemos assim chamá-lo porque foi aquele

que, ao lado de Maria, formou a família onde Jesus nasceu e cresceu. A seu modo, da maneira que

Deus lhe propôs, participou no plano salvador de Deus que quis que o Seu Filho se fizesse homem.

São José foi esse que Deus escolheu para que Jesus crescesse, aprendesse a vida dos homens, assu-

misse a Sua missão de Messias e concluísse o plano do Pai na Cruz.

Por tudo isso, celebramos também nesse dia o Dia do Pai. Todos nós somos frutos dessa figura mas-

culina que esteve, e está, ao nosso lado e que é apoio, amor incondicional, que nos chama a atenção

para o que é melhor, que nos dá segurança quando somos pequenos e merece a nossa atenção quan-

do somos maiores.

Na nossa paróquia celebramos uma Missa de Festa para trazer São José para a nossa Fé e, neste con-

texto da Quaresma, não nos esquecemos de valorizar a escuta interior, a decisão de servir Deus, a

coragem de acompanhar a missão de Jesus… Aspetos também importantes para nós. No final, fez-se a

bênção dos pais que estavam presentes e todos rezaram uma oração que o Grupo da Pastoral da Fa-

mília preparou para esse dia e que aqui se reproduz:

São José, patrono e modelo de todos os pais, que ofereceste com alegria

a força dos teus braços para fazer crescer Jesus Cristo, o Filho de Deus,

hoje Te recordamos e Te rezamos.

Que todos os pais tenham coragem na missão de guiar os seus filhos para Deus, fonte de

toda a verdade e alegria;

que todos os pais se encham de esperança que o seu testemunho produza

nos filhos e filhas o amor à verdade;

que todos se confortem com o carinho e cuidados que lhes dedicamos;

que toda a igreja aprenda a tua fidelidade ao acolher Jesus e O levar ao mundo.

Ámen.

V Festival de Teatro Amador de São Pedro da Cova

O V Festival de Teatro Amador de São Pedro da Cova está a chegar. Este ano, será realizado em Maio,

aos sábados à noite, às 21.30 H., como é habitual e mais cómodo para todos. A edição deste ano será

excecional:

Dia 09: Sem filtro com Anabola (abrimos de modo profissional!)

Dia 16: O Pai já vai, uma Revista à Portuguesa pelo Grupo de Teatro de Novelas

Dia 23: O Morgado de Fafe Amoroso pelo Grupo Paroquial de Teatro de São Pedro da Cova

Dia 30: Ratos e Homens pelo Grupo Plebeus Avintenses

Como podem ver, um programa de luxo!

Em breve estarão à venda os bilhetes: cada sessão custará 3,00 € mas, se comprar o acesso a todo o

Festival, isto é, às quatro peças, pagará somente 10,00 €. Não é possível encontrar melhor programa

para as noites de sábado de Maio.

Vida Paroquial (…)

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Vida Paroquial (…) Grupo Paroquial de Teatro

O Grupo Paroquial de Teatro existe já há cinco anos. Nasceu duma “brincadeira” de alguns casais da Pas-

toral da Família que um dia decidiram fazer uma “teatrices”. Mas, as coisas começaram a ficar mais sérias

quando se encontraram com uma peça nas mãos e foi crescendo o gosto pela representação.

Desde esse início, outros elementos se juntaram e hoje somos 12 elementos. E estamos sempre abertos a

quem se quiser juntar a nós. Alguns já vieram mas, por indisponibilidade ou porque vinham já com proje-

tos muito próprios, foram-se despedindo. Lamentamos. Mas continuamos sempre com as inscrições em

aberto. Enão é preciso saber representar! Para quem quer, isso também se aprende aos poucos. Ou, en-

tão, há muitos mais serviços a prestar para se levar uma peça à cena. Aliás, neste momento estamos a

precisar de um Ponto (aquele que vai dizendo a peça aos atores para que eles não se esqueçam) e de um

Sonoplasta (encarregado dos efeitos sonoros da peça). Os nossos ensaios são na cripta às segundas-feiras

(e também às sextas-feiras quando se aproxima a estreia).

A decisão acercas das peças a encenar cabe a todo o grupo que vai lendo e propondo aos outros alguns

textos. Até este momento temos optado por peças mais ligeiras, em tom de comédia, não porque sejam

mais fáceis, mas porque parece agradar mais ao nosso público.

Desde a nossa fundação já montamos cinco peças e estamos agora a trabalhar numa sexta. Procuramos

que a nossa estreia decorra sempre no Festival de Teatro Amador de São Pedro da Cova que este ano será

em Maio. Estejam atentos para saberem qual é a peça e quando vai estrear.

Por razões institucionais, somos uma das secções do Orfeão de São Pedro da Cova que sempre nos tem

apoiado.

Mais uma vez, fica o nosso apelo: se gostam de teatro, juntem-se a nós! Apareçam! Vão ver que não se

arrependem!

Viagem de Verão— Croácia, Eslovénia e Montenegro

Este ano de 2015 a nossa proposta para quem gosta de viajar em grupo e aproveita uma boa organização,

é para a CROÁCIA, ESLOVÉNIA E MONTENEGRO.

Entre os dias 25 de Julho e 1 de Agosto visitaremos Dubrovnik (cidade amuralhada, que se mantém quase

Inalterada desde os tempos medievais e considerada património da Humanidade pela Unesco), faremos

um cruzeiro nas ilhas Elephanq, Montenegro (passando através dos vales de Zupa Dubrovacka e Konavle e

subindo para a baía de Kotor), Split (Património da Humanidade da Unesco), Trogir (também Património

da Humanidade), Zadar, Plitvice (visita ao parque nacional, com 16 grandes e pequenos lagos unidos por

92 cascatas), Rijeka, Postojna (célebre pelas suas magnificas grutas- visita desta maravilha da natureza,

cujos 21 km de comprimento serão parcialmente percorridos num pequeno comboio elétrico), Ljubljana

(capital da Eslovénia), Zagreb (capital da Croácia), regresso via Frankfurt.

Aqui fica o convite. Quem pretender mais informações pode dirigir-se à Secretaria Paroquial ou falar com

o Pároco. Porque as inscrições são limitadas, os interessados devem inscrever-se quanto antes.

Bem-vindos a bordo!

Desde esse início,

outros elementos

se juntaram e

hoje somos 12

elementos. E es-

tamos sempre

abertos a quem

se quiser juntar a

nós.

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Dinâmica de Advento—Uma Caminha para Jesus

Para este Natal, foi-nos proposta uma atividade que consistia em fazer uma caminha para o nosso

Menino Jesus. A cada domingo do Advento, rezamos em família a oração que nos foi dada e a cada

domingo também tínhamos uma tarefa a fazer: desde o fazer uma caminha, ao pintar o Menino Jesus,

sem nos esquecermos de um aconchego, tudo foi feito com vontade de O termos mais nosso no nos-

so presépio de casa.

Todos nós escolhemos fazer uma cama com palhinha, pois de imediato nos lembramos do estábulo

onde Jesus nasceu. A parte mais divertida foi pintar o Menino Jesus, mas também a mais séria, pois

não nos podíamos descuidar nos pormenores.

Tivemos que pedir ajuda aos mais velhos lá de casa, e eles colaboraram com todo o interesse e com

algumas ideias originais. Sem a ajuda deles, o nosso Menino Jesus não ficaria tão bonito!!!

Esta atividade conseguiu juntar mais um bocadinho as nossas famílias, preparando a chegada do Na-

tal, e ficamos muito contentes por trazermos os nossos Meninos à celebração da Eucaristia do dia de

Natal para serem benzidos pelo Senhor Padre.

Bruna, Diogo, Helena e Juliana—5º ano da catequese—(Centro Nª Srª de Fátima)

Jantar de Natal de Catequistas

“Aqueles que passam por nós,

não vão sós, não nos deixam sós.

Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.”

Foi este o mote escolhido para o Jantar de Natal de Catequistas 2014 que decorreu entre o Natal e o

Ano Novo, mais precisamente no dia 27 de dezembro. Nesse fim de ano, os catequistas de toda a nos-

sa paróquia reuniram-se no salão cripta do Centro da Srª de Fátima, para conviverem e celebrarem o

Natal. Foi uma noite especial em que rezamos, cantamos e partilhamos mensagens natalícias, através

de uma dinâmica pensada para nos conhecermos melhor. É nestas ocasiões que descobrimos que não

somos tão poucos quanto isso e iniciativas como estas continuam a ser importantes para sabermos

quem somos e nos conhecermos uns aos outros pelo nome…

Via Sacra da Catequese

No dia 21 de março realizou-se mais uma Via Sacra da Catequese. Foi pelas 15.00 H. no pavilhão gim-

nodesportivo de São Pedro da Cova (junto às piscinas), tal como aconteceu no ano passado. Depois de

termos experimentado vários espaços da nossa terra e depois do “banho inaugural” no largo da feira,

no primeiro ano em que realizamos esta atividade (ainda se recordam?), este é sem dúvida o melhor

espaço, pois deixamos de ter de nos preocupar com as possíveis intempéries e com os humores de S.

Pedro…

A representação e o canto estiveram a cargo do nosso Grupo de Jovens ( SEDE +) e da Catequese da

Adolescência. Com a sua ajuda, todos os presentes (crianças, adolescentes, pais, avós, catequistas…)

recordaram e viveram de forma certamente mais intensa os momentos marcantes da caminhada de

Jesus até à cruz. Um momento especial da nossa Quaresma que nos ajudou a preparar o nosso inte-

rior para a celebração da Páscoa que está já tão próxima.

Catequese

Perante algumas

questões colocadas

e com a reflexão do

nosso pároco,

reforçamos a ideia

de que a

reconciliação não

pode ser encarada

como uma forma de

cumprir um mero

hábito (a

“desobriga”) da

Quaresma, mas sim

como uma forma de

nos deixarmos

reconciliar com

Deus, encontrando

uma paz na alma

que somente Ele

nos pode dar.

P Á G I N A 7 Catequese Dinâmica da Quaresma e Páscoa—Jesus: a Porta da Alegria

Este ano, a dinâmica da catequese da Quaresma abarca também o Tempo Pascal e convida todas as crian-

ças e adolescentes (bem como as suas famílias, claro está!) a construir semana após semana a porta da

alegria! Trata-se de uma dinâmica que nos ajuda a fazer a caminhada até à Páscoa da Ressurreição de Je-

sus e a viver todo o Tempo Pascal de forma mais intensa. Nas três igrejas da nossa paróquia foi colocada

uma enorme porta que nos convida, em silêncio, a entrar e a estar com Jesus em toda a sua caminhada

até à cruz e a viver depois a alegria da Ressurreição! Assim, em cada domingo vamos colocando uma ima-

gem alusiva ao Evangelho desse dia numa das pedras habilmente construídas em esferovite (parabéns e

muito obrigada àqueles que se dedicaram à sua construção!).

Depois, na catequese, com a ajuda dos catequistas, vamos também construindo a nossa porta e comenta-

mos a passagem bíblica que corresponde a esse tijolinho…

Em casa, também não nos vamos esquecer deste tempo especial que nos ajuda a preparar o nosso cora-

ção para a vinda de Jesus e por isso todos levaram para casa um livrinho com orações para rezar em famí-

lia e também em família vamos completando e enchendo de cor o portal que nos ajuda a viver este tempo

tão especial para nós, cristãos! Quanto tudo estiver pronto, vamos trazer a nossa folhinha para a cateque-

se e partilhar em grupo esta experiência! Que esta dinâmica nos ajude a todos a lembrar que Jesus é cami-

nho, verdade e vida… que Jesus é uma porta de entrada sempre aberta para uma vida com mais alegria!

Formação de Catequistas

No dia 14 de março, os catequistas que puderam estar presentes, dedicaram a manhã a mais um dia de

formação. O tema para esta formação era “A Reconciliação na vida do catequista”. Iniciamos a nossa jor-

nada na Igreja, rezando juntos a oração da manhã, para logo de seguida, nos reunirmos no Centro Pastoral

onde o Vítor nos fez uma apresentação sobre o tema, focando a sua essência, ou seja, o que é a reconcilia-

ção e a sua evolução histórica.

Perante algumas questões colocadas e com a reflexão do nosso pároco, reforçamos a ideia de que a re-

conciliação não pode ser encarada como uma forma de cumprir um mero hábito (a “desobriga”) da Qua-

resma, mas sim como uma forma de nos deixarmos reconciliar com Deus, encontrando uma paz na alma

que somente Ele nos pode dar. A nossa manhã terminou com um almoço partilhado, com a alegria de es-

tarmos juntos nesta nossa caminhada. Catequista Sofia Miranda

Festas da Catequese

Já começaram as nossas Festas da Catequese. Este ano um pouquinho mais cedo para termos tempo de

saborear cada uma delas de forma mais calma.A primeira foi a Festa da Palavra, no dia 4 de janeiro, que

reuniu todos os meninos e meninas do 4º ano, bem como as suas famílias, na Igreja Matriz. Esta festa é

muito importante! Nesse dia, todos receberam a Bíblia Sagrada, pois o 4º ano é dedicado à Palavra de

Deus e os catequizandos são convidados a conhecer cada vez melhor a Sagrada Escritura.

Nos dias 28 de fevereiro e 7 de março foi a vez da Festa do Perdão direcionada para os meninos e meninas

do 3º ano. Foi uma catequese especial, onde com a ajuda do Senhor Padre, dos pais e alguns avós, todos

descobriram a alegria do arrependimento e do perdão. O 4º ano irá no mês de junho celebrar a Festa da

Eucaristia e a Festa do Perdão já os prepara para o sacramento da reconciliação que brevemente irão re-

ceber. A próxima festa da catequese será a Festa do Pai-Nosso (2º ano) já no mês de abril: no dia 12 na

Igreja Matriz e na Srª de Fátima, e no dia 19 será na Srª das Mercês. É importante que todos os pais este-

jam atentos a estas datas que são divulgadas nas igrejas e pelos catequistas, para que ninguém falte estas

celebrações da nossa catequese que marcam a caminhada de crescimento que pretendemos que todos

façam.

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Reflexões em torno do… Dia Vicarial do Catequista!

Foi no dia 31 de janeiro que se realizou em Jancido mais um Encontro Vicarial de Catequistas. A nossa

paróquia mais uma vez esteve bem representada por um grupo de catequistas que respondeu à cha-

mada para participar neste dia de formação que reúne elementos de todas as paróquias da Vigararia

de Gondomar. No entanto, penso que já fomos mais…

Este ano o tema foi a “Catequese Familiar”, um assunto de extrema importância, pois cada vez mais

sentimos o quão é urgente envolver os pais de forma mais ativa na catequese e nas atividades paro-

quiais. Os pais são os primeiros catequistas dos filhos, mas, infelizmente, alguns ainda não compreen-

deram esta verdade…

Há dias, no fim da catequese, uma mãe reclamava que no tempo dela eram os catequistas que ensi-

navam as orações e agora tinham de ser os pais a fazê-lo… A catequista tinha apenas sugerido que

rezassem em família… É nestes momentos que começo a perceber que estou a ficar muito velha… É

que no meu tempo, era a minha mãe que me ensinava as orações e quando entrei para a catequese já

me sabia benzer, rezava a avé-maria e o pai-nosso e há já muito tempo que ia à missa… Belos tempos

esses em que descia a serra, com as minhas irmãs mais velhas, em direção à igreja matriz para ir à

Missa das 11… íamos e vínhamos a cantar os cânticos alegres da JUPE e apanhávamos ramalhetes de

sardões ou ganos de mimosas, consoante a época do ano… Não havia dinheiro para irmos as quatro

de “trólei” e por isso íamos a pé, felizes e contentes! Outras vezes descíamos a serra, com o meu pai,

mas em direção a Fânzeres… Lá, a igreja era mais antiga e a celebração mais solene… Cantava-se o

salmo e ensaiava-se a assembleia e acho que foi aí que aprendi os salmos e o glória…

A minha mãe ensinou-me a rezar até à hora da morte… À noite, papeis invertidos, cuidava eu dela e

nesses tempos ensinou-me uma última oração que rezo muitas vezes… tão simples e singela, popular,

mas muito bonita: “Com Deus me deito, encostadinho ao meu peito, chegadinho ao meu lado, para

que livre a minha alma de culpas e o meu corpo do pecado. Ó Santíssima Trindade, Filha da Virgem

Maria, guardai-me por esta noite e amanhã por todo o dia. Pai Nosso e Avé-Maria”. E rezávamos jun-

tas estas duas orações e que bem sabia… Lia-me salmos e às vezes cantávamos juntas “O Senhor é

meu Pastor, nada me faltará…” Um privilégio ter uma mãe assim… Ainda hoje, quando me passa pela

cabeça pedir para descansar um bocadinho da tarefa de ser catequista… Ouço-lhe a voz… “Oh, filha

nunca deixes a catequese… Custa-me tanto quando não vais a missa por minha causa…”

Hoje, principalmente nos últimos anos, espanta-me o olhar estupefacto e perdido das crianças do 1º

ano que de repente aterram na missa… Este ano observei uma delas que olhava para tudo como se

estivesse noutro planeta… Fixava o teto, as imagens, o altar, saltava do banco quando o coro começa-

va a cantar e quando chegou o momento do abraço da paz e me dirigi a ela para lhe dar um beijinho,

afastou-se assustada, de olhos arregalados… Faz pensar, não faz?

Talvez devido ao facto da Igreja ter estado tanto tempo sem abrir as portas da catequese aos pais,

não os responsabilizando pelo percurso na Fé dos seus filhos, agora se torna tão difícil envolvê-los… é

uma realidade nova para a qual todos estamos a acordar… Será que vamos a tempo de acudir? Esta-

remos preparados para o fazer? Teremos vontade suficiente e força para lutar? Os estímulos positivos

das famílias são poucos e o feedback que recebemos não é suficiente para nos dar alento e impelir a

continuar … Talvez não fosse má ideia os catequistas começarem a partilhar estas coisas com os pais,

claramente, sem rodeios, para que percebam que não estará muito longe o tempo em que não have-

rá homens e mulheres que tenham a boa vontade de se dedicarem à Catequese…

Catequese

A minha mãe ensinou-

me a rezar até à hora

da morte… À noite,

papeis invertidos,

cuidava eu dela e

nesses tempos

ensinou-me uma

última oração que

rezo muitas vezes…

tão simples e singela,

popular, mas muito

bonita: “Com Deus me

deito, encostadinho

ao meu peito,

chegadinho ao meu

lado, para que livre a

minha alma de culpas

e o meu corpo do

pecado.

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Catequese

Reflexões em torno do… Dia Vicarial do Catequista!

Partilho convosco esta reflexão, este desabafo que não estava de forma alguma premeditado… Só queria

escrever uma notícia sobre o Dia Vicarial do Catequista, onde estes e outros temas foram tratados, o que

mostra que não é um problema só meu, ou só da nossa terra… é um problema da Igreja e penso que a

mudança, em primeiro lugar, terá de partir dos nossos bispos, do Papa… temos de passar das palavras e

discursos bonitos aos atos e os leigos precisam da força do Clero! Esta mudança na Catequese tem de vir

lá de cima e deixar de ser colocada única e exclusivamente nos ombros dos párocos e dos catequistas…

Sem Catequese… haverá Igreja? Para quando uma verdadeira reestruturação a nível nacional? Enquanto

aqui se exigir dez anos de catequese e acolá, o pároco deixar tudo “arrumadinho” logo no segundo ano,

não vamos a lado nenhum… Apetecia-me dar mais exemplos que passam pelas discrepâncias relativamen-

te ao Crisma, por exemplo, ou relatar-vos uma conversa sobre catequese em diferentes paróquias que há

dias escutei no mini-mercado… Mas acho que o Vítor não tem espaço neste jornal para um artigo tão lon-

go… Fica para a próxima!

Fernanda Albertina

Celebrar a Páscoa

A Semana Santa é a semana que deveríamos viver com mais intensidade. Celebramos o centro da nossa

Fé: a Ressurreição de Cristo.

Chamamos a atenção para o horário das nossas celebrações e convidamos todos a participar com Fé.

29 de março: Domingo de Ramos: em cada celebração temos a bênção dos Ramos e nas celebrações

com a Catequese temos as procissões do costume (na Senhora de Fátima sai da Rua Nova da Bela Vista;

na Senhora das Mercês sai da Igreja Antiga; na Igreja Matriz sai do Largo da Administração)

02 de abril: Quinta-feira Santa: Missa da Ceia do Senhor às 21.30 h. na Igreja Matriz. Ficaremos em Adora-

ção até às 24.00 h.

03 de abril: Sexta-feira Santa: oração de laudes 9.30 h. e Celebração da Paixão às 15.00 h. Com início às

21.30 H. teremos a Via Sacra (começa no Largo do Conde Farrobo e dirige-se para a Igreja Matriz. É orga-

nizada pelo Grupo da Pastoral da Família, pelo Grupo de Jovens e pelos Escuteiros)

04 de abril: Sábado Santo: Oração de laudes às 9.30 h. e Vigília Pascal às 21.30 h. A celebração da Vigília

deveria ser uma obrigação para todos os cristãos. É a maior e mais importante celebração da Igreja em

todo o ano litúrgico. Não faltemos!

05 de abril: Domingo de Páscoa: Celebração da Eucaristia às 08.00 h. em todas as Igrejas. Saída da Visita

Pascal que vai levar a Cruz Salvadora de Cristo a todas as casas e partilhar a alegria da Ressurreição com

todos. À tarde, às 17.30 H., todos os grupos da Visita Pascal vão reunir-se junto aos Bombeiros e faremos

uma procissão até à Igreja Matriz para celebrarmos a Eucaristia às 18.00 h.

Esta mudança na

Catequese tem de

vir lá de cima e

deixar de ser

colocada única e

exclusivamente nos

ombros dos párocos

e dos catequistas…

Sem Catequese…

haverá Igreja?

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“Ninguém acende um candeeiro para o colocar em sítio escondido ou debaixo de um caixote. Põe-no

mas é num lugar próprio para alumiar os que entram em casa. A luz do teu corpo são os teus olhos:

se eles forem bons, todo o teu corpo tem luz, mas se forem maus, o teu corpo fica às escuras. Por isso

tem cuidado, não aconteça que a tua luz seja escuridão. Mas se o teu corpo estiver cheio de luz, sem

qualquer escuridão, tudo será claro, como quando a luz do candeeiro te alumia.”

Lucas 11, 33-36

Estive recentemente em Taizé. Taizé é uma comunidade ecuménica francesa, fundada pelo Irmão Ro-

ger em 1940, que se tem vindo a tornar, nas suas próprias palavras, “uma parábola de comunidade”.

Com um estilo de vida muito simples, assente na oração, na reflexão bíblica e na partilha, ao longo dos

tempos foi-se tornando, paradoxalmente, cada vez mais atrativa para muitos jovens do mundo inteiro

que, ao longo de uma semana, encontram em Taizé o lugar onde, no silêncio profundo em que Deus

fala, acontece o encontro profundo: consigo mesmos, com os outros e com Deus.

Este ano estavam em Taizé vários grupos de jovens oriundos dos subúrbios de Paris. Pelos seu teste-

munhos dos últimos acontecimentos - como o atentado em Paris - vivem nesta altura uma realidade

dura e desafiante como cristãos. Todos os dias são confrontados por uma cada vez maior comunidade

muçulmana, que recruta os seus fiéis com afinco, apresentando-lhes propostas radicais de oração e

conversão de vida. Num dos workshops que tivemos durante a semana, sob o tema “O contributo que

os muçulmanos podem trazer à nossa fé e como aprender com eles” um desses jovens, visivelmente

líder, pediu para falar. Disse que não são os muçulmanos que estão errados. Que eles têm um brio e

um orgulho enormes na sua fé, que a estudam imenso e que a tornam vida efetiva. Que cumprem es-

crupulosamente os seus preceitos, as suas várias orações diárias e que, nesse e noutros aspetos, bem

poderiam ser uma lição para nós cristãos. E depois disse que o problema é nós continuamos a ser cris-

tãos envergonhados, sempre prontos a diluir a nossa fé de acordo com os nossos interesses, a torná-la

superficial, quase invisível, tão pessoal que desaparece de qualquer manifestação comunitária. E que

essa falta de assunção, esse cinzentismo da fé contrasta com a proposta muçulmana que todos os dias

é feita a amigos dele que, por ser muito mais radical e efetiva, constitui um atrativo muito maior por-

que transmite segurança e solidez, que é o que eles sentem que necessitam numa sociedade cada vez

mais difusa.

Esse jovem – que mais tarde vim a saber que é filho de portugueses – estava cheio de razão. O seu

testemunho, sentido porque sofrido quotidianamente na pele, deve incomodar-nos, inquietar-nos,

provocar em nós uma interrogação profunda acerca do que andamos a fazer com a nossa fé.

Recentemente, aquando da notícia do duplo atentado em Lahore no Paquis-

tão, que provocaram vários mortos e feridos, o Papa Francisco insurgiu-se con-

tra os vários atentados que, todas as semanas, são feitos contra os cristãos, e

pediu o fim da perseguição aos católicos, que diz o "mundo estar a tentar es-

conder". “Que esta perseguição contra os cristãos, que o mundo procura es-

conder, acabe e haja paz”, declarou o Papa, perante milhares de pessoas, na

Praça de São Pedro. “São igrejas cristãs, os cristãos são perseguidos, os nossos

irmãos derramam o seu sangue apenas por serem cristãos”, denunciou.

A Alegria do Evangelho

Esse jovem – que

mais tarde vim a

saber que é filho de

portugueses –

estava cheio de

razão. O seu

testemunho, sentido

porque sofrido

quotidianamente na

pele, deve

incomodar-nos,

inquietar-nos,

provocar em nós

uma interrogação

profunda acerca do

que andamos a

fazer com a nossa

fé.

P Á G I N A 1 1 A Alegria do Evangelho Não creio que nos seja pedida uma revolta ao jeito do mundo. O mundo tem já armas de sobra, violência de

sobra, revoltados de sobra, e sabemos todos como a violência apenas gera violência. O nosso modo de fa-

zer, o nosso modo de ser, o nosso modo de revolucionar, tem que ser outro, tem que ser o modo de Jesus

Cristo. Temos que enfrentar estes tempos que nos exigem uma atitude firme, sempre de olhos postos no

Pai, sempre pedindo para fazer a Sua vontade, sempre com a confiança absoluta num Pai que sabemos que

nos ama e não nos deixa órfãos. Com a firmeza de quem sabe que o nosso reino não é deste mundo mas é

aqui que se inicia, que se torna caminho, e que temos a responsabilidade de construirmos um mundo me-

lhor para todos. E isso apenas pode ser feito no testemunho quotidiano em nossas casas, nos nossos locais

de trabalho, nas nossas paróquias, nos estádios de futebol, nas discotecas, onde quer que estejamos. E isso

apenas pode ser feito se não escamotearmos de nós a nossa fé, se não a particularizarmos, se não a fechar-

mos dentro de nós próprios mas se utilizarmos essa luz que irradia do Espirito para iluminarmos tantos que,

todos os dias, connosco falam, connosco contactam, connosco vivem. E isso apenas pode ser feito ao jeito

de Jesus, firme mas amorosamente, sem temer, num caminho que, apesar de sofrido, sabemos que acaba

junto do Pai.

Tal como disse o Papa Francisco, na Solenidade da Epifania do Senhor, ainda este ano, “A vida é esta: a vida

cristã é caminhar, permanecendo atento, incansável e corajoso. Assim caminha o cristão. Caminhar atento,

incansável e corajoso. A experiência dos Magos evoca o caminho de cada homem rumo a Cristo. Como para

os Magos, também para nós procurar Deus significa caminhar — e como disse: atento, incansável e corajo-

so — olhando para o céu e observando no sinal visível da estrela o Deus invisível que fala ao nosso coração.

A estrela capaz de guiar todos os homens para Jesus é a Palavra de Deus, Palavra que está presente na Bí-

blia, nos Evangelhos. A Palavra de Deus é luz que orienta o nosso caminho, nutre a nossa fé e regenera-a. É

a Palavra de Deus que renova continuamente os nossos corações e as nossas comunidades. Por conseguin-

te, não esqueçamos de a ler e meditar todos os dias, a fim de que se torne para todos uma chama que tra-

zemos dentro de nós para iluminar os nossos passos e também de quantos caminham ao nosso lado, e que

talvez tenham dificuldade de encontrar a via que leva a Cristo.”

O mundo precisa, hoje, aqui e agora, da luz de Cristo. Saibamos ser essa luz.

Zé Armando

Nota de Edição: Por falta de espaço nesta edição a equipa editorial do jornal "O Poço" informa que as

contas do 4º Trimestre de 2014 assim como o Movimento Paroquial de Novembro a Fevereiro serão pu-

blicado na próxima edição. Estejam atentos. As nossas sinceras desculpas.

Tal como disse

o Papa Francis-

co, na Soleni-

dade da Epifa-

nia do Senhor,

ainda este ano,

“A vida cristã é

esta: caminhar,

permanecendo

atento, incan-

sável e corajo-

so. Assim cami-

nha o cristão.

Caminhar

atento, incan-

sável e corajo-

so.

Horário da Secretaria Paroquial De Segunda a Sábado das 15.00 Horas às 19.00 Horas

Atendimento do Pároco é de Terça

a Sexta-feira das 16.30 Horas às

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noutro horário, pode-se combinar

com o Pároco qualquer outra hora

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Fernando Echevarría

O Poeta Fernando Echevarría é um nome maior das Letras em Portugal. Em 2005 foi dis-tinguido pela Igreja com o Prémio Árvore da Vida – Padre Manuel Antunes. Em Fevereiro último recebeu o Prémio Literário das Correntes de Escrita, na Póvoa do Varzim.

Tem uma poesia sempre em busca do mistério, do mistério da palavra que se quer dizer e que nunca se diz, ou se vai dizendo perfeita na sua imperfeição. Não é uma poesia fácil mas gostaríamos de fazer aqui a nossa homenagem a Fernando Echevarría, basco de nas-cimento e portuense por opção.

Há o silêncio de antes da palavra. E aquele que, depois dela, deixa sítio para subirem pausas com outras dentro desenvolvendo o limbo por onde suba inviolável, alta a melodia do que foi esquecido. Esse silêncio pauta. Vai decifrando vestígios de quanto o precedeu no gasto mapa de que é possível compulsar o ritmo. E estar à escuta com, ao fundo, a alma a desprender-se. Subindo até o silêncio recobrir a água e desnudar a solidão do espírito.

(Epifanias, Ed. Afrontamento, pag.65)

O seu vagar vai indo. Enquanto ciência não dilucida já, antes se alarga

e estende a sua felicidade intensa a domínios que tocam a palavra.

E, depois, de a tocar, a levam a um campo de luz. A uma entranha

que devolve o calos da inteligência com que satura o núcleo da substância.

O vagar é a grande recompensa do homem. Vem-lhe dessa zona arcaica

que começou a deslumbrar-se. E dela usufruindo foi até que a alma

tão perentória irradiou que a terra sucumbiu. Para só reter a santa iluminação que trouxe às trevas

vagar, a antiga aparição das águas.

(Epifanias, Ed. Afrontamento, pág.61.)