ANO XXX - Nº 1162 - JULHO DE...

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PÁGINAS 12 a 14 ANO XXX - Nº 1162 - JULHO DE 2013 Modelo em ascensão no mundo dos negócios, as startups apostam em tecnologia e inovação para atrair investimentos. Uma delas, a Myleus, utiliza mapeamento de DNA para atestar origem de alimentos processados + =

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PÁGINAS 12 a 14

ANO XXX - N º 1 1 6 2 - JU LHO DE 2 0 1 3

Modelo em ascensão no mundo dos negócios, as startups apostam emtecnologia e inovação para atrair investimentos. Uma delas, a Myleus, utiliza

mapeamento de DNA para atestar origem de alimentos processados

+ =

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PUBLICAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL E EMPRESARIAL DE MINASRegistro nº 647 no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas da Comarca de Belo HorizonteRedação: Av, Afonso Pena, 372 – Centro – BH – MG – CEP: 30130-001Tel.: 3048-0715 e 3048-0714 – e-mail: [email protected] Presidente: Roberto Luciano Fortes FagundesPresidente de Honra: José Alencar Gomes da Silva (in memoriam)Vice-Presidentes: Ângela Prata Pace Silva de Assis, Cláudia Volpini, Cleider Gomes Figueirôa, Eulerda Cunha Peixoto, Fábio Guerra Lages, Frederico Pace Tavares Gonçalves Drummond, Hudson Lídiode Navarro, José Epiphânio Camillo dos Santos, Lindolfo Coelho Paoliello, Marcelo Valadares Couto,Maria Elvira Salles Ferreira, Ruy Barbosa de Araújo Filho, Wagner Tomaz de Sá e Winston AntônioMisionschnik

Assessor de Comunicação: Antônio Rubens RibeiroEditora Responsável: Gabriela Carvalho – Reg. Prof.: MG 13549 JPRepórter: Roberto Romanelli e Bruna Resende Estagiária de jornalismo: Dahiany Carvalho Projeto Gráfico e Diagramação: CMR - comunicação 31 3418-1656Publicidade: José Carlos Cruz Fone: 31 [email protected]: Fábio OrtolanImpressão: Gráfica FormatoEX

PEDIENTE

Sucesso total. Esta é, sem dúvi-

da, a expressão que melhor quali-

fica o 1° Churrascão ACMinas, rea-

lizado na noite do dia 19 de julho,

no Clube Labareda, com a presen-

ça de mais de 700 pessoas, entre

diretores da entidade, empresários

dos mais diversos segmentos eco-

nômicos e, particularmente, nos-

sos afiliados, num ambiente de

inteira confraternização – aliás, a

principal motivação para a realiza-

ção do evento. Como o leitor pode-

rá constatar na matéria de cobertu-

ra do evento publicada nesta edi-

ção, pudemos efetivamente ofere-

cer aos nossos associados, além da

programação e do cardápio de pri-

meira linha, uma oportunidade de

integração descontraída com a

nossa entidade, de encontrar ami-

gos e – claro – também de estabe-

lecer novos relacionamentos capa-

zes de redundar em parcerias pro-

veitosas.

Sim, pois também pensamos no

potencial de eventos como o

Churrascão para catalisar negócios.

Afinal, a ACMinas, ao longo de sua

história de 112 anos, sempre teve

como um de seus papeis primor-

diais atuar como facilitador do

desenvolvimento empresarial, seja

oferecendo instrumentos de capa-

citação gerencial, por meio de uma

extensa grade de cursos, seminá-

rios e eventos focados em gestão,

seja identificando e buscando pos-

sibilidades de investimentos que

resultem em negócios. Não custa

lembrar, neste aspecto, a atuação

da entidade nas articulações que

resultaram, para citar somente

alguns poucos exemplos, na

implantação de empreendimentos

como a Refinaria Gabriel Passos,

Usiminas e Açominas (atual

Gerdau), a Fiat e seu parque de

autopeças. Ou, ainda, em iniciati-

vas como a construção do

Aeroporto Internacional de Belo

Horizonte e, mais recentemente,

na sua efetiva internacionalização,

com a instituição de voos interna-

cionais diretos de e para Belo

Horizonte, e no seu atual proces-

so de ampliação e modernização.

Mas, voltando ao tema, o

Churrascão foi também uma opor-

tunidade de mostrar de forma níti-

da aos empresários e, de maneira

especial, aos nossos associados, que

a Associação Comercial e

FESTA IMPECÁVELRoberto Luciano Fagundes

Presidente da ACMinas

EDITORIAL

02 JORNAL

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JORNAL 03

Empresarial de Minas é uma insti-

tuição inteiramente aberta à expres-

são dos anseios e expectativas do

empreendedor, totalmente dispos-

ta a ouvir e acatar boas ideias e que

é, acima de tudo, moderna e moder-

nizadora, ao atuar como instrumen-

to de disseminação da inovação

como fator de competitividade e

desenvolvimento empresarial.

Enfim, cumprimos, com o 1°

Churrascão ACMinas, um de nos-

sos mais prazerosos papeis: o de

estimular a convivência entre nossa

entidade e a comunidade empresa-

rial. Deu tão certo que já estamos

planejando o 2° Churrascão, uma

promoção que entra, definitiva-

mente, em nosso calendário de

eventos.

Também nesta edição, publica-

mos reportagem sobre o

“Farolaço” – uma mobilização

silenciosa e pacífica, organizada

pela ACMinas, para expressar a

indignação dos empresários em

relação às más práticas adotadas na

nossa política, seja no Poder

Executivo, seja no Legislativo. O

protesto, realizado no dia 19 de

julho, consistiu simplesmente

numa sugestão: a de que os moto-

ristas mantivessem acesos os faróis

de seus veículos, quando em trân-

sito, durante todo o dia. Houve

indiscutível adesão, o que mostra

ser generalizada a insatisfação, e,

além disso, a manifestação marcou,

inquestionavelmente, a posição da

Associação Comercial e Empresarial

de Minas quanto à legitimidade dos

recentes movimentos populares em

favor de mudanças.

‘‘ASSOCIAÇÃO COMER-

CIAL E EMPRESARIAL DE

MINAS É UMA INSTITUI-

ÇÃO INTEIRAMENTE ABER-

TA À EXPRESSÃO DOS

ANSEIOS E EXPECTATIVAS

DO EMPREENDEDOR

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Gente bonita, chope gelado,carne de primeira e boa música.Este foi o ambiente que os associa-dos, diretores, parceiros, fornece-dores, colaboradores e familiaresencontraram no 1º Churrascão daACMinas. O evento que aconteceuem julho, no Clube Labareda, foiidealizado com o intuito de pro-porcionar uma confraternização,além da comemoração do dia docomerciante e os 112 anos daACMinas. Com mais de 600 pessoase duração de seis horas, a festa foium sucesso.

Para o presidente da ACMinas,Roberto Fagundes, o Churrascão foi

uma boa opção para confraternizarcom pessoas que fazem parte do diaa dia da entidade. “Nós trabalha-mos arduamente na ACMinas, e porincrível que pareça o nosso dia ébastante atribulado, com muitoscompromissos e responsabilidades,e nada melhor que, no final desemana, nós tenhamos a possibili-

dade de nos encontrar em uma con-fraternização como essa. Ondeencontramos pessoas de diversossetores, que estão conosco nestaluta diária”, disse.

Durante a noite, além da apre-sentação da Banda Êxito, algunspatrocinadores gentilmente ofere-ceram brindes para sorteio.

FESTA

1º CHURRASCÃOACMINASNoite de

confraternização

e comemorações

A Banda Êxitomanteve semprecheia a pista de

dança

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05JORNAL

Oito sortudos foram contempladoscom brindes das empresasPicchioni, Modelo Representações,Chiaperini Industrial e Villa Café.Para o diretor de expansão social daACMinas e idealizador do evento,José Carlos da Costa, o Churrascão,além de ser um momento de con-fraternização, foi uma boa oportu-

nidade de realizar networking.“Acreditamos e nos orgulhamosem fazer um evento como esse, pri-meiramente porque gostamos daACMinas e também porque acredi-tamos que momentos como estesão propícios para novos relacio-namentos empresariais. Hoje esta-mos comemorando o dia do

Evento excelente! Estava

comentando com as

minhas amigas que eu gosta-

ria que a ACMinas promoves-

se outros eventos como este. O

atendimento, a comida e a

bebida estão de primeira, que

venham outros”,

VERA LÚCIA, da Impacta Consultoria.

‘‘

É um encontro onde as

pessoas estão se divertin-

do, conhecendo outras, des-

contraindo. Tudo muito bom”,

VANESSA RIBEIRO, empresária.

‘‘

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comerciante e os 112 anos da entida-de, então temos motivo de sobra parafestejar”, afirmou.

O 1º Churrascão da ACMinas é umarealização da Associação Comercial eEmpresarial de Minas, com promoçãoda Meet Grill Churrasco e Eventos eapoio do Pão de Queijo Maricota, VillaCafé, além de patrocínios da MasterMind, Cachaça Pendão, Amil, GrupoOrguel, Supermercados BH, VilmaAlimentos, Chiaperini Industrial,Picchioni, E-Sacolas, Escalla Gráfica,Escola Superior de Justiça, ModeloRepresentações e Compacta Seguros.

O ambiente está muito

agradável, as pessoas se

divertindo e interagindo com

nossa marca. Estou gostando

bastante”, JULIA DO ESPÍRITO SANTO, da Pão de Queijo Maricota.

FELIPE TEIXEIRA, da Patrulha Eletrônica.

‘‘Que satisfação! O ambiente está ótimo, fami-

liar, descontraído. O churrasco e a bebida

estão no ponto. Estou sendo muito bem servido.

E pelo nível, acredito que a ACMinas deveria

investir para que aconteçam outros como este”,

‘‘

1º Churrascão da ACMinas recebe mais de 600 pessoas, entre diretores da entidade, empresários dos maisdiversos segmentos econômicos e afiliados, num ambiente de inteira confraternização

O comitê organizador agradece aos

patrocinadores do

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07JORNAL

PROTESTO

FAROLAÇO

A Associação Comercial eEmpresarial de Minas, traduzindo osanseios da iniciativa privada, realizouem julho o “Farolaço” – um protestosilencioso e pacífico que levou milha-res de motoristas a acender os faróis deseus carros, durante todo o dia 19, paramostrar, com esse símbolo visual que oBrasil precisa sair da escuridão. Segundoo presidente da ACMinas, RobertoLuciano Fagundes, o protesto foi parademonstrar a insatisfação da sociedadecom os políticos, para manifestar o sen-timento do brasileiro contra a inérciagovernamental em relação à economia,à educação, à saúde, à infraestrutura e atantas coisas mais. “Dizem que o preçoda liberdade é a eterna vigilância, e foipor esta razão que tivemos a ideia de

promover o Farolaço, fazer com quemantenhamos os olhos bem abertos, osfaróis ligados em protesto pelas coisasque acontecem lá na terra da fantasia queé Brasília”, disse.

Sobre as últimas manifestações queocorreram em todo o país, Fagundes,ressaltou que a entidade é inteiramentea favor delas, pois as demandas nãoatendidas que foram mostradas nas ruassão de extrema importância para o cres-cimento do país. “Evidente que somoscontrários aos atos de vandalismos e deagressões praticados por pessoas alheiasaos protestos. Mas apoiamos integral-mente um movimento em que todosnós estamos explicitando o nosso pen-samento, as nossas ideias e a nossa ansie-dade por mudanças”, concluiu.

ACMinas promove ondapacífica de protestos contra afalta de decência na política ea favor de reformasestruturais, diminuição deimpostos e desburocratização

Durante o dia do Farolaço foram distribuídos panfletos informativos em vários pontos da capital

Adesão ao Farolaço é geral

Já dizia um ex-presi-

dente do nosso país

que, infelizmente, grande

parte de nossos políticos é

“picareta”. Portanto sou

totalmente a favor de

manifestações pacíficas e

ordeiras contra indecên-

cias, amoralidades e imora-

lidades praticadas por esses

indivíduos e parabenizo a

ACMinas pela iniciativa”.

Zélia Maria Grohs Miranda

Luiz Piquet.

Precisamos mesmo

botar luz na cabeça dos

nossos políticos para não

cairmos na obscuridade

outra vez”.

‘‘

Stefan Salej

Quero parabenizar

pela iniciativa a todos

da ACMinas. A democracia

se constrói a cada dia e por

todos”.

‘‘

‘‘

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POSSE

O Turismo pode ser uma alterna-tiva importante para a retomada docrescimento brasileiro, e é com essaconstatação que a nova presidentedo Conselho Empresarial deTurismo e Eventos da ACMinas, aempresária e turismóloga RafaelaFagundes, pretende orientar as açõesdo organismo que passa agora aliderar. Ela afirmou, na solenidadede sua posse, acontecida em julho,acreditar que o Brasil pode crescermais se descobrir a real importân-cia do turismo. “Tantos países saí-ram do sufoco por terem focadoneste segmento e percebido o seupoder econômico. O Turismo nãopode ficar em cima do muro, vamosbatalhar, debater, brigar, mas deforma cordial, e informar ao setorsobre os avanços, as novas ideias deque precisa”, disse.

Rafaela destacou também os even-tos esportivos, que são capazes deexercer efeitos grandemente positi-vos para o turismo e, por consequên-cia, ajudar a mudar a economia dopaís. Para ela, a Copa do Mundo de2014 vai incrementar o setor inclu-sive em estados considerados não-turísticos. “Eu vejo o turismo comouma salvação para o Brasil e a Copa vaiajudar muito. Os turistas que aquiestiveram durante a Copa dasConfederações, por exemplo, se sen-tiram bem, curtiram a cidade, osjogos e saíram com a sensação de que

voltarão em 2014 e em outrosmomentos”, disse.

A empresária e diretora daACMinas, Beth Ribeiro, que transmi-tiu a presidência do Conselho aRafaela, ressaltou a competência,carisma e dedicação da nova presi-dente. Sobre o mundial de futebol,Beth fez coro: disse que será real-mente importante para o país e paraMinas Gerais. “O segmento do turis-mo tem um leque muito grande deopções. Peço à nova presidente quequando os projetos forem a ela apre-sentados que ela os abrace e que suagestão seja repleta de conquistas parao setor”, concluiu.

O trabalho do Conselho deTurismo e Eventos, segundo o presi-dente da ACMinas, RobertoFagundes, é muito eficaz, pois temrepresentação de vários segmentos daárea e é também um propulsor doConselho Municipal e Estadual doTurismo. “Nasceu aqui dentro do

Conselho, por exemplo, o BeloHorizonte Visitors & ConventionBureau, tão importante para imple-mentar esta vocação da cidade parao turismo de eventos e negócios.Outras iniciativas relevantes, comoo Expominas, o AeroportoInternacional e sua atual moderniza-ção, igualmente tiveram aqui umapoio decidido”, lembrou.

Segundo o presidente da Belotur,Mauro Werkema, o Conselho deTurismo da ACMinas desempenhaum papel essencial, pois é precisohaver um diálogo permanente comtodo o trade turístico para que o paísesteja apto para receber os turistas naCopa de 2014. “Estamos, na Belotur,restaurando o Conselho Municipalde Turismo, pois falta ainda em BHuma instância de representatividadedeste setor que esteja na ponta daeconomia criativa, e que gera tantosempregos, transforma e evolui a eco-nomia”, disse.

POSSE NA ACMINASRafaela Fagundes é nova presidente doConselho de Turismo e Eventos da ACMinas

Rafaela Fagundes Vale assumiu a presidência do Conselho Empresarial de Turismo e Eventos da ACMinas

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CAFÉ PARLAMENTAR

Direcionar esforços para melho-rar a qualidade da educação e dainfraestrutura logística, viabilizar asreforma tributária e da PrevidênciaSocial, além de combater a rigidez domercado de bens e serviços, do mer-

cado de trabalho e da burocraciaforam as soluções apontadas pelodiretor-presidente do MovimentoBrasil Competitivo (MBC), ErickCamarano, na última edição do CaféParlamentar da ACMinas, realizado

em julho. Com a palestra “CustoBrasil: os desafios da competitivi-dade brasileira”, Camara-no faloudas práticas aplicadas na gestãopública/privada e dos problemasinternos que inviabilizam a

ENTRAVES X COMPETITIVIDADEEducação, necessidade de reformas e burocracia sãoalguns dos gargalos da competitividade brasileira

Segundo Erick Camarano o Brasil precisa adotar uma agenda positiva para ganhar competitividade

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competitividade do Brasil no mundo.Segundo ele, é preciso enxergar qualé e onde está o problema brasileirode competitividade. “O Brasil preci-sa ter uma noção muito clara daqui-lo em que perde a capacidade decompetir com outros países para,então, criar sua agenda”, explicou.

Em sua apresentação Camaranofalou de outro fator relevante queimpede o crescimento e a competi-tividade do país: a poupança domés-tica. “A taxa de poupança interna bra-sileira é de 17% do Produto InternoBruto (PIB), enquanto que na China,por exemplo, ela chega a 52%.Mesmo numa comparação com osíndices de países da América Latina,a nossa taxa também é menor. NaColômbia, é de 22%, no México é24% e no Chile é 22,5%”, explicou.

Para Camarano, a educação é opilar mais preocupante, pois ocupao sexto lugar numa escala de priori-dades. Cerca de 3,8 milhões de bra-sileiros estão fora da escola entre 4 e17 anos e o desempenho relativodecresce com os anos de estudo.“Nós temos que conscientizar as pes-

soas de que a educação é a solução.O problema central é a constataçãode que o desempenho dos estudan-tes piora a cada ano. Atualmente asempresas brasileiras estão se preocu-pando com este problema e estãoinvestindo para qualificar o profis-sional que contratou”, alertouCamarano.

A gestão pública também foiabordada na apresentação. Camaranofalou de um programa criado em2005 – “Modernizando a GestãoPública – que consiste no planeja-mento estratégico, otimização dedespesas, gerenciamento de proje-tos, redesenho de processos e eleva-

ção de receitas nos serviços públicosde todos os níveis. Para ele, lideran-ça, método e conhecimento técnicosão instrumentos fundamentais. “OBrasil não tem plano estratégico, ogoverno perdeu essa expertise. Porisso é fundamental que o gestorpúblico tenha clareza de objetivos,pois não adianta estabelecer dezenasde prioridades quando não conse-guirá pôr em prática mais que três ouquatro”, disse.

Nesta “agenda dos problemas”nem tudo é negativo. SegundoCamarano, ele passa cerca de 80% doseu tempo reorganizando as duaslinhas de atuação do MBC, que sãoas micro e pequenas empresas e ogoverno. “Hoje, os pequenos emédios empresários estão correndoatrás, fazendo o que podem e o quenão podem para inovar, para se tor-narem competitivos. Assim, ajuda-mos os pequenos a copiar as boaspráticas das grandes empresas. Comessa ajuda, elas crescem, tornam-secompetitivas e impulsionam o paísa também se tornar competitivo,atrativo”, concluiu.

A educação é o pilar mais preocupantena opinião de Erick Camarano

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12 JORNAL

NOVOS MERCADOS

Conceituadas como um modelode empresa jovem, embrionária ouainda em fase de constituição, asStartups podem ser consideradas anova “moda” no mundo doempreendedorismo. Com cada vezmais destaque no mercado empre-sarial, esse modelo também podegerar bons investimentos, o que temlevado algumas delas a cresceremexponencialmente em pouco tempo.Por isso, aumenta também o núme-ro de pessoas dispostas a apostarnesse segmento. Segundo dados dosite “Startup Base” (www.startupba-se.net), existem cerca de 2.200 star-tups no país, dessas, 166 estão emMinas Gerais, segundo maior polodesse tipo de negócio, ficando atrásapenas de São Paulo, com 591

empresas. E, pelo cenário atual, essesnúmeros serão cada vez maiores nospróximos anos.

Apesar de ser um nome novopara muitos brasileiros, o conceitode “Startup” (que traduzido livre-mente para o português significa“arranque”) é considerado bastan-te difundido em outros países, comregistros de que o termo tenha sur-gido nos Estados Unidos, nos anos80. Essas empresas são chamadasassim por alguns motivos específi-cos: por serem recém-criadas ouestarem em fase de desenvolvimen-to e, principalmente, caracterizan-do com mais propriedade umaStartup, é que em sua constituiçãoo pilar principal é o desenvolvimen-to de ideias e projetos inovadores.

O gigante da web, Google e a impo-nente criadora de softwares,Microsoft, são exemplos de empre-sas que iniciaram como Startups. Ouseja, surgiram de ideias totalmentenovas (algum dia) e que revolucio-naram – no caso delas – um merca-do que não havia sido explorado,tornando-as empresas poderosas.

No Brasil, o principal conceitotambém é seguido. Inovação é pra-ticamente uma palavra de ordempara essas empresas, é o seu funda-mentalismo. Por isso, diga-se de pas-sagem, a maioria se encontra na cria-ção de projetos tecnológicos e nainternet, onde há um vasto merca-do aberto para a inovação. Segundoo presidente do ConselhoEmpresarial de Tecnologia da

NOME: STARTUP.SOBRENOME: INOVAÇÃOModelo de negócio se destaca por sua proposta de abrirnovas fronteiras e novos mercados. Grandes empresasestão atentas às oportunidades de investimento

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Informação e Telecomunicações daACMinas, Eugênio Alexandre Elyseu,uma Startup só faz sentido se traba-lhar com inovação. “A vantagem dese investir nesse tipo de empresa é orejuvenescimento das ideias e dasformas de gestão”, explicou. Os bai-xos investimentos necessários parao projeto e a possibilidade de cres-cimento rápido são outros fatoresque animam esses empreendedores.

E nesse panorama é cada vez maiscomum que outras empresas aju-dem no desenvolvimento dessasideias. Elas são chamadas de incuba-doras, aceleradoras ou investidoresanjo, dependendo do tipo de incen-tivo que é dado. Claro, porém, queessa ajuda é acertada com a partici-pação de parte societária no proje-to. Pedro Ivo, gerente de comunica-ção da Fumsoft, empresa que atuadesde 1992 como aceleradora destartups, compartilha a valorizaçãodesse processo que, por sua vez,colabora com o fortalecimento eco-nômico do país. Segundo ele, esseDNA inovador é muito importantepara a criação de novos produtos,serviços e processos. “Por seremempresas que buscam um cresci-mento acelerado, escalável, elasnecessariamente estão focadas emsoluções diferentes, um modo novo

de resolver problemas. As startupsconseguem fazer isso acontecer por-que têm condição para pensar forada caixa e tem flexibilidade para nãose prender a padrõesos”, explica.

Especializada em inovar modelosde educação com o auxílio da tec-nologia, a startup Educação,Inovação & Tecnologia (EI&T) tra-balha com a geração de dados atra-vés de um aplicativo que deu origemà empresa, o AppProva. De acordocom o diretor executivo, João Gallo,o aplicativo, que tem como objeti-vo medir o conhecimento de vesti-bulandos do ENEM possui cerca de250 mil usuários e funciona emdiferentes plataformas. Nele é pos-sível analisar o perfil dessas pessoase identificar deficiências educacio-

nais em áreas específicas, dados quepodem ajudar instituições a melho-rar as formas de ensino. “Essa abor-dagem de massa, através do aplica-tivo, provavelmente é única no país.Além disso, o conceito pode ser apli-cado em outros exames de outrasáreas, como o da OAB, por exemplo.Em agosto deste ano teremos novoslançamentos”, explicou João.

Muito diferente da área educacio-nal, a Myleus Biotechnology, startupsediada em Belo Horizonte, nasceu em2010 a partir de um projeto de dou-torado. Especializada em análises deDNA aplicados à pesquisa, à indústria,ao setor de agronegócios e ao meioambiente, recebeu, durante os estágiosiniciais, o apoio da INOVA, incuba-dora da Universidade Federal de

A Fumsoft é um exemplo de incubadora e aceleradora de startups

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Minas Gerais. Os produtose serviços da empresa,atualmente, permitem aidentificação de fraudes naindústria alimentícia, comoa prática da substituição deespécies em produtos pro-cessados. “A identificaçãode espécies é um produtopioneiro em Minas Gerais,apesar de existirem outras empresasque também a realizam no mundo, noBrasil existem poucas”, afirmouEstevam Bravo Neto, sócio-proprie-tário da Myleus. Segundo ele, há umabusca constante de parceiros queinvistam na capacidade da empresaque, hoje, possui a patente de um ser-viço exclusivo, que consiste em quan-tificar e garantir a procedência de pro-dutos derivados do leite de búfala.

INCENTIVOSO Governo Federal também acom-

panha a disseminação desse conceito etem lançado incentivos para fortalecero empreendedorismo na área de ino-vação nos próximos anos, como o pro-grama Startup-Brasil, sob responsabi-lidade do Ministério da Ciência,Tecnologia e Inovação (MCTI). O obje-tivo desse programa é acelerar o desen-volvimento de empresas com base tec-nológica, com foco em software e ser-

viços de tecnologia da informação (TI).O programa tem um orçamento jáaprovado de R$ 40 milhões, para sereminvestidos até 2016.

As empresas privadas correm atrás,dispostas a investir em startups que seproponham a criar boas e novasideias. Muitas grandes indústrias, devárias partes do mundo, entenderamesse potencial e começam a desenvol-ver programas próprios de incentivo.“Para os investidores, a vantagem é tera chance de conseguir um retornoexponencial de seus investimentos. Ocrescimento acelerado das startupspode gerar um retorno rápido emuito maior do que em outrasempresas”, afirmou Pedro Ivo, geren-te de comunicação da Fumsoft.

A Ilusis Interactive Graphics, espe-cializada no desenvolvimento degames com foco em gráficos 3D dealta qualidade, é uma startup mineiraque está ganhando reconhecimento

nacional e internacional. Os passoscertos e a confiança em oferecer pro-dutos com excelência irão render àempresa, nos próximos três anos, uminvestimento privado que pode che-gar a R$ 5 milhões. Desde o começo,em 2008, com foco na atuação global,a empresa já consolidou parcerias nosEUA, Canadá, Holanda e Reino Unido.Segundo o CEO, Rodrigo Mamão,tudo é graças ao esforço e à vontadede criar algo novo no Brasil. “Aempresa cresceu aos poucos. Nessescinco anos de vida, obtivemos algunsinvestimentos do governo, que nosajudaram a formar novos profissio-nais. Hoje, por conta desse novo apor-te privado, chegamos a um total de 28funcionários. O nosso objetivo é incre-mentar esse time com especialistastambém de outros estados também,para que possamos dar continuidadeno desenvolvimento de projetos econceitos próprios”, expôs Rodrigo.

A Ilusis Interactive Graphics, especializada nodesenvolvimento de games com foco em gráficos

3D de alta qualidade, é uma startup mineira

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15JORNAL

PARCERIA

Já estão à disposição dos associa-dos da ACMinas, seus funcionáriose dependentes, com 50% de des-conto, os cursos ministrados pelosistema de ensino à distância doWord Class Company Institute,organismo especializado na capaci-tação e qualificação de executivos,empresários e profissionais emgeral, com o qual a entidade firmouparceria. Com cursos totalmente on-

line e uma extensa gama de especia-lizações corporativas – entre as quaismarketing, gestão, administração,liderança, vendas e empreendedo-rismo – cujo foco é o desenvolvi-mento de habilidades técnicas egerenciais.

Segundo o vice-presidente daWord Trade Center Brasil, LeonardoFigueiró, o ensino à distância é umatendência mundial. “Temos países

de primeiro mundo em que 50% daformação profissional utilizam estemétodo. Outros, como EstadosUnidos, Inglaterra e França, esseíndice já chega praticamente a100%. A redução do custo para oempresário e a facilidade de acessoao treinamento são pontos de forteatração. E todos os professores daWCCI são de altíssimo nível, assimcomo os cursos, integralmen-

ACMINASAPRESENTANOVO PRODUTOParceria entre a ACMinase o Word Class CompanyInstitute disponibilizaEnsino à Distância

ACMinas oferece descontos em cursos de Ensino a Distância

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16 JORNAL

te certificados”, declarou.A diretora da ACMinas Lília

Mascarenhas, presente ao encon-tro da diretoria em que o novoprojeto foi apresentado, desta-cou como “uma área imensa depossibilidades e aplicações”aquilo que, para ela, é melhorexpresso como “Educação àDistância”, ao invés do termousual, pela amplitude de sua efi-cácia. “Este é um caminho semvolta, embora algumas pessoase empresas ainda mostrem certaresistência ao sistema”, afirmou.“Mas vemos, por todos os indí-cios, que é uma área em plenaexpansão”. Segundo Lília, estaparceria trará muitos benefíciospara todo o corpo de associadosda entidade e, como reflexo, atodo o mundo corporativo.

O World Class CompanyInstitute é uma organizaçãoprivada criada a partir de umconceito estabelecido em 1989nos Estados Unidos pelo WTCInstitute. No Brasil desde 2009,chegou com o objetivo de

capacitar executivos, empresá-rios e profissionais em geral nabusca de desenvolvimento pro-fissional.

COMO FUNCIONAOs associados e seus depen-

dentes terão a sua disposição umdesconto de 50% em todos oscursos ofertados pela WCCI. Bastaentrar em contato com aACMinas, pelo telefone(31)3048-9516, e solicitar ocupom de desconto. Com ele emmãos, o interessado deve acessaro site www.acminas.wcci.tv e,após fazer o cadastro e efetivar aconta, passa a ter acesso às aulasno próprio site, em qualquerhorário. Pode-se fazer quantoscursos se desejar, pois cada umdeles tem uma programação pró-pria, independente das demais,que ficam disponíveis, sem limi-te de acessos, desde que dentrodo prazo de disponibilidade doconteúdo adquirido e de acordocom a carga horária do curso.

ACMINAS PRESTIGIA OVITÓRIA MODA SHOW

Chegando a sua sexta-edição, o prin-

cipal evento de moda do Espírito Santo,

o Vitória Moda Show (VMS), realizado

em julho, no centro de convenções de

Vitória, que teve pela segunda vez o apoio

da Associação Comercial e Empresarial de

Minas. Vários empresários mineiros par-

ticiparam do encontro, realizado com o

objetivo de movimentar a cadeia produ-

tiva, ressaltando não apenas a importân-

cia da moda, mas evidenciando-a por

meio da economia criativa. O VMS pro-

curou incentivar o setor de vestuário a

incorporar valores como marca, tecno-

logia e design para se expandir. Houve

também debates sobre aspectos como

inclusão social, democratização e res-

ponsabilidade social, sempre com foco na

indústria da moda capixaba e nacional. O

evento atraiu tanto profissionais do setor

quanto estudantes, lojistas e visitantes de

diversos segmentos. Além da feira, foram

realizadas palestras, desfiles e rodadas de

negócios.

ACONTECE

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17JORNAL

ENTREVISTA: LEONARDO COLOMBINI

FIM DA GUERRA FISCAL

O senhor defende asimplificação do sistematributário brasileiro. Porque?

A legislação tributáriabrasileira é extremamen-te complexa e muitasvezes onerosa aos contri-buintes. No caso especí-fico do ICMS, cada Estadoelabora o seu modelo e omodifica constantemen-te, muitas vezes para seequiparar às legislações jámodificadas por outrosmembros da Federação.Ou seja, as legislações são

alteradas quase que dia-riamente nos Estados tor-nando o sistema cada vezmais complicado.

Como isso podeajudar no desenvolvi-mento da economia dopaís?

Uma alíquota única deICMS como a que foi pro-posta recentemente nasoperações interestaduais,por exemplo, acabariacom a chamada guerra fis-cal e tornaria o ICMSmenos oneroso na

O secretário de Estado da Fazenda, Leonardo

Colombini, em entrevista ao Jornal ACMinas defendeu a

simplificação do sistema tributário brasileiro, disse que

a legislação do ICMS é uma parafernália e afirmou tam-

bém que as regras não mudam por falta de vontade polí-

tica. Em sua exposição, ele fez um relato dos últimos ins-

trumentos jurídicos em negociação entre os estados, a

União e o Congresso Nacional para mudar o ICMS e reco-

nheceu que, da forma como a legislação está, as empre-

sas são muito oneradas pelos impostos.

"A legislação é tão complexa que eu costumo dizer

aos meus colegas da Fazenda que a regulamentação do

ICMS já não é por setor, ela é quase por empresa", afir-

mou. Ele ressaltou, por outro lado, que as tentativas de

mudar as regras e criar a alíquota única de 4% do ICMS

para as operações interestaduais, como proposto no

Projeto de Resolução 001/2013, do Executivo, acabaram

inviabilizadas pela Comissão de Assuntos Econômicos

(CAE) do Senado, que mudou tudo e sugeriu um sistema

tão complexo como o atual.

Colombini também defendeu a simplificação do sis-

tema tributário brasileiro, mas lamentou que não exista

vontade política para fazer as mudanças. "Criamos uma

parafernália e está difícil acabar com ela", observou.

Unificação das alíquotas do ICMS emperram

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produção e transferência para o con-sumo. Desta forma a produção seriamais barata e melhoraria a concor-rência da indústria brasileira frente aoutros países.

O senhor acredita que essa sim-plificação irá acontecer?

Essa é a discussão atual e dependeespecialmente de vontade política. Emnível do CONFAZ, estamos discutin-do ponto a ponto os temas de con-senso entre os Estados.

Por que estados produtores,principalmente do Sul e Sudeste,têm pressa em alinhar propostaspara aprovar a unificação de alí-quotas interestaduais do ImpostoSobre Circulação de Mercadorias eServiços (ICMS)?

Veja bem, conforme já falamos,temos uma legislação complexa,muitas vezes confusa e é preciso quese criem regras únicas para essas ope-rações. Estados não podem ser sacri-ficados em função de benefícios nãoaprovados pelo CONFAZ. A urgên-cia se faz necessária para redução dacarga tributária sobre toda a produ-ção e não somente para setores combenefícios fiscais.

Como está a negociação da alte-

ração das alíquotas do ICMS?As proposições do Projeto de

Resolução 001/2013, em tramitaçãono Senado, ficaram inviabilizadas naComissão de Assuntos Econômicosque alterou significativamente o textooriginal tornando o sistema aindamais complexo. Atualmente, estãosendo discutidos os pontos que sãoconsenso entre os Estados para avan-çarmos nas propostas que visam a

uma alteração que não prejudiquenenhum ente federativo.

Como Minas tem se posicionadonessas negociações?

Defendemos a alíquota de 4% nasoperações interestaduais entre os esta-dos do sul e sudeste na remessa paranorte, nordeste e centro-oeste, e, che-gamos até a admitir 7% para as remes-sas desses estados para sul e sudeste.

Quais os próximos passos para aaprovação das novas alíquotas?

O processo está em andamento.Infelizmente, voltamos ao começodas discussões e vamos avançar len-tamente. Tecnicamente, avançamosnas discussões, mas como já disseanteriormente, é preciso vontadepolítica para as mudanças.

‘‘A LEGISLAÇÃO É TÃO

COMPLEXA QUE EU COSTU-

MO DIZER AOS MEUS COLE-

GAS DA FAZENDA QUE A

REGULAMENTAÇÃO DO ICMS

JÁ NÃO É POR SETOR, ELA

É QUASE POR EMPRESA.

Leonardo Colombini

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19JORNAL

RODADA

RODADA DENEGÓCIOSEvento consagrado érealizado seis vezes ao ano

Durante a rodada de negócios da ACMinas os participantes temcontato com outras 48 empresas de diversos segmentos

É uma ótima oportunidade

participar da Rodada. Aqui

temos contato com várias empresas,

em um pequeno espaço de tempo”,

GUILHERME MARCHI, Advogado do Grupo Barcelos.

‘‘É a segunda vez que participo,

e acho bastante interessante

o formato do evento. Na maioria

das vezes, você não fecha negócio,

na hora. Mas as relações e canais

abertos aqui se prolongam depois

que o evento acaba”, PAULO LIMA,

Sócio da Versa Contabilidade.

‘‘É a primeira vez que partici-

po e estou achando ótimo.

Esta exposição é muito boa para

a minha empresa e espero fechar

bons negócios”, ANA DAS GRAÇA,

proprietária da Ateliê de Costura.

‘‘

A parceria firmada entre aACMinas e os Correios continuamdando bons frutos. Em julho foirealizado no Centro de EducaçãoCorporativa dos Correios (Cecor),a 45º edição da Rodada deNegócios. Essa foi a segunda vezque os Correios sediaram o evento.Cerca de 30 empresas participaramda Rodada, entre associadas daACMinas e convidadas pelosCorreios. Para o consultor de clien-tes dos Correios, Sandro da CostaCarvalho, o evento possibilitaconhecer um leque maior de pro-dutos e serviços e quem sabe fecharnegócios. “Está sendo muitoimportante participar da Rodada.Percebemos que algumas parceriasforam fortalecidas ao mesmo

tempo em que novas oportunida-des de negócios foram abertas,tanto para nós dos Correios quantopara a ACMinas e, principalmente,para os empresários”, explicou.

Na Rodada, tudo acontece deforma simples e fácil: os represen-tantes das empresas participantessão distribuídos em sete mesas, deacordo com seus segmentos deatuação, onde podem apresentarseus produtos e serviços ao mesmotempo em que tomam conheci-mento daquilo que as demais ofe-recem. Todo o processo é contro-lado por um sistema informatiza-do que organiza a dinâmica doevento de forma que todos passempor todas as mesas e tenham tempoidêntico para suas apresentações.

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BIENAL

A Bienal do Automóvel2013, maior evento do segmen-to automotivo de Minas Geraise o segundo maior do país, teveseu lançamento, em julho, noCineart Boulevard Shopping, emevento que reuniu cerca de 300pessoas, entre representantes demontadoras de veículos nacio-nais e importados, autoridades,profissionais de propaganda eimprensa. A Bienal 2013, quevai acontecer entre os dias 20 e24 de novembro, no Expo-minas, em Belo Horizonte, é promo-vida pela ACMinas com realização daEntreposto de Comunicação, organi-zação da Person Up e apoio da Fiemg,Fecomércio, Sebrae, BH Convention&Visitores Bureau, Belotur, Prefeiturade Belo Horizonte e Governo deMinas Gerais.

Durante o lançamento, o vice-pre-

sidente da ACMinas e coordenadorgeral da Bienal do Automóvel 2013,Hudson Navarro, antecipou algumasnovidades para a edição deste ano.“Buscamos inovações que possamcontribuir para fazer da Bienal doAutomóvel muito mais que uma gran-de mostra de tecnologia, negócios eentretenimento, mas um evento

denso, contemporâneo, comdimensão social transforma-dora e agregadora de valorespara a sociedade”. Segundoele, o evento terá espaço paradiscussões e debates, por meiodos painéis “EnergiasAlternativas” e “PlataformaTecnológica da MobilidadeSustentável” e do seminário“Mobilidade Sustentável – ODesafio das MetrópolesContemporâneas”.

“Criamos a plataformaForça da Indústria Mineira deAutopeças e Componentes, uma par-ceria com a Fiemg, em que buscare-mos mostrar de maneira inovadora aforça, pujança e presença da indústriaautomotiva mineira, hoje uma dasque mais crescem no contexto daindústria nacional, com tecnologia equalidade internacionais”,

VEM AÍ A 4ª EDIÇÃO DABIENAL DO AUTOMÓVEL Exposição será entre os dias 20 e 24 de novembro, no Expominas

ACMinas promove a 4ª edição da Bienal do Automóvel, maiorevento do segmento automotivo de Minas Gerais

FOTO: DAVI MARTINS

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21JORNAL

disse. Ele destacou, ainda, uma par-ceria com o Sebrae para a plataformaInovação pela Mobilidade Sustentável.“Neste espaço, teremos a participa-ção de universitários de seis escolaspúblicas e privadas que, por seus cur-sos de base tecnológica, estão capa-citadas a apresentar iniciativas e pro-postas voltadas para a inovação tec-nológica, na área da mobilidade comsustentabilidade, cujos trabalhos serãoapreciados, avaliados e votados pelopúblico presente, elegendo-se osmelhores, que serão premiados comuma quantia em dinheiro a título dereconhecimento e estímulo à produ-ção acadêmica dos jovens”.

Segundo o presidente daACMinas, Roberto Fagundes, a Bienalfomenta atividades econômicas, poiso evento serve de vitrine para os pro-dutos e serviços desse segmento, oque acaba por estimular a cadeia pro-dutiva do setor automobilístico. “ABienal do Automóvel é indiscutivel-mente um evento plenamente con-solidado, que já se inclui, com des-taque, no calendário turístico danossa capital e constitui um fator deestímulo ao turismo de eventos enegócios, capaz de alavancar subs-tantivamente esta reconhecida voca-ção de Belo Horizonte”, afirmou.

Em cerca de 300 mil metros qua-

drados, a Bienal do Automóvel 2013apresentará as últimas novidades emveículos e motos nacionais e impor-tados, veículos “tunados”, de Rallye os “vintages” do Veteran Car Club,além da “Praça do Hot”. Empresas deautopeças, acessórios e serviços auto-motivos irão expor produtos e servi-ços em seus stands, assim como ins-tituições financeiras, entidades públi-cas e privadas. Haverá também expo-sições artísticas e culturais, além dasexibições de Free Style Motocross eBike Trial, assim como pista de karte diversas atrações interativas. Sãoesperados mais de 150 mil visitantesnos cinco dias de evento.

Wilson Navarro, Arthur Lopes Filho, Hudson Navarro, Roberto Fagundes e Guilherme Minassa

FOTO: DAVI MARTINS

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O Diário Oficial da União publicou a Portaria Nº 7,de 10 de maio de 2013, do Ministério Público Federal,assinada pelo Dr. Mario José Gisi, Subprocurador Geralda República Coordenador, vazada nos seguintes termos:

“PORTARIA Nº 7, DE 10 DE MAIO DE 2013Criação do Grupo de Trabalho – Mineração e da res-

pectiva composição.O COORDENADOR DA 4ª CÂMARA DE

COORDENAÇÃO E REVISÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICOFEDERAL, no uso das atribuições que lhe conferem os arti-gos 61 e 62 da Lei Complementar nº 75/1993, resolve:

Art. 1º. Constituir o Grupo de Trabalho 4ª CCR –Mineração, com a seguinte composição:

Membros TitularesDr. Darlan Airton Dias – Procurador da República

(Coordenador do GT)Dr. Marcel Brugnera Mesquita – Procurador da

RepúblicaDr. Jorge Munhos de Souza – Procurador da RepúblicaMembros SuplentesDra. Mirian do Rozário Moreira Lima – Procuradora

da RepúblicaDra. Flávia Rigo Nóbrega – Procuradora da RepúblicaMembros ColaboradoresDr. Lauro Coelho Júnior – Procurador da República

Dr. Julio Cesar de Castilhos Oliveira Costa –Procurador da República

Apoio Técnico Sidnei Luís da Cruz Zomer – Analista de

Geologia/PeritoArt. 2º. O presente Grupo de Trabalho tem como

objetivos: a) acompanhar a formulação do Novo MarcoRegulatório do Setor Mineral; b) identificar boas práti-cas para elaboração de um manual com sugestões deatuação para os colegas; e c) elaborar um “mapa” nacio-nal dos passivos ambientais da mineração, para orientara atuação do MPF nesta matéria.

Art. 3º. O Grupo de Trabalho terá duração de 1 (um)ano, prorrogável mediante fundamentação.

Art. 4º. Esta Portaria entra em vigor na data de suapublicação.

MARIO JOSÉ GISISubprocurador-Geral da República Coordenador”.Tendo em vista os objetivos do Grupo de trabalho –

vale a pena repetir: “a) acompanhar a formulação doNovo Marco Regulatório do Setor Mineral; b) identifi-car boas práticas para elaboração de um manual comsugestões de atuação para os colegas; e c) elaborar um“mapa” nacional dos passivos ambientais da mineração,para orientar a atuação do MPF nesta matéria”.

ARTIGO

José Mendo Mizael de Souza Presidente do Conselho de

Mineração e Siderurgia da ACMinas

O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALE A MINERAÇÃO

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ACONTECE

VEM AÍ “ATEMPORALIDADE”

O espaço cultural da

ACMinas recebe em agosto

mais uma importante exposi-

ção de pintura. Com o título

“Atemporalidade”, do artista

Marcos Anthony, um mineiro

de Timóteo que tem como

marca a captura de cenas que,

transcendendo a realidade,

revelam a sua essência – algo

que, segundo críticos, só ocor-

re devido à sensibilidade do

artista. Também arquiteto – é o

primeiro surdo a se formar em

Minas Gerais – Anthony trata

do despertar de uma arte eclé-

tica e versátil, que explora

vários temas com um estilo

próprio que, segundo ele, “é o

de uma alma que permanece

em festa, celebrando a vida e o

dom recebido.”

Alertamos todos aqueles que, como nós, sededicam à permanente evolução da Mineraçãobrasileira, que entrem em contato com oMinistério Público Federal (MPF), colocando-se à disposição do mesmo para contribuir, emespecial, à melhor formulação possível do“Manual de Atuação do Ministério PublicoFederal”, bem como provendo o MPF com omaior conjunto possível de boas práticas daMineração brasileira, nas diferentes regiões doPaís e no que respeita aos diversos bens mine-rais produzidos no Brasil.

A propósito, vale a pena lembrar, aqui eagora, que o Ministério Público do Estadode Minas Gerais, com o apoio do BancoMundial, já lançou sua publicação “GuiaTécnico para Atuação do Ministério Públicono Licenciamento Ambiental de Atividadesde Mineração”, conforme divulgamos emnossa “Coluna do CEAMIN” na “Mineraçãoe Sustentabilidade”, Edição 06, Setembro eOutubro de 2012, pág. 29.

Desejamos, pois, ao MPF todo sucessonesta tarefa a que se propôs e colocamos oCEAMIN à disposição do mesmo para que ocitado “Manual de Atuação” venha a atingir,integralmente, os objetivos colimados pelosseus idealizadores.

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