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APM News • Edição nº 258

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Editorial

Dr. Francisco Carlos Ruiz Presidente

NEWSé uma publicação mensal da

APMEditoração:

MaPaComunicação Integrada

Impressão:Gráfica Artoni

Expediente / Fotos:

Páginas 8 e 9Portofino Turismo

Espero que alguma vacina eficaz seja

disponibilizada antes que eu me contamine pela

COVID19.

Se eu tiver a doença, que seja no próximo ano

e de preferência no final do ano. Espero descobrir

que estou contaminado o mais cedo possível para

que eu possa me isolar completamente e não

contaminar outros, mesmo sabendo que tal

expectativa é praticamente irrealizável.

Espero que seja um caso leve, do tipo

“gripezinha”, e que não precise ser internado. Se

for indicado, espero usar todos os medicamentos

que me forem prescritos: cloroquina, invermectina,

Annita, Remdesivir, anticoagulantes, corticoides,

etc. Espero utilizá-los em doses eficazes, mas

também espero não ter muitos efeitos colaterais.

Se eu tiver arritmia cardíaca, espero que seja

reversível e não me leve à morte.

Se o meu caso for grave e eu for internado,

espero que não seja na UTI. Se for na UTI, espero

não ser entubado e que não precise de ventilação

mecânica. Se precisar da tal ventilação, espero

que seja por pouco tempo e que me recupere. Se

meu caso não tiver cura, que a agonia seja curta

para que eu não sofra muito e desocupe o leito

para que outro paciente, podendo se recuperar,

tenha acesso ao tratamento intensivo.

São tantas esperanças que espero não me

cansar de tanto esperar, mas o que eu quero

mesmo é não me contaminar e não contaminar

outros. Isso não é esperança, mas vontade. A

diferença entre esperança e vontade é que nesta

estão presentes ações concretas para realizar o

desejo. Quero dormir dia após dia com a

consciência de que fiz o possível.

Minha esperança e vontade

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de saúde (SUS) redigida com esmero bíblico, decisões políticas equivocadas, por vezes intencionalmente e de apelo populista têm nos afastado da sua essência. O SUS na perspectiva dos direitos é simplesmente fantástico. Na perspectiva das obrigações é que a lacuna se agiganta. Hospitais e Centros de Saúde sofrem com a falta de investimentos. Centros médicos formadores habituais de excelência vêm sendo sucateados e a formação médica massificada e entregue à iniciativa privada de forma ampliada. O Brasil em pouco tempo terá uma imensa população médica pejotizada (desprovida de qualquer proteção trabalhista), logo, de vínculo precário, cuja qualificação cada vez mais é e será questionada. Enquanto isso, a população “populisticamente” empoderada, parte para uma judicialização muitas vezes oportunista.

De nada adianta ter alguns centros de excelência privilegiados no acesso ao dinheiro público, que só servem para cuidar de nossa elite, quando a grande maioria do território nacional e sua população vivem uma realidade de terceiro mundo. Precisaríamos mensurar a taxa de letalidade que cabe ao dimensionamento negligenciado e deficitário do SUS.

O que se deve extrair dessa contextualização das relações complexas, desde o ambiente global até as suas repercussões locais é que sem uma avaliação realista, transparente, honesta, cooperativa e com muito bom senso, continuaremos a dar respostas erradas aos desafios que enfrentamos, pois assim como Tsunamis, as epidemias e pandemias surgem avassaladoras e os despreparados sucumbem.

Defesa Profissional

Dr. Gabriel C. Alvarenga Diretor de Defesa Profissional

A China, foco primário da doença, não demonstrou transparência na sua abordagem inicial e o “mega lockdown” aplicado só foi possível graças ao seu modelo político centralizado, portanto não democrático. A pandemia se desenrola num cenário apocalíptico pelos quatro cantos do mundo. Outros países que vieram a passar ou passam atualmente pelo surto, estranham os dados informados pelas autoridades chinesas, e novamente reclamam da falta de transparência deste país que algumas vezes veio a retificar informações epidemiológicas. Natural, acidental, intencional...?

Há teorias de conspiração tão verossímil que não poderiam ser ignoradas ao tentarmos entender quem mais poderia tirar proveito desta calamidade, por mais cruel que seja. As menos alarmistas acreditam que o novo coronavírus foi manipulado em laboratório com o objetivo de pesquisar uma nova vacina, mas por não observância de rígidos protocolos de manipulação, acabou cruzando as fronteiras do laboratório.

No mundo visível, a China, hoje livre (?) da doença, se tornou protagonista comercial e financeiro num planeta economicamente combalido, onde nem as maiores potências econômicas e militares foram poupadas. Estaríamos vivendo a continuação da guerra comercial que parecia estar se resolvendo? O Tsunami viral veio instigar cada nação a mostrar como cuida dos seus cidadãos. Neste desafio inédito de morte iminente e em grande escala, todos os setores sociais e políticos estão envolvidos num debate permeado de interesses éticos e aéticos, sérios e mal-intencionados, nacionais e supranacionais.

No Brasil, embora tenhamos uma opção de sistema

Revisitando a teoria de Darwin em tempos

de pandemia

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Ao per mit ir aumento da jornada dos profiss ionais da saúde e redução do tempo de descanso, a medida provisória 927/2020, tende a deixar os trabalhadores dos estabelecimentos de saúde sobrecar regados e a inda mais expostos ao novo coronavírus.

Isso porque, refer ida medida provisória per mit iu, mediante acordo individual escr i to, mesmo nas at ividades insalubres e para as jornadas que já são de 12 (doze) horas: (1) Pror rogar a jornada de trabalho, nos ter mos do disposto no ar t igo 61 da CLT; e (2) adotar escalas de horas suplementares entre a décima terceira e a vigésima quar ta hora do inter valo inter jornada, sem que haja penal idade administrat iva, garant ido o repouso semanal remunerado (de 24 horas) nos ter mos do ar t igo 67 da CLT.

A medida então, per mite que esses trabalhadores façam jornadas sem l imites de horas, com descanso que pode ser reduzido a 12 horas, enquanto durar o estado de

Assessoria Jurídica

calamidade públ ica .Cer tamente o momento

exige atuação dos profissionais de saúde, todavia , a medida provisória val ida longos plantões, que deveriam ser exceção, o que poderá gerar cansaço f ís ico e mental , com risco de queda na qual idade do atendimento, er ros cometidos pelos profiss ionais da saúde e até uma baixa na imunidade, ag ravando o r isco de contaminação.

A medida a inda trouxe outras a l ternat ivas para a manutenção de empregos, quais sejam: (1) Teletrabalho, (2) a possibi l idade de antecipação de fér ias individuais, com a possibi l idade de pagar o adicional de um terço até a data do pagamento da g rat if icação natal ina, (3) c o n c e s s ã o de fér ias colet ivas com c o m u n i c a d o a o s co l aboradore s em até 48 horas de a n t e c e d ê n c i a ,

MP 927/2020 amplia jornada e reduz descansode médicos e enfermeiros, entre outras Dra. Sirlei Vinagre Gruppi

OAB/SP 173.075

(4) antecipação de fer iados e (5) cr iação de banco de horas, em favor do empregador ou do empregado, para a compensação no prazo de até dezoito meses, contado da data de encer ramento do estado de calamidade públ ica .

Todas estas a l ternat ivas, no entanto, devem ser tomadas obser vando todas as reg ras descr i tas na medida provisória 927/2020.

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A eclosão da pandemia da COVID -19 que provavelmente surgiu nos mercados úmidos da China, onde se comercializa animais vivos e carne fresca, sem refrigeração e sem embalagem, causou a paralisação da economia e esta foi uma parada sem precedentes.Tivemos pandemias anteriores, mas nunca desligamos a economia global desta maneira.

O grande desafio é que podemos paralisar a economia de forma fácil, através de decretos e portarias. Mas ela não pode ser religada da mesma maneira. Em resumo, desligar é fácil, religar não!

A retomada econômica é uma incerteza, pois nunca passamos por desligar o planeta como fizemos dessa vez. Alguns países e setores poderão ser reativados mais rapidamente que outros. Por outro lado, alguns setores não têm

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demanda reprimida e, portanto, o máximo que poderão chegar em determinado tempo é atingir a sua antiga capacidade de produção.

Um exemplo simples são os restaurantes. Se você interrompe sua operação, quando ele for reativado, o máximo que ele poderá alcançar no futuro é seu antigo faturamento. Não tem demanda reprimida. As pessoas que não puderam almoçar nele, por estarem em quarentena em casa, não almoçarão duas vezes por dia para recuperar os almoços perdidos.

Como a economia é um todo interligado e os países estão interconectados, por mais que alguns setores se reaqueçam rápido, o efeito global continua sendo crítico, pois a maioria dos setores e países vai se recuperar mais lentamente. A atividade econômica vai

demorar algum tempo para se normalizar.

Muitos cientistas diziam que a vida no planeta estava ameaçada pelo Antropoceno, que é o estudo que trata da inf luência humana na terra, essa interferência poderia causar uma grande ameaça à vida do homem no planeta.

Me parece que a COVID-19 atropelou tudo e se tornou a grande protagonista e ameaça à nossa civilização. No mínimo passaremos por muitas mudanças de hábito.

Talvez a máscara seja adotada como mais uma peça do nosso vestuário, que a vida seja mais digital, que a ciência seja mais valorizada, que o ensino seja à distância, que haja mais responsabilidade sanitária, e que a sociedade seja mais solidária.

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O enfrentamento da pandemia tem gerado grandes debates quanto à melhor forma de evitar a contaminação maciça e repentina da população brasileira. Fala-se muito no “achatamento da curva”, o que parece razoável a princípio, mas tem levado a posições apaixonadas em relação a sua execução.

Consideram muitos que “todos serão contaminados de alguma forma e em algum tempo” e que “se a economia parar morreremos de fome”, entre outros argumentos para que não se promova o isolamento social. Há ainda aqueles que defendem o isolamento de alguns, mas não da grande maioria da população, também chamado isolamento vertical.

A despeito destes questionamentos, a Organização Mundial da Saúde, Ministério da Saúde, entidades médicas e outras sociedades científicas da maioria dos países recomendam: o isolamento social é a única forma de enfrentar a pandemia e evitar o colapso dos sistemas de saúde públicos e privados e o caos na sociedade.

A questão a ser considerada

A pandemia e o conhecimento científico

é: “o que diz a ciência?”. A ciência, ou melhor dizendo,

o método científico foi crucial na evolução da humanidade e vale a pena conhecer algo a seu respeito. Enfrentamos a peste bubônica, num momento histórico em que sequer conhecíamos o termo “ciência”. Por outro lado, enfrentamos a chamada “gripe espanhola”, que de espanhola não tinha nada, e vivemos os mesmos dilemas em relação à chamada “ciência”. Vale lembrar ainda a ”Revolta da Vacina” e a “Liga Anti-Máscara”, nas quais uma parcela da população se revoltou contra medidas sanitárias.

Muitas vezes o conhecimento científico contraria o senso comum. A título de exemplo, vale lembrar a ideia que sempre tivemos de que os pneus mais novos e em melhor estado do veículo devem ficar nas rodas da frente. Ocorre que repetidos experimentos demonstraram que é mais seguro deixar os melhores pneus nas rodas traseiras dos veículos. Na Medicina se dá o mesmo quando as pessoas alimentam a ideia de que se estão urinando pouco, devem tomar diuréticos, quando, na verdade, o conceito está equivocado e

a questão se revela muito mais complexa.

O conhecimento científico ou o conhecimento derivado da aplicação do que se acordou denominar método científico, envolve a produção de uma determinada teoria científica. Para que essa teoria científica seja elaborada é preciso que estejam presentes determinados elementos no estudo. É necessário que o conhecimento seja adquirido de forma sistemática, organizada e controlada. Os fatos necessitam ser verificáveis e que possam ser repetidos, além de que envolvam uma explicação lógica e objetiva, submetendo-se a uma análise lógica.

Dois critérios principais na utilização do método científico são: o método da dedução racional e o método da verificação experimental, que dão origem aos métodos dedutivo, hipotético-dedutivo, indutivo e outros. Karl Popper, filósofo da ciência, estabeleceu ainda um critério considerado importante para que determinada teoria seja considerada científica que é o critério da refutabilidade ou falseabilidade. Neste

Atualidade

Dr. Francisco Ruiz

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critério, determinada teoria será científica se puder ser refutada pela experiência.

Há uma outra ideia ainda, derivada do senso comum, que supõe que uma teoria pode existir apenas no campo do pensamento e da imaginação dos seres humanos e que seria um conceito oposto ao conceito de prática. Há que se lembrar do conhecido título de um livro de Joelmir Betting: “A Teoria na Prática é outra”. Otaviano Pereira esclarece que não é a teoria que se contrapõe à prática, mas a abstração e afirma que a teoria não passa de abstração se for tomada fora do horizonte da prática que a fundamenta e a justifica.

As questões relativas ao enfrentamento da pandemia provocada pela COVID-19 devem ser enfrentadas de acordo com o conhecimento científico

disponível. A experiência mostra que o isolamento social e as medidas de higiene (máscaras, álcool em gel, etc.) representam as únicas medidas úteis, antes que uma vacina eficaz esteja disponível. Países desenvolvidos como Alemanha, Inglaterra, França, Espanha, Itália e EUA adotaram as mesmas medidas. Não são ações “inventadas” por governadores de oposição. Temos até que, mesmo o caso da Itália, no qual o governo pediu perdão à população por não ter adotado as medidas de isolamento de forma mais precoce, o que teria poupado inúmeras vidas.

É evidente que o isolamento não poderá ser mantido por um longo tempo, porém a retomada precoce de todas as atividades pode produzir danos ainda maiores à economia e às pessoas. É preciso que todas

as medidas sejam tomadas com base na experiência acumulada e no bom senso, sem paixões de ordem ideológicas.

Não se trata de uma discussão de natureza política, no formato esquerda e direita, mas na busca das melhores ações para que o país consiga superar a pandemia e os problemas econômicos decorrentes desta. As decisões que precisam ser tomadas envolvem variados campos do saber, mas o conhecimento científico da Medicina e Epidemiologia não podem ser negligenciados.

A questão a ser considerada é: “o que diz a

ciência?”

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O início de 2020 surpreendeu a população mundial com uma nova pandemia viral, a COVID-19. Desde a descoberta da doença até o momento muito tem-se discutido à respeito da forma de propagação, os sintomas, o tratamento e principalmente o grupo de risco que poderá desenvolver os casos graves da doença. Essa discussão se torna pertinente à medida que a população que desenvolve os casos graves da doença pode necessitar de tratamento em Unidade de Terapia Intensiva, podendo ficar nesse ambiente por um longo período, e assim sobrecarregar os sistemas de saúde tanto público, quanto privado.

De fato, foi possível assistir de forma consternante a disseminação da doença em países como a Itália e a Espanha, e no momento nos Estados Unidos, e a maneira como ela está dizimando, principalmente a população de risco. Nesta, inclui-se indivíduos idosos; pessoas portadoras de doenças crônicas como diabetes, hipertensão e HIV; indivíduos que tenham doença pulmonar respiratória crônica, como

Fique Atento

Orientações a Pacientes do grupo de risco para desenvolver a COVID-19

é o caso da asma, DPOC, fibrose cística e bronquectasias, uma vez que, esses pacientes já apresentam uma condição pulmonar fragilizada. Além disso, devem ser incluídos ao grupo de risco de desenvolver a doença os profissionais de saúde e pessoas que estejam em situação de risco, como moradores de rua.

Com relação à população jovem e sem comorbidades, esta é a que tem melhor prognóstico caso desenvolva a doença. Na grande maioria dos casos a doença apresenta-se de forma indolente, semelhante a um quadro de infecção de vias aéreas superiores, onde se tem febre, dor em orofarinage, tosse, coriza, anosmia e mal estar que duram poucos dias, não lhes provocando a necessidade de buscar atendimento especializado, diferente da população de risco que pode evoluir com complicações graves com piora dos sintomas à partir do décimo dia do início dos sintomas, com necessidade de internação em Unidade de Tratamento Intensivo e suporte ventilatório invasivo.

Até o momento não existe

tratamento para a doença. Algumas medicações tiveram seu uso sustentado em ambiente hospitalar a critério médico como é o caso da cloroquina, hidroxicloroquina e a azitromicina, porém, ainda não existem evidências científicas suficientes que corroboram o uso rotineiro e como consenso. Não obstante, nos casos graves que evoluem com insuficiência respiratória, observou-se que o uso de anticoagulantes pode ser eficaz em alguns casos, sendo ainda necessário mais estudos, e também, com indicação caso a caso.

Dessa forma, conclui-se que em uma doença que não temos um tratamento eficaz ou profilaxia pela vacinação, a única forma de evitá-la é através do distanciamento social, uso de máscaras respiratórias e higienização das mãos. É recomendado que as medicações de uso rotineiro não sejam suspensas, que a vacinação contra influenza seja realizada na população e principalmente no grupo de risco, por se tratar de indivíduos que desenvolveram mais complicações.

Dra. Laura Deltreggia Pneumologia

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O Que Comer Antes e Dormir?

Hoje vamos fa lar de um assunto muito impor tante : o SONO!

No consul tór io, constantemente ve jo os pac ientes dando pouca impor tânc ia a e le e ao que comem antes de dor mir, a nossa ce ia .

Vocês sabiam que o sono está d i re tamente re lac ionado com o ganho de massa mag ra/muscular e o emag rec imento? E o que comemos antes de dor mir inf luencia e mui to nos dois : na qua l idade do sono (que deve ser reparador, a judando nos nossos objet ivos) e no emag rec imento e g anho de massa mag ra (e não acúmulo de gordura ! ) .

Vamos dar uma mãozinha aos nossos hor mônios e ev i tar comer os seguintes a l imentos antes de dor mir :

• Cafe ína

• Doces em gera l , inc lu indo chocolate – prefer i r sempre um quadradinho 70% cacau! L iberado apenas na TPM

• Pães e cerea is• Massas em gera l• Batata ing lesa • Carne ver melha• Fr utas mui to maduras• Fr utas d iurét icas, como

melão e melanc ia• Sucos em gera l .

Mas então, o que comer antes de dor mir? Claro que eu não ia só “proib i r” , sem dar opções a vocês :

• O velho e bom le i t inho desnatado com canela !

• Iogur tes desnatados• Cubinhos de que i jo

branco ou quei jo cot tage* (* into lerantes sempre prefer i r sem lactose)

• A b a c a t e (pr inc ipa lmente quem quer g anhar massa mag ra , e le es t imula o nosso hor mônio do cresc imento)

• Amêndoas e castanhas• Lei te de amêndoas ou

de castanhas• Fr utas que não este jam

muito maduras• Omeletes (com mais

c laras do que gema)• Carne branca mag ra ,

como pei to de f rango desf iado ou atum

Para quem faz o jantar já per to da hora de dor mir, a batata doce pode ser então o carboidrato da refe ição, acompanhada de sa lada e das outras sugestões !

Bom apet i te e bons sonhos !

Dr. Eduardo Pereira dos Santos – Gastroenterologia e Nutrologia

Bate Papo com o Nutrólogo

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Científico

Em um estudo realizado em Unidades de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) canadenses e americanas, a maioria das crianças hospitalizadas pela doença do novo coronavírus (Covid-19) tinha condições preexistentes, sendo que 38% delas necessitaram de ventilação mecânica invasiva (VMI).

Os resultados estão no artigo Characteristics and Outcomes of Children With Coronavirus Disease 2019 (COVID-19) Infection Admitted to U.S. and Canadian Pediatric Intensive Care Units, publicado no jornal JAMA Pediatrics.

Os pesquisadores Lara Shekerdemian e equipe conduziram um estudo transversal que incluiu crianças

Covid-19 grave em crianças

positivas para COVID-19 em 46 UTIP norte-americanas entre 14 de março e 03 de abril de 2020, com seguimento até 10 de abril. Foram incluídas 48 crianças.• Vinte e cinco (52%) eram

meninos;• A mediana de idade foi de

13 anos (4,2-16,6);• Quarenta (83%) das crianças

tinham comorbidades prévias;

• Dezenove crianças (40%) foram classificadas como “clinicamente complexas” (crianças com atraso no desenvolvimento ou anomalias genéticas e que eram dependentes de suporte tecnológico), 11 tinham imunossupressão, sete eram obesas e quatro eram diabéticas;

• Trinta e cinco (73%) apresentaram sintomas respiratórios, embora três estivessem em cetoacidose diabética e um lactente com doença falciforme apresentava dor óssea por crise vaso-oclusiva;

• Trinta e três (69%) eram muito graves à admissão;

• Doze (25%) receberam drogas vasoativas;

• Trinta e nove (81%) precisaram de suporte ventilatório;

• Dezoito (38%) necessitaram de VMI (por cânula endotraqueal ou traqueostomia);

• Vinte e um (44%) foram ventilados de forma não invasiva;

• Onze (23%) apresentaram falência em dois ou mais

Dra. Roberta Esteves Vieira de Castro–Pebmed

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órgãos;• Uma criança (2%) foi

submetida à oxigenação por membrana extracorpórea (extracorporeal membrane oxygenation – ECMO);

• Vinte e oito (61%) receberam terapias direcionadas. A hidroxicloroquina foi o medicamento mais usado, tanto como terapia direcionada única (11 crianças) quanto combinada (dez pacientes).

Ao final do período de seguimento:• 2 crianças (4%) evoluíram

para óbito;• 15 (31%) continuaram

hospitalizadas;• 3 ainda demandavam suporte

ventilatório;• A criança em ECMO

permanecia em uso da estratégia;

• Para os pacientes que receberam alta hospitalar, a mediana de tempo de internação na UTIP foi de 5 (3-9) dias. Já a mediana de permanência no hospital foi de 7 (4-13) dias;

• Os dois pacientes que morreram tinham idades entre 12 e 17 anos. Ambos tinham comorbidades prévias e evoluíram para falência de múltiplos órgãos;

• A taxa de letalidade nesse estudo foi de 4,2%.

Os pesquisadores descreveram que podem se considerar “cautelosamente otimistas” com esses resultados em crianças. Isso porque a taxa de letalidade foi de 4,2%, muito aquém das taxas relatadas em pacientes adultos de 50 a 62% para pacientes com Covid-19 em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Ademais, destacaram que o ônus da doença em crianças ainda é menor em comparação à influenza sazonal e citam que Center for Disease Control and Prevention (CDC) relataram, em 28 de abril de 2020, oito óbitos em pacientes pediátricos com 14 anos de idade ou menos

relacionados à COVID-19 em comparação a 169 mortes relacionadas à influenza em crianças com a mesma faixa etária durante a temporada 2019 – 2020.

Conclusão• Shekerdemian e

colaboradores concluíram que, apesar das taxas de letalidade serem menores que as de pacientes adultos, as crianças podem apresentar formas graves de Covid-19. Além disso, descrevem que a existência de comorbidades prévias é um importante fator de risco.

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Cuidados em época de pandemia

Estresse, qual o efeito na visão?

O ritmo da vida atual, as pressões, preocupações e as responsabilidades de todos os dias geram um excesso de estímulos cerebrais que denominamos de estresse.

O estresse é uma resposta do organismo a situações cotidianas onde ele passa a agir e sentir como se estivesse sendo submetido a uma atividade mais extenuante do que o normal.

A visão, por mais perfeita que seja, também está sujeita a sofrer as consequências desse tipo de estimulo exagerado. Lembrando que a visão é o sentido mais importante do ser humano na sua interação com o meio que o cerca, uma vez que é através dela que a maior parte dos estímulos chegam ao nosso conhecimento cognitivo-cerebral.

Na oftalmologia, a acomodação é a responsável pelo foco da imagem. É ela que permite que vejamos de longe e, em fração de segundos, possamos focalizar de perto um objeto a poucos centímetros do nosso rosto. Isso é possível devido à musculatura interna

do nosso olho que molda o cristalino de acordo com a necessidade do foco.

Quando somos submetidos ao estresse com muitas informações escritas, com muitas telas abertas no celular, whatsapp, facebook , Instagram, computador e tv, esse complexo mecanismo de adaptação ao foco pode falhar, e mesmo a musculatura pode entrar em espasmo e cansaço, não funcionando adequadamente, o que vai ocasionar uma visão embaçada, miopia induzida, dores de cabeça, ardor ocular por não piscarmos normalmente e outras manifestações diversas, como olho seco, entre outras .

Nesses casos, deve-se

procurar mudar o foco de atenção a cada 15 ou 20 minutos, olhando para longe a mais de 5 metros por alguns segundos, isso relaxa a musculatura que dá o foco (músculo ciliar interno de nossos olhos) e dessa forma aliviamos esse estresse visual.

Também lembrando de usar protetor de tela da luz azul para proteger nossa retina e usar lubrificantes oculares, sendo sempre o ideal uma avaliação mais cuidadosa com o oftalmologista e orientando caso a caso as particularidades.

Siga-nos no Instagram @drtarcisiogasiolawww.drtarcisioft.com.br

Dr. Tarcísio Gasiola Jr. – Oftalmologista

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ANIVERSARIANTES DE

JUNHOMARCELO PINELLI

FERNANDO RODRIGUES

BRUNO SCHIAVONI FUNAYAMA

RAILSON DE OLIVEIRA BRITO

PAULO CELSO DELTREGGIA

AYCHI SHAKER AHMAD DO COUTO

MARCELO CASTIONI SANTIAGO

ALINE DE CASTRO POSSI

WILFREDO CARLOS SANTOS JÚNIOR

JANETE PEREIRA DA COSTA

MÁRCIO AUGUSTO ARAÚJO GUEDES

THEODORO HABERMANN NETO

EMIR ROGÉRIO DE OLIVEIRA

CARLOS HENRIQUE QUILICI

LAURA DELTREGGIA

JALMA JURADO

ARMINDO DA SILVA GOMES JÚNIOR

DANILO DEBS PROCÓPIO SILVA

WALNÁ WALTRUDES MORAES

REINALDO CEKANNAUSKAS

CLEIBER STELLA

REDENCION GAVIRA QUINTERO

ROSA PIERINA DA SILVA FIGUEIREDO

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