Apostila Curso de Extensão Final111

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  • FACULDADE CAMBURY CURSO DE EXTENSO

    LNGUA PORTUGUESA REDAO E INTERPRETAO DE TEXTOS

    Goinia, 2014.

  • Silvio Jos Pinheiro

    CURSO DE EXTENSO LNGUA PORTUGUESA

  • SUMRIO

    INTRODUO..............................................................................................................................

    PARTE PRIMEIRA REDAO..................................................................................................

    1. Vocabulrios e Expresses Adequadas.......................................................................

    2. O Uso da Vrgula.............................................................................................................

    3. Perodo Adequado..........................................................................................................

    3.1 Qualidade de um Texto............................................................................................

    4. A Estrutura de uma Dissertao...................................................................................

    PARTE SEGUNDA INTERPRETAO DE TEXTOS................................................................

    BIBLIOGRAFIA............................................................................................................................

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  • INTRODUO

    Esta apostila apresenta algumas tcnicas, eficazes e prticas, para que voc possa escrever

    de forma adequada. O objetivo oferecer contedos especficos para o desenvolvimento da escrita e

    interpretao de textos. Parto do princpio de que para o domnio da escrita necessrio muita prtica.

    Tenho a certeza de que, com muita prtica, perseverana e esforo, voc conseguir atingir

    seus objetivos com relao escrita e interpretao. Espero, portanto, que este material venha a ser

    um incentivo em seus estudos, principalmente, naqueles que envolvam leitura e escrita.

    Silvio Pinheiro.

  • 4

    PARTE PRIMEIRA REDAO

    A necessidade de escrever bem

    A arte de escrever bem s adquirida por meio de ateno, esforo e trabalho. De acordo com William Faulkner (Prmio Nobel, 1949), para dominar a palavra e exprimir o pensamento por meio dela, preciso 99% de trabalho e 1% de talento. Isto significa que o indivduo aperfeioa sua escrita por meio do hbito.

    1. Vocabulrios e Expresses Adequadas

    A CERCA DE ACERCA DE H CERCA DE

    A cerca de: significa a uma distncia de.

    Exemplo: Belo Horizonte fica a cerca de setecentos quilmetros de Braslia.

    Acerca de: significa sobre, a respeito de.

    Exemplo: Falavam acerca do processo.

    H cerca de: significa aproximadamente.

    Exemplo: H cerca de duas semanas, o processo foi protocolado.

    PRATICANDO a. Em relao ao

    assunto_______________ dos ltimos

    resultados.

    b. Sempre tive dvidas

    _______________ seus atos.

    c. Andvamos tua procura

    _________________ vinte minutos.

    ACONTECER

    O sentido do verbo acontecer suceder ou realizar-se inesperadamente, de surpresa. Assim, no deve ser empregado para designar fato com data marcada.

    Exemplo: A festa acontecer no prximo sbado (inadequado).

    A festa ocorrer no prximo sbado (adequado).

    AFIM A FIM DE

    Afim: que apresenta afinidade, semelhana, relao (de parentesco).

    Exemplo: Se o assunto era afim, por que no foi tratado o mesmo pargrafo?

    A fim de: para, com a finalidade de, com o fito de.

    Exemplo: O projeto foi encaminhado com quinze dias de antecedncia a fim de permitir a necessria reflexo sobre sua pertinncia.

    PRATICANDO a. O jogador foi punido ______________

    servir de exemplo.

    b. Estou fazendo a prova sozinho,

    _____________ mostrar o que sei.

    ALTERNATIVA

    Significa outra opo, uma entre duas opes dadas. Assim, evite a expresso vrias alternativas. Tambm no se adota a construo da frase no nos restou outra alternativa, por ser redundante (o emprego da palavra alternativa dispensa o uso de outra). O certo no nos restou alternativa. Alm disso, imprprio falar em nica alternativa.

    AO ENCONTRO DE DE ENCONTRO A

    Ao encontro de: significa em busca de em favor de, encontrar-se com, corresponder ao desejo de.

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    Exemplo: Houve entendimento, pois a opinio da maior parte dos estudantes ia ao encontro das propostas da direo.

    De encontro a: significa oposio, contra, em contradio.

    Exemplo: Houve divergncia, pois a opinio da maior parte dos estudantes ia de encontro s propostas da direo.

    PRATICANDO a. No concordo. As ideias vm

    _____________________________

    meus interesses.

    b. Ela concordou. Sua opinio

    veio___________________________

    da minha.

    c. Concordo com tudo, pois vem

    _____________________________

    que defendo.

    A PARTIR DE COM BASE

    A expresso a partir de deve ser empregada em sentido temporal. Evite empreg-la no sentido de com base em.

    Exemplos: Ela prometeu iniciar o regime a partir do prximo ms.

    O juiz proferiu a sentena a partir dos argumentos apresentados (inadequado).

    O juiz proferiu a sentena com base nos argumentos apresentados (adequado).

    ATRAVS DE POR MEIO DE

    Atravs de: pode ser empregado em trs situaes bem definidas:

    a) de um lado a outro: Ela me viu atravs da janela de vidro.

    b) movimento interno: O sangue corre atravs das veias.

    c) relao passagem do tempo: Ela foi me conhecendo melhor atravs dos anos.

    O projeto ser regulamentado atravs de novas leis (inadequado).

    O projeto ser regulamentado por meio de novas leis (adequado).

    ENTRE DENTRE

    A preposio entre significa meio-termo, intermdio, intervalo que separa as pessoas ou coisas umas das outras. No sinnimo de dentre, que significa do meio de.

    Exemplo: Eles esto entre as duas rvores.

    O uso correto da palavra dentre depende de o verbo exigir a preposio de.

    Exemplo: Dentre as rvores, eles vieram nos encontrar.

    ESTE ESSE AQUELE

    O pronome demonstrativo este, esse, aquele e variaes apresenta diversas funes dentro da construo: pode indicar a pessoa do discurso, a relao a tempo, o referente adequado, retomar ou antecipar ideia presente no texto etc.

    Usos adequados:

    1. Em relao pessoa do discurso, deve-se empregar o pronome demonstrativo da seguinte forma:

    este, esta, isto: refere-se pessoa que fala ou escreve (apresenta a ideia do aqui)

    esse, essa, isso: refere-se pessoa que fala ou escreve (apresenta a ideia do a).

    aquele, aquela, aquilo: refere-se pessoa que se encontra distante (apresenta a ideia do l). Exemplos:

    Este relatrio que seguro (aqui)

    Esse relatrio que voc segura (a).

    Aquele relatrio que se encontra na outra sala (l).

    2. Em relao posio da ideia a que se refere, deve-se empregar da seguinte forma:

    este, esta, isto: em relao a uma ideia que ainda aparecer no texto. Exemplo: Quero lhe contar isto: no volte mais aqui.

    esse, essa, isso: em relao a uma ideia que j apareceu no texto. Exemplo: No volte mais aqui. Era isso que eu queria lhe dizer.

  • 6

    3. Em relao a tempo, deve-se empregar da seguinte forma:

    a) em referncia a um momento atual, usa-se este, esta ou isto. Exemplos:

    Este dia est maravilhoso (dia atual).

    Esta semana est maravilhosa (semana atual).

    Este ms est maravilhoso (ms atual).

    Este ano est maravilhoso (ano atual).

    Este assunto que conversamos (assunto atual).

    b) em relao a um momento futuro, usa-se tambm este, esta ou isto. Exemplos:

    Agora pela manh chove, mas esta noite promete ser bonita (prxima noite).

    Esta reunio de hoje tarde ser interessante (a reunio est prxima de ocorrer).

    Hoje quinta-feira e neste fim de semana viajarei (prximo fim de semana).

    c) em relao a momento passado recente, usa-se esse, essa ou isso. Exemplos:

    Nesse fim de semana, fui a So Paulo (ltimo fim de semana).

    Nessa reunio, fiquei feliz (reunio que ocorreu recentemente).

    d) em relao a tempo passado muito distante, usa-se aquele, aquele ou aquilo. Exemplos:

    Aquele fim de semana foi maravilhoso (fim de semana distante).

    Naquela reunio, fiquei feliz (reunio que ocorreu h muito tempo).

    4. Para diferenciar referentes citados anteriormente, usa-se este, esta ou isto para indicar o mais prximo ao pronome e usa-se aquele, aquela e aquilo para indicar o mais distante. Exemplo:

    O processo e o parecer j chegaram. Este (o parecer) est timo, mas aquele (o processo) ainda est incompleto.

    INDEPENDENTE - INDEPENDENTEMENTE

    Independente adjetivo, e serve para qualificar um substantivo. Exemplo: Trata-se de um pas independente.

    Independentemente advrbio e se associa a adjetivo ou verbo. Exemplo: Ele trabalhou independentemente de receber ordens.

    INFLAO INFRAO

    Inflao: aumento de volume; inchao.

    Infrao: violao de norma de direito penal; ato de praticar qualquer ilcito penal; ato ou efeito de infringir; transgresso das regras de um jogo; falta.

    JUNTO A

    Junto a deve ser empregado no sentido de ao lado de, perto de, adido a. Exemplos:

    O segurana posicionou-se junto ao ru.

    O embaixador brasileiro junto a Portugal ser homenageado.

    Nos demais empregos, usa-se a preposio que o verbo pedir. Exemplos:

    O sindicato mantem as negociaes com a diretoria (e no junto a diretoria).

    Solicitou providncia do ministrio (e no junto ao ministrio).

    Entrou com recurso no Tribunal (e no junto ao Tribunal).

    MANDADO MANDATO

    Mandado: ordem escrita que emana de autoridade judicial ou administrativa; determinao.

    Mandato: no direito pblico, delegao conferida s pessoas, para que representem o povo nas instituies; concesso de poderes para desempenho de representao.

    ONDE AONDE DE ONDE

    Onde: significa em que lugar, em qual lugar. Usa-se com verbos ou nomes que pedem a preposio em.

    Exemplo: A cidade onde moro bonita.

    Aonde (a+onde): significa a que lugar, lugar a que ou ao qual. Usa-se com verbos que pedem a preposio a.

    Exemplo: a cidade aonde fui bonita.

  • 7

    De onde (donde): significa de qual lugar, de que lugar, da. usado com verbos ou nomes que pedem a preposio de.

    Exemplo: A cidade de onde vim bonita.

    PRATICANDO a. O local se situa ao lado do prdio,

    ____________ trabalha o senador.

    b. O local se situa ao lado do prdio

    ____________ voc foi ontem.

    PORQU

    1. Por que

    a) ao se substituir por qual motivo. Exemplos:

    Por que voc mentiu para mim?

    Diga-me por que voc mentiu.

    b) ao se substituir por pelo(a) qual no singular ou no plural. Exemplo:

    A razo por que a despediu no foi justa.

    c) em frases verbais introduzidas pela preposio por com a conjuno que. Exemplo:

    Anseio por que passes no concurso.

    2. Por qu

    Ao se substituir por qual motivo no final da ideia. Exemplo:

    Partiste por qu?

    3. Porque

    Ao introduzir um ideia explicativa, causal ou final. Pode-se substituir por pois ou para que.

    Exemplos:

    No respondi porque no escutei a pergunta.

    Fao votos porque sejas felizes.

    4. Porqu

    Ao exercer funo de substantivo (motivo, causa).

    Exemplo: O porqu do fato no nos interessa.

    PRATICANDO a. Os candidatos no sabiam

    ________________ estavam ali.

    b. _____________ a prova foi difcil?

    c. A prova foi difcil____________?

    d. No sei _________________ ela no

    entendeu o assunto.

    e. O diretor no quer mais

    _________________.

    f. Essas so as razes

    _______________ no o visitei.

    RATIFICAR RETIFICAR

    Ratificar: confirmar.

    Retificar: tornar exato (algo); corrigir; emendar.

    SE NO SENO

    Se no equivale a caso no, quando no. Exemplos:

    O acusado, se no (caso no) comparecer, ser prejudicado.

    So problemas que, se no (quando no) resolvidos, complicam a situao.

    Seno quando esta palavra equivale a exceto, salto, a no ser, de outro modo, do contrrio, mas, mas sim, mas tambm. Exemplos:

    Confessa, seno (do contrrio) sers preso.

    Esta eficcia no se opera unicamente em favor do eleitor, seno (a no ser) tambm dos partidos.

    PRATICANDO a. _______________ voltar cedo, no

    conseguir estudar.

    AO MEU VER A MEU VER

    A construo ao meu ver no existe. O correto a meu ver.

  • 8

    HAJA VISTA

    a forma correta para indicar causa. Exemplo:

    O Tribunal solicitou a cpia, vez que no a possua (inadequado).

    O Tribunal solicitou a cpia, haja visto no a possuir (inadequado).

    O Tribunal solicitou a cpia, haja vista no a possuir (adequado).

    PRATICANDO a. Tudo foi concludo no prazo, (haja

    visto/ haja vista) ___________________ o esforo de todos.

    PRATICANDO Todas as construes a seguir apresentam falhas. Reescreva as frases e faa as correes necessrias.

    a. A deciso acabou em discusso no

    plenrio.

    _____________________________________

    _____________________________________

    b. A reunio acontecer dia 22 de junho,

    s 15 horas.

    _____________________________________

    _____________________________________

    c. A data da reunio foi adiada.

    _____________________________________

    _____________________________________

    d. Alm de explicar bem oralmente,

    tambm trouxe impressos os

    argumentos.

    _____________________________________

    _____________________________________

    e. Ao meu ver, tudo tinha sido resolvido.

    _____________________________________

    _____________________________________

    2. O Uso da Vrgula

    1. Separar termos coordenados de uma construo. Exemplos:

    O relatrio apresentou informao inadequada, pouca novidade, nomes incompletos.

    Joo, Maria, Pedro saram.

    2. Separar o vocativo.

    Senhor, gostaria de que me visitasse algumas vezes.

    3. Separar o aposto explicativo.

    O Cruzeiro, o melhor time do Brasil na atualidade, ser campeo novamente.

    Dilma, atual presidente do Brasil, estar em Belo horizonte amanh.

    4. Separar palavras ou expresses interpositivas: por exemplo, ou melhor, isto , por assim dizer etc.

    Ela precisava de duas cartas, ou melhor, trs.

    Ela no falou, isto , falou pouco.

    5. Indicar elipse do verbo.

    Joo tem 30 anos; Maria, 26.

    6. Separar a localidade da data.

    Braslia, 16 de janeiro de 2005.

    7. Separar a orao adjetiva explicativa.

    Minha esposa, que psicloga, nasceu em Braslia.

    8. Pode ocorrer vrgula antes da conjuno e em alguns casos:

    a) oraes com sujeitos diferentes (facultativo).

    Josebaldo saiu, e Josebalda leu o livro.

    b) ideia adversativa ou conclusiva (indicada).

    Ela saiu, e j voltou.

    Ela estudou muito o ano inteiro, e passou em primeiro lugar.

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    c) polissndeto (facultativa).

    E cantava, e pulava, e corria.

    E cantava e pulava e corria.

    d) para enfatizar o ltimo elemento de uma coordenao.

    Comprei um livro, uma revista, e um carro.

    e) antes de vice-versa.

    Ele nunca presenteou a esposa, e vice-versa.

    f) antes das expresses e nem, e nem ao menos, e nem sequer.

    Ela no sabe falar ingls, e nem sequer bem o portugus.

    9. Ideia adversativa, conclusiva ou explicativa.

    Ela estudou muito, porm no passou.

    Ela estudou muito, portanto passou.

    Ela passou no concurso, pois j est trabalhando no rgo pblico.

    10. Na ordem indireta, temos as seguintes situaes:

    a) predicativo do sujeito deslocado pede vrgula.

    Paula, bonita, saiu.

    b) Adjunto adverbial deslocado pede vrgula quando se deseja enfatiz-lo.

    Oraes adverbiais deslocadas sempre tero vrgula.

    Ontem, ela me trouxe o livro (vrgula facultativa).

    Quando ela chegou ontem, fiquei feliz (obrigatria).

    11. Separar os elementos de uma obra.

    Portugus Jurdico, 6. ed., p. 184.

    12. Separar o autor da obra.

    Machado de Assis, Dom Casmurro.

    13. Destacar palavras ou expresses isoladas.

    Atitude, no apenas palavras, o que quero.

    14. Separar palavras repetidas.

    Quero ficar com voc juntinho, juntinho.

    15. Separar elementos de um provrbio.

    Tal pai, tal filho.

    16. Aps sim ou no em resposta.

    Sim, sou feliz.

    PRATICANDO 1. Assinale a pontuao correta.

    A. Quando criana, ele sonhava que seria, um homem famoso e reconhecido, no mundo todo.

    B. Quando, criana, ele sonhava que iria ser um homem famoso, e reconhecido no mundo todo.

    C. Quando criana, ele sonhava que iria ser um homem famoso e reconhecido no mundo todo.

    D. Quando criana ele sonhava que, iria ser um homem famoso e, reconhecido no mundo todo.

    E. Quando criana ele sonhava, que iria ser um homem famoso e, reconhecido no mundo todo.

    2. Sobre a pontuao do perodo A menina, conforme as ordens recebidas, estudou. correto afirmar que:

    A. h erro na colocao das vrgulas.

    B. a primeira vrgula deve ser omitida.

    C. a segunda vrgula deve ser omitida.

    D. a forma de colocao das vrgulas est correta.

    E. deve-se omitir as vrgulas.

    3. Em que perodo a vrgula foi empregada para separar orao adverbial que inicia perodo?

    A. No precisava de menu, no precisava de mesa, no precisava de nada.

    B. Se amanh seguinte no fosse chuvosa, outra seria a disposio de Sofia.

  • 10

    C. No quarto de vestir, Sofia levantou o p e mostrou ao marido o joelho pisado.

    D. Amanh, voltarei cedo.

    E. Logo ela, logo ela.

    4. Das seguintes redaes abaixo, assinale a que no est pontuada corretamente.

    A. Os meninos, inquietos, esperavam o resultado do pedido.

    B. Inquietos, os meninos esperavam o resultado do pedido.

    C. O meninos esperavam, inquietos, o resultado do pedido.

    D. Os menino inquietos esperavam o resultado do pedido.

    E. Os meninos, esperavam inquietos, o resultado do pedido.

    5. Em O homem, pssaro e lesma, oscila entre o desejo de voar e o desejo de arrastar empregou-se a vrgula:

    A. por tratar-se de anttese.

    B. para separar aposto.

    C. para separar uma orao adjetiva de valor restritivo.

    D. para separar vocativo.

    E. para indicar a elipse de um termo.

    6. Assinale a opo que apresenta pontuao correta.

    A. A lua, surgiu brilhante, mas, ele no pde v-la pois havia adormecido.

    B. A lua surgiu brilhante, mas ele no pde v-la, pois havia adormecido.

    C. A lua surgiu, brilhante mas, ele, no pde v-la pois, havia adormecido.

    D. A lua surgiu, brilhante mas, ele, no pde v-la pois havia, adormecido.

    E. A lua surgiu, brilhante, mas ele no pde v-la, pois havia, adormecido.

    7. A opo em que h erro no uso da vrgula :

    A. Fui faculdade, porm no o encontrei.

    B. Depois falaram, o professor, os pais, os alunos e o diretor.

    C. No dia 15 de novembro, feriado nacional, foi proclamada a Repblica.

    D. Pel, o atleta do sculo, est preocupado com a violncia dos estdios.

    E. Chirac, que Presidente da Frana, ainda no suspendeu as experincias nucleares.

    3. Perodo Adequado

    3.1 Qualidade de um texto

    Clareza

    Clareza consiste na habilidade de transmitir com exatido um pensamento, no permitindo interpretao equivocada pelo leitor ou ouvinte.

    Conciso

    Conciso consiste em informar o mximo em um mnimo de palavras.

    Formalidade

    A linguagem empregada em um documento ou em um texto acadmico deve ser formal e culta. Isso no significa linguagem complexa, incompreensvel.

    Objetividade

    A objetividade consiste em ir diretamente ao assunto, sem rodeios e divagaes. Isto : escrever apenas as palavras imprescindveis compreenso do assunto.

    Simplicidade

    Redigir com simplicidade significa escrever para o leitor. Isto : escrever com um vocabulrio adequado situao.

    Correo gramatical

    Aps redigido, ler o texto novamente para eliminar erros gramaticais.

  • 11

    PRATICANDO Torne os texto claros e objetivos (retire informaes desnecessrias).

    As ltimas eleies ocorreram no dia 29 de outubro, pois houve necessidade de segundo turno, j que nenhum dos candidatos obteve maioria absoluta dos votos.

    _____________________________________

    _____________________________________

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    _____________________________________

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    O Brasil, que o maior pas da Amrica Latina, o nico a falar portugus, pois sua colonizao foi feita pelos portugueses.

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    O assassnio do Presidente Kennedy, naquela triste tarde de novembro, quando percorria a cidade de Dallas, aclamado por numerosa multido, cercado pela simpatia do povo do grande Estado do Texas, terra natal, alis, do seu sucessor, Presidente Johnson, chocou a humanidade inteira no s pelo impacto emocional provocado pelo sacrifcio do jovem estadista americano, to cedo roubado vida, mas tambm por uma espcie de sentimento de culpa coletiva, que nos fazia, por assim dizer, como que responsveis por esse crime estpido, que a Histria, sem dvida, gravar como o mais abominvel do sculo.

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    Reescreva os pargrafos a seguir, dividindo ou ligando os perodos, de modo a tornar os textos mais claros e objetivos.

    A Unio Europeia completa 50 anos hoje como a mais bem-sucedida experincia de integrao regional do planeta, quando a Guerra Fria comeava a mergulhar Estados Unidos e Unio Sovitica numa era de autossuficincia e competio, os europeus concretizavam sua aposta na cooperao como diferencial para enfrentar desafios do sculo 21, os problemas do bloco so vrios, mas os benefcios inegveis do a outros pases importantes lies sobre desenvolvimento. (Correio Brasiliense).

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    Cinco por cento dos menores internados da Febem de So Paulo, nmeros que foram projetados a partir de uma amostragem dos testes de Aids feitos em mais de cinco mil internos, segundo o presidente da entidade, podem estar contaminados pelo vrus da Sndrome da Imunodeficincia Adquirida (Aids) um ndice indito de aidticos, principalmente em funo da faixa etria das vtimas, uma vez que os resultados de mil testes j indicam que boa porcentagem dos menores esto infectados, apesar de ainda no apresentarem os sintomas da doena.

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  • 13

    4. A Estrutura de uma Dissertao

    Introduo: Apresenta a ideia inicial e algumas sugestes de assuntos a serem tratados na argumentao. Em redaes com 30 linhas, ocupa em torno de 5 ou 6 linhas. Jamais escreva em uma frase nica (longa). Procure dividir a introduo em duas ou trs frases. A segunda ou terceira frase de sua introduo deve apresentar a ideia que voc defende sobre o tema.

    Desenvolvimento ou argumentao: a parte da dissertao que comprova sua ideia inicial (ideia que voc defende na introduo). No desenvolvimento, voc deve usar argumentos para defender a sua ideia. Somente exemplos no servem de argumentos.

    Concluso: momento em que se retoma a ideia principal ou se apresenta uma soluo (quando voc apresenta um problema). A concluso deve manter relao com o primeiro pargrafo (introduo). No se trata de copiar a introduo, e sim retom-la com embasamento.

    Modelo de texto dissertativo acerca do tema A posio social da mulher de hoje.

    Introduo

    Ao contrrio de algumas teses predominantes at bem pouco tempo, a maioria das sociedades de hoje j comearam a reconhecer a no existncia de distino alguma entre homens e mulheres. No h diferena de carter intelectual ou de qualquer outro tipo que permita considerar aqueles superiores a estas.

    Argumentao

    Com efeito, o passar do tempo est a mostrar a participao ativa das mulheres em inmeras atividades. At nas reas antes exclusivamente masculinas, elas esto presentes, inclusive em posies de comando. Esto no comrcio, nas indstrias, predominam no magistrio e destacam-se nas artes. No tocante economia e poltica, a cada dia que passa, esto vencendo obstculos, preconceitos e ocupando mais espaos.

    Cabe ressaltar que essa participao no pode nem deve ser analisada apenas pelo prisma quantitativo. Convm observar o progressivo crescimento da participao feminina em detrimento aos muitos anos em que no tinham espao na sociedade brasileira e mundial.

    Concluso

    Muitos preconceitos foram ultrapassados, mas muitos ainda perduram e emperram essa revoluo de costumes. A igualdade de oportunidades ainda no se efetivou por completo, sobretudo no mercado de trabalho. Tomando-se por base o crescimento qualitativo da representatividade feminina, uma questo de tempo e conquista da real equiparao entre os seres humanos, sem distines de sexo.

    Aspectos importantes.

    Fora do texto:

    1. Faa letra legvel: de preferncia, letra cursiva.

    2. Ao anular uma palavra ou mais, use apenas trao esseo

    3. Respeite sempre as margens.

    4. D espao para indicar incio de pargrafo.

    5. No escreva a lpis para depois passar por cima a caneta.

  • 14

    6. No faa qualquer anotao que possa o identificar.

    7. No faa qualquer comentrio no final do texto.

    8. Coloque o ttulo apenas se a prova solicitar.

    9. No aumente ou diminua o tamanho de sua letra durante o texto.

    10. No escreva acima de uma palavra. Coloque um trao e escreva frente: esseo exceo.

    Dentro do texto:

    1. Procure ser direto com sua ideia.

    2. Divida uma frase longa em frases menores.

    3. No tente impressionar usando ideias confusas e palavras difceis.

    4. NO SEJA CRIATIVO. Escreva apenas o que for pedido.

    5. Divida bem a ideia em pargrafos. Cada pargrafo tem um ideia principal.

    6. Toda ideia (no desenvolvimento) deve ser argumentada.

    7. No enrole repetindo ideias.

    8. A argumentao deve apresentar fatos e no apenas exemplos.

    PRATICANDO Proposta: 2 pargrafos Obs.: Cada pargrafo pode conter vrios perodos.

    Proposta estrutural:

    1 pargrafo: afirmativa / argumentao 1 (Isso porque) / argumentao 2 (Tambm) /

    argumentao 3 (Alm disso)

    2 pargrafo: concluso (Portanto, Assim sendo, Em vista disso, Desse modo)

    Exemplo:

    Escapando das drogas

    muito importante que os jovens no entrem nessa fria de comear a fumar. Isso

    porque o cigarro faz muito mal sade, causando at a morte. Tambm as pesquisas

    mostram que os gastos anuais com o vcio equivalem ao que se poderia juntar para uma

    viagem de frias. Alm disso, ningum para de fumar sem muito sofrimento, aps um longo

    perodo de abstinncia.

    Portanto, todos os meios de comunicao devem intensificar as campanhas

    antidrogas, reforando a ideia de que fumo e lcool as chamadas drogas lcitas precisam

    ser evitadas a todo custo.

  • 15

    Hora de mudarmos as nossas atitudes

    O planeta Terra est pedindo socorro. Isso porque......................................................

    ....................................................................................................................................................

    ........................Tambm,............................................................................................................

    ...........................................................................................................................................Alm

    disso,..........................................................................................................................................

    ....................................................................................................................................................

    Portanto, .......................................................................................................................

    ........................................................................................................................................

    ........................................................................................................................................

    ........................................................................................................................................

    TEMA I

    Como de conhecimento comum, o governo federal lanou o Programa Fome Zero, que visa, entre outras coisas, erradicar a forme do pas. Mas ser que basta acabar com a fome? Ser que um programa como o que se prope capaz de possibilitar s pessoas acesso pleno cidadania plena no Brasil? Levando em conta o trecho de uma msica do grupo Tits, a seguir, e outras informaes do seu conhecimento, redija uma dissertao sobre o tema: Fome zero e cidadania plena. No ultrapasse as linhas.

    Observao:

    Voc no precisa concordar com as ideias do texto. O importante discutir o tema proposto.

    Texto

    A gente no quer s comida. A gente quer comida diverso e arte. A gente no quer s comida. A gente quer sada para qualquer parte. A gente no quer s comida. A gente quer bebida, diverso, bal. A gente no quer s comida. A gente quer a vida como a vida quer.

  • 16

    RASCUNHO

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  • 17

    OFICIAL

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  • 18

    TEMA II

    Considere o trecho a seguir e redija um texto dissertativo, entre 25 e 30 linhas, em que voc dever discutir a relao entre ensino tradicional e o uso de tecnologias como apoio educao no Brasil.

    Observao:

    Voc no precisa concordar com as ideias do texto. O importante discutir o tema proposto.

    Texto

    Muito sem tem falado sobre o uso do computador como ferramenta educacional. Poucos trabalhos, porm, refletem a extenso do tema deixando de avaliar os discursos produzidos e a divulgao cientfica. Uma das comunicaes apresentadas no Congresso de Leitura (Cole) da Unicamp, denominada A mdia informatizada no ensino: uma anlise do discurso em revistas de educao, abordou parte do deslumbramento que as pessoas sentem perante a tecnologia computacional. Apesar dos benefcios reconhecidos pelo professor Jos Lus Machado, ele relata um estudo atual sobre a decepo pelo uso do computador. Esse trabalho, desenvolvido nos Estados Unidos, mostra que muitas disciplinas bases lecionadas nas escolas esto sendo hoje rapidamente substitudas por aulas de computador, robotizando a educao. Antes do computador, existe o letramento. Com o computador, tempos acesso ao mundo, mas para acessar o mundo precisamos entend-lo, aconselha, acrescentando que o verbalismo da imagem pode desviar as pessoas da realidade.

  • 19

    RASCUNHO

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  • 20

    OFICIAL

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  • 21

    PARTE SEGUNDA INTERPRETAO DE TEXTOS

    Muitas vezes, a compreenso de um texto parte do que est literalmente escrito. Geralmente,

    as questes so apresentadas assim: no texto, de acordo com o texto, com base no texto, segundo o

    texto etc. Outras vezes, exige-se que o leitor observe conexes lgicas, o que est alm da capacidade

    de interpretar as informaes literais. As questes so apresentadas, geralmente, da seguinte forma:

    pode-se inferir, trata-se de uma inferncia, pode-se concluir etc. O cuidado, nesse caso, no

    extrapolar.

    TEXTO I

    [...] Mas h sempre algum altrusmo

    (Amor ao prximo) nas pessoas. Sero valores

    embutidos em nossa cultura por um legado

    religioso? Ou um impulso inato, recebido da

    natureza ao nascer? Sangue, e rios de tinta,

    ainda no responderam a essa pergunta. No

    sculo 18, J. J. Rousseau, invertendo muitos

    sculos da viso pessimista do homem

    naturalmente pecador e mau, embutida na

    tradio crist, substituiu-a por uma ideia

    oposta: a do homem que nasce virtuoso, e

    degenera na sociedade. o "bom selvagem",

    uma das contribuies iniciais da descoberta do

    Brasil ao pensamento europeu. (Roberto

    Campos, O bom selvagem e a sociedade

    cruel).

    1. Marque a opo correta. Segundo o texto,

    J. J. Rousseau:

    A. afirmou que o homem naturalmente

    pecador e mau, mas, devido tradio, cristo,

    quando nasce virtuoso, degenera na

    sociedade.

    B. o bom selvagem que contribuiu para a

    descoberta do Brasil.

    C. errou, ao inverter a viso da Igreja, que

    sempre acreditou ser o homem virtuoso, mas

    degenerador da sociedade.

    D. contradisse a tradio crist, ao afirmar que

    o homem nasce virtuoso, e a sociedade o

    corrompe.

    E. contribuiu para a descoberta do Brasil, ao

    afirmar que o selvagem que aqui habitava era

    naturalmente bom.

    2. Marque a opo correta. O autor do texto:

    A. afirma que as pessoas, de alguma maneira,

    so solidrias com as demais.

    B. explica que existe nas pessoas algum

    conceito que a leva a praticar atos estranhos.

    C. discute a validade de se levarem em

    considerao os ensinamentos da Igreja.

    D. mostra o pensamento de um ateu, que

    escreveu obras contra a Igreja.

    E. revela que nossa cultura tem valores

    embutidos por um cidado, considerado legado

    religioso.

    3. Considerando-se algumas palavras do

    texto, errado afirmar que:

    A. altrusmo est para altrusta assim como

    escotismo est para escoteiro.

    B. embutidos est para embutir assim como

    vindo est para vir.

    C. impulso est para impelir assim como

    decurso est para decorrer.

    D. embutida est para imbutida assim como

    emigrar est para imigrar.

    E. contribuies est para contribuir assim

    como intuies est para intuir.

    4. Marque a opo correta. No texto, foram

    empregadas em sentido conotativo (alm

    dos sentido dicionarizado) as seguintes

    palavras:

    A. viso e pecador.

    B. tradio e ideia.

    C. altrusmo e valores.

    D. cultura e legado.

    E. sangue e rios.

  • 22

    TEXTO II

    A discusso sobre o fim do livro de papel com a chegada da mdia eletrnica me lembra a discusso idntica sobre a obsolescncia do folheto de cordel. Os folhetos talvez no existam mais daqui a 100 ou 200 anos, mas mesmo que isso acontea, os poemas de Leandro Gomes de Barros ou Manuel Camilo dos Santos continuaro sendo publicados e lidos em CD-ROM, em livro eletrnico, em chips qunticos, sei l o qu. O texto uma espcie de alma imortal, capaz de reencarnar em corpos variados: pgina impressa, livro em Braille, folheto, coffee-table book, cpia manuscrita, arquivo PDF... Qualquer texto pode se reencarnar nesses (e em outros) formatos, no importa se Moby Dick ou Viagem a So Saru, se Macbeth ou O Livro de Piadas de Casseta & Planeta. (TAVARES, B. Disponvel em: http://jornaldaparaiba.globo.com.)

    5. Ao refletir sobre a possvel extino do livro impresso e o surgimento de outros suportes em via eletrnica, o cronista manifesta seu ponto de vista, defendendo que

    A. o cordel um dos gneros textuais, por exemplo, que ser extinto com o avano da tecnologia. B. o livro impresso permanecer como objeto cultural veiculador de impresses e de valores culturais. C. o surgimento da mdia eletrnica decretou o fim do prazer de se ler textos em livros e suportes impressos. D. os textos continuaro vivos e passveis de reproduo em novas tecnologias, mesmo que os livros desapaream. E. os livros impressos desaparecero e, com eles, a possibilidade de se ler obras literrias dos mais diversos gneros.

    TEXTO III

    http://www.downloadswallpapers.com/papel-de-parede/evolucao-

    do-homem-apple-965.htm

    6. O argumento presente na charge consiste em uma metfora relativa teoria evolucionista e ao desenvolvimento tecnolgico. Considerando o contexto apresentado, verifica-se que o impacto tecnolgico pode ocasionar

    A. o surgimento de um homem dependente de um novo modelo tecnolgico. B. a mudana do homem em razo dos novos inventos que destroem sua realidade. C. a problemtica social de grande excluso digital a partir da interferncia da mquina. D. a inveno de equipamentos que dificultam o trabalho do homem, em sua esfera social. E. o retrocesso do desenvolvimento do homem em face da criao de ferramentas como lana, mquina e computador.

    7 O homem evoluiu. Independentemente de teoria, essa evoluo ocorreu de vrias formas. No que concerne evoluo digital, o homem percorreu longo trajeto da pedra lascada ao mundo virtual. Tal fato culminou em um problema fsico habitual, ilustrado na imagem, que propicia uma piora na qualidade de vida do usurio, uma vez que

    A. a evoluo ocorreu e com ela evoluram as dores de cabea, o estresse e a falta de ateno famlia. B. a vida sem o computador tornou-se quase invivel, mas se tem diminudo problemas de viso cansada. C. a utilizao demasiada do computador tem proporcionado o surgimento de cientistas que apresentam leso por esforo repetitivo. D. o homem criou o computador, que evoluiu, e hoje opera vrias aes antes feitas pelas pessoas, tornando-as sedentrias ou obesas. E. o uso contnuo do computador de forma inadequada tem ocasionado m postura corporal.

    TEXTO IV

    Pode dizer-se que a presena do negro

    representou sempre fator obrigatrio no

    desenvolvimento dos latifndios coloniais. Os

    antigos moradores da terra foram,

    eventualmente, prestimosos colaboradores da

    indstria extrativa, na caa, na pesca, em

    determinados ofcios mecnicos e na criao

    do gado. Dificilmente se acomodavam, porm,

    ao trabalho acurado e metdico que exige a

    explorao dos canaviais. Sua tendncia

    espontnea era para as atividades menos

    sedentrias e que pudessem exercer-se sem

    regularidade forada e sem vigilncia e

  • 23

    fiscalizao de estranhos (Srgio Buarque de

    Holanda, in Razes).

    8. Segundo o autor, os antigos moradores

    da terra:

    A. foram o fator decisivo no desenvolvimento

    dos latifndios coloniais.

    B. colaboravam com m vontade na caa e na

    pesca.

    C. no gostavam de atividades rotineiras.

    D. no colaboraram com a indstria extrativa.

    E. levavam uma vida sedentria.

    9. Trabalho acurado o mesmo que:

    A. trabalho apressado.

    B. trabalho aprimorado.

    C. trabalho lento.

    D. trabalho especial.

    E. trabalho duro.

    10. Na expresso tendncia espontnea,

    temos um(a):

    A. ambiguidade.

    B. cacofonia.

    C. neologismo.

    D. redundncia.

    E. arcasmo.

    11. Infere-se (deduzir) do texto que os

    antigos moradores da terra eram:

    A. os portugueses.

    B. os negros.

    C. os ndios.

    D. tanto os ndios quanto os negros.

    E. a miscigenao de portugueses e ndios.

    TEXTO V

    A mitologia da Terceira Guerra Mundial, tida como to inevitvel como a morte, e to temida como o fim do mundo, nos acompanha desde o fim da Segunda. Curioso que, quando da Primeira Guerra Mundial, ningum ficou esperando a Segunda. A seu tempo, a Primeira Guerra se chamou A Grande Guerra. Era a maior de todas, a guerra total, envolvendo todas as naes, e por isso mesmo, na viso otimista que se disseminou por um planeta que ainda no havia perdido a inocncia, era a guerra que haveria de terminar com todas as guerras. No terminou,

    como se sabe, e por isso mesmo, ao trmino da guerra seguinte, ningum ficou imaginando que aquela, sim, tinha sido a ltima. Pelo contrrio, o mundo, escolado, ficou esperando pela Terceira. Esta seria, agora sem sombra de dvida, a definitiva mas no a definitiva no sentido que se imaginou a Primeira, porque o mundo finalmente tomara jeito e no guerrearia mais, e sim porque depois dela no sobraria nada. (TOLEDO, Roberto Pompeu de. Veja. 19/09/01)

    12. correto afirmar que a denominao Primeira Guerra Mundial:

    A. comeou a ser usada aps o trmino da Primeira Grande Guerra, quando j se anunciava uma nova guerra envolvendo todas as naes. B. j era empregada antes do incio da Primeira Grande Guerra, pois sua ocorrncia era prevista. C. consolidou-se nos anos 60, no perodo conhecido como Guerra Fria. D. no foi usada no incio da Grande Guerra, pois no se tinha noo de que ela fosse a primeira de uma sequncia de conflitos de grandes propores. E. foi usada desde o incio da Grande Guerra.

    13. No contexto, a expresso a guerra que haveria de terminar com todas as guerras foi usada para designar:

    A. Qualquer guerra de grandes propores. B. A Primeira Guerra Mundial. C. A Segunda Guerra Mundial. D. A esperada e temida Terceira Guerra Mundial. E. A Primeira, a Segunda e a Terceira guerras mundiais.

    14. Ao referir-se a um planeta que ainda no havia perdido a inocncia, o autor quer dizer que:

    A. No incio do sculo XX, as pessoas eram muito ingnuas e recusavam-se a participar da guerra. B. Havia a crena de que, aps a experincia de uma guerra mundial, esse tipo de conflito no se repetiria. C. Na Primeira Guerra Mundial, o conflito se restringiu aos militares e a populao civil foi preservada. D. As armas empregadas na Primeira Guerra Mundial tinham pouco poder de destruio. E. Aps a Primeira Guerra Mundial, perderam-se os verdadeiros valores morais.

  • 24

    TEXTO VI

    O crime no ocorre por acaso. Antes de atacar, o bandido costuma observar atentamente sua vtima. Estuda seus movimentos e pontos fracos e avalia os riscos da investida. A no ser que esteja drogado, quem pratica uma ao criminosa pesa todos esses fatores antes de decidir se vale a pena arriscar. Facilidade de ataque e fuga, fragilidade do alvo e possibilidade de bons ganhos so fatores que pesam na deciso. Analisando dessa forma, fica fcil entender o que se deve fazer para diminuir o risco de se tornar alvo preferencial, sujeito a ataques a qualquer momento. O melhor recorrer ao bom senso. No ostentar joias nem outros objetos de valor, evitar lugares desertos, procurar estar sempre acompanhado, somente utilizar caixas eletrnicas em locais pblicos e prestar ateno quando estiver no trnsito. Apesar de amplamente conhecidos, esses cuidados costumam ser negligenciados pelas pessoas. A tendncia imaginar que coisas ruins s acontecem com os outros. Para evitar o risco de engrossar as estatsticas da criminalidade, a melhor ttica seguir os conselhos de policiais

    e profissionais especialistas em segurana. Ao caminhar pela calada, por exemplo, os ladres preferem abordar pessoas distradas e que aparentam ter algo de valor. aconselhvel ficar afastado das aglomeraes e andar com bolsas e sacolas junto ao corpo. A observao do movimento tambm ajuda. Uma pessoa precavida tem muito mais chance de um caminho livre de bandidos. (Veja Especial - Sua Segurana).

    15. De acordo com o texto, o crime acontece: A. muitas vezes com pessoas que esto muito prximas de ns, sem que possamos ajud-las. B. pela ausncia de um policiamento eficaz, especialmente em lugares mais afastados. C. por no haver informaes seguras s pessoas em geral, dadas por especialistas na rea. D. com a colaborao involuntria da vtima, que se expe desnecessariamente aos bandidos. E. principalmente devido ao uso de drogas, que facilita a ao dos bandidos, tornando-os mais geis.

  • 25

    BIBLIOGRAFIA

    KOCH, I. V. A coeso textual. 22. ed. So Paulo: Contexto, 2010.

    KOCH, I. V. & TRAVAGLIA, L. C. A coerncia textual. 18 ed. So Paulo: Contexto, 2011.

    PAIVA, Marcelo. Redao para provas e concursos. Braslia: Alumnus, 2012.

    _________. Portugus provas e concursos. Braslia: Alumnus, 2011.

  • GABARITO

    Vocabulrios e Expresses Adequadas

    a. Em relao ao assunto acerca dos ltimos resultados.

    b. Sempre tive dvidas acerca de seus atos.

    c. Andvamos tua procura h cerca de vinte minutos.

    a. O jogador foi punido a fim de servir de exemplo.

    b. Estou fazendo a prova sozinho, a fim de mostrar o que sei.

    a. No concordo. As ideias vm de encontro aos meus interesses.

    b. Ela concordou. Sua opinio veio ao encontro da minha.

    c. Concordo com tudo, pois vem ao encontro do que defendo.

    a. O local se situa ao lado do prdio, onde trabalha o senador.

    b. O local se situa ao lado do prdio aonde voc foi ontem.

    a. Os candidatos no sabiam por que estavam ali.

    b. Por que a prova foi difcil?

    c. A prova foi difcil por qu?

    d. No sei por que ela no entendeu o assunto.

    e. O diretor no quer mais porqus.

    f. Essas so as razes por que no o visitei.

    a. Se no voltar cedo, no conseguir estudar.

    a. Tudo foi concludo no prazo, haja vista o esforo de todos.

    Reescrever frases

    a. A deciso resultou em discusso no plenrio.

    O verbo acabar significa concluir, terminar. No deve ser usado com o sentido de causar.

    b. A reunio ocorrer dia 22 de junho, s 15 horas.

    O sentido do verbo acontecer suceder ou realizar-se inesperadamente, de surpresa. Assim, no deve ser empregado para designar fato previsto anteriormente.

    c. A reunio foi adiada.

    A reunio foi adiada, no a data.

    d. Alm de explicar bem oralmente, trouxe impressos os argumentos.

    No se usa tambm para completar alm. Trata-se de redundncia.

    e. A meu ver, tudo tinha sido resolvido.

    A expresso adequada a meu ver.

    Uso da Vrgula

    1. C

    2. D

    3. B

    4. E

    5. B

    6. B

    7. B

    Interpretao de Textos

    1. D

    2. A

    3. D

    4. E

  • 5. D

    Explicao: O texto de B. Tavares defende claramente a perenidade do texto em oposio historicidade dos suportes. O cordel seria exemplo disso: mesmo que os folhetos em que so tradicionalmente impressos venham a desaparecer por completo, eles continuaro a circular socialmente em outros suportes digitais. A partir desse exemplo, o autor conclui que o texto uma espcie de alma imortal, capaz de reencarnar em corpos variados, o que reafirmado pelo enunciado da alternativa D.

    6. A

    Explicao: As imagens que compem a charge figurativizam a noo de que os processos de desenvolvimento e retrocesso do homem so resultado do impacto tecnolgico de diferentes momentos histricos.

    As posturas dos corpos dos quatro primeiros indivduos formam uma linha ascendente, que culmina no homem com lana, ponto mais alto da evoluo, segundo o chargista. Como se fosse um espelho dessa primeira parte, as posturas dos trs ltimos indivduos (acompanhados de um rastelo, de uma britadeira e de um computador) descrevem uma linha decrescente: o desenvolvimento humano passou a retroceder medida que a mecanizao (do campo e das indstrias) e as tecnologias de informao foram incorporadas s sociedades.

    Portanto, possvel afirmar, de maneira bem ampla, que a charge se fundamenta no argumento de que o homem est se tornando, cada vez mais, dependente de novos modelos tecnolgicos que cria.

    7. E

    Explicao: Na charge, o ltimo estgio de desenvolvimento da evoluo humana ilustrado por um homem arqueado, diante de um computador. Sua postura, no contexto da teoria evolucionista, pode ser interpretada como figura concreta do tema do retrocesso do desenvolvimento humano. De outro modo, possvel interpret-la tambm em seu sentido literal: a posio incorreta do corpo para o uso contnuo do computador pode acarretar problemas fsicos graves coluna e vcios de postura corporal.

    8. C

    9. B

    10. D

    11. C

    12. D

    13. B

    14. B

    15. D