Apostila de Auditoria I - Teoria e Exercícios

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1. EMENTA

Conceito de Auditoria e seus procedimentos. Auditoria do Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido. Revisão Analítica. Conceito de Auditoria Governamental e

Computacional. Tipos comuns de fraudes e como detectá-las.

2. OBJETIVOS

Distinguir auditoria externa da interna;

Aplicar as técnicas e procedimentos de auditoria de auditoria;

Diferenciar pareceres e quando utilizá-los;

Identificar fraudes em sistemas de controle;

Conceituar auditoria pública, seus objetivos e sua aplicação;

3. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO PÁGINAS

1. CONCEITOS BÁSICOS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA 4

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2. CONTROLES INTERNOS – CONCEITOS E AVALIAÇÃO 38

3. PAPÉIS DE TRABALHO – CONCEITOS E TÉCNICAS DEPREPARAÇÃO

46

4. PLANEJAMENTO DE AUDITORIA 54

5. RISCOS DE AUDITORIA 60

6. CONTINUIDADE NORMAL DAS ATIVIDADES DA ENTIDADE 62

7. ESTIMATIVAS CONTÁBEIS 64

8. TRANSAÇÕES E EVENTOS SUBSEQÜENTES 65

9. CONTINGÊNCIAS – ATIVAS E PASSIVAS 69

10. PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES 70

11. CONTROLE DE AUDITORIA GOVERNAMENTAL COMENFOQUE EM AUDITORIA OPERACIONAL

93

12. AUDITORIA EM COMPUTADORES 98

4. BIBLIOGRAFIA BÁSICA

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ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: Um Curso Moderno e Completo. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2003.

JUND, Sergio. Auditoria: conceitos, normas, técnicas e procedimentos. 6.ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2004.

5. BIBLIOGRAFIA ADICIONAL

BOYNTON, William C.; JOHNSON, Raymond N. e KELL, Walter G. Auditoria; tradução José Evaristo dos Santos. São Paulo: Atlas, 2002.

CARDOSO, Julio Sérgio. Origem e Conceitos de Auditoria. Revista de Contabilidade do Programa de Mestrado em Ciências Contábeis da

FAF/UERJ. Rio de Janeiro: 1997.

CHERMAN, Bernardo. Auditoria para concursos: Teoria e Prática. Obtida do sítio www.vemconcursos.com.ed., 2003.

CURRÍCULO RESUMIDO DO PROFESSOR

Moisés Moura de Melo Pós-Graduado em Ciências Contábeis pela Universidade do Federal Fluminense e em Docência do ensino Superior, Médio e

Fundamental pela UCAM. Bacharel em Ciências Contábeis pela Faculdade Moraes Júnior. Professor dos cursos de Contabilidade e Administração da

Faculdade de Administração e Finanças da UNISUAM, trabalha como Coordenador de Novos Empreendimentos - Petróleo Brasileiro S.A - Rio de Janeiro.

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Capítulo 1

CONCEITOS BÁSICOS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

I - Origem da Auditoria – Um breve histórico (Sérgio Jund)

a) No exterior

Ao contrário da contabilidade, que tem no Frade Matemático Luca Paccioli o seu ícone, a história da auditoria se perdeu no tempo, e o nome do primeiroauditor talvez permaneça para sempre ignorado.

Provavelmente, pode ter sido um proficiente guarda-livros, a serviço de um mercador italiano do século XV ou XVI que, pela reputação de sua sabedoria econhecimento técnico, passou a ser consultado por outros sobre a escrituração de suas transações. Supões-se que a auditoria se estabeleceu como profissãodistinta da atividade contábil para um único usuário, no momento em que o especialista em escrituração deixou de praticá-la para prestar assessoria aosdemais especialistas e mercadores, transformando-se em consultor público liberal.

O reconhecimento da escrituração mercantil como forma de ocupação especializada também aconteceu na Itália (Veneza), onde, em 1581, foi constituído oprimeiro Colégio de Contadores, no qual a admissão do candidato tinha de completar aprendizado de seis anos como contador praticamente e submeter-se aexame.

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A Revolução Industrial, na Inglaterra, quando a demanda de capital e a expansão das atividades, naturalmente, criaram problemas contábeis maiscomplexos, mudou o eixo do desenvolvimento prático dessa disciplina para aquele país, com o aumento de volume de atividades empresariais e decomplexidade nos sistemas contábeis. Os exames de auditoria, que antes eram pormenorizados, se tornaram proibitivos, devido a seu elevado custo. Alémdisso, chegou-se à conclusão de que o objetivo de detectarem-se erros e falhas poderia ser atingido mais efetivamente através de um adequado sistema decontrole interno. Assim, o papel do auditor mudou, passando da busca de erros e confirmação da exatidão do balanço, para o exame do sistema e testes deevidências, de modo que se pudesse emitir um parecer sobre a fidedignidade de todas as demonstrações contábeis (DCs). Mas a real necessidade dacontabilidade pública (auditoria) somente se manifestou a partir da institucionalização do investidor capitalista (não participante da administração), agora,uma classe importante e em crescimento, que passou a exigir relatórios imparciais sobre a integridade de seu investimento e dos resultados econômicos doempreendimento.

O berço da moderna auditoria foi a Inglaterra, que a exportou para outros países, inclusive para o Brasil, juntamente com seus investimentos,principalmente para a construção de estradas-de-ferro e outros serviços de utilidade pública.

b) No Brasil

Não existem divulgações de pesquisas sobre os primórdios da auditoria no Brasil, sendo somente certo que teve origem inglesa.

Sabe-se também que a recém extinta firma de auditoria Arthur Andersen S/C e, a atualmente denominada PriceWaterhouseCoopers, já mantinhamestabelecimentos no Rio de Janeiro, com outras denominações, desde 1909 e 1915, respectivamente.

Apesar de formalmente organizada em 26 de março de 1957, quando formado o Instituto de Contadores Públicos no Brasil, em São Paulo, a auditoria foioficialmente reconhecida apenas em 1968, por ato do Banco Central do Brasil. O fortalecimento da atividade, todavia, ocorreu em 1972, porregulamentações do Banco Central do Brasil, Conselho Federal de Contabilidade e pela formação de um órgão nacional para congregação e autodisciplinação dos profissionais, o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil.

II – Conceituação e Objetivos da Auditoria Independente

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A auditoria das demonstrações contábeis constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo a emissão de parecer sobre a sua adequação,consoante os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade e, no que for pertinente, a legislação específica. (Res.820/97 § 11.1.1.1).

Auditoria pode ser descrita como uma série de atividades visando verificar se um determinado fim foi atingido. O principal ramo da auditoria, aexterna, pode ser definido como um exame detalhado para comprovação da veracidade dos registros e demonstrações contábeis.

Existem várias formas de auditoria:

Externa: Realizada por empresas privadas e públicas, tendo como objetivo primordial validar as Demonstrações Financeiras. Realiza, primordialmente,trabalhos de revisão contábil.

Interna: Realizada por funcionários de uma empresa, com objetivo principal de verificar se as normas internas e demais deliberações emanadas pelaAlta Administração da instituição estão sendo seguidas. Realizada, primordialmente, através de trabalhos de controle das operações da empresa,visando coibir fraudes e ineficiências.

Tributária: Realizada por funcionários dos Governos Federal, Estadual e Municipal (os AFRF, fiscais de ICMS e fiscais da Prefeitura), visando verificarse o montante de tributos devidos pelas empresas foram corretamente apurados e pagos. É um trabalho específico, que exige muito conhecimentocontábil para se iniciar os trabalhos.

Trabalho: Realizada pelo Governo Federal, visando verificar se as condições mínimas de trabalho garantidas pela Legislação estão sendo atendidas.

Especiais: Com finalidade específica e metodologia própria.

As auditorias externas ou independentes e internas podem ser consideradas os principais ramos da auditoria. As principais características destas duasmodalidades de auditoria estão descritas a seguir:

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Auditoria Externa

Realizada por empresas privadas e independentes da empresa auditada (apesar de serem pagas por elas).

O seu objetivo primordial é emitir opinião sobre as Demonstrações Financeiras da empresa auditada.

A sua opinião é emitida através de documentos padronizados denominados Parecer.

No Brasil, atualmente somente são obrigadas a realizar auditoria, as empresas de capital aberto (ações negociadas em bolsas de valores ou mercado debalcão). A Comissão de Valores Mobiliários é o órgão federal responsável pela fiscalização do mercado de capitais e pelas auditorias atuantes nestemercado.

Entretanto, para se captar empréstimos em bancos, para atender exigências de fornecedores, para se vender participações societárias ou para verificar aexatidão das Demonstrações Financeiras de controladas em outros países; é necessária a realização de auditorias externas.

O foco é no exame contábil das Demonstrações Financeiras, não opinando sobre os controles internos das empresas auditadas, apenas examinandoexames visando garantir a não ocorrência de erros materiais.

Cobre um maior número de áreas de trabalho do que a auditoria interna, mas com menos detalhamento nos procedimentos em cada uma delas emrelação aos exames da auditoria interna.

Auditoria Interna

Realizada por departamento da própria empresa, que responde hierarquicamente apenas ao dono ou presidente. É o braço direito destes.

O seu objetivo primordial é verificar se as deliberações e normas estão sendo seguidas, se não estão ocorrendo fraudes ou desempenho insatisfatóriodos funcionários.

A sua opinião é emitida em relatórios internos sigilosos, preparados especialmente para o presidente ou dono.

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Não existe obrigatoriedade por parte de nenhuma empresa. É uma opção individual de cada grupo econômico.

O foco principal é na análise dos controles internos, emitindo opinião sobre estes e recomendando aprimoramentos sempre que aplicável.

Os conceitos básicos da auditoria externa são:

Controles internos: garantem a confiabilidade das transações e registros efetuados pela empresa. A auditoria interna tem por objetivo garantir suaperfeição, enquanto a externa apenas efetua testes visando garantir que a não ocorrência de erro materiais.

Materialidade: a auditoria externa não emite opinião sobre a perfeição dos registros contábeis e sim, sobre a não ocorrência de erros contábeisrelevantes ou materiais. Relevância seria o erro que faria com que o usuário externo mudaria de opinião sobre a empresa analisada.

Amostragem: A auditoria não efetua testes de todos os itens de cada uma das contas contábeis. Os exames são realizados em uma amostrarepresentativa de cada contas e apenas naquelas relevantes. O tamanho da amostra é definida dependendo do grau de confiabilidades dos controlesinternos da empresa e do exame superficial do comportamento das contas contábeis.

Direção Técnica: Os ativos e despesas são testados para supervaliação e as receitas e passivos serão testadas para subavaliação. No primeiro caso, ascontas são testadas através do exame da documentação-suporte contábil, enquanto no segundo caso, as contas são testadas através do exame dadocumentação diretamente da área operacional responsável.

Para a auditoria em geral, os principais conceitos são a ética, a independência e a qualificação técnica.

As contribuições da auditoria sobre o patrimônio são:

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Aspecto administrativo: reduz a ineficiência e negligência dos empregados e administradores;

Aspecto patrimonial: melhor controle do patrimônio;

Aspecto fiscal: resguarda o patrimônio de contingências fiscais;

Aspecto técnico: melhor precisão das informações;

Aspecto financeiro: previne fraudes;

Aspecto econômico: maior exatidão do resultado apurado e

Aspecto ético: resguarda a moralidade.

As vantagens proporcionadas pela auditoria podem ser assim resumidas:

Para a Administração: controles internos eficientes, contabilidade exata e evita fraudes / erros;

Para os Investidores: contabilidade exata e maior nível de informações financeiras;

Para o Fisco: contabilidade exata e obediência à legislação fiscal e

Para a Sociedade: fortalece a economia nacional.

III – Erro x Fraude. (Res. 820/97 § 11.1.4, letra a e b).

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Erro – ato não intencional, resultante de desatenção ou má interpretação de fatos, na elaboração de registros e DCs.

Fraude – ato intencional de omissão ou manipulação de transações, documentos, registros e DCs.

Responsabilidade da administração – Responsável pela prevenção e identificação de fraudes e erros, através da implementação e manutenção deadequado sistema contábil e de controle interno. (Res. 820/97 § 11.1.4.3).

Responsabilidade do auditor – Não é responsável pela prevenção de fraudes ou erros. Entretanto, o auditor deve planejar seu trabalho de forma a detectarfraudes e erros que impliquem efeitos relevantes nas demonstrações contábeis. (IT 03 do § 11.1.4)

Ao detectar erros relevantes ou fraudes o auditor deve comunicá-los à administração da entidade e sugerir medidas corretivas, informando sobre ospossíveis efeitos no seu parecer, caso elas não sejam adotadas. (Res. 820/97 § 11.1.4.2).

IV – Auditoria Interna x Auditoria Externa (independente).

Auditoria Interna - Com o aumento da complexidade das operações de uma empresa, aumentou a necessidade de normas e procedimentos internos. Daísurge a figura do auditor interno, cuja função principal é verificar se as normas internas vem sendo cumpridas. Paralelamente o auditor interno executaauditoria contábil.

O auditor interno é empregado da empresa, mas como executa auditoria operacional e contábil, deve ter uma certa independência dentro da entidade. Sefor subordinado ao departamento contábil ou administrativo, pode sofrer pressões quando da execução de seus trabalhos. Assim, para ter o maior grau deindependência, deveria ser subordinado à presidência da empresa.

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Auditoria Externa - A auditoria externa é realizada por um profissional independente da empresa auditada. O objetivo do auditor externo é emitir umaopinião (parecer) sobre as demonstrações contábeis (DCs).

V – Órgãos relacionados com os auditores

Órgão Descrição Finalidade

1. CVM Autarquia vinculada ao Ministério daFazenda.

Fiscalizar e normatizar o mercadode capitais no Brasil.

2. Ibracon Instituto dos Auditores Independentes, é umapessoa jurídica de direito privado sem finslucrativos.

Fixar princípios de contabilidade;elaborar normas e procedimentosde auditoria e perícias contábeis eemitir normas de contabilidade.

3. CRC eCFC

Representam entidades de classes dosContadores

Registrar e fiscalizar o exercícioda profissão.

4. Audibra Instituto dos Auditores Internos do Brasil Promover o desenvolvimento daauditoria interna.

VI – Por que as empresas são auditadas?

Auditoria externa Auditoria Interna

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CVM - Sociedades anônimas de capital aberto - Art. 70 da CF/88 –Empresas e órgãos daadministração pública.

- Determinação daadministração.

BACEN - Instituições financeiras e equiparadas

SUSEP - Seguradoras

ANS - Operadoras de planos de saúde e seguro saúde

SPC - Fundos de previdência complementar

MPAS - Regime de previdência dos servidores

Outros - Imposição de bancos para ceder empréstimos

- Imposição de fornecedor p/ financiar compra de MP

- Imposição estatutária

- P/ efeito de fusão, incorporação, cisão econsolidação

VII – Normas de auditoria relativas à pessoa do auditor (Resolução CFC 821/97)

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A auditoria deve ser executada por pessoa:

- Registrada no CRC;

- Independente de todos os assuntos relacionados com o seu trabalho; e

- Responsável, com competência técnico-profissional.

O auditor deve recusar os serviços sempre que reconhecer não estar adequadamente capacitado para desenvolvê-los.

a) Independência

O auditor deve aplicar o máximo de cuidado e zelo na realização dos trabalhos. Ao opinar sobre as demonstrações contábeis, o auditor deve ser imparcial.

Está impedido de executar trabalho de auditoria independente o auditor que tenha tido, no período a que se refere a auditoria ou durante a execução dosserviços, em relação à entidade auditada, suas coligadas, controladas, controladoras ou integrantes do mesmo grupo econômico:

vínculo conjugal ou de parentesco consangüíneo em linha reta, sem limites de grau, em linha colateral até o 3º grau e por afinidade até o 2º grau, comadministradores, acionistas, sócios ou com empregados que tenham ingerência na sua administração ou nos negócios, ou que sejam responsáveis porsua contabilidade;

1.

relação de trabalho como empregado, administrador ou colaborador assalariado, ainda que esta relação seja indireta, nos dois últimos anos;2.

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participação direta ou indireta como acionista ou sócio;1.

interesse financeiro direto, imediato ou mediato, ou substancial interesse financeiro indireto, compreendida a intermediação de negócios de qualquertipo e a realização de empreendimentos conjuntos;

3.

função ou cargo incompatível com a atividade de auditoria independente; e2.

qualquer outra situação de conflito de interesses no exercício da auditoria independente, na forma que vier a ser definida pelos órgãos reguladores efiscalizadores.

4.

b) Honorários

O auditor deve estabelecer e documentar seus honorários mediante avaliação dos serviços, considerando os seguintes fatores:

a relevância, o vulto, a complexidade, e o custo dos serviços a executar;1.

o número de horas estimadas para a realização dos serviços;1.

a peculiaridade de tratar-se de cliente eventual, habitual ou permanente;2.

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a qualificação técnica dos profissionais que irão participar da execução dos serviços; e2.

o lugar em que os serviços serão prestados, fixando, se for o caso, como serão cobrados os custos de viagens e estadas.3.

Os honorários deverão constar de carta-proposta ou documento equivalente, elaborados antes do início da execução do trabalho, que também contenham:

a descrição dos serviços a serem realizados, inclusive referências às leis e aos regulamentos aplicáveis ao caso;1.

que o trabalho será efetuado segundo as Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis e as presentes normas;2.

o prazo estimado para a realização dos serviços;1.

os relatórios a serem emitidos; e2.

as condições de pagamento dos honorários.3.

A inobservância de qualquer dos itens acima constitui infração ao Código de Ética do Contabilista.

VIII – DCs que o auditor deve emitir seu parecer.

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Segundo o Art. 176, I, da Lei 6.404/76 (para Cias abertas), são as seguintes:

- Balanço Patrimonial;

- DRE;

- DMPL;

- Fluxo de Cx;

- DVA;

- Notas explicativas.

A empresa auditada é responsável por elaborar as DCs, inclusive pela implementação e manutenção do sistema contábil e de controle interno.

IX – Procedimentos de auditoria.

Conjunto de técnicas que o auditor utiliza para obter evidências suficientes e adequadas para fundamentar sua opinião sobre as DCs, e abrangem testes de:(Res. 820/97 § 11.1.2.1).

- Observância: verificar a existência, efetividade e continuidade do sistema de controles internos. (Res. 820/97 § 11.1.2.2 e § 11.1.6.3).

- Substantivos: verificar a suficiência, exatidão e validade do sistema contábil, dividindo-se em: (Res. 820/97 § 11.1.2.3).

testes de transações e saldos; e

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procedimentos de revisão analítica.

Na aplicação dos testes substantivos, o auditor deve objetivar as seguintes conclusões: (Res. 820/97 § 11.2.6.4).

existência – se o componente patrimonial existe em certa data;1.

direitos e obrigações – se efetivamente existentes em certa data;2.

ocorrência – se a transação de fato ocorreu;3.

abrangência – se todas as transações estão registradas; e4.

mensuração, apresentação e divulgação – se os itens estão avaliados, divulgados, classificados e descritos de acordo com os Princípios Fundamentaisde Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade.

1.

X – Auditoria por testes (Bernardo Cherman)

Suponha que o auditor, ao examinar a conta clientes, verifica que ela é composta de 20.000 duplicatas. Devendo verificar se o saldo de clientes estácorreto, será que ele deve examinar (testar) todas as duplicatas?

O ideal seria a verificação total, mas na prática se torna inexeqüível. O custo e o tempo gasto desta operação seriam muito altos. Além disto, a empresadeveria parar suas atividades para a verificação. Não é racional parar a atividade da empresa para fazer a auditoria. Por isto é utilizada a auditoria portestes, que significa o exame de uma porcentagem dos documentos de modo que o auditor possa formar uma opinião correta do valor do saldo de clientes.

Qual é a porcentagem recomendada?

Não existe uma regra. A extensão dos testes será determinada pelo auditor. Ele levará em consideração, na determinação da extensão dos testes, aorganização e procedimentos internos da empresa (controles internos).

A porcentagem de testes deverá ser fixada pelo auditor de modo que ele tenha segurança quanto a sua opinião sobre o valor do saldo da conta, com menorrisco possível.

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XI – Direção dos testes (Marcelo Cavalcanti)

O saldo de uma conta do BP ou da DRE pode estar errado para mais (superavaliação) ou para menos (subavaliação).

A pratica tem demonstrado que as contas devedoras devem ser testadas para superavaliação e as contas credoras para subavaliação.

Superavaliação

Razão geral => Registro Intermediário => Documento.

Subavaliação

Documento => Registro Intermediário => Razão geral.

XII – Tipos de procedimentos de auditoria (Res. 820/97 § 11.2.6).

Inspeção (Marcelo Cavalcanti: Contagem física e Inspeção de Documentos)

Corresponde ao exame de ativos, registros e documentos. Dessa forma, ao conferir a existência física de estoques, para validar o número que consta noBalanço Patrimonial, o auditor está aplicando o procedimento de inspeção. O raciocínio é o mesmo quando o auditor estiver analisando a autenticidade dealgumas notas fiscais (NF), para validar a receita de vendas, no caso de NF emitidas pela empresa, ou validar a despesa, no caso de NF emitidas por

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terceiros.

Investigação e confirmação (Marcelo Cavalcanti: Confirmação com terceiros)

Consiste em obter, através de confirmação com terceiros, informações sobre os bens em propriedade de terceiros, direitos a receber e obrigações (inclusivecausas judiciais). As cartas podem ser enviadas, pedindo a confirmação do saldo constante nos registros contábeis da empresa, para:

- Bancos (dinheiro em conta corrente, aplicações financeiras, empréstimos e outros);

- Clientes (duplicatas a receber, estoque em poder de terceiros e outros);

- Fornecedores (duplicatas a pagar); e

- Advogados (causas judiciais).

Geralmente o auditor inclui no interior da carta, elaborada em papel timbrado da empresa auditada, um envelope resposta endereçado à empresa deauditoria.

A confirmação pode ser positiva ou negativa. Na confirmação positiva é solicitada resposta da carta ao auditor independentemente do resultado desta.Enquanto, na confirmação negativa é pedida resposta somente no caso de divergência. Normalmente as empresas de auditoria utilizam a positiva.

Cálculos (Marcelo Cavalcanti: Conferência de cálculos)

Conferência da exatidão numérica. O auditor aplica esse procedimento quando está conferindo o cálculo.

Ex: valorização de estoque; amortização; depreciação; provisões de IRPJ e CSL; JCP; e juros e variação cambial de empréstimos / financiamentos.

Observação

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É o acompanhamento durante a realização. Em determinadas situações, especialmente quando o auditor está levantando o sistema de controle interno, énecessário verificar se, na prática, os empregados adotam os procedimentos estabelecidos nos manuais da empresa. Isso é feito por meio da observaçãofeita pelo auditor enquanto os empregados trabalham. Por exemplo: se o auditor quer verificar se existe segurança no almoxarifado ou na tesouraria (se ocontrole interno está em efetivo funcionamento), basta que fique próximo a esses departamentos acompanhando tudo que acontece. Desta forma, saberá seas mercadorias ao chegar na empresa são conferidas, se qualquer pessoa tem acesso à tesouraria ou se a entrada é restrita, etc.

Revisão Analítica

É feita por meio de índices, análises e comparações. Consiste em análises críticas das demonstrações contábeis com o objetivo de delinear tendências ousituações anormais. Como exemplo, podemos imaginar o exemplo de 2 empresas, uma prestadora de serviços e outra revendedora de mercadorias. Aoanalisar a DRE, o auditor constatou que o CMV (Custo de Mercadorias Vendidas) na empresa comercial é bastante expressivo. Nada anormal para umaempresa que compra e vende mercadorias. Contudo, ao analisar a empresa prestadora de serviços, percebeu que o CMV responde por parcela significativados gastos. Epa! Como pode uma empresa prestadora de serviços ter o CMV como item mais expressivo? Isso é um indicador de anormalidade. Acontece,também, quando há variações muito expressivas de um exercício social para o outro, ou quando a conta Despesas gerais tem saldo muito alto (o quesignifica despesas gerais???). Desta forma, qualquer atipicidade auxiliará o auditor a definir quais são as áreas que merecem uma atenção especial narealização dos testes.

Na aplicação dos procedimentos de revisão analítica, o auditor deve considerar: (Res. 820/97 § 11.2.6.5).

o objetivo dos procedimentos e o grau de confiabilidade dos resultados alcançáveis;1.

a natureza da entidade e o conhecimento adquirido nas auditorias anteriores; e2.

a disponibilidade de informações, sua relevância, confiabilidade e comparabilidade.3.

Se não obtiver informações suficientes, deve efetuar verificações adicionais, com novos procedimentos de auditoria, até alcançar conclusões satisfatórias.(Res. 820/97 § 11.2.6.6).

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Exemplificando: auditando a conta de despesa de FGTS, o auditor selecionou alguns itens e os testou, tendo constatado que eles estavam corretos.Entretanto, um valor indevidamente debitado nessa conta e não selecionado para teste só seria identificado se o auditor comparasse o total das despesas doano de salários com o saldo da conta de despesa de FGTS, quando então ele verificaria que o percentual encontrado é diferente de 8%, que é o estabelecidopela legislação.

Cuidado: A auditoria externa não é realizada para detectar fraudes, erros ou para interferir na administração da empresa, ou ainda, reorganizaro processo produtivo ou demitir pessoas ineficientes. Naturalmente, no decorrer do processo de auditoria, o auditor pode encontrar fraudes ouerros, mas o seu objetivo não é este. Seu objetivo é emitir um parecer sobre as DCs.

O principal objetivo dos testes é obter evidências que suportem o seu relatório. Estas evidências têm que ser suficientes, pertinentes, fidedignas e podem serclassificadas em físicas (ativos e obras, por exemplo), documentais, analíticas (análise de cálculo e controles financeiros, como exemplos), testemunhais e porconfirmação por terceiros (as circularizações).

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As circularizações podem ser positivas e negativas. A diferença entre elas é que as positivas exigem resposta do circularizado, o que não acontece com asnegativas, onde a inexistência de resposta presume a confirmação das informações contidas na correspondência enviada. As circularizações positivas podemser segregadas em brancas e pretas. As brancas são aquelas onde somente existem perguntas na circularização, enquanto na preta é enviado o valor registradopara a confirmação.

Em resumo, as técnicas de auditoria são descritas a seguir:

Circularização

Exame de documentos originais

Conferência de somas e cálculos

Exame dos lançamentos contábeis

Entrevistas

Exame de livros e registros auxiliares

Correlação entre as informações obtidas

Observações das atividades.

Os procedimentos básicos de auditoria para os testes de observância e substantivos são:

Inspeção (testes com documentos)

Observação (inventários)

Investigação/Confirmação (circularizações)

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Cálculo (testes de empréstimos ou PL)

Revisão Analítica (planejamento).

Os testes substantivos têm por objetivo verificar a existência dos saldos registrados, a certificação de que as transações registradas realmente ocorreram, daverificação que os registros abrangeram todas as transações ocorridas e se a mensuração/apresentação/divulgação das informações estão em consonânciacom as boas normas.

IV.3 TESTES E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA EXTERNA

Segue um breve resumo dos testes básicos das principais áreas das Demonstrações Financeiras:

CAIXA: Contagem física e confronto do resultado com o razão. Para c/c bancárias, a conciliação bancária é testada. Geralmente não é relevante.

APLICAÇÕES FINANCEIRAS: O principal procedimento é a circularização (confirmação direta através de carta) dos principais bancos onde a empresaauditada possui estes ativos. Caso não se obtenha sucesso na circularização, pedir documentação suporte das aplicações (contratos e extratos de aplicação) erealizar os cálculos pró-rata. Adicionalmente, verificar movimentação financeira e extrato bancário.

Para as aplicações de renda variável, verificar valor de mercado das aplicações financeiras. Caso seja menor do que o valor contabilizado, deverá possuiprovisão para desvalorização constituída.

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CLIENTES: O principal procedimento também é a circularização, com seleção realizada para os principais clientes (maiores saldos contábeis). Se as respostasapresentarem divergências relevantes, deve-se efetuar conciliação das respostas junto as aberturas analíticas de clientes e analisar a documentação-suportedas divergências. Para as respostas não recebidas, realizar o procedimento alternativo de verificar os recebimento subseqüentes.

PROVISÃO PARA DEVEDORES DUVIDOSOS: A auditoria deve solicitar e validar o histórico de perdas com inadimplência da empresa. Com base nestehistórico, deve estimar a provisão necessária para fazer frente a perdas desta natureza e confrontar com o total contabilizado. Um dos grandes problemasexistentes no Brasil é o fato das empresas contabilizarem estas provisões conforme determina a Legislação Fiscal. Um procedimento alternativo de auditoria éa análise do relatório comercial que detalha as contas a receber por idade de vencimento, de forma a possibilitar a análise da razoabilidade do nível deinadimplência.

ESTOQUES: O principal procedimento é o inventário físico dos saldos existentes no final do ano. Entretanto, este procedimento somente faz sentido com aanálise do custo unitário registrado na data. O teste para esta análise consiste em checar a exatidão dos registros de diversos itens por amostragem. Outrosprocedimentos são a análise da movimentação dos estoques, testes de compras e verificação de saldos obsoletos.

OUTROS ATIVOS CIRCULANTES: O principal procedimento é análise da expectativa real de realização, através da documentação-suporte e, se possível,circularização.

MÚTUOS: O procedimento padrão é circularização.

IMPOSTOS DIFERIDOS: Avaliar fundamentação de sua constituição e sua expectativa real de realização, através da análise da documentação-suporte.

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INVESTIMENTOS: Para aqueles avaliados pelo método de custo, somente testar se for relevante. Neste caso, efetuar circularização. Para os investimentosavaliados por equivalência patrimonial, preparar movimentação e testar as variáveis. Os resultados de equity são validados através da checagem dosresultados das coligadas/controladas em conjunto com os percentuais de participações. Os saldos finais do investimento são validados pela análise da DMPLdas investidas. Todas as informações utilizadas devem ser confirmadas por circularização.

IMOBILIZADO: Preparar movimentação anual e validar variáveis. Conferir os saldos iniciais com os saldos já validados das Demonstrações Financeiras doano anterior. As adições serão alvo de testes de detalhe com seleção através de amostragem (privilegiando os maiores itens), com análise da documentação-suporte. Para as baixas, análise da documentação-suporte e da contabilização.

Validar os cálculos das despesas com depreciação, com verificação da correção das taxas utilizadas. Realizar inventários físicos, caso seja detectada anecessidade.

ATIVO INTANGÍVEL: Testes semelhantes ao ativo imobilizado, com diferença apenas para a natureza distinta dos ativos.

FORNECEDORES: A direção técnica do teste é, como para qualquer passivo, para sub-avaliação (começar o teste pela fonte independente, externa ouinterna) Os principais testes para a área estão descritos a seguir:

Confrontar relação analítica operacional com o total do razão. Em caso de apuração de divergências relativamente importantes, solicitar a empresaauditada a conciliação e análise das divergências.

Após a entrega desta conciliação, auditar (indagações, análise da documentação-suporte e análise dos pagamentos efetuados) a conciliação não sejaentregue; considerar a diferença como ajuste contábil às Demonstrações Financeiras.

Preparar e enviar circularização para os fornecedores mais tradicionais, selecionados diretamente da relação analítica operacional.

Para as repostas com saldo igual ou com diferença relativamente irrelevante para o saldo contábil, considerar o saldo validado.

Para as respostas com saldo com diferenças relativamente relevantes para o saldo do razão, preparar conciliação por nota fiscal e solicitar que a

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contabilidade analise os documentos divergentes. Após a entrega da análise, auditar a conciliação.

Para as circularizações não respondidas, efetuar o procedimento alternativo para a área. Este procedimento consiste em verificar todos os pagamentosefetuados ao fornecedor analisado, relativo ao período posterior a data-base auditada. Estes pagamentos seriam analisados diretamente no setoroperacional. Após esta verificação, seria totalizados todos os pagamentos com competência do período analisado e confrontados como totalcontabilizado deste passivo, com objetivo de se verificar a razoabilidade do saldo registrado.

Apesar de não ser tão comum neste grupamento contábil por sua característica de acompanhamento do ciclo operacional, é obrigatório a verificação daexistência de valores a serem registrados no longo prazo (principalmente saldos estrangeiros, já que o fornecedor nacional dificilmente concede prazoslongos).

EMPRÉSTIMOS: Este grupo contábil possui uma diversidade grande de modalidades, como ACC (Adiantamento de Contrato de Câmbio), empréstimosnacionais, empréstimos externos, financiamentos com operações de SWAP e HEDGE, mútuos (empréstimos com empresas ligadas), debêntures, entre outros.Existem particularidades de registro contábil para cada uma destas modalidades, como é natural em operações distintas. Estas diversas contabilizações foramexplanadas brevemente em sala de aula e são importantes para o entendimento perfeito da cadeira de auditoria. A direção técnica do teste é, como paraqualquer passivo, para sub-avaliação (começar o teste pela fonte independente, externa ou interna) Os principais testes para a área estão descritos a seguir:

Confrontar relação analítica operacional com o total do razão. Em caso de apuração de divergências relativamente importantes, solicitar a empresaauditada a conciliação e análise das divergências. A fonte independente neste caso é o Departamento Financeiro.

Preparar e enviar circularização para todos as instituições bancárias que a empresa opera ou já possui relações anteriormente, selecionados diretamenteda relação analítica operacional.

Para as respostas com saldo igual ou com diferença relativamente irrelevante para o saldo contábil, considerar o saldo validado.

Para as respostas com saldo com diferenças relativamente relevantes para o saldo do razão, questionar diretamente a contabilidade e solicitar análise dadivergência. Após a entrega da análise, auditar a conciliação.

Para as circularizações não respondidas, efetuar o procedimento alternativo para a área. Este procedimento consiste em solicitar todos os contratos deempréstimos da instituição bancária e preparar uma movimentação financeira dos empréstimos captados junto a este banco. Os documentos devem serselecionados diretamente na área operacional. Neste processo de análise estão contemplados análise quanto aspectos como cálculo dos juros,verificação da entrada de numerário na captação, verificação de pagamentos, entre outros.

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No entanto, para esta área em específico, é extremamente provável que se consiga realizar os procedimentos principais de auditoria (circularização)devido ao forte relacionamento comercial existente entre os bancos e os seus devedores. É difícil um banco se escusar de responder as cartas decircularização de auditoria, principalmente se a empresa auditada reiterar o pedido em caso de morosidade.

Um ponto importante a ser lembrado neste resumo é a importância de se obter uma listagem da área operacional contemplando todos os bancos que aempresa possui ou já possuiu algum relacionamento. É preciso rigor na obtenção e rigor desta listagem, uma vez que toda a eficiência da circularizaçãodepende da completeza desta listagem. A idéia é que se a empresa possuir algum empréstimo não contabilizado, ela irá possuir condições de captá-loem uma instituição bancária já conhecida e que já possui confiança comercial na empresa. Sendo assim, se a auditoria circularizar todas os bancos emque a empresa já possui algum tipo de relacionamento no passado, este risco específico estaria mitigado.

Um passo obrigatório na área é a correta segregação dos valores classificados a curto e a longo prazo, através da verificação da existência de valores a seremregistrados no longo prazo. Uma possível incorreção neste procedimento pode distorcer, de sobremaneira, a análise do usuário externo destas DemonstraçõesFinanceiras.

FOLHA DE PAGAMENTO: Este grupo contábil possui uma diversidade grande de contas relacionadas: Salários a pagar, IRRF, INSS Funcionário, INSSEmpresa, Provisão de Férias, Provisão para 13 Salário, FGTS, entre outras contas de menor expressão. Em sala de aula, foram detalhados os registros ecálculos necessários para o correto registro destas principais contas. Cabe ressaltar que o entendimento destas contabilizações é o ponto de partida essencialpara o aprendizado desta área de auditoria. A direção técnica do teste é, como para qualquer passivo, para sub-avaliação (começar o teste pela fonteindependente, externa ou interna) Os principais testes para a área estão descritos a seguir:

Salários a pagar1.

Confrontar relação analítica operacional da Folha de Pagamento com o total do razão. Em caso de apuração de divergências relativamente importantes,solicitar a empresa auditada a conciliação e análise das divergências. A princípio, estas divergências significam ajustes contábeis. A fonte independenteneste caso é o Departamento Pessoal.

Efetuar teste de detalhe na folha de pagamento: selecionar um número aletório de funcionários, confrontar o total de funcionários da Folha depagamento com o total constantes nas fichas de controle do DP, calcular as variáveis do salário destes funcionários (principalmente horas extras, INSSRetido, IRRF) e confrontar o total calculado com o total líquido da Folha. Após a validação da Folha neste teste de detalhe, verificar o pagamento emextrato bancário.

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Após um mês estar validado, fazer revisão analítica para validar as despesas desta natureza na DRE.

A)Encargos Sociais

Confrontar controles operacionais com o razão.

Efetuar teste através de cálculo global dos valores devidos de INSS mensal, diretamente no mês já validado da Folha de Pagamento.

Verificar registro na DRE e somar ao IRRF Funcionário com objetivo de se validar o passivo. Para este procedimento, é necessário se verificar todas asguais pagas e autenticadas.

O total de despesas pode ser validado através de cálculos globais

B)Provisão para 13 Salário

Não deve possuir saldo no balanço, salvo péssima situação financeira da empresa auditada.

O saldo da DRE deve ser aproximadamente igual a última Folha de pagamento. Caso esta esteja validada, basta comparar os saldos.

C)Provisão de Férias

Confrontar relação analítica operacional com o total do saldo provisionado na Contabilidade. Questionar diferenças, já com a presunção de ajustecontábil.

Selecionar um número aleatório de funcionários para teste de detalhe: verificar último recibo de férias gozado, verificar salário bruto, calcular provisãodevida levando em consideração o adicional legal de 1/3.

Outros pontos desta área merecem atenção especial: existência de parcelamento de encargos sociais, parcelas destes encargos em atraso sem provisionamento

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de multa e juros, salários atrasados, entre outros.

IMPOSTOS: Os principais impostos usualmente identificados neste grupo contábil são ISS, ICMS, PIS, Cofins, Imposto de renda e Contribuição social. Assimcomo as outras áreas, são necessárias uma revisão detalhada da base técnica contábil destes tributos, de forma a possuir o perfeito entendimento desta áreade auditoria. O principal ponto a ser lembrado em relação ao ICMS é a sua característica de compensação do saldo pago na compra de mercadorias. Sendoassim, o saldo passivo é líquido dos valores a recuperar. Já o PIS, Cofins e ISS não possuem esta característica e são provisionados no passivo no valor igualao registro em despesas (com exceção do PIS vigente em 2003). Em relação a Imposto de renda e Contribuição social, estes tributos serão discutidos nopróximo tópico. A direção técnica do teste é, como para qualquer passivo, para sub-avaliação (começar o teste pela fonte independente, externa ou interna)Os principais testes para a área estão descritos a seguir:

A)ICMS a pagar

Confrontar total existente no Livro Fiscal e o total registrado no razão. Vale ressaltar que o ICMS é cobrado por unidade produtiva ou comercial dasempresas, com o seu fato gerador ocorrendo na simples movimentação de mercadorias entre filiais de uma empresa. Desta forma, para se verificar osaldo de uma empresa em um Livro Fiscal de ICMS, é necessário a verificação dos saldos de todas as filiais da empresa efetuando a comparação comseus respectivos saldos de razão.

Este Livro Fiscal é segregado em duas páginas por unidade e mês de apuração, sendo que uma controla e calcula o saldo a recuperar e a outra páginacalcula o saldo a recolher. Nestas folhas de controle estão evidenciados as vendas e compras tributáveis, os valores isentos de tributação, as alíquotasincidentes e os avlores a recuperar oriundos de compra de imobilizado.

Caso existam diferenças entre os totais do Livro Fiscal e o razão, questionar imediatamente a contabilidade e auditar a conciliação efetuada.

Após esta confrontação do razão com o Livro Fiscal, validar os valores apurados de ICMS a recolher e a recuperar através de procedimentos como:amostragem de notas fiscais visando verificar a exatidão de classificação entre produtos tributáveis e isentos, cálculos globais aplicando a alíquotavigente no saldo tributável e apuração do saldo líquido a pagar ou recuperar.

Este cálculo do valor do passivo ou ativo é complementado obrigatoriamente com a verificação da quitação de todas as guias fiscais. Sendo assim,verificaremos o real valor do passivo da empresa.

O teste do valor a recuperar do ativo imobilizado tem sido alterado de acordo com as alterações nas Legislações estaduais pertinentes. Efetuar testeglobal em consonância com a Legislação vigente.

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Em caso de apuração de erros relevantes nesta auditoria, convocar especialistas tributários para uma avaliação mais precisa.

B)ISS a Recolher

Confrontação do Livro Fiscal com o saldo do razão, sendo que o ISS é devido por município da empresa onde foi prestado o serviço. Como osmunicípios possuem diferentes alíquotas deste tributo, é necessária a abertura do saldo a recolher por município, sua alíquota respectiva e a guia paga.

A validação dos saldos é através de cálculo global e amostragem de notas fiscais de venda com objetivo de validar a confecção do Livro Fiscal, senecessário.

Assim como o ICMS, caso sejam detectados erros relevantes, um especialista deve ser convocado para a continuidade dos testes.

C)Cofins a Recolher

É calculado sobre o faturamento (com alguns ajustes) e as receitas operacionais (com algumas deduções). Confrontar o total apurado pelo Setor Fiscale o razão.

Verificar as guias pagas.

Rever a base de cálculo.

D)PIS a Recolher

Semelhante ao Cofins.

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Após a nova lei de 2003, semelhante ao ICMS.

IMPOSTO DE RENDA: As formas de apuração deste imposto são: Arbitrado, Presumido e Real. As formas de pagamento se limitam a duas: Presumido ouReal. A direção técnica do teste é, como para qualquer passivo, para sub-avaliação (começar o teste pela fonte independente, externa ou interna) Osprincipais testes para a área estão descritos a seguir:

Confrontar total existente no LALUR (Livro de Apuração do Lucro Real) com o total registrado no razão. Indagação imediata das divergências aContabilidade.

Verificar contabilização.

Revisar apuração fiscal.

Verificar guias pagas e correta contabilização dos Impostos antecipados.

Revisar registros dos impostos diferidos.

OUTRAS CONTAS A PAGAR: Este grupo contábil possui uma diversidade grande de contas relacionadas: Mútuos (saldos entre empresas do mesmo grupoeconômico), adiantamentos de clientes, provisões e outras contas a pagar. Atentar que um grupo com denominação genérica como esse, não pode ultrapassar10% do total do grupamento contábil a que pertence. A direção técnica do teste é, como para qualquer passivo, para sub-avaliação (começar o teste pelafonte independente, externa ou interna) Os principais testes para a área estão descritos a seguir:

Teste do Passivo Omitido: verificação de todos os pagamentos acima de uma valor estipulado pelo auditor (10% da materialidade, por exemplo), ondesão verificados a sua competência e, caso aplicável, a sua correta contabilização no exercício sob exame de auditoria. É imprescindível para se obteruma segurança geral para a correção material de todo o saldo passivo.

Para todos os saldos onde o procedimento de circularização for possível e eficiente, este é o procedimento prioritário (adiantamentos, mútuos).

Para saldos genéricos, analisar documentação-suporte diretamente na área operacional.

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Para as provisões, obter relação no Departamento Jurídico, contendo todos os processos em aberto. Circularizar todos os advogados externos einternos. Para os processos com alto risco de perda, efetuar provisão contábil. Para aqueles com risco médio, quantificar em nota explicativa. Paraaqueles com baixo risco, não efetuar quaisquer procedimentos adicionais.

PATRIMÔNIO LÍQUIDO: A base contábil e a confecção e entendimento da Mutação do PL e seus vários componentes: reservas de lucro, reavaliação e decapital; lucros acumulados, capital social e ações em tesouraria. A direção técnica do teste é, como para qualquer passivo, para sub-avaliação (começar oteste pela fonte independente, externa ou interna) Os principais testes para a área estão descritos a seguir:

Verificar a exatidão da Mutação do PL, com procedimentos como: análise de atas, cálculos legais das reservas, registro correto destes cálculos, corretoregistro de ajustes de exercícios anteriores, cálculo dos dividendos.

RECEITA DE VENDAS: A base contábil mais importante para o entendimento da contabilização de receitas é o estudo do Princípio contábil doreconhecimento de receitas. Em resumo, as receitas são geralmente reconhecidas na transferência do bem ou prestação de serviços. Existem ainda casosespeciais de reconhecimento em momentos diversos, como no caos das atividades de construção naval e civil. Os principais procedimentos estão descritos aseguir:

Para esta área, devido ao grande número de transações realizadas durante o exercício para a grande maioria das empresas existentes, não é eficiente arealização de testes de detalhes. Seria muito demorado para se analisar um grande número de documentos que, no entanto, apenas significariam umapequena fração do total a ser analisado. Assim, não se obteria segurança quanto a correção dos saldos.

O desejável é a realização de cálculos globais visando validar todo o relevante saldo da conta de uma só vez e abrangendo todo o saldo na análise.

Para este teste global, entender o ambiente de negócios onde a empresa atua, as perspectivas do mercado como um todo e da empresa em específico etodos os fatores que podem refletir no faturamento. Para tornar o teste objetivo, conseguir inicialmente as informações de quantidades produzidas,preço de venda praticado, explicações sobre as principais flutuações de preços e margens de lucro bruto e regiões de venda. Com base nestes dadosconseguidos na fonte independente (Departamento Comercial), realizar uma estimativa preliminar, corroborar com informações do mercado econfrontar com o razão. No caso de se encontrar divergências relevantes, questionar diretamente os setores envolvidos.

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Caso o teste apresente diferenças fundamentadas e não explicadas, estender os testes de detalhe (caso se deseje corroborar um parecer de incorreçãono faturamento contábil) para análise dirigido de grande parte das notas fiscais (se possível) atentando para data de registro, condições gerais de venda,documentação comprobatória da efetiva entrega do bem ao comprador.

Na prática é um teste difícil, que exige sólidos conhecimentos contábeis e da empresa em específico por parte do auditor responsável.

CUSTO DAS VENDAS: A base contábil mais importante é entender as principais formas de custeios, tanto sistemas quanto métodos. A completa separaçãotécnica e prática das diferentes formas de registro na indústria e no comércio também é muito importante. Os principais procedimentos estão descritos aseguir:

O saldo de CMV já está validado pelos testes correlatos do estoque da empresa.

Basicamente na DRE, se faz uma análise aprofundada das margens de lucro bruto, entendendo profundamente as causas das variações específicasnesta variável vital para qualquer empresa.

DEDUÇÕES DE VENDAS: Neste grupamento existem as contas de abatimentos, devoluções de vendas e impostos sobre vendas (ICMS, PIS, Cofins, ISS).Os principais procedimentos estão descritos a seguir:

Em relação a abatimentos, o mais eficiente deve ser um cálculo global sobre o volume de vendas. Este cálculo global consiste, basicamente, emacompanhamento da margem pratica destes abatimentos. Este acompanhamento aliado com um conhecimento das práticas comerciais da empresa noexercício auditado, fazem com que o auditor consiga fazer uma avaliação razoável quanto ao valor contabilizado. Caso as margens tenham sofridovariações de difícil explicação em uma análise abrangente, a opção seria realizar teste de detalhe sobre o saldo. Nesta opção, solicitaria a abertura dorazão e se selecionaria os registros mais relevantes para análise da documentação suporte.

Para devoluções de vendas, o melhor procedimento é o acompanhamento da evolução do percentual de devolução. Caso existam percentuais elevadosou crescentes, pode significar deterioração técnica ou manipulação das vendas (conforme discutido em sala de aula). Assim, caso flutuações anormaissejam constatadas, o correto é buscar o total entendimento através de questionamentos diretos no Departamento Comercial, análise documental equaisquer outros testes específicos para atender o problema identificado.

Para ICMS, o correto seria cálculo global diretamente no Livro Fiscal. Usualmente é usado a simples análise de margem sobre vendas.

ISS, PIS e Cofins devem ser diretamente validados pelos testes já descritos no Passivo.

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DESPESAS OPERACIONAIS: As duas direções técnicas são utilizadas, já que o Grupo contempla receitas e despesas. Neste grupamento existem,basicamente, as contas de equivalência patrimonial, ganhos extraordinários de impostos (judiciais), despesas de pessoal, gerais e administrativas e comerciais.Os principais procedimentos estão descritos a seguir:

Para as receitas, avaliar documentação suporte diretamente na área operacional. Avaliar possibilidade de circularização.

Para despesas de pessoal, testar diretamente correlacionado com o Passivo, como já descrito anteriormente.

Gerais, administrativas e comerciais: quase sempre testados através de testes de detalhes, de forma extremamente semelhante a testes de adições de aoimobilizado e compras do estoque.

Equity: Calcular o valor correto através das Demonstrações Financeiras da coligada/controlada, suas atas e, se for preciso, circularização direta.

RESULTADO FINANCEIRO: As duas direções técnicas são utilizadas, já que o Grupo contempla receitas e despesas. Este grupo possui diversascontabilizações complexas, reflexo natural das complexas operações do mercado financeiro. Em sala de aula ocorreram discussões sobre as diferentes formasde registro e funcionamento das contas relacionadas. Este saldo já está validado pelos testes correlatos das contas financeiras de balanço da empresa.

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EXERCÍCIOS – CONCEITOS BÁSICOS

1. (Auditor / RS) A atividade fundamental do auditor independente é:

a) orientar o diretor financeiro da empresa auditada.

b) expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis.

c) localizar fraudes que estejam ocorrendo nas empresas auditadas.

d) conferir a conta caixa.

e) orientar a direção da empresa para que seus produtos tenham melhor aceitação pelos clientes.

2. (Auditor / RS) A auditoria externa é realizada:

a) pelo diretor presidente da empresa auditada.

b) por um (ou mais) empregados da assessoria da empresa.

c) pelo empregado responsável pelo caixa da empresa.

d) por um (ou mais) diretores executivos da empresa, especialmente designados.

e) por um (ou mais) profissionais independentes, especificamente contratados pela empresa para tal.

3. A principal finalidade de uma auditoria contábil é:

a) elaboração das DCs. d) elaboração e avaliação dos registros.

b) confirmação dos registros e DCs. e) apuração correta do lucro do exercício.

c) conferência física dos elementos do ativo.

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4. (FTE / RS) Os auditores internos têm como característica entre outras que:

a) não são diretamente vinculados às empresas, cujas demonstrações contábeis examinam.

b) têm os pareceres que eles fornecem a seus clientes com respeito a fidelidade de suas demonstrações contábeis, transmitindo a outras entidadesinteressadas, tais como bancos e fornecedores, que confiam integralmente em seus relatórios por serem auditores completamente independentes.

c) devem colaborar com a administração da empresa no acompanhamento e análise das normas internas executadas.

d) se situam a meio caminho entre a empresa e outros interessados, que usam suas informações contábeis.

e) não se preocupam com os controles internos.

5. O objetivo geral da auditoria interna é atender:

a) à administração da empresa.

b) aos acionistas da empresa.

c) à auditoria externa da empresa.

d) à gerência financeira da empresa.

e) à gerência comercial da empresa.

6. (FTE / RS) Ao verificar as demonstrações contábeis de uma empresa, o auditor deve considerar que ele:

a) é o responsável pelas demonstrações contábeis em si.

b) não pode dar à administração sugestões relacionadas com as demonstrações contábeis.

c) não precisa se preocupar com a exatidão das demonstrações contábeis, mas apenas com a sua apresentação.

d) é o responsável apenas por seu próprio parecer sobre as demonstrações contábeis elaboradas pela administração, refletem, ou não, adequadamente, os

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fenômenos patrimoniais que elas objetivam refletir.

e) não deve fazer crítica, devendo agir com muita educação e cautela, procurando apontar apenas os aspectos positivos, tendo em vista que asdemonstrações contábeis constituem afirmações feitas pela administração da empresa.

7. Segundo as normas de auditoria, as definições de fraude e erro são, respectivamente:

a) Ato não-intencional de registrar documentos oficiais corretamente, bem como elaborar DCs de forma correta.

Ato intencional resultante de omissão, desatenção ou má interpretação de fatos na elaboração de registros e DCs.

b) Ato não-intencional de omissão ou manipulação de transações, adulteração de documentos, registros e DCs. Ato intencional resultante de omissão,desatenção ou má interpretação de fatos na elaboração de registros e DCs.

c) Ato não-intencional de evidenciar a manipulação de transações, adulteração de documentos, registros e DCs. Ato intencional resultante de omissão,desatenção ou interpretação correta de fatos na elaboração de registros e DCs.

d) Ato intencional de registrar as transações de forma adequada os fatos contábeis e a elaboração das DCs. Ato não-intencional resultante de omissão,desatenção ou interpretação de fatos de forma correta na elaboração de registros e DCs.

e) Ato intencional de omissão ou manipulação de transações, adulteração de documentos, registros e DCs. Ato não-intencional resultante de omissão,desatenção ou má interpretação de fatos na elaboração de registros e DCs.

8. Ao definir a responsabilidade do auditor independente de demonstrações contábeis quanto a fraudes e erros, o Conselho Federal de Contabilidadeentende que:

a) O auditor é responsável pela prevenção de fraudes ou erros, de efeitos relevantes nas demonstrações contábeis da entidade auditada.b) O auditor não é responsável nem pode ser responsabilizado pela prevenção de fraudes ou erros relevantes nas demonstrações contábeis.c) O auditor é responsável pela detecção de fraudes ou erros incorridos, independentemente dos valores monetários envolvidos.d) Ao detectar a fraude o auditor tem a obrigação de comunicar a administração da entidade auditada e sempre ressalvar o seu parecer.e) A sugestão de medidas corretivas de fraudes ou erros não é responsabilidade do auditor, bastando ressalvar seu parecer.

9. Marque com “X” os motivos que levam uma empresa a contratar o serviço de um auditor externo:

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( ) a. aumentar os lucros.

( ) b. arranjar novos mercados para seus produtos.

( ) c. atender às exigências estatutárias.

( ) d. imposição de um fornecedor para financiar a compra de matéria-prima.

( ) e. promover melhor política de administração de pessoal.

( ) f. detectar todas as irregularidades ocorridas.

( ) g. obrigação através de dispositivos legais.

( ) h. melhorar o processo de produção.

( ) i. para efeito de fusão, incorporação, cisão ou consolidação.

10. Para fins de registro do auditor, a CVM faz a seguinte exigência em termos mínimos de número de anos de experiência na execução de serviços deauditoria contados a partir da data do registro em Conselho Regional de Contabilidade, na categoria de contador:

a) 10 anos c) 5 anos e) 2,5 anos

b) 8 anos d) 3 anos

11. Relacione a coluna da esquerda com a da direita.

a) Auditor interno ( ) Controle interno bom

b) Auditor externo ( ) Empregado da empresa auditada

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c) CVM ( ) Órgão fiscalizador do mercado de capitais do Brasil

d) CRC ( ) Controle interno ruim

e) Audibra ( ) Não é empregado da empresa auditada

f) Ibracon ( ) Órgão de registro dos contadores

g) Maior volume de testes ( ) Instituto dos Auditores Independentes

h) Menor volume de testes ( ) Instituto dos Auditores Internos

12. Relacione a coluna da esquerda com a da direita:

a) Incorporação ( ) União de duas ou mais empresas para formar uma nova sociedade.

b) Fusão ( ) Agrupamento de DCs de duas ou mais empresas.

c) Cisão ( ) Uma empresa é absorvida por outra.

d) Consolidação ( ) A empresa transfere parcela de seu patrimônio para outra sociedade.

13. Coloque “Sup” nas contas que são testadas para superavaliação e “Sub” nas contas que são testadas para subavaliação (teste principal).

( ) a. Caixa ( ) o. Aplicações em debêntures

( ) b. Financiamento obtidos ( ) p. Debêntures a pagar

( ) c. Vendas no mercado externo ( ) q. Financiamentos concedidos

( ) d. Despesas de comissão ( ) r. PDD ou PCLD

( ) e. Receitas financeiras ( ) s. IPI a pagar

( ) f. Capital social ( ) t. Bancos

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( ) g. Ações em tesouraria ( ) u. FGTS a recolher

( ) h. Receitas não operacionais ( ) v. IPI a recuperar

( ) i. Provisão para desvalorização de estoque ( ) w. Salários a pagar

( ) j. Adiantamento a fornecedores ( ) x. PIS a recolher

( ) k. Despesa antecipada de seguro ( ) y. COFINS a recuperar

( ) l. Investimentos em controladas ( ) z. Despesas pré-operacionais

( ) m. Provisão para férias

( ) n. Depreciação acumulada

14. Um dos itens que diferencia o auditor interno do externo é:

a) forma de avaliar o controle interno c) forma de se portar na empresa

b) volume de testes d) forma de preparar os papéis de trabalho

15. Assinale com “V”a frase verdadeira e com “F” a frase falsa.

( ) a. O objetivo principal do auditor externo ou independente é emitir um relatório-comentário descrevendo os problemas constatados durante o exame deauditoria.

( ) b. O saldo de qualquer conta de ativo, passivo, receita ou despesa pode estar superavaliado ou subavaliado.

( ) c. As contas devedoras (ativo e despesas) são testadas para subavaliação.

( ) d. No teste de superavaliação, o auditor parte do razão geral para o documento, enquanto no teste de subavaliação, o procedimento é o inverso.

( ) e. As contas credoras (passivo e receitas) são testadas para subavaliação.

( ) f. O relatório do conselho de administração faz parte das demonstrações financeiras, para as quais o auditor tem de emitir seu parecer.

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16. (AFRF) Assinale a opção que contenha demonstrações divulgadas pelas companhias abertas no Brasil e que devem ser, obrigatoriamente, objeto daopinião de auditores independentes de acordo com a legislação societária:

a) Balanço Social, DVA e Demonstração do Fluxo de Caixa.

b) Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício e DOAR.

c) Balanço Patrimonial, Balanço Social e DOAR.

d) Demonstração do Resultado do Exercício, DVA e Demonstração do Fluxo de Caixa.

e) Balanço Patrimonial, Balanço Social e Demonstração do Resultado do Exercício.

17. (AFRF) Quando um auditor independente utiliza relatórios elaborados pelos auditores internos para concluir seus trabalhos nas áreas de estoque eimobilizado, a responsabilidade do parecer:

a) deve ser compartilhada com a administração da empresa.

b) deve ser compartilhada com auditor interno.

c) é do auditor interno, se os estoques forem relevantes.

d) é única e exclusiva do auditor independente.

e) é do auditor independente, porém de forma limitada.

18. As demonstrações contábeis são elaboradas sob a responsabilidade:

a) do auditor independente d) do contador

b) da administração e) do conselho fiscal

c) do auditor interno

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19. Estabelecer a forma adequada de realização dos trabalhos e controlar o tempo despendido em sua realização são vantagens fornecidas ao auditor,através:

a) da planilha de controle de horas (Time Sheet)

b) da revisão dos papéis de trabalho

c) do memorando descritivo

d) do relatório de auditoria

e) do programa de auditoria

20. Um auditor designado para realizar auditoria em uma determinada empresa é irmão de um dos ex-diretores dessa empresa. Seu irmão deixou a diretoriano início do ano anterior, exercício que também será auditado. O auditor deve:

a) realizar normalmente a auditoria, pois o seu irmão não é mais diretor.

b) realizar normalmente a auditoria, pois sua competência profissional e experiência garantirão a imparcialidade.

c) ressalvar as circunstâncias de parentesco no parecer.

d) declarar-se impedido, pois as circunstâncias ferem a norma da independência.

e) declarar-se impedido, pois as circunstâncias ferem a norma da competência profissional.

21. A NBC P – 1 Normas Profissionais de Auditor Independente do CFC, entre outras, estabelece as seguintes normas:

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a) competência técnico-profissional, independência, cuidado e zelo.

b) competência técnico-profissional, elementos comprobatórios, cuidado e zelo.

c) avaliação do controle interno, independência, cuidado e zelo.

d) competência técnico-profissional, independência, cuidado e planejamento.

e) competência técnico-profissional, dependência, supervisão e imparcialidade.

22. De acordo com a NBC P – 1 Normas Profissionais de Auditor Independente, ao estabelecer e documentar seus honorários, o auditor incorre eminfringência ao Código de Ética do Contabilista, quando:

a) determina a forma como os custos de viagens e estadas serão reembolsados.

b) omite os tipos de relatórios de auditoria previstos por serem emitidos.

c) fixa honorários com base em estimativa de horas por serem gastas.

d) omite a data de validade da proposta comercial de prestação de serviços.

e) define os prazos para realização dos serviços de auditoria contratados.

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EXERCÍCIOS – PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

1. Das opções abaixo, assinale a que não corresponde a um procedimento de auditoria:

a) inspeção e conferência de cálculos. d) inspeção e revisão analítica.

b) investigação e confirmação. e) observação e revisão analítica.

c) análise do fluxo de caixa.

2. Ao constatar a ineficácia de determinados procedimentos de controle o auditor deve:

a) aumentar a extensão dos testes de controle.

b) diminuir a extensão dos testes substantivos.

c) aumentar o nível planejado de risco de detecção.

d) diminuir o nível de risco inerente da área em questão.

e) aumentar o nível planejado de testes substantivos.

3. A evidência de auditoria mais apropriada para o auditor certificar-se da existência física de um bem é:

a) Inspeção física c) Nota fiscal de compra e) Registro contábil

b) Declaração administrador d) Bons controles internos

4. Os procedimentos de auditoria são um conjunto de técnicas que permitem ao auditor obter evidências ou provas suficientes e adequadas parafundamentar sua opinião sobre as demonstrações contábeis auditadas. Tais procedimentos abrangem os seguintes testes:

a) substantivos e de observância. d) de confirmação e de observância.

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b) de revisão analítica e substantivos. e) de inspeção e revisão analítica.

c) substantivos e de cálculo.

5. A conclusão quanto à ocorrência efetiva de uma transação contábil é um dos objetivos do auditor para a aplicação dos:a) testes de cálculos d) testes substantivosb) testes de observância e) testes de procedimentosc) testes de abrangência 6. Na aplicação dos testes de observância, o auditor deve verificar a _________, ____________ e ____________ de controles internos.

a) existência, efetividade, continuidade.

b) deficiência, inexistência, continuidade.

c) validade, relevância, materialidade.

d) aplicabilidade, eficiência, lógica.

e) extensão, irregularidade e descontinuidade.

7. Os testes substantivos de auditoria dividem-se nas seguintes categorias:

a) testes de eventos subseqüentes e testes de transações e saldos

b) testes de observância e testes de circularização de saldos

c) testes de amostragem estatística e procedimentos de revisão analítica

d) testes de observância e testes de amostragem estatística

e) testes de transações e saldos e procedimentos de revisão analítica

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8. O objetivo dos testes de observância (ou aderência) é:

a) observar se os empregados são observadores e competentes

b) aderir ao PDV (Plano de Demissão Voluntária)

c) investigar se as despesas estão sendo devidamente autorizadas

d) comprovar se as compras são habilitadas para pagamento

e) verificar se o sistema levantado é o que está sendo utilizado na prática

9. Os testes substantivos têm por finalidade:

a) avaliar a eficácia dos controles internos mantidos pela administração da empresa.

b) determinar a adequação de afirmações significativas nas demonstrações contábeis.

c) determinar a adequação das metas significativas previstas nas demonstrações contábeis.

d) avaliar a fidedignidade dos controles mantidos pela administração através de testes documentais.

10. Coloque “IF” para Inspeção Física, “CT” para Confirmação com Terceiros, “CC” para Conferência de Cálculos e “ID” para Inspeção deDocumentação-suporte.

( ) a. Dinheiro em banco ( ) i. Fornecedores a pagar

( ) b. Dinheiro em caixa ( ) j. Pagamentos de empréstimos

( ) c. Estoques armazenados na empresa ( ) l. Compra de ativo imobilizado

( ) d. Estoques em poder de terceiros ( ) m. Despesas de salário

( ) e. Avaliação de estoques ( ) n. Duplicatas a receber

( ) f. Compras de matéria-prima ( ) o. Despesas de limpeza

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( ) g. Apropriação de despesas antecipadas de seguro ( ) p. Bens do ativo imobilizado

( ) h. Depreciação do ano ( ) q. Despesa de propaganda

11. Assinale a opção na qual todos os itens relacionados são procedimentos de auditoria geralmente aceitos:

a) exame físico, expressão monetária, investigação minuciosa, indagação e avaliação de críticas e cifras.

b) exame dos documentos originais, análise comparativa, continuidade, verificações matemáticas, avaliações críticas de transações.

c) exame da escrituração, circularização, entidade, conciliações de saldos e inspeções físicas.

d) investigação e confirmação, cálculos, revisão analítica, inspeção e custo histórico como base de valor.

e) cálculos, revisão analítica, inspeção, observação, investigação e confirmação.

12. A administração de uma entidade envia uma carta às diversas instituições financeiras com as quais se relaciona comercialmente, solicitandoinformações dos saldos em aberto existentes nessas empresas em uma determinada data, cuja resposta deva ser enviada diretamente aos seus auditoresindependentes. Nesse caso, ocorre um procedimento de:

a) cálculo d) revisão analítica

b) observação e) inspeção

c) investigação e confirmação

13. (AFRF) A confirmação de terceiros implica a obtenção de declaração formal e isenta de pessoas independentes à Cia. Quais dos procedimentos abaixonão estão relacionados com os exames de confirmação?

a) seleção criteriosa dos itens, por serem examinados através do procedimento da confirmação.

b) controle dos pedidos de confirmação por serem despachados aos destinatários.

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c) procedimento alternativo de verificação para as respostas de confirmação não recebidas.

d) as respostas do pedido de confirmação devem ser endereçadas à empresa auditada.

e) confirmações obtidas pessoalmente, nos casos julgados apropriados pelo auditor.

14. A circularização é um procedimento de auditoria que aplicado à área de contas a receber confirma:

a) os cálculos efetuados pelo auditor.

b) a existência física do bem da empresa.

c) a existência física do documento gerador do fato.

d) a existência de duplicatas descontadas.

e) o saldo apresentado pela empresa no cliente.

15. O pedido de confirmação (circularização) no qual o auditor solicita que o destinatário responda apenas se a informação está errada é usualmentedenominado na atividade de auditoria independente:

a) Positivo c) Em branco e) Com divergência

b) Em preto d) Negativo

16. A circularização de clientes é um procedimento básico de:

a) inspeção d) contingenciamento

b) observação e) controle

c) investigação e confirmação

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17. Normalmente, o auditor efetua a conferência da exatidão de rendimentos de aplicações financeiras de longo prazo considerando as receitas auferidasdestas aplicações de acordo com o regime de competência. Esse procedimento de auditoria é denominado:

a) inspeção c) observação e) investigação e confirmação

b) cálculo d) revisão analítica

18. Assinale a opção em que o procedimento de revisão analítica não está associado a clientes.

a) Análise de flutuações de volume ou na quantidade de vendas por produto.

b) Análise do nível de devoluções e abatimentos por clientes individualmente.

c) Margem bruta por produto ou por localidade de seus postos de vendas.

d) Análise de variação de preços de produtos entregues pelos fornecedores.

e) Alterações nos preços unitários e taxas de desconto para clientes especiais.

19. O procedimento de auditoria de verificação do comportamento de valores relevantes, mediante índices, quocientes e outros meios, visando identificartendências ou situações anormais, denomina-se:

a) Revisão analítica d) Conferência de cálculob) Observação e) Inspeçãoc) Investigação e confirmação

20) O auditor independente, durante o exame das demonstrações contábeis, recebeu uma carta de circularização do advogado que presta serviço paraempresa auditada. Nesta carta, o advogado mencionava apenas uma ação trabalhista movida por um ex-funcionário (autor) contra a empresa auditada (réu),no valor de R$ 500 mil (valor relevante para empresa auditada) e segundo informações do advogado é provável que a empresa auditada perca a ação.Baseado no julgamento do advogado, a posição do auditor é que a empresa:

a) contabilize o valor total da ação e adicione uma nota explicativa.

b) contabilize o valor parcial da ação e adicione uma nota explicativa.

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c) contabilize o valor parcial da ação sem uma nota explicativa.

d) não contabilize o valor da ação e não inclua nota explicativa.

e) não contabilize o valor da ação e adicione uma nota explicativa.

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MODELOS DE CARTA DE CIRCULARIZAÇÃO

MODELO 1 - Confirmação bancária

(PAPEL TIMBRADO DA EMPRESA AUDITADA)

, de de 20

Ao

Banco: __________________ Agência: _______________

Endereço: _______________________________________

Atenção: ____________________________

Confirmação de saldos para fins de auditoria

Prezados senhores:

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Por solicitação de nossos auditores WMA Auditores Independentes pedimos a gentileza de informar, no quadro anexo, a posição em 31 de dezembro de2005, dos saldos de nossas operações com V.Sas. Sempre que possível, favor anexar à sua resposta extratos ou demonstrativos de nossas posições.

Solicitamos incluir em sua resposta todas as operações registradas, inclusive cobranças, custódia, descontos, câmbio e outros.

Queiram encaminhar sua resposta diretamente aos nossos auditores, utilizando-se do envelope resposta anexo, ou à Av. Almirante Barroso, nº 52 - 17º andar -Centro - Rio de Janeiro - RJ, CEP 20031-000 ou pelo fax nº (21) 2544-1338 aos cuidados do Sr. Fulano (Gerente de Auditoria).

Atenciosamente,

(Nome e cargo do responsável pela empresa auditada)

Anexos:

Demonstrativo

Envelope-resposta

Anexo - Confirmação bancária

(Resposta)

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À

WMA Auditores Independentes

Av. Almirante Barroso, nº 52 - 17º andar

CEP: 20031-000 - Rio de Janeiro - RJ

A/C: Sr. Fulano (Gerente de Auditoria)

De: (nome do banco que está sendo circularizado)

Data-base : 31/12/2005

Prezados senhores:

Para fins de auditoria, fornecemos abaixo as informações solicitadas por nosso cliente NOME DA EMPRESA AUDITADA.

Contas correntes1.

Número da conta Saldo R$

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Aplicações financeiras2.

Datas Valor R$

Tipo Aplicação Resgate Aplicação Resgate

Câmbio3.

Tipo Moeda Saldo ME Saldo R$

ACC

ACE

Outros

4. Descontos

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Tipo Vencimento final Valor R$

Promissórias

Duplicatas

Outras

5. Empréstimos e Financiamentos

Datas Saldo R$

TipoNº

contratoInícioVencimentoMoeda base

R$/UFIR/US$PrincipalEncargos

Descriçãodas

garantias

Adiantamento

Contagarantida

Capital degiro

Repasse ME

Repasse MN

6. Cobranças

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Tipo Saldo R$

Simples

Vinculada

Caucionada

7. Custódia

Tipo Saldo R$

Títulos de aplicação financeira

Ações

Ouro

Outros

(Carimbo)

Assinatura

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MODELO 2 - Confirmação de contas a receber de clientes

(PAPEL TIMBRADO DA EMPRESA AUDITADA)

, de de 20

Ao

Cliente: _________________________________________

Endereço: _______________________________________

Atenção: ____________________________

Confirmação de saldos para fins de auditoria

Prezados senhores:

Para fins de auditoria, solicitamos a V.Sas. o especial obséquio de confirmarem ou contestarem diretamente aos nossos Auditores WMA AuditoresIndependentes, a exatidão do saldo da sua conta constante em nossos registros em 31 de dezembro de 2005, conforme detalhado no anexo.

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Solicitamos também, demonstrar ao lado de cada título, a data do seu pagamento, caso o mesmo já tenha sido liquidado por V.Sas.

Favor encaminhar a resposta diretamente aos nossos auditores, utilizando-se do envelope resposta anexo, ou Av. Almirante Barroso, nº 52 - 17º andar -Centro - Rio de Janeiro - RJ, CEP 20031-000 ou pelo fax nº (21) 2544-1338 aos cuidados do Sr. Fulano (Gerente de Auditoria).

Antecipadamente gratos pela sua valiosa cooperação, subscrevemo-nos,

Atenciosamente,

(Nome e cargo do responsável pela empresa auditada)

Anexos:

Demonstrativo

Envelope-resposta

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Anexo - Confirmação de contas a receber de clientes

(Resposta)

, de de 20

À

WMA Auditores Independentes

Av. Almirante Barroso, nº 52 - 17º andar

CEP: 20031-000 - Rio de Janeiro - RJ

A/C: Sr. Fulano (Gerente de Auditoria)

De: (Nome da empresa informante - cliente)

Confirmamos o saldo de nossa conta mantida com a EMPRESA AUDITADA em 31 de dezembro de 2005.

Duplicata/

nota fiscal nº Vencimento R$ Anotações

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Saldo a seu favor

Assinatura do cliente

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MODELO 3 - Confirmação de advogados

(PAPEL TIMBRADO DA EMPRESA AUDITADA)

, de de 20

Ao

Advogado:_______________________________________

Endereço: _______________________________________

Atenção: ____________________________

Informações para fins de auditoria

Prezados Senhores:

Pela presente, solicitamos a V.Sas. o especial obséquio de fornecerem, diretamente aos nossos auditores WMA Auditores Independentes utilizando-se doenvelope-resposta anexo, ou à Av. Almirante Barroso, nº 52 - 17º andar - Centro - Rio de Janeiro - RJ, CEP 20031-000 ou pelo fax nº (21) 2544-1338 aos

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cuidados do Sr. Fulano (Gerente de Auditoria), que estão procedendo ao exame das nossas demonstrações financeiras, as informações relacionadas abaixo.Suas respostas devem incluir os assuntos existentes em 31 de dezembro de 2005 e aqueles surgidos no período compreendido entre aquela data e a data desua resposta.

Solicitamos a V.Sa.(s) o obséquio de fornecer-lhes as seguintes informações:

(1) Uma relação mencionando a natureza e a situação atual de qualquer litígio ou demanda judicial de nosso interesse e a opinião de V.Sa.(s) quanto aodesfecho da lide, sua classificação de risco em provável, possível ou remota e indicação do montante do principal e encargos, corrigidos monetariamente.Queira(m) informar, também, o valor efetivo ou estimado dos honorários e dos custos processuais que serão devidos em caso de sucumbência.

Classificação de riscos envolvidos:

Provável - Existe grande risco de perda.

Possível - Há possibilidade de que a perda ocorra, mas não é remota.

Remota - O risco de ocorrência da perda é pequeno.

(2) Detalhes de quaisquer outras demandas, reclamações ou responsabilidade contingentes (por exemplo: assuntos em que exista a possibilidade de umdesfecho que poderá afetar significativamente a posição financeira e os resultados operacionais desta Empresa).

Qualquer outra informação de natureza semelhante da qual V.Sa.(s) tenha(m) conhecimento e que, em sua opinião, deva ser divulgada em nossasdemonstrações financeiras, por ser de interesse dos usuários de tais demonstrações.

3.

(4) Ações e reclamações ainda não em trâmite na justiça.

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De acordo com a data programada para o término do exame, nossos auditores, WMA Auditores Independentes, esperam receber a resposta de V.Sa.(s) até 12de janeiro de 2006.

Agradecendo antecipadamente sua atenção, firmamo-nos,

Atenciosamente,

(Nome e cargo do responsável pela empresa auditada)

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Capítulo 2

CONTROLES INTERNOS – CONCEITOS E AVALIAÇÃO

I – Definição do sistema contábil e de controles internos.

Compreende o plano de organização e o conjunto integrado de métodos e procedimentos adotados pela entidade na proteção do seu patrimônio, promoçãoda confiabilidade e tempestividade dos seus registros e demonstrações contábeis, e da sua eficácia operacional. (Res. 820/97 § 11.2.5.1).

Definição de Marcelo Cavalcanti:

É o conjunto de procedimentos, métodos ou rotinas com objetivo de:

- Proteger os ativos;

- Produzir dados contábeis confiáveis; e

- Ajudar a administração na condução ordenada dos negócios da empresa.

Os dois primeiros objetivos referem-se aos controles internos contábeis e o último aos controles internos administrativos.

São exemplos controles contábeis:

- sistema de conferência, aprovação e autorização;

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- segregação de funções;

- controles físicos sobre ativos; e

- auditoria interna.

São exemplos de controles administrativos (relacionados com a eficiência operacional):

- análises estatísticas de lucratividade;

- treinamento de pessoal;

- estudos de tempos e movimentos;

- controle de qualidade; e

- análises de variações entre os valores orçados e os incorridos.

II – Princípios de controles internos (Marcelo Cavalcanti).

- Responsabilidades: estabelecer, de preferência por escrito, as atribuições dos empregados e setores internos da entidade.

- Rotinas internas: definir no manual de organização todas as suas rotinas internas. Ex: formulários (internos e externos) e instruções para preenchimento; eevidências de execução de procedimentos (assinatura e carimbos).

- Acesso aos ativos: limitar o acesso de pessoas e estabelecer controles físicos sobre os ativos.

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- Segregação de funções: estabelecer que uma mesma pessoa não pode ter acesso aos ativos e aos registros contábeis.

- Confronto dos ativos com os registros: estabelecer procedimentos de forma que seus ativos sejam confrontados com registros contábeis periodicamente.

- Amarrações do sistema: estabelecer que somente os registros autorizados sejam registrados, por seus valores corretos e dentro do período de competência.

- Auditoria interna: verificar se os empregados estão cumprindo as normas e avaliar a necessidade de alteração do controles internos.

- Custo do controle x benefícios: o custo do controle não deve ser superior aos benefícios proporcionados por ele. Ex: Estabelecer limites de alçada(compras ou vendas).

III – Avaliação do Sistema Contábil e de Controles Internos

O auditor deve efetuar o estudo e a avaliação do Sistema Contábil e de Controles Internos da entidade, como base para determinar a natureza,oportunidade e extensão da aplicação dos procedimentos de auditoria, considerando: (Res. 820/97 § 11.2.5.2).

o tamanho e a complexidade das atividades da entidade;1.

os sistemas de informação contábil, para efeitos internos e externos;1.

as áreas de risco da auditoria;2.

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a natureza da documentação, em face dos sistemas de informatização adotados pela entidade;2.

o grau de descentralização de decisão, adotado pela administração da entidade; e3.

o grau de envolvimento da auditoria interna, se existente.3.

A administração da entidade é responsável pelo Sistema Contábil e de Controles Internos; porém, o auditor deve efetuar sugestões objetivas para seuaprimoramento, decorrentes de constatações feitas no decorrer do seu trabalho. (Res. 820/97 § 11.2.5.3).

A avaliação do Sistema Contábil e de Controles Internos pelo auditor deve considerar os seguintes aspectos: (Res. 820/97 § 11.2.5.4; § 11.2.5.5 e §11.2.5.6).

o ambiente de controle existente na entidade; e

os procedimentos de controle adotados pela administração da entidade.

A avaliação do ambiente de controle existente deve considerar:

a definição de funções de toda a administração;1.

o processo decisório adotado na entidade;2.

a estrutura organizacional da entidade e os métodos de delegação de autoridade e responsabilidade;1.

as políticas de pessoal e a segregação de funções; e3.

o sistema de controle da administração, incluindo as atribuições da auditoria interna, se existente.2.

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A avaliação dos procedimentos de controle deve considerar:

as normas para a elaboração de DCs e quaisquer outros informes contábeis e administrativos, para fins internos ou externos;1.

a elaboração, a revisão e a aprovação de conciliações de contas;1.

a sistemática revisão da exatidão aritmética dos registros;1.

a adoção de sistemas de informação computadorizados e os controles adotados na sua implantação, alteração, acesso a arquivos e geração derelatórios;

2.

os controles adotados sobre as contas que registram as principais transações da entidade;3.

o sistema de aprovação e a guarda de documentos;2.

a comparação de dados internos com fontes externas de informação;3.

os procedimentos de inspeções físicas periódicas em ativos da entidade;4.

a limitação do acesso físico a ativos e registros; e5.

a comparação dos dados realizados com os dados projetados.6.

IV – Levantamento do sistema de controle interno.

As informações são obtidas das através de: São registradas pelos auditores em:

- manuais internos;

- inspeção física de documentos; e

- entrevistas com empregados.

- memorandos;

- questionários; e

- fluxograma.

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V – Limitações dos controles internos (Marcelo Cavalcanti).

São principalmente com relação a:

- conluio de empregados;

- empregados negligentes na execução de tarefas; e

- empregados não são adequadamente instruídos com relação às normas internas.

Embora a empresa tenha um excelente sistema de controle interno, o auditor externo deve efetuar procedimentos mínimos de auditoria.

VI – Desfalques temporários e permanentes (Marcelo Cavalcanti).

- Temporário: empregado apossa-se de um bem da empresa e não altera os registros contábeis.

Exemplos:

O empregado desvia um bem qualquer da empresa (dinheiro em caixa, estoques etc.), mas não altera os registros contábeis. Esse desfalque poderia ser

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descoberto através do confronto dos ativos com os registros contábeis.

O empregado desvia dinheiro de uma duplicata recebida de clientes após o registro contábil do recebimento. Esse desfalque seria descobertoconfrontando-se a conta clientes com a conta caixa. Se o empregado desviasse o dinheiro antes do registro contábil, o desfalque poderia ser descobertomediante confirmação com cliente.

- Permanente: empregado apossa-se de um bem da empresa e altera os registros contábeis.

Exemplos:

O empregado responsável pelos recebimentos de clientes e pelos registros contábeis de vendas e recebimentos: ele desvia um recebimento de vendas aprazo e baixa a duplicata correspondente contra receita de vendas no resultado.

O empregado desvia um determinado ativo e debita despesa no resultado.

Cuidado: O Sistema Contábil e de Controles Internos é de responsabilidade da administração e não do auditor interno ou externo.

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EXERCÍCIOS – CONTROLES INTERNOS

1. Quanto aos procedimentos de auditoria pode-se afirmar que:

I. Não há necessidade de enviar cartas de solicitação de saldos aos bancos, tendo em vista que o auditor tem acesso aos extratos bancários da empresaauditada.

II. Caso os fornecedores da empresa auditada não respondam às cartas de solicitação de saldos, o auditor terá que emitir parecer com ressalva.

III. Os testes de auditoria são realizados por amostragem, sendo que o tamanho da amostra depende da avaliação do controle interno da empresa peloauditor.

a) todas as afirmações são incorretas.

b) apenas a afirmação I é correta.

c) apenas a afirmação II é correta.

d) apenas a afirmação III é correta.

e) apenas as afirmações II e III são corretas.

2. O principal objetivo do auditor independente na avaliação do controle interno é:

a) observar se os empregados são competentes c) verificar se não houve roubo

b) estabelecer o volume de testes de auditoria d) determinar se a empresa é lucrativa

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3. (ICMS / RJ) O trabalho do auditor interno tem por finalidade:

a) a verificação da fidelidade das informações

b) servir ao interesse de terceiros

c) emitir parecer

d) avaliar o cumprimento das normas e procedimentos internos

e) absoluta imparcialidade e total independência no trabalho

4. Coloque “CC” para Controle Contábil e “CA” para Controle Administrativo:

( ) a. estudos de tempos e movimentos

( ) b. segregação de funções

( ) c. análises das variações entre valores orçados e realizados

( ) d. treinamento de pessoal

( ) e. sistema de conferência

( ) f. controles físicos sobre os ativos

( ) g. controle de contratos de compras assinados, mas, ainda não realizados economicamente

( ) h. auditoria interna

5. O sistema contábil e de controles internos é de responsabilidade:

a) do auditor externo c) da administração da empresa e) do C.F.C.

b) do auditor interno d) do setor contábil

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6. Indique o componente abaixo que não está relacionado com a estrutura de controle interno de uma entidade.

a) Controle das atividades c) Risco de auditoria e) Avaliação de risco

b) Informação e comunicação d) Monitoração

7. Quando um auditor eleva o nível de risco de controle, porque determinados procedimentos de controle do cliente mostraram-se ineficientes, ele deve:

a) aumentar o nível de risco inerente. d) efetuar testes alternativos de controle.

b) estender os testes de controle. e) aumentar o nível de testes substantivos.

c) aumentar o nível de risco de detecção.

8. A implantação e a implementação de uma estrutura de controles internos efetiva mediante a definição de atividades de controles para todos os níveis denegócios da instituição; o estabelecimento dos objetivos e procedimentos pertinentes aos mesmos; e a verificação sistemática da adoção e do cumprimentodesses procedimentos são de responsabilidade da(o):

a) CVM c) Diretoria da Instituição e) CFC

b) Auditoria externa d) BACEN

9. No processo de avaliação do sistema contábil e de controles internos, o auditor pode constatar necessidades de aprimoramentos. Nessa circunstância, oauditor independente:a) não deve fazer sugestões de maneira formal, tão-somente verbalb) pode efetuar sugestões relevantes para o aprimoramento do sistemac) está impedido de efetuar sugestões de qualquer espécied) não pode efetuar sugestões, sob pena de perder a independênciae) deve efetuar sugestões objetivas para tais aprimoramentos 10. A estrutura organizacional da entidade e os métodos de delegação de autoridade e responsabilidade devem ser considerados pelo auditor independentena:a) avaliação dos procedimentos de controle

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b) avaliação da continuidade operacionalc) avaliação do ambiente de controled) verificação das transações com partes relacionadase) verificação das contingências trabalhistas

11. O conceito de responsabilidade para fins do controle interno representa:

a) a conferência de todos os cálculos

b) limitar o acesso de funcionários aos ativos da empresa

c) estabelecer os fluxos internos de documentos

d) definir as atribuições de cada funcionário

12. Representa um dos objetivos do princípio de responsabilidade:

a) identificar funcionários omissos na execução de seus deveres

b) tornar mais racional a linhas de produção da fábrica

c) determinar as necessidades internas de treinamento de pessoal

d) captar maior volume de recursos junto ao mercado financeiro

13. A aprovação da aquisição de um bem representa:

a) evidenciar que o bem chegou na empresa

b) autorizar o gasto com a compra do bem

c) indicar que a nota fiscal do fornecedor concorda com a ordem de compra

d) programar a nota fiscal do fornecedor para pagamento

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14. O procedimento de cotar preços junto aos fornecedores é efetuado pela seguinte área:

a) recepção c) compras

b) controladoria d) financeiro

15. O procedimento de certificar a prestação de um serviço representa:

a) evidenciar que o serviço foi efetivamente prestado

b) processar a aquisição

c) liberara a nota fiscal do fornecedor para pagamento

d) indicar a data que a nota fiscal do fornecedor deverá ser paga

16. O processo de habilitar a nota fiscal do fornecedor para pagamento representa:

a) conferir fisicamente os bens

b) atestar que o serviço foi prestado

c) conferir a nota fiscal do fornecedor e confrontá-la coma ordem de compra ou contrato

d) estimar a data de pagamento da nota fiscal do fornecedor

17. O procedimento de programação financeira representa:

a) conferir fisicamente o bem

b) processar a aquisição

c) liberar a nota fiscal do fornecedor para pagamento

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d) providenciar e/ou reservar recursos para o pagamento da nota fiscal do fornecedor

18. (AFRF) Na auditoria das demonstrações contábeis, o auditor deve efetuar o estudo e avaliação do sistema contábil e de controles internos da entidade,com a finalidade principal de:

a) determinar a natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria

b) verificar se os sistemas funcionam da forma como estão previstos

c) proporcionar a emissão de relatórios de recomendação de melhorias requeridas

d) constatar pontos fracos e ineficiências que possam gerar fraudes e erros

e) proporcionar conhecimentos básicos sobre a empresa e sua organização

19. (ICMS / RS) Para fins de controle interno, a segregação de funções consiste:

a) em estabelecer que um mesmo empregado não pode ser responsável pelas compras e pelas finanças da empresa

b) em estabelecer que um mesmo empregado não pode ser responsável pelas compras e pelas contas a pagar da empresa

c) em estabelecer que um mesmo empregado não pode ser responsável pelas finanças e pelas contas a pagar da empresa

d) em estabelecer que um mesmo empregado não pode ter acesso aos ativos e aos registros contábeis da empresa

e) no ato de segregar empregados com um grau de qualificação e habilidade para o cargo que ocupam na empresa

20. Indique com “T” se o desfalque for temporário e com “P” se for permanente.

( ) a. O empregado inclui um empregado fictício na folha de pagamentos, apodera-se do envelope de salário desse empregado e posteriormente faz olançamento contábil da folha de pagamento (débito de despesa de salário e crédito em bancos).

( ) b. O empregado, responsável pelo pagamento aos fornecedores, efetua um desfalque na empresa, apagando o nome do fornecedor beneficiário docheque e colocando seu nome.

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( ) c. O empregado, responsável pela custódia dos talonários de cheques em branco, efetua um desfalque na empresa, falsificando as assinaturas (sãoexigidas duas assinaturas) em um cheque.

( ) d. O empregado rouba matéria-prima e faz lançamento contábil debitando a conta de despesa de material de escritório e creditando a conta de matéria-prima.

21. Em relação aos princípios de controles internos, relacione a coluna da esquerda com a da direita:

a) Responsabilidades ( ) limitar o acesso de pessoas e estabelecercontroles físicos sobre os bens.

b) Rotinas internas ( ) estabelecer procedimentos de forma que seusativos sejam confrontados com registroscontábeis periodicamente.

c) Acesso aos ativos ( ) estabelecer, de preferência por escrito, asatribuições dos empregados e setores internosda entidade.

d) Segregação de funções ( ) estabelecer que uma mesma pessoa não podeter acesso aos ativos e aos registros contábeis.

e) Confronto dos ativos com osregistros

( ) estabelecer que somente os registrosautorizados sejam registrados, por seus valorescorretos e dentro do período de competência.

f) Amarrações do sistema ( ) verificar se os empregados estão cumprindo asnormas e avaliar a necessidade de alteração docontroles internos.

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g) Auditoria interna ( ) o custo do controle não deve ser superior aosbenefícios proporcionados por ele.

h) Custo do controle xbenefícios

( ) definir no manual de organização todas as suasrotinas internas. Ex: formulários

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Capítulo 3

PAPÉIS DE TRABALHO – CONCEITOS E TÉCNICAS DE PREPARAÇÃO

I – Definição de papéis de trabalho (PT ou WP).

É o conjunto de documentos e apontamentos com informações e provas coligidas pelo auditor que constituem a evidência do trabalho executado e ofundamento de sua opinião. (Res. 820/97 § 11.1.3.1).

Finalidade:

- fundamentar sua opinião (principal);

- facilitar a revisão;

- servir como avaliação dos auditores;

- ajudar no trabalho da próxima auditoria; e

- servir de prova, em caso de justiça.

Preparados de forma:

- manual;

- meios eletrônicos; e

- outros meios.

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II – Tipos de papéis de trabalho.

- Programa de auditoria: Orientar e controlar execução dos exames de auditoria.

- padronizar os procedimentos de auditoria de uma organização; e

- evitar que sejam omitidos procedimentos importantes.

- Papéis elaborados pelo auditor: Registrar os procedimentos previstos no programa.

- Outros papéis de trabalho:

- cartas de confirmação de terceiros (circularização);

- cópias de documentos importantes.

III – Documentação da auditoria (Res. 820/97 § 11.2.7 e IT 02).

Papéis de trabalho (PTs) – documentar todos os elementos significativos dos exames realizados e que evidenciam ter sido a auditoria executada de acordocom as normas.

Os PTs devem:

ter abrangência e detalhes para o entendimento e o suporte da auditoria executada, compreendendo a documentação do planejamento, a natureza,

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oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria, bem como o julgamento do auditor e as conclusões alcançadas.

ser elaborados, organizados e arquivados de forma sistemática e racional.

Quando o auditor utilizar análises, DCs ou outros documentos fornecidos pela entidade, deve certificar-se da sua exatidão. Isto é, o auditor pode usarquaisquer documentos preparados ou fornecidos pela entidade, desde que avalie sua consistência e se satisfaça com sua forma e conteúdo.

Os papéis de trabalho, além de outros, incluem:

informações sobre a estrutura organizacional e legal da entidade;1.

cópias de documentos legais, contratos e atas;2.

informações sobre o setor de atividades, ambiente econômico e legal em que a entidade opera;3.

evidências do processo de planejamento, incluindo programas de auditoria e quaisquer mudanças nesses programas;4.

evidências do entendimento, por parte do auditor, do sistema contábil e de controle interno, e sua concordância quanto à sua eficácia e adequação;5.

evidências de avaliação e conclusões do auditor e revisão sobre o trabalho da auditoria interna;6.

análises de transações, movimentação e saldos de contas;7.

análises de tendências, coeficientes, quocientes, índices e outros indicadores significativos;8.

registro da natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria e seus resultados;9.

evidências de que o trabalho executado pela equipe técnica foi supervisionado e revisado;10.

indicação de quem executou e revisou os procedimentos de auditoria e de quando o fez;11.

cartas de responsabilidade da administração;12.

conclusões do auditor acerca de aspectos significativos, incluindo o modo como foram resolvidas ou tratadas questões não-usuais; e13.

cópias das demonstrações contábeis, assinadas pela administração da entidade e pelo contabilista responsável, e do parecer e relatórios do auditor.14.

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IV – Natureza dos papéis de trabalho.

Corrente

- São os que contêm as informaçõesrelacionadas com o tipo de auditoria emexecução.

- Utilizados em apenas um exercício social.

Permanente

- São os que contêm informações relacionadascom a organização e atividades da empresa.

- Utilizados em mais de um exercício social.

V – Técnicas de elaboração de papéis de trabalho.

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As principais técnicas são:

se manual, deve ser escriturado a lápis (preto);

deve conter:

- o nome da empresa auditada;

- a data-base de exame;

- área do balanço (Ex: imobilizado);

- teste (Ex: recálculo de depreciação);

- assinatura da pessoa que preparou e do revisor;

- codificação;

- objetivo do papel de trabalho;

- descrição dos procedimentos efetuados; e

- conclusões alcançadas.

comentários concisos e com redação clara e compreensível.

VI – Propriedade e período de guarda dos papéis de trabalho.

- Propriedade: exclusiva do auditor, responsável por sua guarda e sigilo. Partes ou excertos destes podem, a critério do auditor, ser postos à disposição daentidade. (Res. 820/97 § 11.1.3.2 e IT 02).

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O auditor deve assegurar o sigilo relativamente às informações obtidas durante o seu trabalho na entidade auditada, não as divulgando, sob nenhumacircunstância, sem autorização expressa da entidade, salvo quando houver obrigação legal de fazê-lo. (Res. 821/97 § 1.6.2).

O auditor somente deverá divulgar a terceiros informações sobre a entidade auditada ou sobre o trabalho por ele realizado caso seja autorizado, porescrito, pela administração da entidade, com poderes para tanto, contendo, de forma clara e objetiva, os limites das informações a serem fornecidas, sobpena de infringir o sigilo profissional. (Res. 821/97 § 1.6.3).

O auditor, quando previamente autorizado por escrito, pela entidade auditada, deverá fornecer as informações que forem julgadas necessárias ao trabalhodo auditor independente que o suceder, as quais serviram de base para a emissão do último parecer de auditoria por ele emitido.

- Período de guarda: cinco anos, a partir da data de emissão de seu parecer. (Res. 821/97 § 1.5.1).

VII – Folha de ajuste.

Papel de trabalho onde o auditor elabora lançamentos extracontábeis, a fim de que as DCs reflitam adequadamente a situação da companhia.

- Ajuste: quando ocorre uma variação do patrimônio da empresa.

- Reclassificação: quando não ocorre uma variação do patrimônio da empresa.

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Exemplo:

Resumo das diferenças encontradas durante o serviço de auditoria.

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EXERCÍCIOS – PAPÉIS DE TRABALHO

1. (Auditor / RS) Por PAPÉIS DE TRABALHO entende-se o conjunto de formulários e documentos que contém as informações e apontamentos coligidospelo auditor, no decurso do exame, as provas por ele realizadas e, em muitos casos a descrição dessas provas, que constituem o testemunho do trabalhoexecutado e fundamento da opinião expressa pelo auditor independente.

Os PAPÉIS DE TRABALHO são de propriedade:

a) da empresa auditada, pois registram dados confidenciais relativos a suas atividades

b) do auditor e da empresa auditada

c) pública

d) exclusiva e confidencial do auditor

e) da diretoria da empresa auditada

2. A finalidade principal dos papéis de trabalho é:

a) fornecer dados para a empresa elaborar as demonstrações contábeis

b) ajudar o auditor independente no preparo das demonstrações contábeis e do relatório da administração

c) registrar as evidências obtidas durante a execução do serviço de auditoria

d) auxiliar a empresa na maximização de seus lucros

3. (ICMS / RS) O auditor independente deve conservar em boa guarda toda a documentação, correspondência, papéis de trabalho, relatórios e pareceres,relacionados com os serviços realizados pelo prazo de:

a) 3 anos a partir da data da emissão de seu parecer.

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b) 3 anos a partir da data da publicação de seu parecer.

c) 5 anos a partir da data da emissão de seu parecer.

d) 5 anos a partir da data da publicação de seu parecer.

e) 3 anos em relação aos pareceres adversos ou com abstenção de opinião, contados a partir da data da publicação de seu parecer.

f) 5 anos em relação aos pareceres sem ressalva ou com ressalva e de 3 anos em relação aos pareceres adversos ou com abstenção de opinião, contados apartir da data da publicação de seu parecer.

4. (CRC – RJ/99) Os papéis de trabalho consistem no conjunto de documentos e apontamentos com informações e provas coletadas pelo auditor externo,são de sua propriedade exclusiva, e têm como principal objetivo:

a) servir de elemento de prova para registro no departamento contábil

b) acumular as provas necessárias para dar suporte ao parecer do auditor

c) evitar desperdícios e erros

d) controle dos compromissos assumidos pelo auditor

e) cobrar os honorários

5. Na primeira linha da parte superior dos papéis de trabalho deve constar:

a) a data-base do exame d) os comentários

b) o nome da empresa auditada e) as observações

c) as explicações dos tiques

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6. Consiste em uma das vantagens de utilização de símbolos (ticks), nos papéis de trabalho do auditor:

a) facilitar o estudo e a avaliação dos controles internos.

b) facilidade de revisão e eliminação de repetição de explicações.

c) servir de base para avaliação individual do desempenho do auditor.

d) determinar se o serviço foi realizado de forma adequada e eficaz.

e) servir de fonte de informações para consultas, a fim de obter detalhes de saldos de contas.

7. O objetivo principal de codificar e referenciar os papéis de trabalho é:

a) levantar pontos para o relatório-comentado d) avaliar os auditores

b) estabelecer o planejamento de auditoria e) dificultar o entendimento

c) facilitar de imediato a identificação das informações

8. Os papéis de trabalho permanentes são utilizados em:

a) um exercício social d) mais de um exercício social

b) dois exercícios sociais e) quatro exercícios sociais

c) três exercícios sociais

9. São exemplos de papéis de trabalho permanentes, exceto:

a) relação com assinatura dos principais diretores

b) contrato social da entidade

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c) estatuto social

d) exame do contas a pagar do exercício auditado

e) descrição dos negócios

10. Você está, durante uma auditoria, consultando o exame do patrimônio líquido do exercício auditado da Empresa. Está, portanto, consultando um papelde trabalho:

a) corrente d) do patrimônio líquido

b) permanente e) das DCs

c) de revisão analítica

11. Além de outros mais específicos, os papéis de trabalho devem incluir, exceto:

a) informações sobre a estrutura organizacional e legal da entidade.

b) cópias ou excertos de documentos legais.

c) evidências de avaliação dos riscos de auditoria.

d) evidências de avaliação dos saldos bancários dos acionistas.

e) análise de transações, movimentação e saldos de contas.

12. Representa um dos objetivos do programa de auditoria:

a) aumentar a lucratividade da empresa auditada

b) padronizar os procedimentos dos auditores de uma mesma empresa de auditoria

c) melhor a disposição física das máquinas na fábrica

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d) estabelecer uma estrutura organizacional mais adequada para a empresa auditada

13. Os papéis de trabalho são o conjunto de documentos que evidenciam o trabalho do auditor independente. Assim sendo:

a) devem ser entregues à empresa auditada, ao término do trabalho, para justificar o parecer emitido e os honorários cobrados.

b) devem ser entregues à CVM para revisão e aprovação.

c) são de sua propriedade, sendo também responsável pela sua guarda e sigilo.

d) são de propriedade da empresa auditada, mas ficam à disposição da CVM.

e) não são de propriedade do auditor, mas ficam à disposição da CVM e da Receita Federal.

14. (Auditor / RS) Examine atentamente os itens abaixo e cumpra a instrução dada logo a seguir:

I – Anotações da comparação dos balanços dos últimos 3 anos para acompanhar a tendência de dados da empresa.

II – Anotações do inventário físico de estoques.

III – Confirmações de saldos referentes a bancos, advogados, fornecedores, seguradoras e contas mantidas no exterior.

IV – Cópias de contratos bancários de financiamentos a longo prazo

V – Análise da declaração de imposto de renda da pessoa jurídica, para adequação da provisão do imposto de renda.

Assinale a opção que contém os itens que correspondem aos papéis de trabalho do auditor que devem corretamente fazer parte da pasta corrente.

a) I, IV e V d) II, III e V

b) I, II e III e) I, II e IV

c) III, IV e V

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15. (AFRF) Os papéis de trabalho devem seguir um padrão definido e claro. Com base nesta afirmação, assinale a opção que não se constitui numa regrabásica que deve ser observada na elaboração dos papéis de trabalho.

a) os papéis de trabalho devem ser limpos, claros e evidenciar a obediência às normas de auditoria.

b) os papéis de trabalho devem incluir todos os dados pertinentes, inclusive os irrelevantes.

c) os papéis de trabalho devem ser limpos, claros e corretos, e ainda sem erros matemáticos.

d) os papéis de trabalho devem ser concisos, limpos, claros, sem erros de matemática e objetivos.

e) os papéis de trabalho devem ser limpos, claros, corretos e elaborados de forma sistemática e racional.

16. (AFRF) Assinale a opção que não se relaciona com os papéis de trabalho utilizados pelo auditor no transcorrer dos seus trabalhos:

a) os papéis de trabalho são o conjunto de documentos e apontamentos do auditor.

b) os papéis de trabalho, por serem confidenciais, são de propriedade da empresa auditada.

c) os papéis de trabalho constituem a evidência do trabalho executado pelo auditor.

d) os papéis de trabalho devem ser mantidos em arquivo por 5 anos.

e) os papéis de trabalho contém informações e provas coligidas pelo auditor.

17. Indique com “C” se o papel de trabalho for Corrente e com “P” se for Permanente.

( ) a. Caixa e bancos

( ) b. Contas a receber

( ) c. Patrimônio líquido

( ) d. Estatuto social

( ) e. Revisão analítica

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( ) f. Cópia de contratos de financiamentos a longo prazo

( ) g. Cópia do Manual de Contabilidade

( ) h. Descrição dos negócios em que a empresa auditada atua

18. O auditor elabora lançamentos extracontábeis e os registra no papel de trabalho das demonstrações contábeis, a fim de que estas reflitamadequadamente a situação da companhia. Para as frases abaixo relacionadas, indique com “A” se o lançamento for de ajuste e com “R” se for dereclassificação.

( ) a. A empresa não contabilizou os juros devidos referentes às aplicações financeiras de curtíssimo prazo.

( ) b. As matérias-primas foram classificadas indevidamente no grupo do ativo imobilizado.

( ) c. Uma despesa com encargos sociais foi registrada erroneamente no grupo de despesas não operacionais.

( ) d. Uma despesa de manutenção de máquinas foi classificada no balanço patrimonial.

( ) e. A provisão para devedores duvidosos estava insuficiente.

( ) f. A empresa superavaliou a provisão para o imposto de renda.

( ) g. Os juros a pagar sobre empréstimos em moeda estrangeira foram classificados na conta de fornecedores a pagar.

( ) h. As vendas dos últimos dias do final de ano foram contabilizadas no exercício social seguinte.

19. (Estilo – UNB) Os papéis de trabalho são o conjunto de documentos e apontamentos com informações e provas coligidas pelo auditor que constituem aevidência do trabalho executado e o fundamento de sua opinião. Acerca deste assunto, julgue os itens seguintes:

( ) a. os papéis de trabalho, por serem confidenciais, são de propriedade da empresa auditada.

( ) b. segundo as informações que contêm, podem ser classificados em permanentes ou correntes.

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( ) c. o estatuto ou contrato social são exemplos de papéis de trabalho correntes.

( ) d. devem ser guardados, para fins de fiscalização do exercício profissional, pelo prazo de 5 anos, contados a partir da data de emissão do parecer.

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Capítulo 4

PLANEJAMENTO DE AUDITORIA

"Antes da batalha o planejamento é tudo. Assim que o tiroteio começa, planos são inúteis".

Dwight Eisenhower

I – Definição de planejamento de auditoria.

De acordo com Lopes de Sá:

“Plano de auditoria ou planejamento de auditoria significa tarefa preliminar traçada pelo auditor que se caracteriza pela previsão dos trabalhos que devemser executados em cada serviço, a fim de que este cumpra integralmente as suas finalidades dentro das normas científicas da contabilidade e da técnica deauditoria”.

O planejamento deve considerar a execução em primeiro lugar das áreas de controle interno e revisão analítica, a fim de determinarem-se a natureza,oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria, para as diversas contas do balanço patrimonial e da demonstração de resultado.

O plano, ainda, deve ter uma certa flexibilidade se, durante a execução dos trabalhos, o auditor decidir que deve mudar algum procedimento ou seguir outralinha de trabalho.

O auditor deve planejar seu trabalho consoante as Normas Profissionais do Auditor Independente e de acordo com os prazos e demais compromissoscontratualmente assumidos com a entidade. (Res. 820/97 § 11.2.1.1).

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O planejamento pressupõe adequado nível de conhecimento sobre as atividades, os fatores econômicos, a legislação aplicável, as práticas operacionais daentidade e o nível geral de competência de sua administração. (Res. 820/97 § 11.2.1.2).

II – Fatores relevantes na execução dos trabalhos (Res. 820/97 § 11.2.1.3).

O planejamento deve considerar todos os fatores relevantes na execução dos trabalhos, especialmente os seguintes:

o conhecimento detalhado das práticas contábeis adotadas pela entidade e as alterações procedidas em relação ao exercício anterior;1.

o conhecimento detalhado do sistema contábil e de controles internos da entidade e seu grau de confiabilidade;2.

os riscos de auditoria e a identificação das áreas importantes da entidade, quer pelo volume de transações, quer pela complexidade de suas atividades;3.

a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem aplicados;4.

a existência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas;1.

o uso dos trabalhos de outros auditores independentes, especialistas e auditores internos;5.

a natureza, o conteúdo e a oportunidade dos pareceres, relatórios e outros informes a serem entregues à entidade; e6.

a necessidade de atender prazos estabelecidos por entidades reguladoras ou fiscalizadoras e para a entidade prestar informações aos demais usuáriosexternos.

7.

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III - Documentação do planejamento (Res. 820/97 § 11.2.1.4 até 11.2.1.8).

O auditor deve documentar seu planejamento geral e preparar programas de trabalho por escrito, de forma a servir como guia e meio de controle de suaexecução, detalhando a natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos que serão aplicados.

O planejamento da auditoria, quando incluir a designação de equipe técnica, deve prever a orientação e a supervisão do auditor, que assumirá totalresponsabilidade pelos trabalhos executados.

O planejamento e os programas de trabalho devem ser revisados e atualizados sempre que novos fatos o recomendarem.

IV – Inexistência de auditoria anterior ou DCs examinadas por outros auditores (Res. 820/97 § 11.2.1.9).

Quando for realizada uma auditoria pela primeira vez na entidade, ou quando as demonstrações contábeis do exercício anterior tenham sido examinadas poroutro auditor, o planejamento deve contemplar os seguintes procedimentos:

obtenção de evidências suficientes de que os saldos de abertura do exercício não contenham representações errôneas ou inconsistentes que, de algumamaneira, distorçam as demonstrações contábeis do exercício atual;

1.

exame da adequação dos saldos de encerramento do exercício anterior com os saldos de abertura do exercício atual;2.

verificação se as práticas contábeis adotadas no exercício atual são uniformes com as adotadas no exercício anterior;3.

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identificação de fatos relevantes que possam afetar as atividades da entidade e sua situação patrimonial e financeira; e4.

identificação de relevantes eventos subseqüentes ao exercício anterior, revelados ou não revelados.5.

V – Como adquirir conhecimentos sobre a empresa auditada (Marcelo Cavalcanti)

O auditor deve analisar as seguintes áreas:

Financeira: Contábil

- comportamento do fluxo de caixa; - adoção dos princípios contábeis;

- existência de contas em atraso(recebimento e pagamentos);

- se as análises das contas estão sendopreparadas;

- principais investimentos. - elaboração das DCs.

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Orçamentária: Pessoal:

- situação do orçamento (orçado x real); - políticas de admissão, treinamento,avaliação e remuneração;

- explicações das variações (orçado x real);

- projeções até o final do exercício social. - estrutura organizacional.

Operações e PCP: Vendas:

- aquisições e baixas de bens doimobilizado;

- market-share da empresa e de seusprodutos;

- máquinas paradas e obsoletas; - política de propaganda;

- estoques obsoletos ou com baixarotatividade;

- limite de aprovação das vendas (análise decrédito);

- planejamento de inventário físico. - políticas de garantias de produtos.

Suprimentos (compras): Fiscal e Legal:

- limite de alçada das compras; - processos judiciais;

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- sistema de compras; - situação dos livros fiscais;

- único fornecedor; - alterações no contrato social ou estatuto.

- dificuldade de importação.

VI – Áreas que o auditor poderia efetuar procedimentos de auditoria na visita preliminar.

- levantamento e avaliação do sistema de controle;

- resumo de atas;

- atualização da pasta permanente;

- revisão analítica das DCs intermediárias;

- testes das receitas e despesas acumuladas até a data da visita preliminar; e

- testes de compras de bens do ativo imobilizado.

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EXERCÍCIOS – PLANEJAMENTO

1. Marque com “V” a frase verdadeira e com “F” a frase falsa.

( ) a. No planejamento de auditoria, o auditor externo deve ponderar menor número de horas e melhor qualidade.

( ) b. As empresas normalmente encerram o exercício social em julho de cada ano.

( ) c. Levantar os problemas da empresa de imediato é um dos objetivos que levam o auditor externo a planejar maior volume de horas nas auditoriaspreliminares.

( ) d. Um bom sistema de controle interno reduziria o risco da existência de um erro nas demonstrações contábeis.

( ) e. Nas áreas onde o controle interno é ruim, o auditor externo faz menor volume de testes.

( ) f. O auditor externo faz maior volume de testes nas áreas onde a revisão analítica indica uma situação normal.

( ) g. Pela leitura da pasta permanente, o auditor pode obter conhecimento sobre a forma de organização, principais contratos e práticas contábeis daempresa auditada.

2. O planejamento de auditoria deve considerar todos os fatores relevantes na execução dos trabalhos. Assinale a opção que não se constitui em fatorrelevante para o planejamento de auditoria:

a) riscos de auditoria.

b) existência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas.

c) uso do trabalho de especialistas.

d) prevenção de fraude e erro.

e) grau de confiança dos sistemas de controles internos.

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3. Um dos objetivos principais do planejamento de auditoria é:

a) conhecer a empresa a ser auditada. c) verificar se a diretoria é competente.

b) aumentar a lucratividade da empresa. d) aumentar o market-share.

4. O estudo da área financeira poderia determinar o seguinte tipo de problema:

a) baixa qualidade dos produtos vendidos.

b) necessidade da constituição de uma provisão de juros para atender a dívidas em atraso com fornecedores.

c) processo fiscal contra a empresa.

d) erro de correção monetária sobre ativo permanente.

5. No estudo da área contábil, poderia ser detectado o seguinte:

a) problemas de liquidez da empresa.

b) despesas muito acima do previsto.

c) política para conseguir novos mercados para os produtos da empresa não é adequada.

d) atraso no preparo das análises de contas.

6. O estudo da área orçamentária poderia levar o auditor a detectar o seguinte problema:

a) ausência de um efetivo controle sobre as despesas.

b) empréstimos a longo prazo classificados no passivo circulante.

c) mudança no estatuto da empresa.

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d) existência de máquinas obsoletas.

7. No estudo da área de pessoal, poderia ser detectado o seguinte problema:

a) os fiscais da Receita Federal multaram a empresa.

b) falta de provisão para planos de demissões voluntárias de empregados.

c) os clientes não estão pagando suas contas em dia.

d) a receita incorrida está bem abaixo da prevista.

8. No estudo da área fiscal poderia deixar em evidência o seguinte problema:

a) a empresa mudou o método de avaliar estoques.

b) variação anormal entre as compras orçadas e as incorridas.

c) falta de escrituração do livro de apuração do lucro real.

d) produtos acabados obsoletos.

9. A análise da área legal poderia levar o auditor a detectar o seguinte problema:

a) mudança do controle acionário da empresa e a necessidade de divulgação em nota explicativa.

b) a percentagem do custo das vendas em relação às vendas melhorou em comparação com o exercício social anterior.

c) o gerente financeiro não é competente.

d) a empresa não de adaptou à nova legislação do imposto de renda.

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10. A apreciação da área de operações da empresa poderia levar o auditor a perceber o seguinte problema:

a) alta variação na taxa de câmbio e o conseqüente aumento do endividamento da empresa.

b) mudança na estrutura organizacional da empresa.

c) paralisação da fábrica em função da falta de matéria-prima.

d) modificação do plano de contas da empresa.

11. O estudo da área de vendas poderia levar o auditor a detectar o seguinte problema:

a) falta de conservação do meio ambiente.

b) a empresa está perdendo mercado de seus produtos para outros concorrentes.

c) atraso na escrituração do livro de atas de reunião da diretoria.

d) os empregados não estão sendo treinados adequadamente.

12. A pesquisa na área de contabilidade poderia indicar o seguinte problema:

a) a taxa de depreciação de novos bens não está adequada.

b) os produtos vendidos não estão passando pelo controle de qualidade.

c) o fiscal de ICM multou a empresa.

d) a empresa não está cumprindo as exigências de segurança.

13. (Estilo UNB) De conformidade com NBC T 11 – Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis, em relação ao planejamento deauditoria, julgue os itens seguintes:

( ) a. o auditor deve documentar seu planejamento geral e preparar programas de trabalho por escrito, detalhando o que for necessário à compreensão dos

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procedimentos que serão aplicados, em termos de natureza, oportunidade e extensão.

( ) b. os programas de trabalho devem ser detalhados, de forma a servirem como guia e meio de controle de sua execução.

( ) c. O planejamento de auditoria e os programas de trabalho não podem ser revisados e atualizados mesmo que novos fatos o recomendarem.

( ) d. O planejamento da auditoria, quando incluir a designação de equipe técnica, deve prever a orientação e a supervisão do auditor, que assumirá totalresponsabilidade pelos trabalhos executados.

( ) e. A utilização de equipe técnica deve ser prevista de maneira a fornecer razoável segurança de que o trabalho venha a ser executado por pessoa comcapacitação profissional, independência e treinamento, requeridos nas circunstâncias.

14. O auditor contábil deve planejar seu trabalho, o que pressupõe adequado nível de conhecimento acerca do ramo de atividade, negócios e práticasoperacionais da entidade a auditar. Os fatores relevantes que o planejamento deve considerar na execução dos trabalhos de auditoria incluem:

( ) a. o conhecimento detalhado do sistema contábil e de controles internos da entidade e seu grau de confiabilidade.

( ) b. a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem aplicados.

( ) c. o uso dos trabalhos de outros auditores independentes, especialistas e auditores internos.

( ) d. os investimentos que a entidade está planejando fazer e as fontes de recursos para financiá-los.

( ) e. o nível de qualidade da matéria-prima, do pessoal e dos produtos finais da entidade.

( ) f. a existência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas.

( ) g. responsabilidade pela prevenção de fraude e erro.

( ) h. os riscos de auditoria e a identificação das áreas importantes da entidade, quer pelo volume de transações, quer pela complexidade de suas atividades.

( ) i. as fontes de recursos para investimento que a entidade está planejando fazer.

( ) j. conhecimento detalhado das práticas contábeis adotadas pela entidade e as alterações procedidas em relação ao exercício anterior.

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( ) l. as normas para elaboração de DCs e quaisquer outros informes contábeis e administrativos, para fins internos ou externos.

( ) m. a necessidade de atender prazos estabelecidos por entidades reguladoras ou fiscalizadoras e para a entidade prestar informações aos demais usuáriosexternos.

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Capítulo 5

RISCOS DE AUDITORIA

I – Definição de risco de auditoria

É a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre demonstrações contábeis significativamente incorretas. (Res. 820/97§ 11.2.3.1).

A análise dos riscos de auditoria deve ser feita na fase de planejamento dos trabalhos, considerando a relevância em dois níveis: geral (considerando asDCs) e específico (considerando as contas separadamente). (Res. 820/97 § 11.2.3.2).

II – Tipos de riscos

Os riscos podem ser tipificados em três amplas categorias, a saber:

Risco inerente: é a possibilidade de ocorrência de erros ou irregularidades relevantes antes de conhecer-se a eficácia dos sistemas de controle,normalmente relacionado com a atividade fim da entidade.

Risco de controle: é a possibilidade do saldo de uma conta (classe ou transação) estar errado e não ser detectado pelo sistema de controle interno.

Risco de detecção: é a possibilidade do saldo de uma conta (classe ou transação) estar errado e não ser detectado ou levar o auditor a concluir pela suainexistência.

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III – Determinação do risco de auditoria (Res. 820/97 § 11.2.3.3).

Para determinar o risco da auditoria, o auditor deve avaliar o ambiente de controle da entidade, compreendendo:

a função e o envolvimento dos administradores nas atividades da entidade;1.

a estrutura organizacional e os métodos de administração adotados, especialmente quanto a limites de autoridade e responsabilidade;1.

as políticas de pessoal e a segregação de funções;2.

a fixação, pela administração, de normas para inventário, para conciliação de contas, preparação de demonstrações contábeis e demais informesadicionais;

2.

as implantações, as modificações e o acesso aos sistemas de informação computadorizada, bem como acesso a arquivos de dados e possibilidade deinclusão ou exclusão de dados;

3.

o sistema de aprovação e o registro de transações;3.

as limitações de acesso físico a ativos e registros contábeis e/ou administrativos; e4.

as comparações e as análises dos resultados financeiros com dados históricos e/ou projetados.5.

EXERCÍCIOS – RISCO DE AUDITORIA

1. A possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre demonstrações contábeis significativamente incorretas édenominada:a) Risco de detecçãob) Risco de auditoriac) Risco inerente

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d) Risco de controlee) Risco sistêmico

2. (ATM/CE) Os três componentes básicos do Risco de Auditoria são:

a) risco de amostragem, risco dos procedimentos e risco de materialidade.

b) risco de fraude, risco de erro e risco de omissão.

c) risco de planejamento, risco de supervisão e risco de execução.

d) risco do ambiente, risco de sistemas e risco de parecer.

e) risco inerente, risco de controle e risco de detecção.

3. Quando um auditor eleva o nível de risco de controle, porque determinados procedimentos de controle do cliente mostraram-se ineficientes, o auditordeve:

a) aumentar o nível de risco inerente.

b) estender os testes de controle.

c) aumentar o nível de risco de detecção.

d) efetuar testes alternativos de controle.

e) aumentar o nível de testes substantivos.

4. O risco de sistemas contábeis e de controles internos deixarem de prevenir e/ou detectar uma distorção no saldo de uma conta que pode ser relevante,classifica-se como risco:

a) inerente. d) de controle.

b) do trabalho. e) do negócio.

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c) de detecção.

5. Quando os produtos que estão sendo vendidos pela empresa auditada estão sujeitos a alterações significativas de preços, o auditor deve:

a) aumentar o risco inerente. d) reduzir risco de controle.

b) reduzir o risco inerente. e) aumentar o risco de controle.

c) aumentar risco de detecção.

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Capítulo 6

CONTINUIDADE NORMAL DAS ATIVIDADES DA ENTIDADE

(Res. 820/97 § 11.2.8).

Deve merecer especial atenção do auditor, quando do planejamento dos seus trabalhos, ao analisar os riscos de auditoria, e deve ser complementada quandoda execução de seus exames.

Evidência de normalidade – 1(um) ano após a data-base de encerramento do exercício das DCs é suficiente para a caracterização dessa continuidade.

Indícios de dúvida da continuidade - o auditor deve aplicar os procedimentos adicionais necessários para a formação de juízo embasado e definitivo sobre amatéria.

Evidências de riscos na continuidade normal das atividades da entidade, o auditor deverá:

avaliar os possíveis efeitos nas DCs, especialmente quanto à realização dos ativos; e

mencionar em parágrafo de ênfase no parecer os efeitos da situação na continuidade operacional, de modo que os usuários tenham informação sobre amesma.

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Pressupostos adotados pelo auditor na análise da continuidade (não exaustivos):

indicadores financeiros:1.

passivo a descoberto;1.

posição negativa do capital circulante líquido (CCL);2.

empréstimos com prazo fixo e vencimentos imediatos, sem possibilidade de renovação pelos credores;3.

excessiva participação de empréstimos de curto prazo, sem a possibilidade de alongamento das dívidas ou capacidade de amortização;4.

índices financeiros adversos de forma contínua;5.

prejuízos substanciais de operação e de forma contínua;6.

retração ou descontinuidade na distribuição de resultados;7.

incapacidade de devedores na data do vencimento;8.

dificuldades de acertos com credores;9.

alterações ou renegociações com credores; e1.

incapacidade de obter financiamentos para o desenvolvimento de novos negócios ou produtos, e inversões para o aumento da capacidade produtiva.10.

indicadores de operação:2.

perda de elementos-chave na administração sem modificações ou substituições imediatas;1.

perda de mercado, franquia, licença, fornecedor essencial ou financiador estratégico; e2.

dificuldades de manter mão-de-obra essencial para a manutenção da atividade.3.

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outras indicações:2.

1 - não-cumprimento de normas legais, regulamentares e estatutárias;

2 - contingências capazes de não serem cumpridas pela entidade; e

3 - mudanças das políticas governamentais que afetam a entidade.

EXERCÍCIOS – CONTINUIDADE

1. O Conselho Federal de Contabilidade entende que a continuidade normal das atividades da entidade auditada fica evidente:a) 6 meses após a data das demonstrações contábeis.b) 6 meses após a data da emissão do parecer.c) 1 ano após a data das demonstrações contábeis.d) 1 ano após a data da emissão do parecer.e) 1 mês após a data da assembléia de acionistas.

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Capítulo 7

ESTIMATIVAS CONTÁBEIS

(Res. 820/97 § 11.2.11).

As estimativas contábeis são de responsabilidade da administração da entidade e se baseiam em fatores objetivos e subjetivos, requerendo o seu julgamentona determinação do valor adequado a ser registrado nas DCs.

O auditor deve:

ter conhecimentos suficientes sobre os controles, procedimentos e métodos utilizados pela entidade, no estabelecimento de estimativas que resultem emprovisões; e

se assegurar da razoabilidade das estimativas, individualmente consideradas, quando estas forem relevantes. Tal procedimento inclui, além da análise dafundamentação matemático-estatística dos procedimentos utilizados pela entidade na quantificação das estimativas, os seguintes:

a coerência destas com o comportamento da entidade em períodos anteriores;

as práticas correntes em entidades semelhantes;

os planos futuros da entidade; e

a conjuntura econômica e suas projeções.

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Evidencia variações significativas - comparação entre as estimativas de períodos anteriores e os valores reais destas - o auditor deve verificar se houve oajuste nos procedimentos, de forma a permitir estimativas mais apropriadas no período em exame.

Atenção: Estimativas contábeis – Responsabilidade da administração. O auditor deve se assegurar quanto à sua razoabilidade.

Exemplos:

- provisão para perdas com processos fiscais (cível, trabalhista e fiscal);

- provisão para garantias de produtos.

EXERCÍCIOS – ESTIMATIVAS CONTÁBEIS

1. As estimativas contábeis que requerem o seu julgamento, na determinação do valor adequado a ser registrado nas demonstrações contábeis são deresponsabilidade do:

a) administrador. d) acionista.

b) auditor independente. e) contador.

c) auditor interno.

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Capítulo 8

TRANSAÇÕES E EVENTOS SUBSEQÜENTES

(Res. 820/97 § 11.2.13).

O auditor deve:

aplicar procedimentos específicos em relação aos eventos ocorridos entre as datas do balanço e a do seu parecer, que possam demandar ajustes nasDCs ou a divulgação de informações nas notas explicativas.

considerar, em seu parecer, os efeitos decorrentes de transações e eventos subseqüentes relevantes ao exame das DCs, mencionando-os como ressalvaou em parágrafo de ênfase, quando não ajustadas ou reveladas adequadamente.

considerar três situações de eventos subseqüentes:

1ª situação) Os ocorridos entre a data do término do exercício social e a data da emissão do parecer;

Os procedimentos para identificar transações e eventos que podem requerer ajuste ou divulgação nas DCs devem ser executados tão

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próximo da data do parecer do auditor quanto for praticável, e normalmente incluem o seguinte:

a) revisão dos procedimentos que a administração estabeleceu para assegurar que eventos subseqüentes sejam identificados;

b) leitura de atas realizadas após o fim do período;

c) leitura das DCs intermediárias posteriores àquelas;

d) indagação ou ampliação das indagações anteriores aos advogados da entidade a respeito de litígios e reclamações; e

e) indagação à administração sobre se ocorreu qualquer evento subseqüente que possa afetar as DCs e obtenção, da parte dela, de cartade responsabilidade, com a mesma data do parecer do auditor. Os exemplos de assuntos a serem indagados incluem:

assunção de novos compromissos, empréstimos ou garantias concedidas;

vendas de ativos;

emissão de debêntures ou ações novas ou acordo de fusão, incorporação, cisão ou liquidação de atividades, ainda que parcialmente;

destruição de ativos, por exemplo, por fogo ou inundação;

desapropriação por parte do governo;

evolução subseqüente de contingências e assuntos de maior risco de auditoria;

ajustes contábeis inusitados; e

ocorrência ou probabilidade de ocorrência de eventos que ponham em dúvida a adequação das práticas contábeis usadas nas DCs, como nahipótese de dúvida sobre a continuidade normal das atividades da entidade. (NBC T 11 - IT - 04).

2ª situação) Os ocorridos depois do término do trabalho de campo, com a conseqüente emissão do parecer, e a data da divulgação das demonstraçõescontábeis; e

O auditor não é responsável pela execução de procedimentos ou indagações sobre as DCs após a data do seu parecer. Durante o período

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entre as datas do parecer do auditor e a de divulgação das DCs, a administração é responsável por informar ao auditor fatos que possamafetar as DCs.

Quando, após a data do parecer do auditor, mas antes da divulgação das DCs, o auditor tomar conhecimento de um fato que possa afetar demaneira relevante as DCs, ele deve decidir se elas devem ser ajustadas, discutir o assunto com a administração e tomar as medidasapropriadas às circunstâncias. (NBC T 11 - IT - 04).

3ª situação) Os ocorridos após a divulgação das demonstrações contábeis.

Após a divulgação das DCs, o auditor não tem responsabilidade de fazer qualquer indagação sobre essas demonstrações.

Quando, após a divulgação das DCs, o auditor tomar conhecimento de fato anterior à data do seu parecer e que, se fosse conhecido naqueladata, poderia tê-lo levado a emitir o documento com conteúdo diverso do que foi, o auditor deve decidir se as DCs precisam de revisão,discutir o assunto com a administração e tomar as medidas apropriadas às circunstâncias.

(Ex: reemissão do parecer e DCs). (NBC T 11 - IT - 04).

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EXERCÍCIOS – EVENTOS SUBSEQUENTES

1. Na constatação de omissão de eventos subseqüentes relevantes identificados pelo auditor, nas demonstrações contábeis da empresa auditada, oprofissional deve:

a) elaborar notas explicativas justificando.

b) emitir parecer com parágrafo de ênfase ou ressalva.

c) ajustar as contas com os procedimentos recomendados.

d) recomendar à empresa que omita os ajustes.

e) emitir parecer sem ressalva.

2. Identifique um procedimento de auditoria para evidenciação de um evento subseqüente.

a) Circularização do saldo de contas a receber do período findo auditado.

b) Inventário físico dos saldos de abertura e final do período auditado.

c) Exame dos pagamentos realizados no período auditado.

d) Exame de devoluções de vendas realizadas no período seguinte ao auditado.

e) Teste de adições de imobilizado realizado durante o período auditado.

3. O auditor deve considerar em seu parecer os efeitos de transações e eventos subseqüentes relevantes ocorridos:a) entre as datas do balanço e a de convocação da assembléia de acionistasb) entre as datas do balanço e a de publicação nos jornaisc) entre as datas do balanço e a de emissão do seu parecerd) somente até 30 dias após a data de encerramento do balançoe) somente até a data de conclusão dos exames de passivos

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4. Coloque no parêntese a letra “A” para o evento subseqüente que exige ajuste e “N” para o que exige divulgação por meio de nota explicativa (a CiaAuditada levantou o balanço em 31-12-2004 e o término do trabalho em campo dos Auditores foi em 01-03-2005).

( ) a. Um cliente da Cia Auditada entrou em falência em função da fábrica ter sido inundada por um rio em janeiro de 2005. Como conseqüência, a CiaAuditada incorreu em prejuízo substancial pelo não-recebimento das duplicatas desse cliente.

( ) b. A Cia Auditada perdeu um processo fiscal em janeiro de 2005 e teve que pagar uma quantia bastante significativa. Nas demonstrações financeiraslevantadas em 31-12-2004, a administração da companhia não provisionou ou registrou na contabilidade esse processo, embora a opinião dos seusadvogados naquela época era de provável perda da ação.

( ) c. Em janeiro de 2005, o maior acionista da Cia Auditada decidiu vender as suas ações para um grupo de empresas. Como conseqüência, houve umamudança do controle acionário da companhia.

( ) d. Em janeiro de 2005, a Cia Auditada decidiu comprar uma outra empresa, que se tornou uma sociedade controlada.

( ) e. Em janeiro de 2005, o governo decidiu desvalorizar o real em 50% em relação ao dólar americano. Conseqüentemente, a Cia Auditada teve perdascambiais de valor relevante, em função da atualização das dívidas em moeda estrangeira.

( ) f. Em fevereiro de 2005, um cliente da Cia Auditada pediu concordata, devido ao fato de que no último ano seus produtos não tiveram boa aceitação nomercado. Em virtude deste fato, a Cia Auditada incorreu em perdas substanciais, em função de ter recebido apenas pequena parte das duplicatas dessecliente, que não estava provisionada.

( ) g. Em janeiro de 2005, a Cia Auditada obteve um relevante empréstimo a longo prazo para ampliação de suas instalações fabris.

( ) h. Em janeiro de 2005, a Cia Auditada utilizou indevidamente uma patente de terceiros e como conseqüência foi multada.

( ) i. Em fevereiro de 2005, a Cia Auditada incorreu em custos substanciais de garantias, em função de defeitos técnicos de uma linha de produtos vendidosem dezembro de 2004. Cabe informar que a provisão para garantias, constituída no balanço patrimonial sob exame, não levou em consideração esse tipo deacontecimento.

( ) j. Em janeiro de 2005, a Cia Auditada incorreu em perdas substanciais em decorrência de um incêndio no edifício administrativo.

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Capítulo 9

CONTINGÊNCIAS – ATIVAS E PASSIVAS

(Res. 820/97 § 11.2.15).

O auditor deve adotar procedimentos para assegurar-se que todas as contingências passivas relevantes - decorrentes de processos judiciais, reivindicações ereclamações, bem como de lançamentos de tributos em disputa - foram identificadas e consideradas pela administração da entidade na elaboração das DCs.

Procedimentos que devem ser executados pelo auditor:

discussão, com a administração da entidade, das políticas e procedimentos adotados para identificar, avaliar e contabilizar as contingências passivas;1.

obtenção de carta dos advogados da entidade quanto à existência de contingências na época da execução dos trabalhos finais de auditoria; e2.

discussão, com os advogados e/ou a administração da entidade, das perspectivas no desfecho das contingências e da adequação das perdascontingentes provisionadas, bem como das divulgações a serem feitas nas demonstrações contábeis.

3.

Contingências ativas: O auditor deve adotar os mesmos procedimentos.

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Capítulo 10

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

I – Definição de parecer

É onde o auditor comunica sua conclusão sobre as DCs. O parecer é composto de:

- título do parecer: Parecer dos auditores independentes.

- destinatário: destinado à diretoria, ao conselho de administração ou aos acionistas.

- 1º parágrafo: (objeto do seu trabalho)

- as DCs examinadas;

- a data-base em que foram examinadas;

- segregação de responsabilidades:

- DCs => administração; e

- opinião sobre as DCs => auditor.

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- 2º parágrafo: (extensão do seu trabalho)

- de acordo normas de brasileiras de auditoria;

- descreve, de forma geral, os procedimentos adotados.

- opinião: expressa claramente sua opinião.

- local e data: a data deve corresponder ao dia de conclusão de seus trabalhos.

- assinatura: o auditor deve assinar e indicar o nº do CRC, inclusive o nome e o registro da empresa de auditoria.

O parecer é de exclusiva responsabilidade de contador registrado no Conselho Regional de Contabilidade, nestas normas denominado auditor. (Res. 820/97§ 11.1.1.4).

II – Tipo de pareceres do auditor

- Parecer sem ressalva ou limpo: quando atendem as seguintes circunstâncias:

- as DCs foram elaboradas de acordo com princípios de contabilidade e práticas

contábeis adotadas no Brasil;

- as NEs contém todas as informações que permitam a correta interpretação das DCs.

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Caso tenha havido alterações em procedimentos contábeis, os efeitos delas devem ser, adequadamente apurados e revelados nas DCs. Nesses casos,não é requerida nenhuma referência no parecer. (NBC T 11- IT 05).

- Parecer com ressalva: discordância das circunstâncias acima de magnitude que não requeira abstenção de opinião ou parecer adverso.

- o parágrafo da opinião é alterado para fazer referencia a ressalva, podendo ser:

- no próprio parágrafo;

- em outro parágrafo; ou

- em nota explicativa.

- deve obedecer ao modelo do parecer sem ressalva, com a utilização das expressões “exceto por” ou “exceto quanto”, referindo-se aos efeitos doassunto objeto da ressalva.

- Parecer adverso: possui informações suficientes de que as DCs não estão adequadamente representadas. A transação é tão importante que não justifica aemissão de um parecer com ressalvas.

No seu julgamento deve considerar, tanto as distorções provocadas, quanto a apresentação inadequada ou substancialmente incompleta das DCs.

- Abstenção de opinião: o auditor não emite opinião sobre as DCs, por não ter comprovação suficiente para fundamentá-la. Normalmente ocorre emfunção de:

- limitação significativa na extensão do exame; ou

- múltiplas e complexas incertezas relevantes que afetem um número significativo de rubricas das DCs.

A abstenção de opinião não elimina a responsabilidade do auditor de mencionar, no parecer, qualquer desvio relevante que possa influenciar a decisão

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do usuário dessas demonstrações. (Res. 820/97 § 11.3.6.2).

III – Circunstâncias que impedem a emissão do parecer diferente do padrão

- DCs do exercício anterior não auditada ou auditada por outros auditores.

- parecer sem ressalvas, mas com redação específica.

- Divisão de responsabilidade: Parte do exame efetuada por outros auditores.

- parecer sem ressalvas, mas com redação específica.

- Exposições informativas inadequadas: falta de informações em N.E.

- parecer com ressalva.

- DCs em desacordo com princípios de contabilidade:

- parecer com ressalva (relevante) ou adverso (bastante relevante).

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- Limitação na extensão do exame:

- parecer com ressalva (relevante) ou abstenção de opinião (bastante relevante).

- Incertezas quanto ao efeito de eventos futuros: realização de ativos, continuidade das operações e resolução de processos legais ou trabalhistas.

- parecer com ênfase (relevante) ou abstenção de opinião (bastante relevante).

Na hipótese do emprego de parágrafo de ênfase, o parecer permanece na condição de parecer sem ressalva. (Res. 820/97 § 11.3.7.2).

IV - Responsabilidade pela utilização do trabalho: (Res. 821/97 § 1.1.1 e § 1.1.2).

a) Do auditor interno

A responsabilidade do auditor independente não será modificada, mesmo quando o auditor interno, contribuir para a realização dos trabalhos.

b) De especialista

O auditor independente pode utilizar especialistas legalmente habilitados como forma de contribuir para a realização de seu trabalho, mantendo integral asua responsabilidade profissional.

A responsabilidade do auditor independente fica restrita à sua competência profissional, quando o especialista legalmente habilitado for contratado pelaentidade auditada, sem vínculo empregatício, para executar serviços que tenham efeitos relevantes nas demonstrações contábeis, quando tal fato formencionado em seu parecer.

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V – Carta de responsabilidade da administração (Res. 820/97 § 11.2.14).

O auditor deve obter carta que evidencie a responsabilidade da administração quanto às informações e dados e à preparação e apresentação das DCsauditadas.

Data da carta: mesma data do parecer sobre as DCs.

Conter o total do Ativo, PL e resultado das DCs auditadas.

No caso da administração se recusar a fornecer a Carta de Responsabilidade ao auditor independente, isto constituirá uma limitação no escopo do seuexame.

Se a administração transmitiu uma informação verbal, mas se recusa a confirmá-la por escrito, isto constituirá uma limitação no escopo do exame doauditor.

VI – Relatório-comentado (relatório de recomendações)

O auditor deve emitir um relatório visando:

- aprimoramento dos controles internos;

- redução de custos; e

- melhoramento das práticas contábeis e administrativas.

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EXERCÍCIOS – PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

1. O Parecer dos Auditores Independentes classifica-se segundo a natureza da opinião que contém em:

a) parecer sem ressalva, com ressalva, exceto quanto e adverso.

b) parecer sem ressalva, com ressalva, com abstenção de opinião e adverso.

c) parecer com abstenção de opinião, limpo, com ressalva e sem ressalva.

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d) parecer sujeito a, exceto por, exceto quanto e contrário.

e) parecer negativo, positivo, limpo e contrário.

2. O parecer de auditoria adequado para certificar o exame de uma demonstração financeira, onde o auditor tenha efetuado seu exame em base de testes etenha encontrado erros irrelevantes, será do tipo:

a) com negativa de opinião. c) com ressalva. e) parcial.

b) sem ressalva. d) adverso.

3. Data do parecer do auditor:

a) início dos trabalhos de auditoria. d) encerramento do exercício social da Cia.

b) término dos trabalhos de auditoria. e) conclusão da circularização de bancos

c) quando o contador aprontou as demonstrações financeiras.

4. Destinação do relatório do auditor:

a) diretoria ou acionistas. c) gerente administrativo. e) contínuo.

b) gerente de contabilidade. d) gerente de controles.

5. (AFRF) O auditor, ao expressar sua opinião (emitindo um parecer) assume responsabilidades inclusive de ordem pública. Com base nesta afirmação,indique o item abaixo que não é essencial para o parecer:

a) indicação das demonstrações contábeis examinadas e períodos pertinentes.

b) data do parecer, correspondente ao dia da conclusão dos trabalhos dos auditores.

c) data do parecer, correspondente ao dia efetivo de sua emissão e assinatura.

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d) assinatura do auditor e número de registro no Conselho Regional de Contabilidade.

e) destinatários, que podem ser acionistas conselheiros de administração ou diretores.

6. A elaboração do parecer é de responsabilidade:

a) da administração. d) do auditor interno.

b) do contador da entidade auditada. e) do auditor independente.

c) do conselho fiscal.

7. O parecer do auditor independente inclui:

a) os procedimentos de auditoria executados.

b) a definição de responsabilidade.

c) os problemas de controle internos constatados.

d) os problemas administrativos observados.

8. Indique o número de parágrafos contidos em um parecer de auditoria com duas ressalvas e um parágrafo de ênfase.

a) três. c) cinco. e) sete.

b) quatro. d) seis.

9. Parecer que indica que as demonstrações contábeis não refletem a posição patrimonial e financeira, o resultado das operações e as origens e aplicaçõesde recursos da companhia:

a) sem ressalvas ou limpo. c) adverso.

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b) com ressalvas. d) negativa de parecer.

10. Parecer que evidencia que o auditor não colheu elementos comprobatórios suficientes para formar uma opinião sobre as demonstrações contábeis:

a) sem ressalvas ou limpo. c) adverso.

b) com ressalvas. d) abstenção de opinião.

11. Pareceres possíveis no caso de um limite do escopo do exame:

a) com ressalvas e negativa de parecer. c) adverso e negativa de parecer.

b) com ressalvas e adverso. d) sem ressalvas e adverso.

12. Pareceres possíveis no caso de as demonstrações contábeis não estarem de acordo com os princípios de contabilidades geralmente aceitos:

a) adverso e negativa de parecer. c) com ressalvas e adverso.

b) com ressalvas e negativa de parecer. d) sem ressalvas e adverso.

13. Parecer dado no caso de falta de divulgação de uma informação importante:

a) sem ressalvas ou limpo. c) adverso.

b) com ressalvas. d) negativa de parecer.

14. “Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial efinanceira da WMA Industria e Comércio S.A. em 31 de dezembro de 2004 e de 2003, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimôniolíquido e as origens e aplicações de seus recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil”.

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O trecho acima foi retirado de um “Parecer de Auditores Independentes”, endereçado ao Conselho de Administração da empresa WMA. Ele é um parecer:

a) sem ressalvas ou limpo. d) com abstenção de opinião.

b) com parágrafo de ênfase. e) adverso

c) com ressalva

15. O laboratório Mommy C., fabricante de medicamentos, entre outros, do anticoncepcional “BO”, detectou que lotes de alguns medicamentos foramadulterados. O “BO” teve alterada sua posologia, na qual foi acrescentada um percentual significativo de farinha. Ao contratar a empresa de auditoriaexterna Estou de Olho S/C., para fins de detectar onde ocorreu a falha, constatou-se que o erro se iniciava no departamento de controle de produção queanalisava as amostras do produto, e não destruía os respectivos lotes inservíveis. Funcionários da produção comercializavam os produtos com distribuidoresde medicamentos que os revendiam aos consumidores finais. De acordo com o fato descrito, podemos concluir que:

a) o parecer dos auditores será emitido com ressalva

b) o parecer dos auditores será emitido com abstenção de opinião

c) o parecer dos auditores será emitido com ressalva e uma abstenção de opinião

d) o parecer dos auditores será emitido com um parágrafo de ênfase

e) por tratar-se de um serviço especial, não há que se falar em emissão de parecer

16. Ainda com relação à questão anterior, porém considerando um trabalho tradicional de auditoria externa, e sabendo-se que algumas mulheresengravidaram por conta do anticoncepcional “BO”, e que, em 1ª Instância, a Justiça concedeu ganhos individuais de R$80.000,00; e ainda que o produtofoi consumido por 120.000 mulheres; os auditores da Estou de Olho S/C. deveriam emitir um parecer para as demonstrações contábeis de 31.12.X9, cujopatrimônio líquido registrava R$200.000,00:

a) com ressalva

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b) limpo, se houvesse provisão

c) com abstenção de opinião, dada a impossibilidade de mensurar a incerteza

d) adverso

e) sem ressalva, com parágrafo de ênfase

17. Expressão utilizada no parecer com ressalva no caso de falta de divulgação de fato importante:

a) sujeito a. c) não concordamos.

b) exceto. d) errôneo.

18. Expressão utilizada no parecer com ressalva no caso de princípio contábil indevido:

a) sujeito a. c) não concordamos.

b) exceto. d) errôneo.

19. (AFRF) A opinião do auditor independente não deverá conter ressalva, no caso de omissão de apresentação, da seguinte informação:

a) restrições estatutárias sobre dividendos.

b) existência de acordo de acionistas e suas bases.

c) contratos relevantes de compromissos de compras.

d) transações e saldo com sociedades coligadas.

e) planejamento estratégico para o próximo exercício.

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20. O exame das demonstrações contábeis de sociedades controladas e/ou coligadas, relevantes por outros auditores independentes, implica a seguinteobrigação para o auditor da sociedade controladora:

a) ressalvar o seu parecer por este fato.

b) emitir parecer com parágrafo de ênfase.

c) destacar este fato em seu parecer.

d) emitir parecer com abstenção de opinião.

e) não considerar este fato em seu parecer.

21. Com relação aos pareceres de auditoria pode-se afirmar que:

I. O auditor deve dar negativa de parecer quando ele não obtém elementos comprobatórios suficientes para formar sua opinião sobre as demonstraçõesfinanceiras.

II. Limite no escopo da auditoria, demonstrações financeiras em desacordo com os princípios fundamentais de contabilidade e falta de divulgação deinformações em nota explicativa são motivos que levam o auditor a não emitir relatório sem ressalvas.

III. As demonstrações financeiras poderão ser afetadas por incertezas com relação a eventos futuros, cujos resultados finais não são suscetíveis de umaavaliação razoável na data da emissão do parecer. Nesse caso o auditor deve emitir um parecer sem ressalvas, pois os resultados finais serão conhecidossomente no futuro.

a) todas as afirmações estão incorretas.

b) apenas a afirmação II está correta.

c) apenas as afirmações I e II estão corretas.

d) apenas as afirmações II e III estão corretas.

e) todas as afirmações estão corretas.

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22. A empresa Coca-Cola utiliza insumos para fins de preparo de seu principal refrigerante, cuja fórmula está guardada em um cofre de banco, localizadona cidade de Atlanta, EUA. Para fins de emissão do Parecer dos Auditores independentes acerca das DCs da empresa, sabendo que o auditor não temacesso àquela fórmula, podemos afirmar que:

a) há um caso clássico de limitação de escopo, que enseja um parecer adverso.

b) há um caso clássico de limitação de escopo, que enseja um parecer com abstenção de opinião.

c) há um caso clássico de limitação de escopo, que enseja um parecer com ressalva.

d) o fato não representa qualquer desvio para fins de auditoria.

e) a empresa de auditoria deverá contratar um especialista, para fins de avaliação da fórmula do xarope.

23. (AFRF) Dadas as situações a seguir, identifique, na respectiva ordem, quais os tipos de parecer de auditoria mais adequados a cada situação:

I. O auditor constatou que a empresa Alpha S.A. somente faturava parte de suas mercadorias vendidas e que boa parte das mercadorias compradasentravam sem documentação hábil.

II. O auditor constatou que a empresa Beta S.A. não estava reconhecendo os juros e as variações monetárias de seus contratos de financiamentos junto aoBanco Empresta Tudo S.A., efetuando a contabilização somente no pagamento do empréstimo.

III. O auditor, ao executar os trabalhos na empresa Gama S.A., encontrou divergências no cálculo da provisão para contingências trabalhistas. Ao analisar arelevância dos números, percebeu que os mesmos não afetavam as demonstrações contábeis.

IV. O auditor, ao avaliar as demonstrações contábeis da empresa Omega S.A., não conseguiu compor o saldo das contas de financiamentos concedidos, nemdas contas de investimentos, saldos estes bastante relevantes.

a) com ressalva, adverso, abstenção de opinião e sem ressalva;

b) adverso, abstenção de opinião, sem ressalva e com ressalva;

c) adverso, com ressalva, sem ressalva e abstenção de opinião;

d) abstenção de opinião, sem ressalva, com ressalva e adverso;

e) abstenção de opinião, com ressalva, sem ressalva e adverso;

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24. (Petrobrás BR) No 4º ano de auditoria externa das demonstrações contábeis da Companhia Teles S/A, elaborados em 31/12 /2002, feitas sempre pelomesmo Auditor, ele comprovou, nos testes realizados, que a companhia vem enfrentando dificuldades crescentes nos níveis de inadimplência, localizadasem 2002, em 10%.

No conjunto de seus papéis de trabalho (PT), o Auditor fez anotações referentes aos aspectos abaixo:

I. Nenhuma duplicata vencida é dedutível do Lucro Real, nos termos da lei fiscal.

II. Constam no Balanço de 31/12/2002 os seguintes registros:

Duplicatas a receber 15.000.000

(-) Duplicatas descontadas (2.800.000)

III. Os dados acima, transcritos no PT, representam todas as iniciativas da empresa com relação à carteira de duplicatas a receber.

IV. O lucro líquido do exercício, apurado em 31/12/2002, foi de 26.500.000.

V. A Cia não tem investimentos em participações societárias permanentes.

Sabendo que o Auditor emitiu um parecer com ressalva, e considerando as informações recebidas, a lei societária e os princípios fundamentais decontabilidade, assinale, dentre os fundamentos abaixo, aquele que embasou o auditor para emitir tal tipo de parecer.

a) limite de escopo nos exames realizados.

b) parte do exame efetuado por outros auditores independentes.

c) demonstrações contábeis em desacordo com os princípios fundamentais de contabilidade.

d) falta de uniformidade na aplicação dos princípios fundamentais de contabilidade, pela Companhia.

e) incertezas quanto ao efeito de eventos futuros nas demonstrações contábeis.

25. (BNDES) Julgue as afirmações a seguir, com base nas normas de auditoria independente das demonstrações contábeis aprovadas pelo Conselho

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Federal de Contabilidade.

I. Se o Auditor tiver uma discordância com a administração da entidade a respeito do conteúdo ou forma de apresentação das demonstrações contábeis,este fato, isoladamente, não constitui motivo para que ele emita um parecer com ressalva.

II. Quando ocorrer incerteza em relação a fato relevante, cujo desfecho poderá afetar significativamente a posição patrimonial e financeira da entidade, oauditor deve empregar um parágrafo de ênfase em seu parecer, fazendo referência à nota explicativa que deve descrever, da melhor forma possível, essaincerteza.

III. Como o sistema contábil e de controles internos é de responsabilidade exclusiva da administração da entidade, o auditor está desobrigado de efetuarsugestões objetivas para seu aprimoramento, decorrentes de constatações feitas no decorrer do seu trabalho.

Pode-se dizer que:

a) todas as afirmações estão incorretas.

b) apenas a afirmação I está correta.

c) apenas a afirmação II está correta.

d) apenas a afirmação III está correta.

e) apenas as afirmações II e III estão corretas.

26. O fato de a administração se recusar a fornecer uma declaração que o auditor considere necessária constitui uma limitação de alcance. Nesse caso, oauditor deve expressar um(a):

a) parecer com ressalva ou com abstenção de opinião.b) parágrafo de ênfase ou abstenção de opinião.c) negativa de opinião ou com parágrafo de ênfase.d) parecer de incerteza ou com abstenção de opinião.e) parecer com ressalva ou com parágrafo de ênfase.

27. Quando outros auditores independentes emitirem parecer de auditoria de empresas controladas e coligadas relevantes, o auditor da empresacontroladora, em seu exame de consolidação, deve:

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a) revisar os papéis de trabalho de auditores das empresas controladas/coligadas.

b) emitir um ressalva de limitação de escopo em seu parecer de auditoria.

c) desconsiderar os trabalhos dos auditores das empresas controladas/coligadas.

d) abster-se de opinião dos valores consolidados auditados por outros auditores.

e) basear-se exclusivamente no parecer dos outros auditores independentes.

28. (Petrobrás - Adptado) Analise os dados abaixo referente a auditoria do exercício de 2004.

10/06/2004 – o auditor concluiu o planejamento de auditoria;

15/10/2004 – o auditor fez a visita de ínterim à empresa auditada;

05/11/2004 – o auditor concluiu os trabalhos de análise dos controles internos e revisão analítica;

10/01/2005 – o auditor retornou à empresa para efetuar os procedimentos remanescentes de auditoria referente ao encerramento do exercício;

15/02/2005 – o auditor terminou o trabalho de campo;

20/02/2005 – o auditor elaborou e imprimiu o parecer da auditoria realizada;

22/02/2005 – o parecer foi revisado e assinado.

A data considerada para a emissão do parecer é:

a) 10/06/2004 c) 10/01/2005 e) 20/02/2005

b) 05/11/2004 d) 15/02/2005

29. A incerteza pode ocorrer por diversos motivos, como por exemplo, a curva declinante de venda de um determinado produto ou segmento de mercado;também podemos destacar as contingências fiscais, trabalhistas, entre outras. Em qualquer das hipóteses de incerteza, caso a mesma seja relevante, caberáao auditor:a) incluir no seu parecer, sob forma de ressalva, se for o caso, os necessários esclarecimentos que permitam a correta interpretação das demonstraçõescontábeis.

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b) incluir no seu parecer, sob forma de parágrafo de ênfase, os necessários esclarecimentos que permitam a correta interpretação das demonstraçõescontábeis.c) incluir nas notas explicativas, os necessários esclarecimentos que permitam a correta interpretação das demonstrações contábeis.d) incluir no seu parecer, sob forma de parágrafo de ênfase, modificando a natureza do mesmo, os necessários esclarecimentos que permitam a corretainterpretação das demonstrações contábeis.

30. Ao utilizar os trabalhos já efetuados pela auditoria interna em seus testes substantivos, se o auditor independente julgar que o volume de testes não ésuficiente, ele deve:

a) ressalvar o parecer de auditoria.

b) abster-se de emitir uma opinião de auditoria.

c) requisitar novos testes à auditoria interna.

d) efetuar testes adicionais necessários.

e) incluir uma nota explicativa.

31. No âmbito do serviço público, as normas relativas à opinião do auditor estabelecem os seguintes tipos de parecer ou certificado:

a) pleno, com ressalva e abstenção de opinião.

b) sem ressalva ou com abstenção de opinião.

c) positivo, negativo e omissão de opinião.

d) sem ressalva, com ressalva e adverso.

e) regularidade, regularidade com ressalva e de irregularidade.

32. Após uma série de respostas de advogados da empresa auditada, o auditor segregou os processos judiciais movidos contra a empresa em três categorias

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de chance de insucesso, a saber: provável, possível e remota. Quando os processos forem classificados como prováveis, cujo efeito não possa serrazoavelmente estimado, o auditor deve emitir um parecer:

a) sem ressalva.

b) com parágrafo de ênfase.

c) com ressalva.

d) adverso.

e) N.R.A.

33. O parecer-padrão de auditoria é composto por parágrafos que informam a:

a) identificação da responsabilidade dos administradores e do auditor – a opinião sobre as demonstrações contábeis – o reporte aos acionistas.

b) identificação da responsabilidade do auditor e a opinião sobre as demonstrações contábeis – o reporte aos acionistas.

c) extensão e execução do trabalho – a responsabilidade dos administradores – a opinião do auditor sobre as demonstrações contábeis.

d) identificação das demonstrações contábeis – a responsabilidade dos auditores – a opinião dos auditores.

e) identificação das demonstrações contábeis e à definição das responsabilidades da administração e do auditor – extensão dos trabalhos – opinião sobresàs demonstrações contábeis.

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MODELO DE RELATÓRIO DE RECOMENDAÇÕES

À

Diretoria da

Empresa ABC

Rio de Janeiro - RJ

“CONFIDENCIAL”

31 de março de 19X2

Atenção: Sr. Fulano

Prezados Senhores,

Examinamos as demonstrações contábeis da Empresa ABC para o exercício findo em 31 de dezembro de 19X1. Como parte de nosso exame, apresentamosesse relatório, com comentários e sugestões, sobre problemas que vieram a nosso conhecimento durante o decurso normal dos trabalhos de auditoria.

Cabe informar que nosso trabalho foi efetuado de acordo com as normas de auditoria geralmente aceitas, com o objetivo de emitir um parecer sobre asreferidas demonstrações contábeis, e, conseqüentemente, este relatório não abrange todos os problemas que possivelmente seriam detectados por umarevisão especial ou de maior profundidade.

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EXEMPLO: Caixa e Bancos

Existia, em 31 de dezembro de 19X1, na conta corrente do Banco do Brasil S.A. um saldo de R$ 1.000.000 sem ser movimentado nos últimos 6 meses.

Caso esse numerário tivesse sido aplicado a uma taxa de mercado, para o período de tempo referente a sua não-utilização, a empresa teria tido umrendimento adicional de R$ 6.000.

Recomendamos que sejam acompanhadas as folgas de caixa, no sentido de que os recursos em excesso às necessidades normais sejam devidamenteaplicados.

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MODELOS DE PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

MODELO 1 – Sem ressalva

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

Aos

Acionistas da Empresa ABC.

Examinamos os balanços patrimoniais da Empresa ABC, levantados em 31 de dezembro de 19X1 e de 19X0, e as respectivas demonstrações do resultado,das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob aresponsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis.

Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dossaldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da entidade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registrosque suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pelaadministração da entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial efinanceira da Empresa ABC em 31 de dezembro de 19X1 e de 19X0, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e

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aplicações de seus recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Rio de Janeiro, 05 de março de 19X2

Assinatura

Nome do auditor-responsável técnico

Contador - N.º de registro no CRC

Nome da empresa de auditoria

N.º de registro cadastral no CRC

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MODELO 2 – Sem ressalva (consolidado)

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

Aos

Acionistas da Empresa ABC.

Examinamos os balanços patrimoniais consolidados da Empresa ABC e suas controladas, levantados em 31 de dezembro de 19X1 e de 19X0, e as respectivasdemonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas,elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis.

Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dossaldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da entidade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registrosque suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pelaadministração da entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial efinanceira da Empresa ABC e suas controladas em 31 de dezembro de 19X1 e de 19X0, os resultados consolidados de suas operações, as mutações de seupatrimônio líquido e as origens e aplicações consolidadas de seus recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticascontábeis adotadas no Brasil.

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Rio de Janeiro, 05 de março de 19X2

Assinatura

Nome do auditor-responsável técnico

Contador - N.º de registro no CRC

Nome da empresa de auditoria

N.º de registro cadastral no CRC

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MODELO 3 – Sem ressalva (divisão de responsabilidades)

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

Aos

Acionistas da Empresa ABC.

Examinamos os balanços patrimoniais da Empresa ABC, levantados em 31 de dezembro de 19X1 e de 19X0, e as respectivas demonstrações do resultado,das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob aresponsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. As demonstraçõescontábeis da controlada WMA S.A., relativas aos exercícios findos em 31 de dezembro de 19X1 e de 19X0, foram examinadas por outros auditoresindependentes, e nossa opinião, no que diz respeito aos valores dos investimentos e dos resultados decorrentes dessa controlada está baseado no parecerdesses auditores.

Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dossaldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da entidade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registrosque suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pelaadministração da entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

Em nossa opinião, com base em nossos exames e no parecer de outros auditores independentes, as demonstrações contábeis acima referidas representamadequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Empresa ABC em 31 de dezembro de 19X1 e de 19X0, o resultado desuas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo

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com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Rio de Janeiro, 05 de março de 19X2

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MODELO 4 – Sem ressalva (c/ parágrafo de ênfase – incerteza)

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

Aos

Acionistas da Empresa ABC.

Examinamos os balanços patrimoniais da Empresa ABC, levantados em 31 de dezembro de 19X1 e de 19X0, e as respectivas demonstrações do resultado,das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob aresponsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis.

Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dossaldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da entidade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registrosque suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pelaadministração da entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial efinanceira da Empresa ABC em 31 de dezembro de 19X1 e de 19X0, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens eaplicações de seus recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

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Conforme mencionado na nota explicativa nº 10, a companhia está envolvida em diversos processos fiscais e trabalhistas. Os administradores e advogadossão de opinião que as provisões constituídas são suficientes para cobrir eventuais perdas no desfecho desses processos.

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MODELO 5 – Sem ressalva (DCs do exercício anterior não auditada ou auditada por outros auditores)

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

Aos

Acionistas da Empresa ABC.

Examinamos o balanço patrimonial da Empresa ABC, levantado em 31 de dezembro de 19X1, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações dopatrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de suaadministração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis.

Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria e compreendeu: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, ovolume de transações e o sistema contábil e de controles internos da entidade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros quesuportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pelaadministração da entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

Em nossa opinião, as demonstrações contábeis referidas no parágrafo 1º representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimoniale financeira da Empresa ABC em 31 de dezembro de 19X1, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações deseus recursos referentes ao exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

DCs do exercício anterior não auditada

Não examinamos, nem foram examinadas por outros auditores independentes, asdemonstrações contábeis do exercício findo em 31 de dezembro de 19X0, cujosvalores são apresentados para fins comparativos, e, conseqüentemente, não emitimosopinião sobre elas.

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DCs do exercício anterior auditada por outros auditores

As demonstrações contábeis relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 19X0foram examinadas por auditores independentes, que emitiram parecer, sem ressalva(ou indicar as correspondentes ressalvas), datado de 10 de março de 19X1.

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MODELO 6 – Com ressalva (falta de informações)

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

Aos

Acionistas da Empresa ABC.

Examinamos os balanços patrimoniais da Empresa ABC, levantados em 31 de dezembro de 19X1 e de 19X0, e as respectivas demonstrações do resultado,das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob aresponsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis.

Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dossaldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da entidade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registrosque suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pelaadministração da entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

O terreno e os edifícios da fábrica da companhia foram dados em 19X1 em garantia de financiamento a longo prazo.

Em nossa opinião, exceto pela falta de divulgação da informação mencionada no parágrafo anterior, as demonstrações contábeis acima referidas representamadequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Empresa ABC em 31 de dezembro de 19X1 e de 19X0, o resultado desuas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo

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com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

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MODELO 7 – Com ressalva (em desacordo c/ os princípios contábeis)

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

Aos

Acionistas da Empresa ABC.

Examinamos os balanços patrimoniais da Empresa ABC, levantados em 31 de dezembro de 19X1 e de 19X0, e as respectivas demonstrações do resultado,das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob aresponsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis.

Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dossaldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da entidade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registrosque suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pelaadministração da entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

A provisão para o imposto de renda sobre o lucro é contabilizada pela companhia apenas quando da realização desse lucro para fins fiscais. Em nossaopinião, essa prática não está de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade, os quais requerem que essa provisão seja registrada no mesmo anoem que o lucro foi computado no resultado do exercício. Se essa provisão tivesse sido contabilizada, o lucro líquido estaria menor em R$ 22.000 e R$ 19.000,em 19X1 e 19X0, respectivamente.

Em nossa opinião, exceto quanto à falta de constituição da provisão para o imposto de renda sobre o lucro, comentada no parágrafo anterior, asdemonstrações contábeis acima referidas representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Empresa ABC

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em 31 de dezembro de 19X1 e de 19X0, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursosreferentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

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MODELO 8 – Com ressalva (Limitação de escopo do exame)

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

Aos

Acionistas da Empresa ABC.

Examinamos o balanço patrimonial da Empresa ABC, levantado em 31 de dezembro de 19X1, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações dopatrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de suaadministração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis.

Exceto pelo mencionado no parágrafo 3º, nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria e compreendeu: (a) o planejamento dostrabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da entidade; (b) a constatação, com baseem testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativascontábeis mais representativas adotadas pela administração da entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

Pelo fato de termos sido contratados pela Empresa ABC após 31 de dezembro de 19X1, não acompanhamos os inventários físicos dos estoques naquela data,registrados no balanço patrimonial pela importância de R$ 100.000, nem foi possível firmar juízo sobre a existência dos estoques por meio de procedimentosalternativos de auditoria.

Em nossa opinião, exceto pelos efeitos de possíveis ajustes que poderiam resultar da aplicação dos procedimentos de auditoria omitidos, mencionados noparágrafo 3º, as demonstrações contábeis referidas no parágrafo 1º representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial efinanceira da Empresa ABC em 31 de dezembro de 19X1, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de

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seus recursos referentes ao exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Não examinamos, nem foram examinadas por outros auditores independentes, as demonstrações contábeis do exercício findo em 31 de dezembro de 19X0,cujos valores são apresentados para fins comparativos, e, conseqüentemente, não emitimos opinião sobre elas.

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Ainda com base no exemplo do item anterior, mas supondo, agora, que os estoques tivessem valor muito significativo e com efeitos potenciais relevantes emrelação às demonstrações contábeis, não bastará parecer com ressalva, sendo necessária abstenção de opinião.

MODELO 9 – Abstenção de opinião

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Aos

Acionistas da Empresa ABC.

Fomos contratados para auditar as demonstrações contábeis da Empresa ABC relativas ao exercício social findo em 31 de dezembro de 19X1, elaboradas soba responsabilidade de sua administração.

Pelo fato de termos sido contratados pela Empresa ABC após 31 de dezembro de 19X1, não acompanhamos as contagens físicas dos estoques naquela data,registrados no balanço patrimonial pela importância de R$ 500.000, nem foi possível firmarmos opinião sobre a existência dos estoques por meio deprocedimentos alternativos de auditoria.

Devido à relevância dos procedimentos omitidos, conforme mencionado no parágrafo 2, a extensão do nosso exame não foi suficiente para nos possibilitarexpressar, e por isso não expressamos, opinião sobre as demonstrações contábeis da Empresa ABC em 31 de dezembro de 19X1, referidas no parágrafo 1.

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MODELO 10 – Abstenção de opinião

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

Aos

Acionistas da Empresa ABC.

Fomos contratados para auditar as demonstrações contábeis da Empresa ABC relativas ao exercício social findo em 31 de dezembro de 19X1, elaboradas soba responsabilidade de sua administração.

Não foi possível determinar o custo corrigido do ativo imobilizado, já que a empresa não mantém registros subsidiários ou documentos comprobatórios deseus valores. Conseqüentemente, não nos foi possível formular opinião sobre as depreciações de máquinas, equipamentos e veículos que constam no balançoem 31 de dezembro de 19X1.

Devido à imposição da administração, não solicitamos aos clientes que confirmassem seus débitos para com a empresa. Como conseqüência, não pudemosconfirmar o saldo de duplicatas a receber no total de R$ 83.500 e avaliar o saldo da provisão para créditos de liquidação duvidosa.

Devido à relevância dos procedimentos omitidos, conforme mencionado nos parágrafos 2 e 3, a extensão do nosso exame não foi suficiente para nospossibilitar expressar, e por isso não expressamos, opinião sobre as demonstrações contábeis da Empresa ABC em 31 de dezembro de 19X1, referidas noparágrafo 1.

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MODELO 11 – Adverso

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

Aos

Acionistas da Empresa ABC.

Examinamos os balanços patrimoniais da Empresa ABC, levantados em 31 de dezembro de 19X1 e de 19X0, e as respectivas demonstrações do resultado,das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob aresponsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis.

Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dossaldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da entidade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registrosque suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pelaadministração da entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

A variação cambial sobre os empréstimos em moeda estrangeira está sendo contabilizada pela companhia somente por ocasião do pagamento ao credor noexterior. Em nossa opinião, essa prática está em desacordo com os princípios fundamentais de contabilidade, os quais requerem que a variação cambial sejaregistrada no regime de competência, ou seja, no ano em que houve a mudança na taxa de câmbio. Se a variação cambial tivesse sido contabilizada, o lucrolíquido estaria a menor em R$ 57.000 e R$ 59.000, em 19X1 e 19X0, respectivamente.

Em nossa opinião, devido à relevância dos efeitos do assunto comentado no parágrafo anterior, as demonstrações contábeis acima referidas não representamadequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Empresa ABC em 31 de dezembro de 19X1 e de 19X0, o resultado de

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suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordocom as práticas contábeis adotadas no Brasil.

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MODELO 12 – Sem ressalva (divisão de responsabilidades - Atuário)

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

À

Diretoria da Empresa ABC - Sociedade de Previdência Privada

Examinamos os balanços patrimoniais da Empresa ABC - Sociedade de Previdência Privada levantados em 31 de dezembro de 19X1 e 19X0 e as respectivasdemonstrações de resultados e dos fluxos financeiros, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob responsabilidade de suaadministração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.

Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dossaldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da entidade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registrosque suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pelaadministração da entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

As reservas técnicas e os fundos foram determinados com base em cálculos atuariais efetuados por atuário independente. Nossa opinião, no que se relacionaa essas reservas e fundos, é fundamentada em parecer do referido atuário.

Em nossa opinião, com base em nossos exames e no parecer do atuário independente, conforme mencionado no parágrafo anterior, as demonstraçõesfinanceiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Empresa ABC - Sociedadede Previdência Privada em 31 de dezembro de 19X1 e 19X0, os resultados de suas operações e as modificações na sua posição financeira, correspondentesaos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

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EXEMPLO DE CARTA DE RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO

(cidade) (dia) (mês) (ano)

.............................., ........... de .......................... de ..............

A

(nome do auditor)

(endereço do escritório que vai emitir o parecer)

Prezados Senhores:

REF.: Carta de Responsabilidade da Administração da (nome da entidade), referente às Demonstrações Contábeis levantadas em (data)

.................................

A presente refere-se aos exames procedidos por V. Sas. nas demonstrações contábeis de nossa entidade, correspondentes ao exercício (ou período – quandose tratar de menos de 12 meses) findo em .......... de ......................... de ............. e está sendo emitida em atendimento às exigências das Normas de AuditoriaIndependente, aprovadas pelo Conselho Federal de Contabilidade.

Nesse sentido, estamos confirmando a V. Sas. as seguintes informações:

O sistema contábil e de controles internos adotados pela entidade no período são de nossa responsabilidade, sendo adequados ao tipo de atividade evolume de transações que tem nossa entidade.

1.

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Confirmamos que todas as transações efetuadas no período pela nossa entidade foram devidamente registradas na contabilidade de acordo com alegislação vigente.

2.

A entidade tem cumprido todas as disposições de seus contratos que poderiam, em caso de descumprimento, ter um efeito relevante sobre asdemonstrações contábeis.

3.

Nossa administração cumpriu todas as normas e regulamentos a que a entidade está sujeita e não houve qualquer comunicação referente àinobservância de exigências de autoridades regulamentadoras com respeito a aspectos financeiros.

4.

Foram adequadamente contabilizados e divulgados nas demonstrações contábeis:5.

a) transações e saldos com “partes relacionadas”;

b) prejuízos ou lucros decorrentes de compromissos de compra e venda;

c) acordos para a recompra de ativos anteriormente vendidos;

d) ativos dados em garantia.

Não temos planos ou intenções que possam afetar substancialmente o valor ou a classificação de ativos e passivos constantes das demonstraçõescontábeis.

6.

Que todos os livros, registros contábeis, documentação comprobatória e todas as atas das reuniões dos Acionistas (ou Sócios, Associados e Diretores),foram colocados à sua disposição.

7.

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Não existem irregularidades pendentes envolvendo a administração ou empregados que possam ter efeito significativo sobre as demonstraçõescontábeis.

8.

A entidade não tem ônus ou gravames sobre os seus ativos que não os mencionados na nota explicativa n° ..........9.

As estimativas foram contabilizadas com base em dados consistentes confirmados por nossos assessores jurídicos (ou outros assessores, quandonecessário).

10.

Não há quaisquer contingências fiscais, trabalhistas, previdenciárias, comerciais e legais que possam afetar a situação financeira e patrimonial daentidade e influir significativamente na sua avaliação como empreendimento em continuidade.

11.

OU

As contingências fiscais, trabalhistas, previdenciárias, comerciais e legais, que reconhecemos existir nesta data são:

a)

b)

c)

O não reconhecimento destas contingências está fundamentado no parecer de nossos assessores jurídicos, cuja cópia já entregamos a V. Sas.

Não é de nosso conhecimento qualquer evento subseqüente à data do encerramento do exercício até a presente data, que possa afetar de formarelevante a posição patrimonial e financeira, bem como o resultado do período.

12.

Não há nenhum fato conhecido que possa impedir a continuidade normal das atividades da entidade.13.

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Julgamos que os seguros contratados foram efetuados em valores suficientes para cobrir eventuais sinistros que possam ocorrer, impedindo acontinuidade normal dos negócios sociais.

14.

Outros esclarecimentos (se houver).15.

Atenciosamente,

DIRETOR (ES) CONTABILISTA

(Nome e cargo) (Nome e n° de registro no CRC)

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Capítulo 11

CONTROLE DE AUDITORIA GOVERNAMENTAL COM

ENFOQUE EM AUDITORIA

OPERACIONAL

Controle e Auditoria Governamental enfocando Auditoria Operacional é a questão desenvolvida neste trabalho. A auditoria operacional fundamenta-se notrabalho realizado nos setores público e privado. Muitos progressos alcançados podem ser creditados à Controladoria Geral dos Estados Unidos (“GAO -General Accouting Office”), a entidade de auditoria governamental no Congresso Norte Americano e outras proeminentes organizações, em âmbito estaduale de auditoria interna, estimulada e promovida pelo Instituto Americano de Contadores Públicos Certificados (“AICPA”).

Pela auditoria operacional tem-se uma avaliação da eficácia da entidade em cumprir seus objetivos, programas e metas, e da eficiência, economicidade elegalidade na administração de seus recursos.

Destaca-se das finalidades do Controle Interno o apoio ao Controle Externo no exercício de sua missão institucional e define-o conforme os art. 4º e 5º daMP nº 1.348, de l2/03/96, mostra como o Controle Interno tem contribuído para o país, e como os seus clientes o vê.

Os resultados da auditoria operacional terão que ser suficientemente fundamentados para sustentarem as conclusões do auditor, destacando-se: asautorizações, metas (eficácia, eficiência e economicidade), condições, efeitos e recomendações.

As etapas da Auditoria Operacional: Planejamento, Execução e Relatório não diferem da auditoria convencional. O modelo desenvolvido pelo TCU enfatiza

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a etapa do planejamento denominado Visão Geral.

Finalmente, este trabalho, além de informar os passos sobre a auditoria operacional no Controle Interno e Externo evidencia um caminho para a tomada dedecisão tanto do auditor como de seu dirigente.

I - Introdução

A questão Controle e Auditoria Governamental com Enfoque em Auditoria Operacional é desenvolvida, neste trabalho, com muita propriedade, devido aoenvolvimento na pesquisa, apesar de ser um assunto bastante complexo. Torna-se ainda mais difícil, tendo em vista os modernos e

complexos órgãos e empresas que estão sob o Controle Governamental.

As exigências e as pressões em favor do cidadão, origem dos recursos financeiros estatais e o efetivo da soberania de todas as Nações, por ser esse quem pagaos impostos, obriga cada vez mais, a transparência da gestão e/ou administração dos bens públicos.

Ressalta-se que, as informações aqui apresentadas, em sua maioria, foram obtidas através da Área de Auditoria da Secretaria Federal de Controle,Coordenação Geral de Auditoria da CISET/MARE, SAUDI/TCU, CISET/MME, Association of Government Accountants, bem como, a experiência

do autor em auditoria governamental. A finalidade das Secretarias de Controle Interno dos Ministérios Civis - CISET’s em: “apoiar o controle externo noexercício de sua missão

institucional” é difundida, também, na execução da auditoria operacional.

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Comprovar a legalidade e legitimidade e avaliar os resultados, quanto à economicidade, eficiência e eficácia da gestão orçamentária, financeira epatrimonial nas unidades da administração direta e entidades supervisionadas da administração federal, bem como a aplicação de recursos públicos porentidades de direito privado.

1.

Dar suporte ao exercício pleno da supervisão ministerial, através das seguintes atividades básicas:2.

Examinar a observância da legislação federal específica e normas correlatas;1.

Avaliar a execução dos programas de governo, dos contratos, convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres;2.

Observar o cumprimento, pelos órgãos e entidades, dos princípios fundamentais de planejamento, coordenação, descentralização, delegação decompetência e controle;

3.

Avaliar o desempenho administrativo e operacional das unidades da administração direta e entidades supervisionadas;4.

Verificar o controle e a utilização dos bens e valores sob uso e guarda dos administradores ou gestores;5.

Examinar e avaliar as transferências e a aplicação dos recursos orçamentários e financeiros das unidades da administração direta e entidadessupervisionadas; e

6.

Verificar e avaliar os sistemas de informações e a utilização dos recursos computacionais das unidades da administração direta e entidadessupervisionadas.

7.

II – Objetivos operacionais da auditoria governamental

Examinar a regularidade e avaliar a eficiência da gestão administrativa e dos resultados alcançados.1.

Apresentar subsídios para o aperfeiçoamento dos procedimentos administrativos e controles internos das unidades da administração direta e entidadessupervisionadas.

2.

Constituem objeto do exame de auditoria:1.

Os sistemas administrativo e operacional de controle interno utilizados na gestão orçamentária, financeira e patrimonial;1.

A execução dos planos, programas, projetos e atividades que envolvam recursos públicos;2.

A aplicação dos recursos transferidos pelo Tesouro Nacional a entidades públicas ou privadas;3.

Os contratos firmados por gestores públicos com entidades privadas para prestação de serviços, execução de obras e fornecimento de materiais;4.

Os processos de licitação, sua dispensa ou inexigibilidade;5.

Os instrumentos e sistemas de guarda e conservação dos bens e do patrimônio sob responsabilidade das unidades da administração direta e entidadessupervisionadas;

6.

Os atos administrativos que resultem direitos e obrigações para o Poder Público, em especial os relacionados com a contratação de empréstimos7.

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internos ou externos e com a concessão de avais;

A arrecadação e a restituição de receitas de tributos federais;8.

Os sistemas eletrônicos de processamento de dados, suas entradas (inputs) e informações de saída (outputs), objetivando constatar:1.

1. segurança física do ambiente e das instalações do Centro de Processamento de Dados (CPD);1.

2. segurança lógica e a confidencialidade nos sistemas (SOFTWARE) desenvolvidos em computadores de diversos portes;2.

3. eficácia dos serviços prestados pela área de informática;3.

4. eficiência na utilização dos diversos computadores (HARDWARE) existentes na entidade; e4.

5. verificação do cumprimento da legislação pertinente.5.

III – Abrangência de atuação

A abrangência de atuação da auditoria inclui as atividades de gestão das unidades da administração direta, entidades supervisionadas, programas de trabalho,recursos e sistemas de controles administrativo, operacional e contábil.

Estão sujeitos à auditoria:1.

Pessoas, nos diferentes níveis de responsabilidade;1.

Mediante tomada de contas:2.

- Os ordenadores de despesas das unidades da administração direta;1.

- Aqueles que arrecadarem, gerirem ou guardarem dinheiros, valores e bens da União, ou que por eles respondam; e2.

- Aqueles que, estipendiados ou não pelos cofres públicos, e que, por ação ou omissão, derem causa a perda, subtração, extravio ou estrago devalores, bens e materiais da União pelos quais sejam responsáveis.

3.

Mediante prestação de contas:

- Os dirigentes das entidades supervisionadas da administração indireta;1.

- Os responsáveis por entidades ou organizações, de direito público ou privado, que se utilizem de contribuições para fins sociais, recebamsubvenções ou transferências à conta do Tesouro.

2.

- Unidades da administração direta;3.

- Entidades supervisionadas da administração indireta:4.

2.

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Autarquias;1.

Empresas públicas;2.

Sociedades de economia mista;3.

Fundações públicas;4.

Serviços sociais autônomos;5.

Conselhos federais de fiscalização das profissões liberais;6.

Fundos especiais e fundos setoriais de investimentos;7.

Empresas subsidiárias, controladas, coligadas ou quaisquer outras de cujo capital o poder público tenha o controle direto ou indireto; e8.

Empresas supranacionais de cujo capital social a União participe de forma direta ou indireta, nos termos de seus tratados constitutivos,inclusive em virtude de incorporação ao patrimônio público.

9.

Recursos10.

Todos os recursos originários da lei orçamentária anual, de créditos adicionais, de operações de crédito da União, assim como as receitas próprias e asaplicações da administração federal direta ou indireta, inclusive fundos especiais.

3.

IV – Formas de auditoria governamental

Diretas - quando realizadas com a utilização de Analistas de Finanças e Controle - Auditor, com atribuição de auditoria, em exercício nos órgãosseccionais, regionais ou setoriais do sistema.

1.

Integradas - quando realizadas por mais de uma unidade de auditoria do Sistema de Controle Interno - SCI.2.

Compartilhadas - quando realizadas com a utilização de auditores de uma entidade para, em conjunto com Auditor do órgão seccional, regional ousetorial, sob a coordenação do órgão seccional, desenvolverem trabalhos específicos na própria entidade auditada ou numa terceira.

3.

Subsidiárias - quando realizadas pelas respectivas unidades de auditoria interna das entidades em exame, sob a orientação do órgão seccional, regionalou setorial do Sistema.

4.

Indiretas - quando realizadas por firmas ou empresas privadas de auditoria, contratadas em caráter supletivo, devido a situações excepcionais, para, soba supervisão do órgão seccional, regional ou setorial do Sistema, efetuarem trabalhos em entidades ou projetos.

5.

V – Tipos de auditoria governamental

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Auditoria de Gestão - objetiva emitir opinião com vistas a certificar a regularidade das contas, verificar a execução de contratos, convênios, acordosou ajustes, a probidade na aplicação dos dinheiros públicos e na guarda ou administração de valores e outros bens da União ou a ela confiados,compreendendo, entre outros, os seguintes aspectos:

- Exame das peças que instruem os processos de tomada ou prestação de contas;1.

- Exame da documentação comprobatória dos atos e fatos administrativos;2.

- Verificação da existência física de bens e outros valores;3.

- Verificação da eficiência dos sistemas de controles administrativo e contábil; e4.

- Verificação do cumprimento da legislação pertinente.5.

1.

Auditoria de Programas - objetiva acompanhar, examinar e avaliar a execução de programas e projetos governamentais específicos, bem como aaplicação de recursos descentralizados, compreendendo, entre outros, os seguintes aspectos:

- Análise da realização físico-financeira em face dos objetivos e metas estabelecidos;1.

- Análise dos demonstrativos e dos relatórios de acompanhamento produzidos com vistas à avaliação dos resultados alcançados e a eficiênciagerencial;

2.

- Verificação da documentação instrutiva e comprobatória, quanto à propriedade dos gastos realizados; e3.

- Análise da adequação dos instrumentos de gestão -contratos, convênios, acordos, ajustes e outros congêneres -para consecução dos planos,programas, projetos e atividades desenvolvidas pelo gestor, inclusive quanto à legalidade e diretrizes estabelecidas.

4.

2.

Auditoria Operacional - atua nas áreas inter-relacionadas do órgão/entidade, avaliando a eficácia dos seus resultados em relação aos recursosmateriais, humanos e tecnológicos disponíveis, bem como a economicidade e eficiência dos controles internos existentes para a gestão dos recursospúblicos. Sua filosofia de abordagem dos fatos é de apoio, pela avaliação do atendimento às diretrizes e normas, bem como pela apresentação desugestões para seu aprimoramento.

3.

Auditoria Contábil - é a técnica que, utilizada no exame dos registros e documentos e na coleta de informações e confirmações, medianteprocedimentos específicos, pertinentes ao controle do patrimônio de um órgão ou entidade, objetiva obter elementos comprobatórios suficientes quepermitam opinar se os registros contábeis foram efetuados de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade e se as demonstrações delesoriginárias refletem, adequadamente, a situação econômico-financeira do patrimônio, os resultados do período administrativo examinado e as demaissituações nelas demonstradas.

4.

Auditoria de Sistema - objetiva assegurar a adequação, privacidade dos dados e informações oriundas dos sistemas eletrônicos de processamento dedados, observando as diretrizes estabelecidas e a legislação específica.

5.

Auditoria Especial - objetiva o exame de fatos ou situações consideradas relevantes, de natureza incomum ou extraordinária, sendo realizadas paraatender determinação do Presidente da República, Ministros de Estado ou por solicitação de outras autoridades.

6.

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Capítulo 12

AUDITORIA EM COMPUTADORES

Introdução

A expansão mundial por meios eletrônicos não pode ser contestada, pois programas de última geração estão ao alcance, tanto de pessoas físicas como deentidades constituídas. A escolha do tema deve ao fato de ser um assunto atual e de significância relevante para todo segmento constituído, sendo a suapresença indispensável para uma comunicação rápida e com resultados obtidos num menor espaço de tempo.

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Outro fator que estimulou a dissertar sobre o tema está relacionado à sabotagem eletrônica que constantemente verifica-se nas empresas de diversossegmentos, tanto no ramo privado como público. Salienta também que as fraudes informatizadas, na maioria das vezes, têm a conivência de elementos ligadosdiretamente à empresa. No âmbito dessas considerações, o trabalho enfoca o desenvolvimento tecnológico e a automação das empresas e as fraudesinformatizadas.

Desenvolvimento Tecnológico

Na atualidade, observa-se que em uma economia cada vez mais globalizada, impulsionada pela informatização, por meio da difusão dessa nova tecnologiapelo planeta, não como uma posição ideológica, mas como uma necessidade inerente ao próprio processo, quem não se adaptar ao novo padrão econômico,estará fadado a obsolência.

Em relação ao mercado de trabalho, ocorrem também profundas mudanças com os trabalhadores do conhecimento, os quais passam a ser centro gravitacionalda força de trabalho em lugar do trabalhador tradicional, exigindo das empresas um esforço contínuo no desenvolvimento e capacitação dessa mão-de-obra,evidenciando a necessidade de parcerias com governos, instituições de ensino público e privado, além de programas de treinamento e educação internos, demotivação, com o fim de promover a “satisfação” de seus empregados, inclusive com a utilização de métodos de reconhecimento e ou recompensa.

Nesse contexto, as empresas investem na formação de profissionais para uma melhor adaptação às mudanças exigidas pelo novo sistema econômico, de umpadrão caracterizado pela energia barata, por um sistema rígido e escalas maciças de produção, para outro padrão baseado em menor consumo de energia,baixo custo de processamento, transmissão de informações robotizadas, propiciando estruturas produtivas mais flexíveis e de menor escala.

Sob o novo padrão, o valor da transformação industrial tende a incorporar relativamente mais informações que valores energéticos e de matérias. Portanto, onovo padrão de desenvolvimento imposto pela globalização é condicionado pelas novas tecnologias nucleadas pela informação. Desta maneira, pode-se dizerque:

“Globalização, individualidade, negócios são os fatores do trinômio norteador do ambiente profissional em transformação. A sociedade globalizada é o ambiente em que todos buscam

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participação ativa em processos de mudanças, querem contribuir no enorme esforço para continuada evolução tecnológica, necessitam suplantar idéias e práticas das comunidades em quetenham influencia.” (GIL, 1999a, p.17).

Assim, destaca-se como a grande impulsionadora deste processo de modernização a informática, sendo a tecnologia o ponto que possibilita, medianteequipamentos programáveis e de controle, a superação da rigidez dos planos tradicionais. Isso permite mudar a produção em massa pela produção em lotes,redefinindo a questão da modernização. Desta forma, constata-se que:

“As tecnologias da informação são a essência da economia atual e todas as empresas em todas as

atividades econômicas dependerão da informatização para criar e controlar seu destino e, o valor econômico da geração, uso e venda da informatização está crescendo muito mais rápido doque o valor criado pela produção de mercadorias e serviços tradicionais. Colocam que o valor de qualquer produto pode ser aumentado pela inclusão nele, de inteligência, conteúdo deinformação e serviços.” (DAVIS, 1993, p.1).

Automação das Empresas

No entanto, é relevante salientar que com a automação das empresas ampliaram-se os riscos de fraude e pirataria e de conivência, que sem dúvidas alguma seconstitui em uma ameaça concreta ao excelente desempenho das empresas. Portanto, para o Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo(1999) fica nítido que a segurança é, hoje um dos maiores problemas enfrentados pelas indústrias e redes bancárias.

“Nos dias atuais, a segurança no contexto da informática é primordial a qualquer empresa que visa expandir e ampliar-se no mercado, cabendo destacar que o posicionamento estratégico dequalquer organização passa a depender do uso da tecnologia de informação como componente estratégico vital.” (TORRES, 1995).

Constantemente os meios de comunicação dão ênfase a sabotagem ocorrida não apenas nas empresas privadas, como também nas entidades governamentais,causando sérios

prejuízos as suas performances.

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Verifica-se, assim, que a auditoria de computador representa um instrumento imprescindível para auxiliar a identificação das falhas (provocadas), queocorrem nos meios automatizados das organizações.

Fraudes informatizadas

Pode-se dizer que as fraudes informatizadas e a pirataria são os principais problemas que afetam as organizações de um modo geral. No que se refere àsfraudes informatizadas, essas são praticadas por pessoas que detêm conhecimento técnico de informática.

A prática de fraudes informatizadas mais freqüentes está relacionada aos seguintes fatores:

Ampliação da quantidade de profissionais polivalentes que atuam em várias áreas distintas das organizações, em virtude de possuir mais conhecimentoou informações. Além disso, tais profissionais investem continuamente na busca de saberes não apenas específicos como também globais;

Fragilidade do sistema dos controles lógicos da empresa, em razão da mesma precisar diminuir seus custos e prazos para a efetivação de suas atividadesoperacionais.

Desta forma, a fraude sem dúvida alguma:

“Tem o caráter intencional e prejudicial, praticada por profissional interno ou externo à organização, em termos de modificação, quebra de segurança lógica, ou captação, quebra deconfidencialidade com uso não autorizado, contra ativo intangível (ideais, processos e resultados) empresarial.” (GIL, 1999b, p.47).

Constata-se que a fraude somente se torna visível, em virtude dos agentes fraudadores repetirem sua estratégia ilícita. Desta maneira, deixam evidências quealgo de errado está ocorrendo na organização. Neste contexto, a auditoria de computador é de extrema relevância, pois possibilitará a empresa encontrar o(s)

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responsável (eis) pela(s) fraude(s). No entanto, é bom lembrar que fraude só ocorre nas empresas que não têm uma segurança eficiente em informática. Destaforma, fica explícito que:

“A deficiência empresarial é uma realidade, em face dos recursos computacionais e da necessidade de adaptação de funcionários/clientes, fornecedores, comunidades etc. Assim, a auditoriade sistema é chamada, estimulada e necessita intrinsecamente criar tecnologia e pessoal qualificado para poder acompanhar o ritmo alucinante do impacto da informática nas entidades.” (GIL,1999b, p.33).

Em relação à pirataria, essa modalidade de fraude sem dúvida alguma constitui a maior ameaça aos negócios das empresas para esse novo milênio. Dessaforma, entendese

por que as empresas estão tomando precauções, visando impedir que suas descobertas sejam alvos de pirataria.

Destaca-se que os atos dolosos de pirataria ampliaram de forma significativa após automação das empresas, ou seja, do uso de computadores em todas asfases do negócio. Neste aspecto, a auditoria de computador somente trará benefícios à empresa, pois possibilitará a mesma diagnosticar se está ou nãoocorrendo atos alheios aos seus interesses.

Outro aspecto positivo da auditoria de computador é o de possibilitar a identificação dos profissionais que são coniventes com as fraudes e piratarias, por isso,o auditor de

computador precisa de conhecimentos abrangentes sobre as áreas de auditoria, de sistemas de informações e de processamento eletrônico de dados.

Essa modalidade de auditoria é essencial à saúde da empresa, pois possibilitará a organização prevenir ou diagnosticar qualquer ato doloso cometido contra amesma.

Ficando assim, caracterizado que a segurança em informática é considerada um dos principais focos relacionados a segurança dos negócios em função daparticipação da tecnologia de informática, estar em constante evolução nas empresas.

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Considerações finais

Em conformidade com os dados relatados neste trabalho, diz-se que o desenvolvimento tecnológico expandi-se por intermédio das necessidades cada vezcrescente dos povos,

os quais buscam informações com maior rapidez e eficácia.

Na atualidade, não é mais possível a sobrevivência das empresas se, porventura, não estiver em sintonia com a informática, bem como, procurar mecanismospara dar

sustentabilidade aos programas informatizados utilizado pelas mesmas, evitando, assim, a ocorrência de dissabores, por meio de fraudes eletrônicas.

Para tanto, é necessário que os colaboradores envolvidos no processo sejam qualificados e que estejam em real sintonia com os objetivos da instituição, comos propósitos maiores de evitar o máximo possível ocorrência danosa provocada nos meio eletrônicos.

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