Apostila de Auxiliar de Biblioteca

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Apostila de Auxiliar de biblioteca O concurso de auxiliar de biblioteca da UFAL teve 6143 inscritos para 305 5 vagas. Recebi muitos comentários em busca de material. Conheço apenas, especificamente, o livro da Thesaurus que já comentei em outro post. Resolvi aproveitar o feriado de São João para escrever algo sobre cada tópico, a fim de “dar uma luz” sobre o que significa cada um deles, afinal, acredito que a grande maioria dos candidatos não é da área e, talvez, tenha pouco hábito de frequentas bibliotecas. Não sei até que ponto ajudará, mas a idéia é apenas apontar caminhos. De qualquer forma, é bom que fique claro que este texto é básico, geral, e possui omissões. Procurei escrever da forma mais simples e direta possível, e, se ficar bom, pode ser que eu continue desenvolvendo ao longo do tempo. Como as provas para nível fundamental costumam ser mais diretas, uma leitura atenta do enunciado faz muita diferença. Este é o primeiro livro-post deste blog. E irei publicando e atualizando na medida dos

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Para passar em concurso

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Apostila de Auxiliar de biblioteca 

O concurso de auxiliar de biblioteca da UFAL teve 6143 inscritos

para 305 5 vagas. Recebi muitos comentários em busca de

material. Conheço apenas, especificamente, o livro

da Thesaurus que já comentei em outro post.

Resolvi aproveitar o feriado de São João para escrever algo

sobre cada tópico, a fim de “dar uma luz” sobre o que significa

cada um deles, afinal, acredito que a grande maioria dos

candidatos não é da área e, talvez, tenha pouco hábito de

frequentas bibliotecas. Não sei até que ponto ajudará, mas a

idéia é apenas apontar caminhos.

De qualquer forma, é bom que fique claro que este texto é básico,

geral, e possui omissões. Procurei escrever da forma mais

simples e direta possível, e, se ficar bom, pode ser que eu

continue desenvolvendo ao longo do tempo.

Como as provas para nível fundamental costumam ser mais

diretas, uma leitura atenta do enunciado faz muita diferença.

Este é o primeiro livro-post deste blog. E irei publicando e

atualizando na medida dos acréscimos feitos. Espero terminar

antes da prova.

Atualizei com o programa do concurso para auxiliar de biblioteca

da UEPB. Espero que possa ajudar os candidatos.

BASICÃO DE AUXILIAR DE BIBLIOTECA

1. Bibliotecas: tipos e conceitos;

Page 2: Apostila de Auxiliar de Biblioteca

Definição do Dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia

(CUNHA e CAVALCANTI. Briquet de Lemos, 2008): “Coleção de

material impresso ou manuscrito, ordenado e organizado com o

propósito de estudo e pesquisa ou de leitura geral ou ambos.

Muitas bibliotecas também incluem coleções de filmes,

microfilmes, discos, vídeos e semelhantes que escapam à

expressão “material manuscrito ou impresso”.

É bom saber que Biblioteca significa algo como “Caixa de livros”,

da junção dos radicais Biblio (Livro) e Thek (caixa). A Biblioteca

atual pode ser chamada de Unidade de Informação, Centro de

Informação, Centro de Documentação, entre outras

denominações.

Existem basicamente 5 tipos de bibliotecas: Escolar,

Universitária, Especializada, Pública e Nacional.

A Biblioteca Escolar é aquela que serve à escola, entendendo-

se escola como a instituição de ensino fundamental e médio,

destinada a servir a alunos e professores.

A Biblioteca Universitária, como o nome já indica, é aquela que

serve aos propósitos das universidades e instituições de ensino

superior, estando também por isso ligada ao tripé Ensino,

Pesquisa e Extensão. Em universidades de grande porte, é

comum existir a Biblioteca Central e Bibliotecas Setoriais ligadas

à ela, formando assim um Sistema de Bibliotecas (SIBI).

A Biblioteca Especializada é aquela que foca em alguma área

ou público específico, também chamada de biblioteca especial.

Entre os exemplos de biblioteca especializada, destacam-se as

bibliotecas jurídicas e de centros de pesquisa.

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A Biblioteca Pública, aqui entendida como Pública Estadual ou

Pública Municipal, é aquela que tem como objetivo servir à

coletividade e é mantida por recursos públicos. Possui acervos

gerais, mais focados em literatura de lazer e fontes de informação

como dicionários e enciclopédias. As Bibliotecas Públicas

Estaduais, em muitos estados brasileiros, são responsáveis pelo

depósito legal estadual.

A Biblioteca Nacional é a biblioteca mais importante de um país

e é a responsável por sua memória bibliográfica. A Fundação

Biblioteca Nacional, é a responsável pelo depósito legal e pela

bibliografia brasileira. Teve origem na biblioteca real, que chegou

ao país em 1810 e foi aberta ao público em 1814. Fica no Rio de

Janeiro, na Avenida Rio Branco, e é belíssima. Vale a visita.

2. Estrutura física da biblioteca;

Aqui, entendo estrutura física como a estrutura organizacional, e

a organização funcional como o que cada setor faz. Como

exemplo de estrutura, coloco o organograma abaixo da UFRRJ.

É bastante simples. Uma parte é responsável pelos usuários, e a

outra parte, pelo acervo.

3. Organização funcional da biblioteca;

A biblioteca, como vimos acima, é divida em setores para atender

ao usuário e para atender ao acervo. As principais seções

(setores) da biblioteca são:

Administração – é responsável pela administração geral. Ou

seja, recursos humanos, segurança, finanças, planejamento,

controle, correspondências, etc.

Page 4: Apostila de Auxiliar de Biblioteca

Desenvolvimento de coleções – é o setor responsável pelo

acervo da biblioteca, ou melhor, pelo desenvolvimento da coleção

de documentos da biblioteca. É dividido em dois (em geral):

1- Seleção, que se responsabiliza por selecionar os livros e

documentos que a biblioteca precisa e deseja para melhorar sua

coleção, tanto qualitativamente quanto quantitativamente.

A seleção que busca incorporar acervo à biblioteca chama-se

seleção positiva. A seleção que busca retirar acervo da biblioteca,

ou descartar, é chamada seleção negativa.

2 – Aquisição, que irá implementar as decisões da seleção, ou

seja, irá efetivamente adquirir os documentos selecionados pelo

setor de seleção. A aquisição pode ser de 3 formas: compra, que

será por assinatura para periódicos e por licitação no caso de

órgãos publicos. Permuta, ou seja, troca de materiais entre

instituições. E doação, ou seja, quando a biblioteca recebe os

documentos gratuitamente. Neste caso, é preciso avaliar

criteriosamente se os livros doados realmente servem para o uso

da biblioteca.

Registro – é o setor responsável por tornar os livros e

documentos patrimônio da biblioteca. Cada livro/documento ira

receber o seu número de tombo e vários carimbos para

assegurar a propriedade do exemplar.

PT (Processos técnicos) - é o setor que irá tratar o documento,

aplicando técnicas da biblioteconomia para classificar, indexar e

catalogar.

Preservação, conservação e restauração – é o setor

responsável por periodicamente avaliar o estado físico das obras

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e retirar da circulação os exemplares danificados, a fim de

restaurá-los ou encaderná-los.

Referência – é o setor responsável por atender o usuário. É o

cartão de visitas da biblioteca. É o primeiro contato do usuário

com o a biblioteca.

Circulação – Como o próprio nome indica, é o setor responsável

pela circulação do acervo, ou seja, empréstimo e devolução dos

livros. Normalmente, está ligado ao setor de referência pois faz

parte do atendimento ao usuário. Além do empréstimo, que é a

retirada do livro pelo usuário, e da devolução, este setor realiza

também a cobrança dos livros em atraso (por carta, telefone ou

mesmo e-mail), reserva dos livros que estão emprestados e a

renovação do empréstimo, ou seja, um novo prazo para ficar com

o livro. De uns tempos pra cá este serviço vem melhorando por

conta dos softwares de automação. Na UFAL, o software usado é

o Pergamum.

4. Acervo:

Segundo o Dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia (CUNHA

e CAVALCANTI. Briquet de Lemos, 2008): Acervo é um “conjunto

de documentos conservados para o atendimento das finalidades

de uma biblioteca: informação, pesquisa, educação e recreação”.

Também é sinônimo de coleção.

Em suma, acervo é tudo que é documento dentro da biblioteca

(essa definição é minha mesmo).

4.1. seleção/aquisição: Como vimos mais acima, o acervo é

formado através de um processo de Formação e

desenvolvimento de coleção. Esse processo é formado pela

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etapa de seleção, que irá dizer quais documentos devem ser

adquiridos de acordo com os desejos e necessidades da

biblioteca, e que é de bom senso estar de acordo com a Política

de Formação e Desenvolvimento e com a Política de Seleção da

Biblioteca. E a etapa de aquisição será responsável por efetivar

as escolhas da seleção, ou seja, adquirir, seja por compra,

permuta (troca, que normalmente se dá entre duplicatas que as

bibliotecas possuem) ou doação (que pode ser solicitada, ou seja,

a Biblioteca envia um pedido de doação a uma instituição,

editora, ou mesmo ao próprio autor).

4.2 Tratamento técnico:

Tratamento técnico, ou processo técnico, é a atividade que irá

tratar o documento com as técnicas da biblioteconomia para

representação do documento (catalogação) e do conteúdo

(classificação e indexação).

4.2.1 Catalogação: a catalogação é o processo de descrição do

documento para a criação de um catálogo. Cada documento será

catalogado a partir de um código de catalogação – o código em

vigor e mais utilizado no mundo inteiro é o AACR2 – Regras de

Catalogação Anglo Americanas segunda edição, que está em

edição revista e é publicado aqui no Brasil pela FEBAB.

Note que todas as informações são voltadas para descrever o

documento. Então você sabe autor, título, número de páginas,

ISBN, e de quais assuntos, de forma geral, trata, entre outras

informações.

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O nome do autor sempre será colocado com o último nome na

frente, p.ex.:

Silva, João dos Santos.

Mas caso o último nome indique parentesco, a entrada será pelo

penúltimo nome seguido do parentesco (sobrinho, neto, junior,

filho, etc.). Exemplo: João dos Santos Silva Sobrinho terá entrada

por:

Silva Sobrinho, João dos Santos.

A catalogação se divide em duas partes: acesso (entrada) e

descrição física. O acesso irá dizer quais os pontos de acesso

para o documento. Existem dois tipos de entrada: principal e

secundárias. O autor lá no alto da ficha é a entrada principal. E as

demais entradas, embaixo da ficha, são as entradas secundárias.

Antes do nome do autor deverá ir na ficha o número de Cutter

correspondente, que deverá ser retirado da Tabela de Cutter-

Sanborn. A tabela é usada da seguinte forma. A entrada será por

Silva, João da. Devemos então encontrar na tabela o número

correspondente a SIL, que é 581. Logo, o número será S581.

Após esse número, irá entrar a primeira letra da primeira palavra

do título, exclui-se artigo, em minúscula. Se o título começar com

A Arte de Estudar, o cutter será S581a.

4.4.2 Classificação: Classificar é atribuir uma classe (um

assunto) ao livro. E isso é importante numa biblioteca, pois cada

livro será classificado sob um único assunto, ainda que composto

por vários assuntos. Para tanto, as bibliotecas adotam em geral

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dois esquemas de classificação. A Classificação Decimal de

Dewey e a Classificação Decimal Universal. As duas tem muito

em comum. A CDU, que é baseada na CDD, dá mais liberdade

ao classificador. Mas o mais importante, como não poderia deixar

de ser, são as classes. Ambas dividem o conhecimento em 10

classes principais, por isso são chamadas de classificações

decimais. E há apenas uma pequena diferença entre elas, nas

classes 4 e 8, que na CDD continuam como sempre foram, mas

na CDU a classe 4 está vaga enquanto que a 8 abriga além de

literatura, linguística.

As principais classes da CDU podem ser acessadas clicando nos

nomes.

Por exemplo, um livro de Literatura Brasileira será classificado

em

869.3 na CDD e em 869(81) na CDU. Note que a raiz é a mesma,

869, mas o uso das tabelas é diferente para cada caso.

O número da classificação, ou número da notação ou somente

notação, irá aparecer junto ao Cutter e possíveis informações

sobre edição, exemplar ou coleção, no número de chamada.

Logo, o número de chamada, utilizando CDU, para um livro de

literatura brasileira, vamos usar no exemplo Gabriela, cravo e

Canela de Jorge Amado, será:

869(81)

A481g

O número de chamada será colocado na etiqueta que fica na

lombada do livro, e é o que permite a identificação do livro na

estante.

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4.4.3 Indexação: Indexar vem do termo Index, que significa

índice. Índice é ” Lista dos elementos identificadores de um

documento, (autor, assunto, titulo, etc.) dispostos em

determinada ordem para possibilitar seu acesso. ” (Marisa

Bräscher Basílio Medeiros) e podem ser também” Produto da

indexação, como instrumento de pesquisa autônomo ou

complemento de outro. “Maria Alexandra Miranda Aparício. Aqui

vale dizer a diferença entre indexação e catalogação. A

indexação representa o conteúdo, o tema, a catalogação

representa a parte física, ela descreve.

Em termos práticos, indexar é representar o documento por meio

de palavras. Peguemos como exemplo o livro Português para

Concursos, de Renato Aquino(livro aliás que recomendo toda

vida). Quais palavras nós usaríamos para representar seu

conteúdo? Português e Concursos são duas prováveis. Mas

poderíamos utilizar também Língua Portuguesa, Gramática,

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Testes, Provas, enfim. O indexador irá decidir quais palavras

serão usadas com base na política de indexação da biblioteca, no

público-alvo da indexação, e nos instrumentos que tiver em mãos

(vocabulários controlados).

4.4.4 Preparação física do livro: Cada livro será devidamente

etiquetado com o número de chamada e carimbado, antes de ir

para o acervo. Isso irá ajudar a identificar a propriedade do livro

em caso de extravio. Nas bibliotecas que possuem sistemas de

segurança, cada livro receberá um alarme.

A maioria das bibliotecas costuma colocar o número do tombo no

exemplar, em alguns casos, ainda se coloca data de aquisição.

Além dos carimbos e etiquetas, também podem ser colocados

bolso e (não lembro como chama) uma “folha de devolução”,

onde é carimbada a data em que o livro deve ser entregue. Tanto

um quanto outro são mais comuns em sistemas não

automatizados.

Aqui vai um link para um bom material de processamento técnico.

5. Armazenagem da documentação, preservação do acervo;

Os livros são guardados nas estantes de acordo com sua

classificação, no que se chama de ordem relativa. Ou seja, a

ordem do livro é relativa ao seu assunto. É preciso atentar para a

correta ordem de arquivamento do sistema decimal utilizado pela

biblioteca.

Além da ordem relativa, existe a ordem fixa, ou sistema de

localização fixa. Se diz fixa pois cada livro tem o seu lugar

garantido e preservado na estante. Tipo – Corredor X, Estante 3,

Prateleira 4, Posição 7 (este é apenas um exemplo ilustrativo).

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Quando o livro é retirado do seu local, é colocado um objeto para

guardar o seu lugar. Esse objeto é chamado de “fantasma”. Outro

ponto importante sobre localização fixa é que, em geral, as

bibliotecas que a utilizam trabalham com os acervos fechados ao

público. Apenas os funcionários é que tem acesso ao acervo. Faz

sentido pois para um usuário interessado em um assunto

específico é muito mais difícil achar livros daquele assunto, pois

os livros estão agrupados pelo acaso e não pelo assunto.

Preservação do acervo são os cuidados tomados para que os

livros tenham longa vida. Evitar comida na biblioteca é um dos

mais importantes. Outro ponto importante é manusear os livros

com cuidado. Retirar o livro da estante com a o polegar e o

indicador e não puxando pela lombada. Entre outros.

6. Catálogos: tipos e referências;

Catálogo é o local onde estão ordenadas as fichas catalográficas.

Se for automatizado, então existirá apenas um. Se for manual,

existirá vários, cada um com um tipo de entrada diferente.

Existem dois tipos de catálogo manual: os do público, ou

externos, e os auxiliares, ou internos. Os primeiros, como o nome

indica, servem para o uso dos usuários da bibliotecas. Os

segundos, para fins de uso interno pelo pessoal da biblioteca.

Em geral, ainda hoje, é possível encontrar nas bibliotecas três

tipos de catálogo externo. De nome de autor, de título e de

assunto. O catálogo de autor também pode ser chamado de

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catálogo onomástico. O de título, de catálogo didascálico. E o de

assunto, catálogo ideográfico.

Esses catálogos podem ser organizados:

Alfabeticamente Como um todo, com todas as entradas (autor, título e assunto) em um único catálogo, chamado de catálogo dicionário. Com três catálogos diferentes, um para cada tipo de entrada.

Ou podem ser organizados sistematicamente, com as entradas

organizadas pelo número de classificação.

Já os catálogos internos podem ser:

De identidade, organizado pelos nomes dos autores e entidades. De assuntos, organizado pelos assuntos dos livros. Catálogo de número de classificação Catálogo de séries e títulos uniformes Catálogo decisório, que organiza as decisões tomadas pela biblioteca concernentes à catalogação. Catálogo topográfico, que é o catálogo utilizado para fins de inventário da biblioteca, pois é organizado pela número de chamada dos livros. Catálogo oficial, que é uma réplica dos catálogos externos, mas inclui apenas o ponto de acesso principal. Catálogo de registro, para fins de controle do patrimônimo da biblioteca. Atualmente, a maioria das bibliotecas utiliza o livro de tombo para isso.

7. Serviços aos usuários:

Serviços aos usuários são os serviços prestados pela bibliotecas

às pessoas que usam a biblioteca, os usuários. Os usuários são

basicamente de 2 tipos: os reais, que efetivamente usam a

biblioteca e seus serviços; e os potenciais, que podem vir a usar

a biblioteca. Cabe a biblioteca atender as demandas tanto dos

usuários reais quanto dos potenciais. Para isso, ela oferece

vários serviços, a saber.

7.1 Treinamento, orientação e consulta: Quando o usuário

chega à biblioteca, principalmente aqui no Brasil, é um

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alumbramento, um espanto. Ainda tem muita gente, mesmo em

cidades grandes, que nunca foi em uma biblioteca. Por isso, a

maior parte da atenção de treinamento, orientação e consulta é

voltada para ensinar essas pessoas a utilizar os recursos e

serviços da biblioteca da forma mais completa possível. Isso vai

desde de ensinar como encontrar um dicionário na organização

das estantes da biblioteca até ensinar como fazer uma busca por

ordem alfabética de uma palavra em um dicionário.

Bibliotecas universitárias se deparam com a necessidade

constante de treinar e orientar os usuários, especialmente os

calouros (muitos dos quais estão indo pela primeira vez em uma

biblioteca na universidade), no uso do sistema de gerenciamento

de livros (como fazer uma busca por título, por autor, por assunto,

como identificar a data, como saber se o livro está disponível,

etc.) e depois de encontrar o livro no sistema, como encontrá-lo

nas estantes.

É comum as bibliotecas oferecerem visitas guiadas, para uma

ambientação inicial com os novos alunos.

Nas bibliotecas que não possuem sistemas informatizados, o

treinamento para o uso do catálogo é essencial.

7.2 referência (ou serviço de referência): é o intermediário

entre o acervo e o usuário. O usuário quando se depara com a

biblioteca precisa de referência, por isso esse nome. (Para alguns

autores, e eu concordo com essa linha de pensamento, todos os

serviços voltados para os usuários estão dentro do serviço de

referência. Mas isso é apenas a minha visão.) Afinal de contas,

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como encontrar a informação que você quer diante de um mundo

de documentos? É preciso de ajuda.

O serviço de referência tem por base a 4ª lei de Ranganathan, e

aproveito para colocar todas aqui:

1 – Os livros são para usar2 – A cada leitor o seu livro3 – A cada livro o seu leitor4 – Poupe o tempo do leitor5 – A biblioteca é um organismo em crescimento

Por poupar o tempo do leitor, entende-se se esforçar para que o

tempo entre a solicitação do usuário ao sistema e a sua resposta

seja mínimo. Para tanto, as bibliotecas cada vez mais investem

em sistemas automatizados, por um lado, e em treinamento de

pessoal, por outro.

O serviço de referência também pode ser feito à distância. O que

dá mais comodidade ao usuário. Em geral, as bibliotecas

oferecem telefone, para receber críticas e sugestões e tirar

dúvidas, e e-mail ou formulários web para solicitações mais

detalhadas. Neste caso, pode ser chamado de serviço de

referência virtual ou digital.

Serviço de referência é o serviço responsável pelo atendimento

do usuário na biblioteca. É, de forma simples, a ponte entre o

acervo informacional da biblioteca e o usuário que pretende

encontrar alguma informação ali. O primeiro trabalho sobre

serviço de referência data de 1876, nos EUA. A origem do

Serviço de Referência está diretamente ligada à urbanização e à

industrialização, que fez com que as grandes cidades

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recebessem pessoas sem o mesmo grau de cultura e letramento

daquelas que frequentavem bibliotecas até então. Isso fez com

que os bibliotecários passassem a se preocupar em como

atender melhor pessoas que muitas vezes sequer sabiam ler.

Dennis Grogan, um dos principais autores sobre o tema, coloca 8

etapas para o processo de referência, a saber:

O problema: o processo é iniciado com um problema que atrai a atenção de um usuário;A necessidade de informação: explicitação do problema pelo usuário, seja por necessidade de conhecer e compreender, seja por curiosidade ou qualquer outro motivo;A questão inicial: o usuário formula a questão e solicita auxílio do bibliotecário; inicia-se o processo de referencia, que compreende duas fases: a análise do problema e a localização das respostas às questões;(grifo nosso)A questão negociada: o bibliotecário solicita esclarecimentos sobre a questão inicial para atender satisfatoriamente a necessidade do usuário;A estratégia de busca: o bibliotecário analisa minuciosamente a questão, identificando seus conceitos e suas relações, para traduzi-la em um enunciado de busca apropriado à linguagem de acesso ao acervo de informações; a seguir, são escolhidos os vários caminhos possíveis para o acesso às fontes especificas para responder a questão apresentada.O processo de busca: estabelecimento de estratégias flexíveis que comportem mudança de curso para otimizar a busca;A resposta: para a maioria dos casos será encontrada uma resposta, porém isso não constitui o fim do processo, pois a resposta encontrada pode não ser a esperada;A solução: o bibliotecário e o usuário devem avaliar se o resultado obtido é suficiente para finalizar o processo de busca.

Page 16: Apostila de Auxiliar de Biblioteca

7.3 Clipping (ou clipagem): É uma atividade que consiste em

fazer leituras de jornais, revistas e periódicos em geral a fim de

selecionar matérias de interesse para a instituição ou para os

usuários individualmente.

7.4 Pesquisas e levantamentos bibliográficos: É uma das

atribuições mais importantes da biblioteca e, mais nas bibliotecas

especializadas, constitui boa parte das solicitações. Consiste em

executar pesquisas para os usuários sobre temas específicos nas

fontes de informação disponíveis às bibliotecas. Levantamento

bibliográfico é um sinônimo para “o que tem sobre determinado

assunto” ou “o que tem de determinado autor” na biblioteca. Isso

é muito comum. O que tem sobre história do Brasil? Então será

feito um levantamento bibliográfico a fim de identificar a

bibliografia disponível na biblioteca sobre o tema, incluindo não

apenas livros, mas artigos de periódicos e demais documentos.

7.5 DSI (disseminação seletiva da informação): É o serviço

que leva a informação ao usuário, ou seja, dissemina a

informação selecionada para a pessoa que precisa/deseja

receber a informação.

Em geral, o usuário tem um cadastro na biblioteca em que indica

seus interesses, e a biblioteca envia informações selecionadas

para ele.

7.6 Empréstimo(Circulação).: É o serviço de circulação dos

exemplares (documentos) do acervo. Em geral, toda biblioteca

tem um balcão de empréstimo/devolução, com sistema

automatizado ou não, em que o usuário leva o livro que quer

levar, preenche as informações necessárias, e leva o livro para

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casa durante o período permitido de empréstimo. Caso o usuário

deseja ficar mais tempo com o livro, poderá renová-lo caso não

esteja reservado, no caso de sistemas automatizados é possível

fazer isso sem ir presencialmente na biblioteca. E caso o usuário

queira pegar um livro que está emprestado, poderá fazer a

reserva do livro. Também aqui, em caso de sistema

automatizado, a reserva pode ser feita pelo próprio sistema.

8. Controle bibliográfico ISBN.

Criado em 1967 e oficializado como norma internacional em

1972, o ISBN – International Standard Book Number – é um

sistema que identifica numericamente os livros segundo o título, o

autor, o país e a editora, individualizando-os inclusive por edição.

O sistema é controlado pela Agência Internacional do ISBN, que

orienta e delega poderes às agências nacionais. No Brasil, a

Fundação Biblioteca Nacional representa a Agência

Brasileira desde 1978, com a função de atribuir o número de

identificação aos livros editados no país.

A partir de 1º de janeiro de 2007, o ISBN passou de dez para 13

dígitos, com a adoção do prefixo 978. O objetivo foi aumentar a

capacidade do sistema, devido ao crescente número de

publicações, com suas edições e formatos.

livros com edição de 2006 deverão ser editados com ISBN

de 10 dígitos e também com de 13 dígitos (ambos

deverão constar no verso da folha de rosto);

livros com edição de 2007 só poderão ser editados com

ISBN de 13 dígitos.

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Deve-se atribuir ISBN:

A cada edição de uma publicação;

A cada edição em idioma diferente de uma publicação;

A cada um dos volumes que integram uma obra em mais de um

volume e também ao conjunto completo da obra (coleção);

A toda reedição com mudança no conteúdo(texto) da obra;

A cada tipo de suporte, tipo de formato, tipo de acabamento e tipo

de capa;

As reimpressões fac-similares;

As separatas (desde que apresentem títulos e paginação

próprios);

OBS:

A reimpressão pura e simples de um livro NÃO requer outro

ISBN;

Mudança na cor da capa, formato de letras e correção ortográfica

do texto da obra, NÃO requer outro ISBN.

As normas também estão disponiveis no Manual do Editor

“A Atribuição do ISBN não implica no depósito legal automático

da obra. Depois de ter o número do ISBN atribuído, um exemplar

da obra publicada deve ser encaminhado para o Depósito Legal

da Biblioteca Nacional.”

Uma vez atribuído a uma publicação, um ISBN nunca poderá ser

reutilizado para identificar outra publicação.

Almanaque: publicação normalmente editada todos os

anos/anualmente contendo uma grande variedade de fatos de

natureza heterogênea (efemeridade, anedotas, informações

sobre festividades e feriados, informações estatísticas e as vezes

um calendário em comum).

Page 19: Apostila de Auxiliar de Biblioteca

Ano de Publicação: indicação do ano, mês e dia, quando houver,

quando a obra for publicada.

Anuário: publicação em série que é editada anualmente, em geral

tem caráter estatístico, contém um resumo de atividades,

informações diversassobre assuntos técnicos.

Autor(es): pessoa(s) física(s) responsável(eis) pela criação do

conteúdo intelectual ou artístico de uma publicação.

Autor(es) entidade(s): instituição(ões), organização(ões),

empresa(s), comitê(s), comissão(ões), evento(s), entre outros,

responsável(eis) por publicações em que não se dintingue autoria

pessoal.

Co-Edição: edição entre duas ou mais editoras;

Copirraite (copyright): proteção legal que o autor ou responsável

(pessoa física ou jurídica) tem sobre a sua produção intelectual,

científica, técnica, cultural ou artísitica.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação(CIP):

conhecida como ficha catalográfica.É o registro das informações

que identificam a publicação na sua situação atual, no verso da

folha de rosto.

Edição: todos os exemplares produzidos a partir de um original

ou matriz. Pertencem à mesma edição de uma publicação todas

as sua impressões, reimpressões, tiragens etc, produzidas

diretamente por outros métodos, sem modificações,

independentemente do período decorrido desde a primeira

publicação.

Editora: casa publicadora, pessoa(s) ou instituição(ões)

responsável(eis) pela produção editorial de uma publicação.

Editoração: conjunto de atividades funcionais de um editor, isto é:

Page 20: Apostila de Auxiliar de Biblioteca

a seleção, programação, e comercialização dos originais.

Exemplar: cada unidade impressa de uma publicação;

Folha de Rosto: folha que contém os elementos essenciais à

identificação da publicação, assim como: autor, título, subtítulo,

edição, local, editora e data.

Miolo: conjunto de folhas, reunidas quase sempre em cadernos,

que formam o corpo da publicação.

Organizador: pessoa física que reune em uma só obra, trabalho

de outras pessoas.

Reedição: edição diferente da anterior, seja por modificações

feitas no conteúdo, na forma ou na apresentação da publicação

ou seja por mudança de editor.

Cada reedição recebe um número de ordem: 2ª edição, 3ª edição

etc.

Reimpressão: nova impressão da publicação, sem modificação

no conteúdo ou na forma de apresentação (exceto correções de

erros de composição ou impressão), não constituindo nova

edição.

edição atualizada / edição revista: permanece o mesmo número

de ISBN e também a mesma edição. edição ampliada / edição

aumentada: permanece o mesmo número de ISBN e será a

mesma edição.

anuário: publicação anual destinada ao relato de assuntos, em

diversos campos da atividade humana, no período de 12 meses

( é um periódico e recebe ISSN)

brochura: livro de papel mole

coletânea: conjunto selecionado de obras

capa dura: acoplagem de um papel fino, tecido, percaluz, couro

Page 21: Apostila de Auxiliar de Biblioteca

sintético etc. em um cartão de maior gramatura (acima de

1250g/m2)

Apresentação do ISBN

O ISBN deve ser escrito ou impresso, precedido pela sigla ISBN,

a cada segmento separado por hífen.

EX: ISBN 978-85-333-0946-5

Impressão do número do ISBN

No verso da folha de rosto

No pé da 4ª capa, do lado direito junto a lombada

Um ISBN é como o código postal de um livro. Tem 13 dígitos –

antes de 2007 eram 10 – que precedem a sigla ISBN e pode ler-

se na parte inferior da contracapa, junto ao código de barras, e na

primeira página onde se referem todos os dados referentes aos

direitos de autor. Estes dígitos dividem-se em cinco grupos

separados através de espaços ou hífenes – o manual de ISBN

recomenda o uso de hífens.

1ª Parte – Group Country Identifier: Diz respeito ao país

de origem do livro;

2ª Parte – Publisher Identifier: Código identificativo do

editor do livro;

3ª Parte – Title Identifier: Código identificativo do título do

livro ou da edição

4ª Parte – Check Digit: Dígito de validação.

O primeiro grupo corresponde ao prefixo Bookland que se

representa nos livros como 978. O segundo grupo corresponde

ao identificador do país, área geográfica ou linguística – a

Portugal corresponde o número 972. O terceiro grupo é o prefixo

Page 22: Apostila de Auxiliar de Biblioteca

editorial e é um número atribuído pela agência responsável pela

gestão do ISBN num determinado país ou área territorial. O

identificador do título é o grupo seguinte, e a sua função consiste

em determinar um número para uma edição específica de cada

publicação. O último grupo é odígito de controlo, um número que

surge através de uma operação matemática e que garante a

individualização perfeita de cada ISBN.

Se escolheres um ISBN do Bubok para o seu livro, terá o prefixo

editorial do Bubok.

Se preferir tratar por si do ISBN, a Agência de ISBN irá atribuir-

lhe um ISBN de auto-edição.

NBRISO2108: Informação e documentação – Número Padrão

Internacional de Livro (ISBN)

9. Controle bibliográfico ISSN.

O ISSN – Número Internacional Normalizado para Publicações

Seriadas (International Standard Serial Number) é o identificador

aceito internacionalmente para individualizar o título de uma

publicação seriada, tornando-o único e definitivo. Seu uso é

definido pela norma técnica internacional da International

Standards Organization ISO 3297.

O ISSN é operacionalizado por uma rede internacional, e no

Brasil o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e

Tecnologia – IBICT atua como Centro Nacional dessa rede.

O ISSN identifica o título de uma publicação seriada em

circulação, futura (pré-publicação) e encerrada, em qualquer

idioma ou suporte físico utilizado (impresso, online, CD-ROM etc).

O ISSN é composto por oito dígitos, incluindo o dígito verificador,

e é representado em dois grupos de quatro dígitos cada um,

Page 23: Apostila de Auxiliar de Biblioteca

ligados por hífen, precedido sempre por um espaço e a sigla

ISSN.

Exemplo: ISSN 1018-4783.

O editor interessado no registro de suas publicações seriadas,

poderá obter o formulário e instruções de solicitação do ISSN

nesta home page, ou solicitá-los ao Centro Brasileiro do ISSN,

IBICT.

Os editores não são legalmente obrigados a ter um ISSN mas há

muitas vantagens em se ter um ISSN para suas publicações

seriadas.

Como o sistema do ISSN é internacional e cada ISSN é único,

um ISSN pode identificar uma publicação seriada

independentemente de seu idioma ou país de origem fazendo a

distinção entre publicações seriadas com o mesmo nome ou

títulos semelhantes.

O ISSN é usado onde a informação sobre publicações seriadas

necessita ser registrada e comunicada com precisão (ordens de

compra, pesquisas em base de dados, etc.).

O ISSN proporciona um método eficiente e econômico de

comunicação entre editores, fornecedores e compradores de

publicações seriadas. Proporciona, também, um ponto de acesso

útil aos catálogos de editores, diretórios comerciais, inventários

automatizados, bibliografias, etc.

O ISSN é amplamente usado em bases de dados automatizadas

na organização, recuperação e transmissão de dados sobre

publicações seriadas.

O ISSN é amplamente usado por bibliotecas para identificar,

ordenar e processar títulos de publicações seriadas.

Page 24: Apostila de Auxiliar de Biblioteca

Publicações que têm ISSN fazem parte dos registros de

publicações seriadas mantido pelo Centro Internacional do ISSN,

em Paris.

O que é uma publicação seriada?

Publicação seriada é uma publicação editada em partes

sucessivas que pretende ser continuada indefinidamente. Cada

edição de uma publicação seriada tem uma designação numérica

e/ou designação cronológica (volume, número e ano de

publicação) distinguindo cada uma das edições individuais da

publicação, com intenção de ser continuada indefinidamente.

Podem ser publicados em qualquer mídia (impresso, CD-ROM,

via internet, etc.). Se uma publicação seriada for editada em mais

de uma mídia, um ISSN é requerido para cada formato em que a

publicação é editada.

Ver também Publicação Seriada

topo

Quais são os tipos de publicações seriadas?

Publicações seriadas incluem periódicos, magazines, jornais,

anuários, (tais como livros do ano, relatórios anuais e diretórios,

etc.) memórias, anais de congressos, publicações de sociedades

e séries monográficas.

Para periódicos impressos o local do ISSN é na capa ao alto no

canto direito

Para periódicos online deve aparecer na primeira tela da revista,

ao alto no canto direito.

Para periódicos em CD-ROM deve aparecer na capa e no rótulo

ao alto no canto direito, além da tela de apresentação.

Page 25: Apostila de Auxiliar de Biblioteca

O ISSN (International Standard Serial Number), Número

Internacional Normalizado para Publicações Seriadas (português

brasileiro) ou Número Internacional Normalizado das Publicações

em Série (português europeu), é o identificador de publicações

seriadas aceito internacionalmente. Seu uso é definido pela

norma técnica ISO 3297:2007 – Information and documentation –

International standard serial number (ISSN).

10. Circulação do material bibliográfico: empréstimo,

devolução, consulta, etc.

Circulação do material bibliográfico entende-se como a circulação

do acervo da biblioteca entre a sua comunidade. Essa circulação

se dá através do empréstimo de livros aos indivíduos da

comunidade, com tempo estipulado para ser devolvido para que

outros possam tomá-lo emprestado. Existe uma sequência lógica

aqui.

1 – O usuário irá fazer uma consulta ao catálogo da biblioteca. As

bibliotecas universitárias, quase sempre, possuem um sistema de

bibliotecas para gestão de seus catálogos, e oferecem um

catálogo em linha (OPAC).

2 – Após encontrar o livro na base, o usuário irá verificar se o

livro está disponível para empréstimo. Se o livro estiver

disponível, o usuário irá localizá-lo nas estantes para realizar o

empréstimo (caso o acervo da biblioteca seja fechado, ou seja,

sem acesso para os usuários, o livro deverá ser solicitado no

balcão). Se o livro não estiver disponível o usuário deve

identificar a razão. Se o livro não puder ser emprestado, pode ser

feita uma consulta local. Se o livro estiver passando por reparos,

Page 26: Apostila de Auxiliar de Biblioteca

o usuário deverá retornar em outro momento. Se o livro estiver

emprestado, o usuário poderá fazer uma reserva do livro.

3 – Com o empréstimo realizado, o usuário deverá ficar atento ao

prazo para devolução. Ao fim do prazo, caso o usuário queira

permanecer com o livro, deverá consultar o sistema para saber

se há reservas. Se houver reservas, deverá devolver o livro. Caso

não hajam reservas, o usuário poderá renovar o empréstimo e

permanecer com o livro.

É importante saber que existem diferentes prazos de empréstimo

a depender do material a ser emprestado (livros com grande

rotatividade geralmente tem menor prazo de empréstimo), e do

tipo de usuário (professores e alunos de pós-graduação

normalmente tem um prazo maior do que alunos de graduação,

por exemplo). Também vale lembrar que é bastante comum a

aplicação de multas diárias para os atrados na devolução e, em

muitos casos, a multa é mais alta para livros que estão com

reservas.

7. Registro de Periódicos: KARDEX.

Ficha Kardex é uma ficha de registro de periódicos. É usada para

registrar cada periódico e exemplar que entra na biblioteca.

Periódicos são publicações seriadas (em série). Possuem esse

nome pois obedecem a uma periodicidade (período de tempo)

qualquer. Podem ser diários (como os jornais de grande

circulação), semanais, quinzenais, mensais, bimestrais,

trimestrais, quadrimestrais, semestrais, anuais, bianuais, e assim

por diante. Curiosidade: periódicos de países com estações do

Page 27: Apostila de Auxiliar de Biblioteca

ano bem definidas costumam ser trimestrais e trazem a estação e

não os meses.

As publicações seriadas acadêmicas, que são mais utilizadas em

bibliotecas universitárias (também chamadas de bibliotecas

acadêmicas), apresentam em geral periodicidade de mensal em

diante. Ao final de um ano, elas mudam o número do ano ou

volume, que indicam quase sempre o tempo de existência da

publicação. Por exemplo, Revista Ciência da Informação, vol. 1,

número 3.

O Kardex é muito importante para que sejam identificadas

lacunas na coleção (exemplares que não foram recebidos pela

biblioteca) e também duplicatas recebidas.

Page 28: Apostila de Auxiliar de Biblioteca

Inclusão regular de informações relativas ao controle de

recebimento de fascículos das publicações em série.

Basicamente as informações são: número do volume, número do

fascículo, mês (se houver), ano.

O nome Kardex é o nome da empresa que fabricava as fichas e

os arquivos para essas fichas. A empresa ainda hoje existe e

atua no mercado de armazenamento de documentos. Apesar do

controle de recebimento de periódicos ser feito em softwares

automatizados, ainda se usa o nome kardex.