Apostila de Cfvv - 2013

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    Cálculo de funções de várias variáveis para os cursos de Engenharia Anotações de Aulas Eurípedes Machado Rodrigues

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    REVISÃO DE DERIVADAS E INTEGRAIS PARA UMA VARIÁVEL

    Para facilitar o cálculo das derivadas das funções de uma variável, evitando o uso dadefinição, podemos usar as regras de derivação a seguir:

    REGRAS DE DERIVAÇÃO:(derivadas de algumas funções elementares)

    Função Derivaday = k y’ = 0 K = constante real;

    y = x y’ = 1 u e v são funções de x;

    y = k . x y’ = k n é um número natural.

    y = x n  y’ = n . x n – 1

    y = k . x n y’ = k . n . x n − 1

    y = k . u y’ = k . u’

    y = u n  y’ = n . u n – 1 . u’

    y = u ± v y’ = u’ ± v’

    y = u . v y’ = u’.v + v’. u

    y =v

    u  y’ =

    2v

    u.v' v'.u   − 

    y = eu  y’ = eu . u’

    y = ln u y’ =u

    'u 

    Obtidas a partir daRegra da Cadeia

    y = au  y’ = au . ln a . u’

    y = log a u y’ = u

    'u. log a e ou y’ = aln.u

    'u 

    y = sen u y’ = u’ . cos uy = cos u y’ = − u’ . sen uy = tg u y’ = u’ . sec2 u

    y = cotg u y’ = – u’ . cosec2 u

    Exemplos:

    I) Calcular pela regra de derivação a derivada das seguintes funções:

    1) f(x) = 5 f ’(x) = D(k) = 0

    2) f(x) = 3 . x f ’(x) = D(k . x) = k f ’(x) = 3

    3) f(x) = x3  f ’(x) = D(xn) = n . x n – 1 ,  n = 3

    f ’(x) = 3 . x 3 – 1 f ’(x) = 3 x2 

    4) f(x) = 3x + 2 f ’(x) = D(u + v) = u’ + v’ = 3 + 0 = 3

    5) f(x) = (2x + 3)3 f ’(x) = D(un) = n . un – 1 . u’ n = 3u = 2x + 3 u’ = 2 + 0 = 2

    f ’(x) = 3 . (2x + 3)

    3 – 1

    . 2 f ’(x) = 6 . (2x + 3)

    2

     6) y = x3 – 12x + 5 y’ = 3x2 – 12

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    7) y = x3x2 −   y = (x2 – 3x) 21

      y’ = D(un) = n . un−1 . u’ n = 1/2u = x2 – 3x u’ = 2x – 3

    y’ =2

    1. (x2 – 3x)

    12

    1−

    . (2x – 3) y’ =2

    1. (x2 – 3x) 2

     1−

    . (2x – 3)

    8) y = (2 + 3x).(5 – 2x) y’ = D(u . v) = u’.v + v’. uu = 2 + 3x u’ = 3v = 5 – 2x v’ = −2

    y’ = 3 . (5 – 2x) + (−2) . (2 + 3x) = 15 – 6x – 4 – 6x y’ = 11 – 12x

    9) y =1x3

    4x2

    +  y’ = D  

     

      

     

    v

    u =

    2v

    u.v' v'.u   − 

    u = 2x + 4 u’ = 2v = 3x – 1 v’ = 3

    y’ =2)1x3(

    4)(2x.31)(3x.2

    +−−  =2)1x3(

    12x62x6

    −−−   y’ =2)1x3(

    14

    −  

    10) f(x) = ln (x3 – 2) f ’(x) = D(ln u) =u

    'u 

    u = x3 – 2 u’ = 3x2  y’  =2x

    x33

    2

    − 

    11) f(x) = e5x –2 f ’(x) = D(eu) = eu . u’ u = 5x – 2 u’ = 5 y’ = 5. e5x – 2

    12) y = 2 x3x2 −   y’ = D(au) = au . ln a . u’  a = 2 ,  u = x2 – 3x u’ = 2x – 3

    y’ = 2 x3x2 − . ln 2 . (2x – 3)

    13) y = log (2x + 3) y’ = D(log u) =aln.u

    'u 

    u = 2x + 3 u’ = 2 y’ =10ln.)3x2(

    2

    14) y = sen 5x y’ = D(sen u) = u’ . cos uu = 5x u’ = 5 y’ = 5 . cos 5x

    15) y = cos (2x + 3) y’ = D(cos u) = − u’ . sen uu = 2x + 3 u’ = 2 y’ = − 2 . sen (2x + 3)

    16) y = tg (x2 – 4x) y’ = D(tg u) = u’ . sec2 uu = x2 – 4x u’ = 2x – 4 y’ = (2x – 4) . sec2 (x2 – 4x)

    OBSERVAÇÃO: A derivada de uma função pode ser denotada por:

    y’  ou f ’(x) oudx

    dy  ou

    dx

    df   ou Dx(y) ou Df(x)

    notação de Leibniz (1646 – 1716)

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    REGRAS DE INTEGRAÇÃO:Considerando: C ∈  IR, K ∈  IR, u = f(x) , v = g(x) e n ≠ −1, temos as seguintes

    integrais (elementares) imediatas:

    1.  ∫dx = x + C 2.  ∫ dxk = k ∫dx = k . x + C

    3.

    ∫dxxn  =

    1n

    x 1n

    +

    +

     + C 4.

      − dxx 1   =

    ∫dx 

    x

    1 = ln |x| + C

    5. ∫ dxax   = alnax

      + C , 0 < a ≠ 1  6.  ∫ dxex   = xe + C7.  ∫ ∫ ∫±=± dv du dv) du(  

    PROPRIEDADES DA INTEGRAL INDEFINIDA

    I.  ∫ )x(f .k dx = k ∫ )x(f dx , k = constante realII. ∫   ± .dxg(x)])x(f [ = ∫ )x(f dx ±  ∫ )x(g dx

    III. [ ]∫ dx.)x(f dxd

     = f(x) , ou seja, a derivada da integral de uma função é a própria

    função.

    Exemplo 1:  Calcular as integrais indefinidas: 

    a) ∫ dx5 = 5 ∫ dx = 5 x + C , C∈IR

    b) ∫∫   +−=++−=−=−+

    C 2 x C 11  x dxxdxx

    211

    ,  C∈IR

    c) dx5 dxx3 dx5 dx3xdx5)x3(∫ ∫ ∫ ∫ ∫   =+=+=+  

    C 5xx2

    3 C x5 

    11

      x . 3  2

    11

    ++=+++

    =+

     

    d) ∫ ∫ ∫∫   =−+=−+ dxx2 dxx dxx dx2x) xx( 3232  

    = C 11

    x 2 

    13

    12

     111312

    +

    +

    +

    +

    +

    +++x  =

    = C x 4

      x 

    3

    x  243

    +−+ ,  C∈IR

    e) ∫ ∫ ∫ ∫   +−=−=−=−+ C x3x

     dx dxx dx1)(x dx1)(x.1)x(3

    22  ,  C∈IR

    f) ∫ ∫ ∫ ∫∫   =++=++=+ dx9 dxx6 dxx dx9)x6 (x dx3)x( 242422  

    = C 9xx2 5

      x C 9x

    3

      x 6 

    5

    x  3535

    +++=+++ ,  C∈IR

    g) C x 1 C 1x C 12  x dxx dx x1

    112

    22   +−=+−=++−==

    −+−

    ∫∫ ,  C∈IR

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    h) C |x|ln dx x

    1 dx x 1 +== ∫∫   − ,  C∈IR

    i) C x 3

    2 C x

    3

    2 C 

    x C 

    1

      x dxx dxx 32

    3

    23

    2

    3

    21

    1 2

    1

    2

    1

    +=+=+=++

    ==

    +

    ∫ ∫ , C∈IR

     j)

    ∫ ∫∫  ++=+=+  C 

    2ln

    2 e2 dx2 dxe2 dx)2e2(

    xxxxxx ,  C∈IR

    TABELA DE INTEGRAIS IMEDIATAS:

    1) ∫du  = u + C

    2) ∫ udu

     = ln |u| + C

    3) ∫ ue du = ue  + C

    4) ∫ nu du = 11

    +

    +

    n

    un + C (n é constante ≠ −1)

    5)∫ ua du = alnua

     + C

    6) ∫ usen  du = − cos u + C

    7)∫ ucos du = sen u + C

    8) ∫ u2sec du = tg u + C

    9)

    ∫uec2cos du = −cotg u + C

    10)∫ usec . tg u du = sec u + C

    11)∫ ucosec . cotg u du = −cosec u + C

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    FUNÇÃO DE DUAS VARIÁVEIS – DOMÍNIO – IMAGEM – REPRESENTAÇÃO

    Uma função real a duas variáveis é uma relação que transforma em um único

    número real  cada par ordenado  de números reais de um certo conjunto D ⊂ ℜ2,chamado de domínio da função, e escrevemos  

    Na função , dizemos que   é a variável dependente e que   e   sãovariáveis independentes; O conjunto de todos os valores possíveis de , que pode ser

    obtido aplicado à relação  aos pares ordenados  ∈ D, é chamado Imagem de .O domínio pode ser representado através de um conjunto de pontos no plano x0y e o

    gráfico de  como uma superfície cuja projeção perpendicular ao plano x0y é D. Observe

    que quando   varia em D, o ponto correspondente   =   variasobre a superfície.

    Dada uma superfície S, podemos nos perguntar se ela sempre representa o gráfico

    de uma função  A resposta é não. Sabemos que, se  é uma função, cadaponto de seu domínio pode ter somente uma imagem. Portanto, a superfície S   só

    representará o gráfico de uma função  se qualquer reta perpendicular ao planox0y “cortar” S  em um único ponto.

    Figura (a)

    Figura (b)P(x, y)

    z = f(x, y)

    x

    y

    z

    z1

    z2

    0

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    Observe que na figura (b) os pontos P(x1, y1, z1) e R(x2, y2, z2) são imagens de umúnico ponto (x, y) do plano x0y (plano ℜ2), com z1 ≠ z2.

    Exemplo 1 – Seja f(x, y) = 22 yx1   −−  uma função de 2 variáveis. Assim, seu domínio é

    um subconjunto do ℜ2  e seu gráfico é um subconjunto do ℜ3. Para que 22 yx1   −−  seja

    um número real devemos ter: 1 – x2 – y2 ≥ 0 que nos fornece x2 + y2 ≤ 1, logo, temos os

    domínio:D(f) = { (x, y) ∈ ℜ2 | x2 + y2 ≤ 1 }

    Um ponto (x, y, z) ∈ ℜ3 pertence ao gráfico de f se, e somente se, z = f(x, y), isto

    é, z = 22 yx1   −− , equivalentemente a z ≥ 0 e z2 + x2 + y2 = 1. Deste modo, o gráfico

    consiste no hemisfério superior da esfera z2  + x2  + y2  = 1, conforme figura abaixo. Aimagem de f é o intervalo [0, 1] e escrevemos:

    z = Im(f) = [0, 1]

    Exercícios

    1. Fazer uma representação gráfica do domínio das seguintes funções:

    a) f(x, y) = ln (x – y)Sabemos que ln (x – y) é um número real quando x – y > 0 x > y.

    D(f) = { (x, y) ∈ ℜ2 | x > y }.Graficamente, temos:

    b) f(x, y) =22 yx

    xy

    − 

    Sabemos que22 yx

    xy

    − é um número real quando x2 – y2 > 0 ou que

    (x – y)(x + y) > 0, logo, temos o domínio:D(f) = { (x, y) ∈ ℜ2 | (x – y)(x + y) > 0 }.

    Imagem de z

    x– y > 0

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    Lembrando que (x – y)(x + y) é um número real positivo quando x – y > 0 e x + y > 0ou x – y < 0 e x + y < 0, teremos o gráfico abaixo no qual, a região A representa oprimeiro caso e a região B o segundo.

    c) f(x, y) =25yx

    122 −+

     

    Sabemos que25yx

    122 −+

     é um número real quando x2 + y2 – 25 > 0

    x2 + y2 > 25, logo temos o domínio: D(f) = { (x, y) ∈ ℜ2 | x2 + y2 > 25}.Esse é o conjunto dos pontos que estão na região exterior à circunferência

    x2

     + y2

     = 25 (que tem o centro na origem e raio igual a 5), conforme figura abaixo.

    d) g(x, y) = 22 yx9 −−  

    Sabemos que 22 yx9 −−  é um número real quando 9 – x2 – y2 ≥ 0

    −x2 − y2 ≥ −9 . (−1) x2 + y2 ≤ 9, logo, temos o domínio:D(g) = { (x, y) ∈ ℜ2 | x2 + y2 ≤ 9}. Esse é o conjunto dos pontos que estão na regiãointerior à circunferência x2  + y2  = 9 (que tem centro na origem e raio igual a 3),conforme figura abaixo.

    Seja z = g(x, y). Como z é raiz quadrada positiva (z ≥ 0), temos que:

    9 – x2 – y2 ≤ 9 22 yx9 −−  ≤ 3 . Portanto, a imagem de z é dada por:

    Im(z) = { z ∈ ℜ2 | 0 ≤ z ≤ 3} ou Im(z) = [0; 3]

    Podemos observar essa imagem no gráfico da função z = 22 yx9 −−  

    (z)2 = ( 22 yx9 −− )2  z2 = 9 – x2 – y2  x2 + y2 + z2  = 9. Deste modo, o

    gráfico consiste no hemisfério superior da esfera z2 + x2 + y2 = 32 , conforme figura

    x

    y

    5−5

    −5

    5

    x

    y

    −3 3

    −3

    x + y = 3  3

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    Imagem de z

    3

    3

    3

    abaixo.

    Observações:

    1. De forma análoga ao Cálculo de uma variável, as derivadas parciais de uma funçãosão funções e, portanto, podemos calculá-las em pontos de seus domínios. Porexemplo:Seja f(x, y) = ln (x2 + y2 + 1). Temos:

    f x =x

    ∂ = D(ln u) =

    u

    'u x  =1yx

    x222 ++

      e f y =y

    ∂ = D(ln u) =

    u

    'u y =

    1yx

    y222 ++

     

    Portanto, temos duas novas funções: g(x, y) =1yx

    x222 ++

      e h(x, y) =1yx

    y222 ++

     

    Os domínios das funções são:D(f) = { (x, y) ∈ ℜ2 | x2 + y2 + 1 > 0 } = ℜ2,D(g) = D(h) = { (x, y) ∈ ℜ2 | x2 + y2 + 1 ≠ 0 } = ℜ2.

    Os gráficos de f, g  e h são, respectivamente:

    f(x, y) = ln (x2 + y2 + 1)

    g(x, y) =

    1yx

    x222

    ++

      h(x, y) =

    1yx

    y222

    ++

     

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    2. A não existência das derivadas parciais de uma função contínua de duas variáveisnum ponto indica que o gráfico da função apresenta “arestas” nesse ponto.

    De fato, seja z = f(x, y) = 22 yx   + ; então, as derivadas parciais existem, exceto na

    origem. Veja o gráfico de f abaixo:

    f(x, y) = 22 yx   +  

    Curvas e Superfícies de Nível

    Existe uma outra técnica gráfica, útil, para descrever o comportamento de umafunção de duas variáveis. O método consiste em descobrir no plano x0y os gráficos dasequações f ( x; y ) = k para diferentes valores de k. Os gráficos obtidos desta maneira sãochamados curvas de nível  da função f correspondente ao nível k. No caso de trêsvariáveis, é chamado superfície de nível de f.

    Para determinarmos o conjunto de pontos (x, y) ∈ D(f) tais que f(x; y) = k, cotamoso gráfico pelo plano horizontal z = k e projetamos a intersecção no “chão”.

    Exemplo1 – Esboce o gráfico das curvas de nível da função f(x; y) = 6 – 3x – 2y, para osvalores k = – 6; 0; 6; 12.Solução:  “As curvas de nível de uma função de duas variáveis são as curvas comequação f(x; y) = k, onde k é uma constante (no domínio de f)”.

    Então: 6 – 3x – 2y = k 3x + 2y + (k – 6) = 0 ( que representa uma família de

    retas paralelas).

    Temos as curvas de nível:

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    Para k = – 6 3x + 2y – 12 = 0Para k = 0 3x + 2y – 6 = 0 São retas paralelas, igualmente espaçadas, pois, oPara k = 6 3x + 2y = 0 gráfico de f é um plano.Para k = 12 3x + 2y + 6 = 0

    Mapa de contornos def(x; y) = 6 – 3x – 2y

    Exemplo 2 – Esboce o gráfico das curvas de nível das funções g(x; y) = 22 yx9   −− ,

    para k = 0; 1; 2; 3.

    Solução: Devemos ter: g(x; y) = k, ou seja, 22 yx9   −−  = k2

    22 yx9        −− =2k

    9 – x2 – y2 = k2  x2 + y2 = (9 – k2) (que corresponde a uma família de circunferências

    concêntricas com centro na origem (0; 0) e raio 2k9 − . Assim temos as curvas de nível:

    Para k = 0 x2 + y2 = 9 – 02  x2 + y2 = 9 centro (0; 0) e raio r = 9 = 3

    Para k = 1 x2 + y2 = 9 – 12  x2 + y2 = 8 centro (0; 0) e raio r = 8

    Para k = 2 x2 + y2 = 9 – 22  x2 + y2 = 5 centro (0; 0) e raio r = 5Para k = 3 x2 + y2 = 9 – 32  x2 + y2 = 0 centro (0; 0) e raio r = 0

    Exemplo 3 – Esboce o gráfico das curvas de nível das funções f: ℜ2  ℜ, definida porf(x; y) = x2 + y2 , para k = 0; 1; 4.Solução:  Devemos ter: x2  + y2  = k (que representa uma família de circunferênciasconcêntricas de centro na origem (0; 0) e raio k . Assim temos:

    Para k = 0 x2 + y2 = 0 centro (0; 0) e raio r = 0 = 0Para k = 1 x2 + y2 = 1 centro (0; 0) e raio r = 1  =1

    Para k = 4 x2 + y2 = 4 centro (0; 0) e raio r = 4 = 2

    x2 + y2 = 4

    x2 + y2 = 1

    K = 0K = 6K = 12 K = – 6

    y

    •  •  •  • • • x

    3

    12 4−2

    −3

    −3/2

    y

    • 

    K = 3

    K = 2

    K = 0

    K = 1

    (3; 0)x

    0 5   8  

    y

    • 1 20 x

    K = 0

    K = 1

    K = 4

    z

    x

    y

    1

    2

    x + y = 0 

  • 8/20/2019 Apostila de Cfvv - 2013

    12/36

    Cálculo de funções de várias variáveis para os cursos de Engenharia Anotações de Aulas Eurípedes Machado Rodrigues

    12

    NOTA: As curvas de nível são usadas na prática com freqüência. Na Engenharia Civil,por exemplo, as curvas de nível de uma função determinada para medir a altura de umaregião (relativa a um plano horizontal fixo) obtida a partir de um aparelho chamadoteodolito, constituem o que chamamos de carta topográfica da região, que é utilizada noprojeto de estradas.

    A temperatura de um ponto da superfície da Terra é uma função da latitudee da longitude do ponto. Uma curva de nível dessa função é chamada de isoterma. 

    DERIVADAS PARCIAIS DE 1ª ORDEM ou DE ORDEM 1

    Seja z = f(x, y). Se considerarmos y como constante, obtermos uma função de umaúnica variável, a saber, x. Derivando esta função de uma variável, o resultado é chamadode derivada parcial (de ordem 1) em relação a x, e é indicada por um dos símbolos:

    f Df Df x

    z)y,x(f 

    xx

    f f )y,x(f  xxx   ===

    ∂=

    ∂=

    ∂== 11  

    Exemplo: Se z = f(x, y) = x.y + sen x, então:

    f x =x

    ∂= f x(x, y) = y + cos x (fizemos y constante)

    Analogamente, considerando x constante na função z = f(x, y) obtemos uma funçãoda variável y. Derivando esta função, o resultado é chamado de derivada parcial (deordem 1) em relação a y da função z = f(x, y), e é indicada por um dos símbolos:

    f Df Df y

    z)y,x(f 

    yy

    f f )y,x(f  yyy   ===

    ∂=

    ∂=

    ∂== 22  

    No exemplo anterior, temos:

    f y =y

    ∂= f y(x, y) = x + 0 = x (fizemos x constante)

    Regra para determinar a derivada parcial de z = f(x, y):

    1. Para achar f x , tomar y como uma constante e diferencie f(x, y) com relação a x;2. Para achar f y , tomar x como uma constante e diferencie f(x, y) com relação a y;

    Exercícios1. Se f(x, y) = x3 + x2y3 – 2y2, determine f x(2; 1) e f y(2; 1)

    Solução: I) f x = f x(x, y) = 3x

    2 +2xy3 – 0 = 3x2 + 2xy3  (fizemos y constante)∴∴∴∴ f x(2; 1) = 3 . 22 + 2 . 2 . 13 = 12 + 4 = 16 

    II) f y = f y(x, y) = 0 + 3x2

    y2

     – 4y = 3x2

    y2

     – 4y (fizemos x constante)∴∴∴∴ f y(2; 1) = 3 . 22.12 – 4 .1 = 12 – 4 = 8 

    2. Determine as derivadas parciais de primeira ordem das funções:a) f(x, y) = 3x – 2y4 

    I) f x = 3 – 0 f x = 3II) f y = 0 – 8y

    3  f y = – 8y3 

    b) f(x, y) = x5 + 3x3y2 + 3xy4 I) f x = 5x

    4 + 9x2y2 + 3y4 II) f y = 0 + 6x

    3y + 12xy3 = 6x3y + 12xy3 

    c) z = x. ye3   Lembrete: D(eu) = u’ . eu

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    Cálculo de funções de várias variáveis para os cursos de Engenharia Anotações de Aulas Eurípedes Machado Rodrigues

    13

    I)x

    z

    ∂ = 1. e3y  = e3y 

    II)y

    z

    ∂ = x.3.e3y  = 3xe3y 

    d) z = y . ln x Lembrete: D(ln u) = u’/u

    I) x

    z

     = y .  x

    1

     = x

    y

     

    II)y

    z

    ∂ = 1 . ln x = ln x

    e) f(x, y) =yx

    yx

    +

    −  Lembrete:

    2v

    u'.vv'.u

    v

    uD

      −=

     

      

      

    I) f x =2v

    u'.vv'.u

    v

    uD

      −=

     

      

      

    =⇒+=

    =⇒−=

    1

    1

    x

    x

    'vyxv

    'uyxu 

    f x = 211

    )yx(

    )yx.()yx.(

    +

    −−+

     = 2)yx(

    yxyx

    +

    +−+

     = 22

    )yx(

    y

    +  

    II) f y =2v

    u'.vv'.u

    v

    uD

      −=

     

      

      

    =⇒+=

    =⇒−=

    1

    1

    y

    y

    'vyxv

    'uyxu 

    f y =2

    11

    )yx(

    )yx.()yx.(

    +

    −−+− =

    2)yx(

    yxyx

    +

    +−−− =

    2

    2

    )yx(

    x

    +

    − 

    f) f(x, y) = xyI) f 

    x = 1 . y = y II) f 

    y = x . 1 = x

    g) w = f(x, y, z) = x2yz2 

    I)x

    w

    ∂ = f x = 2xyz

    2  II)y

    w

    ∂ = f y = x

    2z2 III)z

    w

    ∂ = f z = 2x

    2yz

    h) z = x2 . ln(y2x) Lembrete: D(u . v) = u’. v + v’ . u

    I)x

    z

    ∂ = f x = D(u . v) = u’x . v + v’x . u

    ====⇒=

    =⇒=

    xxy

    y

    w

    'w)w(lnD'v)xyln(v

     x'uxu

    xx

    x

    1

    2

    2

    22

    2

     

    f x = 2x . ln(y2x) +

    x

    1. x2  f x = 2x . ln(y

    2x) + x

    II)y

    z

    ∂ = f y = D(u . v) = u’y . v + v’y . u

    ====⇒=

    =⇒=

    yxy

    yx

    w

    'w)w(lnD'v)xyln(v

     'uxu

    yy

    y

    22

    0

    2

    2

    2

     

    f y = 0 . ln(y2x) +

    y

    2. x2  f x =

    y

    x22 

    i) z = f(x, y) = 22 yx   +   z = 21

    22 )yx(   +   Lembrete: D(un) = n . u n – 1 . u’ 

  • 8/20/2019 Apostila de Cfvv - 2013

    14/36

    Cálculo de funções de várias variáveis para os cursos de Engenharia Anotações de Aulas Eurípedes Machado Rodrigues

    14

    I) f x = D(un) = n . u n – 1 . u’x 

    =+=⇒+=

    =

    xx'uyxu

     /n

    x 202

    2122  

    f x =2

    1. (x2 + y2)

    121 −

    . 2x = (x2 + y2) 21−. x =

    21

    22 )yx(

    x

    +  f x =

    22 yx

    x

    II) f y = D(un) = n . u n – 1 . u’y 

    =+=⇒+=

    =

    yy'uyxu

     /n

    y 220

    2122  

    f y =2

    1. (x2 + y2)

    121 −

    . 2y = (x2 + y2) 21−. y =

    21

    22 )yx(

    y

    +  f y =

    22 yx

    y

    3. Determine as derivadas parciais indicadas:

    a) f(x, y) = 22 yx   + ; f x(3; 4)

    Solução: No exercício anterior, vimos que:

    f x =

    22 yx

    x

    +  f 

    x(3; 4) =

    22 43

    3

    +=

    169

    3

    + =

    25

    3 =

    5

    3  f 

    x(3; 4) =

    5

    b) f(x, y) = sen(2x + 3y); f y (– 6; 4)Solução:  f y = D(sen u) = u’y . cos u u = 2x + 3y u’y = 0 + 3 = 3

    f y = 3 . cos(2x + 3y)f y(– 6; 4) = 3 . cos[2.(– 6) + 3.  4] = 3 . cos(–12 + 12) = 3.cos 0 = 3. 1 = 3

    c) f(x, y, z) =zy

    x

    + ; f z(3; 2; 1)

    Solução:  f z = 2 zz vu.'vv.'uvuD

      −=

      

        

    =⇒+=

    =⇒=

    10z

    z'vzyv  'uxu  

    f z =2

    10

    )zy(

    x.)zy.(

    +

    −+ =

    2)zy(

    x

    +

    −  f z(3; 2; 1) =

    212

    3

    )(   +

    − =

    23

    3− =

    3

    1−   f z(3; 2; 1) =

    3

    1−  

    NOTA:  Seja f(u) = n mu . Podemos escrever: f(u) = nm

    u

    Neste caso, k)u(Ddu

    df  k == .  1ku   − . u’, onde: k =n

    m, então:

    =du

    df 

    n

    m

    1nm

    u

      −

     . u’  = n

    m

    . n

    nm

    u

     . u’ = n

    m

    . n nm

    u−

     . u’ = n

    m

    . n n

    m

    u

    u

      . u’

    =du

    df  

    n

    m. 

    n n

    n m

    u

    u . u’ =

    n

    m. 

    n

    un m . u’  =

    du

    df 

    u.n

    u'.u.m n m 

    (note que neste caso, a derivada apresenta o resultado na forma racionalizada)

    No exercício 2-i, onde f(x, y) = 22 yx   +   = 2 122 )yx(   + , temos:

    m = 1, n = 2 e u = 22 yx   +  

    =

    =

    y2'u

    x2'u

    y

    x  

    I)xf 

    dxdf 

    ∂∂=  =

    u.nu'.u.m xn m  =

    )y(x.22x.)y(x.1

    222 122

    ++   =

    dxdf   

    2222

    yxyx.x

    ++  

  • 8/20/2019 Apostila de Cfvv - 2013

    15/36

    Cálculo de funções de várias variáveis para os cursos de Engenharia Anotações de Aulas Eurípedes Machado Rodrigues

    15

    II)y

    dy

    df 

    ∂=  =

    u.n

    u'.u.m yn m

     =)y(x.2

    2y.)y(x.122

    2 122

    +

    +  =

    dy

    df  

    22

    22

    yx

    yx.y

    +

    4. Calcular as derivadas parciais de 1ª ordem para as funções:

    a)  z = 5xy – 2x

    I) x

    z

    = 5y – 2x (fizemos y constante)

    II)y

    z

    ∂ = 5x – 0 = 5x (fizemos x constante)

    b) f(x, y) = y.x

    Temos: m = 1, n = 2 , u = x . y

    =

    =

    x'u

    y'u

    y

    x  

    I)

    x

    dx

    df 

    ∂=  =

    u.n

    u'.u.m xn m

     =

    y.x.2

    y .)y.x(.1 2 1  =

    dx

    df  

    2x

     y.x 

    II)y

    dy

    df 

    ∂=  =

    u.n

    u'.u.m yn m

     =y.x.2

    x .)y.x(.1 2 1  =

    dy

    df  

    2y

     y.x 

    c) f(x, y) = y.x2

    e

    I)x

    dx

    df 

    ∂= = D( ue ) = x'u . 

    ue , onde u = x2 . y u’x = 2xy

    x

    dx

    df 

    ∂=  = 2xy .  y.x

    2e

    II)yf 

    dydf 

    ∂∂=  = D( ue ) = y'u . 

    ue , onde u = x2 . y u’y = x2 

    y

    dy

    df 

    ∂=  = 2x .  y.x

    2e

    d) f(x, y) = x . cos (y – x)

    I)x

    dx

    df 

    ∂=  = D(u . v) = u’x . v + v’x . u

    u = x u’x = 1

    v = cos(y – x) v’x = D(cos w) = – w’x . sen w −= −= 1'w xyw x

     

    v’x = –(–1) . sen (y – x) = sen (y – x)

    x

    dx

    df 

    ∂=  = 1 . cos(y – x) + sen (y – x) . x

    x

    ∂ = x . sen(y – x) + cos(y – x)

    II)y

    dy

    df 

    ∂=  = D(u . v) = u’y . v + v’y . u

    u = x u’y = 0

    v = cos(y – x) v’y = D(cos w) = – w’y . sen w

    =−= 1'w

    xyw

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    16/36

    Cálculo de funções de várias variáveis para os cursos de Engenharia Anotações de Aulas Eurípedes Machado Rodrigues

    16

    v’x = –1 . sen (y – x) = – sen (y – x)

    y

    dy

    df 

    ∂=  = 0 . cos(y – x) + [– sen (y – x) . x]

    y

    ∂ = – x . sen(y – x)

    e) f(x, y) = 2y .  )yx(ln 22 +  

    I) x

    dx

    df 

    ∂=  = D(u . v) = u’x . v + v’x . u

    u = 2y u’x = 0

    v = )yx(ln 22 +   v’x = D(ln w) =w

    'w x  

    =

    +=

     x2'w

    yxw

    x

    22

      v’x = 22 yx

    x2

    x

    dx

    df 

    ∂=  = 0 .  )yx(ln 22 +  +

    22 yx

    x2

    +.  2y

    x

    ∂ =

    22

    2

    yx

    xy2

    II) y

    dy

    df 

    ∂=

     = D(u . v) = u’y . v + v’y . uu = 2y   u’y = 2y

    v = )yx(ln 22 +   v’y = D(ln w) =w

    'w y 

    =

    +=

     y2'w

    yxw

    y

    22

      v’y = 22 yx

    y2

    y

    dy

    df 

    ∂=  = 2y .  )yx(ln 22 +  +

    22 yx

    y2

    +.  2y  

    y

    ∂ = 2y .  )yx(ln 22 +  +

    22

    3

    yx

    y2

    f) z = (x + y) .  y2xe   +  

    I)xz

    ∂∂  = D(u . v) = u’x . v + v’x . u

    u = x + y u’x = 1

    v = y2xe   +   v’x = D(ew) = w’x . e

    =

    +=

     1'w

    y2xw

    x  v’x = 1 . 

    y2xe   +  = y2xe   +  

    x

    z

    ∂ = 1 .  y2xe   +  + y2xe   + . (x + y)

    x

    z

    ∂ = (x + y + 1) .  y2xe   +  

    II)

    y

    z

    ∂ = D(u . v) = u’y . v + v’y . u

    u = x + y u’y = 1

    v = y2xe   +   v’y = D(ew) = w’y . e

    =

    +=

     2'w

    y2xw

    y  v’y = 2 .

    y2xe   +  

    y

    z

    ∂ = 1 .  y2xe   +  + 2 .  y2xe   + . (x + y) = y2xe   +  + (2x + 2y).  y2xe   +  

    y

    z

    ∂ = (2x + 2y + 1) .  y2xe   +   (coloquei y2xe   +  em evidência)

    g) z =22

    2

    y2xyx

  • 8/20/2019 Apostila de Cfvv - 2013

    17/36

    Cálculo de funções de várias variáveis para os cursos de Engenharia Anotações de Aulas Eurípedes Machado Rodrigues

    17

    I)x

    z

    ∂ = D  

     

      

     

    v

    u =

    2xx

    v

    u.v'v.'u   − 

    =⇒+=

    =⇒=

    x2'v y2xv

     xy2'u yxu

    x22

    x2

     

    x

    z

    ∂ =

    222

    222

    )y2x(

    yx.x2)y2(x.xy2

    +

    −+ =

    222

    333

    )y2x(

    yx2xy4yx2

    +

    −+ 

    x

    z

    ∂ =

    222

    3

    )y2x(

    xy4

    II) yz∂∂  = D     

      vu  = 2

    yyv

    u.v'v.'u   − 

    =⇒+=

    =⇒=

    y4'v y2xv x'u yxuy

    22

    2

    y

    2

     

    y

    z

    ∂ =

    222

    2222

    )y2x(

    yx.y4)y2(x.x

    +

    −+ =

    222

    22224

    )y2x(

    yx4yx2x

    +

    −+ 

    x

    z

    ∂ =

    222

    224

    )y2x(

    yx2x

    +

    − 

    h) z = 4yx22

    e   −+  

    I)x

    z

    ∂ = D( ue ) = x'u . 

    ue , onde u = x2 + y2 – 4 u’x = 2x

    x

    z

     = 2x . 4yx 22

    e  −+

     

    II)y

    z

    ∂ = D( ue ) = y'u . 

    ue , onde u = x2 + y2 – 4 u’y = 2y

    y

    z

    ∂ = 2y .  4yx

    22e   −+  

    i) z = 2xy + sen2 (xy)

    I)

    x

    z

    ∂ = D(u + v) = u’x + v’x 

    ==⇒=

    =⇒=−

    x1nn

    x2

    x

     w'.w.n)w(Dv' )xy(senv

     y2u' xy2u 

    n = 2

    w = sen(xy) w’x = D(sen t) = t’x . cos t

    =

    =

    y't

    xyt

    x  w’x = y . cos(xy)

    v’x = 2 . sen(xy) . y.  cos(xy) = 2y . sen(xy) . cos(xy)

    x

    z

    ∂ = 2y + 2y . sen(xy) . cos(xy)

    II)

    y

    z

    ∂ = D(u + v) = u’y + v’y 

    ==⇒=

    =⇒=−

    y1nn

    y2

    y

     w'.w.n)w(Dv' )xy(senv

     x2u' xy2u 

    n = 2

    w = sen(xy) w’y = D(sen t) = t’y . cos t

    =

    =

    x't

    xyt

    y  w’y = x . cos(xy)

    v’y = 2 . sen(xy) . x .  cos(xy) = 2x . sen(xy) . cos(xy)

    y

    z

    ∂ = 2x + 2x . sen(xy) . cos(xy)

     j) f(x, y) = tg (2x + 3y)I)

    x

    ∂ = D(tgu) = u’x . sec

    2 u temos: u = 2x + 3y u’x = 2

  • 8/20/2019 Apostila de Cfvv - 2013

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    18

    x

    ∂ = 2 . sec2 (2x + 3y)

    II)y

    ∂ = D(tgu) = u’y . sec

    2 u temos: u = 2x + 3y u’y = 3

    y

    ∂ = 3 . sec2 (2x + 3y)

    k) f(x, y) = x2e . sen(3y)

    I)x

    ∂ = k . D(eu) = u’x . e

    u . k, sendo k = constante

    Temos: k = sen(3y) e u = 2x u’x = 2

    x

    ∂ = 2 .  x2e . K

    x

    ∂ = 2 .  x2e . sen(3y)

    II)

    y

    ∂ = k . D(sen u) = u’y . k . cos u, sendo k = constante

    Temos: k = x2e e u = 3y u’y = 3

    y

    ∂ = 3 . K . cos (3y)

    y

    ∂ = 3 .  x2e . cos(3y)

    EQUAÇÃO DO PLANO TANGENTE AO GRÁFICO DE f EM P = (xo, yo, f(xo, yo)):

    z = ),()).(,()).(,( oooooooo yxf yyyxy

    f xxyx

    x

    f +−

    ∂+−

    ∂ 

    Exemplo  – Sendo f(x, y) = x3y + x – y + 1, dê uma equação do plano tangente ao gráfico

    de f no ponto P(2; 1)

    Temos: I) f(xo, yo) = f(2, 1) = 23.1 + 2 – 1 + 1 = 8 + 2 = 10

    II)x

    ∂ = 3x2y + 1

    x

    ∂(xo, yo) =

    x

    ∂(2, 1) = 3.22.1 + 1 = 12 + 1 = 13

    III)y

    ∂ = x3 – 1

    y

    ∂(xo, yo) =

    y

    ∂(2, 1) = 23 –1 = 8 – 1 = 7

    IV) Aplicando a equação do plano:

    z = ),()).(,()).(,( oooooooo yxf yyyxy

    f xxyx

    x

    f +−

    ∂+−

    ∂, temos:

    z = 13.(x – 2) + 7.(y – 1) + 10 = 13x – 26 + 7y – 7 + 10

    Portanto, z = 13x + 7y – 23  ou 13x + 7y – z – 23 = 0

    EXERCÍCIOS 1. Escreva uma equação do plano tangente ao gráfico de f, no ponto desse gráfico de

    abscissa e ordenada dadas:a) f(x, y) = 3xy + y2 + x3; x = 1 e y = 1

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    19

    Temos: I) f(xo, yo) = f(1, 1) = 3.1.1 + 12 + 13 = 3 + 1 + 1 = 5

    II)x

    ∂ = 3y + 3x2 

    x

    ∂(xo, yo) =

    x

    ∂(1, 1) = 3.1 + 3.12 = 3 + 3 = 6

    III)y

    ∂ = 3x + 2y

    y

    ∂(xo, yo) =

    y

    ∂(1, 1) = 3.1 + 2.1 = 3 + 2 = 5

    IV) Aplicando a equação do plano: 

    z = ),()).(,()).(,( oooooooo yxf yyyxy

    f xxyxx

    +−∂

    ∂+−∂

    ∂, temos:

    z = 6.(x – 1) + 5.(y – 1) + 5 = 6x – 6 + 5y – 5 + 5

    Portanto, z = 6x + 5y – 6  ou 6x + 5y – z – 6 = 0

    b) f(x, y) = 8x3y + y2 –1; x = –1 e y = 0Temos: I) f(xo, yo) = f(–1, 0) = 8. ( –1)

    3. 0 + 02 – 1 = –1

    II)x

    ∂ = 24x2y

    x

    ∂(xo, yo) =

    x

    ∂(–1, 0) = 24.( –1)2. 0 = 0

    III) y

     = 8x

    3

     + 2y y

    (xo, yo) = y

    (–1, 0) = 8.( –1)3

     + 2.0 = – 8 + 0 = – 8IV) Aplicando a equação do plano: 

    z = ),()).(,()).(,( oooooooo yxf yyyxy

    f xxyx

    x

    f +−

    ∂+−

    ∂, temos:

    z = 0.(x + 1) – 8.(y – 0) –1 = – 8y – 1

    Portanto, z = – 8y – 1 ou 8y + z + 1 = 0

    c) f(x, y) =yx

    xy

    +; x = 0 e y = –1

    Temos: I) f(xo, yo) = f(0, –1) =)(

    ).(

    10

    10

    −+

    −  =1

    0

    − = 0

    II)x

    ∂ =

    2y)(x

    xy1yxy

    +

    −+   .).( =

    2

    2

    y)(x

    xyyyx

    +

    −+ =

    2

    2

    y)(x

    y

    x

    ∂(xo, yo) =

    x

    ∂(0, –1)

    =2

    2

    1)(0

    1

    − )( = 11

    1=  

    III)y

    ∂ =

    2y)(x

    xy1yxx

    +

    −+   .).( =

    2

    2

    y)(x

    xyxyx

    +

    −+ =

    2

    2

    y)(x

    x

    y

    ∂(xo, yo) =

    y

    ∂(0, –1)

    =2

    2

    1)(0

    0

    − =1

    0 = 0

    IV) Aplicando a equação do plano: 

    z = ),()).(,()).(,( oooooooo yxf yyyxy

    f xxyx

    x

    f +−

    ∂+−

    ∂, temos:

    z = 1.(x − 0) – 0.(y + 1) + 0 = x – 0

    Portanto, z = x  ou x – z = 0 

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    20

    Vetor Gradiente

    Seja z = f(x,y) uma função de duas variáveis e x

     z 

    ∂,

     y

     z 

    ∂ as “ parciais “ de z = f(x,y).

    Seja Po (xo, yo), um ponto do plano eo P  x

     z 

    ∂,

    o P  y

     z 

    ∂as derivadas calculadas no ponto

    Po, chamamos de Vetor Gradiente ou gradiente de f  no ponto Po  e indicamos por: grad f

    ou o P  z →

    ∇  (lê-se: “del z”) ao vetor :

    o P  z 

    ∇ =  

      

     

    ∂oo  P  P   y

     z 

     x

     z ,   ou ∇ f(Po) =

     

      

     

    ∂)y;x(

    y

    f ),y;x(

    x

    f oooo  

    De modo genérico, podemos escrever:

    ∇ f =x

    ∂ i +

    y

    ∂ j 

    Exemplo 1 :● Determine o vetor gradiente das funções abaixo no ponto Po .

    A ) z = ln ( x² + y² ) em Po ( 0, 1 ).

    Resolução :

     z 

    ∂ = 0

    1

    0

    10

    0.2222)1,0(22

      ==+

    =∂

    ∂⇒

    +  x

     z 

     y x

     x 

    ∴  )1,0( z →

    ∇ = ( 0, 2 ) ou )1,0( z →

    ∇  = o i + 2 j

     y

     z 

    ∂ = 2

    1

    2

    10

    1.2222)1,0(22

      ==+

    =∂

    ∂⇒

    +  y

     z 

     y x

     y 

    B ) z = x.sen y em Po ( 1,2

    π  ).

    Resolução :

     z ∂

    ∂ = 12

    012

    1 =π

    =∂

    ∂⇒=+

     

      

        π senxzseny.xseny.  ,  

    ∴ 

     

      

     

    ∇2

    ,1 π 

     z  = ( 1, 0 )

     y

     z 

    ∂ = 0

    2210

    21

    =∂

    ∂⇒=+

     

      

        πcoscos.

    y

    zycos.xycos.xseny.

     , 

    Exemplo 2 – Considere a função f(x, y) = ln(2x + 3y). Determine:

    a) O gradiente de f.

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    21

    ∇ f =x

    ∂ i +

    y

    ∂ j ∇ f =

    y3x2

    2

    + i +

    y3x2

    3

    + j

    b) O gradiente no ponto P(1; 2).

    ∇ f (1; 2) =2.31.2

    2

    + i +

    2.31.2

    3

    + j ∇ f (1; 2) =

    8

    2 i +

    8

    3 j ∇ f (1; 2) =

    4

    1 i +

    8

    3 j

    DERIVADA DIRECIONAL

    Se z = f(x; y) é uma função diferenciável de x e y , u  um vetor unitário, então aderivada direcional de f na direção de u é denotada por:

    Duz = Pz∇ . u = ∇ f(xo; yo) . u (produto escalar) ou )P(f )P(u

    f oo   ∇=

    ∂. u

    OBS.: 1)  por questão de comodidade, deixaremos de representar a seta indicativa devetores u = u;

    2) Sempre que utilizarmos a letra u, trataremos de vetores unitários. Caso o vetornão seja unitário, iremos normatizá-lo, ou seja, determinar o seu versor u. Se o vetor dadofor um vetor a, então temos o versor:

    u =|a|

    1. a ou u =

    |a|

    3) Se a = x . i + y . j , o módulo de a é dado por: | a | = ‖a‖ = 22 yx   +  

    4)  Se a = x . i + y . j + z . k, o módulo de a é dado por: | a | = || a || = 222 zyx   ++  

    5)  Se u = (x1 ; y1) e v = (x2 ; y2) o produto escalar de u por v é dado por:u . v = x1 . x2 + y1 . y2 

    6) Se u = (x1 ; y1; z1) e v = (x2 ; y2 ; z2) o produto escalar de u por v é dado por:u . v = x1 . x2 + y1 . y2 + z1 . z2 

    7)  Podemos também representar Duz por : Duf(x; y)

    Exemplo 1 – Determine a derivada direcional da função f(x, y) = 32yx   −  4y no ponto

    ( 2; −1) na direção do vetor a = 2i + 5 j Solução: I) Primeiro calculamos o gradiente de f no ponto (2; −1)

    ∇f(x, y) =x

    ∂ i +

    y

    ∂  j = 2xy3 i + (3x2y2 – 4) j

    ∇f(2; −1) = 2 . 2 . (−1)

    3

    i + (3 . 2

    2

     . (−1)

    2

     − 4) j = 4 . (−1) i + (3 . 4 . 1 − 4) j∇f(2; −1) = − 4 i + 8 j  ou ∇f(2; −1) = (− 4; 8)

    II) Verificamos se o vetor a é unitário.

    | a | = 22 yx   +  = 22 52   +  = 254 +   = 29

    III) Como o vetor a não é unitário, devemos normatizá-lo, ou seja, obter o seu versor u:

    u =|a|

    1. a =

    29

    1. (2 i + 5 j) u =

    29

    2. i+

    29

    5. j

    IV) Aplicando a equação Duf(xo; yo) = ∇ f(xo; yo) . u , temos:

    Du f(2; −1) = ∇f(2; −1) . u = (− 4 i + 8 j) .    

       +  j.

    295i.

    292  =

    295.82.4   +−  =

    2932  

  • 8/20/2019 Apostila de Cfvv - 2013

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    22

    Exemplo 2 – Determinar a derivada direcional da função f(x, y) = x + y2 , no ponto (1; −2),

    na direção do vetor u =  

      

     

    5

    3 ;

    5

    Solução: I) gradiente de f no ponto (1; −2):

    ∇f(x, y) =x

    ∂ i +

    y

    ∂  j = 1 i + 2y j

    ∇f(1; −2) = 1. i + 2 . (−2) . j  ∇f(1; −2) = 1 . i – 4 .  j 

    II) o vetor u é unitário, pois, 22 yx   +  =22

    5

    3

    5

    4

     

      

     +

     

      

      =

    25

    9

    25

    16+   =

    25

    25 = 1 = 1

    III) Aplicar a equação:

    Du f(1; −2) = ∇f(1; −2) . u = (1 i – 4  j ) .   

      

     +  j.

    5

    3 i.

    5

    4 =

    5

    3.4)(4.1   −+ =

    5

    8− =

    5

    8−  

    Exemplo 3 – Calcular a derivada direcional da função f(x, y, z) = 10 + ln(1 + x2 + y2 + z2),no ponto (1; −1; 1) e na direção do vetor a = i + 2 j + 2 k Solução: I) gradiente de f no ponto (1; −1; 1):

    ∇f(x, y, z) =x

    ∂i +

    y

    ∂ j +

    z

    ∂k =

    222 zyx1

    x2

    +++. i +

    222 zyx1

    y2

    +++. j +

    222 zyx1

    z2

    +++. k

    ∇f(1; −1; 1) =222 1)1(11

    1.2

    +−++ . i +

    222 1)1(11

    )1.(2

    +−++

    −. j +

    222 1)1(11

    1.2

    +−++. k 

    ∇f(1; −1; 1) =4

    2 . i  − 

    4

    2.  j  +

    4

    2 . k ∇f(1; −1; 1) =

    2

    1 . i  − 

    2

    1.  j  +

    2

    1 . k =

     

      

     −

    2

    1;

    2

    1;

    2

    II) | a | =222

    zyx   ++ =222

    221   ++  = 9 = 3

    III) u =|a|

    1. a =

    3

    1. (i + 2 j + 2 k) =

    3

    1. i +

    3

    2. j +

    3

    2 . k  =

     

      

     

    3

    2;

    3

    2;

    3

    IV) Aplicar a equação:

    Du f(1; −1; 1) = ∇f(1; −1; 1) . u = (2

    1; − 

    2

    1; 

    2

    1 ) . (

    3

    1 ; 3

    2;3

    2 )

    Du f(1; −1; 1) =2

    1 . 

    3

    1 + (− 

    2

    1) . 3

    2 +

    2

    1.3

    2 =

    2

    1 . 

    3

    1 =

    6

    Exemplo de Aplicação – Uma formiga, no plano xy, está situada no ponto Po (4; 1). Atemperatura no ponto (x; y) é dada por f(x, y) = x3 – 3xy2 + 10. Determine se a expectativada formiga é de se aquecer ou se resfriar, se ela tender a se deslocar segundo o vetor a,nos casos:a) a = (−1; 1) b) a = (1; 1)

    Solução: Para responder às questões, é necessário saber o significado geométrico daderivada direcional. A temperatura tende a crescer, se a derivada direcional em Po  forpositiva, e diminuir, se ela for negativa. Calculando, obtemos:

     

      

     

    ∂=∇

    y

    f ;

    x

    f f   = (3x2 – 3y2; −6xy)

    ∴∴∴∴ )1;4(f f  )P( o   ∇=∇  = (3 . 42 – 3 . 12; −6 . 4 . 1) = (48 – 3; −24) = (45; −24)

    I) Para o item a, temos:

  • 8/20/2019 Apostila de Cfvv - 2013

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    Cálculo de funções de várias variáveis para os cursos de Engenharia Anotações de Aulas Eurípedes Machado Rodrigues

    23

    u =|a|

    1. a =

    |a|

    1)1;( 

    −=

    |a|

    a; logo:

    )P(u

    f o   =

    ∂)P( o

    f ∇ . u = (45; −24) .|a|

    1)1;( 

    − =

    |a|

    1.(-24)(-1).45   + =

    |a|

    69− < 0

    Portanto, a expectativa é de queda de temperatura, ou seja, de a formiga se resfriar.

    II) Para o item b, temos:u =

    |a|

    1. a =

    |a|

    1)(1; =

    |a|

    a; logo:

    )P(u

    f o   =

    ∂)P( o

    f ∇ . u = (45; −24) .|a|

    1)(1;  =

    |a|

    1.(-24)1.45   + =

    |a|

    21 > 0

    Portanto, a expectativa é de aumento de temperatura, ou seja, de a formiga se aquecer.

    OBS.: Note que, não foi necessário o cálculo do módulo | a |, devido ao fato de que talnúmero sempre é positivo.

    DERIVADAS PARCIAIS DE SEGUNDA ORDEM E DE ORDEM SUPERIOR 

    Seja z = f(x; y) que possui derivadas parciais de primeira ordemx

     e

    y

    ∂, também

    deriváveis. Cada uma dessas derivadas parciais pode ser novamente derivadas emrelação a x e a y, dando origem às derivadas de segunda ordem. Existem quatro delas naordem de diferenciação:

    *2

    2

    x

    x

    x   ∂

    ∂=

     

      

     

    ∂ = f xx  que é a segunda derivada parcial de f em relação a x;

    *2

    2

    yf 

    yf 

    y   ∂∂=

      

      

    ∂∂

    ∂∂  = f yy  que é a segunda derivada parcial de f em relação a y;

    *y.x

    y

    x

    2

    ∂∂

    ∂=

     

      

     

    ∂ = f yx que é a segunda derivada parcial de f primeiro em relação a y e

    depois em relação a x;

    *x.y

    x

    y

    2

    ∂∂

    ∂=

     

      

     

    ∂ = f xy que é a segunda derivada parcial de f primeiro em relação a x e

    depois em relação a y;

    OBS.: Quando a função z = f(x; y) é contínua, então xy

    yx

    f  22

    ∂∂

    ∂=∂∂

    ∂ (Teorema de Clairaut)

    Nota: No caso da função ter mais de duas variáveis a notação segue a mesma lógica. Porexemplo, se temos:

    a) f(x, y, z) tem-se:

     

      

     

     

      

     

    x

    yz =

    xyz

    f 3

    ∂∂∂

    ∂ 

    b) f(x, y, z, t), tem-se:

     

      

     

     

      

     

     

      

     

    x

    yzt =

    xyzt

    f 4

    ∂∂∂∂

    ∂ 

    E assim por diante.

  • 8/20/2019 Apostila de Cfvv - 2013

    24/36

    Cálculo de funções de várias variáveis para os cursos de Engenharia Anotações de Aulas Eurípedes Machado Rodrigues

    24

    Exemplo: Seja f(x, y, z, t) = x3y4z5t2, encontrarxyzt

    f 4

    ∂∂∂∂

    ∂ 

    *   =∂

    x

    f  3x2y4z5t2 

    *xy

    f 2

    ∂∂

    ∂= 12x2y3z5t2 

    *xyz

    f 3∂∂∂

    ∂ = 60x2y3z4t2

    *

    xyzt

    f 4

    ∂∂∂∂

    ∂ = 120x2y3z4t

    Exemplo 1: Determinar as derivadas parciais f x, f y, f xx, f yy, f xy, f yx da funçãof(x; y) = 3xy4 + x3y2 

    Solução: 

    I) f x =

    x

    ∂ = 3.1.x1−1.y4 + 3.x3−1.y2  f x = 3y

    4 + 3x2y2 

    II) f y = y

    ∂ = 3x.4y4−1 + x3.2y2−1  f y = 12xy

    3 + 2x3y

    III) f xx = 2

    2

    x

    x

    x   ∂

    ∂=

     

      

     

    ∂ = 0 + 3.2.x2−1.y2 f xx = 6xy

    IV) f yy = 2

    2

    y

    y

    y   ∂

    ∂=

     

      

     

    ∂ = 12x.3.y3−1 + 2x3 .1.y1−1  f yy = 36xy

    2 + 2x3 

    V) f xy =x.y

    x

    y

    2

    ∂∂

    ∂=

     

      

     

    ∂ = 3.4.y4−1 + 3.x2.2.y2−1  f xy = 12y

    3 + 6x2y

    VI) f yx =y.x

    y

    x

    2

    ∂∂

    ∂=

     

      

     

    ∂ = 12.1.x1−1.y3 + 2.3.x3−1.y f yx = 12y

    3 + 6x2y

    Note que f xy = f yx conforme o Teorema de Clairaut

    Exemplo 2 – Determine as derivadas parciais de 2ª ordem de z = ln (x² + y² ). 

    Solução:

    I)x

    z

    ∂ = D(ln u) =

    u

    'u x   =22 yx

    x2

    II)2

    2

    x

    z

    ∂ = D  

     

      

     

    v

    u=

    2xx

    v

    u.'vv.'u   − =

    222

    22

    )yx(

    x2.x2)yx.(2

    +

    −+ =

    222

    222

    )yx(

    x4y2x2

    +

    −+ =

    222

    22

    )yx(

    y2x2

    +

    +− 

    III)y

    z

    ∂ = D(ln u) =

    u

    'u y  =

    22 yx

    y2

    IV)2

    2

    y

    z

    ∂ = D  

     

      

     

    v

    u=

    2

    yy

    v

    u.'vv.'u   − =

    222

    22

    )yx(

    y2.y2)yx.(2

    +

    −+ =

    222

    222

    )yx(

    y4y2x2

    +

    −+ =

    222

    22

    )yx(

    y2x2

    +

    − 

    V)yxz2

    ∂∂∂  =

      

      

    ∂∂

    ∂∂

    yz

    x = D  

      

      

    vu =

    2xx

    vu.'vv.'u   −  =

    22222

    )yx(y2.x2)yx.(0

    +−+  =

    222 )yx(xy4

    +−  

  • 8/20/2019 Apostila de Cfvv - 2013

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    Cálculo de funções de várias variáveis para os cursos de Engenharia Anotações de Aulas Eurípedes Machado Rodrigues

    25

    VI)xy

    z2

    ∂∂

    ∂ =

     

      

     

    x

    z

    y = D  

     

      

     

    v

    u=

    2

    yy

    v

    u.'vv.'u   − =

    222

    22

    )yx(

    x2.y2)yx.(0

    +

    −+ =

    222 )yx(

    xy4

    +

    − 

    Note queyx

    z2

    ∂∂

    ∂ =

    xy

    z2

    ∂∂

    ∂ (Teorema de Clairaut)

    INTEGRAIS MÚLTIPLAS

    1. IntroduçãoNo estudo das funções de várias variáveis, ao calcularmos derivadas parciais

    escolhíamos uma das variáveis independentes para derivar f em relação a ela eadmitíamos que as demais eram constantes. O mesmo procedimento será adotado paraintegração múltipla.

    Antes de estudarmos a integração múltipla propriamente dita vamos ver alguns exemplos.

    Exemplo 1. Encontrar a primitiva da função f(x, y) = 12x

    2

    y

    3

      em relação ̀ a variável x.Solução:  Como foi dito, vamos admitir y como constante e integrar em relação à x.Portanto,

    ∫ dxyx12 32   = 12y3 ∫ dxx2   = 12y3. 3x3

      + C = 4x3y3  + C

    Porém, nesse caso, a constante C é uma função de y. Pode ser, por exemplo,C(y) = ay3 + by2 + cy + 5 e uma das primitivas de f (x, y) = 12x2y3  será

    F(x, y) = 4x3y3 + ay3 + by2 + cy + 5

    Note que: x

    )y,x(F

    ∂ = 12x2y3 

    Exemplo 2. Encontre a primitiva da função f(x, y) = 12x2y3 em relação à y.Solução:  Neste caso, vamos admitir x como constante e integrar em relação a y.Portanto,

    ∫ dyyx12 32   = 12x2 ∫ dyy3   = 12x2. 4y4

      + K = 3x2y4  + K

    Nesse caso, a constante K é uma função de x. Pode ser, por exemplo,K(x) = ax3 + bx2 + cx + 5 e uma das primitivas de f (x, y) = 12x2y3  será

    F(x, y) = 3x2y4 + ax3 + bx2 + cx + 5

    Note que:y

    )y,x(F

    ∂  = 12x2y3 

    Exemplo 3. Determine o valor da expressão ∫  +1x

    xdyxy24 

    Solução: Aplicando o teorema fundamental do cálculo, temos:

    ∫  +1x

    xdyxy24  = 24x∫

      +1x

    xdyy  = 24x . 

    x

    1x

    2

    y2 + = 12xy2  x

    1x + 

    = 12x (x + 1)2 – 12x (x)2 = 12x.(x2 + 2x + 1) – 12x3 = 12x3 + 24x2 + 12x – 12x3 = 24x2 + 12x

  • 8/20/2019 Apostila de Cfvv - 2013

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    Cálculo de funções de várias variáveis para os cursos de Engenharia Anotações de Aulas Eurípedes Machado Rodrigues

    26

    Como podemos observar ∫  +1x

    xdyxy24  é uma função de x. Isto é,

    F(x) = ∫  +1x

    xdyxy24  , onde F(x) = 24x2 + 12x.

    Exemplo 4. Determinar o valor numérico de ∫2

    1dx)x(F  , sendo F(x) = ∫

      +1x

    xdyxy24 

    Solução: No exemplo anterior, vimos que:F(x) = ∫

      +1x

    xdyxy24  = 24x2 + 12x.

    Portanto, aplicando o teorema fundamental do cálculo, temos:

    ∫2

    1dx)x(F  = ∫   +

    2

    1

    2 dx)x12x24(  = 243

    x3 + 12

    2

    x22

    1  = 8x3 + 6x2

    2

    1

     

    = (8 . 23 + 6 . 22) – (8 . 13 + 6 . 12) = 64 + 24 – 8 – 6 = 74 

    Nota: Os exemplos (3) e (4) podem ser escritos de seguinte forma:

    ∫2

    1dx)x(F  = ∫ ∫       

      +2

    1

    1x

    xdxdy24xy  = ∫ ∫

      +2

    1

    1x

    xdxdy24xy 

    Desta forma, obtemos um exemplo de integral dupla.  Note que a variáveldependente é a primeira a ser integrada e a variável independente a última. O processode solução é dado por:

    ∫ ∫  +2

    1

    1x

    x

    dxdy24xy  = ∫ ∫     

     

        +2

    1

    1x

    x

    dxdy24xy  = ∫     

     

        +2

    1

    1x

     x

    2 dx12xy  

    = ∫   +2

    1

    2 dx)x12x24(   = 8x3 + 6x22

    1 = 74 

    INTEGRAIS DUPLAS(Interpretação Geométrica da Integral Dupla)

    A definição de integral dupla comporta uma interpretação geométrica análoga àdefinição de integral definida simples, associando-a ao problema do cálculo de volume damesma forma que a integral definida é associada ao cálculo de área. Assim, a definiçãoformal da integral dupla envolve a soma de muitas áreas elementares, isto é, diferenciaisde área, com a finalidade de obter-se a soma total após as operações. Desta forma,podemos usar a integral para resolver problemas envolvendo volumes e áreas.

     D = {(x,y)∈ℜ2 | (xo ≤ x ≤ x1) U (yo ≤ y ≤ y1)

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    NOTA: Para obter o volume de um prisma, multiplicamos a área da base pela sua altura.

    Consideremos uma função z = f(x, y) ≥ 0, definida numa região R do plano x0y.Nosso objetivo é estimar o volume aproximado do sólido delimitado por z = f(x, y) acimado plano z = 0 e pelo cilindro definido pela curva fechada que delimita a região R. Paratanto, subdividimos R em n sub-regiões traçando linhas paralelas aos planoscoordenados, conforme as figuras:

    Figura 1 Figura 2

    Assim, a integral será o volume obtido pela soma de uma infinidade devolumes das colunas infinitesimais inscritas em forma de paralelepípedos, conforme aFigura 2.

    Então { R1, R2, R3, ... , Ri, ... , Rn } é uma partição de R. Seja |P| o comprimento damaior de todas as diagonais dos Rn sub-retângulos.

    Seja Ai a área da sub-região R i. Para cada i escolhemos um ponto (xi, yi) ∈ Ri. Oproduto Vi = f(xi, yi) . Ai  é o volume do i-ésimo paralelepípedo de área Ai  e altura f(xi, yi).Como há n-subdivisões e n-paralelepípedos, o volume aproximado do sólido delimitadosuperiormente por f(x, y) e inferiormente pela região R é dado por

    Vn = ∑=

    n

    1i

    iii A).y,x(f   

    A integral dupla de uma função f definida numa região R é dada por:

    ∫∫R

    dydx)y,x(f   = n0|P|Vlim

    → = ∑

    =→

    n

    1i

    iii0|P|

    A).y,f(xlim  

    Resumo: Cálculo da Integral Dupla em uma Região do Plano.

    Considere uma função f: D→ ℜ, com D ⊂ ℜ2  e z = f(x, y).Considere uma região fechada R, de área A, situada no plano x0y (ou plano xy):

    R  = { (x, y) ∈ ℜ2 | a ≤ x ≤ b e c ≤ y ≤ d }

    Definição: Se z = f(x, y) é integrável em uma região R do plano, R ⊂ D, então a integraldupla sobre a superfície R:

    x

    z

    y

    domínio de f(x, y)R

    z = f(x, y)

    ab

    c d

    D

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    Cálculo de funções de várias variáveis para os cursos de Engenharia Anotações de Aulas Eurípedes Machado Rodrigues

    28

    ∫∫R

    dA)y,x(f   será calculada por meio de duas integrais simples sucessivas, cada uma em

    relação a uma das variáveis. Em geral, dA = dx dy ou dA = dy dx. Assim, podemos escrever:

    ∫∫R

    dA)y,x(f  = ∫∫R

    dydx)y,x(f  = ∫∫R

    dxdy)y,x(f   

    TEOREMA DE FUBINI – Se f for contínua no retângulo R = {(x, y) | a ≤ x ≤  b e c ≤ y ≤ d},então temos:

    ∫∫R

    dA)y,x(f  = ∫ ∫b

    a

    d

    cdxdyy)f(x,  = ∫ ∫

    d

    c

    b

    adydxy)f(x, 

    Observação: Se f(x, y) = 1, então ∫∫R

    dydx)y,x(f   = ∫∫R

    dydx , que é geometricamente, a

    área da região R.

    Cálculo da Integral Dupla É fundamental o reconhecimento do domínio de integração ou região de integração para

    o cálculo das integrais duplas, bem como, o reconhecimento das curvas que delimitam aregião de integração. Muitas vezes, é conveniente ter essas curvas escritas em função dex, isto é, y = f(x) e outras vezes é conveniente ter x em função de y, isto é, x = f(y). Essaconveniência é devido ao maior ou menor trabalho exigido no processo do cálculo dovalor numérico.

    Exemplo 1. Calcule o valor das integrais e comprove o Teorema de Fubini:

    a) ∫ ∫3

    0

    2

    1

    2

    ydydxx  = ∫ ∫     

     

     3

    0

    22

    1ydyx dx = ∫    

     

     

        =

    =

    3

    0

    2y

    1y

    22

    dx2

    yx  = ∫    

     

     

     

    3

    0

    2222

    dx2

    1x

    2

    2x 

    = ∫    

      

     −

    3

    0

    22

    dx2

    x

    2

    4x  = ∫  

     

      

     3

    0

    2

    dx2

    3x  = ∫

    3

    0

    2dxx2

    3 =

    3

    0

    3

    3

    x .

    2

    =3

    0

    3

    2

    x =

    2

    0

    2

    3 33−  =

    2

    27 

    b) ∫ ∫2

    1

    3

    0

    2ydxdyx = ∫ ∫     

     

     2

    1

    23

    0

    ydxx dy = ∫    

     

     

        =

    =

    2

    1

    3x

    0x

    3

    3

    yx  dy = ∫  

     

     

     

     −

    2

    1

    33

    3

    y0

    3

    y3  dy

    = ∫2

    1

    dy9y  =2

    1

    2

    2

    y9  =

    2

    1.9

    2

    2.9 22−  =

    2

    936 − =

    2

    27 

    Exemplo 2. 

    Calcule a integral dupla ∫∫   −R

    2 dA)y3x( , onde R = { (x, y) ∈ ℜ2 | 0 ≤ x ≤ 2 ; 1 ≤ y ≤ 2 }

    Pelo teorema de Fubini, temos:

    ∫∫

      −

    R

    2 dA)y3x(   =

    ∫ ∫

      −2

    0

    2

    1

    2 dydx)y3x(  =

    ∫ ∫ 

     

     

     

     −

    2

    0

    22

    1

    dy)y3(x dx

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    29

    = ∫    

      

     −

    =

    =

    2

    0

    2y

    1y

    3

    3

    y3xy dx = ∫  

     

      

     −

    =

    =

    2

    0

    2y

    1y

    3yxy dx

    = ( )∫   −−−2

    0

    33 )1x()2x2( dx = ( )∫   +−−2

    0

    1x8x2 dx

    =   ( )∫   −2

    0

    7x dx =2

    0

    2

    x72

    x−  =

     

     

     

     −−

     

     

     

     − 0.7

    2

    02.7

    2

    2 22 = 2 – 14 = −−−− 12 

    Exemplo 3. 

    Calcule a integral dupla ∫∫   +R

    32 dA)xy2x4( , onde R = { (x, y) ∈ ℜ2 | 0 ≤ x ≤ 2 ; 0 ≤ y ≤ 1 }

    Temos: ∫∫   +R

    32 dA)xy2x4(  = ∫ ∫   +2

    0

    1

    0

    32 dydx)2xy(4x  = ∫ ∫     

     

     +

    2

    0

    1

    0

    32 dy)2xy(4x dx

    = ∫    

      

     +

    2

    0

    1

    0

    42

    4

    yx2yx4 dx = ∫  

     

      

     +

    2

    0

    1

    0

    42

    2

    xyyx4 dx

    = ∫  

      

       +−

      

       +

    2

    0

    42

    42

    20.x0.4

    21.x1.x.4 dx

    = ∫     

     

     +

    2

    0

    2

    2

    x4x dx =

    2

    0

    23

    2

    x.

    2

    1

    3

    x.4   +  =

    2

    0

    23

    4

    x

    3

    x4+  

    =

     

      

     +−

     

      

     +

    4

    0

    3

    0.4

    4

    2

    3

    2.4 2223 = 1

    3

    32+  =

    3

    35 

    Exemplo 4. Calcular as integrais:

    a)  ∫∫   +R2

    dA)yx6x2( , onde R = { (x, y) ∈ ℜ2

     | 1 ≤ x ≤ 4 ; −1 ≤ y ≤ 2 }

    Representação gráfica da região:

    Resolvendo: ∫∫   +R2 dA)yx6x2(  =∫ ∫− +

    2

    1

    4

    12 dxdy)y6x(2x  = dy3

    yx.62

    x2.

    2

    1

    4

    1

    32

    ∫−     

     

     

    +  

    = dyyx2x2

    1

    4

    1

    32∫−     

     

     +  = ( )[ ]dy)y1.21(y4.24 

    2

    1

    3232∫− +−+  

    = ( )[ ]dy)y.21(y12816 2

    1∫− +−+ = dy126y)(15 2

    1∫− +  

    =2

    1

    2

    2

    y.126y15

    +  = (15 . 2 + 63 . 22) – [15. (−1) + 63.(−1)2]

    = (30 +252) – (−15 + 63) = 282 – 48 = 234

       | 

       | 

       | 

       | 

    | | | | |x

    yR (região de integração)

    −1

    2

    1 4

    4

    12-1

     x

     y

     z z = f(x, y)

     R

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    30/36

    Cálculo de funções de várias variáveis para os cursos de Engenharia Anotações de Aulas Eurípedes Machado Rodrigues

    30

    b)  ∫∫   +R

    dA1)(xy , onde R é a região limitada pelas curvas y = 2x (reta crescente), x = 1

    (reta vertical) e y = 0 (reta horizontal)Representação gráfica da região:

    Resolvendo: ∫∫   +R

    dA1)(xy  = ∫ ∫   +1

    0

    x2

    0

    dydx)1(xy  = ∫    

      

     +

    1

    0

    x2

    0

    2

    y2

    yx. dx

    = ∫    

      

     +

    1

    0

    2

    x22

    (2x)x. dx = ∫   +

    1

    0

    3 )x2(2x dx =1

    0

    24

    2

    x.2

    4

    x.2   +  

    = 10

    24

    x2x +  =

      

       +−

      

       + 2

    42

    4

    0201

    21  = 1

    21 +  =

    23  

    c)  ∫∫   +R

    dAy)(x , onde R é a região limitada pelas curvas y = x2  (parábola no 1º

    quadrante), y = 2 (reta horizontal) e x = 0 (reta vertical)Representação gráfica da região:

    Resolvendo: ∫∫   +R

    dAy)(x  = ∫ ∫   +2

    0

    2

    x2dydx)y(x  = ∫  

     

      

     +

    2

    0

    2

    x

    2

    22

    yxy dx

    =∫  

     

      

     +−

     

      

     +

    2

    0

    222

    2

    2

    )x(x.x

    2

    22.x dx =∫  

     

      

     ++

    2

    0

    43

    2

    xx-2)(2x  dx

    = ∫  

    −−+2

    0

    43

    2xx2x2 dx = 2.

    2x2 + 2x − 

    4x4  −  2

    0

    5

    5x.

    21  

    = ( )22 + 2. 2 −4

    )2( 4 − 

    10

    )2( 5 − 0 = 2 + 2. 2  − 1 − 

    5

    2.2 = 1 + 

    5

    28 

    Exemplo 5.  Calcular o valor da integral ∫∫R

    dydxxy24 , sendo R a região delimitada

    pelas curvas y = x2  e y = x  

    curvas funçõesCurva à esquerda x = 0

    Curva à direita x = 1Curva inferior y = 0

    Curva superior y = 2x

    Da região R obtida

    graficamente, temos:0 ≤ x ≤  1 e 0 ≤ y ≤ 2

    R (região de integração)

       | 

       | 

       | 

      |x

    y2

    10

    Da região R obtida

    graficamente, temos:0 ≤ x ≤ 2   e 0 ≤ y ≤ 2

    R (região de integração)

       | 

       | 

       | 

      | |x

    y2

    10

    2  

    curvas funçõesCurva à esquerda x = 0

    Curva à direita x = 2  

    Curva inferior y = x2 

    Curva superior y = 2

  • 8/20/2019 Apostila de Cfvv - 2013

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    Cálculo de funções de várias variáveis para os cursos de Engenharia Anotações de Aulas Eurípedes Machado Rodrigues

    31

    Curvas funçõescurva à esquerda x = 0curva à direita  x = 1curva inferior   y = x2

    curva superior   y = x

    Gráfico da região e tabela de limites dessa região:

    Limites da integral:As curvas se encontram (ou se interceptam) nos pontos que são as soluções do

    sistema formado elas, ou seja:

    ==

    xy

    xy 2   xx2 =   222 )x()x(   =   x4 = x x4 – x = 0

    x (x3 – 1)= 0

    =⇒=⇒=−

    =

    1x1x01x

     ou 0x33

     

    As curvas à esquerda e à direita são os limites que integram o primeiro símbolo deintegração e as curvas, inferior e superior o segundo. Assim,

    ∫∫R

    dydxxy24  = ∫∫  =

    =

    =

    =

    xy

    xy

    1x

    0x 2xydydx24  = dx

    2

    yx24

    xy

    xy

    21x

    0x 2 

     

     

     

        =

    =

    =

    =∫  = dxxy12xy

    xy

    21x

    0x 2 

     

     

     

        =

    =

    =

    =∫  

    = [ ]dx)x()x(x121x

    0x

    222

    ∫  =

    =−  = ∫

      =

    =−

    1x

    0x

    52 dx)x12x12( 

    = 12.3

    x3 − 12.

    6

    x6 

    1x

    0x

    =

    =  = 4x3 – 2x6 

    1x

    0x

    =

    = = (4.13 – 2.16) – (4.03 – 2.06)

    = 4 – 2 = 2 

    Exemplo 6. Determine a integral dupla ∫∫R

    dydxx , onde a região R é limitada pelas

    curvas y = x2  e y = x.

    Limites da integral:

    =

    =

     xy

    xy 2  x2 = x x2 – x = 0 x (x – 1) = 0

    =

    =

    1x

    0x 

    R:

    ≤≤

    ≤≤

    xyx

    1x02

      ou seja:

    y = x2 

    y = x  

    y = x

    y = x  

    R

    Curvas funções

    curva à esquerda x = 0curva à direita  x = 1curva inferior   y = x2

    curva superior   y = x  

     x

    -1,5 -1 -0,5 0 0,5 1 1,5

    -1

    0

    1

    2

    R

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    Cálculo de funções de várias variáveis para os cursos de Engenharia Anotações de Aulas Eurípedes Machado Rodrigues

    32

    ∫∫R

    dydxx = ∫∫  =

    =

    =

    =

    xy

    xy

    1x

    0x 2xdydx  = dxxy

    xy

    xy

    1x

    0x 2

     

     

     

        =

    =

    =

    =∫ =

    = dx)x.xx.x( 21x

    0x

    −∫  =

    = = dx)xx( 32

    1x

    0x

    −∫  =

    = =

    1x

    0x

    43

    4

    x

    3

    x   =

    =

    −  = 04

    1

    3

    1 43−

     

      

     − =

    =4

    1

    3

    1−  =

    12

    34 − =

    12

    Exemplo 7. 

    Calcular a integral dupla da função f(x, y) = 1, sobre a região R = {(x, y) ∈ ℜ2 | 1 ≤ x ≤ 3 e2 ≤ y ≤ 4} e interprete geometricamente.Queremos:

    ∫∫R

    dA1 , para R:

    ≤≤

    ≤≤

    4y2

    3x1 

    ∫∫RdA1  = dxdy1 

    4y

    2y

    3x

    1x 

      

      ∫∫  =

    =

    =

    == dxy

    4

    2

    3x

    1x 

     

      

     

    ∫  =

    == dx)24(

    3x

    1x−∫

      =

    == dx2

    3x

    1x∫  =

    == 2x

    3

    1=

    = 2.3 – 2.1 = 6 – 1 = 4

    Interpretação Geométrica:

    Temos: f(x, y) = 1 z = 1,  1 ≤ x ≤ 3 e 2 ≤ y ≤ 4Os dados determinam um paralelepípedo de dimensões:base: x = 3 – 1 = 2,  y = 4 – 2 = 2 e altura z = 1

    Nota: Da Geometria sabemos que o volume do paralelepípedo reto-retângulo é o produtoda área da base pela sua altura, ou seja,

    V = Ab . h = (2 . 2) . 1 V = 4 u.v. (unidade de volume)

    Exemplo 8. Calcular o volume da figura representada no gráfico abaixo usando integraltripla.

    1

    3

    2

    4

    1

    x y

    z

    Portanto, o resultado encontrado 4  é ovolume do sólido, um paralelepípedoreto retângulo e, neste caso, também aárea da base do mesmo.

    R :

    ≤≤≤≤

    ≤≤

    4z0

    2y0

    3x0

     0 32

    4

    x

    y

    z

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    Cálculo de funções de várias variáveis para os cursos de Engenharia Anotações de Aulas Eurípedes Machado Rodrigues

    33

    V = dxdydz3x

    0x

    2y

    0y

    4z

    0z ∫∫∫  =

    =

    =

    =

    =

    = = dydzx

    3x

    0x

    2y

    0y

    4z

    0z

     

      

        =

    =

    =

    =

    =

    =   ∫∫  = dydz)03(2y

    0y

    4z

    0z

     

      

     −∫∫

      =

    =

    =

    V = dydz32y

    0y

    4z

    0z ∫∫  =

    =

    =

    = = dzy3

    2y

    0y

    4z

    0z

    =

    =

    =

    =∫  = dz)0.32.3(4z

    0z

    −∫  =

    = = dz6

    4z

    0z∫  =

    V =4z

    0z

     z6=

    = = 6.4 – 6.0 = 24 – 0 V = 24 u.v. (unidades de volume)

    INTEGRAL DUPLA USANDO COORDENADAS POLARES

    1. Coordenadas polares no planoQuando tomamos dois eixos perpendiculares Ox e Oy, podemos associar a um ponto P

    o par ordenado (x, y), onde x é a abscissa e y a ordenada de P. O sistema decoordenadas que obtemos é o sistema cartesiano (ou retangular) de coordenadas.Existem outras maneiras de associar coordenadas a um ponto, as coordenadas polares éuma delas.

    Tomando, no plano, uma semi-reta chamada eixo polar , cuja origem 0 é chamada depólo e consideremos um ponto P do plano.Seja r  sua distância a 0, chamada coordenada radial de P e θ coordenada angular  

    de P (geralmente medido em radianos) o ângulo entre o eixo Ox e o segmento OP.Convencionalmente, θ é positivo quando marcado no sentido anti-horário.

    Temos:

    Elevando ao quadrado membro a membro cada equação, obtemos:

    θ=

    θ=222

    222

    sen.ry

    cos.rx  Somando membro a membro as equações, temos:

    θ+θ=+ 222222 sen.rcos.ryx   )cos(sen.ryx 22222 θ+θ=+  

    Da trigonometria sabemos que a relação sen2 θ + cos2 θ = 1. Então:

    1.ryx 222 =+   222 ryx   =+   (Teorema de Pitágoras aplicado no triânguloretângulo da figura acima).

    De 222 ryx   =+ , com r > 0, obtemos 22 yxr   +=  que é a distância do ponto P à

    Origem. O ponto P é denominado de coordenadas polares e representado por P(r , θ).

    Nota: Toda região do tipo: R = {(r, θ) | r o ≤ r ≤ r 1 e θo ≤ θ ≤ θ1} é chamada retângulopolar.

    2. Integrais duplas em coordenadas polares (mudança de coordenadas na integral)A técnica de integrar em coordenadas polares é empregada, freqüentemente, quando o

    integrando ou as equações para a fronteira da região de integração envolvem a distância22 yxr   +=   até a origem, ou ainda, quando a região de integração é dada em

    0⊡  x

    y

    rθ x

    y

    No triângulo retângulo da figura temos:

    θ=

    θ=

     sen.ry

     cos.rx

     

    r

    y sen

    r

    x cos

     

    P

  • 8/20/2019 Apostila de Cfvv - 2013

    34/36

    Cálculo de funções de várias variáveis para os cursos de Engenharia Anotações de Aulas Eurípedes Machado Rodrigues

    34

    coordenadas polares. No caso de a integral dada conter coordenadas cartesianasfazemos a mudança de coordenadas por:

    θ=

    θ=

     sen.ry

     cos.rx  e dA = r dr dθ, ou seja,

    ∫∫R

    dAy)f(x,  = θ

    θθ∫∫

    θ

    θd,cos.r (f   drr)senr. 

    1

    o

    1

    o

    r

    r

     

    Exemplo 1. Calcular a integral dupla ∫∫   +R

    22 dAyx , onde R é limitada pelas regiões:

    x ≥ 0, y ≥ 0 e x2 + y2 ≤ 4, usando coordenadas polares. 

    x2 + y2 ≤ 4 representa a região interior de um círculo de centro na origem e raio r = 2

    Em coordenadas polares:

    R :

    π

    ≤θ≤

    ≤≤

    20

    2r0  e

    θ=

    θ=

     sen.ry

     cos.rx 

    ∫∫   +R

    22 dAyx  = θ 

      

     θ+θ∫ ∫

    π

    ddrr.)sen.r()(r.cos 2

    0

    2

    0

    22  =

    =   θ 

      

     θ+θ∫ ∫

    π

    ddrr.sen.r.cosr 2

    0

    2

    0

    2222  =

    = θ  

       θ+θ∫ ∫

    π

    ddrr.)sen.(cosr 20

    2

    0

    222  = θ  

      ∫ ∫

    π

    ddrr.1.r 20

    2

    0

    2 =

    = θ 

      

     ∫ ∫

    π

    ddrr.r 2

    0

    2

    0

    2  = θ 

      

     ∫ ∫

    π

    ddrr.r 2

    0

    2

    0

     = θ 

      

     ∫ ∫

    π

    ddrr 2

    0

    2

    0

    2  =

    = θ

     

      

     

    ∫π

    d3

    r2

    0

    2

    0

    3

     = θ

     

     

     

     −∫

    π

    d3

    0

    3

    22

    0

    33

     = θ∫π

    d3

    2

    0

     =2

    0

     3

    θ  =  

      

     −

    π0

    2.

    3

    =3

    8 . 2

    π  =

    6

    8π =

    3

    4ππππ 

    Exemplo 2. Calcule a área do círculo usando coordenadas polares e integral dupla.

    A região é x2 + y2 ≤ r 2 , onde

    π≤θ≤

    ≤≤

    20

     rr0 

    A = θ∫∫  =

    =

    π=θ

    =θddrr

    rr

    0r

    2

    0   = θ 

     

     

        =

    =

    π=θ

    =θ∫d2

    r rr

    0r

    22

    0   = θ 

     

     

     

    −∫  π=θ

    =θd2

    0

    2

    r 222

    0  

    x ≥ 0

    2

    y ≥ 0

    2

    r

    r

    r

    r

    y

    xθ 

  • 8/20/2019 Apostila de Cfvv - 2013

    35/36

    Cálculo de funções de várias variáveis para os cursos de Engenharia Anotações de Aulas Eurípedes Machado Rodrigues

    35

    A = θ∫  π=θ

    =θd

    2

    r 22

    0

     = ∫  π=θ

    =θθ

    2

    0

    2

    d .2

    r =

    2

    r2. θ

    π2

    0

     =2

    r2. (2π − 0)

    A =2

    r2. 2π  A = 2rππππ  

    Exemplo 3. Calcule o volume da esfera usando coordenadas polares e integral dupla.

    A região é V = ∫∫   +R

    22 dAyx , onde R :

    π≤θ≤

    ≤≤−

    20

     r r r  

    Em coordenadas polares, temos:

    θ=

    θ=

     sen.ry

     cos.rx 

    V = ∫∫   +R

    22 dAyx  = θ

     

     

     

     θ+θ∫ ∫

    πddrr)(r.cos 

    2

    0

    r

    r-

    22 .)sen.r ( =

    =   θ 

      

     θ+θ∫ ∫

    πddrr.cosr 

    2

    0

    r

    r-

    2222 .sen.r =

    = θ 

      

     θ+θ∫ ∫

    πddrr.(cosr 

    2

    0

    r

    r-

    222 .)sen =   θ 

      

     ∫ ∫

    πddrr1.r 

    2

    0

    r

    r-

    2 . =

    = θ 

      

     ∫ ∫

    πddrrr 

    2

    0

    r

    r-

    2 . = θ 

      

     ∫ ∫

    πddrrr 

    2

    0

    r

    r-. = θ

     

      

     ∫ ∫

    πddrr 

    2

    0

    r

    r-

    2  =

    = θ

     

     

     

     

      π

    d3

    2

    0

    3 r 

    r  = θ

     

     

     

        −−

      πd

    33

    2

    0

    33 )r (r  = θ

      πd

    3

    2r 

    2

    0

    3

     =π

    θ2

    0

    3

     .3

    2r =

    =

     

     

     

     −

     

     

     

     π 0

    3

    22

    3

    2 33.

    r .

    r  =

    3

    4 3r .π – 0 = 3

    3

    4r ..π  

    Exemplo 4. Calcule ∫∫   +R

    yx dydxe22

    , onde R é a região no 1º quadrante interior à

    circunferência 4yx 22 =+  e exterior à circunferência 1yx 22 =+ .

    Em coordenadas polares:

    R :

    π≤θ≤

    ≤≤

    20

    2r1 

    ∫∫   +R

    yx dydxe22

     = ∫ ∫π

    θ 

      

        θ+θ2 22

    0

    )sen.r()cos.r(2

    1ddr.re = ∫ ∫

    π

    θ 

      

        θ+θ2 222

    0

    )cossen.(r2

    1ddr.re =

    = ∫ ∫π

    θ 

      

     2 2

    0

    1.r2

    1

    ddr.re = ∫ ∫π

    θ 

      

     2 2

    0

    r2

    1

    ddr.re  

    =

    =

    drr2du

     ru 2 

    2 r

    2

    1

    10 x

    y

    r

    r

    y

    xθ 

     –r

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    36/36

    Cálculo de funções de várias variáveis para os cursos de Engenharia Anotações de Aulas Eurípedes Machado Rodrigues

    = ∫ ∫π

    θ 

      

     2 2

    0

    r2

    1

    ddr.r2e2

    1 = ∫

    π

    θ

     

      

     2 2

    0

    2

    1

    r de.2

    1 = ∫

    π

    θ2 22

    0

    12 d)e-.(e2

    1 =

    =2

    1. ∫

    π

    θ2

    0

    4 d)e-(e   =2

    1.  )ee( 4 − .   θ∫

    π

    d2

    0

      =2

    1.  )ee( 4 − .

    2

    0

    π

      =

    = 2

    1

    .  )ee(4 −

    .  

     

     

     −

    π

    02  = 4

    ππππ

    .   )ee(  4 −

     

    Exemplo 5. Determine o volume do sólido limitado pelo plano z = 0 e pelo parabolóidez = 1 – x2 – y2.

    Se tomarmos z = 0 na equação do parabolóide, obtemos 0 = 1 – x2 – y2 x2 + y2 = 1. Isso significa que o plano intecepta o parabolóide no círculox2 + y2 = 1, e o sólido está abaixo do parabolóide e acima do círculo D dado porx2 + y2 ≤ 1.

    Em coordenadas polares, D é dado por:

    π≤θ≤

    ≤≤

    20

     1r0 

    Sabemos que: 222 ryx   =+  1 – x2 – y2 = 1 – (x2 + y2) = 1 – r 2 Então o volume será:

    V = ∫∫R

    22 dA)y-x-(1 = θ−∫∫  π

    drdr)r1( 21

    0

    2

    0

     

    V = θ−∫∫  π

    ddr)rr( 31

    0

    2

    0

     =   θ

     

      

     −∫

      π

    d4

    r

    2

    r 1

    0

    422

    0

     =   θ

     

      

     −∫

      π

    d0-4

    1

    2

    1 422

    0

     =   θ 

      

     −∫

      π

    d4

    1

    2

    12

    0

     

    V = θ  

      ∫

      πd

    41-22

    0

     = θ∫  π

    d412

    0

     =41 .   θ∫

      πd

    2

    0

     =41 . θ π

    2

    0

     =41 . (2π − 0) =

    42π  =

    2ππππ  u.v.

    x y

    z

    (0, 0, 1)

    D

    •