Fafijan - Controladoria Disciplina: Controladoria Cosmo ROGÉRIO de Oliveira.
Apostila de Controladoria
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Disciplina:
CONTROLADORIA
“5º Período”
Professor: Fernando de Araújo
Uberlândia / 1ºSemestre / 2012
Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo
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UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo
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PLANO DE ENSINO
EMENTA
A função da controladoria e o papel do controller na gestão empresarial.
Planejamento estratégico na controladoria. Elaboração e análise de
orçamentos. Controle interno. Sistemas de gestão empresarial e controladoria.
Tópicos especiais de Controladoria.
OBJETIVOS
Conhecer, entender e dominar as ferramentas de controle
organizacional, para a análise, implementação, acompanhamento e
avaliação da gestão do negócio.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
O controle nas organizações
Conceito de controle
Ciclo básico
Nível e classificação de controle
Tipos de controle
O papel da controladoria
O papel do controller no histórico
Estrutura organizacional
Accountability
Metadologia de Custeio
Gecon
Controle orçamentário no acompanhamento dos negócios
Mensuração e avaliação.
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CAPITULO I
1 – Introdução – Controladoria
A Controladoria é uma atividade e um campo do conhecimento híbrido, que
recebe contribuições da Contabilidade, e da Administração, sendo responsável
pelo suprimento de informações aos tomadores de decisão. Devido a esse fato,
ela pode ser dividida didaticamente em Controladoria Administrativa e
Controladoria Contábil, mas na prática profissional isso não é muito comum
pois ambas as partes costumam ficar sob a égide de um único gestor
(controller ou controlador). Ainda do ponto de vista contábil, em função desse
relacionamento estreito com a Administração, a Controladoria pode ser
considerada como pertencente ao ramo especializado da Contabilidade
administrativa.
Ela utiliza primordialmente o controle e o processo de planejamento e
orçamento como metodologias nos desempenhos de suas funções.
O profissional pela área de Controladoria em uma empresa é chamado de
Controller ou Controlador. Tal área é considerado um órgão de staff, ou seja
de assessoria e consultoria, fora da pirâmide hierárquica da organização.
Requer conhecimentos da contabilidade, administração, economias, estatistica,
informatica, etc.
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Definiçoes basicas:
Gestor: É o responsável por administrar, visando resultados positivos
para a empresa.
Indicador: É um instrumento de medição para a avaliação e gestão de
um resultado.
Parâmetro: É um fator que determina a dimensão de um indicador.
Centro de custos: É uma unidade, departamento, pessoa ou processo
cujos custos possam ser agregados.
Contas contábeis: Elemento de registro contábil onde são feitos os
lançamentos de todos débitos e créditos gerados na empresa.
Pacote: É a união de contas contábeis homogêneas geridas por um
gestor específico.
A controladoria se apóia num sistema de informações e numa visão
multidisciplinar, sendo responsável pela modelagem, construção e manutenção
de sistemas de informações e modelos de gestão das organizações, a fim de
suprir de forma adequada as necessidades de informação dos gestores
conduzindo-os durante o processo de gestão a tomarem melhores decisões.
Por isso é que se exige dos profissionais da controladoria uma formação sólida
e abrangente a cerca do processo de gestão organizacional.
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A controladoria surge da necessidade de otimizar os resultados das decisões
da empresa:
Tem como premissa a ciência contábil;
Separação entre a função contábil e a função financeira (tomada de
decição – onde aplicar e onde buscar recursos).
1.1 – Missão da Controladoria
Zelar pela continuidade da empresa, assegurando a otimização do resultado
global.
1.2 – Como Órgão da Gestão Empresarial
Tem por finalidade garantir informações adequadas ao processo decisório,
colaborando com os gestores na busca da eficácia gerencial.
1.3 – Campo de ação da Controladoria
Compreende as organizações, enquanto sistemas abertos e dinâmicos no
ambiente. Por isso, a Controladoria encontra vasto material de pesquisa no
campo da Teoria dos Sistemas.
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1.4 – Processo de gestão empresarial e a Controladoria
A Controladoria, enquanto área responsável por suprir as necessidades de
informações dos gestores de uma organização, necessita de uma metodologia
de trabalho que lhe permita desenvolver esta atividade da forma mais dinâmica
e econômica possível. A esta metodologia de trabalho é dado o nome de
processo de controle.
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O processo de controle é um modelo de gestão voltado à abordagem sistêmica
das organizações e diz respeito às atividades desenvolvidas pela
Controladoria, necessárias à geração de informações para o processo de
tomada de decisões. Tais informações são decorrentes do monitoramento e
controle, prévio ou não, do desempenho dos diversos setores e sub-sistemas
de uma organização.
1.5 – Atividades da Controladoria
A primeira atividade a ser desenvolvida pela Controladoria refere-se à
estipulação de parâmetros ou padrões de controle, que são definidos como
as referências em relação às quais o desempenho da organização será
comparado.
Os parâmetros de controle dividem-se em:
Quanto à forma:
o Unitários;
o Intervalares;
Quanto à origem:
o Internos;
o Externos;
Uma vez definidos os padrões de controle, a Controladoria necessita elaborar a
projeção agregada dos resultados de todos os setores da organização.
Para isso, ela deverá desenvolver um sistema de planejamento e controle
orçamentário que possibilite a elaboração de projeções e simulações,
considerando diferentes cenários, dos resultados operacionais, econômicos e
financeiros da organização.
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Assim, os resultados projetados devem refletir a interação e os objetivos
conflitantes existentes entre todos os sub-sistemas que compõem a
organização.
Projetados os resultados, a Controladoria passará a elaborar a análise
comparativa entre os resultados e os padrões de controle previamente
estabelecidos.
Esta comparação objetiva apurar a existência de diferenças, denominadas
desvios, entre os resultados e os padrões de controle.
Após apurada a existência de desvios, a Controladoria deverá elaborar a
análise da relevância, que visa apurar se os desvios são relevantes em termos
de comprometimento dos objetivos organizacionais. Para isso, a Controladoria
faz uso dos padrões de controle do tipo intervalo, classificando os desvios em
desvios de baixa relevância (situação amarela) e desvios de alta relevância
(situação vermelha). Caso seja apurado um desvio de baixa ou alta relevância,
a Controladoria deverá elaborar alternativas para uma possível solução do
desvio ou problema, as quais serão repassadas aos gestores responsáveis
pelos diversos setores organizacionais responsáveis pela ocorrência do desvio.
A partir do momento em que as informações são repassadas aos gestores, a
responsabilidade pela tomada de decisão ou escolha de qual alternativa utilizar
será exclusiva deles.
1.6 – Princípios da Controladoria
1.6.1 – Princípio do controle futuro
Este princípio prega que é preciso prever para corrigir antes, ou seja, é
necessário que a função de controle trabalhe com informações
projetadas, informações sobre o futuro.
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1.6.2 – Princípio da agregação dos sub-sistemas
A Controladoria deve considerar todos os setores da organização, uma
vez que estes se autorelacionam para formar o sistema maior que é a
organização. Este princípio é primordial para a elaboração do orçamento
organizacional.
Sobre a Controladoria, é necessário salientar as seguintes considerações:
A qualidade do processo de controle será diretamente proporcional à
qualidade do processo de planejamento;
Apesar da complexidade existente nos procedimentos necessários à
realização das atividades da Controladoria, estes procedimentos são
aplicáveis em organizações de qualquer porte;
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A implantação de um processo de controle deve ser realizada de
maneira a contemplar o monitoramento das principais variáveis de cada
etapa do fluxo operacional da organização;
A implantação de um processo de controle requer uma mudança cultural
no processo de gestão organizacional.
1.7 – O que é Planejamento?
Planejamento é um processo contínuo e dinâmico que consiste em um
conjunto de ações intencionais, integradas, coordenadas e orientadas
para tornar realidade um objetivo futuro, de forma a possibilitar a tomada
de decisões antecipadamente.
Essas ações devem ser identificadas de moda a permitir que elas sejam
executadas de forma adequada e considerando aspectos como o prazo,
custos, qualidade, segurança, desempenho e outras condicionantes.
1.7.1 – Planejar é Decidir Antecipadamente
Decidir antecipadamente constitui-se em controlar o seu próprio futuro.
Visão proativa no que se refere ao processo de gestão de certa
organização.
1.7.2 – Princípios de planejamento
Princípios Gerais de Planejamento:
Principio da contribuição aos objetivos;
Principio da precedência;
Princípio da maior penetração e abrangência;
Princípio da maior eficiência, eficácia e efetividade.
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Princípios Específicos de Planejamento:
Planejamento participativo;
Planejamento coordenado;
Planejamento integrado;
Planejamento permanente.
1.7.3 – Filosofias do planejamento
A maioria dos processos de planejamento envolve uma mistura dos três
tipos de filosofias a seguir descritas, embora possa haver predominância
de um deles, segundo Oliveira.
Filosofia da Satisfação;
Filosofia da Otimização;
Filosofia da Adaptação;
1.7.4 – Vantagens do Planejamento
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1.7.5 – Limitações do Planejamento
Baseia-se em estimativas;
Deve estar ajustado às circunstâncias;
A execução não é automática
O plano não deve tomar o lugar da administração.
Planejamento Estratégico, Tático e os Projetos
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1.7.6 – Tipos de planejamento
Planejamento de Longo Prazo - Estratégico;
Planejamento de Curto Prazo - Tático;
Planejamento Orçamentário.
1.7.7 – Planejamento Estratégico – Análise Externa
Cenário Político
Cenário Econômico
Mercado (Clientes)
Mercado (Fornecedores)
Cenário Tecnológico
Cenário Social
Cenário Legal
Aspectos Demográficos
Cenário Ecológico
Concorrência
1.7.8 – Planejamento Estratégico – Análise Interna
Estrutura/Organização Fabril
Capacidade Produtiva
Necessidade de Materiais
Necessidade de Pessoal
Política de RH
Relacionamento c/ Cientes
Relacionamento c/ Fornecedores
Política de Vendas/Comissões
Política de Comparas/Estoques
Política Ambiental
Marcas e Patentes
Qualidade/Diferenciação
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1.7.9 – Planejamento Estratégico – Ambiente Interno
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O planejamento estratégico é o processo através do qual a organização
se mobiliza para formular as suas estratégias, orientadas para o
mercado, estabelecer e desdobrar metas e elaborar planos de ação para
atingi-las, considerando os ambientes interno, externo, atual e futuro.
Um planejamento bem realizado oferece inúmeras vantagens à equipe
de projetos. Tais como:
Permite controle apropriado;
Produtos e serviços entregues conforme requisitos exigidos pelo
cliente;
Melhor coordenação das interfaces do projeto;
Possibilita resolução antecipada de problemas e conflitos;
Propicia um grau mais elevado de acertividade nas tomadas de
decisão.
“Praparar-se para o inevitável, prevenindo o indesejável e
controlando o que for controlável” (Peter Drucker).
1.8 - Por que fazer um planejamento estratégico?
O objetivo do planejamento estratégico é definir um posicionamento
estratégico que crie e/ou fortaleça a vantagem competitiva da empresa e
estabelecer ações estratégicas para tornar este posicionamento
realidade.
Não existe uma época, mais adequada para a elaboração do
PLANEJAMENTO ESTRATEGICO, porém a ocorrência de alguns fatos
ou até mesmo a possibilidade de ocorrência deles tais como:
acirramento da concorrência;
mudança no comportamento do mercado;
pressão de fornecedores;
chegada de novos entrantes;
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possibilidade de produtos substitutos;
perda de margem ou de participação de mercado.
Obs.: Planejamento Estratégico exige que a empresa repense seu
futuro.
Entretanto, empresas que adotam o planejamento estratégico
periodicamente acabam praticando a gestão estratégica.
Isto é, implementam metodologias de desdobramento dos objetivos e
metas estratégicas como, exemplo destas metodologias podemos citar o
Balanced Scorecard (BSC) e Gerenciamento pelas Diretrizes (GPD),
adotam uma sistemática contínua de avaliação dos resultados e adoção
de medidas corretivas.
A utilização de softwares, conforme o “Stratec Gestão Estratégica”,
que inclusive é utilizado pela Fundação Unimed, facilita muito a
implementação desta sistemática garantindo assim, o alcance das metas
estabelecidas.
A facilidade ou a dificuldade de realizar o planejamento estratégico de
uma organização muitas vezes está ligada à dinâmica do setor no qual
ela atua.
Alguns setores são de tecnologia intensiva outros, nem tanto, alguns a
concorrência é muito acirrada outros menos, alguns dependem de
conhecimentos específicos outros não.
Enfim, o setor de atuação da empresa e os cenários nos quais este setor
está inserido podem definir o grau de dificuldade para se definir um
posicionamento estratégico que diferencie a empresa.
As empresas que adotam a gestão estratégica estão continuamente
reavaliando suas estratégias para criar valor para a organização e
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desenvolvendo nas pessoas que ocupam função gerencial o
pensamento estratégico.
O pensamento estratégico é o processo de pensamento que se dá na
mente das pessoas-chave da organização que as ajuda a determinar a
aparência da organização em determinado momento futuro.
Este processo, que contribui sobremaneira para elevar o nível da função
gerencial, pode por si só constituir uma vantagem competitiva importante
para uma organização.
O Planejamento Estratégico pode ser revisado? Com qual frequência?
O posicionamento estratégico geralmente é construído num período de
tempo maior 2 a 3 anos ou até mais.
Porém, conforme dito anteriormente a prática do planejamento
estratégico deve evoluir para a gestão estratégica e, sendo assim, a
avaliação das metas e ações estratégicas deve se dar pelo menos uma
vez a cada trimestre.
1.9 – Quem deve fazer um Planejamento Estratégico?
Qualquer organização para construir seu sucesso futuro deve fazer uso
da metodologia de planejamento estratégico, não importa se é uma
organização pública, privada, ou do terceiro setor ou pequena, média ou
grande.
Esta prática deve ser utilizada porque o futuro é construído. Abrir mão
do planejamento estratégico é o mesmo terceirizar o seu futuro.
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Sua organização será parte do planejamento de alguém. Abrir mão do
planejamento estratégico é o mesmo que optarmos para sermos vítimas
das circunstâncias.
O Planejamento estratégico inclui atividades que envolvem a definição
da missão da organização, o estabelecimento de seus objetivos e o
desenvolvimento de estratégias que possibilitem o sucesso das
operações no seu ambiente.
Planejamento estratégico se diferencia de outros tipos de planejamento
organizacional segundo estes critérios:
Envolve decisões tomadas pela alta administração;
Envolve apropriação de muitos recursos, como dinheiro, mão-de-
obra ou capacidade física;
Tem impacto significativo a longo prazo;
Focaliza a interação da organização com o ambiente externo.
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As decisões sobre o planejamento estratégico, por seu significado
para a empresa, são de responsabilidade dos administradores de
linha e não dos assessores especiais de planejamento.
Os assessores de planejamento, se os houver, estejam centralizados ou
descentralizados, desempenham um papel importante ajudando os
administradores de linha, sobretudo ao fornecer análise ambiental.
1.10 – Fatores que afetam o processo de planejamento
Há dois grupos de fatores que afetam o processo de planejamento:
Fatores incontroláveis, os elementos – tais como o crescimento da
população, o ambiente político e as pressões sociais – que não tem uma
causa direta e localizável.
Fatores controláveis, os elementos – tais como a pesquisa, localização
dos edifícios e relações organizacionais – sobre os quais a organização
tem algum controle através das decisões de seus administradores.
1.11 – Análise SWOT
A análise SWOT é uma forma útil para ajudar as organizações a identificar
fatores externos e internos, assim como salientar oportunidades em
potencial. A análise SWOT é o processo de identificar sistematicamente as
Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças.
1.12 – Planejamento Tático e Operacional
Uma vez definido o Planejamento Estratégico a empresa trabalha no
desenvolvimento e implantação dos planejamentos táticos e operacionais
de forma integrada.
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1.13 – Planejamento tático
O planejamento tático tem por objetivo otimizar determinada área de
resultado e não a empresa como um todo. Portanto, trabalha com
decomposições dos objetivos, estratégias e políticas estabelecidos no
planejamento estratégico.
O planejamento tático é desenvolvido a níveis organizacionais inferiores,
tendo como principal finalidade a utilização eficiente dos recursos
disponíveis para a consecução de objetivos previamente fixados, segundo
uma estratégia predeterminada bem como as políticas orientativas para o
processo decisório da empresa.
1.14 – Planejamento operacional
O planejamento operacional pode ser considerado como a formalização,
principalmente através de documentos escritos, das metodologias de
desenvolvimento e implantação estabelecidas. Portanto, nesta situação
tem-se, basicamente, os planos de ação ou planos operacionais. Tem a
finalidade de maximizar os recursos da empresa aplicados em operações
de um determinado período (curto e médio prazos).
1.14.1 – Outras Características – Planejamento Operacional:
Decisões mais descentralizadas;
Decisões mais repetitivas;
Decisões mais fácil de ser revertida do que a estratégica.
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CAPITULO II
2 – Introdução a Accountability
Accountability é um termo da língua inglesa, sem tradução exata para
o português, que remete à obrigação de membros de um órgão administrativo
ou representativo de prestar contas a instâncias controladoras ou a seus
representados. Outro termo usado numa possível versão portuguesa
é responsabilização.
Accountability pode ser traduzida também para o português, deficientemente,
por prestar contas. Accountability significa que quem desempenha funções de
importância na sociedade deve regularmente explicar o que anda a fazer, como
faz, por que faz, quanto gasta e o que vai fazer a seguir. Não se trata, portanto,
apenas de prestar contas em termos quantitativos mas de auto-avaliar a obra
feita, de dar a conhecer o que se conseguiu e de justificar aquilo em que se
falhou. A obrigação de prestar contas, neste sentido amplo, é tanto maior
quanto a função é pública, ou seja, quando se trata do desempenho de cargos
pagos pelo dinheiro dos contribuintes.
Accountability é um conceito da esfera ética com significados variados.
Freqüentemente é usado em circunstâncias que denotam responsabilidade
social, imputabilidade, obrigações e prestação de contas. Na administração,
a accountability é considerada um aspecto central da governança, tanto na
esfera pública como na privada, como a controladoria ou contabilidade de
custos.
Na prática, a accountability é a situação em que "A reporta a B quando A é
obrigado a prestar contas a B de suas ações e decisões, passadas ou futuras,
para justificá-las e, em caso de eventual má-conduta, receber punições."
Em papéis de liderança, accountability é a confirmação de recepção e
suposição de responsabilidade para ações, produtos, decisões, e políticas
incluindo a administração, governo e implementação dentro do alcance do
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papel ou posição de emprego e incluir a obrigação de informar, explicar e ser
respondíveis para resultar conseqüências positivas.
2.1 – Tipos de Accountability
2.1.1 – Accountability política
É a responsabilidade do governo, dos funcionários públicos e dos políticos ao
público e a corpos legislativos tal como congresso ou o parlamento.
As eleições são uma maneira direta de segurar políticos responsáveis ao
público. Até o final de uma eleição, candidatos e os partidos devem fazer
campanha, explicando sua posição em questões de interesse público. O
eleitorado também pode votar num registro passado do candidato se ele
procura sua reeleição. Em alguns casos, por exemplo a Assembleia
Legislativa da Columbia Britânica no Canadá, eleitores também têm o direito de
pedir um recall político, entre eleições normais.
Geralmente, no entanto, os eleitores não têm qualquer dirigência, de maneira a
segurar a quem elegeu, considerar durante o termo para que eles foram
elegidos. Adicionalmente, alguns funcionários e legisladores podem ser
designados antes de elegidos. A constituição, ou estatuto, pode autorizar a um
corpo legislativo para fiscalizar os próprios membros, o governo, e partes do
governo. Isto pode ser um inquérito interno ou independente.
Os inquéritos normalmente são postos em resposta a uma alegação de
comportamento impróprio ou de corrupção.
Os poderes, procedimentos e sanções variam de país para país. A legislatura
pode ter o poder de acusar o indivíduo, retirá-los, ou o de os suspender durante
um período de tempo. A pessoa acusada pode decidir de renunciar antes
do julgamento, livrando-se da acusação, como por exemplo no Brasil e nos
Estados Unidos. A acusação nos Estados Unidos da América foi usada para
ambos os representantes elegidos e outros cargos civis, tal como
os juízes das cortes. Em sistemas parlamentares, o governo conta com o apoio
do parlamento, que dá poder de parlamento segurar o governo. Por exemplo,
alguns parlamentos podem gesticular para um voto de nenhuma confiança no
governo.
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2.1.2 – Accountability administrativa
Regras internas e normas assim como alguma comissão independente são
mecanismos para segurar o funcionário público dentro da administração de
um governo responsável. Dentro do departamento ou do ministério,
primeiramente, o comportamento é unido por regras e regulamentos.
Segundamente, funcionários públicos são subordinados em hierarquias e são
responsáveis aos superiores. Não obstante, há unidades independentes de
"cão de guarda", que tem por objetivo escrutar e segurar os departamentos
para a responsabilidade.
A legitimidade destas comissões é construída sobre sua independência, para
evitar qualquer conflito de interesses. Algumas unidades de "cão de guarda"
aceitam queixas de cidadãos. A sociedade deve exigir que os funcionários
públicos sejam responsáveis aos cidadãos.
2.1.3 – Relações de eleitorado
Dentro desta perspectiva, uma agência particular ou o governo são
responsáveis pela voz de agências, grupos ou instituições, que estão fora do
setor público e representarão os interesses dos
cidadãos num eleitorado particular, são todos ouvidos. Além do mais,
o governo é obrigado a autorizar membros de agências com direitos políticos a
concorrer para as eleições e serem elegidos; ou, designa-os do setor público
como uma maneira de segurar o representante de governo e assegurar a voz
de todos eleitorados que são incluídos em processo de fabricação política.
2.1.4 – Acountability de mercado
Sob pressões para descentralização e privatização do governo, serviços
fornecidos são hoje em dia cada vez mais "freguês-guiado" e deve ter
como objetivo fornecer conveniência e várias escolhas aos cidadãos.
Com esta perspectiva, há comparação e competição entre serviços
públicos e privados e isto, idealmente, melhora a qualidade do serviço.
Como mencionado por Bruce Pedra, o padrão de avaliação
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para responsabilidade é portanto uma resposta positiva de fornecedores
de serviço a um corpo de fregueses ("soberanos") e produção
de serviço de qualidade.
O serviço de subcontratação externa é um meio de
adotar responsabilidade de mercado. O governo pode escolher entre uma
pequena lista de companhias para serviço subcontratado externamente. Dentro
do período que contrai, o governo pode segurar a companhia por rescrever
contratos ou por escolher outra companhia.
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CAPITULO III
3 – Sistema de orçamentos
O sistema de orçamentos (ou sistema orçamentário) é um instrumento
de planejamento e controle de resultados econômicos e financeiros. É um
modelo de mensuração que avalia e demonstra, através de projeções, os
desempenhos econômicos e financeiros da empresa, bem como das unidades
que a compõem.
3.1 – Conceito de Orçamento
“Um orçamento é a expressão quantitativa de um plano de ação futuro da
administração para um determinado período. Ele pode abranger aspectos
financeiros e não-financeiros desses planos e funciona como um projeto para
companhia seguir o período vindouro.” Horngren, Foster e Datar, 2001.
3.2 – O papel do Orçamento no Planejamento e Controle
Os planos identificam os objetivos e as ações necessárias para
realizá-los.
Os orçamentos são as expressões quantitativas desses planos, em
termos físicos ou financeiro, ou ambos.
Utilizado para planejamento, um orçamento é um método de traduzir
as metas e as estratégias de uma organização em termos
operacionais.
Controle é o processo de estabelecer padrões, receber feedback
sobre o desempenho real e tomar as ações corretivas quando o
desempenho real desvia-se significativamente do desempenho
planejado.
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3.3 – Propósitos do Orçamento
Exige dos Gerentes o planejamento;
Fornece informações sobre recursos que podem ser usadas para
melhorar as tomadas de decisão;
Ajuda no uso de recursos e empregados para estabelecer um nível
de referência que pode ser usado para a subsequente avaliação de
desempenho;
Melhora a comunicação e a coordenação.
3.4 – O Processo Orçamentário
Diretor de Orçamento: responsável por dirigir e coordenar o processo
orçamentário global (trabalha sob a direção de um comitê de
Orçamento);
Comitê de Orçamento: responsáveis em rever o orçamento, fornecer
diretrizes de políticas e metas orçamentárias, resolver diferenças que
podem surgir quando o orçamento esta sendo preparado, aprovar o
orçamento final e monitorar o desempenho real da organização no
decorrer do ano.
OBS: O presidente da organização designa os membros do comitê, que
normalmente são o presidente, vice-presidente e o controller.
3.5 – Tipos de Orçamentos
Orçamento Mestre: é um plano financeiro abrangente composto de
vários orçamentos individuais de departamentos e de atividades.
O Orçamento Mestre pode ser dividido em orçamentos operacionais
e financeiros.
Orçamento operacionais: ligadas às atividades geradoras de renda
de uma empresa (vender, produzir e manter níveis de estoque de
produtos acabados).
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Orçamentos financeiros: se preocupam com as entradas e as saídas
e caixa e com a posição financeira.
3.6 – Etapas de elaboração do orçamento
3.7 – Princípios do Orçamento
Envolvimento administrativo
Adaptação organizacional
Contabilidade por área de responsabilidade
Orientação por objetivos
Comunicação integral
Expectativas realísticas
Oportunidade
Aplicação flexível
Acompanhamento
Reconhecimento do esforço individual e do grupo
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3.8 – Desenvolvimento do Orçamento Operacional – Plano de Marketing
O que significa: “etapa que cuida da definição do output da organização”
3.9 – Desenvolvimento do Orçamento Operacional – Plano de Produção
O que significa: “etapa que deve disponibilizar a quantidade de produtos a
serem processados”
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3.10 – Desenvolvimento do Orçamento Operacional – Plano de
Investimentos
O que significa
“(...) etapa que objetiva dimensionar a necessidade de equipamentos no
processo produtivo”
3.10.1 – Alternativas de Análises
Pay-back
TIR
VPL
3.10.2 – Produtos
Valor dos Investimentos
Valor das Depreciações
Valor das Manutenções
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3.11 – Desenvolvimento do Orçamento Operacional – Plano de
Terceirizações
O que significa
“... Etapa que objetiva definir as quantidades de produtos cujo processamento
será desenvolvido por terceiros ...”
3.11.1 – Aspectos importantes
Margem de Contribuição Unitária
Margem de Contribuição por Fator Limitativo
3.11.2 - Produtos
Definição do „Mix‟ de Produção Interna / Terceirização
3.11.2 – Resultados
O plano anual de resultados se encerra com:
Demonstrativo de Resultado DRE
Balanço Projetado
Fluxo de caixa projetado
Definição de Indicadores de performance
3.12 – Demonstrativos Financeiros
Surge como decorrência do plano econômico
Tem por finalidade traduzir as ações para uma linguagem monetária
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Principais etapas do plano financeiro:
Fluxo de caixa (saldos, entradas, saídas, empréstimos,
investimentos)
Demonstração de resultados
Balanço patrimonial
As demonstrações financeiras permitem a análise global do plano;
O atendimento das metas financeiras viabiliza o plano de lucros.
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Estudo de caso – Cia XYZ
A Cia. XYZ é uma empresa do ramo de lacticínios, atuando no segmento
de queijos. Seu único produto é o queijo MUSSARELA.
Demanda:
Em Dezembro/2011, a empresa vendeu 5.000 Kg de MUSSARELA. A
empresa pretende encerrar suas atividades após os três próximos
meses, pois prevê um declínio mensal de 5% para a demanda de seu
produto.
Política de estocagem: A empresa vinha mantendo estoques de
produtos na ordem de 10% das vendas do mês seguinte, porém planeja
estocar, ao final de Janeiro e Fevereiro, apenas 5% das vendas do mês
seguinte. Em Março não haverá estoques finais.
O processo de fabricação de seu produto envolve as operações do
Departamento FÁBRICA DE QUEIJO. O tempo de fabricação do produto
é de 06 (seis) minutos.
Ao final de Dez/11, todos os equipamentos da Cia. XYZ estavam
obsoletos e foram vendidos. Portanto, novos equipamentos devem ser
adquiridos para o próximo trimestre. No caso de inviabilidade da compra,
a terceirização dos serviços é a única opção existente.
O processo da FÁBRICA DE QUEIJOS requer equipamentos com
disponibilidade de 240 horas mensais, das quais 40 horas são utilizadas
para manutenção. Cada equipamento é utilizado durante três meses,
podendo ser vendido, ao final, por 60% de seu valor de compra.
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Sabendo-se que o preço de um equipamento é R$ 3.000,00; o valor de
mercado do serviço por ele prestado é de R$ 5,00/hora e o custo de
manutenção é de R$ 10,00/hora
Com base nos dados anteriores, apresente o plano de marketing e o
plano de produção da Cia XYZ.
Dados adicionais:
1) Preço do produto: ................R$ 5,00
2) Prazo de Recebimento: ........15 dias
3) Impostos s/ Vendas: ............. 18%
4) Saldo de Clientes (12/11): R $ 12.500,00
5) Inadimplência: 2,5%
Considerando a compra dos equipamentos da FÁBRICA DE QUEIJO,
pela Cia. XYZ, definida anteriormente; para o atendimento total da
demanda, seria necessário terceirizar parte dos serviços desse
departamento?
Em caso positivo, a terceirização seria viável, sabendo-se que os custos
variáveis internos do produto MUSSARELA equivalem a R$ 2,00/u?
Quantas horas seriam terceirizadas e qual o custo mensal da
terceirização no trimestre?
Considere os seguintes dados levantados no Planejamento Estratégico
da Cia. XYZ.
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Apresente 06 (seis) exemplos (pelo menos um para cada item) de
“Diretrizes Estratégicas” que:
• Considere os PONTOS FORTES, que permitam o aproveitamento de
OPORTUNIDADES;
• Considere os PONTOS FORTES, que permitam evitar AMEAÇAS;
• Considere as OPORTUNIDADES, que permitam neutralizar PONTOS
FRACOS;
• Simultaneamente, permitam evitar AMEAÇAS e neutralizar PONTOS
FRACOS.
Plano de Marketing
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Plano de Produção
Plano de Investimentos
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Plano de Terceirização
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3.13 – Desenvolvimento do orçamento operacional
3.13.1 – Plano de Compras e Estocagem de Materiais
O que significa - “etapa que visa disponibilizar os materiais necessários
ao processo produtivo da organização”
3.13.2 – Processo
1º Passo: Cálculo da Necessidade e Estoque Final de Materiais
Material Necessário [ MN ] = Produção x Fator de Consumo
Estoque Final [ EF ] = MN p+1 x (Política de Estocagem)
2º Passo: Projeção do Volume das Compras
Comprasq [ Cq ] = MN + EF - EI
3º Passo: Projeção do Valor das Compras
Compras$ [ C $ ] = Comprasqx Preço (Destacar Impostos)
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4º Passo: Controle de Estoque de Materiais
Planilha de controle físico e monetário (Média Ponderada)
3.13.3 – Plano de Recursos Humanos
O que significa - “ etapa que objetiva dimensionar o quadro de pessoal
necessário... ”
Aspectos importantes:
Gastos Diretos x Gastos Indiretos
Custos x Despesas
Produtos:
Quadro de Pessoal
Valores de Salários, Encargos e Provisões
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3.13.4 – Plano Projeção de Gastos
O que significa - “... tem por objetivo consolidar as informações referentes aos
gastos projetados para o exercício a controlar”
Conceito de Gasto:
Investimento
Custo
Despesa
Perda
Sequência:
Definição do Sistema de Custeio e Avaliação de Estoques
Custos Predeterminados
Custo histórico
Definição do Sistema de Acumulação de Custos
Ordem de Produção
Processo
Definição do Método de Custeio
Variável/Direto
Absorção
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3.14 – Desenvolvimento do orçamento empresarial
Plano de Estocagem de Produtos Acabados/CPV
O que significa – “etapa que objetiva valorizar os Estoques Físicos definidos no
Plano de Produção ...”
Produtos:
Valores Monetários de Estoques de Produtos
Valores do C.P.V. (Custo dos Produtos Vendidos)
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3.15 – Desenvolvimento do orçamento financeiro
Planos Financeiros ( FC - DRE - BP )
O que significa:
“... permite a análise global do Instrumento...”
“... todas as decisões tomadas durante o processo de
elaboraçãodo orçamento são traduzidas para a linguagem
monetária, gerando demonstrações como o BALANÇO
PATRIMONIAL, DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS e o
FLUXO DE CAIXA projetados”.
São parâmetros para aceitação, revisão e alteração.
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3.15.1 – Planos Financeiros
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Estudo de caso - Cia Jetson
Considere os seguintes dados do Orçamento da Companhia
Jetson:
Considere os dados do Orçamento da Companhia Jetson e elabore
os seguintes planos:
1) Plano de Compras e Estocagem de Materiais
2) Plano de RH
3) Plano Projeção de Gastos
4) Plano de Estocagem de Produtos Acabados / CPV
5) Planos Financeiros [DFC; DRE; BP]
6) O orçamento é viável para um retorno esperado superior à taxa de
juros?
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CAPITULO IV
4 – Ferramentas da qualidade
Obs.: Ferramentas que apoiam o sistema orçamentário
4.1 – Brainstorming
– Fase1: geração de idéias
– Fase 2: exploração de idéias
Um grupo de participantes, sentados ao redor de uma mesa, tem conhecimento
do problema através do coordenador. Cada um dos participantes, escreve três
idéias relacionadas com o problema. Ao fim de cinco minutos, os participantes
trocam de papéis, em rodízio.
4.2 – Gráfico de Pareto
• Técnica para registrar e analisar informações que permitem a
priorização da tomada de decisão
• Sugere em quais os erros ou atividades ou recursos devem ser
concentradas prioritariamente as ações de melhoria
É um método que parte da premissa de que existe um nº reduzido de causas,
da ordem de 20%, que provoca 80% dos problemas que afetam os processos;
se corrigidos a tempo, praticamente eliminam-se os problemas existentes.
Roteiro para Aplicação
Defina o processo a ser analisado (ex. entrega de mercadorias) e inicie
o levantamento dos problemas que o afetam.
Prepare o Mapa de Ocorrências, colocando os problemas em ordem
decrescente de acordo com o número de ocorrências.
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4.3 – Diagrama de causa efeito –DCE
• Técnica utilizada para auxiliar na identificação de possíveis causas de
um problema
- Vantagem: registro
• O DCE também conhecido como “Espinha de Peixe” é uma técnica
japonesa que possui múltiplas funções, sendo utilizada para levantar e
identificar as causas dos diversos problemas existentes nos processos,
além de fornecer subsídios para analisá-los. Para tanto é necessário
aplicar, em conjunto o “método dos porquês”.
• Normalmente os elementos mais utilizados como causas podem ser
visualizados abaixo:
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Aplicação:
– Na definição de um problema
– Na identificação d e requisitos de entrada e saída
– Na identificação de possíveis causas
– Na definição de objetivos a serem alcançados
Construção:
• Definir claramente o problema a ser analisado
• Através do brainstorming, por exemplo, buscar o maior número
possíveis de causas
• Construir o diagrama no formato de espinha de peixe
• Faça tantos diagramas quanto forem necessários (estude os efeitos
separadamente)
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4.5 – Método 5W2H
5W2H é basicamente um formulário para execução e controle de
tarefas onde são atribuídas as responsabilidades e determinado como o
trabalho deverá ser realizado, assim como o departamento, motivo e prazo
para conclusão com os custos envolvidos.
• 1 – What (o que será feito),
• 2 – Who (quem fará),
• 3 – When (quando será feito),
• 4 – Where (onde será feito),
• 5 – Why (por que será feito)
• 1 – How (como será feito)
• 2 – How Much (quanto custará)
Ferramenta de análise cujo objetivo é direcionar a discussão em um único
foco, evitando a dispersão das idéias.
Ferramenta útil em duas situações distintas de análise:
– 1. Verificação da ocorrência de um problema
– 2. Elaboração de um Plano de Ação
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Ex.: falta de treinamento dos funcionários
o quê: dar treinamento ao pessoal do Depto Mkt
quem: Departamento de RH
quando: 05/02/2005
onde: sala de treinamento
por quê: capacitação para nova atividade
como: através de apostilas com casos práticos
custo: R$ 400 / funcionário (40 horas)
4.6 – Gráfico de Controle
• O Gráfico de Controle é uma ferramenta utilizada para verificar se um
processo está dentro dos limites estatísticos de controle estabelecidos
para ele, permitindo, assim, fazer os ajustes necessários.
Roteiro para elaboração
– Definir o processo a ser controlado (ex. controle semanal de
peças refugadas)
– Estabelecer (por meio de cálculos estatísticos) o Limite Superior
de Controle (LSC), o Limite Inferior de Controle (LIC) e o o Ponto
Intermediário Médio (PIM).
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Roteiro para elaboração
• Montar o gráfico. Ele permitirá visualizar o percentual de refugo de
peças e observar o que está estável e sob controle.
No exemplo abaixo pode-se observar que na quinta semana (ponto “E”)
alguma “coisa” saiu errada, as quais deverão ser verificadas e corrigidas.
No exemplo abaixo pode-se observar que na nona semana alguma
“coisa” saiu errada, as quais deverão ser verificadas e corrigidas.
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Ex.: Média por abastecimento
No exemplo abaixo pode-se observar que os abastecimentos dos dias 03/05 e
11/05 apresentaram algumas divergências, as quais deverão ser verificadas e
corrigidas.
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4.7 – GUT – Método para Priorização de Problemas
É uma ferramenta que consiste, basicamente, em separar e priorizar os
problemas para fins de análise e posterior resolução. Sua base é
fundamentada no tripé:
“G” – Gravidade – avaliar as consequências negativas que podem
trazer para os clientes;
“U” – Urgência – avaliar o tempo necessário ou disponível para
corrigir os problemas levantados;
“T” – Tendência – avaliar o comportamento evolutivo (irá melhorar
ou piorar) da situação.
Para cada um dos fatores acima deve ser atribuída uma nota de acordo
com a relevância de cada problema levantado. (1 = baixo; 3 = médio e 5
= alto). Em seguida multiplicam-se os três fatores por eles próprios (G X
U X T = OP), onde o OP é o resultado que estabelece a Ordem de
Prioridade para resolução dos problemas apresentados.
Para facilitar os cálculos e definir as prioridades, deve-se utilizar o
Quadro de Prioridades - QP, onde cada participante analisa e avalia
cada fator, atribuindo-lhes notas 1, 3 ou 5, relacionadas ao problema
levantado.
O QP acima demonstra que os problemas deverão ser resolvidos na
seguinte ordem: 2, 1, 4, 3 e finalmente o problema 5.
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4.8 – PDCA
• P – Planejar (Plan)
• D – Executar (Do)
• C – Verificar (Check)
• A – Agir (Action)
• P.D.C.A. criado por Deming é o metodo fundamental que tem
assegurado a qualidade, em todas as intituições que o põem em pratica.
4.8.1 – Ciclo PDCA de Controle de Processos
• O Ciclo PDCA (QC Story ou Método de Solução de Problemas) é um
método gerencial utilizado tanto na manutenção dos padrões como na
melhoria dos padrões.
• O método apresenta duas grandes vantagens: possibilita a solução de
problemas de maneira científica / efetiva e permite que cada pessoa da
organização se capacite para resolver os problemas específicos de sua
responsabilidade.
• O PDCA constitui-se em uma peça fundamental para o controle da
qualidade e deve ser dominado por todas as pessoas da empresa.
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Resumo para utilização do PDCA
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4.8.2 – Metodologia para aplicação do PDCA
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Obs.: A empresa pode aplicar em todos os seus processos o PDCA
PDCA = CICLO DA MELHORIA CONTINUA EM PROCESSOS
M
E
L
H
O
R
I
A
T E M P O
P
D C
A
P
D C
A
P
D C
A
Plan
Do Check
Action
Planejar
Implementar
Verificar
Atualizar
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Bibliografia Básica:
CATELLI, Armando (Coord.). Controladoria: uma abordagem da gestão econômica GECON. 2ª. ed. São Paulo: Atlas, 2001.
NAKAGAWA, Masayuki. Introdução à controladoria: conceitos, sistemas, implementação. São Paulo: Atlas, 1993.
OLIVEIRA, Luís M. de. Controladoria estratégica. São Paulo: Atlas, 2002.
Bibliografia Complementar:
DUTRA, Rene Gomes. Custos, uma abordagem prática: livro de exercícios. 5º. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
LEONE, George Sebastião Guerra. Custos: planejamento, implantação e controle. 3ª. ed. São Paulo: Atlas, 2000.
MARTINS, Eliseu ; ROCHA Wellington. Contabilidade de Custos: Livro de Exercícios. 9ª. ed. ampl. São Paulo: Atlas, 2006.
SANTOS, Joel. Análise de custos: Remodelado com ênfase para sistemas de custeio marginal, relatórios e estudos de casos. 4ª. ed. São Paulo: Atlas, 2005.
SANTOS, José Luiz dos et all. Fundamentos de contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2006.
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ALGUNS SITES RELACIONADOS À AREA DE CONTROLADORIA:
http://www.administradores.com.br
http://www.cgu.gov.br/
http://www.classecontabil.com.br
http://www.portaleducacao.com.br
http://www.cosif.com.br
www.sebrae.com.br
http://www.bmfbovespa.com.br
http://www.receita.fazenda.gov.br
http://www.anpec.org.br
http://www.controladoria.ufpe.br
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E-mail: [email protected]
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ANEXO
Artigo – A Controladoria como área de integração entre a Administração e a
Contabilidade.
Carlos Campello
1. APRESENTAÇÃO
Atualmente, as organizações dependem cada vez mais de informações adequadas e que
permitam a tomada de decisão eficaz. No entanto, nas empresas, é comum a falta de
integração entre as áreas, o que dificulta sobremaneira a gestão empresarial. Tal fato pode ser
observado, inclusive, entre a Contabilidade e as demais áreas da instituição, principalmente no
nível estratégico, ou seja, a informação contábil é pouco utilizada pelo tomador de decisão.
Por vezes, a responsabilidade dessa situação é decorrente da própria atuação da área
contábil, quando se preocupada mais com os aspectos fiscais que com a gestão
organizacional. Por outro lado, não se pode deixar de considerar a responsabilidade da
administração da empresa sobre a pouca utilização da informação contábil na tomada de
decisão visto que, por muitas vezes, existe o desconhecimento, por parte do gestor, do
potencial dos sistemas contábeis.
O presente artigo visa, de forma resumida e sem esgotar a discussão, mostrar a importância da
integração entre as atividades de administração e contabilidade, a partir da informação e dos
respectivos sistemas – gerencial e contábil – podendo ser a área de controladoria um espaço
importante para tal integração. Inicialmente, vale destacar alguns aspectos que envolvem as
atividades de administração e contabilidade.
2. ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE
Embora Taylor e Fayol, com suas obras publicadas no início do século XX, sejam considerados
os pais da Administração, desde o início da humanidade diversos princípios administrativos
eram utilizados, como os da divisão do trabalho e da estrutura hierarquizada. Assim como a
Administração, a Contabilidade remonta, também, dos primórdios da civilização, onde os
aspectos quantitativos dos rebanhos e outros bens objetivavam o registro do patrimônio. No
entanto, considera-se como marco inicial da Contabilidade a obra Summa de Arithmética,
Geometria, Proportioni et Proporcionalitá, do Frei Luca Pacioli, publicada em Veneza, no século
XV, na qual está inserido o tratado sobre contabilidade e escrituração.
A Administração é o ramo do conhecimento que cuida da gestão dos recursos e do processo
decisório. A Contabilidade, por sua vez, cuida do patrimônio da organização, expresso
monetariamente e registra e fornece informações financeiras. Portanto, por um lado, a função
principal do Administrador é a de gerir a organização e, por conseguinte, tomar decisões, por
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outro lado, o Contador tem, dentre outras responsabilidades, a função de cuidar da informação
contábil e fornecer subsídios para que o Administrador possa exercer, com eficácia, as suas
funções.
O Contador pode ir além e também participar do processo de tomada de decisão, sendo
necessário, para isso, que incorpore conhecimentos de gestão organizacional, ampliando,
assim, o seu leque de atuação e, com isso, afastando as críticas comumente feitas pelos
gestores da organização, de que sua atuação profissional atende apenas às necessidades
fiscais.
Por conta dessa visão integradora da atuação dos profissionais da Administração e da
Contabilidade, observa-se a necessidade da adoção do modelo sistêmico nas organizações e,
em decorrência, do gerenciamento por processos. Para isso, torna-se importante a
implementação do chamado ciclo PDCA (Planejar, Desenvolver, Controlar e Agir) onde cada
uma dessas etapas é atendida pelas informações oriundas dos Sistemas de Informação
Gerencial e Contábil, sendo necessário que estas sejam oportunas, corretas, confiáveis e com
periodicidade necessária, viabilizando, assim, o controle e a tomada eficaz de decisões por
parte dos gestores da organização.
3. A INFORMAÇÃO E OS SISTEMAS
A informação é fundamental para o tomador de decisão e sem ela não existe Administração
eficaz. Mas, afinal, o que é informação? Diversas são as definições, com algumas, inclusive,
mostrando a diferença entre dado e informação. Para Cautela e Polloni (1982) informação é a
transformação do conhecimento. Stair (1998) já define dados como os fatos em sua forma
primária e informação como os organizados de uma maneira significativa. Gil (1992), por sua
vez, considera dado como matéria-prima e informação como produto final. Resumindo, dados
são os itens básicos de informação, antes de serem transformados, enquanto que informações
são os resultados. Assim, os dados (entrada) são transformados (processamento) e geram
resultados (saída). Os dados alimentam, dão entrada no sistema e as informações são
produzidas, saem do sistema.
Entretanto, para que sejam utilizadas de forma eficaz pelo tomador de decisão e possam ser
consideradas como um recurso estratégico, as informações devem ser geradas a partir das
necessidades do usuário e serem comparativas, confiáveis, econômicas, com periodicidade
certa e detalhamento adequado. “Tanto mais dinâmica será uma empresa quanto melhores e
mais adequadas forem as informações de que os gerentes dispõem para as suas tomadas de
decisão”. (CASSARRO, 1988, p. 38).
Para auxiliar na ação gerencial, a informação deve permitir o controle do planejamento
estabelecido com a respectiva medição e avaliação dos resultados alcançados, propiciando o
rápido ajuste à melhoria das ações da organização. Para que seja implementado com sucesso,
o controle envolve quatro etapas: prever os resultados das decisões na forma de medidas de
desempenho; reunir informações sobre desempenho real; comparar o desempenho real com o
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previsto; e, verificar quando uma decisão foi deficiente e corrigir o procedimento que a produziu
e suas conseqüências, quando possível. (CATELLI; PEREIRA; VASCONCELOS, 1999).
Importante, também, é observar que as informações não devem ser tratadas de forma isolada,
mas sim de forma sistêmica e integrada, compondo os diversos sistemas de informações da
organização, aí incluídos os sistemas de informações gerenciais e os contábeis. Tais sistemas
são interdependentes e inter-relacionados e sofrem a influência do ambiente externo, estando,
por conseguinte, em constante mutação. Por isso, a visão da empresa como um todo é
fundamental para a eficaz implementação dos sistemas de informação.
Autores destacam a importância dos sistemas de informação para a tomada de decisão
quando afirmam: “(...) sistema é um processo ou um esquema de trabalho estruturado para
orientar a tomada de decisão empresarial, em vista de propósitos preestabelecidos e, sempre,
da melhor maneira possível”.(LUPORINI; PINTO, 1985, p.46); “O objetivo dos sistemas de
informação é apresentar os fluxos de informação e estabelecer vinculações com o processo
decisório na organização.” (ARAÚJO, 2001, p.154); “O processo de gestão constitui-se num
processo decisório. Decisões requerem informações. Os sistemas de informações devem
apoiar as decisões dos gestores em todas as fases do processo de gestão, que requerem
informações específicas”. (PEREIRA, 1999, p.61).
A respeito da informação contábil, ela deve ser dinâmica e, com isto, atender às rápidas
transformações das estratégias organizacionais em função das modificações dos cenários. A
Contabilidade, pois, deve ser preditiva e fornecer informações e não dados. Cada grupo de
tomadores de decisão impõe-lhe limites referentes à informação necessária as suas decisões,
que condicionarão a seleção dos dados de entrada. (MISIMANN; FISCH, 1999).
A questão da utilização das informações contábeis no processo de tomada de decisão vem
sendo alvo de atenção por parte das organizações, sendo cada vez maior o número de
empresas que estão percebendo que sem uma boa contabilidade, não há dados para a tomada
de decisão(MARION, 1998). Portanto, os contadores devem transformar os dados em
informações que os usuários desejam, produzindo relatórios que contenham informações
adequadas, com periodicidade certa e que sejam do nível de compreensão daqueles que a
utilizam, caso contrário, a informação perde a utilidade. Por sua vez, os Administradores devem
perceber a importância das informações contábeis para o estabelecimento de indicadores para
a tomada de decisão.
Observa-se, portanto, que a integração entre a Administração e a Contabilidade está
diretamente relacionada à informação e aos respectivos sistemas – gerencial e contábil –
propiciando, assim, o gerenciamento eficaz das organizações. A implementação da função
controladoria nas organizações, composta de forma multidisciplinar por Administradores e
Contadores, facilita o gerenciamento das informações e fornece alternativas mais precisas ao
tomador de decisão.
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4. A CONTROLADORIA
Destacando-se o controle, cabe observar que tal função está intimamente ligada ao
planejamento por meio do sistema de feedback que fornece informações sobre o resultado das
decisões passadas. Tal sistema é necessário para avaliar a qualidade do processo decisório e
seus aprimoramentos. (OLIVEIRA, 1999).
Para atender ao já citado ciclo PDCA, a Controladoria deve adotar um modelo dinâmico e
interativo, auxiliando a organização no alcance da otimização dos processos e busca de
resultados competitivos utilizando, para isso, informações provenientes dos diversos sistemas
de informações. O órgão administrativo Controladoria tem por finalidade garantir informações
adequadas ao processo decisório, colaborando com os gestores na busca da eficácia
gerencial. (FIGUEIREDO; CAGGIANO,1997).
Portanto, a área mais propícia para a atuação integrada entre o Administrador e o Contador é a
Controladoria. Justifica-se tal afirmativa pelo fato de ser um órgão da empresa que possui uma
estrutura funcional formada por conceitos e técnicas derivadas da Contabilidade, Economia e
Administração, objetivando, dentre outras atribuições, a geração de informações úteis e
necessárias aos gestores para as tomadas de decisão na busca da eficácia
empresarial.(VILLAS BOAS, 1999).
5. CONCLUSÃO
A Administração e a Contabilidade, em decorrência do progresso industrial e comercial,
passaram a representar ramos do conhecimento humano dos mais evoluídos nos últimos
tempos (VILLAS BOAS, 1999). Por isso, os profissionais dessas áreas necessitam de
constante atualização, não só de conhecimentos, mas, também, da introdução de novos
métodos de trabalho. (PEREZ JUNIOR; PESTANA; FRANCO, 1995).
Contabilidade deve procurar desenvolver o Contador do futuro, que terá de ser um profissional
com visão global, interessado em todo sistema de informações contábeis, tendo em mente que
a Contabilidade é, na verdade, uma grande central de informações, disponíveis para os seus
usuários, bastando apenas acessa-la. (SILVA, 1998). Por outro lado, o Administrador deve
utilizar mais as informações provenientes da Contabilidade, passando a ter uma atuação mais
integrada com o profissional contábil.
Finalizando, para que sejam atendidas às condições citadas anteriormente, faz-se necessário
que os currículos dos cursos de graduação em Administração e em Ciências Contábeis tenham
maior convergência, ou seja, um conjunto maior de disciplinas comuns aos dois cursos, com
ênfase em gestão.
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6. NOTAS
1 - HISTÓRIA DA CONTABILIDADE. Disponível em:http://unicontabil.hpg.ig.com.br
2 - Ciclo criado por Walter A. Shewhart (estatístico americano, trabalhou no Bell Laboratories
em Nova Iorque e desenvolveu técnicas para a introdução do controle estatístico nos
processos industriais) e levado ao Japão na década de 1950 por William Edwards Deming
(matemático americano que estudou com Shewhart, em Nova Iorque, nos anos de 1930.
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