Apostila de Macro I

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TEORIA MACROECONOMICA I OBJETIVO: Na minha opinião, a mais interessante das disciplinas do segundo período, a teoria macroeconômica irá abordar aspectos práticos do sistema econômico como um todo. Baseado em algumas teorias de pensadores como Keynes, a disciplina aborda elementos da economia e suas variáveis. SINTESE: Contabilidade Nacional Exportação liquida: são as exportações dos produtos nacionais descontadas seus insumos importados. DIB: dispêndio interno bruto DIB = Cf. + Cg + FBK + X – M. Onde Cf é o consumo das famílias e Cg o consumo do governo. FBK é a formação bruta de capital, ou seja, o investimento com máquinas, equipamentos e etc. X é o valor das exportações e M das importações. FBK = FBKFe + FBKFg + V.E Onde FBKFe é a formação bruta de capital fixo das empresas, FBKFg é a formação bruta de capital fixo do governo e V.E é a variação dos estoques. Agentes econômicos: famílias C indústrias I governo G relações externas X – M Onde C = (Cf); I = (FBKFe + V.E); e G = (Cg + FBKFg). Diferença entre alguns conceitos de Keynes e os clássicos 1

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TEORIA MACROECONOMICA I

OBJETIVO: Na minha opinião, a mais interessante das disciplinas do segundo período, a teoria macroeconômica irá abordar aspectos práticos do sistema econômico como um todo. Baseado em algumas teorias de pensadores como Keynes, a disciplina aborda elementos da economia e suas variáveis.

SINTESE:

Contabilidade Nacional

Exportação liquida: são as exportações dos produtos nacionais descontadas seus insumos importados.

DIB: dispêndio interno brutoDIB = Cf. + Cg + FBK + X – M.Onde Cf é o consumo das famílias e Cg o consumo do governo.FBK é a formação bruta de capital, ou seja, o investimento com máquinas,

equipamentos e etc. X é o valor das exportações e M das importações. FBK = FBKFe + FBKFg + V.EOnde FBKFe é a formação bruta de capital fixo das empresas, FBKFg é a formação

bruta de capital fixo do governo e V.E é a variação dos estoques.

Agentes econômicos: famílias C indústrias I governo G relações externas X – MOnde C = (Cf); I = (FBKFe + V.E); e G = (Cg + FBKFg).

Diferença entre alguns conceitos de Keynes e os clássicos

Keynes: formação neoclássica, mas considera sua teoria mais geral.

Clássicos: o equilíbrio ocorre no pleno emprego, a oferta determina o equilíbrio (Lei de Say).

Keynes: o equilíbrio ocorre quando a oferta agregada se iguala a demanda agregada (Demanda Efetiva).

Clássicos: o juro é um prêmio pela poupança.Keynes: o juro é um prêmio pela cessão de liquidez.

Clássicos: a moeda é neutra.Keynes: a moeda interfere na produção.

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Teoria Quantitativa da MoedaM . V = P . Y

Para os clássicos a velocidade de circulação da moeda V em curto prazo é constante, assim também a produção Y não se altera em curto prazo. Por tanto, uma variação na moeda M, provocará apenas alteração nos preços P.

Keynes, no entanto, acredita que a produção não e constante, se houver um aumento ou uma diminuição no preço, haverá também um aumento ou diminuição na procura, o que altera sem duvida a produção.

O gráfico abaixo mostra como é determinada a taxa de juros segundo os clássicos.

Para os clássicos a poupança S e o investimento I ditarão a taxa de juros, quando o nível das duas se igualarem teremos a taxa natural de juros IN.

O gráfico abaixo mostra agora a teoria de Keynes para a determinação da taxa de juros.

Para Keynes a taxa de juros é determinada pela procura e oferta de moedas, oferta monetária e considerada exógena, ou seja, não depende de nenhuma outra variável diretamente, já que a Om é dita pela autoridade monetária. Existe um estudo mais profundo sobre este gráfico, que será feito mais adiante.

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ConceitosHaveres monetários: ativos monetários são de liquidez imediata ou quase imediata.Debêntures: títulos privados lastreados em ações.Ativos financeiros: M1, M2, M3, M4. Onde M1 é o de maior liquidez e o M4 é o de

menor liquidez. Essa classificação é bem fundamentada na disciplina de Contabilidade Social.Oferta de moeda = liquidez = M1 = MPP + DV. Onde MPP é moeda em poder do

público e DV são os depósitos à vista.Haveres não monetários: sem liquidez imediata, M2, M3, M4.

Autoridade Monetária

Conselho Monetário Nacional (normativa) Banco Central (executora)_ BB_ BNDES instituições financeiras

COPON: Comitê de Política Monetária_ manipula os instrumentos monetários, como a taxa básica de juros.

CVM: comissão de valores imobiliários_ cuida do mercado acionário.

Instrumentos monetários1 – Depósito compulsório: obrigação dos bancos em reservar parte de seus valores

no BC.2 – Redesconto: empréstimos feitos pelos bancos ao BC.3 – Operações de marcado aberto (open-market): venda e compra de títulos.Colocação: oferecimento de títulos.Emissão: venda de títulos.Deságio: juro, rendimento pela compra do titulo, define o risco em aplicar nesta

modalidade.Emissão liquida: diminui a liquidez.Resgate liquido: aumenta a liquidez.SISBACEN: sistema do BC que registra todas as transações de títulos públicos

federal.4 – contingenciamento do credito: exigências feitas para a concessão do credito.5 – taxa básica: taxa de juros através da quais os bancos fazem captação junto as

autoridades monetárias. Rendimento dos títulos, divida externa.Spread bancário: despesas administrativas, tributação, deposito compulsório,

inadimplência e lucro. (descrição das taxas dos bancos). Determina os juros, sendo indicador de risco.

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Para os clássicos, a taxa de juros é um fenômeno real, a oferta monetária é determinada pelos agentes econômicos, mas a demanda monetária não é determinada pelo juro e sim depende da renda.

Para Keynes a taxa de juros é um fenômeno monetário, a oferta é controlada pelos agentes econômicos, a demanda monetária depende da renda mas também pelo desejo de especular, logo depende da taxa de juros.

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Na região do juro inelástico, a variação em sua magnitude não gera demanda monetária Dm, por motivo de especulação LE, apenas para transação LT que por sua vez só depende da renda.

Na região elástica o declino da taxa de juros acarreta um aumento na demanda por liquidez para especulação.

Na região completamente elástica a taxa de juros é muito baixa, sendo a demanda por liquidez para especulação incontrolável, chegamos ao que chamamos de armadilha de liquidez, pois a promoção de investimentos nada tem efeito sendo a especulação mais atuante.

Especulação significa menos investimentos e moeda circulando no sistema, logo isso poderá acarretar alterações na renda.

Coeficiente de elasticidade

e = Δ dependenteΔ independente

e < 1: variável inelástica; e = 1 variável unitária; e > 1 variável elástica.Se quanto menor é a taxa de juros maior será a LE, por que se diz que aumentando a

taxa de juros, diminui a demanda monetária, aumentando a busca por haveres não monetários, que aumenta o valor de mercado de títulos, que por sua vez diminui a taxa de juros?

“Toda vez que há um desequilíbrio no mercado monetário, é a demanda que se regula nunca a oferta.”

INVESTIMENTOLei Psicológica FundamentalPropensão a consumirC = Ca + cYdOnde Ca é o consumo autônomo depende da estrutura institucional (religião,

cultural, moral...). O “c” é a propensão marginal a consumir e Yd é a renda disponível.

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A região vermelha indica uma despoupança no sistema, onde o consumo é maior que a renda disponível, a região em verde indica uma poupança positiva, onde o consumo é menor que a renda disponível. Em (Y2, C2) poupança nula.

PROPENSAO MEDIA A CONSUMIR PMeCO consumo é sempre crescente e proporcional ao crescimento da renda. A PMeC é a

inclinação da reta que vai da origem à função consumo de um ponto qualquer, indica a participação do consumo na renda, esta e decrescente.

PROPENSAO MARGINAL A CONSUMIR PMyCÉ a inclinação da função consumo, equivale ao “c” da equação, é inversamente

proporcional ao desenvolvimento.PMeC > PMyC

A função consumo no campo real é uma curva côncava para baixo, crescente e sua inclinação nunca chega a “0”.

PROPENSAO A POUPARS = - Sa + sYdOnde s = 1 – c

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A propensão media e marginal a poupara tem raciocínio análogo ao consumo.

INVESTIMENTO

FBK > FBKF > V.EVbk: valor bruto do capital (preço da maquina)RLe: renda liquida esperadaEMgK: eficácia marginal do capital (rentabilidade)V.A: valor atualRbe: renda bruta esperadaD: despesas esperadas com a produção (exceto depreciação e juros)PFMyK: produto físico marginal do capital (o aumento da capacidade com a adição

de um equipamento)P: preçoVr; valor residual (depreciação)

Vbk = Rle / (1+EMyK)

Vbk = Vr / (1+EMyK)

Rle = Rbe – D

Rbe = PMFMyK x P

PFMyK > i projeto viávelPFMyK = i incerto (projeto inviável)PFMyK < i projeto inviável

A eficiência marginal do capital não depende da taxa de juros.O investimento depende da eficiência marginal do capital e da taxa de juros.O gráfico abaixo exemplifica o comportamento do investimento em relação à taxa de

juros.

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Elasticidade: indica o grau de interferência de alguma outra variável.Elasticidade no investimento, indica como a função investimento se altera com a

variação da taxa de juros. Quanto menor a elasticidade da função investimento, menor é a sensibilidade do investimento a queda dos juros. Com a queda da taxa de juros há substituição de trabalho por capital, aumentando a elasticidade e o investimento.

e = (ΔI / I) / (Δi / i)

O gráfico acima mostra uma economia com dois setores, alem do consumo familiar, são acrescentados os investimentos.

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A região vermelha indica um consumo maior que a renda disponível, ou seja uma despoupança. A região verde indica um consumo menor que a renda disponível. A diferença entre a função C + I é o investimento não planejado, que pode ser negativa (vermelha) ou positiva (verde).

MULTIPLIACADOR DE DESPESAS: é o valor que se multiplica com a variação do investimento e resulta na variação da renda.

Para cada função existe uma formula do multiplicador.Y = Ca + cYd + I Md = 1 / 1 – c ou Md = 1 / sQuanto maior a propensão a consumir, maior o multiplicador de despesa e

consequentemente a variação na renda.ECONOMIA FECHADA COM GOVERNO

C = Ca + cYd >>>>> C = Ca + c(Y – T + R)

Onde T é a tributação e R a transferência.

POLITICA FISCAL>> Manipulação da demanda agregada, via:Tributação; transferência; gasto publico;Dessas manipulações seguem as políticas expansionistas e contracionistas.

Não existe nenhuma variável na economia que force uma ou outra política. Em uma depressão, política fiscal expansionista, em uma inflação política fiscal contracionistas.

Necessidade de financiamento do setor publico (NFSP)>> Observação da política fiscal

>> Conceito primárioExclusão dos juros, correção monetária e correção cambial.NFSP < 0 déficit primárioNFSP > 0 superávit primário

>> Conceito operacionalExclusão da correção monetária e correção cambialNFSP < 0 déficit operacional

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NFSP > 0 superávit operacional

>> Conceito nominalNFSP < 0 déficit nominalNFSP > 0 superávit nominal

Uma variação nas despesas autônomas gera uma variação na renda

MULTIPLICADOR TRIBUTARIOMT = - c / 1 - ct

TEOREMA DO ORÇAMENTO EQUILIBRADOSó opera em uma economia onde existe imposto autônomo.Toda vez que o governo tiver que manter o orçamento equilibrado, uma variação na

renda resulta numa variação de gasto.PROPENSAO MARGINAL A TRIBUTAR (t)Mostra a parte da variação da renda que vai para o imposto. t = ΔT / ΔYA alteração em uma despesa autônoma provoca a alteração nos elementos induzidos

pela renda.MULTIPLICADO DE TRANSFERENCIA

MR = c / 1 – c + ct

OBS: O multiplicador é o valor que se multiplicará com a variável em questão para saber qual será a variação da renda. Por exemplo, multiplicador tributário é o valor que se multiplica com a variação da tributação para saber como variará a renda. Adicionando por fim o quarto setor (externo) teremos os seguintes multiplicadores.

DESPESAMd = 1 / 1 – c + ct + m

TRIBUTARIOMt = -c / 1 – c + ct + m

TRANSFERENCIAMr = c / 1 – c + ct + m

A função dos quatros setores fica assim:Y = C + I + G + X – MY = Ca + c (Y – T + R) + I + G + X – Ma – m(Y – T + R) Podemos também demonstrar de outra forma:Oa = DaC + S + (T – R) + M = C + I + G + XOnde Oa é a oferta agregada, ou seja, o vazamento de renda e Da é a demanda

agregada, ou seja, a injeção de renda.

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Este gráfico representa o comportamento da economia com as quantidades de agentes econômicos. As diversas inclinações do 4º setor deve-se ao calculo da exportação liquida. Caso o calculo seja maior que zero, a função dos 4 setores intercepta a de 3 após a linha de 45, sendo igual a zero, intercepta na linha de 45 e finalmente sendo menor que zero, intercepta antes da linha de 45.

POUPANÇA PUBLICASp = (T – R) – G

Oferta agregada: somatório das ofertas de todas as indústrias.Oferta das indústrias: somatório das ofertas de todas as firmas.MAXIMIZAÇAO DOS LUCROSIsso ocorre quando o custo marginal se iguala a receita marginalA curto prazo o capital é constante, não aumenta a capacidade de produção, para

aproveitar o máximo da capacidade contrata-se mais mão de obra.LEI DOS RENDIMENTOS CRESCENTESQ = Pt = f(K, Tr)Onde Q é a quantidade, Pt é a produção total.

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Quanto mais trabalhadores maior a variação da produção (crescente), em um determinado momento a contratação gera aumento de produção, mas a variação torna-se constante (constante), ao atingir um determinado numero de funcionários, a contratação gera aumento de produção, mas esta variação diminui, ate atingir o zero, momento onde não há interesse de mais contratação.

PFMyT: produto físico marginal do trabalhador, variação na produção com o acréscimo de um trabalhador. Quando este atinge o zero, atingimos a capacidade máxima.

Gráfico que mostra de uma forma mais limpa o gráfico anterior.

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Gráfico que mostra a queda do PFMyT com o aumento de empregados.

O gráfico representa o custo marginal com a contratação de funcionários.

O gráfico mostra a receita marginal com a contratação de funcionários.

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CUSTO MARGINALCmg = W / PFMyT

CONCORRENCIA PERFEITAVários produtoresVários consumidoresProdutos homogêneosMobilidade de firmasTransparência no mercadoFirma tomadora de preço (não consegue impor preço)

CURVA DE OFERTA DE UMA INDÚSTRIA

O gráfico mostra uma curva de oferta, ate que ponto existe oferta, nesse caso, esta existe ate a região inelástica.

A curva é a mesma para oferta agregada, onde o ponto A equivale ao ponto de pleno emprego. Nesta apresentação estão sendo mantidos constantes o capital e o salário.

Demanda agregada: demanda dos setores do sistema econômicos. (C+I+G+X-M)

Esta foi a curva de demanda, haverá alteração na curva de acordo com a alteração das despesas autônomas.

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Este gráfico representa uma economia em depressão, a demanda agregada intercepta a oferta agregada na região elástica. Observe que um aumento da demanda eleva a produção Q, mas não eleva os preços.

Neste gráfico acima, observamos uma economia em comum, um aumento na demanda leva a um aumento na produção e nos preços.

O gráfico abaixo porem, mostra a demanda interceptando a oferta na região inelástica, um aumento na demanda eleva os preços mas não causa aumento da produção, temos nesse caso o que chamamos de inflação de demanda.

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Avaliaremos agora como as variáveis de uma economia se relacionam:

Considere NE o nível de emprego.Observe que no primeiro quadrante NE x Q, temos o que já vimos que o aumento do

nível de emprego eleva a produção de forma constante, e depois decrescente, ate não haver necessidade de novas contratações.

No segundo quadrante P x Q, observe que com o aumento do NE, a produção não aumenta tanto e o preço se eleva ate atingir níveis muito altos.

No terceiro P x PFMyT, mostra que quanto maior for a variação da produção menor será o preço, a curva nada mais que representa os salários.

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Finalmente no quarto NE x PFMyT representa a relação direta do nível de emprego com a variação de produção, quanto maior o nível de emprego, menor será o PFMyT.

Segundo a teoria clássica, principalmente representada pela Lei de Say, toda oferta se iguala a procura.

Observe que se isso for verdade, a curva de oferta se expande de azula para a verde, ou seja, a produção passa de Q1 para a produção de pleno emprego, atingiríamos por tanto o equilíbrio clássico.

Keynes no entanto vai dizer que não haverá demanda para absorver esta variação na produção, obviamente os produtores não irão manter este nível de produção, haverá por tanto uma redução na oferta de verde para azul.

MODELO I S – L M

John Hicks: 1937Uma tentativa de unir a teoria clássica com a de Keynes.I S : modelo do aparelho produtivoL M: mercado monetário.Quando os dois mercados estão equilibrados o sistema esta em equilíbrio.

MODELO I S Reproduz o mercado produtivo.Este está em equilíbrio quando Oa = Da.I S: I investimento e S de poupança.Sendo I todas as injeções de renda e S todos os vazamentos de renda.

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Para os clássicos a poupança é determinada pela taxa de juros exclusivamente, Keynes, no entanto, acredita que além disso, a poupança é determinada pela renda.

O primeiro quadrante mostra o comportamento do investimento perante a taxa de juros. O segundo é a hipótese básica que mostra que no equilíbrio, poupança é igual a investimento. No terceiro temos que a poupança é determinada pela renda. Por fim, temos a relação da taxa de juros e a renda, a curva que conhecemos como I S.

Em todos os pontos da curva I S, o mercado produtivo está equilibrado.Qualquer ponto fora da curva não está no equilíbrio. Pontos a direita da IS implicam

que a Oa > Da ou S > I, o sistema produz menos ate se igualar à demanda. Pontos a esquerda da I S implicam que Oa < Da ou S < I, o sistema produtivo produz mais para atingir a demanda.

A função I S só se desloca se a função investimento também se deslocar no mesmo sentido.

Elasticidade da I S: sensibilidade da renda frente ao juro.A elasticidade da I S é determinada pela elasticidade da função investimento, esta

por sua vez determinada pela flexibilidade tecnológica. Além disso, a elasticidade da I S depende da magnitude do multiplicador de despesa.

Nos gráficos abaixo, apresentamos como a adição dos gastos públicos pode afetar a IS. Com esta adição é necessária uma poupança maior para financiar o mesmo investimento e os gastos públicos. Perceba que há uma expansão nas injeções de renda (1º quadrante) de azul para vermelho, e consequentemente uma expansão na I S (4ºquadrante).

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A magnitude do deslocamento neste caso é dado pelo multiplicador de despesa.

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Os gráficos acima representam a adição da tributação, percebam que não existe alteração nos níveis de investimentos, mas há uma alteração nos vazamentos de renda, ou seja, o financiamento das injeções se dá através da poupança e da tributação. Consequentemente há uma contratação na I S. A magnitude do deslocamento neste caso é dada pelo multiplicador tributário.

Agora vamos observar como a I S se altera com a adição das transferências.

Novamente não há alteração nos níveis de investimentos, mas agora o financiamento das injeções se dá pela poupança e pela receita liquida do governo. Consequentemente a I S se expande. A magnitude do deslocamento é dado pelo multiplicador de transferências.

Observemos o mercado externo.Note no gráfico abaixo que, com as importações há um deslocamento na curva que

representa os vazamentos de renda. Ao contrario da adição dos gastos públicos e das exportações como veremos, as alterações nos vazamentos de renda não provocam alterações nos investimentos nem no nível de poupança. O que ocorre é que com a adição de tributação e importação o sistema esta “perdendo” renda, observe no 3° quadrante que a renda se contrai, mostrando que há mais vazamento de renda, e sendo menor a renda disponível, desloca a I S para esquerda. Com a adição das transferências, que também deve ser apontadas no 3° quadrante, a renda disponível aumenta, ou seja, “perde-se” menos dinheiro, mais renda disponível a I S se expande.

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Com as exportações mais renda esta sendo injetada, logo representaremos no 1° quadrante. Como há mais injeções para financiar, e necessário uma poupança maior, logo uma renda maior. Um aumento nos níveis de renda gera uma expansão na I S. veja o gráfico.

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Tiramos uma conclusão, toda vez que há um aumento nas injeções de renda, a curva da I S se desloca para direita, logo o sistema é dito em expansão. Quando há um aumento nos vazamentos ou diminuição nas injeções, a curva da I S se desloca para esquerda, o sistema é dito em contração.

O EQILIBRIO NO MERCADO MONETARIO (L M)

L: é a demanda monetária, é a retenção por liquidez por motivo de transação (depende da renda) e por motivo de especulação (depende da taxa de juros).

M: é a oferta monetária, determinada pela autoridade monetária (instrumentos monetários).

No 1° quadrante temos o comportamento da liquidez para especulação (Le) frente a taxa de juros. No segundo, temos a hipótese básica, onde a oferta monetária (M) é igual a soma das demandas Le e Lt. No terceiro, temos o comportamento da liquidez para transação (Lt) frente a renda disponível. Por fim, no quarto quadrante temos a renda em função dos juros, ou a famosa curva L M.

A curva L M é composta de três regiões distintas, a área keynesiana onde só existe liquidez para especulação, a área intermediaria onde existem os dois tipos de liquidez e finalmente a área clássica onde só existe liquidez para transação.

Constante da L M: K = Lt / YEssa região K ditará a relação entre renda e a liquidez por motivo de transação.Quanto maior a taxa de juros, maior a renda gerada no sistema. Aumentando a taxa

de juros menor é a liquidez por especulação, logo há uma cessão de liquidez para o mercado produtivo aumentando a renda (visão L M dos banqueiros). Porem com o aumento da taxa de juros há uma diminuição nos níveis de investimentos diminuindo assim a renda (visão I S dos empresários).

Qualquer ponto fora da L M está desequilibrado.

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Pontos à esquerda L < M, há transformação de haveres monetários em não monetários, diminuindo a taxa de juros, aumentando a Le e L se iguala a M. pontos à direita L > M, há transformação de haveres não monetários, aumenta a taxe de juros e diminui Le e L se iguala a M.

O principio da teoria I S – L M é o equilíbrio, na I S que representa o mercado produtivo, o equilibro se dá quando as injeções de renda se igualam aos vazamentos, deslocamentos à direita mostram um mercado em expansão, à esquerda em contração. A L M representa o mercado monetário, onde o equilíbrio se dá quando a demanda se iguala a oferta, deslocamentos à direita mostram um mercado em expansão, a esquerda um mercado em contração.

Em um sistema econômico completo deve haver um equilíbrio geral, e esse equilíbrio ocorre quando os dois mercados se igualam. Vejamos abaixo, exemplos do EQUILIBRIO GERAL.

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Segue que esse equilíbrio geral é uma tendência, pontos fora das curvas tendem a seguir para o ponto de intersecção delas. Observe o gráfico:

Cada ponto sofre a interferência das duas curvas, sua direção será a resultante dessas interferências. Veja o que ocorre com cada ponto:

A: IS: Oa > Da / renda diminui (seta para esquerda)A: LM: L > M /taxa de juros aumenta (seta para cima) / resultante (diagonal,

cima, esquerda)

B: Oa > Da / Y diminui (seta para esquerda) L = M / i constante / resultante (seta para esquerda)

C: Oa > Da / Y diminui (seta para esquerda) L < M / i diminui (seta para baixo) / resultante (diagonal, baixo, esquerda)

D: Oa = Da / Y constante L < M / i diminui (seta para baixo) / resultante (seta para baixo)

E: Oa < Da / Y aumenta (seta para direita) L < M / i diminui (seta para baixo) / resultante (diagonal, baixo, direita)

F: Oa < Da / Y aumenta (seta para direita) L = M / i constante / resultante (seta para direita)

G: Oa < Da / y aumenta (seta para direita) L > M / i aumenta (seta para cima) / resultante (diagonal, cima direita)

H: Oa = Da / Y constante L > M / i aumenta (seta para cima) / resultante (seta para cima)

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I: Oa > Da / Y diminui (seta para esquerda) L > M / i aumenta (seta para cima) / resultante (diagonal, cima, esquerda)

Segue este movimento em espiral até se aproximar da intersecção. A elasticidade da L M depende da elasticidade da demanda por especulação.

FUNÇOES I S – L M

I S

I S = Y = f(i)I S = Y = DaÉ uma função de coeficiente angular negativo, por tanto é descendente.I S = Y = Ca + c(Y – T + R) + I + G + X – Ma – m ( Y – T + R)

L M

L = MDm = OmLt(Y) + Le(i) = M / PKY + d – ei = M / PL M = Y = M / P – d + ei // K

A analise das curvas permite uma avaliação das condições do sistema econômico, o principal objetivo, sem duvida, das políticas econômicas é o aumento da renda. E essas políticas podem ser basicamente fiscais e monetárias. Observe que no gráfico abaixo a economia esta em depressão, pois o nível de renda esta abaixo da capacidade desta economia.

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Para que se aumente a renda neste caso, poderíamos lançar mão de duas políticas:Fiscal quando trabalhamos com o mercado produtivo, ou seja, deslocando a curva

IS. Observe o gráfico abaixo:

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Houve um deslocamento da I S de vermelho para verde, com o deslocamento houve também um aumento da renda. A política fiscal é baseada no aumento dos gastos do governo, quando esta política é implementada na área keynesiana,observamos que a variação de renda é igual o produto do multiplicador de despesas pela variação dos gastos do governo. Dizemos, então, que a política fiscal, neste caso, é totalmente eficiente.

Observe agora uma a aplicação da política monetária.

Veja que mesmo com a alteração na curva L M nada ocorreu com a renda. A política monetária tem haver com o mercado monetário, logo com a curva L M, neste caso, a política monetária na área keynesiana é totalmente ineficiente. A política monetária é baseada no aumento da liquidez para expandir a L M. No caso acima, um aumento da liquidez não altera o nível de renda e todo excesso de liquidez vai para especulação.

Vejamos outro gráfico.

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No gráfico acima, temos uma economia em desemprego, podemos dizer uma economia comum, onde se encontra na sua capacidade media de produção. Observemos como se comporta numa política fiscal.

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Observe que a política fiscal tem efeito sobre a renda, o deslocamento da I S altera esse nível. Porem a variação da renda é menor que o produto do multiplicador de despesa pela variação dos gastos públicos. Por isso dizemos que a política fiscal na área intermediaria é parcialmente eficiente. Quando a variação de renda for positiva os gastos são maiores que a redução dos investimentos.

A variação da renda não é total, pois ocorre um fenômeno conhecido como Efeito Crowding – out, ou seja, o aumento dos gastos públicos expulsa o investimento planejado.

Observe no gráfico acima, que com o deslocamento da I S de vermelho para verde, a renda aumentou, porem também os juros o fez, diminuindo assim o investimento.

Quando a variação de renda é negativa, significa que a redução do investimento é maior que o aumento do gasto publico.

Veremos como se comporta a política monetária.

Na área intermediaria, aumentando a liquidez, ou seja, expandindo a L M, a taxa de juros diminui e a renda aumenta. Porem 0 < ΔY < KΔM, por tanto, a política monetária é parcialmente eficiente.

Vejamos outro gráfico.

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Temos agora uma economia em pleno emprego, o sistema trabalha em sua produção máxima. Vejamos como age neste caso a política fiscal.

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Observe que a expansão da I S não provoca alteração nos níveis de renda, qualquer aumento nos gastos públicos aumenta a taxa de juros, provocando o que conhecemos como efeito expulsão total (crowding-out). A política fiscal na área clássica e dita totalmente ineficiente.

Vejamos a política monetária.

Na área clássica a expansão da L M provocará queda da taxa de juros e aumento da renda. Onde ΔY = KΔM, por tanto a política monetária é totalmente eficiente, caso a I S permaneça na área clássica.

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