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    Editor: Walace Nolasco - MT 6.107/97-MG Projeto Grfico:Clio A. Cardoso Jr.Reviso:Regiane S. Souza Daher

    Maria do Carmo Oliveira

    C O NC URSO P BLICO A NO SSA ESPEC IALIDAD E

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    A P R E S E N T A O

    Atuando h mais de duas dcadas na rea de seleo de pessoal (concursos pblicos), aConsulplan Consultoria adquiriu grande experincia e vem atuando com um estilo arrojado, srio,eficiente e gil.

    Foram mais de 500 municpios brasileiros atendidos pela Consulplan Consultoria. Processosseletivos para prefeituras, cmaras, autarquias, empresas pblicas, fundaes, conselhos e demais

    rgos estaduais e federal. Provas que conquistaram respeitabilidade e so divulgadas nos maisimportantes sites do pas, especializados nesta rea.

    Por isso, a Consulplan Consultoria, em atendimento a diversos pedidos, lana suas apostilascom questes de provas dos concursos que realizou entre o perodo de 1998 a 2007, resultado dediversas solicitaes de candidatos em concursos realizados por esta empresa.

    Esta demanda impulsionou um trabalho cuidadoso de toda a equipe tcnica da rea deassistncia pedaggica da empresa, coordenado pelo setor de comunicao. As apostilas foramelaboradas com base em pesquisas desenvolvidas em seu site, que apontaram a preferncia de 80% deseu pblico por estudar em provas da Consulplan Consultoria. Seja feita a vontade!

    Desta forma, a Consulplan Consultoria d mais um passo em sua misso de alcanarcom capacidade, competncia e dinamismo um modelo de excelncia na organizao e realizao deconcursos pblicos.

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    Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo MG 06Prefeitura Municipal de Cataguases MG 09Prefeitura Municipal de Divinsia MG 11Prefeitura Municipal de Divinsia MG 13Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo MG 15Concurso Pblico das Industriais Nucleares do Brasil BA/RJ 18Prefeitura Municipal de So Vicente de Minas MG 21Prefeitura Municipal de Luminrias MG 24Prefeitura Municipal de Senhora de Oliveira MG 26Prefeitura Municipal de Senhora de Oliveira MG 28Prefeitura Municipal de Ipanguau RN 30Prefeitura Municipal de Joo Cmara RN 32Prefeitura Municipal de Campo do Brito SE 34Prefeitura Municipal de Cumbe SE 37Prefeitura Municipal de Porto Feliz SP 40Prefeitura Municipal de Luminrias MG 45Concurso Pblico da CEAGESP SP 48Prefeitura Municipal de Joo Cmara RN 50

    Concurso Pblico do CREF 9 Regio PR 52Prefeitura Municipal de Ipanguau RN 55Concurso Pblico do Conselho Regional de Medicina PR 58Prefeitura Municipal de Visconde do Rio Branco MG 61Prefeitura Municipal de Campo do Brito SE 64Concurso Pblico do Conselho Regional de Medicina DF 67Prefeitura Municipal de Carmpolis SE 69Prefeitura Municipal de Visconde do Rio Branco MG 72Concurso Pblico da Cmara de Queimados RJ 75Concurso Pblico da EMATER PB 79Prefeitura Municipal de Caratinga MG 82Concurso Pblico do Conselho Regional de Medicina DF 86Prefeitura Municipal de So Fidlis RJ 89Prefeitura Municipal de So Fidlis RJ 92Prefeitura Municipal de Porto Feliz SP 94Concurso Pblico das Industriais Nucleares do Brasil BA/RJ 97Prefeitura Municipal de Luminrias MG 45Concurso Pblico da CEAGESP SP 48Prefeitura Municipal de Salgado SE 102Prefeitura Municipal de Salgado SE 105Concurso Pblico das In dustriais Nucleares do Brasil BA/RJ 107

    Concurso Pblico da EMATER RN 111Prefeitura Municipal de Tobias Barreto SE 114Prefeitura Municipal de Tobias Barreto SE 117Prefeitura Municipal de Salgado SE 102

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    Prefeitura Municipal de Salgado SE 105

    M U N IC IP A L D E P E D R O L E O P O L D O - M G

    RelampianoT relampiano, cad nenm?T vendendo drops no sinal pra algum

    T vendendo drops no sinal, ningumTodo dia dia, toda hora hora Nenm no demora pra se levantarMe lavando roupa, pai j foi emboraO caula chora mas h de se acostumarCom a vida l de fora do barracoH que endurecer um corao to fracoPra vencer o medo do trovoSua vida aponta a contramoTudo to normal, tal e qual Nenm no tem hora para ir se deitarMe passando roupa do pai de agoraDe um outro caula que ainda vai chegar mais um quilo de farinha do mesmo sacoPara alimentar um novo joo-ningumA cidade cresce junto com nenm.

    (Composio: Lenine e Paulinho Moska. In: Elba Ramalho, Baioque, BMG Brasil, 1997)

    01) O ttulo do texto e tambm o primeiro verso so ocorrncia de uma variante popular da lngua,a esse respeito correto afirmar que:A) uma linguagem bastante informal.B) uma linguagem adequada ao contexto.

    C) A escrita, neste caso, reproduz a pronncia da personagem.D) As opes A, B e C esto corretas.E) N.R.A.

    02) Analisando os versos 2 e 3 do poema, podemos perceber que o seguinte recurso foi utilizado:A) A supresso de um termo j registrado.B) O sinal de trnsito foi muito valorizado.C) O sinal de pontuao foi usado de forma incorreta.D) Foram usadas palavras que no existem na lngua portuguesa, falada ou escrita.E) Todas as alternativas anteriores esto corretas.

    03) A ligao existente entre o contedo do 4 verso e o contedo do 1 verso :A) No h qualquer ligao entre os versos citados.B) At mesmo no momento da chuva hora de vender dropes.C) Todo dia a mesma coisa.D) Toda hora acontece sempre a mesma coisa.E) Todo dia e toda hora acontece sempre a mesma coisa.

    04) A respeito da famlia da personagem principal do texto correto afirmar que:A) D estmulo e constri um ambiente propcio ao sucesso profissional dos filhos.B) Apesar da misria em que vivem, os vnculos familiares so preservados.C) A estrutura familiar est desfeita.D) notrio o esforo dos pais em preservar a estrutura familiar inicial.E) Existem duas alternativas corretas.

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    05) O texto diz que para vencer o medo do trovo o corao tem que estar endurecido, qual o

    significado correto desta afirmativa?A) O trovo um smbolo onde o susto que ele provoca por causa do seu estrondo comparado a

    outros medos e outros sustos.B) Quando vem a chuva em forma de uma grande tempestade, preciso estar preparado para

    enfrent-la.C) As mgoas vividas ajudam a vencer o trovo.

    D) A dureza do corao do ser humano faz parte da vida.E) Desprezar o medo do trovo faz parte da vida de todo ser-humano.

    06) Sua vida aponta a contramo. o mesmo que dizer:A) Sua vida vai de vento em popa. .B) A contramo segue seu rumo.C) Na sua vida, os objetivos no so alcanados.D) Sua vida passa rpidoE) O tempo est se perdendo na sua vida.

    07) Compare os versos a seguir:

    Me lavando roupa, pai j foi embora.Me passando roupa do pai de agora. correto dizer:A) Os personagens dos dois versos destacados so os mesmos.B) Ocorre uma mudana, tanto no quadro familiar quanto na atitude da me.C) O pai que havia ido embora agora retorna ao cenrio familiar.D) A roupa do marido que antes a me apenas lavava, agora lava e passa.E) N.R.A.

    08) Faa a correta classificao das palavras em destaque nas oraes abaixo:O caula chora1 mas h de se acostumar.Sua vida aponta2 a contramo.Tudo 3 to normal, ...A cidade4 cresce junto com nenm.A) 1 = verbo que indica estado; 2 = verbo que indica ao; 3 = verbo que indica ao; 4 =

    substantivo que sugere estado.B) 1 = verbo que indica ao; 2 = substantivo que sugere ao; 3 = verbo que indica estado; 4 =

    substantivo que sugere estado.C) 1 = verbo que indica ao; 2 = verbo que indica ao; 3 = verbo que indica estado; 4 =

    substantivo.D) 1 = substantivo que sugere ao; 2 = substantivo que sugere estado; 3 = verbo que indica estado;

    4 = substantivo.E) 1 = substantivo que sugere estado; 2 = verbo que indica ao; 3 = verbo que indica estado; 4 =

    substantivo.

    09) Ta vendendo drops no sinal pra algumMe passando roupa do pai...As proposies destacadas nos trechos anteriores tm o seguinte valor estabelecido nas frases,respectivamente:A) causa, oposioB) finalidade, assuntoC) modo, lugarD) lugar (destino), lugarE) finalidade, posse

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    10) O uso do por que est INCORRETO em:A) Gostaria de saber por que ele no compareceu.B) Talvez o professor saiba responder por que aquele garoto agiu dessa forma.C) Aquele funcionrio foi promovido por que mostrou competncia.D) Por que pretende fazer este curso?

    E) O presidente explicou por que estamos passando por esta crise econmica.11) Leia o trecho a seguir e classifique e identifique corretamente o sujeito do verbo destacado:

    A) alguns acidentes sujeito simplesB) empresas e especialistas sujeito compostoC) A crescente explorao petrolfera em guas profundas sujeito compostoD) alguns acidentes sujeito compostoE) A crescente explorao petrolfera em guas profundas e alguns acidentes sujeito composto

    12) Observe a grafia das palavras: misria e globalizado. Neste caso, aparecem letras distintascom o mesmo som. Assinale a orao em que NO existe INCORREO ortogrfica:A) Se ela quizesse, tudo poderia ser resolvido.B) Fasendo dessa forma, ele no chegar a lugar algum.C) precizo resgatar as origens.D) Os jornais regionalizados atendem s necessidades locais de informao.E) necessrio que se faa uma revizo de conceitos.

    13) A respeito da acentuao das palavras, o grupo em que no h incorreo :A) pssaros, nterim, lmpadaB) campanlas, rpidos, rvoreC) mdico, albi, inmerosD) terrorsmo, polcia, pblicoE) contrabandsta, extica, ecolgico

    14) A relao entre o numeral e sua classificao est correta em:A) Apenas um tero da classe compareceu. (multiplicativo)B) Ele esteve pela dcima vez aqui. (cardinal)C) Ele foi o primeiro colocado no concurso. (ordinal)D) Ele me cobrou o dobro.(cardinal)E) Os dez primeiros podem se aproximar.(fracionrio)

    GABARITO1 2 3 4 5 6 7 8 9 10D A B C A C B C E C11 12 13 14

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    E D A CP R E F E IT U R A MU N IC IP A L D E C A T A G U A S E S M G

    O homem rouco

    Deus sabe o que andei falando por a; coisa boa no h de ter sido, pois Ele me tirou a voz.Ela sempre foi embrulhada e confusa; a mim prprio muitas vezes parecia montona e enjoada,

    que dir aos outros. Mas era, afinal de contas, a voz de uma pessoa e bem ou mal eu podia dizer ao

    mendigo no tenho trocado, ao homem parado na esquina o senhor pode ter a gentileza de me darfogo, e ao garom por favor, mais um pedao de gelo. Dizia certamente outras coisas, e numa delasme perdi. Fiquei dias afnico, e hoje me comunico e lamento com uma voz de tnel, roufenha,intermitente e infame.

    Ora, naturalmente que me trato. Deram-me vrias pastilhas e um especialista me receitou umainjeo e uma inalao que cheguei a fazer uma vez e me aborreceu pelo seu desagradvel jeito de vciosecreto ou de rito religioso oriental. Uma leitora me receitou pelo telefone ch de pitangueira, laranja-da-terra e eucalipto, tudo isso agravado por um dente de alho bem modo.

    No farei essas coisas. Vejo-me noite, no recolhimento do lar, tomando esse ch dos temposcoloniais e me sinto velho e triste de cortar o corao.

    Algum me disse que se trata de rouquido nervosa, o que me deixa desconfiado de mim mesmo.Terei muitos complexos? Precisamente quantos? Feios, graves? Por que me atacaram a garganta, e no, por exemplo, o joelho? Ou quem sabe que havia alguma coisa que eu queria dizer e no podia, nodevia, no ousava, estrangulado de timidez, e ento engoli a voz?

    Quando era criana, agora me lembro, passei um ano gago porque fui com outros moleques gritarCapito Banana diante da tenda de um velho que vendia frutas e ele estava escondido no escuro e mevarejou um balde dgua em cima. Naturalmente devo contar essa histria a um psicanalista. Mas entoele comear a me escaranfunchar a pobre alma, e isso no vale a pena. Respeitemos a morna paz desse brejo noturno onde fermentam coisas estranhas e se movem monstros informes e insensatos.

    Afinal posso agentar isso, sou um rapaz direito, bem-comportado, talvez at bom partido parauma senhorita da classe mdia que no faa questo da beleza fsica mas sim da moral, modstia parte.

    O remdio falar menos e escrever mais, antes que os complexos me paralisem os dedos, pobresdedos, triste mo que... mas, francamente, pgina de jornal no lugar para a gente falar essas coisas.

    Eu vos direi, senhora, apenas, que a voz feia e roufenha, mas o sentimento lmpido, cristalino, puro e vosso.

    (Braga,Rubens.O homem rouco.2 ed.,Editora do autor, 1963)

    01) Deus sabe o que andei falando por a; coisa boa no h de ter sido, pois Ele me tirou a voz.Esse pargrafo denota:A) Uma acusao do autor.B) Uma constatao do autor. .C) Uma angstia do autor.D) Uma denncia do autor.E) Uma desculpa do autor

    02) O especialista para o caso relatado na crnica um:A) Mastologista.B) Nefrologista. .C) LaringologistaD) Angiologista.E) Prestamista

    03) Mas era, afinal de contas, a voz de uma pessoa, e bem ou mal eu podia dizer ao mendigo notenho trocado, ao homem parado na esquina o senhor pode ter a gentileza de me dar fogo, eao garom por favor mais um pedao de gelo. O trecho anterior:A) Possui exemplo de discurso indireto.B) Contm exemplos de linguagem didtica.C) Contm erro de regncia verbal.

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    D) Contm erro de concordncia nominal.E) Contm exemplo de elipse verbal.

    04) De acordo com o texto, podemos dizer que o autor:A) Se pune por ter perdido a voz.B) Busca uma razo plausvel para sua afonia. .C) Confessa ter agido de forma inadequada.D) Mostra-se acostumado com a rouquido.E) Julga-se incapaz de continuar a escrever

    05) Quando era criana, agora me lembro, passei um ano gagoporque fui com outros molequesgritar... Os vocbulos sublinhados na frase anterior conferem ao perodo, respectivamente,idias de:A) Tempo e lugar.B) Proporo e causa.C) Conseqncia e proporo.D) Concesso e causa.E) Tempo e causa.

    06) Mas ento ele comear a me escarafunchar a pobre alma... (7) O pronomeele na fraseanterior retoma a palavra:A) Capito Banana. .B) Mendigo.C) Especialista.D) PsicanalistaE) Um velho.

    07) Com relao ao significado das palavras empregadas no texto, apenas uma NO est correto:A) Montona : enfadonha. .B) Roufenha : fanhosa.C) Intermitente : no contnuo.

    D) Infame : absurdoE) Escarafunchar : remexer.08) No farei essas coisas. Transpondo para a voz passiva, o verbo assume a seguinte forma:

    A) Foram feitas. .B) Sero feitas.C) Tinham sido feitas.D) Seriam feitasE) Eram feitas.

    09) ... sou um rapaz direito, bem-comportado , talvez at bom partido... O plural da palavrasublinhada anteriormente bem-comportados . A palavra a seguir que faz o plural do mesmomodo :A) Recm-nascidoB) Obra-primaC) Segunda-feiraB) Tia-avE) Redator-chefe

    10) Assinale a alternativa em que h erro na partio de slabas das palavras:A) sem-pre, em-bru-lha-da, en-jo-a-da.B) po-di-a, coi-sas, rou-fe-nha. .C) pas-ti-lhas, es-pe-cia-lis-ta, eu-ca-li-pto.D) re-co-lhi-men-to, co-lo-ni-ais, cor-tar.E) des-con- fi- a-do, com-ple-xos, re- m-dio

    GABARITO

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    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10B C E B E D D B A C

    P R E F E IT U R A M U N IC IPA L D E D IV IN S IA M G

    CARNCIA E INCERTEZA

    Em Goinia, dois garotos de 14 anos brigam por causa de uma partida de futebol. Um bate tantono outro que acaba por mat-lo. Os colegas que queriam apartar foram contidos por outros meninos,

    todos de classe mdia, extasiados com a briga. No Rio, adolescentes do subrbio digladiam-se com pedras e barras de ferro nas estaes ferrovirias. A violncia, que at pouco tempo tinha os jovensapenas como vtimas, os tem agora como protagonistas. Por trs dessa realidade, que pela primeira vezcomea a ser desnudada em uma pesquisa mundial da Organizao das Naes Unidas, est a sensaode abandono. Atrs da cultura da violncia, est, na maioria das vezes, um pedido de socorro e deateno.

    A ONU est entrevistando simultaneamente adolescentes do Brasil, Inglaterra, Frana e EstadosUnidos. Em todos esses lugares, a sensao de abandono relatada por adolescentes que roubaram,mataram, se drogaram, traficaram. No importa a classe social. Em Braslia, por exemplo, cidade queabriga polticos, empresrios, altos funcionrios pblicos e profissionais liberais bem-sucedidos, muitosdos 400 jovens de classes media e alta entrevistados revelaram esses dois componentes em suas histriasde vida. Antigamente, os filhos da classe mdia tinham destino certo no mundo inteiro. Hoje, acompetio maior e os postos de trabalho foram reduzidos. Seja em Londres, Paris ou Nova York, o jovem igual nesse aspecto, diz Jlio Jacobo, coordenador da pesquisa da ONU na capital federal.

    Os membros do Judicirio que acompanham o caso dos jovens da classe mdia brasiliense queataram fogo no ndio patax Galdino dos Santos, tiveram uma prova cabal de que o pouco caso dos paiscontribui em muito para o desajuste dos jovens. Todos os envolvidos tm pais ausentes. Um, inclusive,quando o filho foi detido, estava de frias em outra cidade e, mesmo avisado, no retornou para estar aolado do rapaz em um momento to doloroso, revela um participante do processo.

    Pais separados e em permanente conflito, pais que moram no mesmo teto, mas vivem emdesarmonia ou simplesmente pais ausentes por imperativos profissionais encabeam as estatsticas dasfamlias que geram filhos com desajustes.

    (Leila Magalhes, Revista Manchete, 4 de outubro de 1997, Bloch Editores)

    01) O tema da pesquisa citada no texto :A) A violncia urbana X violncia rural.B) As razes da violncia nos grandes centros.C) As razes do crescimento da violncia entre adolescentes.D) As razes da violncia entre as torcidas organizadas.E) As razes da violncia nas diferentes classes sociais.

    02) O ttulo do texto:A) Aponta a causa do desajuste familiar.B) Mostra causas da delinqncia dos jovens.C) contraditrio em relao ao que se aborda no texto.D) Expressa os sentimentos da autora do texto.E) incoerente e inconsistente.

    03) Segundo o texto, os problemas familiares que mais influem no desajuste dos filhos so:A) Pais separados ou brigas constantes dos pais.B) Pais separados e a baixa escolaridade.C) Desnvel social entre os casais e o desemprego.D) Vida atribulada e o uso de drogas.E) O uso de drogas e a preocupao excessiva com a aparncia.

    04) Assinale a afirmativa correta em relao ao texto:A) A violncia est presente em todas as classes sociais.B) A vida em sociedade embrutece os jovens.

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    C) Pais separados lidam melhor com seus filhos.D) Ter bom nvel social garante a paz e a harmonia familiar.E) Quanto menos dinheiro, maior a violncia entre os jovens.

    05) ... todos de classe mdia,extasiados com a briga (1). A palavra sublinhada pode sersubstituda, sem prejuzo de sentido, no contexto, por:A) InexpressivosB) PrecipitadosC) Arrojados

    D) FortesE) Pasmados

    06) Assinale a alternativa em que as trs palavras so acentuadas pela mesma razo gramatical:A) subrbio, violncia, histriaB) vtimas, polticos, mdiaC) trs, est, ndioD) atrs, frias, traxE) tm, p, at

    07) Um, inclusive,quando o filho foi detido, estava de frias em outra cidade...(3) A palavra

    sublinhada, na frase anterior, estabelece entre as oraes uma relao de:A) OposioB) FinalidadeC) CausaD) TempoE) Conseqncia

    08) No Rio,adolescentes do subrbio... (1) A palavra sublinhada, nessa frase, foi corretamenteseparada em:A) a do le scen tesB) ado les cen tesC) a do le sc em tesD) a do les cen tesE) ado lesc em tes

    09) A frase cujo verbo expressa uma ao no passado :A) ... dois garotos de 14 anos,brigam por causa de uma partida de futebol.B) ... adolescentes do subrbiodigladiam -se com pedras e barras de ferro...C) ... 400 jovens de classes mdia e alta entrevistadosrevelaram esses dois componentes...D) Os membros do Judicirio queacompanham o caso dos jovens da classe mdia...E) ... o pouco caso dos paiscontribui em muito para o desajuste dos jovens.

    10) Esse texto :A) Uma descrio.B) Uma reportagem .C) Uma crnica.D) Uma produo cientfica.E) Uma propaganda.

    GABARITO

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    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10C B A A E A D D C B

    P R E F E IT U R A M U N IC IPA L D E D IV IN S IA M G

    INSTANTESSe eu pudesse viver novamente minha vida, na prxima, trataria de cometer mais erros. No

    tentaria ser to perfeito, relaxaria mais, seria mais tolo ainda do que tenho sido, na verdade, bem poucascoisas levaria a srio.Seria menos higinico. Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres,subiria mais montanhas, nadaria mais rios.

    Iria a mais lugares aonde nunca fui, tomaria mais sorvete e menos lentilha, teria mais problemasreais e menos problemas imaginrios.

    Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e produtivamente cada minuto da vida; claro quetive momentos de alegria.

    Mas, se pudesse voltar a viver, trataria de ter somente bons momentos. Porque, se no sabem,disso feita a vida, s de momentos; no perca o agora.

    Eu era um desses que nunca ia a parte alguma sem um termmetro, uma bolsa de gua quente,um guarda-chuva e um pra-quedas; se voltasse a viver viajaria mais leve.

    Se eu pudesse voltar a viver, comearia a andar descalo no comeo da primavera e continuariaassim at o fim do outono.

    Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianas,se tivesse outra vez uma vida pela frente.

    Mas, j viram, tenho 85 anos e sei que estou morrendo.

    Nadine Stair (Este poema foi falsamente atribudo a Jorge Lus Borges), Folha de S. Paulo, 17 dedezembro de 1995.

    01) O tom predominante no texto de:A) SatisfaoB) ArrependimentoC) HumorD) SarcasmoE) Inveja

    02) Segundo a autora, o que mais devemos valorizar na vida (so):A) A experinciaB) A prudnciaC) Os momentosD) A infnciaE) Os sortilgios

    03) Assinale a alternativa correta:A) A autora afirma poder viver novamente.B) O texto aborda um assunto banal.C) A possibilidade de ser perfeita alegra a autora.D) A autora se sente feliz pela vida que viveu.E) A autora perdeu muito por ter sido to sensata nas aes e na vida.

    04) Se eu pudesse (...). A orao acima sublinhada inicia alguns pargrafos do texto e expressa:A) DvidaB) CertezaC) HipteseD) TempoE) Finalidade

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    05) Indique a alternativa em que todas as palavras possuem o mesmo nmero de slabas:A) seria, verdade, crianasB) primavera, tomaria, problemasC) mais, bem, atD) rua, outra, tivesse

    E) continuaria, brincaria, voltasse 06) ... se voltasse a viver viajaria maisleve ... (6). A palavra sublinhada nessa frase, pode ser

    substituda sem prejuzo de sentido por:A) LigeiroB) FrugalC) TnueD) DespreocupadoE) Gracioso

    07) A palavra sublinhada nas alternativas abaixo que exprime qualidade :

    A) Correria maisriscos , viajaria mais...B) ... teria mais problemasreais e menos problemas imaginrios.C) ... claro que tive momentos dealegria .D) ... comearia a andar descalo no comeo daprimavera ...E) Daria maisvoltas na minha rua...

    08) Observe: Prxima proparoxtona. Tambm proparoxtona a seguinte palavra:A) MrtirB) HericoC) guaD) HiginicoE) Difcil

    09) Correria mais riscos,viajaria mais, contemplaria mais entardeceres... correto afirmar queas formas verbais nessa frase esto flexionadas no:A) ImperativoB) InfinitivoC) GerndioD) SubjuntivoE) Indicativo

    10) ... que nunca ia a parte alguma sem (...) umguarda-chuva ... A palavra sublinhada na fraseanterior faz o plural da mesma forma que:A) Guarda-civilB) P-de-molequeC) Beija-florD) Bia-friaE) Banana-ma

    GABARITO

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    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10B C E C A D B D E C

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    RIQUEZA

    Foi problema que sempre me interessou, esse de ser rico. Ser rico quer dizer, ter em mos as

    possibilidades de poder e os privilgios que o dinheiro d o sonho universal das criaturas. Todo omundo precisa, quer dinheiro, o pobre para enganar a misria, o rico para ficar riqussimo, o pecador para satisfazer seus desejos, o santo para as suas caridades. E isso no para admirar, pois o dinheirorepresenta realmente o denominador comum de tudo que tem valor material nesta vida, inclusive coisasde carter subjetivo, como o poder, o prestgio, o renome, etc. Diz que at o amor.

    Tudo isso o dinheiro. E contudo no h coisa mais limitada do que o dinheiro, a riqueza. Pois queele s nos vale at certo ponto, ou seja, at se chocar com os limites dessa coisa intransponvel que sechama a natureza humana.

    Voc por exemplo, que tem o seu contadssimo oramento mensal, para voc dinheiro um sonho,representa mundos impossveis conforto, luxo, viagens, prazeres o ilimitado. Querer uma coisa esimplesmente assinar um cheque para obter. Um jardim, um apartamento de luxo, um grande automvel,ou mesmo o seu avio particular. Boites, teatros. Nova Iorque, Paris! A roda da gr-finageminternacional, que tambm se chama ocaf-society ou os idle-rich, os ricos ociosos. Jogar Bridge com aDuquesa de Windsor, danar com o Ali Khan.

    ***E entretanto bom notar que isso tem um limite bastante rgido. Fora uma cota de prazeres e

    conquistas sociais, no fundo mais subjetivas do que objetivas, alm no se pode ir. Ariqueza, sendocapaz de nos proporcionar apenas o que est venda, no nos pode dar nada de genuno, de autntico, denatural. Se voc perde a perna num acidente, o dinheiro lhe dar a melhor perna artificial do mundo mas artificial. Tanto no milionrio como no pobrezinho com perna de pau, o coto mutilado o mesmo, porque a natureza no se vende. E assim, quem compra cabelos supostos no pode esperarrazoavelmente seno uns postios, como j o dizia Jos de Alencar. E quem fura um olho, possuaembora o dinheiro do Rockefeller, ter que se arranjar com um olho de vidro, como qualquer de ns.

    Moralidade: No tenha inveja dos ricos. No tenha inveja de ningum, que melhor. Mas se querinvejar, inveje o simples abastado que pode satisfazer as suas necessidades e, na medida do possvel,alguns dos seus sonhos. E quando nem a abastana pode ser atingida, um bom consolo para o pobre pensar que, quer com o seu salrio mnimo, quer com as rendas vertiginosas do tubaro, tanto um comoo outro esto trancados nesta nossa mesma priso de carne, este saco de tripas de que falava o velhoGorki; e se dentro dele pouco podemos, fora dele, ento, nada nos adianta, nem dinheiro, nem grandeza,nem poderio. A, s a terra fria, nada mais.

    Queiroz,Rachel. Cem Crnicas Escolhidas.Rio de Janeiro.,Ed.Jos Olmpio,1977.

    01) O tema riqueza no texto, abordado com:A) IndiferenaB) ConscinciaC) DesprezoD) Falta de interesseE) Nenhuma das respostas anteriores

    02) No primeiro pargrafo, o texto diz que o dinheiro ( o poder e privilgios que ele d) o sonhouniversal das criaturas, isso significa:A) Desejo apenas das pessoas cultas. .B) Desejo divulgado pela Internet.

    C) Sonho estimulado pelos meios de comunicao.D) Sonho comum a todos os homensE) Existem duas respostas corretas.

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    03) Para finalizar o primeiro pargrafo, o narrador usa a seguinte frase: Diz que at o amor. correto afirmar a respeito desta orao:A) O amor, com certeza pode ser obtido com o poder do dinheiro.B) O narrador acha que o amor pode ser alcanado com o dinheiro.C) O narrador expressa que algum, ou seja, outra pessoa diz que at o amor est ligado ao dinheiro.D) dito que por algumas vezes o amor pode estar ligado ao dinheiro.

    E) N.R.A.04) Tudo isso o dinheiro. E contudo no h coisa mais limitada do que o dinheiro, a riqueza.

    As palavras grifadas no trecho destacado transmitem idias:A) de negaoB) contrrias entre siC) absurdasD) de conseqnciaE) de causa

    05) A partir do 4 pargrafo, correto dizer que:

    A) Passam a ser apresentadas situaes concretas onde o dinheiro no pode dar a melhor soluo.B) So apresentadas razes que comprovam que no precisamos do dinheiro na verdade.C) As conquistas sociais que o dinheiro pode nos proporcionar so fundamentais.D) Existem duas respostas corretas.E) N.R.A.

    06) Pois que ele s nos vale at certo ponto, ou seja, at se chocar com os limites dessa coisaintransponvel, que se chama a natureza humana. O uso das vrgulas neste caso tem a mesmaregra em:A) Mas se quer invejar, inveje o simples abastado...B) Voc, por exemplo, que tem o seu contadssimo oramento...C) Nova Iorque, Paris!D) Um jardim, um apartamento de luxo, um grande automvel,...E) E quem fura um olho, possua embora o dinheiro do Rockefeller,...

    07) Referente s regras de acentuao, o grupo abaixo em que todas as palavras foram acentuadaspelo mesmo motivo que a palavra milionrio :A) salrio, misria, privilgioB) automvel, riqussimo, C) possvel, ningum, nsD) rgido, j, darE) voc, impossveis, a

    08) O complemento nominal completa o sentido de um nome por meio de preposio. Nas oraesabaixo, aquela em que o termo grifado um complemento nominal :A) Foi problema que sempre me interessou...B) Todo o mundo precisa, quer dinheiro, ...C) ...como j o dizia Jos de Alencar.D) Tudo isso o dinheiro.E) quer dizer, ter em mos as possibilidades de poder...

    09) ... o seu contadssimo oramento mensal, ... Neste caso, o adjetivo grifado tem como gnero,nmero e grau; respectivamente:A) masculino, singular, superativo absoluto sintticoB) comum de dois, singular, comparativo de superioridadeC) sobrecomum, comum de dois, superlativo absoluto analtico

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    D) igualdade, epiceno, relativo de inferioridadeE) masculino, singular, relativo de superioridade

    10) Querer uma coisa e simplesmente assinar um cheque para a obter. Das alternativas abaixoindique a que substitui o termo grifado:A) obterB) uma coisaC) simplesmenteD) um cheque

    E) assinar11) Quanto ao uso da crase, observe: A riqueza, sendo capaz de nos proporcionar apenas o que

    est venda, no nos pode dar nada de genuno, de autntico, de natural. Em qual das opesabaixo a crase deveria ter sido usada e no foi?A) Naquela loja, as vendas so a prazo. .B) Puseram-se a discutir na reunio. .C) Ele no vai a recepes, nem a festas.D) preciso obedecer a toda norma de trnsitoE) Governo promete incentivo a cultura

    12) Se voc perde a perna num acidente, o dinheiro lhe dar a melhor perna artificial do mundo mas artificial. O se do incio da orao poderia ser substitudo por qual das palavrasabaixo, sem alterao do sentido, com as devidas mudanas?A) ainda queB) emboraC) to queD) casoE) conforme

    13) A diviso silbica gramatical est correta em:A) fo iB) pri vi l gi osC) ge nu noD) ob terE) mi li o n ri o

    14) Classifique corretamente o modo verbal presente na orao a seguir: No tenha inveja dosricos.A) indicativoB) subjuntivoC) pretrito-mais-que-perfeitoD) presente compostoE) imperativo

    15) A expresso saco de tripas refere-se (ao):A) Priso que o dinheiro cria contra as pessoas.B) Corpo humano como algo extremamente perecvel e passageiro.C) Vida miservel daqueles que so assalariados.D) Existem duas respostas corretas.E) N.R.A.

    GABARITO

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10B D C B A B A E A B

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    11 12 13 14 15E D D E B

    C O N C U R S O P B L IC O - IN D S T R IA S N U C L E A R E S D OB R A S IL S /A RJ e B A

    O fim da incompetncia

    Casar com a filha do dono da empresa, arrumar emprego pblico, ter padrinho poltico ouobedecer piamente s ordens do chefe, eram, em linhas gerais, os caminhos para o sucesso no Brasil. QIera sinnimo de quem indica. Ter mestrado no exterior, falar cinco idiomas, desenvolver novatecnologia, caminhos certos para o sucesso no Primeiro Mundo, em nada adiantavam. As empresas brasileiras mamando nas tetas do governo, com crditos subsidiados, numa economia protegida, eramobviamente super-rentveis, mesmo sem muita sofisticao administrativa. At um perfeito imbeciltocava uma empresa brasileira naquelas condies, fato que irritava sobremaneira a esquerda e osacadmicos, que na poca dirigiam a economia. Est a uma das razes menos percebidas da onda deestatizao a que assistimos no Brasil.

    Contratar pessoas competentes, alm de no ser necessrio, era desperdcio de dinheiro. Num pas em que se vendiam carroas a preo de carro importado, engenheiros especializados emairbags morriam de fome. Competncia num ambiente daqueles no tinha razo para ser valorizada. Os jovensnaquela poca no viam necessidade de adquirir conhecimentos, s precisavam passar de ano. Alunosdesmotivados geraram professores desmotivados, instalando um perverso crculo vicioso que tomouconta das nossas escolas.

    Tudo isso, felizmente, j est mudando. Empresrios incompetentes esto quebrando ouvendendo o que sobrou de suas empresas para multinacionais. Por muitos anos, quem no Brasil tivesseum olho era rei. Daqui para a frente, sero necessrios dois olhos, e bem abertos. Sai o sbio e eruditosobre o passado e entra o perspicaz previsor do futuro. Sai o improvisador e o esperto, entra oconhecedor do assunto.

    A regra bsica daqui para a frente a competncia. Competncia profissional, experincia prticae no terica, habilidades de todos os tipos. De agora em diante, seu sucesso ser garantido no por

    quem o conhece, mas por quem confia em voc. Estamos entrando numa nova era no Brasil, a era dameritocracia. Aqueles bnus milionrios que um famoso banco de So Paulo vive distribuindo no so para os filhos do dono, mas para os funcionrios que demonstraram mrito.

    Felizmente, para os jovens que querem subir na vida, o mrito ser remunerado, e nodesprezado. J se foi a poca em que o melhor aluno da classe era ridicularizado e chamado de CDF. Seseu filho de classe mdia no est levando o 1 e o 2 grau a srio, ele ser rudemente surpreendido pelosfilhos de classes mais pobres, que esto estudando como nunca. As classes de baixa renda foram as primeiras a perceber que a era do status quo acabou. Hoje, at filho de rico precisa estudar, e muito.

    Vinte anos atrs, eram poucas as empresas brasileiras que tinham programas de recrutamento nasfaculdades. Hoje, as empresas possuem ativos programas de recrutamento nas faculdades, no somenteaqui, mas tambm no exterior. Os 200 brasileiros que esto atualmente cursando mestrado em

    administrao l fora esto sendo disputados a peso de ouro.Infelizmente, os milhares de jovens competentes de geraes passadas acabaram no sedesenvolvendo e tiveram seu talento tolhido pelas circunstncias. Talvez eles no tenham mais pique para desfrutar essa nova era, e na minha opinio essa a razo da profunda insatisfao atual da velhaclasse mdia. Mas os jovens de hoje, especialmente aqueles que desenvolveram um talento, osestudiosos e competentes, podero finalmente dormir tranqilos. No tero mais de casar com a filha dodono, arrumar um padrinho, aceitar desaforo de um patro imbecil.

    O talento voltou a ser valorizado e remunerado no Brasil como mundo afora. Talvez ainda maisassustador reconhecer que o Brasil no ser mais dividido entre ricos e pobres, mas sim entrecompetentes e incompetentes. Os incompetentes que se cuidem.

    (Stephen Kanitz, Revista Veja, 4 de maro de 1998, Editora Abril.)

    01) Nos dois primeiros pargrafos do texto, o autor faz:A) Uma enumerao.B) Um relatrio.C) Uma exposio didtica.

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    09) A alternativa em que as trs palavras so acentuadas pela mesma razo :A) Poltico, sinnimo, crdito.B) Notveis, poca, alm. .C) At, est, s.D) A, j, atrs.

    E) Sbio, bsico, ser 10) Tudo isso, felizmente, j est mudando(3). Na frase anterior, a expresso tudo isso :

    A) Introduz uma idia nova.B) Recupera a enumerao anterior.C) Antecede os itens que sero citados.D) Encontra-se desvinculada das informaes do texto.E) Caracteriza a palavra alunos.

    11) ... o Brasil no ser mais dividido entre ricos e pobres, mas sim entre competentes eincompetentes. Sem alterar o sentido dessa frase, podemos substituir a palavra sublinhadapor:A) Porque.B) Portanto.C) Enquanto.D) Contudo.E) Logo.

    12) Os jovens naquela poca no viam necessidade de adquirir conhecimento,s precisavampassar de ano. A frase em que a palavras foi empregada no mesmo sentido da frase anterior:A) Pessoas incompetentes vivemss .

    B) Os empresrios ficaram ass. C) As empresass contratam profissionais competentes.D) O jovem est muitos no mercado de trabalho.E) Um competente empresrio nunca ests.

    13) A alternativa em que a orao assinalada expressa condio :A) Num pasem que se vendiam car roas a preo de car ro importado , engenheiros em airbags

    morriam de fome.B) ... seu sucesso ser garantido no por quem o conhece,mas por quem confia em voc . C) Aqueles bnus milionriosque um famoso banco de So Paul o vive distr ibui ndo no so para

    os filhos do dono...

    D) ... o mrito ser remunerado,e no desprezado .E) Se seu filho de cl asse mdi a no est levando o 1 e 2 gr au a srio , ele ser rudementesurpreendido pelos filhos de classes mais pobres...

    14) Assinale a alternativa em que o termo destacado tem a mesma funo sinttica que A regrabsica daqui para a frente a competncia .A) At um perfeito imbecil tocava umaempresa ...B) ... o melhor aluno da classe era ridiculari zado ...C) ... os milhares de jovens (...) tiveramseu talento tolhido pelas circunstncias...D) Talvez eles no tenham maispique...E) ... que desenvolveramum tal ento ...

    GABARITO

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    D C C C D A D C A B11 12 13 14D C E BP R E F E IT U R A M U N IC IP A L D E S O V IC E N T E D E M IN A S - M G

    TEXTO

    Pisou com firmeza no cho gretado, puxou a faca de ponta, esgaravatou as unhas sujas. Tirou do aium pedao de fumo, picou-o, fez um cigarro com palha de milho, acendeu-o ao binga, ps-se a fumarregalado.

    - Fabiano, voc um homem, exclamou em voz alta.Conteve-se, notou que os meninos estavam perto, com certeza iam admirar-se ouvindo-o falar s. E,

    pensando bem, ele no era um homem: era apenas um cabra ocupado em guardar coisas dos outros.Vermelho, queimado, tinha os olhos azuis, a barba e os cabelos ruivos; mas como vivia em terra alheia,cuidava dos animais alheios, descobria-se, encolhia-se na presena dos brancos e julgava-se cabra.

    Olhou em torno, com receio de que, fora os meninos, algum tivesse percebido a frase imprudente.Corrigiu-a, murmurando:

    - Voc um bicho, Fabiano.Isto para ele era motivo de orgulho. Sim senhor, um bicho, capaz de vencer dificuldades.Chegara naquela situao medonha e ali estava, forte, at gordo, fumando o seu cigarro de palha.- Um bicho, Fabiano.Era. Apossara-se da casa porque no tinha onde cair morto, passar uns dias mastigando raiz de imbu

    e sementes de mucun. Viera a trovoada. E, com ela, o fazendeiro, que o expulsara. Fabiano fizera-sedesentendido e oferecera os seus prstimos, resmungando, coando os cotovelos, sorrindo aflito. O jeitoque tinha era ficar. E o patro aceitara-o, entregara-lhe as marcas de ferro.

    Agora Fabiano era vaqueiro, e ningum o tiraria dali. Aparecera como bicho, entocara-se como bicho, mas criara razes, estava plantado. Olhou as quips, os mandacarus e os xique-xiques. Era maisforte que tudo isso, era como as catingueiras e as baranas. Ele, sinh Vitria, os dois filhos e a cachorraBaleia estavam agarrados terra.

    Chape-chape. As alpercatas batiam no cho rachado. O corpo do vaqueiro derreava-se, as pernasfaziam dois arcos, os braos moviam-se desengonados. Parecia um macaco.

    Entristeceu. Considerar-se plantado em terra alheia! Engano. A sina dele era correr mundo, andar para cima e para baixo, toa, como judeu errante. Um vagabundo empurrado pela seca. Achava-se ali de passagem, era hspede. Sim senhor, hspede que demorava demais, tomava amizade casa, ao curral, aochiqueiro das cabras, ao juazeiro que os tinha abrigado uma noite.

    Deu estalo com os dedos. A cachorra Baleia, aos saltos, veio lamber-lhes as mos grossas ecabeludas. Fabiano recebeu a carcia, enterneceu-se:

    - Voc um bicho, Baleia.Vivia longe dos homens, s se dava bem com os animais. Os seus ps duros quebravam espinhos e

    no sentiam a quentura da terra. Montado, confundia-se com o cavalo, grudava-se a ele. E falava umalinguagem cantada, monossilbica e gutural, que o companheiro entendia. A p, no se agentava bem.Pendia para um lado, para o outro lado, cambaio, torto e feio. s vezes utilizava nas relaes com as pessoas a mesma lngua com que se dirigia aos brutos exclamaes, onomatopias. Na verdade falava pouco. Admirava as palavras compridas e difceis da gente da cidade, tentava reproduzir algumas, emvo, mas sabia que elas eram inteis e talvez perigosas.

    (RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. 31 ed. S o Paulo, Martins, 1973.)

    01) Atravs de elementos descritivos, o narrador estabelece a seguinte oposio:A) Fabiano unhas sujas.

    B) homem cabra. .C) homem meninos.D) bicho cabra.E) Fabiano vaqueiro

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    02) Fabiano identifica-se com um bicho, capaz de vencer dificuldades. A expresso grifada tem oseu sentido contextual demonstrado na opo:A) Viver em condies miserveis. .B) Ser vitorioso diante de qualquer adversidade.

    C) Sobreviver seca, resistir s adversidades.D) Enaltecer a fragilidade humana E) Vencer seus conflitos psicolgicos.

    03) O narrador insiste na comparao: Fabiano x bicho; com a finalidade de...A) demonstrar a condio humana da personagem, a pobreza e misria.B) comparar o mundo racional com o irracional.C) realizar debates e discusses a respeito da relao do homem com o meio-ambiente.D) reforar a tendncia em defesa dos animais.E) Existem duas opes corretas.

    04) O primeiro pargrafo do texto transcrito traz uma sequncia de:A) Fatos isolados que sero entendidos pelo leitor no decorrer do texto.B) Palavras subjetivas que denotam a gravidade do quadro descrito.C) Aes encadeadas formando um quadro descritivo.D) Aes desencadeadas formando um quadro explicativo.E) Oposies e reaes.

    05) Para Fabiano, ser bicho era motivo de orgulho. NO causa desse orgulho, referente aocontexto:A) Vencer obstculos. .B) Resistir s dificuldades do meio ambiente. .

    C) Sobreviver mesmo em situaes adversas.D) Viver em condies mnimasE) Ter ps duros que quebram espinhos

    06) O uso da vrgula na orao seguinte tem uma funo especfica: - Fabiano, voc umhomem, exclamou em voz alta. A mesma funo NO aparece em:A) - Voc um bicho, Fabiano.B) e ali estava, forte, at gordo,...C) - Um bicho, Fabiano.D) - Voc um bicho, Baleia.E) No fique triste, Fabiano.

    07) Conteve-se, notou que os meninos estavam perto, com certeza iam admirar-se ouvindo-o falars. Para haver um correto entendimento do perodo anterior, faz-se necessria a relaoadequada dos pronomes utilizados. Assinale a alternativa correta:A) Quem se conteve foram os meninos.B) A admirao veio de Fabiano.C) Os meninos ouviriam Fabiano.D) Fabiano ouviria os meninos.E) Os meninos admiravam-se.

    08) Correlacione a 1 coluna com a 2 considerando as circunstncias expressas pelas palavras emdestaque:

    1.Agora Fabiano era vaqueiro, e ningum o tirariadali.

    ( ) tempo( ) intensidade

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    2.Sim senhor, hspede que demorava demais,...3.Vivia longe dos homens, s se dava bem com

    animais.4.A p, no se agentava bem.

    ( ) lugar( ) modo

    A sequncia correta :A) 2, 3, 4, 1B) 4, 3, 2, 1C) 1, 3, 2, 4

    D) 1, 2, 3, 4E) 3, 2, 1, 4

    09) A linguagem permite que a mensagem seja construda de maneiras diversas e que detenham omesmo sentido. A orao: E o patro aceitara-o,... NO tem o seu significadocomprometido em:

    A) Ele seria aceito pelo patro.B) O patro seria aceito.C) O patro aceitara-se.D) Ele aceitara o patro.E) Ele fora aceito pelo patro.

    10) importante conhecermos os radicais, porque eles nos auxiliam a descobrir o sentido deinmeras palavras. O par de vocbulo e o significado do radical grego est correto em:A) Monossilbica primeiro. .B) Heterogmico outro, diferente.C) Ornitologia nariz.D) Panacia doena E) Filosofia estudo.

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    GABARITO

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10B C A C E B C D E B

    P R E F E IT U R A M U N IC IP A L D E L U M IN R IA S - M G

    TEXTO:

    01) Na histria do quadrinho acima podemos dizer que na conversa:A) Ningum entrou em um acordo.B) Todos concordaram uns com os outros. .C) Todos estavam felizes.D) Todos estavam tristes.E) Apenas uma pessoa poderia falar

    02) O principal assunto da conversa era:A) A educao.B) A humanidade.C) Saber onde era a direita e a esquerda.D) As brigas entre as pessoas.E) A unio entre as pessoas.

    03) A menina da histria foi embora por que:A) Viu que aquela discusso no ia dar em nada.B) Ficou com raiva da briga. .C) Era uma menina educada.D) Estava na hora de ir trabalhar.E) Gostava de meninos

    04) O primeiro balo mostra:A) Uma surpresa. .B) Uma pergunta.C) Uma negao.D) Uma dvidaE) Um mistrio.

    05) A placa que tem ERRO de portugus a seguinte:

    A) D)

    B) E)

    C)

    EM FR NTE

    SIGA COM ATENO

    DESVIO DIREITA

    DESVIO ESQUERDA

    PERIGO!LEO NA

    PISTA

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    06)

    O comentrio do motorista mostra que:A) Ele no quer ser mais um motorista.B) Ele quer se aposentar.C) O trajeto da escola menos perigoso.

    D) As crianas do nibus escolar so menos enjoadas que os homens do nibus que ele estdirigindo.E) Todos os nibus so iguais.

    07) Das palavras abaixo a nica que NO masculina a seguinte:A) BanheiroB) nibusC) CelularD) PneuE) Moto

    08) Das palavras abaixo, a nica que NO feminina a seguinte:

    A) CarteiraB) CidadeC) TransporteD) BicicletaE) Licena

    09) Veja:

    Os pares de palavras mostram:A) O mesmo significado.B) Contrrios. .C) Palavras parecidas.D) Masculino e Feminino.E) Nenhuma das respostas anteriores

    10) Quando algum diz:- Voc viu? Ele comprou um carro zero, lanamento!- , um carro!

    Carro quer dizer:

    A) Um carro grande.B) Um carro pequeno.C) Um carro em que cabem 10 pessoas.D) Um carro de luxo, caro.

    direita esquerdafrente atrsem cima embaixo

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    E) Um carro qualquer.GABARITO

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10A B A B A D E C B DP R E F E IT U R A M U N IC IP A L D E S E N H O R A D E O LIV E IR A M G

    01) Este anncio est vendendo que tipo de produto?A) tijolosB) madeiraC) casas pr-fabricadasD) cimentoE) apartamentos

    02) O que significa casa pr-fabricada?A) casa com partes j fabricadasB) casa pequenaC) casa grandeE) casa da cidade

    03) O endereo que aparece no anncio: BR 116, Km 85, n 1000 o endereo da (o):A) casa com 2 quartosB) casa com 3 quartosC) casa com 3 quartos (1 sute)D) fbricaE) casa dos sonhos

    04) O nome da fbrica do anncio COMPRO este nome quer dizer que:A) uma grande compraB) as casas so carasC) preciso comprar todo o estoqueD) quem compra muito no pode pagarE) a fabrica s atende quem compra muito

    05) Leia a frase do anncio: Venha agora mesmo realizar o seu sonho da casa prpria!. Estafrase :A) um recadoB) um conviteC) uma ordemD) uma leiE) uma pergunta

    06) Das palavras abaixo, a que est escrita de forma correta :A) argila

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    B) cangicaC) cafagesteD) desageitadoE) magestade

    07) Veja as palavras: operrio, mquina, horrio. Elas possuem acento agudo. Marque a palavraque est acentuada corretamente:A) domsticaB) faxna

    C) servosD) lavuraE) vassura

    08) Se eu quisesse dizer que uma casa grande, eu diria:A) casasB) casinhaC) casinhasD) casa boaE) caso

    09) Existem palavras que tm sentidos contrrios, so antnimos. Marque a alternativa onde estoantnimos:A) vida viverB) doente sadeC) escola alunoD) fazenda campoE) perto longe

    10) Complete os pares com o seu feminino:Carneiro - ____________Menino - _____________Aluno - ___________Padrinho - _______________. Marque a opo certa:A) ovelha, menina, aluna, madrinhaB) carneira, moa, estudante, padrinhaC) vaca, criana, criana, mezinhaD) bezerro, beb, menina, paizinhoE) carneira, adolescente, estudante, padrinha

    GABARITO

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    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10C A D A B A A E E A

    P R E F E IT U R A M U N IC IP A L D E S E N H O R A D E O L IV E IR A -M G

    O CARREIRO E O PAPAGAIOVinha um carreiro frente dos bois, cantarolando pela estrada sem fim. Estrada de lama.Em certo ponto o carro atolou.O pobre homem aguilhoa os bois, d pancadas, grita; nada consegue e pe-se a lamentar a sorte.- Desgraado que sou! Que fazer agora, sozinho neste deserto? Se ao menos So Benedito

    tivesse d de mim e me ajudasse...Um papagaio escondido entre as folhas condoeu-se dele e, imitando a voz de santo, comeou a

    falar:- Os cus te ouviram, amigo, e Benedito em pessoa aqui est para o ajutrio que pedes.O carreiro, num assombro, exclama:- Obrigado, meu santo! Mas onde ests que no te vejo?

    - Ao teu lado. No me vs porque sou invisvel. Mas, vamos, faze o que mando. Toma da enxadae cava aqui. Isso. Agora a mesma coisa do outro lado. Isso. Agora vais cortar uns ramos e estivar o sulcoaberto. Isso. Agora vais aguilhoar os bois.

    O carreiro fez tudo como o papagaio mandou com grande alegria viu desatolar-se o carro.- Obrigado, meu santo! exclamou ele de mos postas. Nunca me hei de esquecer do grande

    socorro prestado, pois que sem ele eu ficaria aqui toda a vida.O papagaio achou muita graa na ingenuidade do homem e papagueou, como despedida, um

    velho rifo popular:Ajuda-te, que o cu te ajudar.

    Monteiro Lobato, Fbulas.So Paulo, Brasiliense, 1960.VOCABULRIO:

    CARREIRO: guia de carro de bois, guieiro. AGUILHOAR: estimular os bois a andar, utilizando vara comprida com ferro na ponta; ESTIVAR: construir ponte rstica sobre terreno alagadio ou pantanoso. RIFO: adgio, ditado, mxima, provrbio.

    01) So personagens do texto:A) O carreiro e o boi.B) O carreiro e o papagaio.C) O papagaio e o boi.D) O papagaio e So Benedito.E) O carreiro e So Benedito.

    02) Marque a alternativa que contm qualidades do carreiro:A) Inteligente e esperto. .B) Insistente e vivo.C) Acomodado e simples.D) Orgulhoso e ingnuoE) Obediente e sincero.

    03) Obrigado, meu Santo!(...) Nunca me hei de esquecer do grande socorro prestado...A frase acima demonstra que o carreiro :A) Devoto.B) Descrente.

    C) Medroso.D) Fingido.A) Fraco.

    04) Marque a alternativa que NO contm qualidade do papagaio:

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    A) Esperto.B) Bondoso.C) Sbio.D) Vivo.E) Egosta.

    05) Ajuda-te que o cu te ajudar. A alternativa que melhor explica a frase acima :A) Deus ajuda sempre quem precisa e reza.B) Quem precisa de ajuda deve sempre rezar e esperar.

    C)

    A orao deve fazer parte da nossa vida para vencermos as dificuldades.D) Devemos fazer a nossa parte que Deus far a dele.E) Toda pessoa que cr em Deus sempre obtm ajuda e proteo.

    06) Assinale a alternativa em que a palavra grifada est escrita de forma errada:A) Aquelapessoa tem o corao de pedra.B) Sempre quepesso , Deus me ajuda.C) So Beneditoprotege seus devotos.D) A estrada que o carreiro seguia tinhaobstculos .E) A lama da estradaatrapalhou o carreiro.

    07) Em certo ponto o carroatolou .A palavra acima sublinhada pode ser substituda por:A) AgarrouB) PulouC) soltouD) saiuE) desceu

    08) ...com grande alegria viu desatolar-se ocarro .A alternativa que contm o aumentativo da palavra sublinhada :A) CarroaB) CarruagemC) CarrooD) CarroE) Carrossel

    09)Assinale a alternativa em que as vrgulas foram usadas pela mesma razo que em:Os cus te ouviram, amigo, e Benedito em pessoa aqui est...A) O pobre homem aguilhoa os bois, d pancadas, grita...B) O carreio, num assombro, exclama.C) Arruma o carro, homem, e sers recompensado.D) O papagaio, alm de muito vivo, era esperto.E) O carreiro pegou a enxada, cortou uns ramos, e cavou um buraco.

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    GABARITO

    1 2 3 4 5 6 7 8 9B C A E D B A D C

    P R E F E IT U R A M U N IC IP A L D E IP A N G U A U - R N

    01) O folheto acima fala sobre os acidentes de trnsito. Este um assunto:A) Importante apenas para os jovens motoristas.B) Sem importncia para os pedestres.C) Muito importante para todos.D) Importante apenas para as pessoas que esto na foto do folheto.E) Sem importncia.

    02) No fim do folheto est escrito BOMBEIRO MILITAR. Isso mostra que:A) S os bombeiros evitam acidentes.B) Os bombeiros provocam acidentes.C) Este folheto para que s os bombeiros leiam sobre acidentes.D) Este folheto foi feito pelo BOMBEIRO MILITAR.E) Os bombeiros iro trabalhar somente no trnsito.

    03) A foto usada no folheto mostra:A) Uma campanha de preveno de acidentes. . B) Um acidente de trnsito. .C) Um motorista cometendo uma infrao.D) Dois motoristas cometendo infraes

    E) Quatro motoristas cometendo infraes

    04) De acordo com o folheto, o que deve ser feito para evitar acidentes de trnsito?A) Prender os maus motoristas. .B) Prevenir, alertando sobre os perigos no trnsito.C) Diminuir a quantidade de veculos.D) Ter pacincia com os maus motoristasE) Respeitar o prximo.

    05) Por que a palavra PREVENO foi escrita com letras maiores no folheto?A) No tem nenhum motivo especial.B) Para mostrar como se escreve esta palavra. .C) Para chamar a ateno.D) Porque o trnsito importante.E) Porque o acidente importante

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    06) Marque a opo que apresenta uma palavra que est acentuada de modo errado:A) Mtorista, cuidado no trnsito!B) Se beber no dirija!C) O trnsito faz parte de nossa vida.D) Conhea o veculo que est dirigindo.E) O lcool afeta o nosso raciocnio.

    07) Sabendo que abaixo esto palavras masculinas e femininas, temos um erro em:A) O acidente.B) O trnsito.C) A preveno.D) O Bombeiro.E) A sinal.

    08) Prevenir o mesmo que:A) Evitar algum dano ou mal.B) Melhorar alguma coisa.C) Ficar preocupado.D) Piorar algum servio.E) Rejeitar um trabalho.

    09) Podemos dizer que a nica palavra que est no aumentativo abaixo :A) PrevenoB) AoC) ColisoD) BeberroE) Preocupao

    10) Marque a opo em que feita uma pergunta:A) Tenha ateno com os idosos. . B) Respeite os limites de velocidade! C) Por que remediar, se podemos prevenir?D) Porque sou prevenido, evito acidentesE) Respeite as placas de sinalizao!

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    GABARITO

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10C D A B C A E A D C

    P R E F E IT U R A M U N IC IP A L D E J O O C M A R A - R N

    Olhai os lrios do campoEstive pensando muito na fria cega com que os homens se atiram caa do dinheiro. essa a

    causa principal dos dramas, das injustias, da incompreenso da nossa poca. Eles esquecem o que tmde mais humano e sacrificam o que a vida lhes oferece de melhor: as relaes de criatura para criatura.De que serve construir arranha-cus se no h mais almas humanas para morar neles?

    Quero que abras os olhos, Eugnio, que acordes enquanto tempo. Peo-te que pegues a minhaBblia que est na estante de livros, perto do rdio, leias apenas o Sermo da Montanha. No te serdifcil achar, pois a pgina est marcada com uma tira de papel. Os homens deviam ler e meditar essetrecho, principalmente no ponto em que Jesus nos fala dos lrios do campo, que no trabalham, nemfiam, e no entanto nem Salomo, em toda sua glria jamais se vestiu como um deles.

    Est claro que no devemos tomar as parbolas de Cristo ao p da letra e ficar deitados espera deque tudo nos caia do cu. indispensvel trabalhar, pois um mundo de criaturas passivas seria triste esem beleza. Precisamos, entretanto, dar um sentido humano s nossas construes. E quando o amor aodinheiro, ao sucesso, nos estiver deixando cegos, saibamos fazer pausas para olhar os lrios do campo eas aves do cu.

    No penses que estou fazendo o elogio do puro esprito contemplativo e da renncia, ou que achoque o povo deva viver narcotizado pela esperana da felicidade na outra vida. H na terra um grandetrabalho a realizar. tarefa para seres fortes, para coraes corajosos. No podemos cruzar os braosenquanto os aproveitadores sem escrpulos engendram os monoplios ambiciosos, as guerras e asintrigas cruis. Temos de fazer-lhes frente. indispensvel que conquistemos este mundo, no com asarmas do dio e da violncia e sim com as do amor e da persuaso. Considera a vida de Jesus. Ele foiantes de tudo um homem de ao e no um puro contemplativo.

    Quando falo em conquista, quero dizer a conquista duma situao decente para todas as criaturashumanas, a conquista da paz digna, atravs do esprito de cooperao.

    E quando falo em aceitar a vida no me refiro aceitao resignada e passiva de todas asdesigualdades, malvadezas, absurdos e misrias do mundo. Refiro-me, sim, aceitao da lutanecessria, do sofrimento que essa luta nos trar, das horas amargas a que ela forosamente nos h delevar.

    (rico Verssimo. Porto Alegre, Globo, 1980)

    01) A respeito do texto podemos dizer que:A) O narrador defende uma idia.B) O narrador apenas conta uma histria sem dar sua opinio.C) No existe narrador na histria.D) O narrador est sendo perseguido.E) N.R.A.

    02) A respeito do 1 pargrafo, correto afirmar que a idia principal :A) Valorizao do dinheiro.B) Valorizao de uma sociedade onde muitos tm pouco e poucos tm muito.C) Crtica busca desenfreada de dinheiro e riqueza.

    D) Crtica aos valores das famlias tradicionais.E) Crtica s relaes de criatura para criatura.

    03) No 2 pargrafo, a seguinte mensagem transmitida para Eugnio:

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    A) Deve despertar o seu interesse pelo sucesso.B) Deve se preocupar com o futuro da sua vida profissional.C) Deve despertar, pois a vida curta.D) Deve abrir os olhos e no se interessar s por dinheiro e sucesso.E) Deve passar a ser um pregador da Bblia.

    04) O trecho que mostra um conselho que dado a Eugnio :

    A) Precisamos, entretanto, dar um sentido humano s nossas construes.B) De que serve construir arranha-cus se no h mais almas humanas para morar neles?C) Ele foi antes de tudo um homem de ao e no um puro contemplativo.D) Estive pensando muito na fria cega com que os homens se atiram caa do dinheiro.E) essa a causa principal dos dramas, das injustias, da incompreenso da nossa poca.

    05) correto afirmar que no quinto pargrafo o texto traz a idia de:A) Conquistar o mundo com armas.B) Conquistar o mundo atravs da cooperao. .C) Desistir de lutar por um mundo melhor.D) Conquistar a paz, a qualquer preo.

    E) Considerar a vida uma situao difcil06) O texto mostra que a riqueza material :

    A) Importante.B) Menos importante que as relaes das pessoas umas com as outrasC) Mais importante que qualquer coisa.D) Necessria a uma pessoa para que ela seja feliz.E) N.R.A.

    07) E quando o amor ao dinheiro, ao sucesso, nos estiver deixando cegos,... A palavra grifada notrecho acima mostra a idia de:A) espaoB) negaoC) tempoD) afirmaoE) causa

    08) Durante o texto, pode-se perceber a preocupao do narrador em relao vida simples:A) com cooperaoB) com amor .C) com trabalhoD) sem apego ao dinheiroE) Todas as respostas anteriores esto corretas

    09) Estive pensando muito na fria cega com que os homens se atiram caa do dinheiro. Nestecaso apresentado o uso da crase est correto. Assinale abaixo a opo em que a crase foi usadade forma INCORRETA:A) Refiro-me nova professora.B) Prefiro a ma da direita da esquerda.C) No tenho nada declarar.D) Vou Paraba.E) Cheguei casa de meus pais.

    10) No penses que estou fazendo o elogio do puro esprito contemplativo e da renncia,... Aopo em que o verbo est no mesmo tempo, modo e pessoa que o grifado no trecho anterior :A) estiveB) pensando

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    A) Os conceitos por ele aprendidos na infncia foram desvinculados daquele pensamento.B) Aquela antiga rvore foi desenraizada esta manh.C) O homem cria razes onde nasce.D) As idias estavam soltas.E) As experincias adquiridas so consistentes e estruturadas.

    04) O texto cita a seguinte expresso: homem grfico, CORRETO dizer que a palavra grifadapertence a qual classe de palavras?A) adjunto adnominalB) complemento nominalC) adjetivoD) substantivoE) adjunto adverbial

    05) Veja: I ... a presena dos meios sonoros ( o rdio, a televiso)...II ... homem grfico (ligado imprensa).

    Nos dois casos acima, o uso dos parnteses tem o seguinte motivo:

    A) explicao da expresso anteriorB) pausa do pensamentoC) interrupo da falaD) explicao do pargrafo anteriorE) mudana de assunto

    06) Faz parte do universo dos mass media a simplificao, como tambm a veiculao das idias j consagradas ou ainda aquelas que se pretende incutir. O pronome demonstrativo se refere palavra:A) aquelasB) globalizaoC) idiasD) consagradasE) veiculao

    07) O texto cita que os mass media, meios de comunicao de massa, transmitem alguns valores,sobre isto correto afirmar que, de acordo com o texto:A) Os valores polticos so transmitidos de maneira indireta porque no podem deixar transparecer a

    verdadeira inteno dos homens da poltica.B) A comunicao imediata dos valores polticos, religiosos e nacionais feita sempreindiretamente.C) Os valores nacionais so transmitidos apenas em pronunciamentos oficiais.D) A inteno poltica ou religiosa contestada pelos valores nacionais.E) Existem duas maneiras como tais valores so transmitidos.

    08) No texto, o autor faz uma comparao entre duas pocas diferentes, em relao aos meios decomunicao est CORRETO o afirmado em:A) Atualmente, observa-se a espantosa rapidez na transmisso de informaes, assim como nosculo XIX.B) Vivemos em uma aldeia global onde a informao rpida chegando a todo lugar.C) Para que um escritor do sculo XIX fosse bom era necessrio que sua obra fosse amplamentedivulgada.D) Pode-se assistir a tudo pela televiso, substituindo completamente os passeios.E) O livro tem mais importncia que a televiso.

    09) No contexto apresentado, manipulao de opinio tem o seguinte sentido:

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    A) Opinar conscientemente.B) Construo de opinio.C) Guardar a prpria opinio.D) Algum leva uma pessoa a ter a opinio que lhe interessa.E) Contradio de opinio.

    10) passagem do universo grfico galxia eletrnica, pois a presena dos meios sonoros.... Otrecho destacado na orao anterior expressa a circunstncia de:A) causaB) conseqnciaC) condioD) tempoE) proporo

    11) A contribuio essencial dos mass media , todavia, a rapidez na transmisso deinformaes, propiciando sua grande difuso. A palavra grifada na frase anterior tem a

    mesma funo sinttica que a palavra grifada em:A) importante observar que os meios massivos no operam somente no setor...B) Se o livro, no seu surgimento, provocou uma revoluo...C) Na era eletrnica, a fama ser admirado...D) A cultura de massa, veiculada pelos mass mdia...E) Foi aps a Segunda Guerra Mundial que a expresso mass mdia comeou a ser usada...

    12) Observe a ortografia e marque a opo que est INCORRETA:A) O rumor da porta traz lembranas doces.B) Andando para traz, olhe quem eu encontrei.C) Ele sempre traz boas notcias.D) A televiso traz uma infinidade de informaes.E) Aquele que traz alegria, est aqui.

    13) De acordo com a terminao as oxtonas devem ser acentuadas. Assinale a opo em que todasas palavras so oxtonas e foram acentuadas CORRETAMENTE:A) caf, portugus, algumB) amor, tat, lilsC) cip, n, janlaD) rdio, crta, internetE) operrio, funcionrio, gerncia.

    14) Crase a fuso de duas vogais da mesma natureza. Marque a alternativa que NO indica umcaso proibitivo de crase:A) Graas Deus, tudo terminou bem. .B) Aquela sua desculpa no engana ningum.C) Tomou o remdio gota gota.D) Vou at cidadeE) O jovem estava entregue alegres recordaes.

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    GABARITO

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10C B A C A C E B D A

    11 12 13 14B B A D

    P R E F E IT U R A M U N IC IP A L D E C U MB E S E

    Caminho certo

    O Brasil tentou vrias vezes reinventar a roda costuma ter algumas recadas ainda hoje e umadessas iniciativas mais marcantes foi a reserva de mercado para a informtica. Em um momento que ouso de computadores comeava a se disseminar pelo mundo, inclusive no mbito domstico, o governo baixou uma srie de resolues que s permitiam a fabricao de equipamentos de menor porte(inicialmente os minicomputadores e depois at os computadores pessoais) para empresas com capital100% nacional.

    Ao barrar a entrada de investidores estrangeiros, acreditava-se que o pas desenvolveria umatecnologia prpria no setor de informtica, e com esse domnio estaria em condies de compor a primeira linha de naes do planeta. Desse modo, tal poltica se estendeu at mesmo a reas comoautomao industrial e comercial, provocando um atraso alarmante nesses segmentos.

    A reserva de mercado foi resultado de uma estranha aliana entre a chamada esquerda nacionalista,crculos militares pretensiosos, alguns empresrios sonhadores e uns outros tantos oportunistas.

    Levou tempo para se reconhecer o erro, mas felizmente a dinmica da sociedade fez com que essatentativa de reinventar a roda fosse abandonada, quando o contrabando e a informalidade j haviamtomado conta do mercado.

    A tecnologia de fabricao de computadores de pequeno porte atualmente to acessvel quecomearam a surgir no Brasil empresas de fundo de quintal, simples configuradoras, que contriburam para ampliar o mercado consumidor, embora escudando-se na sonegao. Mas, em vez de reinventar a

    roda, o governo reduziu significativamente os impostos incidentes sobre esses equipamentos, barateando-os.A produo ganhou escala e agora h um verdadeiroboom nesse segmento, estimulado pelo uso da

    internet. No ano passado, segundo o IBGE, a produo de computadores e equipamentos de informticacresceu nada menos que 51% no pas. Alm disso, a fatia de mercado dos computadores feitos comcomponentes contrabandeados caiu de 73% para 38%. Com essa experincia fica claro que o melhorcaminho para incentivar o mercado e a produo est na reduo de tributos.

    (Texto de O GLOBO 11 de fevereiro de 2007)01) O significado, no texto, da expressor einventar a roda :

    A) Inventar computadores iguais aos que j existem.B) Privilegiar empresas de informtica com capital 100% nacional.

    C) Abrir o mercado de informtica.D) Financiar empresas estrangeiras no pas.E) Disseminar o uso de macrocomputadores.

    02) Segundo o autor, barrar a entrada de investidores estrangeiros tem como conseqncia:A) O desenvolvimento de tecnologia prpria no pas. .B) O desenvolvimento de tecnologia em software.C) A entrada do pas no bloco do primeiro mundo.D) O aumento da automao industrialE) N.R.A.

    03) Segundo o texto:A) A produo de computadores no Brasil cresceu com a reserva de mercado na informtica.B) Nem sempre reduo de impostos estimula o crescimento na rea da informtica.

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    C) A mudana na poltica tributria nacional em relao indstria de informtica provocou ocrescimento deste setor.D) A tecnologia de computadores de pequeno porte, no Brasil, ainda pouco conhecida e utilizada.E) O aumento constante de contrabando de componentes impede o crescimento de nossas indstriasde computadores.

    04) ... acreditava-se que opas desenvolveria uma tecnologia... Pertence mesma regra deacentuao grfica, depas , a palavra:A) Poltica.B) Contriburam.C) Experincia.D) At.E) Domstica.

    05) A tecnologia de fabricao de computadores de pequeno porte atualmente to acessvelquecomearam a sur gir no Brasil empresas de ...A orao sublinhada na frase anterior expressa:A) Tempo.B) Causa.C) Finalidade.D) Conseqncia.E) Explicao.

    06) Assinale a frase em que o vocbulo destacado tem seu antnimo corretamente indicado:A) ... comeava a sedisseminar ... (1) : espalhar.B) ... e com essedomnio ... (2) : autoridade.C) ... tal poltica seestendeu at mesmo ... ( 2) : propalou.D) ... que contriburam paraampliar o mercado ... (5) : reduzir.E) ... a produo de computadores e equipamentos de informticacresceu nada menos ... (6) :

    dilatou.07) Em todas as frases abaixo, transcritas do texto, as formas verbais destacadas esto flexionadas

    no mesmo tempo, EXCETO:A) ... e uma dessas iniciativas mais marcantesfoi a reserva de mercado para a informtica.B) ... o governobaixou uma srie de resolues...C) Desse modo, tal poltica seestendeu at mesmo a reas...D) ... o governoreduziu significativamente os impostos incidentes...E) Com essa experinciafica claro que o melhor caminho...

    08) Mas, em vez de reinventar a roda, o governo reduziu significativamente os impostos... Aregra abaixo que justifica o emprego das vrgulas nesse segmento do texto :A) Separar elementos que exercem a mesma funo sinttica.B) Isolar o aposto.C) Marcar a intercalao de elementos.D) Isolar o adjunto adnominal antecipado.E) Indicar a supresso de uma palavra.

    09) ... provocando um atraso alarmante nesses segmentos. (2) O gerndio em relao orao anterior tem valor de:A) Tempo.B) Finalidade.C) Meio.

    D) Condio.E) Adio.10) Assinale a alternativa INCORRETA:

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    A) Na frase ... acreditava-seque o pas desenvolveria uma tecnologia..., o vocbuloque um pronome relativo.B) A palavrafelizmente foi formada atravs do processo de derivao sufixal.C) ... simples configuradoras,que contriburam para ampliar o mercado... (5). A palavra

    sublinhada pode ser substituda, sem prejuzo de sentido, poras quais. D) Em ... que s permitiam a fabricao ... o termos, pode ser substitudo sem perda semntica porapenas .E) ... mas felizmente adinmica da sociedade ... A palavra sublinhada, nessa frase, est

    acentuada porque proparoxtona. ,

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    GABARITO

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10B E C B D D E C E AS E L E O P B L IC A - P R E F E IT U R A DE P O RT O F E L IZ S P

    O X da Educao

    Existe um consenso entre os especialistas em torno da causa nmero 1 para a distoro que levaquase que exclusivamente os mais ricos boas faculdades bancadas pelo estado. Ela resultado de uma peneira que comea a atuar bem antes do vestibular, num sistema escolar que forma estudantes de duasclasses: os mais razoveis, egressos da escola particular, e aqueles que patinam num patamar entre oruim e o pssimo, vindos da rede de ensino pblico. Segundo estudo conduzido pelo professor JooBatista de Oliveira que tomou como base a Prova Brasil, exame nacional aplicado s turmas de 4 e 8sries do ensino fundamental , os estudantes de escola pblica apresentam um atraso de quatro anosnos contedos exigidos para a srie em que esto matriculados. S um milagre os faria passar numvestibular concorrido, conclui Oliveira. Sem estmulo acadmico e muitas vezes forados a trabalhar para contribuir com o oramento familiar, eles engrossam as estatsticas da evaso e da repetncia. Cercade 32% dos alunos so reprovados na 1 srie do ensino fundamental, o pior ndice de 48 pasesmonitorados pela OCDE organizao que rene os pases mais industrializados).

    Das raras ilhas de excelncia encravadas na rede pblica possvel extrair algumas lies. Um bomexemplo vem do CIEP Guiomar Gonalves Neves, em Trajano de Morais, municpio a 250 quilmetrosdo Rio de Janeiro. Das 41.000 escolas avaliadas na Prova Brasil, foi a que recebeu a melhor nota em portugus e ficou com o segundo em matemtica. No h nada de glamouroso nessa escola do interior.Os pais dos estudantes vivem com um salrio mnimo por ms e no tiveram chance de completar osestudos. Suas paredes carecem de pintura e h vazamento nos banheiros. O que a faz sobressair umafrmula simples, baseada num trip de comprovada eficincia acadmica. Primeiro, ela oferece jornadade estudos esticada, de oito horas o dobro da mdia nacional. No tempo extra, os estudantes recebemaulas de reforo e os professores corrigem lies. Outro fator que ajuda a desvendar o sucesso dessaescola de interior so seus esforos para aumentar a participao dos pais na vida escolar. A direo promove festas e reunies pedaggicas. Os professores esto visivelmente envolvidos com o projetoeducacional. Quase todos decidiram cursar uma universidade.

    Na Coria do Sul e nos Estados Unidos, pases onde a educao d certo, concedem-se salrios maisaltos aos professores que obtm os melhores resultados em sala de aula segundo indicadores objetivos.Outra sada que conta com o respaldo da experincia internacional a cobrana de mensalidade nasinstituies pblicas. O Chile, a Coria do Sul e mais recentemente a China (ainda sob regimecomunista, quem diria) conseguiam fazer avanos admirveis em seus contingentes universitrios depoisde instaurar a cobrana de mensalidade. Nesses pases, prevalece o bom senso. Os que tm mais dinheiro pagam mais pelo ensino pblico, o que permite que essas instituies distribuam bolsas e emprstimosaos mais pobres.

    (Veja, 04 de Outubro de 2006 Camila Antunes e Mnica Weinberg)

    01) Observe o seguinte trecho: S um milagre os faria passar num vestibular concorrido.Assinale a alternativa cuja frase preserva o sentido do texto original:A) S os milagres fariam passar num vestibular concorrido.B) Apenas um milagre faria passar num vestibular concorrido.C) S um milagre os fariam passar no concorrido vestibular.D) S um milagre o faria passar num vestibular concorrido.E) S um milagre faria que eles passassem num vestibular concorrido.

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    02) O termo grifado a seguir pode ser substitudo por: Ela resultado de uma peneira que

    comea a atuar bem antes do vestibular...A) A peneira do vestibular.B) A causa que leva os mais ricos s boas faculdades bancadas pelo estado.C) A distoro dos especialistas.D) O consenso dos especialistas.E) A boa faculdade bancada pelo estado.

    03) Sobre o texto transcrito O X da Educao, correto um dos seguintes comentrios:A) um texto confuso e de difcil entendimento porque est redigido numa linguagem mais tcnica.B) um texto claro e preciso, redigido numa linguagem mais popular e coloquial.C) um texto srio apesar das imprecises que ele contm.D) um texto em que procura-se transmitir a realidade de uma maneira clara, sem duplainterpretao.E) Existe, atravs do texto, a inteno de aconselhar, exortar e influenciar o comportamento do leitor.

    04) O texto cita como exemplo positivo o CIEP Guiomar Gonalves Neves e dia que no h nada

    de glamouroso nessa escola de interior. Ao fazer este comentrio, percebe-se claramente ainteno de:A) Atribuir as falhas no sistema educacional aos governantes.B) Enaltecer as escolas pblicas de um modo geral.C) Mostrar a realidade desta escola desfazendo um mito.D) Aprimorar o nvel da educao no pas.E) As opes B e D esto corretas.

    05) Assinale a frase que NO pode ser dada como inferncia do texto:A) Pobres pagam para estudar nas faculdades particulares e ricos estudam nas mesmasgratuitamente.B) O sistema escolar de ensino pblico gera um dficit ao estudante que usufrui dele.C) O ingresso em uma faculdade atravs de um vestibular concorrido para a minoria.D) Com o aumento da carga horria de estudo entre outros possvel resultados positivos naeducao pblica.E) Estimular o educador faz parte de resultados positivos.

    Dicas para recuperar a concentrao

    Em seu livro Crazy Busy (Loucamente Ocupado, ttulo indito no Brasil), o psiquiatra Edward M.Hallowell lista algumas sugestes prticas para pessoas que esto sempre correndo e deixam de lado as prioridades:

    Realize as atividades que requerem concentrao no perodo em que voc se sente mais disposto.Em geral, o pique energtico ocorre pela manh.

    No se comprometa a mais compromissos do que voc no pode cumprir. Divida uma tarefa longa em metas pontuais. O sistema ajuda a gerenci-la. No perca muito tempo em atividades que lhe desagradam ou que resultam difceis de aprender. Ponha um cronmetro ao lado do computador para limitar o tempo gasto na internet. No resolva assuntos pessoais por e-mail. mais eficiente faz-lo pessoalmente.

    (Veja 04/10/06, por CamilaAntunes)

    06) ... o psiquiatra Edward M. Hallowell lista algumas sugestes prticas... O significado dapalavra em destaque o mesmo do seguinte termo destacado abaixo:A) Saiu a lista dos aprovados.B) O professor enumera os nomes dos alunos.C) A listagem de prioridades est pronta.

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    D) Existe uma fila enorme de pessoas esperando a sua chegada.E) A numerao da listagem est errada.

    07) Segundo o texto, para o psiquiatra Edward M. Hallowell as sugestes dadas em seu livro sopara um determinado grupo de pessoas especfico que:A) Buscam a organizao de sua vida diria.B) Gostam de ler seus livros.C) Querem crescer profissionalmente.

    D) No conseguem realizar suas principais atividades, por mais que tentem.E) So preguiosas e por isso esto sempre atrasadas com os seus compromissos.

    08) De acordo com uma das dicas de Hallowell, resolver assuntos pessoais pessoalmente melhorporque:A) mais rpido.B) Nem todas as pessoas possuem computador.C) Nem todas as pessoas sabem lidar com o computador.D) Pode causar mal-entendidos.E) Produz o efeito desejado.

    09) A maior parte do texto apresentado fala sobre o assunto da seguinte forma:A) Atravs de conselhos e sugestes.B) Mostrando a opinio do autor sobre o assunto, falando sobre os pontos positivos e negativos.C) Atravs de exemplos e experincias vividas.D) Exemplos e comentrios.E) Nenhuma das alternativas anteriores.

    10) Diante da dica: No se comprometa a mais compromissos do que voc pode cumprir, est sefalando de:A) Falta de vontade para cumprir compromissos.B) Capacidade para cumprir compromissos.C) Falta de compromisso com as suas tarefas.D) Perder tempo com atividades inteisE) No gostar do trabalho.

    11) O por qu foi usado convenientemente na seguinte frase:A) As pessoas esto sempre correndo, por qu?B) Por qu o pique energtico ocorre pela manh?C) No se comprometa a mais compromissos do que voc pode cumprir por qu voc poder ficarmal visto.D) Tenho que ser eficiente por qu preciso do emprego.E) No perca tempo nesta atividade por qu no ser proveitosa.

    12) Observe o emprego da vrgula:A pressa produz fal ta de ateno, servio mal feito, ir ritao e frustrao.

    Neste caso, a vrgula foi usada para separar palavras da mesma funo sinttica. Marque aopo em que a vrgula NO foi usada corretamente:A) Minha casa tem quatro dormitrios, dois banheiros e trs salas.B) A inflao, reduz o consumo a produo e a oferta de empregos.C) Suas tarefas eram: varrer a casa, limpar o jardim e fazer o almoo.D) As flores murcham, os palcios caem, os imprios desintegram-se.E) A leitura faz bem ao corao, mente e ao sonho!

    13) Conhecendo as normas de acentuao, identifique a opo em que uma das palavras foiacentuada INCORRETAMENTE:A) jac, atrs, xar

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    B) ningum, armazm, parabnsC) bamb, rob, paletD) acar, mrtir, dlarE) frmula, lmpada, pblica

    14) Para completar as frases corretamente escolha uma das opes: __________ empresa no tem vagas, __________ com muitos funcionrios.A __________ de Sade abriu vaga para contratao de __________.

    A) esta, est, secretaria, secretriaB) esta, esta, secretaria, secretriaC) est, esta, secretria, secretariaD) est, esta, secretaria, secretria E) esta, est, secretria, secretaria

    15) Ento voc j viu: t te fazendo um bruto dum favor. Reescrevendo o texto apenasobedecendo s regras da ortografia teremos:A) Ento voc j viu: t fazendo-te um bruto de um favor.B) Ento voc j viu: estou te fazendo um bruto dum favor.C) Ento voc j viu: estou fazendo-te um bruto a favor.D) Ento j viu: fao-te um favor.E) Ser feito o favor.

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    GABARITO

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10E B D C A B D E A B

    11 12 13 14 15A B C A B

    P R E F E IT U R A M U N IC IP A L D E L U M IN R IA S M G

    Por favor, sem essa de "cidadania"

    De como o uso abusivo e pedante de uma palavra s contribui para a algaravia geral

    crueldade o que se tem feito com certas palavras. Tome-se a palavra "criatividade". Tudo criatividade hoje em dia. Se num desfile de moda o costureiro enrola a modelo num saco de farinha, "criatividade". Se um comerciante institui um prmio para atrair clientes a seu estabelecimento, "criatividade". Um reprter de TV, descrevendo a rotina tediosa dos atletas na concentrao, s vsperasda competio, dizia recentemente que eles precisavam ser "criativos" para matar o tempo. E entomostrava o recurso de que um deles se socorria: comia uma rapadura. Eis a exploso de criatividade quetinha lugar naquele momento - roa-se uma rapadura. Se criatividade isso, a pintura de Picasso o que? A mesma palavra no pode designar o impulso que leva a comer rapadura e a pintar as Demoisellesd'Avignon.

    Tudo o que foi dito at aqui teve por objetivo introduzir o triste caso de uma palavra que,submetida de algum tempo a esta parte a um massacre cotidiano, est a reclamar um gesto de piedade. A

    palavra em questo cidadania. O oposicionista enche a boca e denuncia o desrespeito " cidadania ".O governista estufa o peito e reitera o compromisso com a " cidadania ". A ONG, do alto de suaneutralidade, convida adeso causa da cidadania. a palavra mais pomposa em circulao noterritrio nacional. Freqentemente se faz acompanhar de "resgate" - "resgate da cidadania, se diz, e"resgate" outro caso srio, mas fica para outra oportunidade.

    A palavra cidadania est em um entre dois temas de redao nos vestibulares: " cidadania esociedade", " cidadania e educao", " cidadania e...". sempre cidadania e alguma coisa. Tambm muito cotada para ttulo de conferncias e seminrios. Acharam bonita, caiu no gosto - no do povo, queo gosto do povo outro, mas daqueles que no tempo de Molire eram chamados de "preciosos" -, eagora? Qual a sada?

    Um bom comeo seria pedir, a quem a usa, que explique o sentido da palavra. " Cidadania ",entre os gregos e os romanos, que inventaram o conceito, era a soma dos direitos dos mais privilegiados- dos nobres, por oposio aos plebeus, dos livres, por oposio aos escravos, dos nacionais, poroposio aos estrangeiros. Com um pouco de licena, mas s um pouco, pode-se concluir que "cidado"era quem tinha licena para oprimir o outro. Na Revoluo Francesa "cidado" virou forma de as pessoas se tratarem umas s outras, assim como no comunismo se trataro por "camarada". um signode igualdade. No mundo contemporneo, significa em primeiro lugar nacionalidade, ou seja, cidado brasileiro quem pode ter passaporte brasileiro, e em segundo o gozo de direitos polticos, ou seja, votare ser votado.J no sentido precioso de hoje em dia os significados, ao que parece - nunca se sabe bem - semultiplicam. A palavra ainda tem a ver com votar e ser votado, mas tambm com participao nosnegcios pblicos. Tem algo com nacionalidade e outro tanto com igualdade, mas tambm comdignidade, altivez, integridade, respeito aos direitos humanos, ateno ao consumidor, apreo aocontribuinte e, talvez mesmo, liberdade. A palavra partiu-se em mil significados, o que equivale dizerque no tem mais nenhum.

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    E da?, dir o leitor. No se trataria, tudo isso, questo apenas de gosto literrio? Questo deestilo, sem efeito prtico? Desconfia-se que no. O recurso palavra pomposa, o palavro bonito damoda, sintomtico da velha doena brasileira da retrica. Pronuncia-se a palavra mgica, e vai-sedormir em paz. O trabalho de identificar precisamente o problema, e bem descrev- lo, para ser atacadocom xito, dispensado. Vira silncio, abafado pelo som e a fria da discurseira.

    (TOLEDO, Roberto Pompeu de. RevistaVeja , 16 fev. 2000)

    01) Em relao s crticas feitas pelo autor quanto ao uso atual de uma srie de substantivos, estcorreto afirmar:A) O significado das palavras tem sido ampliado de forma criteriosa.B) Cada palavra deve possuir, no mximo, dois significados; de acordo com a opinio do autor dotexto.C) As palavras esto perdendo o seu sentido e so usadas de modo grosseiro, sem o devido cuidado.D) De acordo com o nvel da fala de determinado grupo social que as palavras tm os seus

    significados alterados.E) O autor faz a constatao de que os sentidos originais das palavras vo se perdendo para dar lugar

    a novos sentidos.02) No ttulo do texto, pode-se observar o uso de aspas. Este um sinal grfico que, neste caso,

    indica:A) A importncia da palavra cidadania.B) Comeo de uma citao.C) Fim de uma citao.D) Um neologismo.E) O uso da palavra com significado conotativo.

    03) No primeiro pargrafo transcrito, o autor afirma: A mesma palavra no pode designar oimpulso que leva a comer rapadura e a pintar as Demoiselles dAvignon. Esta afirmaotraduz:A) A insatisfao do autor consigo mesmo, por no conseguir achar a palavra adequada para

    designar situaes diferentes.B) A crtica do autor aos escritores contemporneos.C) A crtica do autor ao uso de determinadas palavras do nosso cdigo lingstico.D) A crtica do autor ao ensino da Lngua Portuguesa.E) Existem trs respostas corretas.

    04) ... o triste caso de uma palavra que, submetida de algum tempo a esta parte a um massac