Português – Consulplan · 4 Português - Consulplan | 100 Questões Corrigidas e Comentadas 31....

16
Português – Consulplan 100 Questões Corrigidas e Comentadas - Provas 3 - 6 Prof. Carlos Zambeli www. acasadoconcurseiro .com.br

Transcript of Português – Consulplan · 4 Português - Consulplan | 100 Questões Corrigidas e Comentadas 31....

Page 1: Português – Consulplan · 4 Português - Consulplan | 100 Questões Corrigidas e Comentadas 31. Em relação às características e recursos textuais apresentados, pode-se afirmar

Português – Consulplan 100 Questões Corrigidas e Comentadas - Provas 3 - 6

Prof. Carlos Zambeli

www.acasadoconcurseiro.com.br

Page 2: Português – Consulplan · 4 Português - Consulplan | 100 Questões Corrigidas e Comentadas 31. Em relação às características e recursos textuais apresentados, pode-se afirmar
Page 3: Português – Consulplan · 4 Português - Consulplan | 100 Questões Corrigidas e Comentadas 31. Em relação às características e recursos textuais apresentados, pode-se afirmar

3

Po

rtug

s

www.acasadoconcurseiro.com.br

3. CÂMARA MUNICIPAL DE NOVA FRIBURGO – RJ – 2017 – ASSISTENTE LEGISLATIVO

Texto para responder às questões de 31 a 39.

Fazer nadaComo a visita de um pássaro nos fez pensar no tempo.

  Conseguimos uns dias de folga e fomos passar um tempo cuidando um do outro. No hotel, em Itatiba, deram-nos o quarto 37, que se abre para um mar de morros verdes, com plantações, pastos, florestas. Fica no piso superior, tem pé-direito alto e uma varanda abraçada por árvores repletas de pássaros. À noite, entrou pela janela um passarinho. Minúsculo, branco no peito e na parte inferior da face, preto no dorso e na metade de cima da cabeça. Entrou pelo quarto, acelerado. Voava junto ao teto e não conseguia baixar até a altura da porta por onde havia entrado. Temíamos que se machucasse. Apagamos as luzes. Ele se acalmou e parou para descansar no toucador. Pulou em pé, no chão. Caminhou um pouco, ofegante. Usamos um chapéu para levá-lo à varanda, onde ficou ainda um tempo, refazendo-se.  Depois, vimos que deixou de lembrança um cocozinho na nossa cama. De onde teria vindo essa ave? Qual o significado do carimbo de passarinho sobre o lençol? Resisti à ideia de lembrar que excremento de pássaro é sinal de boa fortuna em antigas tradições. Augúrio? Sinal? Ali não havia mistério. Era apenas um bichinho assustado, acelerado demais. Talvez apenas apavorado por haver entrado em um lugar de onde parecia impossível sair. Mais do que um significado oculto, sua visita pode é nos inspirar, quem sabe, uma analogia. Quantas vezes o homem não se debate, na ilusão de que está acuado? Quantas vezes sofre sem perceber que está saturado por estímulos que ele próprio foi buscar? A sensação de que seu tempo é estrangulado, sem se dar conta de que é ele quem cultiva desassossego para si. Um amigo, sobrinho de um sábio do interior, costuma usar a imagem da trajetória errática e vã das formigas para ilustrar a ilusão que acomete o homem em movimentos inócuos e sem sentido, o esforço inútil. Não é à toa que se fale tanto na necessidade de ir com mais calma.  Afinal, nós nunca aceleramos tanto. Na ilusão de anteciparmos o futuro, roubamos o momento seguinte e deixamos de vivê-lo. Convivemos sem prestar atenção no outro, respiramos com sofreguidão, comemos sem sentir o sabor. Fugimos do presente, o único tempo que existe e sobre o qual criamos a referência para um passado reconstruído na memória e um futuro sonhado. Como parar e fazer nada? Como apenas ser, sem se debater por ter entrado em uma porta estranha? Há quem não consiga relaxar e, simplesmente, fazer nada. Alguém já disse que fazer nada não é a completa falta de ação, mas a ação feita com desapego, sem visar resultado para si mesmo. Há algo de bom em atingir esse momento em que só se é parte da paisagem e não um observador separado. Se ainda quiséssemos procurar um significado para a visita da pequena ave, poderíamos dizer que ela veio trazer o tema para estas linhas que você lê agora. Como se nos dissesse: que bom que vocês conseguiram uns dias de folga e vieram aqui, cuidar um do outro. Sejam bem-vindos a este momento e esqueçam o resto. Fui.

(NOGUEIRA, Paulo. Vida Simples, ed. 37. São Paulo: Abril, 2006. Disponível em http://mdemulher.abril.com.br/revistas/vidasimples/Edições/037/caminho/conteúdo_237474.shtml.)

Page 4: Português – Consulplan · 4 Português - Consulplan | 100 Questões Corrigidas e Comentadas 31. Em relação às características e recursos textuais apresentados, pode-se afirmar

4

Português - Consulplan | 100 Questões Corrigidas e Comentadas

31. Em relação às características e recursos textuais apresentados, pode-se afirmar que o texto em análise é predominantemente

a) informativo, apresenta informações fundamentais sobre determinado objeto, além de comentários e avaliações sobre ele.

b) argumentativo, isto é, apresenta e defende um ponto de vista por meio de argumentos tendo como objetivo convencer e persuadir.

c) social, é utilizado para denunciar a situação de um grupo, divulgar as ideias do autor sobre tal, constam argumentos em favor de uma proposta.

d) descritivo, em que há a constituição de um retrato verbal além da ausência de ação e relação de anterioridade ou posterioridade entre as frases.

32. Concernente à estrutura textual apresentada, pode-se afirmar que como estratégia para iniciar o texto utilizou-se

a) uma narração.b) a descrição de um tema.c) a apresentação de uma suposição lógica.d) a apresentação do assunto por meio de uma exposição.

33. Determinadas palavras podem funcionar como conectivos textuais, recuperando informações dadas e contribuindo para a coesão textual. Dentre as palavras/expressões destacadas nos segmentos a seguir pode-se observar tal função em:

a) “Ali não havia mistério.” (2º§)b) “De onde teria vindo essa ave?” (2º§)c) “Conseguimos uns dias de folga [...]” (1º§)d) “À noite, entrou pela janela um passarinho.” (1º§)

34. As palavras podem adquirir um novo significado, diferente do usual, de acordo com o contexto em que estão inseridas. Dentre os segmentos a seguir, identifique aquele em que NÃO ocorre o expresso anteriormente.

a) “Era apenas um bichinho assustado, [...]” (2º§)b) “[...] uma varanda abraçada por árvores [...]” (1º§)c) “A sensação de que seu tempo é estrangulado, [...]” (2º§)d) “[...] que se abre para um mar de morros verdes, [...]” (1º§)

35. Acerca dos vocábulos que iniciam os 2º e 3º parágrafos pode-se afirmar que indicam, na ordem em que aparecem,

a) explicação e justificativa.b) inclusão de um fato e comprovação deste fato.c) aceitação do fato e provocação de concordância.d) marco temporal e concordância com a conclusão apresentada.

36. “Resisti à ideia de lembrar que excremento de pássaro é sinal de boa fortuna em antigas tradições.” (2º§) De acordo com o segmento destacado anteriormente, pode-se afirmar que o autor

a) apresenta certa contrariedade ao fato de incorporar determinada crença em seu cotidiano.

Page 5: Português – Consulplan · 4 Português - Consulplan | 100 Questões Corrigidas e Comentadas 31. Em relação às características e recursos textuais apresentados, pode-se afirmar

5

Português - Consulplan | 100 Questões Corrigidas e Comentadas

b) ironiza acerca de grupos de pessoas que mantenham tradições em resistência à chegada do novo.

c) mostra-se contrário a quaisquer tipos de crenças que fujam de uma explicação com base científica.

d) preza pela preservação de determinadas tradições mesmo que sua índole investigativa diga o contrário.

37. Tendo em vista os vocábulos destacados a seguir, identifique corretamente o vocábulo sugerido para substituição de acordo com o significado atribuído.

a) “[...] árvores repletas de pássaros.” (1º§) / repugnantesb) “Augúrio? Sinal? Ali não havia mistério.” (2º§) / prediçãoc) “Ele se acalmou e parou para descansar no toucador.” (1º§) / beirald) “[...] acomete o homem em movimentos inócuos [...]” (2º§) / danosos

38. Dentre as variantes para o segmento: “Ali não havia mistério.”, assinale a que está de acordo com a correção gramatical caso o vocábulo “mistério” seja substituído por “mistérios”.

a) Ali não havia mistérios. b) Ali não existia mistérios. c) Ali não haviam mistérios.d) Ali não poderiam haver mistérios.

39. Considere o trecho a seguir: “Um amigo, sobrinho de um sábio do interior, costuma usar a imagem [...]” (2º§). Pode-se afirmar que as vírgulas foram empregadas com a mesma função vista em:

a) Ontem, segunda-feira, pude convencê-lo a mudar de atitude.b) Comandante, estamos todos prontos para iniciar os trabalhos.c) Persistindo tal problema, optaremos pela demissão em massa.d) Jamais soube o que era ter um lápis, um caderno, uma mochila, uma caneta.

40. O Manual de Redação Oficial apresenta “expressões a evitar” e “expressões de uso recomendável” para que tais documentos estejam dentro dos padrões considerados adequados. Indique E para “expressões a evitar” e R para “uso recomendável”.

( ) haja visto.( ) a nível de.( ) à medida que.( ) baseando-se em.( ) diante do exposto.A sequência está correta em

a) R, R, E, R, E.b) E, E, E, R, R.c) R, R, R, E, E.d) E, E, R, E, R.

Gabarito: 31. B 32. A 33. B 34. A 35. D 36. A 37. B 38. A 39. A 40. B

Page 6: Português – Consulplan · 4 Português - Consulplan | 100 Questões Corrigidas e Comentadas 31. Em relação às características e recursos textuais apresentados, pode-se afirmar

6

Português - Consulplan | 100 Questões Corrigidas e Comentadas

4. PREFEITURA MUNICIPAL DE CASCAVEL – PR – 2016 – AGENTE DE APOIO

Pergunta fatídica

  A fatídica pergunta “O que você quer ser quando crescer?”, feita para crianças já no final da infância ou até antes, é clássica e não muda. Algumas vezes, ela expressa apenas uma brincadeira, para que os pais se orgulhem da resposta que o filho dará e que os pais já sabiam que ele daria. Outras vezes, representa o anseio deles para oferecer ao filho um objetivo maior para a sua vida. E algumas vezes não passa de uma lição moralista a uma criança que resiste aos estudos.   “O que você quer ser quando crescer, menino? Se não for bom aluno, vai ficar desempregado ou ganhar muito pouco!”, já ouvi uma mãe dizer ao filho, desesperada com as notas escolares do garoto.  Mas, se a pergunta não muda, as respostas mudam, e muito. Já houve um tempo em que muitas crianças – garotas principalmente – queriam ser professoras. Meninos e meninas pensavam em ser engenheiros, médicos, advogados, cientistas. Hoje, é difícil ouvir essas respostas.  Quais são as profissões mais atraentes para eles atualmente? Antes de olhar para tal questão, é bom lembrar que as crianças sabem pouco sobre profissões; o que elas dizem querer é apenas um reflexo da percepção que têm a respeito do que o mundo lhes apresenta como importante e de grande reconhecimento ou remuneração.  Ser famoso e cultuado pelas mídias, se destacar na televisão ou internet e receber muito dinheiro parecem ser, hoje, os anseios de muitas delas. Cada vez mais crianças e adolescentes afirmam que, quando crescerem, querem ser blogueiros, modelos, artistas, chefes de cozinha, jogadores de futebol, “vlogueiros” etc. Como você pode perceber, caro leitor, são sempre atividades com grande projeção, mas que pouquíssimas pessoas conseguem alcançar. Só que isso as crianças não têm condição de entender.  Algumas delas acham que já são grandes e têm, na internet, blogs e canais de vídeos, um bom público, composto tanto de outras crianças quanto de adultos. É fácil entender os motivos que levam os mais jovens a serem frequentadores assíduos desses canais: estão isolados, sem espaços públicos para encontrar outras crianças e para brincar. A internet tornou-se, portanto, esse espaço para eles. Mas e quanto aos adultos? Será que estão ali por mera curiosidade? Ainda não sabemos.  O que sabemos é que muitas dessas crianças são tratadas como celebridades, estão bastante expostas e chegam a ganhar presentes de marcas e até dinheiro – algumas vezes, muito dinheiro – com o que chamam de “empresa”. E sempre com o apoio dos pais, é claro, porque precisam de uma grande infraestrutura para fazer o que fazem.  Será que isso é bom para elas? Depende do ponto de vista. Para quem acredita que sucesso, popularidade e ganhos financeiros fazem bem à criança, pode ser positivo. Mas não sabemos até quando. O sucesso e a fama são ondas que vêm e vão. Quando acabarem – e acabam! –, o que será desses meninos e meninas? Estão eles preparados para cair e se levantar? Na minha opinião, não. Se isso já é difícil para os adultos, imagine, caro leitor, para uma criança.  Para quem preza a infância dos filhos e prioriza o aprendizado da convivência deles com outras crianças, nada disso é bom, mesmo que eles digam que querem muito participar e que vários colegas fazem. Qual é o seu ponto de vista?

(Rosely Saião. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/roselysayao/2016/03/1754998-pergunta-fatidica.shtml.)

Page 7: Português – Consulplan · 4 Português - Consulplan | 100 Questões Corrigidas e Comentadas 31. Em relação às características e recursos textuais apresentados, pode-se afirmar

7

Português - Consulplan | 100 Questões Corrigidas e Comentadas

41. Para a autora do texto, a pergunta “O que você quer ser quando crescer?” (1º§) quando feita a uma criança pode ter vários objetivos, EXCETO:

a) Preocupar-se com o futuro do filho.b) Se orgulhar da resposta que o filho dará.c) Cobrar mais compromisso com os estudos.d) Mostrar ao filho que a responsabilidade de seu futuro envolve somente ele.e) Uma forma de demonstrar que os pais desejam algo promissor para os filhos.

42. “Se não for bom aluno, vai ficar desempregado ou ganhar muito pouco!” (2º§) Os termos anteriormente sublinhados exprimem a ideia de:

a) Alternância e adição. b) Causa e consequência.c) Condição e alternância.d) Conformidade e causa.e) Condição e consequência.

43. Das palavras sublinhadas, a seguir, assinale aquela em que o seu significado está correto, de acordo com o contexto empregado.

a) “Para quem preza a infância dos filhos e prioriza o aprendizado...” (9º§) – pretereb) “... o anseio deles para oferecer ao filho um objetivo maior para a sua vida.” (1º§) – aneloc) “Ser famoso e cultuado pelas mídias, se destacar na televisão ou internet...” (5º§) –

depreciadod) “É fácil entender os motivos que levam os mais jovens a serem frequentadores assíduos...”

(6º§) – esporádicose) “... é apenas um reflexo da percepção que têm a respeito do que o mundo lhes apresenta...”

(4º§) – falta de conhecimento

44. De acordo com o texto, assinale a alternativa INCORRETA.

a) A exposição na internet influencia no desenvolvimento da criança.b) Para as crianças as profissões mais atraentes estão ligadas à internet.c) As respostas das crianças em relação à profissão estão ligadas ao que elas conhecem do

mundo.d) Apesar da internet proporcionar um sucesso momentâneo, isso não afeta o emocional das

crianças que desfrutam dele.e) A ausência de espaço público para interação é um dos motivos que levam as crianças a

recorrerem aos canais na internet.

45. “É fácil entender os motivos que levam os mais jovens a serem frequentadores assíduos desses canais: estão isolados, sem espaços públicos para encontrar outras crianças e para brincar.” (6º§) No trecho destacado, os dos dois-pontos foram utilizados para

a) indicar um resumo do que foi dito antes.b) anunciar uma citação dentro de um discurso.c) anunciar as consequências do uso da internet.d) anunciar uma informação que se opõe à anterior.e) indicar as causas de um resultado anunciando anteriormente.

Page 8: Português – Consulplan · 4 Português - Consulplan | 100 Questões Corrigidas e Comentadas 31. Em relação às características e recursos textuais apresentados, pode-se afirmar

8

Português - Consulplan | 100 Questões Corrigidas e Comentadas

46. Assinale a alternativa em que o termo ou trecho sublinhado exerce a função sintática DIFERENTE dos demais.

a) “... o filho dará e que os pais já sabiam que ele daria.” (1º§)b) “Mas, se a pergunta não muda, as respostas mudam, e muito.” (3º§)c) “Outras vezes, representa o anseio deles para oferecer ao filho...” (1º§)d) “..., é bom lembrar que as crianças sabem pouco sobre profissões;...” (4º§)e) “Cada vez mais crianças e adolescentes afirmam que, quando crescerem,...” (5º§)

47. A autora encerra o texto com a seguinte pergunta: “Qual é o seu ponto de vista?” (9º§), pois tem a finalidade de

a) colocar dúvida quanto à sua conclusão.b) chamar a atenção do leitor para a discussão do texto.c) receber respostas dos leitores sobre seus pontos de vista.d) despertar no leitor uma reflexão sobre o que foi discutido no texto.e) deixar claro para o leitor que ele pode concordar ou discordar do ponto de vista da autora.

48. “Já houve um tempo em que muitas crianças – garotas principalmente – queriam ser professoras.” (3º§) O duplo travessão foi utilizado para

a) destacar uma conclusão.b) marcar uma enumeração.c) evidenciar “garotas principalmente”.d) despertar uma reflexão sobre um ponto específico do trecho.e) destacar uma explicação sobre o que foi anunciado anteriormente.

49. De acordo com o título do texto “Pergunta fatídica” é correto afirmar que o termo “fatídica” significa

a) trágica.b) sinistra.c) imprópria.d) reveladora.e) constrangedora.

50. “O que sabemos é que muitas dessas crianças são tratadas como celebridades, estão bastante expostas e chegam a ganhar presentes de marcas e até dinheiro – algumas vezes, muito dinheiro – com o que chamam de ‘empresa’.” (7º§) De acordo com a classe gramatical e o contexto empregado, as palavras sublinhadas se classificam, respectivamente, como:

a) Adjetivo, adjetivo e advérbio.b) Substantivo, advérbio e advérbio.c) Substantivo, adjetivo e preposição.d) Substantivo, advérbio e preposição.e) Substantivo, conjunção e preposição.

Gabarito: 41. D 42. C 43. B 44. D 45. E 46. C 47. D 48. C 49. D 50. B

Page 9: Português – Consulplan · 4 Português - Consulplan | 100 Questões Corrigidas e Comentadas 31. Em relação às características e recursos textuais apresentados, pode-se afirmar

9

Português - Consulplan | 100 Questões Corrigidas e Comentadas

5. PREFEITURA MUNICIPAL DE SABARÁ – MG – 2016 – FONOAUDIÓLOGO

Texto para responder às questões de 51 a 59.

Estradas para a perdição?

  Numa época em que quase todo mundo carrega um GPS facílimo de operar no bolso ou na bolsa, imagens de satélite nunca foram tão banais. Dois toques na tela do celular são suficientes para que o sujeito consiga examinar uma representação mais ou menos realista e atualizada da Terra vista do espaço.  Mesmo assim, uma forma inovadora de enxergar o nosso planeta, bolada por uma equipe internacional de cientistas, é capaz de deixar surpreso – e cabreiro – quem ainda tem um pouco de imaginação. O trabalho revela um globo retalhado por estradas, um “bolo planetário” cortado em 600 mil pedacinhos.  Note, aliás, que essa estimativa do número de fatias separadas pela ação humana provavelmente é conservadora – ainda faltam dados a respeito de certas áreas, o que significa que o impacto global das estradas deve ser ainda maior.  De qualquer jeito, se você achava que a Terra ainda está repleta de vastas áreas intocadas pela nossa espécie, pense de novo.  A pesquisa, que acaba de sair na revista “Science”, indica que mais da metade dos pedaços de chão não atravessados por estradas têm área de menos de 1 km², e 80% desses trechos medem menos de 5 km² de área. Grandes áreas contínuas (com mais de 100 km²), sem brechas abertas especificamente para o tráfego humano, são apenas 7% do total.  E daí? Decerto uma estradinha passando nas vizinhas não faz tão mal assim, faz? Muito pelo contrário, indica a literatura científica avaliada pela equipe do estudo, que inclui a brasileira Mariana Vale, do Departamento de Ecologia da UFRJ.  Para calcular as fatias em que o planeta foi picado, Mariana e seus colegas utilizaram como critério uma distância de pelo menos 1 km da estrada mais próxima – isso porque distâncias iguais ou inferiores a 1 km estão ligadas a uma série de efeitos negativos das estradas sobre os ambientes naturais que cortam.  Estradas são, é claro, vias de acesso para caçadores e gente munida de motosserras; trazem poluentes dos carros e caminhões para as matas e os rios; além de trazer gente, trazem espécies invasoras (não nativas da região) que muitas vezes deixam as criaturas nativas em maus lençóis. Considere ainda que estradas, em certo sentido, dão cria: a abertura de uma rodovia em regiões como a Amazônia quase inevitavelmente estimula a abertura de ramais secundários, dos quais nascem outras picadas, num processo que vai capilarizando a devastação. [...]

(Reinaldo José Lopes. Folha de S. Paulo. 18 de dezembro de 2016.)

Page 10: Português – Consulplan · 4 Português - Consulplan | 100 Questões Corrigidas e Comentadas 31. Em relação às características e recursos textuais apresentados, pode-se afirmar

10

Português - Consulplan | 100 Questões Corrigidas e Comentadas

51. Para compor o discurso dissertativo-argumentativo, o articulista utilizou alguns recursos referentes a tal tipo textual. Analise os elementos apresentados a seguir.

I – Exemplos.II – Digressões.III – Dados estatísticos.IV – Progressão temporal.V – Apresentação de fatos.VI – Consistência do raciocínio.

Dentre os elementos citados anteriormente, fazem parte da constituição do texto apresentado apenas

a) I, V e VI.b) I, III, IV e V.c) I, III, V e VI.d) II, III, IV e VI.

52. “As orações finais expressam um efeito visado, um propósito.” Assinale, a seguir, o trecho que exemplifica a ocorrência da oração a que se refere a assertiva anterior.

a) “[...] o que significa que o impacto global das estradas deve ser ainda maior.” (3º§)b) “Note, aliás, que essa estimativa do número de fatias separadas pela ação humana

provavelmente é conservadora [...]” (3º§)c) “Mesmo assim, uma forma inovadora de enxergar o nosso planeta, bolada por uma equipe

internacional de cientistas, [...]” (2º§)d) “Dois toques na tela do celular são suficientes para que o sujeito consiga examinar uma

representação mais ou menos realista e atualizada da Terra vista do espaço.” (1º§)

53. A expressão “um ‘bolo planetário’ cortado em 600 mil pedacinhos.” (2º§) apresenta a impressão do autor acerca da situação apresentada através do emprego de uma figura de linguagem que pode ser observada no exemplo dado em:

a) “Comerás o pão com o suor do teu rosto.”b) “A urbanização está destruindo os pulmões da cidade.”c) “Soube que é um pobre rapaz rico que não sabe nada da vida.”d) “Continuando o desmatamento não sobrará uma sombra de pé.”

54. O título do texto apresenta-se em forma de um questionamento. Em relação a tal pergunta é correto afirmar que

a) a resposta é apresentada de modo objetivo e direto.b) conclui-se que a resposta negativa advém da constatação de dados reais.c) a partir dos dados apresentados é possível identificar uma resposta positiva para a

indagação feita.d) caso fosse transformada em uma frase nominal, excluindo-se o ponto de interrogação, sua

adequação e sentido original seriam preservados.

Page 11: Português – Consulplan · 4 Português - Consulplan | 100 Questões Corrigidas e Comentadas 31. Em relação às características e recursos textuais apresentados, pode-se afirmar

11

Português - Consulplan | 100 Questões Corrigidas e Comentadas

55. Em “... dos quais nascem outras picadas,...” (8º§), o termo em destaque tem como referente que retoma um objeto introduzido no texto:

a) Outras picadas. b) Abertura de ramais. c) Ramais secundários.d) Regiões como a Amazônia.

56. É possível constatar no texto o emprego de uma variedade linguística informal através das expressões “bolada” e “cabreiro”, por exemplo. Ocorre, porém, que também é possível reconhecer o emprego da variedade culta ultraformal da língua através da expressão vista no trecho:

a) “[…] todo mundo carrega um GPS facílimo de operar no bolso ou na bolsa, […]” (1º§)b) “[…] essa estimativa do número de fatias separadas pela ação humana provavelmente é

conservadora […]” (3º§)c) “[…] mais da metade dos pedaços de chão não atravessados por estradas têm área de

menos de 1 km², […]” (5º§)d) “[...] indica a literatura científica avaliada pela equipe do estudo, que inclui a brasileira

Mariana Vale, do Departamento de Ecologia da UFRJ.” (6º§)

57. A expressão em destaque em “Estradas são, é claro, vias de acesso para caçadores [...]” (8º§) aparece entre vírgulas por indicar

a) elipse de verbo em estrutura de coordenação.b) uso de locução que expressa conexão discursiva.c) separação de oração coordenada de valor não aditivo.d) acréscimo de oração justaposta para registro de ato de fala.

58. No 3º§ do texto, o autor faz uma referência a dados anteriormente expressos aplicando, deste modo, recurso que contribui com a progressão textual. A respeito da organização das ideias neste parágrafo pode-se afirmar que

a) o autor assume que o posicionamento explicitado em relação à estimativa é hipotético.b) para o autor, os dados apresentados são ambíguos, permitindo interpretações variadas.c) a afirmação acerca do conservadorismo indica uma conclusão cuja certeza do autor pode

ser comprovada.d) indistintamente, a característica apresentada da ação humana reflete uma característica

pessoal do autor do texto de acordo com o posicionamento por ele assumido.

59. A locução empregada para introduzir o 2º§ estabelece, em relação ao parágrafo anterior, um sentido que seria preservado havendo substituição da mesma por:

a) Pois que.b) Visto que.c) Mas também. d) Não obstante.

Page 12: Português – Consulplan · 4 Português - Consulplan | 100 Questões Corrigidas e Comentadas 31. Em relação às características e recursos textuais apresentados, pode-se afirmar

12

Português - Consulplan | 100 Questões Corrigidas e Comentadas

Texto para responder às questões de 60 a 64.

Nick Vujicic: australiano sem braços e pernas passará em 5 cidades do Brasil em Outubro de 2016

  Histórias de superação são sempre fascinantes, porque nos mostram que vencer as dificuldades, por piores que elas sejam, é possível. A incrível e emocionante vida do australiano Nick Vujicic já tinha sido transformada em livros, e agora ele chega com uma turnê ao vivo entre 3 e 8 de outubro no Brasil. Já estão confirmadas as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo.  Nick Vujicic nasceu sem pernas e sem braços devido a uma síndrome rara, denominada tetra-amelia, que ocorre por falha na formação embrionária. Apesar de suas limitações, aprendeu a escrever com a boca, a digitar, nadar, mergulhar, surfar, jogar futebol, andar de skate, jogar golfe... Formou-se em Economia e Contabilidade, casou-se e é pai. Não satisfeito, tornou-se palestrante motivacional e escritor best-seller. Já falou para mais de seis milhões de pessoas, em 50 países, sendo sempre ovacionado pelo público.  “Sabe por que consigo fazer tudo isso? Porque não tenho medo de dificuldades e me esforço bastante!”, conta Nick, no seu livro Me Dá Um Abraço, lançado pela editora Mundo Cristão. Em oito capítulos ricamente ilustrados, o autor narra alguns acontecimentos que mais marcaram sua vida, sempre ressaltando a importância do amor e dos gestos daqueles que influenciaram positivamente sua trajetória. Logo no primeiro capítulo ele traz o emocionante relato sobre um encontro com uma garotinha de três anos de idade, que o olhava espantada, mas que, para a surpresa dele, aproximou-se para abraçá-lo com os braços para trás. “Que jeito mais especial de abraçar! Esticou o pescoço, apoiou a cabeça em meu ombro e pressionou seu pescoço de leve contra o meu. Nós nos abraçamos como duas girafas”, escreveu.

(Disponível em: https://noticias.terra.com.br/dino/nick-vujicic-australiano-sem-bracos-e-pernas-passara-em-5-cidades-do-brasil-em-outubro-de-2016,980ba27b0a6dc406c5664e4e45e0a12ad1jp4dqy.html.)

60. É possível identificar elementos que constituem um discurso subjetivo em:

a) “Formou-se em Economia e Contabilidade, casou-se e é pai.” (2º§)b) “[...] conta Nick, no seu livro Me Dá Um Abraço, lançado pela editora Mundo Cristão.” (3º§)c) “Histórias de superação são sempre fascinantes, porque nos mostram que vencer as

dificuldades, por piores que elas sejam, é possível.” (1º§)d) “Nick Vujicic nasceu sem pernas e sem braços devido a uma síndrome rara, denominada

tetra-amelia, que ocorre por falha na formação embrionária.” (2º§)

61. Dentre as estratégias de referenciação pode-se indicar a retomada do objeto já presente no discurso. Dentre os trechos a seguir, tal estratégia só NÃO pode ser identificada em:

a) “[...] que ocorre por falha na formação embrionária.” (2º§)b) “A incrível e emocionante vida do australiano Nick Vujicic [...]” (1º§)c) “Apesar de suas limitações, aprendeu a escrever com a boca, [...]” (2º§)d) “[...] e agora ele chega com uma turnê ao vivo entre 3 e 8 de outubro no Brasil.” (1º§)

Page 13: Português – Consulplan · 4 Português - Consulplan | 100 Questões Corrigidas e Comentadas 31. Em relação às características e recursos textuais apresentados, pode-se afirmar

13

Português - Consulplan | 100 Questões Corrigidas e Comentadas

62. As sugestões de alterações para os trechos selecionados a seguir apresentam mudança de pessoa verbal, dentre as sugestões pode-se afirmar que ocorre INADEQUAÇÃO gramatical apenas em:

a) “[...] o autor narra alguns acontecimentos [...]” (3º§) – tu narras alguns acontecimentos.b) “Nós nos abraçamos como duas girafas, [...]” (3º§) – Vós vos abraçastes como duas girafas.c) “Porque não tenho medo de dificuldades e me esforço bastante!” (3º§) – Porque não tendes

medo de dificuldades e te esforçais bastante!d) “Apesar de suas limitações, aprendeu a escrever com a boca, [...]” (2º§) – Apesar de nossas

limitações, aprendêramos a escrever com a boca.

63. Caso o termo “dificuldades” tivesse sido introduzido no texto anteriormente ao trecho “vencer as dificuldades” (1º§), haveria correção gramatical e coesiva sua substituição por:

a) Vencê-las. b) Vencê-lhes. c) Vencer-nas. d) Vencer-lhes.

64. Considerando a relação de regência verbal e o estudo da crase, assinale a alteração de “devido a uma síndrome rara” (2º§) em que há correção gramatical

a) devido à sintoma raro. b) devido à síndrome rara. c) de acordo à síndrome rara.d) em relação à uma síndrome rara.

Gabarito: 51. C 52. D 53. B 54. C 55. C 56. A 57. B 58. A 59. D 60. C 61. B 62. C 63. A 64. B

Page 14: Português – Consulplan · 4 Português - Consulplan | 100 Questões Corrigidas e Comentadas 31. Em relação às características e recursos textuais apresentados, pode-se afirmar

14

Português - Consulplan | 100 Questões Corrigidas e Comentadas

6. TRF – 2ª REGIÃO – ES/RJ – ANALISTA JUDICIÁRIO – APOIO ESPECIALIZADO MEDICINA CLÍNICA

Medo e preconceito

  O tema é espinhoso. Todos somos por ele atingidos de uma forma ou de outra, como autores ou como objetos dele. O preconceito nasce do medo, sua raiz cultural, psíquica, antropológica está nos tempos mais primitivos – por isso é uma postura primitiva –, em que todo diferente era um provável inimigo. Precisávamos atacar antes que ele nos destruísse. Assim, se de um lado aniquilava, de outro esse medo nos protegia – a perpetuação da espécie era o impulso primeiro. Hoje, quando de trogloditas passamos a ditos civilizados, o medo se revela no preconceito e continua atacando, mas não para nossa sobrevivência natural; para expressar nossa inferioridade assustada, vestida de arrogância. Que mata sob muitas formas, em guerras frequentes, por questões de raça, crença e outras, e na agressão a pessoas vitimadas pela calúnia, injustiça, isolamento e desonra. Às vezes, por um gesto fatal.  Que medo é esse que nos mostra tão destrutivos? Talvez a ideia de que “ele é diferente, pode me ameaçar”, estimulada pela inata maldade do nosso lado de sombra (ele existe, sim).  Nossa agressividade de animais predadores se oculta sob uma camada de civilização, mas está à espreita – e explode num insulto, na perseguição a um adversário que enxovalhamos porque não podemos vencê-lo com honra, ou numa bala nada perdida. Nessa guerra ou guerrilha usamos muitas armas: uma delas, poderosa e sutil, é a palavra. Paradoxais são as palavras, que podem ser carícias ou punhais. Minha profissão lida com elas, que desde sempre me encantam e me assombram: houve um tempo, recente, em que não podíamos usar a palavra “negro”. Tinha de ser “afrodescendente”, ou cometíamos um crime. Ora, ao mesmo tempo havia uma banda Raça Negra, congressos de Negritude... e afinal descobrimos que, em lugar de evitar a palavra, podíamos honrá-la. Lembremos que termos usados para agredir também podem ser expressões de afeto. “Meu nego”, “minha neguinha”, podem chamar uma pessoa amada, ainda que loura. “Gordo”, tanto usado para bullying, frequentemente é o apelido carinhoso de um amigo, que assim vai assinar bilhetes a pessoas queridas. Ao mesmo tempo, palavras como “judeu, turco, alemão” carregam, mais do que ignorância, um odioso preconceito.  De momento está em evidência a agressão racial em campos esportivos: “negro”, “macaco” e outros termos, usados como chibata para massacrar alguém, revelam nosso lado pior, que em outras circunstâncias gostaríamos de disfarçar – a grosseria, e a nossa própria inferioridade. Nesses casos, como em agressões devidas à orientação sexual, a atitude é crime, e precisamos da lei.  No país da impunidade, necessitamos de punição imediata, severa e radical. Me perdoem os seguidores da ideia de que até na escola devemos eliminar punições do “sem limites”. Não vale a desculpa habitual de “não foi com má intenção, foi no calor da hora, não deem importância”. Temos de nos importar, sim, e de cuidar da nossa turma, grupo, comunidade, equipe ou país. Algumas doenças precisam de remédios fortes: preconceito é uma delas.  “Isso não tem jeito mesmo”, me dizem também. Acho que tem. É possível conviver de forma honrada com o diferente: minha família, de imigrantes alemães aqui chegados há quase 200 anos, hoje inclui italianos, negros, libaneses, portugueses. Não nos ocorreria amar ou respeitar a uns menos do que a outros: somos todos da velha raça humana. Isso ocorre em incontáveis famílias, grupos, povos. Porque são especiais? Não. Simplesmente entenderam que as diferenças podem enriquecer.

Page 15: Português – Consulplan · 4 Português - Consulplan | 100 Questões Corrigidas e Comentadas 31. Em relação às características e recursos textuais apresentados, pode-se afirmar

15

Português - Consulplan | 100 Questões Corrigidas e Comentadas

  Num país que sofre de tamanhas carências em coisas essenciais, não devíamos ter energia e tempo para perseguir o outro, causando-lhe sofrimento e vexame, por suas ideias, pela cor de sua pele, formato dos olhos, deuses que venera ou pessoa que ama. Nossa energia precisa se devotar a mudanças importantes que o povo reclama. Nestes tempos de perseguição, calúnia, impunidade e desculpas tolas, só o rigor da lei pode nos impedir de recair rapidamente na velha selvageria. Mudar é preciso.

(LUFT, Lya. 10 de setembro, 2014 – Revista Veja.)

65. Segundo pode-se apreender do texto, a agressividade humana

a) é tanto pior quanto física numa bala nada perdida.b) desarmoniza-se com o manto de civilização com que nos vestimos.c) é uma instância urdida como fator necessário e insubstituível para a sobrevivência.d) atenua-se por uma ansiedade irracional que tem sua gênese nas relações interpessoais.

66. Leia as frases seguintes. Em uma delas há INCORREÇÃO quanto à ortografia das palavras. Assinale-a.

a) O não preconceito seria bem vindo para que os homens tivessem mais paz no seu dia-a-dia.

b) O preconceito é arqui-inimigo da paz entre os homens, inquieta os espíritos e promove o desequilíbrio social.

c) O preconceito é algo tão arraigado no homem que, para alguns, é extremamente penosa a lide com a diversidade.

d) Medo e preconceito se inter-relacionam desde o surgimento do homem. Urge mudar esse destino a que o homem está fadado.

67. Segundo o texto, as atitudes preconceituosas

a) surgem do açodamento nas relações humanas.b) foram e serão sempre comportamentos inescrutáveis.c) podem surgir do medo ou da não aceitação da diversidade.d) perenizaram-se por arraigarem-se ao homem tornando-se inelidíveis.

68. “Precisávamos atacar antes que ele nos destruísse.” (1º§) A expressão “antes que” estabelece, entre as orações, uma relação de

a) tempo.b) condição.c) finalidade.d) concessão.

69. “Nessa guerra ou guerrilha usamos muitas armas...” (3º§) A forma verbal que apresenta a mesma transitividade da sublinhada na frase anterior está destacada em:

a) “O preconceito nasce do medo, sua raiz cultural, psíquica, antropológica…” (1º§)b) “Algumas doenças precisam de remédios fortes: preconceito é uma delas.” (5º§)c) “No país da impunidade, necessitamos de punição imediata, severa e radical.” (5º§)d) “... palavras como ‘judeu, turco, alemão’ carregam, mais do que ignorância, um odioso

preconceito.” (3º§)

Page 16: Português – Consulplan · 4 Português - Consulplan | 100 Questões Corrigidas e Comentadas 31. Em relação às características e recursos textuais apresentados, pode-se afirmar

16

Português - Consulplan | 100 Questões Corrigidas e Comentadas

70. Em qual frase a seguir NÃO se cometeu erro de concordância nominal?

a) Os alunos acabam sendo bastantes estimulados a não seguirem regras.b) Em determinados casos as punições deveriam ser o mais duras possíveis.c) Descobriram várias firmas fantasma na metrópole que incitavam o racismo.d) Nas sociedades antigas olhos verde-claro eram mais aceitos do que olhos negros.

71. Assinale a opção em que o “a” sublinhado nas duas frases deve receber o acento grave indicativo de crase.

a) Fui a casa de meu pai. Lá, algumas pessoas preconceituosas ficaram a distância.b) O professor se referiu a todos que estavam presentes. Eles ficaram frente a frente.c) O mérito foi dedicado a eles. Os supervisores chegaram a uma hora em ponto na escola.d) Os estudantes vestiram-se a Momo. Eles foram barrados pelos seguranças a entrada do

salão de baile.

72. De acordo com o texto, a relação “medo e preconceito”

a) explica um problema só elidível através de ação.b) inviabiliza qualquer análise racional de preconceitos.c) valida o preconceito, justificando a relativização de ações penais.d) autoriza o comportamento de alunos sem limites, pois são frutos do sistema.

Gabarito: 65. B 66. A 67. C 68. A 69. D 70. C 71. D 72. A