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  • Fluidizao OP I Prof. Gabriela Rosa

    FLUIDIZAO

    Observado quando os slidos so submetidos passagem vertical e ascendente de um fluido

    distribudo uniformemente no leito, sem que as partculas sejam arrastadas junto com o fluido.

    Aplicaes:

    Secagem;

    Mistura;

    Revestimento de partculas;

    Aglomerao de ps;

    Aquecimento e resfriamento de slidos.

    Diagrama de Gildart (tipos de regimes fluidodinmicos):

    Curva caracterstica da fluidizao homognea

  • Fluidizao OP I Prof. Gabriela Rosa

    PARMETROS IMPORTANTES

    1) ALTURA DO LEITO POROSO

    Quando o fluido atravessa o leito poroso e inicia-se a fluidizao, temos um aumento da

    porosidade do leito e um aumento da altura do leito.

    2) QUEDA DE PRESSO

    Quando a fluidizao comea, a queda de presso no leito contrabalana a fora da gravidade

    nos slidos. A fora resistiva iguala-se ao peso aparente da fase particulada por unidade de volume,

    entendendo-se por peso aparente o peso das partculas menos o peso do fluido ascendente

    (empuxo).

    3) VELOCIDADE DE MNIMA FLUIDIZAO

    O leito somente fluidizar a partir de um certo valor de velocidade do fluido ascendente,

    definida como velocidade mnima de fluidizao (qmf). No ponto mnimo de fluidizao a queda de

    presso no leito dada pela equao de Ergun:

    Multiplicando por :

    1(1 1) = 2(1 2)

    = (1 )( ). g = 150

    (1)

    () . + 1,75 [

    (1)

    ()

    ] .

    .

    (1 )

  • Fluidizao OP I Prof. Gabriela Rosa

    CASOS LIMITES:

    Se Rep,mf < 20 2 termo desprezvel

    Se Rep,mf > 1000 2 termo preponderante

    Equao WEN e YU

    , = [33,7 + 0,0408 ( )

    ]

    12

    33,7

    , =()

    150

    ().

    [

    (1)]

    , =()().

    1,75

    1) Planeja-se uma experincia de laboratrio em leito fluidizado com um tubo de 12 cm de

    dimetro. As partculas apresentam um dimetro mdio dp=43 (=0,7) e a densidade 3,2 g/cm.

    A porosidade na mnima fluidizao estimada em 0,49. O gs tem as propriedades do ar a 120 oC e 1

    atm. Estimar:

    a) A massa de slidos para se ter uma queda de presso na fluidizao de 70 cm de gua e a altura

    de slidos correspondente a mnima fluidizao;

    b) A vazo mssica do gs a 2,5 vezes a mnima fluidizao (kg/h);

    c) A vazo mssica do gs que ocasiona o arraste das partculas.

    2) Considere a existncia de um gaseificador de bancada do tipo leito fluidizado de 7,8 cm de

    dimetro, o qual se utiliza de areia (s= 2650 kg/m; dp= 205 m; =0,86), como particulado

    inerte. Realizou-se um ensaio de fluidizao utilizando-se 8,5 kg de areia de modo a obter valores de

    queda de presso em funo da vazo de ar seco (= 1,129 kg/m; = 1,31.10-5 Pa.s), cujos

    resultados para valores decrescentes de vazo esto na tabela a seguir. Dessa maneira, pede-se:

  • Fluidizao OP I Prof. Gabriela Rosa

    Velocidade mssica do gs (lbm/fth)

    Queda de presso no leito (lb/ft)

    Altura do leito (ft)

    228 200 1,51

    194 190 1,4

    160 187 1,34

    142 184 1,29

    127 181 1,26

    109 179 1,22

    94,7 166 1,21

    82,8 137 1,21

    69,1 115 1,21

    55,3 90,6 1,21

    41,2 67,5 1,21

    27,6 45,6 1,21

    14,2 22,8 1,21

    7,95 11,4 1,21

    a) a classificao de Geldart para a areia;

    b) a curva caracterstica da fluidizao e, a partir dela os

    valores experimentais de queda de presso, em cm H2O, a

    velocidade superficial do gs, em cm/s, e a altura do leito, em cm,

    em condies de mnima fluidizao;

    c) o valor da queda de presso (-P), em cm H2O, em condies

    de mnima fluidizao, considerando-a igual ao peso aparente do

    leito (compare o valor obtido com aquele encontrado no item b);

    d) o valor da frao de vazios em condies de mnima

    fluidizao, utilizando o resultado do item b;

    e) a velocidade superficial do gs na condio de mnima

    fluidizao utilizando-se a equao de Ergun e o valor da queda

    de presso obtida experimentalmente.

    Q (m/h) -P (cm H2O) H (cm)

    3,7 178 152

    3,5 178 152

    3,3 177 152

    3,1 171 151

    2,9 164 150

    2,7 156 148

    2,5 144 144

    2,3 132 140

    2,1 120 137

    1,9 110 133

    1,4 80 131

    3) Os seguintes dados foram obtidos para a fluidizao de ar com catalisador Fischer-Tropsch

    (massa de slidos 7234 g, operao 91oF e presso atmosfrica, dimetro do tubo 4, massa especfica

    do slido 5 g/cm).

    a) Determinar .dp do sistema a partir dos dados de leito fixo;

    b) Determinar atravs dos dados experimentais a porosidade e a velocidade de mnima

    fluidizao;

    c) Estimar o valor da velocidade na mnima fluidizao atravs de correlaes fornecidas pela

    literatura e comparar com valor experimental.

  • Fluidizao OP I Prof. Gabriela Rosa

    LEITO DE JORRO

    Desenvolvido em 1954 por Mathur e Gishler, o leito de jorro consiste basicamente de uma

    coluna cilndrica de base cnica, contendo partculas slidas de um tamanho considervel, maiores

    que 1mm, e de orifcio de entrada do fluido localizado na parte inferior central da base cnica. o

    leito de jorro apresenta vantagens na transferncia de calor e massa em comparao a outros

    equipamentos de mesma finalidade. Aplicaes:

    Secagem (cereais, pastas)

    Gaseificao de carvo

    Granulao;

    Aquecimento;

    Resfriamento;

    Recobrimento.

    1) VELOCIDADE DE MNIMO JORRO

    Nas condies de altura mxima de jorro estvel, a velocidade superficial do fluido

    aproximadamente igual a velocidade na situao de mnima fluidizao. Dada por:

    Correlaes para a predio da velocidade superficial o fluido em jorro mnimo (leitos

    cilndricos):

    2) MXIMA QUEDA DE PRESSO E QUEDA DE PRESSO EM JORRO MNIMO

    (1 )( ) = 150 (1 )

    () . + 1,75 [

    (1 )

    ()

    ] .

    = (

    ) (

    )

    1 3

    [2 (

    1)] 1 2

    (1955)

    Observaes: Dc = 15,2 cm; Di = 0,95 cm; = 85 0,60 mm < dp < 6,4 mm 1,10 g/cm < < 2,70 g/cm = 1

    = (1 )( )

  • Fluidizao OP I Prof. Gabriela Rosa

    (1965) =

    Observaes : Dimetro da coluna: 10,16 cm;

    15,24 cm; 22,86 cm; 30,48 cm;

    base cnica =60 ; 0,74 mm < dp < 3,68 mm ; 0,92 g/cm < s < 2,67 g/cm ; 0,84 < < 1

    4) Em uma determinada propriedade agrcola foi colhida uma safra de arroz, a qual apresentou

    dimetro mdio de partcula 4,0 mm, esfericidade 0,8 e massa especfica 1,21 g/cm. Deseja-se

    secador o arroz em um leito de jorro cilndrico, cujo dimetro igual a 15,24 cm, e o dimetro do

    orifcio de acesso do fluido ao leito igual a 2,54 cm. Sabe-se que o valor da porosidade do leito

    expandido igual a 0,5 e a altura do leito e partculas em condies de jorro estvel igual a 57 cm.

    ( T ambiente = 20C). Pede-se:

    a) a classificao de Geldart para a partcula de arroz;

    b) o valor da velocidade superficial do gs em condies de jorro mnimo;

    c) o valor da mxima queda de presso oferecida pelo leito;

    d) o valor da queda de presso em condies de jorro mnimo oferecida pelo leito;

    e) fornea o valor da potncia o soprador para, apenas, suportar a carga do leito, de rendimento

    igual a 50%, para vazo e gs 20% superior quela em condies de jorro mnimo.

    5) Ensaios realizados em um leito e jorro cilndrico, cujo dimetro igual a 20,4 cm e o dimetro

    do orifcio de acesso do fluido ao leito, igual a 3,4 cm, foram utilizados para avaliar a sua

    fluidodinmica a frio (ar a 25C), utilizando-se partculas de soja como material teste, as quais

    apresentaram, como dimetro mdio de partcula, esfericidade e massa especfica, os valores de

    6,0 mm, 0,98 e 1,19 g/cm, respectivamente. Sabe-se que o valor da porosidade do leito expandido

    igual a 0,41 e a altura do leito de partculas em condies de jorro estvel igual a 35 cm. Pede-se:

    a) o valor da velocidade superficial do gs em condies de jorro mnimo;

    b) o valor da mxima queda de presso oferecida pelo leito;

    c) o valor da queda de presso em condies de jorro mnimo oferecia pelo leito;

    d) fornea o valor da potncia do soprador somente para suportar a carga do leito, de

    rendimento igual a 57%, para vazo de gs 30% superior aquela em condies de jorro mnimo.