Apostila-Linguagens_de_Códigos_-_Lingua_Portuguesa

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Língua Portuguesa Língua Portuguesa

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LínguaPortuguesaLíngua Portuguesa

Fonética

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Lín

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ortu

gu

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FonéticaFonéticaFonéticaFonéticaFonética

O propósito de estudarmos alguns aspectos da fonética, nesta unidade, é o de resolver alguns problemas de ortografia,acentuação gráfica, separação silábica e também a prosódia dos vocábulos.

Você verá que esses conhecimentos representam pré-requisitos para outros que, certamente, contribuirão paraapropriação da fala e da escrita — objetivo maior do estudo das normas da língua na escola.

FONÉTICA

LETRA E FONEMA

O fonemafonemafonemafonemafonema é a menor unidade distintiva da palavrapercebida pela audição, e letra o símbolo gráfico querepresenta o fonema. Em outras palavras, podemos dizerque fonema é o somsomsomsomsom da letraletraletraletraletra.

É preciso observar, no entanto, que há palavras quepossuem mais letras que fonema. Observe:

––––– CHACHACHACHACHAVEVEVEVEVE → nela, encontramos 5 letras, mas apenas 4fonemas: / X A VEX A VEX A VEX A VEX A VE /.

Pode também acontecer o contrário. Veja o que acontececom a palavra:

––––– FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO → encontramos 4 letras, mas 5 fonemas / F I KF I KF I KF I KF I KS OS OS OS OS O/.

Como se pode perceber, nem sempre o número defonemas de uma palavra corresponde ao número de letrasque usamos para escrevê-la e vice-versa.

É interessante observar também que alguns fonemassão representados por letras diferentes. É o caso dosfonemas / sssss /, / zzzzz /, / j j j j j / e / xxxxx /.*

ObserveObserveObserveObserveObserve

a) O fonema / sssss / pode ser representado pelas seguintesletras: sssss ( cansssssar ), ssssssssss ( passssssssssado ), ççççç ( calçado ), scscscscsc( crescer ), ccccc ( celeiro ) e x x x x x ( exxxxxceção ).

b) O fonema / zzzzz / pode ser apresentado pelas letras :zzzzz ( azzzzzaléia ), sssss ( asssssa ) e x x x x x ( exxxxxato ).

c) O fonema / x x x x x / pode ser representado pelas letras xxxxx( faixxxxxa ) e chchchchch ( chchchchcheiro ).

Os fonemas devem ser escritos sempre entre barras.

CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS

Os fonemas classificam-se em vogais, semivogais econsoantes.

Os fonemas vogais são produzidos sem obstáculos àpassagem de ar.

É bom lembrar que consideramos vogalvogalvogalvogalvogal somente ofonema pronunciado com maior intensidade e semivogalsemivogalsemivogalsemivogalsemivogalos fonemas, geralmente / iiiii / eeeee / uuuuu / , quando juntos deuma vogal e com ela formam sílaba.

EXEMPLOSEXEMPLOSEXEMPLOSEXEMPLOSEXEMPLOS:

––––– sérIEIEIEIEIE : I I I I I → semivogal + EEEEE → vogal––––– fOIOIOIOIOI : O O O O O → vogal + IIIII → semivogal

Outras vogais podem funcionar como semivogal. É ocaso de:

––––– sÃOÃOÃOÃOÃO : A A A A A → vogal + OOOOO → semivogal

Por outro lado , os fonemas / iiiii / e / u u u u u / , às vezes ,também podem ser vogais. Veja:

––––– caÍÍÍÍÍda → baÚ Ú Ú Ú Ú → saÚÚÚÚÚde → raIIIIInha

Os fonemas consoantesconsoantesconsoantesconsoantesconsoantes são produzidos comobstáculos à passagem de ar. É o que acontece quandopronunciamos por exemplo, os fonemas / ppppp / , / bbbbb /, / f f f f f /, etc.

ENCONTROS VOCÁLICOS

Temos os seguintes encontros vocálicos:a)a)a)a)a) ditongoditongoditongoditongoditongo – é o encontro de uma vogal + uma semivogal

ou vice-versa, na mesma sílaba.EXEMPLOSEXEMPLOSEXEMPLOSEXEMPLOSEXEMPLOS:

––––– OIOIOIOIOIto → OIOIOIOIOI – to : OOOOO → vogal + IIIII → semivogal––––– remédIOIOIOIOIO → re – mé – dIOIOIOIOIO : IIIII → semivogal + → OOOOO

vogal.

De acordo com o posicionamento da vogal e dasemivogal os ditongos classificam-se :

* Lê-se : / sssss / (sêsêsêsêsê), / zzzzz / (zêzêzêzêzê) , / jjjjj / ( jêjêjêjêjê) e / xxxxx / (xêxêxêxêxê)

Fonética

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a) crescentes → semivogal + vogal = cá - rieieieieie

b) decrescentes → vogal + semivogal = boioioioioi

Eles podem ser também oraisoraisoraisoraisorais, quando, na produçãodo som, o ar é expelido totalmente pela boca ( pausa , coisa, etc ) e nasaisnasaisnasaisnasaisnasais, quando, na produção de som, parte dele éexpelido pelas fossas nasais ( mão , não , rojão , etc. ).

b) tritongotritongotritongotritongotritongo – é o encontro da semivogal + vogal + semivogal.

Exemplos:UUUUU → semivogal

––––– UrugUAI UAI UAI UAI UAI → U – ru – gUAI UAI UAI UAI UAI : AAAAA → vogalIIIII → semivogal

UUUUU → semivogal––––– ParagUUUUUAIAIAIAIAI → Pa – ra – gUUUUUAIAIAIAIAI : AAAAA → vogal

IIIII → semivogal

c)c)c)c)c) hiatohiatohiatohiatohiato – é o encontro de vogal + vogal formando sílabasseparadas.

Exemplos:

––––– maresIAIAIAIAIA → ma – re – sIIIII – AAAAA → I I I I I = vogal + AAAAA = vogal––––– SAAAAAAAAAAra → SA A A A A – A A A A A – ra → AAAAA = voga + AAAAA = vogal

ENCONTROS CONSONANTAIS

Os encontros consonantais são agrupamentos de duasou mais consoantes ( pronunciadas) na mesma sílaba ouem sílabas separadas.

EXEMPLOSEXEMPLOSEXEMPLOSEXEMPLOSEXEMPLOS:

––––– CRCRCRCRCRedo → CRCRCRCRCRe – do → CCCCC consoante pronunciada +RRRRR → consoante pronunciada na mesma sílaba.

––––– poRRRRRTTTTTa → poRRRRR –TTTTTa → RRRRR consoante pronunciada + TTTTT→ consoante pronunciada em sílabas diferentes.

DÍGRAFOS

Os dígrafos são conjuntos de letras que representamapenas um fonema, isto é, um som.

Os principais dígrafos são representados por:

––––– CH CH CH CH CH – chchchchchave––––– LHLHLHLHLH – telhlhlhlhlha––––– NHNHNHNHNH – manhnhnhnhnhã––––– XCXCXCXCXC – excxcxcxcxceder––––– SÇ SÇ SÇ SÇ SÇ – masçsçsçsçsça––––– GUGUGUGUGU – gugugugugueixa––––– QUQUQUQUQU – quququququeijo

––––– RRRRRRRRRR – arrrrrrrrrroz––––– SSSSSSSSSS – pássssssssssaro––––– SC SC SC SC SC - nascscscscscer

Observe que em palavras como:

––––– carrrrrrrrrro → a representação gráfica RRRRRRRRRR tem apenas umsom de RRRRR forte.

––––– freguguguguguesia → note que o U U U U U não é pronunciado.

Nota 1Nota 1Nota 1Nota 1Nota 1 : O mmmmm e o nnnnn , quando estão em final de sílaba,não são consoantes, mas sinais de nasalização, ou seja,indicam que as vogais anteriores a eles são nasais.

VEJAVEJAVEJAVEJAVEJA:––––– canja / ããããã /, lindo / iiiii / , pondo / õõõõõ / , mundo / uuuuu / .

Nota 2Nota 2Nota 2Nota 2Nota 2 :

––––– agüüüüüentar → U pronunciado → ditongo––––– guguguguguerra → U não pronunciado → dígrafo––––– nascscscscscer → apenas um fonema → dígrafo––––– frescscscscsco → dois fonemas → encontro consonantal

DIVISÃO SILÁBICA

A divisão silábica deve ser feita pelos impulsos da fala,não se devendo preocupar com os elementos queconstituem sua etimologia.

No entanto, devemos observar:a) não podemos separar os ditongos, os tritongos e alguns

dígrafos (CHCHCHCHCH , LHLHLHLHLH , NHNHNHNHNH , QUQUQUQUQU e GUGUGUGUGU);b) ficam em sílabas separadas os hiatos e os dígrafos SSSSSSSSSS,

RRRRRRRRRR, SCSCSCSCSC , XCXCXCXCXC e SÇ;SÇ;SÇ;SÇ;SÇ;c) toda consoante no interior da palavra , que não estiver

acompanhada de vogal , deve ficar na sílaba anterior.EXEMPLOSEXEMPLOSEXEMPLOSEXEMPLOSEXEMPLOS:

––––– egípcio = e- gíp- cio––––– absoluto = ab – so- lu –to

LINGUAGEM, LÍNGUA E FALA

A palavra linguagem possui uma significação muitoextensa. Ela está sempre associada a fenômenoscomunicativos. Como o homem é um ser social, estásempre estabelecendo processos de comunicação.

É possível optar por diferentes formas de expressão.Assim, cada indivíduo pode fazer um uso próprio da língua,dando-lhe um caráter personalizado. A essa forma particularde empregar a linguagem damos o nome de fala. fala. fala. fala. fala. Veja:

––––– “O amor é ferida que dói e não se sente.”––––– “O amor é legal pra caramba.”

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01- Os problemas fonéticos do Cebolinha podem criar problemas de outra natureza ...

02- Uma mudança fonética pode ajudar a vender mais ...“O XYZ não é mais caro. É mais carro”. (anúncio de automóvel)

03- Letras diferentes podem representar um mesmo fonema em contextos bem engraçados...“Nunca confie numa mulher que diz sua verdadeira idade. Se ela diz isso, é capaz de di(z)er qualquer coi(s)a”. (OscarWilde)“Se quiser que o mundo (s)aiba de uma determinada história, escolha a pe(ss)oa (c)erta, conte e pe(ç)a segredoabsoluto”. (Danuza Leão)“O (c)a(qu)i não passa de um tomate diabético”. (Max Nunes)

As diferenças observadas nas frases acima devem-seàs diferentes manifestações da fala fala fala fala fala de cada um. Obviamenteé necessário que se obedeçam às regras gerais da línguaportuguesa, a fim de que os enunciados possam sercompreendidos por todos.

VARIEDADES LINGÜÍSTICAS

As variações lingüísticas decorrem de situaçõesgeográficas e culturais. Além delas, as diferenças ainda sãomotivadas pelo chamados níveis de linguagem. Paracompreender melhor , basta que você observe seu própriojeito de falar, conforme a situação em que se encontra.Não se fala com uma autoridade da mesma forma que seconversa com um amigo íntimo. Da mesma forma, épossível observar diferenças de l inguagem entreengenheiros, advogados, pedreiros, condicionadas pelas

situações que vivenciam em seu trabalho. Certamente, essesprofissionais mudam o jeito de falar quando se encontramem situações informais.

A primeira grande distinção decorrente da existênciados níveis de fala é a que faz entre a língua cultalíngua cultalíngua cultalíngua cultalíngua culta e alíngua popularlíngua popularlíngua popularlíngua popularlíngua popular (informal, coloquial ).

L íngua cul taL íngua cul taL íngua cul taL íngua cul taL íngua cul ta → é empregada por usuár iosescolarizados e prende-se às normas da gramáticatradicional.

Língua popular Língua popular Língua popular Língua popular Língua popular → é empregada pelo povo, de modogeral, e não se preocupara com a “correção” gramatical.

Pode-se ainda falar num outro nível lingüístico: a língualiterária. Esta modalidade distingue-se das demais pelacapacidade de produzir prazer estético, além da simplescomunicação. Caracteriza-se pela elaboração artística docódigo lingüístico, visando a finalidades expressivas ecriativas.

(UCS – RS) A alternativa em que todas as palavrasapresentam separação correta de sílabas é:

a) ex-ce-cão, cre-sci- men-to, pro-fes-sor;b) ins-tru-ção, ex-ci-tar, eu-ro-pe-u;c) ex-ce-len-te, a-vi,ão, me-io;d) pers-pe-cti-va, am-bí-guo, trans-por-te;e) rit-mo, dig-no, ap-to

Resposta comentada – A alternativa em que todas aspalavras estão corretamente separadas em sílabas é a e.e.e.e.e.Na alternativa “a”, a palavra “crescimento” foi separada

erradamente. Na “b”, é a palavra “eu-ro-peu”; na “c”, apalavra “mei-o”; na “d”, é a palavra “pers-pec-ti-va” que foidividida erradamente.

Assinale a alternativa que apresenta tritongo, hiato, ditongoe dígrafo, nessa ordem:

a) quais, saúde, perdoe, álcool;b) cruéis, mauzinho, quais, psique;c) quão, mais, manduí, quieto;d) agüei, caos, mágoa, chato;e) n.d.a.

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Resposta comentada – A resposta correta é a “d”.Observe: a-güei → tritongo

ca-os → hiatomá-goa →ditongocha-to →dígrafo

Marque a opção em que todas as palavras apresentamum dígrafo:

0303030303

a) fixo, auxílio, tóxico, exame;b) enxergar, luxo, bicho, olho;c) bicho, passo, carro, banho;d) choque, sintaxe, unha, coxa.

Resposta comentada - A opção correta é a letra “c”, queapresenta os dígrafos CH, SS, RR e NH.

Leitura e Interpretação

MODISMO NA LINGUAGEM ÉINDIGÊNCIA INTELECTUAL

( J. D. Freitas Neto)

Diz–se que modismo é hábito arraigado na mentalidadede povo sem cultura própria. Não chegando a tanto, achoque, no mínimo, o modismo encobre uma inegável falta deimaginação, de pobreza de espírito criado e , no caso dalinguagem, de pobreza vocabular.

Nas décadas de 40 e 50, quando ainda existia atelevisão, o cinema era o grande instrumento gerador deexpressões , de ditos que marcavam a linguagem popular.Quem não se lembra de “ Terra é sempre terra”, “Amanhãserá outro dia’’, que o filme ... E o vento levou E o vento levou E o vento levou E o vento levou E o vento levou trouxepara o dicionário do homem comum ?

A música popular também consagrou expressões quese eternizaram, Amélia, mulher de verdade, mulher demalandro, saçaricando ...

Mas, de tempos para cá, o jargão dos economistas edos planejadores passou a estereotipar a conversa dospolíticos e dos empresários.

Ponto de vista hoje é “colocação’’. Tudo é analisado“nível’’ de qualquer coisa; a sociedade é vista sempre “ comoum todo’’, como se não fosse coletivo; pedaço ou camadade qualquer coisa é sempre “segmento” e tudo é feito na“medida em que”.

Certa vez, o senhor Delfim Netto, que apesar de tudoé homem inteligente, disse que determinado fato eraextremamente importante. Foi o que bastou. O país, no diaseguinte, amanheceu dizendo “extremamente” para tudo... Foram proscritos do vocabulário o muitomuitomuitomuitomuito, o demasiadodemasiadodemasiadodemasiadodemasiado,o excessivamenteexcessivamenteexcessivamenteexcessivamenteexcessivamente e outros termos correlatos.

Não conheço Português, não sou filólogo, nemgramático. Apenas a vivência de mais de 20 anos comoDiretor de Redação de jornal me dá o necessário bomsenso para constatar que o modismo na linguagem, usadosistematicamente, é expressão de acabada indigênciaintelectual.

Há poucos dias, vendo na televisão reportagem feitaem uma feira livre, fui agradavelmente surpreendido com aresposta de um feirante, um homem simples, que disse àrepórter que lhe perguntou se os preços dos produtoshortigranjeiros haviam subido em razão da estiagem: “ Anível de tomate não houve alta”... Ele também tem direito,pensei, está no contexto nacional (lembra do inserido nocontexto?).

Sem nenhuma animadversão à classe dos economistas,sou forçado a admitir que são eles os grandes fornecedoresdo modismo nacional. O alocar recursos ( o inglês dizalocation e alocatealocation e alocatealocation e alocatealocation e alocatealocation e alocate, nos livros em que eles – osenonomistas tupiniquins – estudaram ) não tem a mínimarazão de ser. Em português locam-se recursos financeiros,loca-se pessoal, locam-se imóveis, etc.

Por falar em recursos financeiros, os leitores já viramque atualmente os tais recursos financeiros sempre são “daordem de”? Aí, no caso, ordem é patamar de valor: daordem de um milhão, da ordem de quinhentos milhões,entra com números redondos. Mas é usado (pois quem sórepete não compreende) como da ordem de vinte e setemilhões, quatrocentos e quarenta e oito mil e dezenovecruzados. Em números redondos ...

Em um país que tem a língua de maior riqueza vocabularé desperdício intolerável se ater a formas de expressãorepetitivas, amarradas à meia dúzia de palavras o mais dasvezes usadas no sentido errado. E os neologismos? Os pri-orizar, maximizar, os otimizar, os parabenizar, et caterva et caterva et caterva et caterva et caterva ?Bom , mas esse seria assunto para outra conversa.

(In O Estado do Paraná, Curitiba , 17/07/ 998)

Sobre o texto :

a) Segundo o narrador, a fala é antes de tudo imitação. Provecom passagens do texto.

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b) De acordo com o texto, alguns profissionais têminfluenciado a nossa fala mais que os outros. Por quê?

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c) O narrador emprega no texto a expressão “indigênciaintelectual’’. Discuta com seus colegas e, depois,empregue suas palavras para explicar o significado dessaexpressão.

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d) Procure no dicionário o significado de:JARGÃO e NEOLOGISMO.

__________________________________________________

Determine o número de letras e de fonemas de acordocom o som nasal das seguintes palavras:

Obviamente , ao escrever o texto, o narrador não pensouem dígrafos, encontros vocálicos, hiatos ou quaisquerdos fatos lingüísticos estudados nesta unidade. Comcerteza, a maior preocupação do narrador foi exporcom clareza e objetividade suas idéias acerca de umassunto. No entanto, esses fatos estão presentes naspalavras empregadas no texto. Mostre que você entendeuas normas da língua, retirando dele exemplos de:

a) ditongo:________________________________b) tritongo________________________________c) hiato:__________________________________d) dígrafos:________________________________e) encontros consonantais separáveis:_____________f) encontros consonantais inseparáveis:____________

(UNIRIO – RJ) Assinale a melhor resposta. Em“papagaiopapagaiopapagaiopapagaiopapagaio” temos:

a) um ditongo;b) um trissílabo;c) uma proparoxítona;d) um tritongo;e) um dígrafo.

Assinale a seqüência em que todas as palavras estãoseparadas corretamente:

a) trans-a-tlân-ti-co, fi-el, sub-ro-gar;b) bis-a-vô , du-e-lo, fo-ga-réu;c) sub-lin-gual, bis-ne-to, de-ses-pe-rar;d) des-li-gar, sub-ju-gar, sub-cres-ver;e) cis-na-di-no, es-pé-cie, a-teu.

(PUC – SP) Nas palavras que que que que que, tranqüilidadetranqüilidadetranqüilidadetranqüilidadetranqüilidade, concluíaconcluíaconcluíaconcluíaconcluía,e muitomuitomuitomuitomuito ocorrem os seguintes encontros:

a) dígrafo, dígrafo, tritongo, ditongo;b) dígrafo, ditongo, tritongo, dígrafo;c) ditongo, dígrafo, hiato, ditongo;d) ditongo, ditongo, tritongo, ditongo;e) dígrafo, ditongo, hiato, ditongo.

(IMS- SP) Assinale o vocábulo que contém cinco letras equatro fonemas:

a) estou;b) adeus;c) livro;d) volto;e) daqui.

(FASP - SP) Assinale a alternativa que apresenta oselementos que compõem o tritongo:

a) vogal + semivogal + vogal;b) vogal + vogal + vogal;c) semivogal + vogal + vogal;d) semivogal + vogal + semivogal.

PROPOSTA DE REDAÇÃO

Depois de ler e discutir o texto desta unidade, faça umaredação para expressar seu ponto de vista sobre aimportância da linguagem para a comunicação. Apósescrevê-la, leia-a com atenção para fazer as correçõesnecessárias. Se quiser, mostre-a ao seu grupo para ouvirdele os comentários pertinentes que poderão enriquecerseu texto.

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Letras Fonemas

HÁBITO

ARRAIGADO

EXPRESSÕES

MULHER

QUALQUER

QUINHENTOS

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1) (CEFET – PR) – Fonema é cada um dos sons da fala.Letra é cada um dos sinais gráficos da linguagem escrita.Quantas letras formam o vocábulo BILÍNGÜE e quantosfonemas pronunciamos ao dizê-lo.

a) 8 letras; 8 fonemas;b) 7 letras; 3 fonemas;c) 8 letras; 6 fonemas;d) 3 letras; 3 fonemas;e) 8 letras; 7 fonemas.

(ITA – SP) Assinalar a alternativa correta:PAIS, PAÍS, URUGUAI e VIU possuem, respectivamente:

a) um ditongo oral decrescente, hiato, tritongo, ditongo oraldecrescente;

b) um ditongo oral crescente, hiato, tritongo, ditongo oralcrescente;

c) um ditongo oral crescente, hiato, tritongo, ditongo oraldecrescente;

d) um ditongo oral decrescente , hiato, tritongo, ditongooral crescente;

e) um hiato, ditongo oral decrescente, tritongo, hiato.

(FEMPAR) – Em qual dos vocábulos o “u” não é semivogal?

a) causa;b) quase;c) delinqüiu;d) gratuito;e) seqüestre.

(ITA –SP) Examinando as afirmações de que o:

X na palavra SINTAXE soa como SX na palavra EXAME soa como ZX na palavra EXORCISMO soa como ZX na palavra EXONERAR soa como Z

Verifica-se:a) Apenas uma está correta.b) Apenas duas estão corretas.c) Três estão corretas.d) Todas estão corretas.e) Nenhuma está correta.

(UNIFENAS – MG) Em uma das alternativas abaixo hádivisão silábica incorreta. Assinale-a:

a) de-cep-ção; me, mó-ria;b) lei-tei-ro; ba-ú;c) rá- di- o; di – sen – te- ria;d) véus ; sô –fre- go;e) mei-a , gai- o- la.

(FUMBA – RS) No vocábulo ANHANGABAÚ há:

a) 5 sílabas, 1 dígrafo, 1 hiato;b) 4 sílabas, 1 grupo consonantal, 1 hiato;c) 5 sílabas, 1 grupo consonantal, 1 hiato;d) 5 sílabas,1 dígrafo,1 ditongo, 1 hiato;e) n.d.a.

(UNB – DF) Marque a opção em que todas as palavrasapresentam um dígrafo:

a) fixo, auxílio, tóxico, exame;b) enxergar, luxo, bicho, olho;c) bicho, passo, carro, banho;d) choque, sintaxe, unha, coxa.

(IMES – SP) Assinale a alternativa em que a palavra nãotem suas sílabas separadas corretamente:

a) in-ter-lec-ção;b) cons-ci-ên-cia;c) oc-ci-pi-tal;d) psi-co-lo-gia;e) ca-a-tin-ga.

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(FUMBA – RS) Quantos fonemas há em SANTO SANTO SANTO SANTO SANTO, HOJE HOJE HOJE HOJE HOJE, ANEX ANEX ANEX ANEX ANEXOOOOO e FILHO FILHO FILHO FILHO FILHO ?

a) 5, 4, 5 e 5b) 5, 4, 5 e 4c) 4, 3, 5 e 5d) 4, 3, 5 e 4e) 4, 3, 6 e 4

Sílaba e Tonicidade

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Sílaba e TSílaba e TSílaba e TSílaba e TSílaba e Tonicidadeonicidadeonicidadeonicidadeonicidade

Ao serem pronunciadas, as palavras emitem sonoridade, que se pode perceber por meio das sílabas com maior oumenor intensidade de que são formadas. Você aprenderá, nesta unidade, a identificar a sílaba tônica das palavras. Esteaprendizado é pré-requisito para saber acentuar graficamente as palavras. Além disso, intensificaremos a questão dasvariedades lingüísticas, a fim de que você possa empregar com adequação a linguagem. Ortoepia e Prosódia completamesta unidade. Este assunto diz respeito à correta pronúncia das palavras, questão muito importante para quem deseja fazeruso da variante culta.

SÍLABA E TONICIDADE

Leia estas palavras:

sériasériasériasériaséria: Aquela moça sempre pareceu muito séria.seriaseriaseriaseriaseria: Isto seria muito bom para todos.

Ao pronunciarmos as palavras, é possível perceber adiferença de significados entre elas graça à intensidade devoz que se dá às sílabas que as compõem. Chama-se sílabasílabasílabasílabasílabatônicatônicatônicatônicatônica aquela pronunciada com maior intensidade.

Observe outros exemplos:

fé-rias mar-te-lo lou-vorrá-pi-do sa-í-da a-morPa-ra-ná a-mên-doa

É importante observar que nem sempre a sílaba tônicaaparece marcada pelo acento gráfico. Assim, é importantedistinguir:

a) acento tônico: é aquele que se ouve, é o acento da fala.b) acento gráfico: é aquele que se escreve, ou seja, é o sinal

empregado para indicar a sílaba tônica.

Na língua portuguesa, os sinais indicados para marcara sílaba tônica na escrita, chamados de sinais diacríticos, são:

Acento agudo (´ ): indica a pronúncia aberta.Acento circunflexo ( ̂ ): indica a pronúncia fechada.

CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS QUANTO À

POSIÇÃO DA SÍLABA TÔNICA

Na língua portuguesa, nem todas as palavras têmacento gráfico, mas quase todas apresentam uma sílabatônica. De acordo com a posição dessa sílaba tônica, aspalavras classificam-se em:

a) oxítonas – são as que apresentam tonicidade na últimasílaba.Ex.: paletótótótótó, jacaréréréréré, Baurururururu, avôvôvôvôvô, etc.

b) paroxítonas – são as que apresentam tonicidade napenúltima sílaba.Ex.: remémémémémédio, caldeideideideideira, camimimimimisa, repórpórpórpórpórter, essênsênsênsênsência, etc.

c) proparoxítonas – são as que apresentam tonicidade naantepenúltima sílaba.Ex.: rárárárárápido, ééééépoca, lâmlâmlâmlâmlâmpada, pápápápápálido, rísrísrísrísríspido, etc.

ORTOEPIA E PROSÓDIA

ORTOEPIA – é a parte da gramática que se preocupacom a correta articulação e pronúncia das palavras.

Exemplos:Mortadela e não mortandela

Bandeja e não bandeija

Advogado e não adevogado

Beneficente e não beneficiente

Umbigo e não imbigo

PROSÓDIA – é parte da gramática que se preocupacom a correta acentuação tônica de uma palavra.

Comete-se um erro de prosódia quando setransforma em proparoxítona uma palavra que é paroxítona.

Eis alguns casos mais comuns de troca de sílaba tônica:Rubrica e não rubrica

Condor e não condor

Nobel e não Nobel

Látex e não latex

Gratuito e não gratuito

Palavras de dupla prosódia:

Acróbata ou acrobataColméia ou colmeiaOrtoépia ou ortoepiaProjétil ou projetilRéptil ou reptilXérox ou xerox

Sílaba e Tonicidade

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Observação: Algumas palavras formam o plural coma mudança de timbre da vogal tônica. A esta ocorrênciadamos o nome de metafonia. Veja estes exemplos:

Singular Pluralesforço (ô) esforços (ó)corpo (ô) corpos (ó)forno (ô) fornos (ó)tijolo (ô) tijolos (ó)poço (ô) poços (ó)

ADEQUAÇÃO DA LINGUAGEM

Leia com atenção esta letra de música:

Você deve ter percebido que a linguagem empregadano texto é diferente do que se costuma utilizar na escola.Isto acontece porque o objetivo da língua portuguesa é ode ensinar a norma culta da linguagem, por ser ela umavariedade de maior prestígio social. É a norma culta dalinguagem que se deve empregar nas situações formais ounos textos acadêmicos, revistas e jornais.

É importante esclarecer que, do ponto de vista dalingüística, não se pode dizer que uma forma de linguagemé certa ou errada. Isto significa que essas variedadesrepresentam apenas sistemas lingüísticos adequados àsnecessidades dos falantes, conforme seus hábitos culturaise sociais.

VARIANTES REGIONAIS E SOCIAIS

Sabe-se que a linguagem empregada no Nordeste ébem diferente daquela empregada no Sul do Brasil. Essasdiferenças são observadas entre os estados e também entreas distintas regiões do país. Quem não conhece o modopeculiar como o carioca pronuncia alguns fonemas ou aindaexpressões típicas empregadas pelos gaúchos, peloscearenses, pelos baianos?

Você já deve ter observado também as diferençaslingüísticas existentes na fala urbana e na fala rural. Não sepode deixar de mencionar as expressões que acabamidentificando inclusive as profissões dos falantes. Omotorista de táxi, o médico, o garimpeiro, o metalúrgico,por exemplo, acabam sendo identificados pela maneiracomo utilizam a linguagem.

Qual das palavras abaixo você costuma empregar?

Mandioca - Aipim - MacaxeraBisteca - ChuletaMeia - CarpimPão francês - Cacetinho

Estas palavras representam apenas exemplos da nossadiversidade lingüística.

Como você pôde observar no início desta unidade,há vários registros de linguagem igualmente aceitos do pontode vista da comunicação humana. No entanto, paraempregar a linguagem de modo que ela cumpra a sua funçãosocial com eficiência, é necessário adequá-la àscircunstâncias. Isto significa que, primeiramente, deve-sedefinir o que escrever (um texto acadêmico, um bilhete,um diário, um relatório?), com que objetivo (informar,sensibilizar, denunciar?) e para quem escrever (a um amigo,a uma autoridade, ao meu superior?). Estabelecidos essesaspectos, certamente o narrador já terá definido também otipo de linguagem que deverá empregar:

a) coloquial – para as situações informais;b) culta – para as situações formais.

As mariposa

As mariposa quando chega o frioFica dando vorta e vorta da lâmpida pra si isquentáElas roda, roda, dispois si sentaEm cima do prato da lâmpida pra discansáEu sou a lâmpidaE as muié é as mariposaQue fica dando vorta em vorta de mimTodas as noites, só pra mi beija- Boa noite, lâmpida!- Boa noite, mariposa!- Pelmita-me oscular-lhe as alfácias?- Poi não, mas rápido porque daqui a pouco eles mi apaga.

(Adoniran Barbosa)

Sílaba e Tonicidade

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Identifique a sílaba tônica das palavras abaixo:

ITEM SUBSTANTIVO MAÇÃ

ANÃOZINHO PEZINHO SAIA

CLÍMAX POSIÇÃO MELANCIA

HISTÓRIA MAIO ACENTO

Resposta comentada – Para identificar a sílaba tônica,melhor separar as palavras em sílabas que têm acentográfico pois já são identificadas pelo próprio sinal. Quantoàs outras, é preciso pronunciá-las e ouvir a sílaba commaior intensidade. Assim, temos: i-tem, substan-ti-vo,ma-çã, a-não-zinho, pe-zi-nho, sai-a, clí-max, po-si-ção,me-lan-ci-a, his-tó-ria, mai-o, a-cen-to.

Assinale a alternativa em que todas as palavras sãoparoxítonas:

a) falaria, amendoim, fato, férias;b) molécula, rapidez, rapidamente, sócio;c) azia, Ásia, parede, ensaio;d) logo, prazer, comendo, lindo.

0101010101

0202020202

Resposta comentada – Em “a”, amendoim é oxítona;em “b”, molécula é proparoxítona e rapidez é oxítona;em “d”, prazer é oxítona. Logo, a alternativa correta é a“c”: a-zi-a; Á-sia; pa-re-de; en-sai-o, todas paroxítonas.

Classifique os vocábulos abaixo, de acordo com a posiçãoda sílaba tônica:

a) perito: ____________ b) êxodo:__________c) hostil: ____________ d) escândalo: _______e) tulipa: _____________ f) viveram: _________g) viverão: ___________ h) aqui: ___________i) amem: ____________ j) amém: __________

Resposta comentada – Observar que a tendência da línguaportuguesa é para as palavras paroxítonas.

0303030303

Leitura e interpretação de texto

Ensinar Português?

Comecemos a conversa, a meio caminho entreo sério e o cômico (...), imaginando um diálogo, alguémchega e pergunta a um professor de português (...):- Ensina-se mesmo português, esta língua que a gente usa

todo dia?

- É claro, em escolas do primeiro ao terceiro graus, háaulas de português, portanto...

- A quem se ensina português?- Ora além de estrangeiros interessados, ensina-se

principalmente brasileiros.- ... que já falam português! ...Ah! Então eles não falam

português?!- Bem, claro que falam desde crianças ...- Ah ! Entendi ... existem duas línguas com o mesmo nome

“português’’, uma nacional, natural, que todo mundo já

~ ~´´

Sílaba e Tonicidade

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nasce falando e uma outra, estrangeira , que é preciso irà escola aprender ...

- ...epa, pera aí! Num é bem assim... Desculpe-me, deixe-me começar novamente a frase: Um momento, vocêestá equivocado, este assunto não é exatamente comovocê está colocando.

- Ué, isto que você acabou de me falar está nessa línguaestrangeira?

- Claro que não, pô? Você não entendeu.- Entendi... soou um pouco estranho, mas até que é bonito.

Você fala assim na sua casa, também?- Claro que não, somente em alguns lugares e com algumas

pessoas.- Ah! Então você troca de língua como troca de roupa, às

vezes mais chique, outras mais esportivo, outras maispopular...

- Sim, claro você não quer que eu vá falar com o Diretordaquela indústria ali, por exemplo, mal vestido e falandode qualquer jeito, não?

- (...)- ... mesmo se você vai lá pra dizer pra ele que os salários

estão horríveis, que tá todo mundo passando fome, queenquanto ele viaja de Mercedes (...)

- Ô meu, pára né? Você já tá baixando o nível... é claro quevocê precisa falar direitinho... até para reclamar...

- Ah! Então é por isso que se ensina português... para aspessoas aprenderem a falar direitinho com os patrões!

- Não simplifica, né?! Não é só isso, não.- Tem mais?- (...) se você não souber falar e escrever direito,

corretamente, você não arranja um bom emprego, nãoconsegue passar num concurso...

- Poxa, agora estou entendendo melhor, pra arranjar umbom emprego a língua que a gente usa não serve.

- Serve sim, mas só pra coisinhas, conversinhas banais,mas pra subir na vida, ganhar bem,não!

- Ah! Entendi. Então esses milhões de desempregadosque estão por aí foram despedidos porque não sabiamescrever e falar corretamente! Eles não podem voltar praescola? ...

- Ô meu, lá vem você de novo com questões que nãodizem respeito ao ensino de português... quando essescaras quiserem novamente emprego ele vão ter que saberportuguês...

- Então você poderia abrir um cursinho de português paradesempregados!...

- Vê se não goza, vá!- Agora me lembrei, você é professor de português, não

é?- Sou.- Então você sabe português perfeitamente, não?- Claro, tenho diploma, cursos de aperfeiçoamento,

trabalhos publicados, etc...- Ah! Quer dizer que você deve ganhar super bem, não ?

Fiquei até com vontade de fazer curso de Letras ...- Bem ... não é bem assim, você sabe, ehr, hum, ahn . . .

Estado paga mal. . .- . . . não quero te deixar chateado, mas sabe, o diretor

daquela indústria que você mostrou agorinha não sabefalar português nenhum, nem aquele vulgarzinho, nemesse da escola . . . e ele ganha muito mais que nós todosjuntos . . .

- Pô, você tá um saco hoje, vamos mudar de assunto . . .- ( . . . )- Ah! . . .

Agora, falando um pouco mais sério . . . . . . .A língua é produzida socialmente. Isto quer dizer que

a sua produção e reprodução é fato cotidiano, localizadono tempo e no espaço da vida dos homens: uma questãodentro da vida e da morte, do prazer e do sofrer. Numasociedade, como a brasileira, que, por sua dinâmicaeconômica e política, divide e individualiza as pessoas, isola-as em grupos, distribui a miséria entre a maioria e concentraos privilégios nas mãos de poucos, a língua não poderiadeixar de ser, entre outras coisas, também expressão dessamesma situação. ( . . .)

Sobre o texto:

a) Qual o assunto principal da conversa entre osinterlocutores, no texto?

__________________________________________________

b) Um dos interlocutores parece ter dificuldade de entenderpor que alguém deve passar os anos escolaresaprendendo uma língua que já conhece antes de entrarna escola. Por quê?

__________________________________________________

c) Que tipo de linguagem predomina no texto? Aponte umexemplo que confirme sua resposta.

__________________________________________________

Todas as alternativas abaixo apresentam vocábulos detimbre aberto, exceto uma. Aponte-a.

a) socorros, tortos, esforços;b) caroços, miolos, porros;c) reforços, portos, tijolos;d) subornos, tornos, transtornos.

Identifique a seqüência em que as três palavras fazem oplural com metafonia.

a) dorso, poço, suborno;b) canhoto, almoço, estorvo;c) forno, morno, aeroporto;d) reforço, tosco, alvoroço.

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Assinale a alternativa que apresenta erro na identificaçãona sílaba tônica:

a) barbanbanbanbanbante, acarajéjéjéjéjé, românmânmânmânmântico, mosquiquiquiquiquito;b) marmelalalalalada, melanlanlanlanlancia, javalilililili, cartututututucho;c) inseseseseseto, cécécécécélebre, tatututututu, informaçãoçãoçãoçãoção;d) cançãoçãoçãoçãoção, aprenprenprenprenprendo, cricricricricria, paralisisisisisia.

Enquadre as palavras do 1º parágrafo do texto “Ensinarportuguês”, conforme a posição de sílaba tônica.

A prosódia ocupa-se essencialmente da corretaacentuação tônica das palavras. Assinale a opção em quea sílaba tônica está marcada erradamente:

a) boemimimimimia;b) gratuituituituituito;c) circuitcuitcuitcuitcuito;d) filantrotrotrotrotropo;e) sutil.til.til.til.til.

0404040404

0505050505

Oxítonas Paroxítonas Proparoxítonas Monossílabos

Leia as frases em voz alta, pronunciando corretamenteas palavras e assinale a sílaba tônica:

a) Esta rubrica não é minha;b) É preciso distinguir o joio do trigo;c) A mocinha era muito pudica;d) Os advogados e os psicólogos fizeram atendimento

gratuito;e) O fumo intoxica o organismo.

Propostas de redação:

a) Escreva um bilhete a um amigo, relatando motivo porque você deverá faltar às aulas por dois dias. Depois, façaoutro texto relatando o mesmo fato ao diretor da escola.Não se esqueça de fazer a adequação da linguagem,conforme o destinatário de cada texto.

b) Reescreva a letra da música “As mariposa”, de AdoniranBarbosa, empregando a variante culta da linguagem.

0606060606

0707070707

0808080808

(ITA – SP) – Para a presente questão, observar que:

i) a acentuação gráfica foi eliminada;ii) as sílabas tônicas propostas estão representadas por letras

maiúsculas.

Exemplo:

ca(TÁSTÁSTÁSTÁSTÁS)trofe (a sílaba tônica proposta é TTTTTASASASASAS)

Ao escutar, então, ruBRIBRIBRIBRIBRIca, proTÓTÓTÓTÓTÓtipo, graTUITUITUITUITUI-to,verifica-se que:

a) apenas uma palavra foi pronunciada corretamente;b) apenas as duas primeiras foram pronunciadas

corretamente;c) somente a última foi pronunciada corretamente;d) todas foram pronunciadas corretamente;e) nenhuma foi pronunciada corretamente.

(UEPG – PR) Nesta relação, as sílabas tônicas estãodestacadas. Uma delas, porém, está destacadaincorretamente. Assinale-a:

a) interimrimrimrimrim;b) pudididididico;c) rubribribribribrica;d) gratuituituituituito;e) inaudididididito.

(FAFEOD – MG) Qual a alternativa que melhor define oacento tônico?

a) maior intensidade silábica;b) sílaba tônica associada a sinal gráfico;c) sinal gráfico, marcando sílaba de maior intensidade;d) sinal gráfico, marcando a intensidade silábica.

(UEM – PR) Assinale a alternativa em que a sílaba tônicaestá sublinhada corretamente em todas as palavras:

a) mister, decano, avaro, circuito;b) rubrica, aziago, ibero, mister;c) nobel, látex, avaro, recém-nascido;d) rubrica, látex, ibero, filantropo;e) decano, êxodo, edito, ureter.0202020202

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(UNISINOS – RS) ForróForróForróForróForró, ciúmesciúmesciúmesciúmesciúmes, operáriooperáriooperáriooperáriooperário, épocaépocaépocaépocaépocae jájájájájá são acentuadas pelos mesmos motivos de:

a) dendê, gaúcho, milenário, mártir, dá (v);b) forro, ateísmo, glória, médico, mês;c) ananás, baú, moréia, lâmina, pó;d) Alá, lápis, gáudio, cônego, três;e) pataxó, alaúde, núcleo, molécula, vá.

(ACAFE – SC) Considerando a estrutura fonética da línguaportuguesa, assinale a alternativa CORRETA:

a) As palavras fatofatofatofatofato, culturaculturaculturaculturacultura, sociedadesociedadesociedadesociedadesociedade e possívelpossívelpossívelpossívelpossível sãotodas paroxítonas sem o acento gráfico;

b) Em “a orelhaorelhaorelhaorelhaorelha do próximo”, a palavra em destaqueapresenta cinco(05) letras e um (01) dígrafo;

0505050505

0606060606

c) As divisões silábicas de proíbeproíbeproíbeproíbeproíbe, essencialessencialessencialessencialessencial,cachorrinhoscachorrinhoscachorrinhoscachorrinhoscachorrinhos e evidentementeevidentementeevidentementeevidentementeevidentemente são, respectivamente,pro-í-be, es-sen-ci-al, ca-chor-rin-hos e e-vi-den-te-men-te;

d) A palavra muitomuitomuitomuitomuito é trissílaba;e) A palavra “proíbeproíbeproíbeproíbeproíbe” é acentuada graficamente porque o

“iiiii” é tônico, é segunda vogal de um hiato, forma sílabasozinho e não é seguido de nhnhnhnhnh.

(CEFET – PR) Assinale a alternativa em que nenhumapalavra exige acento gráfico:

a) item, polens, erros, germens;b) caqui, atroz, depor, orgão;c) cutis, governos, almoços, ser;d) coroa, essencial, frequente, virus;e) nuvens, jovem, semen, parti.

0707070707

(ENEM) Diante da visão de um prédio com uma placaindicando SAPATARIA PAPALIA, um jovem deparou

com a dúvida: como pronunciar a palavra PAPALIA?Levado o problema à sala de aula, a discussão girou emtorno da utilidade de conhecer as regras de acentuação e,especialmente, do auxílio que elas podem dar à corretapronúncia de palavras. Após discutirem pronúncia, regrasde acentuação e escrita, três alunos apresentaram asseguintes conclusões a respeito da palavra PAPALIA:

...................................................................................................................................................................................................

...................................................................................................................................................................................................

...................................................................................................................................................................................................

...................................................................................................................................................................................................

...................................................................................................................................................................................................

...................................................................................................................................................................................................

...................................................................................................................................................................................................

...................................................................................................................................................................................................

I. Se a sílaba tônica for o segundo PA, a escrita deveria sePAPÁLIA, pois a palavra seria paroxítona terminada emditongo crescente.

II. Se a sílaba tônica for LI, a escrita deveria ser PAPALÍA,pois “i” e “a” estariam formando hiato.

III. Se a sílaba tônica for LI, a escrita deveria ser PAPALIA,pois não haveria razão para o uso do acento gráfico.

A conclusão está correta apenas em:

a) I b) II c) IIId) I e II e) I e III

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Ao ler um texto, uma notícia de jornal, uma crônica é comum observarmos o narrador “tomar emprestadotomar emprestadotomar emprestadotomar emprestadotomar emprestado” deoutro narrador passagens que ilustram as idéias que deseja expressar. A esse fato damos o nome de intertextualidade. Paraidentificarmos esses “diálogos” entre os textos é importante que leiamos muito, pois, quanto maior for o nosso potencialintelectual, mais facilmente reconheceremos esses aspectos.

Vamos, ainda, ver nesta unidade que o sistema de acentuação gráfica é extremamente lógico e necessário. Sem ela,seria impossível, por exemplo, ler as palavras sábiasábiasábiasábiasábia, sabiasabiasabiasabiasabia e sabiásabiásabiásabiásabiá, assim como expressões do tipo “secretaria eficiente”.Seria a pessoa (secretária) ou de um sistema, um local (secretaria)?

Também, nesta aula, vamos mostrar-lhe que existem diferentes modos para organizar nossas idéias. Em outraspalavras: podemos dizer a mesma coisa de inúmeras formas. Essa é uma habilidadehabilidadehabilidadehabilidadehabilidade que precisamos desenvolver.

Como você já sabe , quase todas as palavras da línguaportuguesa possuem um acento tônico, mas nem todassão acentuadas graficamente.

Para acentuar graficamente um palavra com correção,é necessário:

a) identificar a sílaba tônica;b) classificar a palavra quanto à tonicidade, isto é, definir se a

palavra é oxítona, paroxítona ou proparoxítona;c) observar a terminação da palavra;d) aplicar a regra.

ACENTUAÇÃO DASOXÍTONAS

Acentuam-se as oxítonas terminadas em:– a (s)a (s)a (s)a (s)a (s): Araxá, Paraná, sofá;– e (s)e (s)e (s)e (s)e (s): até, dendê, vocês;– o (s)o (s)o (s)o (s)o (s): vovô, vovós, cipó;– em (ens)em (ens)em (ens)em (ens)em (ens): quando essas palavras tiverem mais de uma

sílaba → vinténs, porém, amém , parabéns.

NOTASNOTASNOTASNOTASNOTAS:

a) As formas verbais amá-loamá-loamá-loamá-loamá-lo , vendê-lovendê-lovendê-lovendê-lovendê-lo , compô-locompô-locompô-locompô-locompô-lo, devemser incluídas nesta regra.

b) Os monossílabos tônicos terminados em -a -a -a -a -a (sssss), -e -e -e -e -e (sssss),-o-o-o-o-o (sssss) também devem ser acentuados.

c) Não devem receber acento os monossílabos átonos:bembembembembem , sem sem sem sem sem , nosnosnosnosnos, vosvosvosvosvos, etc.

ACENTUAÇÃO DASPAROXÍTONAS

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em:

– lllll : agradável , móvel;

– nnnnn: hífen, pólen;– rrrrr: caráter , dólar;– xxxxx: tórax, látex;– pspspspsps : bíceps, fórceps;– ããããã: ímã, órfãs ;– aoaoaoaoao: órfão, órgãos;– iiiii (s) : táxi, lápis;– ususususus: vírus, ônus;– um (ns)um (ns)um (ns)um (ns)um (ns) : álbum, álbuns ;– ôoôoôoôoôo: perdôo , vôo.

Ditongos orais: média, vários, névoa.

NOTASNOTASNOTASNOTASNOTAS:

a) Os prefixos terminados em iiiii e rrrrr não devem seracentuados: semisemisemisemisemi-árido , supersupersupersupersuper-herói.

b) Quanto às paroxítonas terminadas em –n–n–n–n–n, seguidas de–s –s –s –s –s , se a terminação for –ens–ens–ens–ens–ens, a palavra perde o acento:hífenhífenhífenhífenhífen → hífenshífenshífenshífenshífens; pólenpólenpólenpólenpólen → polens. polens. polens. polens. polens. Já o mesmo nãoacontece se a terminação no plural for -onsonsonsonsons : nêutronnêutronnêutronnêutronnêutron→ nêutronsnêutronsnêutronsnêutronsnêutrons; íoníoníoníoníon → íonsíonsíonsíonsíons, etc.

ACENTUAÇÃO DASPROPAROXÍTONAS

Todas as palavras proparoxítonas devem seracentuadas.

EXEMPLOS

– rárárárárápido , ééééépoca , cácácácácálido, agrôgrôgrôgrôgrônomo , etc.

INTERTEXTUALIDADE

Você já teve a oportunidade de identificar em letrasde música , poesia, artigos de jornais ou revistas passagensjá lidas em outros textos?

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Observe:

( Dias, Gonçalves. Canção do ExílioCanção do ExílioCanção do ExílioCanção do ExílioCanção do Exílio )

Ao compor o Hino Nacional Brasileiro, seu autoraproveitou algumas passagens do poema de Gonçalves Dias.

VEJA :

A esse “diálogo’’ entre os textos damos o nome deintertextualidade. Assim, quanto mais leitores formos ,quanto maior for o nosso potencial intelectual, mais seremoscapazes de identificar essas relações intertextuais.

Os acentos gráficos têm suas normas. Algumas,estudadas neste módulo. Eles ajudam na corretapronúncia da palavra. Onde houver manifestação escrita,lá estão eles, como no “JB” e em “Veja”, publicações quepassam a limpo o nosso cotidiano.

– Às vezes, em vocábulos que nos orgulhamos depronunciar:

JÚRI DA FIFFIFFIFFIFFIFAAAAAESCOLHE PELÉPELÉPELÉPELÉPELÉ

– Às vezes, fazendo rir . . . ou chorar.

“Quem é que nunca sofreupor alguééééémmmalguééééémmmalguééééémmmalguééééémmmalguééééémmm”

Agnaldo Timóteo cantandoum velho bolero no horárioeleitoral.

– Às vezes, em palavras que são um desafio àcompetência do homem:

– Às vezes, em palavras que já não deveriam existir:

Receita de aiatolá

Religiosos na Turquia e na Espanha aconselham o uso

da violência para manter as esposas submissas

A palavra obedece à mesma regra de acentuação quecorroído é:

a) ataúde;b) sapé;c) corróis;d) láurea;e) crédulo.

Resposta comentada – A palavra CORROÍDO é acentuadapor ter “i” tônico de um hiato, ou seja, forma sílabasozinho. A mesma regra vale para o “u” tônico dos hiatos.Assim, a alternativa que apresenta palavra nessa condiçãoé a letra “a”.

A alternativa em que há erro de acentuação gráfica é:

a) raízes, juízes, juiz, faísca;b) rúbrica, hífens, jiboia;

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O Ministério da Saúde adverte:Fumar pode causar câncer de pulmão

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c) panacéia, anéis, árdua;d) girassóis, vintém, ônix;e) boêmia, ruína, infância.

Resposta comentada – A palavra “rubrica” é paroxítona enão leva acento, pois a sílaba tônica é “bri”; “hifens” noplural perde o acento e “jibóia” tem ditongo aberto “oi” eprecisa de acento gráfico. As demais estão corretas.

Escolha a alternativa correta para preencher ospontilhados:

O .........................................era grande. Os exportadoresde....................................... tentaram , em vão,......................................

a) prejuízo – têxteis – reduzi-lo;b) prejuizo – têxteis – reduzi-lo;c) prejuizo – têxteis – reduzí-lo;d) prejuizo – texteis – reduzí-lo;e) prejuízo – textis – reduzi-lo.

Resposta comentada - A alternativa que preenchecorretamente é a alternativa “a”. “prejuízo” leva acentopor ter “i” tônico de um hiato; “têxteis” é paroxítonaterminada em ditongo e “reduzi-lo” não tem acento, umavez que é oxítona terminada em “i”.

LEITURA E INTERPRETAÇÃO DETEXTO

MULHER GOSTA DE APANHAR? Gilberto Dimenstein

BRASÍLIA - É um dos documentos mais chocantes jáproduzidos no Congresso sobre nossa barbárie - há *relatos capazes de virar o estômago das pessoas maisinsensíveis. Deveria ser leitura obrigatória para quem colocaos direitos humanos na sua agenda de preocupações. Estáem fase de redação final um texto sobre a violência contraa mulher no Brasil a ser divulgado nos próximos dias. E,mais uma vez, comprova-se a lei da covardia social: quantomais frágil um cidadão maior a crueldade.

Resultado da investigação promovida pela CPI daViolência contra a Mulher, o documento mostra como estáenraizada em nossa sociedade a agressão - e, no caso dasmulheres, acrescente-se a agressão sexual. A cada dia sãoregistradas, em média, 337 reclamações de vítimas. Comoa maioria não tem coragem ou informações sobre seusdireitos para ir a uma delegacia, tal número é apenas umapálida projeção sobre a realidade.

De todos esses casos, 50% referem-se à lesãocorporal - na maioria das vezes,segundo a CPI, baseada emestatísticas fornecidas por 20 Estados, são provocados pelarecusa do sexo forçado. São as mais variadas manifestaçõesde violência. 0 documento apresenta nomes de empresasque humilham suas funcionárias. Outras que induzem aoaborto ou à esterilização, proibindo a gravidez.

É uma coleção interminável de pequenas e grandescrueldades. 0 estupro continua prática comum - 50%praticados dentro da própria família. Como não podia deixarde ser, apanha mais quem pode menos. Quanto maisignorante e pobre a vítima, maior a violência. É sabido,

sabidíssimo aliás, que policiais, supostos guardiões daordem, exploram sexual e financeiramente as prostitutas -o controle é mantido na surra.

São esses tipos de informação que revelam, de fato,nosso perfil político. Estranho país, o Brasil: consegue daruma lição de democracia ao tirar um presidente, servindocomo exemplo mundial. E ao mesmo tempo, não selibertou da Casa Grande e, muito menos, da Senzala.

A verdade é que, socialmente, estamos na Pré-História. E a prova disso é que documentos como o da CPIda Mulher estão fadados a gerar repercussão inversamenteproporcional à sua importância.

(Folha de S. Paulo, 29/11/92)

Sobre o texto:

a) Qual a estratégia adotada pelo narrador para introduzir oassunto do texto ?

__________________________________________________

b) De acordo com o texto, por que a mulher não costumadenunciar a violência contra ela ?

__________________________________________________

c) No terceiro parágrafo , amplia-se o conceito violência.Explique.

__________________________________________________

d) O que quis dizer o narrador no 2º parágrafo, quando diz“... tal número é apenas uma pálida projeção da realidade’’?

__________________________________________________

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e) Aponte no texto um exemplo de intertextualidade eestabeleça essa relação.

__________________________________________________

No 1º parágrafo, aparece o vocábulo frágil. Busque notexto outra palavra acentuada pela mesma regra.

Retire do texto palavras que se enquadrem às respectivasregras:

a) paroxítonas terminadas em ditongo:b) monossílabos tônicos:c) proparoxítonas:d) oxítonas terminadas em -a (s)-a (s)-a (s)-a (s)-a (s) :

Justifique o acento gráfico do vocábulo ônixônixônixônixônix.

Acentue devidamente as palavras quando necessário:

alguem contemporaneo heliorefens rubrica ruimdecada textil vulneravelbisavo(fem.) paleto espelhosilencio(subst.) magoo jurieter oasis fosseis (verbo)faceis ate ambiguotatu Iguaçu hortensiatórax cumplice tonicoTonico (nome próprio)

Acentue as palavras quando necessário, e justifique:

a) aniversario:_______________________________b) egua: ___________________________________c) ma: ____________________________________d) poluído: _________________________________e) escandalo: _______________________________f) biquini: __________________________________g) bale: ___________________________________

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0505050505

0606060606

Nas frases abaixo, foram retirados os acentos gráficosdas palavras . Copie as frases e acentue os vocábulos,quando necessário.

a) Os tres gatos siameses tinham o pelo cinzento, bemdiferentes do cão pequines que ganhamos.

__________________________________________________

b) Você vai por o sapatinho atras da porta.

__________________________________________________

c) O ônibus para em frente ao bar com muita frequencia.

__________________________________________________

d) As pessoas de carater receiam os que agem de ma-fe.

__________________________________________________

e) Mario, você parece refem dos psicologos !

__________________________________________________

PROPOSTA DE REDAÇÃO

Depois de discutir sobre a violência contra a mulher, façaum comentário sobre a questão e dê o seu ponto devista acerca do assunto. Após concluir o texto, faça umaleitura criteriosa, a fim de corrigir o que for necessário.Não se esqueça de que é sempre interessante pedir paraalguém ler o que você escreveu e discutir com essecolega não somente sobre a linguagem empregada, mastambém sobre as idéias abordadas no texto.

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(UF. OURO PRETO – MG) Abaixo estão 5 grupos depalavras. Analise-as quanto à acentuação gráfica e marque,depois, a opção correta:

Grupo 01 : satanás , cortês, fé , bonus, ópio.Grupo 02 : conhecê-lo , movê-las, ítem , além, magna.Grupo 03 : tainha, eles crêem, eles têm, contínua, elecontém.Grupo 04 : boêmia, ínterim , quilômetro, pêra, ilhéu.Grupo 05 : juízo, balústre, papéis, silépse, asteróide.

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a) Apenas o grupo 1 está totalmente correto.b) Apenas os grupos 1 e 4 estão totalmente corretos.c) Todos os grupos estão corretos.d) Apenas os grupos 3 e 4 estão totalmente corretos.e) Todos os grupos contêm palavras incorretas.

2. (UCEPEL – RS ) Assinale a alternativa em que todas aspalavras estão acentuadas corretamente:

a) estreiam , intuito, ruim , perdôo;b) lêem , estréiam, muninária;c) nectar, Bauru, maquinaria;d) ciclope, tainha, polens;e) boêmia, caqui (fruta), apóio (substantivo).

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Acentuação Gráfica

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3. (UM – SP) Assinale a alternativa que contém vocábulosque obedecem à mesma regra de acentuação da palavratênuetênuetênuetênuetênue:

a) agrônomo, índex, fóssil, díspar;b) boêmia, herói, amáveis, imundície;c) amêndoa, mágoas, supérfluo, bilíngüe;d) míope, ímã, médiuns, volúvel;e) argênteo, viúvo, baía, esferóide.

( FUVEST)

‘’ De rir irado, estridulo e sardonicoQue, como a seta, me transpasse as fibras;De rir danado, que me inspira furias,Às vezes gosto.”

( Junqueira Freire, ‘’ Nem Sempre”)

Transcreva o texto, acentuando corretamente osvocábulos cujos acentos foram omitidos.

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(PUC – SP) Assinale a alternativa de vocábulocorretamente acentuado:

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a) hífen;b) ítem;c) ítens;d) rítmo;e) n.d.a.

6. (UEM – PR) Assinale o item em que ambas as palavrasforam acentuadas segundo a mesma regra:

a) ausência, saúde;b) jóquei, pensávamos;c) último, baú;d) boléia, coronéis;e) revólver, vocês.

(UECE) São dissílabos paroxítonas os vocábulos:

a) seio, tinha, lábios;b) abria, cordões , meus;c) podia, aí, puxei;d) doía, caixa, senão.

(FUVEST – SP) Copie apenas as palavras que devem seracentuadas graficamente, colocando os respectivosacentos:

boia – boa – doce – substitui-lo - reune – heroico –benção – parti-lo

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( FGV – SP) Assinale a alternativa que completacorretamente as frases:

1. Normalmente ela não ........................ em casa.2. Não sabíamos onde .............................. os discos.3. De algum lugar ..................................essas idéias.

a) pára – pôr – provém;b) para – pôr – provém;c) pára – por – provêem;d) pára – pôr – provêm;e) para – por - provém.

...................................................................................................................................................................................................

...................................................................................................................................................................................................

...................................................................................................................................................................................................

...................................................................................................................................................................................................

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Funções da Linguagem

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esa Funções da LinguagemFunções da LinguagemFunções da LinguagemFunções da LinguagemFunções da Linguagem

O uso da linguagem acontece de modo automático, para a maioria das pessoas que fazem uso dela. Essa é a razãopela qual dificilmente se percebe que o modo como a linguagem se organiza está diretamente ligado à função que se desejadar-lhe, ou seja, à intenção de quem a utiliza.

Nesta unidade, você verá que a linguagem desempenha diferentes funções, conforme a ênfase que se queiraimprimir a cada um dos componentes do ato de comunicação.

FUNÇÕES DA LINGUAGEMFUNÇÕES DA LINGUAGEMFUNÇÕES DA LINGUAGEMFUNÇÕES DA LINGUAGEMFUNÇÕES DA LINGUAGEM

O texto deve ser um conjunto de palavras e idéiasque formam sentido, uma vez que o objetivo de todo textoé encerrar uma mensagem. No entanto, nem só demensagens verbais vive o homem. A linguagem ultrapassaos limites do verbo. É possível, por exemplo, observar umquadro artístico e tirar dele a mensagem que o emissor (opintor da tela) deseja passar ao receptor (o apreciador dotrabalho).

É preciso entender que o texto é sempre umamanifestação que pode ser expressa com ou sem palavras.Assim, é possível classificar a linguagem em:

a)a)a)a)a) verbalverbalverbalverbalverbal: utiliza as palavras (a língua) como código.b)b)b)b)b) não–verbal:não–verbal:não–verbal:não–verbal:não–verbal: emprega outros códigos como a cor, a

forma, o movimento, etc.

Toda comunicação tem como objetivo transmitir umamensagem e funciona assim: um emissor emprega umcódigo para mandar uma mensagem ao receptor.

A mensagem, por sua vez, refere-se a um contexto,e o suporte físico, que é o canal, transmite essa passagemdo emissor para o receptor.

Como se pode perceber, são seis as funções dalinguagem. Conforme o tipo de mensagem, dá-se ênfase aum desses fatores.

Assim:

1. FUNÇÃO EMOTIVA OUEXPRESSIVA

Também chamada de função expressiva da lingua-gem , a função emotiva enfatiza o emissor. Por essa razão émarcada pelo emprego de verbos e pronomes em 1ª pessoa

( eueueueueu preciso, ... meumeumeumeumeu desejo, ... minhaminhaminhaminhaminha dor,...). Pode-seobservar a função emotiva da linguagem nas cartas, nospoemas, nas letras de música, principalmente.

Veja a função emotiva ou expressiva da linguagemnesta estrofe da música TTTTTocando em frenteocando em frenteocando em frenteocando em frenteocando em frente, de AlmirSater e Renato Teixeira:

“Ando devagar porque já tive pressaElevo esse sorriso porque já chorei demaisHoje me sinto mais forte, mais feliz,Quem sabe eu só levo a certeza de que muito pouco euseiOu nada sei”

2. FUNÇÃO APELATIVA OUCONATIVA

A linguagem conativa é assim designada porque apalavra significa “influenciar o outro por meio de um esforço’’.Por isto, esta função tem o objetivo de convencer oreceptor.

A linguagem conativa ou apelativa é marcada pelosverbos no modo imperativo. Ela está presente, sobretudo ,nos anúncios e propagandas.

Veja este exemplo:

“Deseja mais? Então PED – Programa de“Deseja mais? Então PED – Programa de“Deseja mais? Então PED – Programa de“Deseja mais? Então PED – Programa de“Deseja mais? Então PED – Programa deEspecial ização Docente“Especial ização Docente“Especial ização Docente“Especial ização Docente“Especial ização Docente“

Campanha de Divulgação - PED IESDE

3. FUNÇÃO REFERENCIAL

A função referencial da linguagem acontece quandose observa o predomínio da informação e do conhecimento.Nos livros didáticos, por exemplo, há o predomínio dessafunção.

EXEMPLOEXEMPLOEXEMPLOEXEMPLOEXEMPLO:

O Padre Antônio Vieira ficou célebre comoorador, e seus sermões constituem a essência de sua obra,sobretudo pela riqueza de imagens, mas também soubecomunicar suas idéias de maneira consciente, revelandograndeza humanitária e sentimento patriótico.

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4. FUNÇÃO METALINGÜÍSTICA

Observe esta definição encontrada no dicionário:Sf Sf Sf Sf Sf metalingüísticametalingüísticametalingüísticametalingüísticametalingüística: estudo das relações entre a língua

e os demais sistemas.

A função metalingüística está centrada no código, e osdicionários são o melhor exemplo dessa função. Assim,para explicar uma função da linguagem, usou-se a próprialinguagem.

EXEMPLO:

Veja outro exemplo da função metalingüística:

5. FUNÇÃO FÁTICA

Ela acontece quando o objetivo é o de apenas “testar”o canal. É o caso que acontece, por exemplo, quandopegamos um microfone para observar se está funcionandoe dizemos “alô, alô!”. Na verdade, não se espera obternenhuma resposta para essa manifestação.

EXEMPLO:

— E aí, cara !— Belê ???— Belê !!!

6. FUNÇÃO POÉTICA

A função poética está centrada na mensagem, naorganização das palavras , nas estratégias e nos recursosque o narrador enfatiza ao colocar sua mensagem no papel.

EXEMPLOEXEMPLOEXEMPLOEXEMPLOEXEMPLO:A ondaa onda andaaonde anda a onda?a onda aindaainda ondaainda onda aonde ? aonde ?

Bandeira, Manuel. Estrela da Vida Inteira. 4ªed. Rio de Janeiro, J. Olímpio, 1973.

REGRAS ESPECIAIS DEACENTUAÇÃO GRÁFICA

1. ACENTOS DIFERENCIAIS

– pôdepôdepôdepôdepôde (passado) para diferenciar de podepodepodepodepode (presente)– pára pára pára pára pára (verbo) para diferenciar de paraparaparaparapara (preposição)– pélapélapélapélapéla (verbo) para diferenciar de pelapelapelapelapela (preposição)– pêlopêlopêlopêlopêlo (substantivo) para diferenciar de pelopelopelopelopelo (preposição)– pôrpôrpôrpôrpôr (verbo) para diferenciar de porporporporpor (preposição)

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2. MONOSSÍLABOS TÔNICOS

Os monossílabos tônicos seguem as mesmas regrasdas oxítonas. Assim, serão acentuados todos osmonossílabos tônicos terminados em -a-a-a-a-a, -e-e-e-e-e e , , , , , -----ooooo,,,,,seguidos ou não de SSSSS.

EXEMPLOS: pá(s), pé(s), pó(s).: pá(s), pé(s), pó(s).: pá(s), pé(s), pó(s).: pá(s), pé(s), pó(s).: pá(s), pé(s), pó(s).

3. DITONGOS ABERTOS

Acentuam-se os ditongos abertos - éuéuéuéuéu, -éi éi éi éi éi , - óióióióiói.EXEMPLOS:chapéuéuéuéuéu , papéiéiéiéiéis, lençóióióióióis , véuéuéuéuéu , dóióióióiói, coronéiéiéiéiéis, etc..

4. HIATOS

Devem ser acentuados o iiiii e o uuuuu , quando estas letrasrepresentarem a segunda vogal de um hiato.

EXEMPLOS:– saííííída, baúúúúú, saúúúúúde, juííííízes, caííííída, Ivaííííí, faííííísca, balaúúúúústre, etc.

NOTNOTNOTNOTNOTASASASASAS:a) Se essas letras (iiiii e uuuuu) formarem sílaba com qualquer

consoante, exceto o sssss,,,,, não devem receber acento.EXEMPLOS:

– ca-iririririr,,,,, ju-iziziziziz,,,,, Ca-imimimimim,,,,, etc.

b) Também não recebem acento se estiverem seguidas denhnhnhnhnh. EXEMPLOS:

– rainha, bainha, tainha, etc.

5. 5. 5. 5. 5. EMPREGA-SE O TREMA SOBRE O UUUUU DOS

GRUPOS QUEQUEQUEQUEQUE, , , , , QUIQUIQUIQUIQUI, , , , , GUEGUEGUEGUEGUE E GUIGUIGUIGUIGUI, QUANDO

ÁTONO PRONUNCIADO

EXEMPLOS:Qüe ? freqüente ? uuuuu pronunciadoQüi ? tranqüilo ? u u u u u pronunciadoGüe ? agüentar ? u u u u u pronunciadoGüi ? lingüiça ? u u u u u pronunciado

MAS:Quuuuue?quuuuueijo? uuuuu não pronunciadoQuuuuui?quuuuuilo? uuuuu não pronunciadoguuuuue?guuuuuerra? uuuuu não pronunciadoguuuuui?guuuuuitarra? uuuuu não pronunciado

AINDAAINDAAINDAAINDAAINDA:Se o uuuuu for pronunciado, mas tônico, emprega-se o

acento agudo.Exemplos:– averigúe, obliqúe, etc.

6. VERBOS QUE REQUEREMATENÇÃO ESPECIAL

NOTA:As formas verbais lêlêlêlêlê, dêdêdêdêdê, crêcrêcrêcrêcrê, vêvêvêvêvê e seus derivados

conservam o acento circunflexo no plural.EXEMPLO:Lêem , dêem , crêem, vêem, relêem , descrêem,

revêem, etc.

ELEMENTOS DELEMENTOS DELEMENTOS DELEMENTOS DELEMENTOS DA NARRAA NARRAA NARRAA NARRAA NARRATIVTIVTIVTIVTIVAAAAA

A narrativa nada mais é do que a representação, pormeio de palavras, de um acontecimento real ou fictício.

O elemento mais importante da narrativa é o enredoou a história, uma vez que sem ela não há um caso. Observetambém , que ela acontece em determinado tempo, numdeterminado local ou espaço. A história é vivenciada poruma ou mais personagens, outro elemento importante danarrativa. E, por fim, sempre há alguém que conta a história,e a esse elemento damos o nome de foco narrativo.

Assim, podemos sintetizar:

1.1.1.1.1. ENREDOENREDOENREDOENREDOENREDO – é o conjunto de fatos da história a sercontada.

2 .2 .2 .2 .2 . TEMPOTEMPOTEMPOTEMPOTEMPO – é o momento em que esses fatos acon-tecem.

3 .3 .3 .3 .3 . ESPESPESPESPESPAÇO AÇO AÇO AÇO AÇO – é a definição do local onde as ações serealizam.

4.4.4.4.4. PERSONAGEMPERSONAGEMPERSONAGEMPERSONAGEMPERSONAGEM – é quem participa propriamente dahistória. Não há número definido de personagens paraparticipar de uma narrativa. Os tipos são os mais variadose podem ser construídos conforme a observação donarrador.

5 .5 .5 .5 .5 . FOCO NARRAFOCO NARRAFOCO NARRAFOCO NARRAFOCO NARRATIVTIVTIVTIVTIVOOOOO – É preciso entender quesempre haverá alguém a contar a história. Assim onarrador por ser:

a) em 1ª pessoa – o narrador é um ‘’eu’’ que conta aprópria história. Nesse caso, é o protagonista.

Observação

O narrador também pode usar a 1ª pessoa paracontar a história de outra. Nesse caso, ele é um meroobservador dos fatos.

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Ex.:“ Estou numa esquina de Copacabana, são duas horas

da madrugada. Espero uma condução que me leve paracasa. À porta de um “dancing’’, homens conversam,mulheres entram e saem, o porteiro espia sonolento.Outras se esgueiram pela calçada, fazendo a chamada vidafácil.

De súbito a paisagem perturba. Corre um frêmito no

ar, há pânico no rosto das mulheres que fogem. Que

aconteceu? De um momento para outro, não se vê mais

uma saia pelas ruas — e mesmo os homens se recolhem

discretamente à sombra dos edifícios. (...) (Fernando Savino,

Quadrante I).

b) em 3ª pessoa — o narrador não participa dos fatos. Eleapenas os relata, demonstrando que conhece os

pensamentos e sentimentos das personagens. Conta ahistória objetivamente. Veja este exemplo:“ Redator de um vespertino desde a sua fundação,

tendo comprado um apartamento, foi à repartição darentrada nos papéis requerendo isenção de impostos detransmissão, como jornalista. Um funcionário pálido e debigodinho antipático o atendeu. Depois de examinar osdocumentos, sorriu sadicamente:

— O senhor não vai conseguir isenção.— Posso saber por quê? — perguntou o jornalista.— Porque — explicou o homenzinho, juntando os

dedos no ar e escandindo as palavras com precisão —estou aqui para selecionar papéis . (....)

( Sabino, Fernando. A mulher do vizinho)

Observe que ao lado da imagem do anúncio há umenunciado parecido com um verbete de dicionário. Semdúvida, a intenção do anunciante é vender a marca:produtos de plástico para armazenar alimentos na geladeira.

Temos no exemplo duas funções da linguagem: aconativa (o anúncio) e a metalingüística (o emprego do“verbete”).

Identifique a função da linguagem predominante nos textosabaixo:

a) Leia. Leia tudo e diariamente.Resposta: Conativa ou apelativa.Observe que o verbo está no imperativo (leia) e opropósito é convencer o leitor da importância da leitura.

b) Quando a chuva cessava e um vento fino franzia a tardetímida e lavada, eu saía a brincar pela calçada, nos meustempos felizes de menino.Resposta: Função emotiva ou expressiva e também afunção poética.Observe que verbos e pronomes estão empregados na1ª pessoa (função emotiva) . A organização da mensagemem versos e a presença das rimas conferem.

c) O radical metro, de origem grega, significa medida eaparece em palavras que designam instrumentos paramedir, como, por exemplo: “termômetro”, “baromêtro”,“velocímetro” e outras.

Resposta: Função referencial, uma vez que o propósitoe transmitir a informação. No entanto, temos também afunção metalingüística.

d) ... após o sinal, deixe a sua mensagem ou, então, retornemais tarde.Resposta: Função fáticaObserve que não há intenção imediata de estabelecer-seuma comunicação.

Reescreva as frases abaixo e acentue devidamente aspalavras, quando necessário:

a) As guerras tem feito muitas vitimas.Resposta: As guerras têm feito muitas vítimas.

b) Os garotos vem a escola porque tem vontade.Resposta: Os garotos vêm à escola porque têm vontade.

c) Não se detem o poder a força.Resposta: Não se detêm o poder à força.

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d) Os mediocres detem o povo por decreto.Resposta: Os medíocres detém o povo por decreto.

d) Como se detem essa formula?Resposta: Como se detém essa fórmula?

e) Sempre me magoo com facilidade.Resposta: Sempre me magôo com facilidade.

f) Todos creem em Deus.Resposta: Todos crêem em Deus.

g) O garoto viu que a faisca pode queimar.Resposta: O garoto viu que a faísca pode queimar.

h) Não fiz a bainha porque a roupa ficou no bauResposta: Não fiz a bainha porque a roupa ficou no baú.

i) Perdoo com facilidade, mas ninguem creResposta: Perdôo com facilidade, mas ninguém crê.

Acentue, quando necessário, e justifique.

a) Grauna: graúna – “u” tônico de hiato

b) Carie: cárie – paroxítona terminada em

ditongo

c) Essência: essência – paroxítona terminada em

ditongo

d) Doi : dói – ditongo aberto “ói”

e) Aneis: anéis - ditongo aberto “éi “

f) Baleia: baleia – não se acentua

g) Melancia: melancia – não se acentua

h) Sauva: saúva – “u” tônica de hiato

i) Anzois: anzóis - ditongo aberto “ói”

j) Eles contem: eles contêm – 3ª pessoa do plural do

verbo conter, derivado de ter

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LEITURA EINTERPRETAÇÃO DE TEXTO

PLEBISCITO

ARTUR AZEVEDO

A cena passa-se em 1890.A família está toda reunida na sala de jantar.O senhor Rodrigues palita os dentes, repimpado numa

cadeira de balanço. Acabou de comer como um abade.Dona Bernardina, sua esposa , está muito entretida a

limpar a gaiola de um canário belga.Os pequenos são dois, um menino e uma menina.

Ela distrai-se a olhar para o canário. Ele, encostado à mesa,os pés cruzados, lê com muita atenção uma das nossasfolhas diárias.

Silêncio.De repente, o menino levanta a cabeça e pergunta:— Papai, o que é plebiscito?O senhor Rodrigues fecha os olhos imediatamente

para fingir que dorme.— Papai?Pausa:— Papai?Dona Bernardina intervém:— Ó “seu’’ Rodrigues, Manduca está lhe chamando.

Não durma depois do jantar que lhe faz mal.O senhor Rodrigues não tem remédio senão abrir os

olhos.— Que é? Que desejam vocês?— Eu queria que o papai me dissesse o que é

plebiscito.— Ora essa, rapaz! Então tu vais fazer doze anos e

não sabes ainda o que é plebiscito.— Se eu soubesse não perguntava.

O senhor Rodrigues volta-se para dona Bernardina ,que continua muito ocupada com a gaiola:

— Senhora, o pequeno não sabe o que é plebiscito!— Não admira que ele não saiba, porque eu também

não sei.— Que me diz?! Pois a senhora não sabe o que é

plebiscito?— Nem eu, nem você; aqui em casa ninguém sabe o

que é plebiscito.— Ninguém, alto lá! Creio que tenho dado provas de

não ser nenhum ignorante.— A sua cara não me engana. Você é muito prosa.

Vamos: se sabe, diga o que é plebiscito! Então? A gente estáesperando ! Diga ! ...

— A senhora o que quer é enfezar-me !— Mas , homem de Deus, para que você não há-de

confessar que não sabe ? Não é nenhuma vergonha ignorarqualquer palavra. Já outro dia foi a mesma coisa quandoManduca lhe perguntou o que era proletário. Você falou,falou, e o menino ficou sem saber !

—Proletário, acudiu o senhor Rodrigues, é o cidadãopobre que vive do trabalho mal remunerado.

— Sim, agora sabe porque foi ao dicionário; masdou-lhe um doce se me disser o que é plebiscito sem searredar dessa cadeira!

— Que gostinhos tem a senhora em tornar-meridículo na presença destas crianças.

— Oh ! Ridículo é você mesmo quem se faz. Seriatão simples dizer: — Não sei, Manduca, não sei o que éplebiscito; vai buscar o dicionário, meu filho.

O senhor Rodrigues ergueu-se de um ímpeto e brada:— Mas se eu sei !— Pois se sabe , diga !— Não digo para me não humilhar diante de meus

filhos! Não dou o braço a torcer ! Quero conservar a forçamoral que devo ter nesta casa! Vá para o diabo!

E o senhor Rodrigues, exasperadíssimo, nervoso,

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deixa a sala de jantar e vai para o seu quarto, batendoviolentamente a porta.

No quarto havia o que mais precisava naquela ocasião:algumas gotas de água de flor de laranja e um dicionário...

A menina toma a palavra:— Coitado do papai ! Zangou-se logo depois do

jantar! Dizem que é tão perigoso !— Não fosse tolo, observa dona Bernardina, e

confessasse francamente que não sabe o que é plebiscito!— Pois sim , acode Manduca, muito pesaroso por

ter sido o causador involuntário de toda aquela discussão;pois sim, mamãe; chame papai e façam as pazes.

— Sim ! Sim ! façam as pazes ! diz a menina em tommeigo e suplicante. Que tolice! Duas pessoas que seestimam tanto zangarem-se por causa do plebiscito!

Dona Bernardina dá um beijo na filha, e vai bater àporta do quarto:

— Seu Rodrigues, venha sentar-se; não vale a penazangar-se por tão pouco.

O negociante esperava a deixa. A porta abre-seimediatamente. Ele entra atravessa a casa, e vai sentar-se nacadeira de balanço.

É boa! brada o senhor Rodrigues depois de largosilêncio; é muito boa! Eu! Eu ignorar a significação da palavraplebiscito ! Eu ! ...

— Plebiscito ...E olha para todos a ver se há por ali mais alguém que

possa aproveitar a lição.— Plebiscito é uma lei decretada pelo povo romano,

estabelecida em comícios.— Ah ! suspiram todos, aliviados.— Uma lei romana, percebem ? E querem introduzi-

la no Brasil! É mais um estrangeirismo ! ...

Sobre o texto:

I- O principal objetivo do texto é:

a) explicar o significado da palavra “plebiscito”;b) explicar o significado da palavra “proletário”;

c) retratar cenas típicas da família do século XIX;d) caracterizar o comportamento de alguns tipos humanos;e) mostrar que uma pergunta sempre pode provocar

discussão.

II – O senhor Rodrigues é caracterizado como:

a) homem culto;b) pessoa orgulhosa;c) criatura humilde;d) pai zeloso;e) marido autoritário.

III- A passagem do texto que pode confirmar a resposta noitem anterior é:

a) “E olha para todos a ver se há por ali mais alguém quepossa aproveitar a lição”.

b) “Não dou o braço a torcer!”.c) “Não sei, Manduca, não sei o que é plebiscito, vai buscar

o dicionário , meu filho ”.d) “Então tu vais fazer doze anos e não sabes o que é

plebiscito ?”.e) “Quero conservar a força moral que devo ter nesta casa”.

A discussão em torno do significado da palavra “plebiscito”imprime à linguagem empregada no texto a função:

a) poética;b) metalingüística;c) fática;d) referencial;e) emotiva.

Retire do texto palavras acentuadas pelas mesmas regrasde “família”, “intervém” e “ridículo”.

Observe:

“Dona Bernardina intervém’’.

Complete a frase abaixo com o mesmo verbo e expliquea alteração.

Dona Bernardina e o senhor Rodrigues

Leia o verbete e depois diga qual é a função da linguagem:

homonímia – s.f. 1. mesmo nome; 2. identidade depronúncia, de grafia, ou de ambos, entre palavras; 3.conjunto de homônimos.

a) metalingüísticab) fáticac) conativa ou apelativad) emotivae) referencial

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Aponte a função predominante no texto abaixo:

a) referencial;b) poética;c) fática;d) conativa ou apelativa;e) metalingüística.

0606060606 Leia com atenção:

Teus olhos querem me levar

Eu só quero que você me leve

Eu ouço as estrelas conspirando contra mim

Eu sei que a plantas me vigiam do jardim

As luzes querem me ofuscar

Eu só quero que essa luz me cegue.

(Sérgio Brito e Marcelo Fromer – Titãs, Nem cinco

minutos)

Qual a função predominante no texto? Por quê?

PROPOSTA DE REDAÇÃO

1. Faça uma narrativa em 1ª ou 3ª pessoa de um fato familiarque o tenha marcado bastante.

2. Depois, faça uma auto-avaliação do texto observando aclareza na exposição dos fatos e também a correção dalinguagem.

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01. (PUC - PR) - Q u a n tos a c e n t os devem ser usados nostextos seguintes? (agudo, circunflexo, grave).

A poesia foi recitada com ênfase, e o deciamador fezgrande sucesso.

De um salto pos-se fora da gaiola.O sol ainda não tinha saido quando ela avistou o palaciodo principe.

- Aquela senhora compete fazer o papel de anfitriã,----- A muitas pessoas não importam as conseqüencias das

derrotas.

a) Cinco; b) Seis;c) Sete; d) Oito;e) Nove.

(PUC - PR) - Indique a alternativa que contém erro deacento.

a) ele pôde (ontem), eu argüí, ele argúi, gauchinha.b) sangüíneo, gaúcho, álcool, caracteres.c) corpóreo, fórum, hífens, tireóides.d) eu abotôo, longínquo, deságüe, ínterime) lingüista, lingüística, hífen, sairmos, saímos.

(UFPR) - Indique a série em que aparecem palavrasacentuadas incorretamente:

a) altruísmo, orfã, Pirajú, Anhangabaú, raizes;b) álcool, acessório, pólen, cônsul;c) bômbix, miosótis, Chuí, Adélia;d) bênção, amêndoa, almíscar, genuíno;e) armazéns, César, bílis, Gérson.

(ITA) - Dados os vocábulos:

1. puni-los2. instruí-los3. fosse

Constatamos que está (estão) devidamente grafados (s):

a) apenas o vocábulo nº 1;b) apenas o vocábulo nº 2;c) apenas o vocábulo nº 3;d) todos os vocábulos;e) n. d. a.

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(ITA – SP) - Dadas as palavras:

1. arguição2. eloquente3. cinquenta

Constatamos que o trema é obrigatório:

a) apenas na palavra nº 1;b) apenas na palavra nº 2;c) apenas na palavra nº 3;d) em todas as palavras;e) n. d. a.

0 50 50 50 50 5 (UFPR) - Assinale a alternativa em que todos os vocábulossão acentuados por serem oxítonos:

a) paletó, avô, pajé, café, jiló;b) parabéns, vêm, hífen, saí, oásis;c) vovô, capilé, Paraná, lápis, régua;d) amém, amável, filó, porém, além;e) caí, aí, ímã, ipê, abricó.

(UFPR) - Qual a alternativa que tem erro de acentuação?

a) também, lápis, café, pá;b) repórter, álbum, órfãs, móveis;c) austéro, cônsul, éter, fácil;d) lêem, caíste, sérias, papéis;e) heroína, país, saúde, compôs.

0 60 60 60 60 6

0707070707

01. (PUC - PR) - Assinale a opção que preenchacorretamente os pontilhados:

1) Querer, eles querem.2) Ler, eles ____________.3)Ter, eles ____________.4) Crer, eles ___________.5)Vir, eles ___________.6)Ver, eles __________.

a) lêem, têem, crêem, vêem, vêem.b) lêm, têm, crêm, vêm, vêm.c) lêm, tem, crêm, vem, vêm.d) lêem, tem, crêem, vem, vêem.e) lêem, têm, crêem, vêm, vêem.

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Informações Implícitas no Texto

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Ao lermos determinados textos é possível observar que algumas informações vêm de forma implícita, isto é, nãoaparecem escritas, mas subentendidas. É necessário que saibamos também ler nas entrelinhas do texto.

Ainda veremos, nesta unidade, questões relevantes relativas à ortografia das palavras homônimas e parônimas, alémdas diferentes grafias do por quê. Por fim, analisaremos a importante questão da coesão e coerência textual que muitocontribuirá para a escrita de um bom texto.

INFORMAÇÕES IMPLÍCITASNO TEXTO

Leia com atenção a frase:

Podem-se observar duas informações explícitas:

1. que o falante comprou um carro nacional;2. que o falante não se sente a pé.

É possível perceber a crítica do falante à indústriaautomobilística nacional, quando ele une as duasinformações com “mas”. Em outras palavras, embora tenhacomprado um carro “sem qualidade”, já não anda a pé.

Além daquilo que diz explicitamente, um texto podepassar informações que se apresentam subentendidas oupressupostas. Uma boa leitura é aquela capaz de identificartodos esses aspectos.

Informações pressupostas:São as informações percebidas por meio de algumas

palavras ou expressões contidas na frase.

Veja:

A frase expõe de forma explícita que eu, em algumtempo, dominei o idioma francês, mas de maneira implícitainforma que atualmente não falo mais.

Os indicadores dos pressupostos podem serobservados por meio de alguns recursos lingüísticos, como,por exemplo:a) alguns verbosverbosverbosverbosverbos: “A briga tornou-setornou-setornou-setornou-setornou-se pública.”

Note que o pressuposto é que antes a briga não eranotória.

b) alguns advérbios: “AindaAindaAindaAindaAinda não recebemos a visita dele.”Neste caso, pressupõe-se que a visita já deveria teracontecido ou, então, vai acontecer em outra data.

c) algumas preposições: “AtéAtéAtéAtéAté o presidente paga imposto.”Aqui, o pressuposto é que o presidente não deveria pagarimposto.

“Comprei um carro nacional, mas me sinto motorizado.”

Informações subentendidas:

Na construção de uma frase, os subentendidos sãoaquelas insinuações que existem por trás de uma afirmação.Se você está numa sala fechada e comenta: “Como estáquente hoje!”, na verdade, está pedindo para abrir portas ejanelas.

A diferença entre o pressuposto e o subentendido éa seguinte:

PressupostoPressupostoPressupostoPressupostoPressuposto – é a idéia que não admite contestaçãonem do emissor nem do receptor.

SubentendidoSubentendidoSubentendidoSubentendidoSubentendido – a interpretação fica por conta doreceptor, ou seja, ele a entende como quiser.

SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS

Quanto ao sentido as palavras podem ser:

a) sinônimassinônimassinônimassinônimassinônimas – quando apresentam idéias semelhantes:lindo = belo = bonito.

b) antônimas antônimas antônimas antônimas antônimas – quando apresentam idéias opostas: sortex azar.

c) homônimashomônimashomônimashomônimashomônimas:→ perfeitas: mesma grafia e pronúncia, mas sentidos

diferentes: morro (subst.) – morro (verbo).→ homófonas; mesma pronúncia, mas grafia e significados

diferentes: caçar (pronúncia) – cassar (=anular).→ homógrafas: mesma grafia, mas prosódia é diferente:

governo(subst.) – governo (verbo).d) parônimas parônimas parônimas parônimas parônimas – são palavras muito parecidas na grafia e na

pronúncia, mas com significados bem distintos: ratificar(=confirmar), retificar (=corrigir), tráfego (=trânsito),tráfico (=comércio ilícito).

Eu falava francês.

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GRAFIAS DO PORQUÊ

Existem diferentes formas de grafar o porquê.Observe:

POR QUE POR QUE POR QUE POR QUE POR QUE – grafa-se separado e sem acento emduas situações:a) início de frase interrogativa.

ExExExExEx.: Por que devo aprender isto?b) quando puder ser substituído pelas expressões “pelo

qual”, “pela qual”, “pelos quais”, “pelas quais” ou quandosubentender-se “o motivo”, “a razão”.ExExExExEx.: Eis por que devo aprender isto. (=Eis o motivo peloqual devo aprender isto).POR QUÊ POR QUÊ POR QUÊ POR QUÊ POR QUÊ – grafa-se separado e com acento no

final do período interrogativo.ExExExExEx.: Devo aprender isto por quê?PORQUEPORQUEPORQUEPORQUEPORQUE – grafa-se junto e sem acento quando for

empregado em respostas.ExExExExEx.: Devo aprender isto porque é importante para a

escrita.PORQUÊPORQUÊPORQUÊPORQUÊPORQUÊ – grafa-se junto e com acento quando

vier antecipado de elementos determinantes do substantivo,como artigos e pronomes, por exemplo.

ExExExExEx.: Dê-me o porquê dessa situação.

COESÃO TEXTUAL

Observe com atenção:“Vovô é um homem muito trabalhador, mas passa o

dia inteiro deitado na rede.”Como pode ser trabalhador e passar o dia deitado na

rede? A idéia está organizada de modo incoerente. O quese quis dizer, provavelmente, é que o vovô sempre foimuito trabalhador, mas por estar aposentado, passa os diasna rede.

Agora, leia:“Como muito carne, apesar que gosto muito.”Temos aí um exemplo de frase que apresenta um erro

de coesão pelo emprego de apesar queapesar queapesar queapesar queapesar que. Ora, apesarapesarapesarapesarapesaremprega-se quando se deseja contrariar o que se afirmouanteriormente. Assim, poderíamos dizer:

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– Como muita carne, apesar de não gostar muito.

OUOUOUOUOU:

– Como muita carne, porque gosto muito.

A coesão e a coerência são aspectos muitoimportantes para que o texto apresente a sua maiorqualidade: a clarezaclarezaclarezaclarezaclareza da idéia. O que vêm a ser coesão ecoerência? Na verdade, são dois aspectos de um mesmofenômeno. Um texto sem coesão leva-o a ser tambémincoerente.

COESÃOCOESÃOCOESÃOCOESÃOCOESÃO – é o aspecto do texto que se observaquando quem o escreve emprega adequadamente osrecursos necessários para “costurar” as idéias. Há várioselementos que garantem a coesão textual:a) o emprego correto dos tempos e modos verbais;

o emprego adequado dos pronomes, preposições,conjunções e artigos.

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Aponte a alternativa correta quanto ao emprego da palavraem destaque:

a) Os enlatados estão guardados na dispensadispensadispensadispensadispensa.b) Compramos ingresso para a seçãoseçãoseçãoseçãoseção de cinema.c) Como era pessoa reservada pedimos descriçãodescriçãodescriçãodescriçãodescrição.d) Este perfume é flagranteflagranteflagranteflagranteflagrante.e) O Juiz infligiuinfligiuinfligiuinfligiuinfligiu a pena máxima ao réu.

Resposta comentadaResposta comentadaResposta comentadaResposta comentadaResposta comentada.Na alternativa a, dever-se-ia empregar despensa, poisdispensa é do verbo dispensar (=desobrigar). Já naalternativa b, a palavra ortograficamente correta é sessão(=tempo), pois seção quer dizer departamento.Exemplo: (Na loja há uma seção de brinquedos). Apalavra correta, na alternativa c, é discrição (de discreto),uma vez que descrição vem de descrever. O perfume sópode ser fragrante (de fragância), pois flagrante é palavraque significa surpresa. Na alternativa e usou-se a palavraadequada pois infligir infligir infligir infligir infligir significa aplicar. Não se deveconfundir com infringir infringir infringir infringir infringir que significa desacatar,desobedecer.Assinale a alternativa correta quanto ao emprego do

porquê.

a) Por quê José saiu?b) Não sei porque José saiu.c) Gostaria muito de saber o porque da saída de José.d) José saiu por que precisava ir ao banco.e) José saiu. Por quê?

Resposta comentadaResposta comentadaResposta comentadaResposta comentadaResposta comentada – em a, a palavra deveria estarsem acento porque está no início do período interrogativo.Em b, deveria estar escrito separado, uma vez que sepode subentender o motivo, a razão (=não sei a razãopor que ou pela qual saiu). Em c , temos a palavra precedidapor um artigo (o), o que a torna um substantivo, devendoportanto estar acentuada. Em d , a palavra funcionandocomo resposta, justificativa, deveria ser grafada junto esem acento. A alternativa correta, neste exercício, é e .

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LEITURA E INTERPRETAÇÃO DETEXTO

A Bomba Atômica

A bomba atômica é tristeCoisa mais triste não háQuando cai, cai sem vontadeVem caindo devagarTão devagar vem caindoQue dá tempo a um passarinhoDe pousar nela e voar . . .Coitada da bomba atômicaQue não gosta de matar!

Coitada da bomba atômicaQue não gosta de matarMas que ao matar mata tudoAnimal e vegetalQue mata a vida da terraE mata a vida do arMas que também mata a guerra . . .Bomba atômica que aterra!Pomba atômica da paz!Pomba tonta, bomba atômicaTristeza, consolação

Flor puríssima do urânioDesabrocha no chãoDa cor pálida do héliumE odor de rádium fatalLoelia mineral carnívoraRadiosa rosa radical

Nunca mais, oh bomba atômicaNunca, em tempo algum, jamaisSeja preciso que matesOnde houver morte demais:Fique apenas tua imagem

Aterradora miragem Sobre as grandes catedrais:

Guarda de uma nova eraArcanjo insigne da paz!(MORAES, Vinicius de. “O encontro do Cotidiano”, In: Obra

Poética, Rio de janeiro, J. Aguilar, 1968, pp. 327-328)

VOCABULÁRIO:

Urânio: Metal Radioativo.Hélium: Gás incolor, usado como componente deatmosfera inerte e enchimento de balões.Rádium: Elemento radioativo, metálico, branco prateado.Loelia: Gênero de orquídeas (flor).Insigne: Notável, extraordinário, importante.

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Sobre o texto:

I. Qual é o tema em destaque?_______________________________________________II. A Bomba Atômica é apresentada no poema, por meio

de imagens surpreendentes. Destaque dois versos emque isso se dá.

_______________________________________________III. Essas imagens estão a serviço de uma mensagem que o

autor nos pretende passar. Qual é ela, a seu modo dever?

_______________________________________________

Assinale a série em que há uma palavra que não pode,em princípio, ser considerada como pertencente aomesmo campo sinonímico das demais, ainda que porsemelhança:

a) calma - sossego - inércia;b) regularidade - ordem - harmonia;c) conseqüência - resultado - efeito;d) origem - princípio - embrião;e) pequenez - escassez - deterioração.

Assinale onde se erra:

a) Falou comigo desse jeito, por quê?b) Por que falou desse jeito?c) Quero saber porque falou desse jeito.d) Quero saber o porquê de ter falado desse jeito.e) Falou desse jeito porque estava zangado.

Complete as frases abaixo com uma das palavras entreparênteses:

O preso fugiu da __________. (cela, sela)A moça sempre usa cabelo ____________. (comprido,cumprido)

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0202020202

0303030303

0404040404

0505050505

Paguei as ________________de luz e telefone. (taxa,tacha)Meu carro nunca foi ao ____________. (concerto,conserto)O diretor ______________ o requerimento. (diferiu,deferiu)

Use o dicionário, se preciso, para encontrar a diferençade significado que há entre:

a) chá ____________________________________Xá _____________________________________

b) eminente ________________________________iminente ________________________________

c) cozer ___________________________________coser ___________________________________

d) cerrar __________________________________serrar __________________________________

Ligue as palavras a seus sinônimos:

remoto levantarrepulsivo acostumadoafeito afastadofútil repelentesuscitar frívolo

Reescreva as frases abaixo, de modo a corrigir osproblemas de coesão e coerência:

a) Embora todos o conheçam e apesar de conviverem comele há pouco tempo, ninguém sabe se é casado.

______________________________________________________________________________________________

_______________________________________________

b) Para não ser mordido, o cão teve de ficar acorrentado.

_______________________________________________

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(UCPEL – RS) )

................................... saíste mais cedo?Nem eu sei ............................................Talvez o .................... deva ser esclarecido.Eis ............................. devemos conversar.

a) por que – porquê – por que – por quê;b) por quê – porquê – por que – por que;c) porquê – por quê – por que - por que;d) por quê – por que – por que – porquê;e) por que – por que – porquê – por que.

(ITA - SP) Os sinônimos de ignorante, iniciante, sensatez

e confirmar são, respectivamente:

a) incipiente - insipiente - descrição - retificar;b) incipiente - insipiente - discrição - ratificar;c) insipiente - incipiente - descrição - ratificar;d) insipiente - incipiente - discrição - ratificar;e) incipiente - insipiente - descrição - ratificar.

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(Alfenas – MG) O novo ______________________da população cometeu ________________ equívocoao desconsiderar significativo percentual de________________que entraram no país nos últimosanos.

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a) censo - fragrante - emigrantes;b) censo - flagrante - emigrantes;c) senso - fragrante - emigrantes;d) senso - flagrante - imigrantes;e) censo - flagrante - imigrantes.

(UFAC- AC) Assinale a opção que completa adequadamente os quadrinhos abaixo:

a) intervir - intervir - vê-lo – virem;b) intervir - intervisse - vê-lo - verem;c) intervir - intervier - vê-lo – verem;d) intervir - intervir - vê-lo - verem;e) intervir - intervier - vê-lo - virem.

Nota: Quadrinhos de Bill Watterson, Calvin e Haroldo, São Paulo Cedibra. Apud Florianete e Margaret Gumarães, A gramática lê

o texto. Ed. Moderna.

( FUVEST) - No último ___________________orquestra sinfônica, houve ______________ entre osconvidados, apesar de ser uma festa ______________.

a) conserto, flagrantes descriminações, beneficenteb) concerto, flagrantes discriminações, beneficientec) conserto, flagrantes descriminações, beneficiented) concerto, flagrantes discriminações , beneficente.

(UFPR) – Complete as lacunas, usando adequadamentemasmasmasmasmas, maismaismaismaismais, malmalmalmalmal ou maumaumaumaumau.Pedro e João........ entraram em casa, perceberam queas coisas não estavam bem, pois sua irmã caçula escolheraum .... momento para comunicar aos pais que iria viajarnas férias; ..... seus dois irmãos deixaram os pais .....sossegado quando disseram que a jovem iria com asprimas e a tia.

a) mau, mal, mais, mas;b) mal, mal, mas, mais;c) mal, mau, mas, mais;d) mal, mau, mas, mas;e) mau, mau, mas, mais.

(UNICAMP) – Leia atentamente:A chuva salvou o GP Brasil. Vinte minutos de toró, maisuma brilhante corrida de Ayrton Senna, transformaramum passeio de Alain Prost num pesadelo molhado. Ofrancês da Williams foi derrotado pela água. ( ... ) Paraganhar a corrida de Interlagos, Senna contou com sorte,perícia, uma tática bem traçada e, sobretudo, uma burradasem tamanho de Alain Prost. O nanico, que largou napole, fazia uma prova sem sustos, liderava comtranqüilidade e só perderia se um raio caísse em suacabeça. Aconteceu quase isso. Na 30L’ passagem,debaixo de um belo aguaceiro, não parou para colocarpneus “biscoito” e no fim na Reta dos Boxes perdeu ocontrole de seu carro, batendo no Minardi de ChristianFittipaldi.(Folha de S. Paulo, 5-1, 29.03.93)Há no texto várias palavras e expressões ligadas à chuva,como toró, água, molhado, aguaceiro, etc. Ao empregá-las, o autor procurou:

a) relatar um acontecimento previsível, verificado durante oGP Brasil;

b) apresentar a chuva inesperada como único fator da derrotade Prost;

c) apresentar dois pontos de vista com relação ao fenômenoda chuva: um, ligado ao vencido, outro, ao vencedor;

d) conseguir efeitos estilísticos que tornassem o texto maispreciso e elegante;

e) demonstrar que, às vezes, a providência divina faz suaprópria justiça.

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Como você explicaria a existência das formas cessão cessão cessão cessão cessão, seçãoseçãoseçãoseçãoseção ou secçãosecçãosecçãosecçãosecção e sessãosessãosessãosessãosessão? Qual a origemdessas diferenças ortográficas ligadas a significações diferentes?

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Os Discursos da Narrativa

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Os Discursos da NarrativaOs Discursos da NarrativaOs Discursos da NarrativaOs Discursos da NarrativaOs Discursos da Narrativa

Você verá, nesta unidade, que, ao narrar um fato, pode-se utilizar ou não o diálogo para registrar a fala da(s)personagem(ns). Isto significa que o narrador dispõe de diferentes formas de discurso. Quando o narrador mistura essesdiscursos, o texto se torna mais leve e mais saboroso para o leitor.

Na aula 06, você ainda verá o emprego da crase, um sinal que pode até mudar o sentido da frase, quando nãoempregado adequadamente.

A questão da coerência verbal. Fecha esta fase, mostrando a você a importância de estabelecer relações de sentidoàs diferentes partes do texto.

OS DISCURSOS DANARRATIVA

Na narrativa há três formas de manifestar a fala daspersonagens: o discurso direito, o indireto e o indireto livre.

DISCURSO DIRETO

O discurso direito é marcado na escrita, geralmente,com o travessão e acontece nos diálogos. É a apresentaçãotextual das palavras das personagens.

VejaVejaVejaVejaVeja:- Como vai você, criatura!O homem franzino levou um susto e respondeu

friamente:- Estava muito bem até agora.

DISCURSO INDIRETO

O discurso indireto acontece quando o narradoremprega as próprias palavras para expressar a fala daspersonagens. Observe como a narração anterior ficaria, seestivesse em forma de discurso indireto:

VejaVejaVejaVejaVeja:Ele perguntou ao homem franzino como estava

passando. Assustado, o outro respondeu friamente queestava muito bem até aquele momento.

DISCURSO INDIRETO LIVRE

É a representação da “fala” interior da personagem,diretamente incluída na linguagem do narrador.

ObserveObserveObserveObserveObserveJustamente hoje que ele não queria encontrar ninguém!

Tinha de aparecer um sujeito com quem não queria seencontrar? Não teve como ignorar a pergunta do outro,mas respondeu friamente. Isso! Era mesmo para o abelhudoentender que não estava para conversa. Com ninguém!Ninguém, entendeu?

O EMPREGO DA CRASE

Dá-se o nome de crasecrasecrasecrasecrase à fusão de dois sonsvocálicos vocálicos vocálicos vocálicos vocálicos iguais: a (artigo) + a (preposição).

Assinala-se a crasecrasecrasecrasecrase com o acento grave (`) sobre oa a a a a .

O fenômeno ocorre quando a preposição a a a a a encontra-se com o artigo aaaaa.

VVVVVejaejaejaejaeja:– Entreguei o documento aaaaa aaaaa secretaria.– Entreguei o documento ààààà secretaria.

Isto acontece porque o verbo entregarentregarentregarentregarentregar pede apreposição aaaaa, e o substantivo secretariasecretariasecretariasecretariasecretaria admite o artigo aaaaa.

Casos em que pode ocorrer craseCasos em que pode ocorrer craseCasos em que pode ocorrer craseCasos em que pode ocorrer craseCasos em que pode ocorrer crase:1. Antes de palavra feminina que admita artigo.

Ex.: Adaptei-me à cidade.Obs. – Uma forma bem prática para saber se ocorre

crase diante de uma palavra feminina é:substituir essa palavra por outra masculina (não é

necessário que seja sinônimo)se antes da palavra masculina ocorrer ao, então

emprega-se a crase. Veja:– Adaptei-me a cidade. (cidade = palavra feminina)– Adaptei-me ao colchão. (colchão = palavra masculina)

Ass imAss imAss imAss imAss im:– Adaptei-me à cidade.

Observe agoraObserve agoraObserve agoraObserve agoraObserve agora:– Vendi a casa. (casa = palavra feminina)– Vendi o carro. (carro = palavra masculina)

LogoLogoLogoLogoLogo:– Vendi aaaaa casa. (sem crase porque, neste caso, o aaaaa é apenas

artigo)

2. Antes de alguns nomes de localidades, quando essesadmitirem o artigo aaaaa.

V V V V Vejaejaejaejaeja:– Viajarei à à à à à Colômbia.

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MasMasMasMasMas:– Viajarei aaaaa Curitiba.

Obs. – uma forma de não errar esta regra é empregareste artifício:

Se vou e volto dadadadada, crase há;Se vou e volto dedededede, crase pra quê?EntãoEntãoEntãoEntãoEntão:

– Volto dadadadada Colômbia. Logo: Vou à Colômbia.– Volto de de de de de Curitiba. Logo: Vou a Curitiba.

Atenção!Haverá crase se o nome da localidade vier modificado

por algumas expressões.ObserveObserveObserveObserveObserve:

– Vou a bela bela bela bela bela Curitiba. = Volto da belada belada belada belada bela Curitiba.Ass imAss imAss imAss imAss im:

– Vou ààààà bela Curitiba.

3. Antes de numeral, seguido da palavra horahorahorahorahora, mesmo queela esteja apenas subentendida:Ex.: Cheguei àsàsàsàsàs seis horas. Cheguei àsàsàsàsàs seis. (horas)

4. Antes de substantivo, quando se puder subentender asexpressões à moda deà moda deà moda deà moda deà moda de ou à maneira deà maneira deà maneira deà maneira deà maneira de:Ex.: Usava saltos à à à à à Luís XV. (= à moda de Luís XV)Obs.: É o único caso em que se admite o uso de

crase antes de palavra masculina.

5. Antes dos pronomes demonstrativos aquele(s)aquele(s)aquele(s)aquele(s)aquele(s),aquela(saquela(saquela(saquela(saquela(s), aquiloaquiloaquiloaquiloaquilo, sempre que for possível a substituiçãopor a este, a estaa este, a estaa este, a estaa este, a estaa este, a esta, a istoa istoa istoa istoa isto, respectivamente.Ex.:

– Referia-me aqueleaqueleaqueleaqueleaquele rapaz. = Referia-me a estea estea estea estea este rapaz.

LogoLogoLogoLogoLogo: Referia-me àquele rapaz.

6. Nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas:a)a)a)a)a) adverbiaisadverbiaisadverbiaisadverbiaisadverbiais: às cegas, às claras, às escondidas, à toa, às

pressas, às vezes, à direita, à esquerda, à noite, à força,etc.Ex.: O vendedor apareceu ontem à tarde.

b)b)b)b)b) prepositivasprepositivasprepositivasprepositivasprepositivas: à espera de, à beira de, à vista de, àsemelhança de, etc.Ex.: Ficou à espera de um convite.

c)c)c)c)c) conjuntivasconjuntivasconjuntivasconjuntivasconjuntivas: à medida que, à proporção que.Ex.: Aumentava o pavor, à medida que anoitecia.

Casos especiais de uso da craseCasos especiais de uso da craseCasos especiais de uso da craseCasos especiais de uso da craseCasos especiais de uso da crase:

1. Antes da palavra CASACASACASACASACASA, se esta vier determinada:– Retornou à casa paterna.

MasMasMasMasMas:– Foi a casa apenas para apanhar a mala.

2. Antes da palavra TERRATERRATERRATERRATERRA, se esta não for antônimo debordo.

– Retornou à terra natal.MasMasMasMasMas:

– Os marinheiros vieram a terra.

Não se emprega a craseNão se emprega a craseNão se emprega a craseNão se emprega a craseNão se emprega a crase:1. Antes de palavra masculina.

Ex.: Andar a cavalocavalocavalocavalocavalo.

2. Antes de artigo indefinido.Ex.: Viajou a uma uma uma uma uma cidade estranha.

3. Antes de verbo.Ex.: Passa os dias a sonharsonharsonharsonharsonhar.

4. Antes de pronomes de tratamento.Ex.: Enviamos a Vossa SenhoriaVossa SenhoriaVossa SenhoriaVossa SenhoriaVossa Senhoria a encomenda.

5. Antes de pronomes indefinidos, pessoais edemonstrativos.Ex.: Não peça ajuda a ninguémninguémninguémninguémninguém. Nada disse a elaelaelaelaela. Não veio a estaestaestaestaesta reunião.

6. Depois de preposição.Ex.: Ele esteve peranteperanteperanteperanteperante a comissão.

7. Quando o a estiver antes de palavra no plural.Ex.: Não vou a festasfestasfestasfestasfestas.

8. Antes da palavra DISTÂNCIADISTÂNCIADISTÂNCIADISTÂNCIADISTÂNCIA, a não ser que ela venhadeterminada.Ex.: Fiquei observando a distância.MasMasMasMasMas:Ex.: Fiquei observando à distância de cem metrosde cem metrosde cem metrosde cem metrosde cem metros.

9. Diante de palavras repetidas: caracaracaracaracara a caracaracaracaracara, facefacefacefaceface a facefacefacefaceface,etc.

COERÊNCIA TEXTUAL

A coerência textual é a relação que se estabelece entreas partes do texto e está ligada aos seguintes aspectos:a) o emprego correto dos recursos coesivos;b) a adequação da linguagem, conforme os objetivos de

cada texto, conforme o destinatário de cada texto, entreoutras questões;

c) a organização como um todo, em que devem estardelimitados o início, o meio e o fim do texto.

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ObserveObserveObserveObserveObserve

Nunca havíamos tido um inverno tão rigoroso. Atemperatura sempre abaixo de zero fazia as mãostremerem. Resolvi, então, sair e enfrentar o sol quequeimava na pele para buscar lenha...

Observe na fala da personagem a presença do a preposição, em “a acidentes’’ e do a artigo, em “ a realidade’’.Note também que não se empregou a crase no primeiro caso, porque o a antecede uma palavra no plural.

Assinale a alternativa correta quanto ao emprego da crase:

a.( ) A família recolheu-se a hora de costume.b.( ) Foi à loja e fez um estrago na conta bancária.c.( ) Estive cara à cara com o ladrãod.( ) Nunca gostei de andar à pé.

Resposta comentada:a. Emprega-se a crase antes da palavra hora.b. Alternativa correta. Podemos dizer: “Foi ao mercado”.

Observe que antes da palavra masculina ocorreu aoaoaoaoao.c. Não se emprega crase com palavras repetidas.d. Não se emprega crase antes de palavra masculina. (o pé)

Preencha as lacunas com a, as, à ou às:

a) Você já aprendeu ... ver a beleza das flores?b) Iremos .... Brasília falar com o ministro.c) Os pivetes atacaram-se ...... pedradas.d) ..... portas ficarão abertas ..... você e ...... pessoas

interessadas no assunto.e) Os bombeiros permaneceram ...... distância de dez

metros do fogo.

Resposta comentada:a) a ver – não se emprega crase antes de verbo;

a beleza – este a é apenas um artigo. Tente substituir apalavra beleza por uma palavra masculina e verá que nãoocorre ao.

b) Observe: Volto de Brasília. Volto de, crase pra quê?c) Nesta alternativa o a vem antes de palavra no plural. Por

isto não recebe o acento da crase.d) As portas – aqui também As é apenas artigo, como em “a

beleza” da alternativa “a”.a você – não se emprega crase antes de pronome detratamento.às pessoas – substitua pessoas por uma palavra masculinae verá que antes desta ocorrerá aos.

e) à distância de - emprega-se a crase porque a palavradistância está determinada: “de dez metros.”

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Não é difícil concluir o por que este texto apresentauma incoerência. Provavelmente, o narrador quis dizer que“apesar do sol, o vento queimava a pele”.

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LEITURA E INTERPRETAÇÃODE TEXTO

Conversinha Mineira

(Fernando Sabino, A mulher do vizinho)

- É bom mesmo o cafezinho daqui, meu amigo?- Sei dizer não senhor: não tomo café.- Você é dono do café, não sabe dizer ?- Ninguém tem reclamado dele não senhor.- Então me dá café com leite, pão e manteiga.- Café com leite só se for sem leite.- Não tem leite?- Hoje, não senhor.- Por que hoje hoje hoje hoje hoje não?- Porque hoje o leiteiro não veio.- Ontem ele veio?- Ontem não.- Quando é que ele vem?- Tem dia certo não senhor. Às vezes vem, às vezes

não vem. Só que no dia que devia vir em geral não vem.- Mas ali fora está escrito ‘Leiteria’!- Ah, isto está sim senhor.- Quando é que tem leite?- Quando o leiteiro vem.- Tem ali um sujeito comendo coalhada. É feita de

quê?- O quê: coalhada? Então o senhor não sabe de que é

feita a coalhada?- Está bem, você ganhou. Me traz um café com leite

sem leite. Escuta uma coisa: como é que vai indo a políticaaqui na sua cidade?

- Sei dizer não senhor: eu não sou daqui.- E há quanto tempo o senhor mora aqui?- Vai para uns quinze anos. Isto é, não posso garantir

com certeza: um pouco mais, um pouco menos.- Já dava para saber como vai indo a situação, não

acha?- Ah, o senhor fala a situação? Dizem que vai bem.- Para que Partido ?- Para todos os Partidos, parece.- Eu gostaria de saber quem é que vai ganhar a eleição

aqui.- Eu também gostaria. Uns falam que é um, outros

falam que é outro. Nessa mexida ...- E o prefeito?- Que é que tem o Prefeito ?- Que tal é o Prefeito daqui?- O Prefeito? É tal e qual eles falam.- Que é que falam dele ?- Dele? Uai, esse trem todo que falam de tudo quanto

é Prefeito.

- Você, certamente, já tem candidato.- Quem, eu? Estou esperando as plataformas.- Mas tem ali o retrato de um candidato dependurado

na parede, que história é essa?- Aonde, ali? Ué, gente: penduraram isso aí...

Sobre o texto:

a) Qual o fato apresentado, objeto da narrativa?_____________________________________________b) Qual o perfil psicológico de cada personagem?_____________________________________________c) Que conclusões você pode tirar desta história?_____________________________________________

Passe para o discurso indireto:

- É bom mesmo o cafezinho daqui, meu amigo?- Sei dizer não Senhor: não tomo café.- Você é o dono do café, não sabe dizer?- Ninguém tem reclamado dele não Senhor.

As frases abaixo precisam ser reorganizadas para setornarem coerentes. Reescreva-as.O telefone tocou ao entrar no quarto para apanhar achave.

__________________________________________________________________________________________

Há os que acreditam que as vacas são sagradas e, porisso, passeiam livremente pelas ruas.

__________________________________________________________________________________________

A imprensa é mais uma realização do homem que sofreu,desde a sua descoberta, gradativos aperfeiçoamentos.

__________________________________________________________________________________________

Numere a 2ª coluna de acordo com a primeira, parajustificar a ausência da crase:

( 1 ) Vistoriei a sala de ponta a ponta.( 2 ) Não há ninguém igual a ela.( 3 ) Amanhã voltarás a sorrir.( 4 ) Daremos graças a Deus.( 5 ) Não ligue a boatos.

( ) palavra masculina( ) verbo( ) pronome pessoal( ) palavras repetidas( ) palavra no plural

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Complete as frases com a, as, à ou às:

a) Daqui __pouco chegarão ___duas alunas.b) Ficou ____ olhar tristemente para ____ janela.c) ____prova será ___ dez horas.d) _____vezes compro ___ vista, outras vezes _____

prazo.e) Ando ____ espera de boas notícias.f) Depois do sinal, vire ___ direita.g) Coloquei o armário____ esquerda da porta.h) Gosto de camarão _____baiana.i) _____ duas moças chegaram _____ noite.j) Quase não ______vejo sorrir.

Justifique o único caso de crase que aparece no texto“Conversinha mineira”.

Leia as frases abaixo e empregue o sinal da crase, quandonecessário:

a) Quando a miragem do sol se desfez, a louca da subiu atorre e ficou a gargalhar, a espera de que todos a ouvissem.

b) Levantam-se as cinco horas e ficam cara a cara com aenxada.

c) A medida que a fé aumenta, o coração torna-se maissereno.

d) Irei a Teresópolis e a Petrópolis, mas antes conhecerei abela Curitiba e também viajarei a Bahia.

Proposta de redação

Elabore um texto narrativo em que você possa empregardiscurso direto e indireto.Você poderá narrar um fato real ou fictício. Após concluí-los, faça uma leitura atenta para corrigir os desvios delinguagem.

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0505050505

(ITA – SP) Assinale a série que completa corretamente afrase:Na velha fazenda, ....... que cheguei ...... nove horas eque percorri ........cavalo, vi ferramentas expostas .....chuva e plantações abandonadas .......... formigas.

a) à — às — a — à — às;b) a — as — à — a — às;c) a — às — a — à — às;d) à — às — à — a — as.

(PUCCAMP – SP) Observe as locuções em negrito:

I. Se eu soubesse escrever à máquinaà máquinaà máquinaà máquinaà máquinaII. O cavaleiro o seguia a meia marchaa meia marchaa meia marchaa meia marchaa meia marcha.III. Costumava vestir-se à modernaà modernaà modernaà modernaà moderna.IV. Ele escrevia à luzà luzà luzà luzà luz da gramática.

Quanto à crase:a) Estão corretas somente as duas primeiras.b) Estão corretas somente as duas últimas.c) Estão corretas somente a primeira e a última.d) Nenhuma está correta.e) Todas estão corretas.

(UEL – PR) De volta ........ escola, os alunos puseram-se, mesmo que, ........ duras penas, ...... disposição dodiretor.

a) à, à, à;b) à, à, a;c) a, à, a;d) à, a, à;e) à, a, a.

(UEPG – PR) Chegou ...... escola e perguntou..............uma funcionária ...........quem deveria entregar............... folha de papel.

a) a, à, a, a;b) à, a, à, a;c) a, a, à, a;d) à, a, a, a;e) a, à, à, a;

(CEFET – PR) Complete adequadamente as lacunas e,após, indique a alternativa de seqüência correta:

a. Venho dizendo isso ............... muito tempo.b. .......... poucos passos daqui existe uma farmácia.c. Estamos ......... cerca de três quilometros de Caiobá.d. Daqui ....... poucos dias sairá o meu empréstimo.e. ........ quinze horas, chegaremos ......... cidade de Ponta

Grossa.

1. há, A, a, a, Às, à;2. Há, Há, a, a, Às, a;3. Há, A, a, às, a;4. a, A, há, a, Às, à;5. a, A, à, à, Às, à.

(CEFET – PR) Marque a alternativa em que não houveerro quanto à omissão ou presença do acento da crase:

a) Estamos à bordo ou tendo descido a terra, era sempre omesmo: resmungão.

b) Às custas da firma, consertou, as ocultas, a sua própriamáquina.

c) Se ele vai a festas, a ninguém cumprimenta, nem mesmoa ela.

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d) Quanto à moda, hoje, parece que não há mais roupaespecífica a homem ou a mulher.

e) A banca não tolerava discursos a Rui Barbosa, nemmesmo a luz da sabedoria.

( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS – SP) As duas rivaisachavam-se frente ........................ frente; mas parasurpresa de todos que ............ viam, as duas puseram-se ............rir.

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(UEM – PR) O acento grave, nos exemplos a seguir,altera o sentido da frase. Explique cada caso: (Adaptada)

a) Despediu-se a francesa.b) Despediu-se à francesa.

a) a, às, ab) a, as, ac) à, às, ad) a, as, àe) à, as, a

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Você verá nesta unidade todos os elementos significativos que contribuem para a formação das palavras. Além disso,este estudo contribui para a ampliação de vocabulário nas chamadas famílias etimológicas. Espera-se que, a partir dele, vocêadquira melhor compreensão sobre como se articulam os elementos que fornecem a significação das palavras.

Já os processos de formação de palavras são recursos à disposição dos falantes para a criação de novos vocábulos.Um desses processos é a derivação que exige o conhecimento dos prefixos e sufixos, a fim de que você possa

perceber todas as potencialidades da nossa língua.

ESTRUTURA DAS PALAVRAS (I)

MorfemasMorfemasMorfemasMorfemasMorfemas – o morfema é a unidade mínima designificação de uma palavra.

Veja, por exemplo, os elementos que compõem apalavra “brasileirinhos”:

– brasi– radical que designa país– eir(o)– sufixo que indica origem– inh– sufixo que indica diminutivo– o– desinência que indica masculino– s– desinência que indica plural

Assim, são considerados morfemas: radical, afixos(prefixos e sufixos), desinências e vogal temática.

RADICALRADICALRADICALRADICALRADICAL – é o elemento mórfico mais importante ,porque é nele que está contido o significado básico da palavra.

Na palavra vendervendervendervendervender, por exemplo, temos o radical vendvendvendvendvend-. A partir dele, podemos formar outras palavras como:vendvendvendvendvendedor, revendvendvendvendvendedor, vendvendvendvendvendeiro, etc.

PPPPPALAALAALAALAALAVRAS COGNAVRAS COGNAVRAS COGNAVRAS COGNAVRAS COGNATTTTTASASASASAS – são palavras formadas apartir do mesmo radical, formando uma família de palavras.Ex.: luz, reluzir, reluzente, luzinha, etc.

Observe outros exemplos de famílias etimológicas(família de palavras ou palavras cognatas):

– moçmoçmoçmoçmoço , remoçmoçmoçmoçmoçar , moçmoçmoçmoçmoçada , , , , , mocmocmocmocmocinha– amamamamamor , amamamamamante , desamamamamamor, amamamamamoreco– marmarmarmarmar , marmarmarmarmarítimo, marmarmarmarmarinho, marmarmarmarmarujo

ATENÇÃO !– terrterrterrterrterra , terrterrterrterrterreiro, aterrterrterrterrterro, enterrterrterrterrterrar – palavras que

pertencem à mesma família.

MASMASMASMASMAS:– terrorterrorterrorterrorterror – nada tem a ver com a família da palavra terra.terra.terra.terra.terra.

AFIXOSAFIXOSAFIXOSAFIXOSAFIXOS – são elementos mórficos significativos quese agregam ao radical, formando novas palavras. São afixos:

a) prefixos – vêm antes do radical. Ex.: aaaaanormal, desdesdesdesdesfazer,préprépréprépré-escola, etc.

b) sufixos – vêm depois do radical. Ex.: casamentomentomentomentomento,brasileiroeiroeiroeiroeiro, dentistaistaistaistaista, etc.

PREFIXOS LATINOS

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PREFIXOS GREGOS

Agora, mencionamos os prefixos gregos de maiorpresença na formação de palavras em nossa língua, tambémcom significados e exemplos:

CORRESPONDÊNCIA ENTREPREFIXOS LATINOS E GREGOS

SUFIXOS

OS SUFIXOS PODEM SER

Formadores de substantivos, acrescentando significadosde:– agente = ascensorista, padeiro, pedinte– ação = coroação, casamento, leitura– lugar = necrotério, matadouro, cinzeiro– abundância = laranjal, formigueiro, folhagem– nomes de naturalidade = pernambucano, brasileiro– doutrinas = socialismo, parnasianismo– nomes técnicos = morfema, rinite, osmose

Obs.: Há também sufixos que formam aumentativos ediminutivos.

Ex.: homenzarrãozarrãozarrãozarrãozarrão chuviscoiscoiscoiscoisco copázio ázio ázio ázio ázio lugarejoejoejoejoejo cabeçorra orra orra orra orra ilhotaotaotaotaota

Atenção ! Pelos exemplos, percebemos que a mesmaforma sufixal pode apresentar mais de um valor significativo.

cinzeiroeiroeiroeiroeiro (lugar) x banqueiroeiroeiroeiroeiro (agente)viagemgemgemgemgem (ação) x folhagemgemgemgemgem (abundância)feiturauraurauraura (ação) x doçurauraurauraura (qualidade)

Formadores de adjetivos, acrescentando o sentido de:– relativo a, referente a = anual, histórico, pátrio

– possibilidade = notável, exigível, quebradiço

– plenitude (“cheio de”) = bondoso, cheirosa, peludo,faminto

Formadores de verbos, indicando diversos valoressemânticos, a saber:

– ação de “tornar” = civilizar, debilitar– ação repetida = gotejar, mercadejar– ação pouco intensa = saltitar, chuviscar– início de ação = anoitecer, amarelecer

Formador de advérbios, com diversos significados, oúnico é o sufixo –mente.–mente.–mente.–mente.–mente.– realmente (afirmação), freqüentemente (tempo),

honestamente (modo), etc.

Nota

Existem ainda os sufixos modo-temporais, quedesignam os modos e tempos verbais, também chamadosdesinências modo-temporais.

onitaL.ferP onitaL.ferP onitaL.ferP onitaL.ferP onitaL.ferP.ferP .ferP .ferP .ferP .ferPogerG ogerG ogerG ogerG ogerG

odacifingiS odacifingiS odacifingiS odacifingiS odacifingiS

-i,-mi,-ni,-sed.1 -a oãçageN

-ibma.2 -itna edadicilpuD

-erp,-etna.3 -orp edadiroiretnA

-artnoc.4 -itna oãçisopO

-ba.5 -opa otnematsafA

-ed.6 -atac oxiabarap.voM

-ib.7 -id sezeVsauD

-snart.8 -aid edsévartA

-snart.9 -atem açnaduM

-ortni,-ni.01 -odne,-ne ortnedarap.voM

-repus.11 -ipe roirepusoãçisoP

-repus.21 -repih ossecxE

-bus.31 -opih roirefnioãçisoP

-bus.41 -opih zessacsE

-eneb.51 -ve,-ue meb,moB

-imes.61 -imeh edateM

atsuj,-a,-da.71 -arap edadimixorP

-mucric.81 -irep edonrotmE

-muc,-oc,-moc.91 -mis,-nis otnujnoC

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DESINÊNCIASDESINÊNCIASDESINÊNCIASDESINÊNCIASDESINÊNCIAS – são elementos que indicam flexõesde gênero, número, modo e tempo. Dividem-se em doisgrupos:a) desinências nominais – indicam , nos nomes:– gênero (masculino ou feminino) – meninooooo/meninaaaaa– número (singular e plural) – casasssss/carrosssssb) desinências verbais – indicam, nos verbos:– modo e tempo – contavavavavava, vendessessessessesse, falararararara, etc.– número e pessoa – contamosmosmosmosmos, falastestestesteste, venderamamamamam

Pelas desinências verbais podemos observar em quetempo e modo o verbo se encontra. Por exemplo, todosos verbos no imperfeito do modo subjuntivo vão apresentara desinência –ssessessessesse: vendessessessessesse, falassessessessesse, contassessessessesse, sorrissessessessesse, eassim por diante. Também é possível perceber que todosos verbos na 1ª pessoa do singular, do presente do indicativoapresentam a desinência –ooooo: eu cantooooo, eu vendooooo, eu falooooo,eu comooooo, eu sorriooooo, etc.

VOGAL TEMÁTICAVOGAL TEMÁTICAVOGAL TEMÁTICAVOGAL TEMÁTICAVOGAL TEMÁTICA – chama-se vogal temática vogal temática vogal temática vogal temática vogal temática oelemento mórfico que distingue os vocábulos em grupos.Nos verbos, a vogal temática indica a conjugação a que elespertencem.

São elas: -a-a-a-a-a – cantaaaaar, amaaaaar – 1ª conjungação– -e-e-e-e-e – vendeeeeer, comeeeeer – 2ª conjugação– -i-i-i-i-i – partiiiiir, sorriiiiir – 3ª conjugaçãoObs.: Com a vogal temática + radical teremos o tematematematematema. Ex.:cant + a = canta.

Os nomes também apresentam vogais temáticas:– -a-a-a-a-a – casaaaaa, terraaaaa, diaaaaa– -e e e e e – alegreeeee, suaveeeee, paredeeeee– -o-o-o-o-o – ventooooo, tempooooo, campooooo

VOGAIS E CONSOANTES DE LIGAÇÃOVOGAIS E CONSOANTES DE LIGAÇÃOVOGAIS E CONSOANTES DE LIGAÇÃOVOGAIS E CONSOANTES DE LIGAÇÃOVOGAIS E CONSOANTES DE LIGAÇÃO – sãoelementos sem valor significativo que se interpõem àspalavras somente para facilitar a pronúncia.

Veja: capin-zzzzz-al, gas-ôôôôô-metro, café-zzzzz-al.

PROCESSOS DE FORMAÇÃO DASPALAVRAS (II)

Existem dois processos para a formação das palavras:derivaçãoderivaçãoderivaçãoderivaçãoderivação e composiçãocomposiçãocomposiçãocomposiçãocomposição.

1. Tipos de derivação:a)a)a)a)a) prefixal prefixal prefixal prefixal prefixal – quando a nova palavra se forma com o

acréscimo de um prefixo.Ex.: desdesdesdesdescrer, rererererepor, dededededeter, etc.

b)b)b)b)b) sufixalsufixalsufixalsufixalsufixal – quando a nova palavra se forma com oacréscimo de um sufixo.Ex.: amorosoosoosoosooso, formalizarizarizarizarizar, barbeiroeiroeiroeiroeiro, etc.

c )c )c )c )c ) parassínteseparassínteseparassínteseparassínteseparassíntese – quando a nova palavra se forma com apresença simultânea de um prefixo e um sufixo.

Ex.: enenenenentardecerecerecerecerecer, enenenenenforcararararar, ememememempobrecerecerecerecerecer.....

AAAAATENÇÃO !TENÇÃO !TENÇÃO !TENÇÃO !TENÇÃO !

Observe nos exemplos acima que, suprimindo-se umdos afixos, a palavra perde sua significação.

Não se dizNão se dizNão se dizNão se dizNão se diz: tardecer, entarde; forcar; empobre oupobrecer.

O mesmo não acontece com palavras do tipodesdesdesdesdeslealdadedadedadedadedade (des + leal + dade) ou inininininfelizmentementementementemente ( in +feliz + mente).

Nestas palavras, observamos que elas existem só comos prefixos (desleal, infeliz) ou só com os sufixos (lealdade,felizmente). Por isso dizemos que elas são formadas porprefixação e sufixação, que é um processo diferente daparassíntese, como se pode observar.

d)d)d)d)d) derivação regressivaderivação regressivaderivação regressivaderivação regressivaderivação regressiva – é o processo que consiste emformar palavras pela supressão de elementos terminais.

A grande maioria desses casos acontece com osverbos: dançadançadançadançadança (de dançar), cantocantocantocantocanto (de cantar), caçacaçacaçacaçacaça (decaçar), passeiopasseiopasseiopasseiopasseio (de passear).

e)e)e)e)e) derivação imprópriaderivação imprópriaderivação imprópriaderivação imprópriaderivação imprópria – acontece quando se muda aclasse gramatical de uma palavra.Observe este exemplo:

– Gosto de cantar. – verbo– O cantar é uma arte. – substantivo

2.2.2.2.2. ComposiçãoComposiçãoComposiçãoComposiçãoComposição – é o processo em que a palavra formadaé resultante da reunião formada de mais de um radical.Existem dois tipos de composição:

a )a )a )a )a ) JustaposiçãoJustaposiçãoJustaposiçãoJustaposiçãoJustaposição – quando a nova palavra é formada pelaassociação de dois ou mais radicais, sem que nenhumdeles perca algum elemento. A maioria dessas palavrassão grafadas com hífen.Ex.: pé–de–moleque, guarda–roupa, girassol, mal–me–quer, quero–quero, etc.

b)b)b)b)b) AglutinaçãoAglutinaçãoAglutinaçãoAglutinaçãoAglutinação – acontece quando a nova palavra perdeum ou mais elementos.Ex.: pernalta (= perna + alta);

aguardente (= água + ardente); embora (= em + boa + hora); fidalgo (= filho + de + algo).

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Observe que a palavra pré-datadospré-datadospré-datadospré-datadospré-datados é formada por prefixação.

Também são formadas por prefixação as palavras imoralimoralimoralimoralimoral , anti-éticoanti-éticoanti-éticoanti-éticoanti-ético e supersupersupersupersuper-visão-visão-visão-visão-visão, que aparece noquadrinho que segue. Observe que a palavra supervisão supervisão supervisão supervisão supervisão deve ser grafada sem hífen.

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Assinale o item em que há erro quanto à análise da formaverbal pensássemospensássemospensássemospensássemospensássemos:

a) ( ) pens- = radicalb) ( ) pensa- = temac) ( ) –a- = vogal temáticad) ( ) –sse- = desinência modo – temporale) (X) –mos = sufixo

Resposta comentada – todos os morfemas estãoanalisados corretamente, com exceção da alternativa e,uma vez que na palavra pensássemosmosmosmosmos este morfema indicaque o verbo está na 1a pessoa do plural. Assim, -mosmosmosmosmos éuma desinência número–pessoal.

Assinale a alternativa incorreta quanto à análise dosmorfemas da palavra descobrimentodescobrimentodescobrimentodescobrimentodescobrimento:

a) ( ) a vogal temática é -i-b) ( X) o radical é descobr-c) ( ) des- é prefixo que indica ação contráriad) ( ) –mento é sufixo

Resposta comentada - a alternativa que analisaerradamente os morfemas de descobrimento é a b. Oradical da palavra é –cobr-, uma vez que des- é prefixoque indica ação contrária, como acontece em desfazer,desdizer, etc.

Assinale a alternativa correta quanto à análise mórfica dovocábulo amabilidadeamabilidadeamabilidadeamabilidadeamabilidade:

a) ( ) ama- — radicalb) ( ) –i- — vogal temáticac) ( ) amabi- — temad) ( ) –idade – sufixoe) (X) –dade – sufixo

Resposta comentada - Resposta comentada - Resposta comentada - Resposta comentada - Resposta comentada - o radical da palavra em questãoé am-; a vogal temática é –a-; o tema é ama-, e o sufixoé apenas –dade. Temos ainda, na palavra, o sufixo –bil- ea vogal de ligação –i-.

Assinale a alternativa que identifica erradamente o processode formação das palavras:

a) ( ) camisola – sufixaçãob) (X) mandachuva – aglutinaçãoc) ( ) planalto - aglutinaçãod) ( ) interpor – prefixaçãoe) ( ) riacho - sufixação

Resposta comentada – em a temos o sufixo –ola (camisa+ ola), sufixação, portanto. Em b, o processo é dejustaposição, porque não houve perda de fonemas, assima análise está errada. Em c, temos plano + alto = planalto,com perda de fonema: análise correta. Também emriacho temos rio + acho (sufixo indicador de diminutivo)derivação sufixal, portanto.

A palavra emagrecer apresenta o mesmo processo deformação de:

a) ( ) magrelab) ( ) boquiabertoc) ( ) pé – de – molequed) (X) engessare) ( ) infelizmente

Resposta comentada – a palavra emagrecer é formadapelo processo parassintético, e a única palavra formadapor parassíntese é engessar. Ver que apalavra não existesó com o prefixo ou só com o sufixo. Magrela –sufixação; boquiaberto – aglutinação; pé–de–moleque –justaposição; infelizmente – prefixação e sufixação.

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LEITURA E INTERPRETAÇÃO DETEXTO

O Homem e a ciência

Certamente a ciência se iniciou num tempo muitoanterior ao registro histórico e ao das artes dascavernas.Talvez tenha nascido com o Homem, com asprimeiras formas de magia tribal, resultantes dasperplexidades dos primitivos diante dos fenômenos naturaise suas forças. Daí surgiram os embriões das religiões, comotambém (...) as fontes dos conhecimentos, das experiênciasacumuladas pelo homem através dos séculos. Osdetentores destes conhecimentos, os feiticeiros, poderiamser comparados a sacerdotes e, mais ainda, a cientistas queno seu empirismo, através de seus ritos mágicosprocuravam recriar, ou então amenizar fenômenos naturais.

No momento que o Homem se deu conta que asmágicas não mereciam muita confiança, que ora davam certo,ora não, no momento em que percebeu que outros fatores,não mágicos, atuavam nos fenômenos, um importantepasso foi dado . Quando ele compreendeu que não bastavadançar para fazer chover, ou então, que a colheita dependiada semente e do solo onde era plantada e começou aprocurar as situações com as quais poderia regular e predizeros fenômenos, sem recorrer aos ritos mágicos, passouentão a ter um comportamento científico.

(Paulo Quintanilha Nobre de Mello, Introdução ao

método científico. Contacto, Rio de Janeiro, Fundação

CESGRANRIO, n O 10, 1976, p. 45.)

Sobre o texto:

a) Explique, com suas palavras, o confronto que o autorestabelece, no texto como um todo, entre “ritos mágicos”e “comportamento científico”.

b) Mencione dois aspectos apontados no texto comoresponsáveis pelo “desprestígio” dos ritos mágicos.

Responda, a propósito de vocábulos extraídos doprimeiro período do texto:

a) Quais os elementos morfológicos existentes na palavrarecriarrecriarrecriarrecriarrecriar?

b) Quantos e quais são os morfemas existentes na palavra cavernascavernascavernascavernascavernas?

Marque a opção onde o prefixo assinalado possui valorsignificativo diferente dos demais:

a) ininininingrato;b) inininininfiel;c) iiiiilícito;

d) inininininserir;e) imimimimimpessoal.

Relacione as colunas, levando em conta o que está grifado:

1. radical ( ) imimimimimpossível2. tema ( ) mulhereseseseses3. vogal temática ( ) gasôôôôômetro4. vogal de ligação ( ) fazfazfazfazfazemos5. consoante de ligação ( ) certezaezaezaezaeza6. prefixo ( ) cafezzzzzal7. sufixo ( ) fazefazefazefazefazes8. desinência de gênero ( ) epiepiepiepiepiderme9. desinência de número ( ) epidermedermedermedermederme

( ) patooooo( ) andááááávamos

Identifique os elementos mórficos das palavras abaixo:

a) desumanização;b) bondosamente;c) entardecer;d) impensável;e) conquistadores.

Aponte a alternativa em que uma das palavras não pertenceà mesma família etimológica:

a) livreiro, livraria, livreco, livre;b) encaixotar, caixa, caixote, caixão;a) pessoal, impessoal, pessoalmente, pessoa;b) gratidão, ingrato, gratificar, gratificante;c) humano, humanista, humanidade, sub-humano

PROPOSTA DE REDAÇÃO.

Escreva um texto para expor seu ponto de vista sobre oprogresso da ciência. Que benefícios trouxe à huma-nidade ? Este avanço tem pontos negativos? Quais ?

· Discuta com seu grupo e, depois, exponha seu pontode vista sobre o assunto.

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LEITURA E INTERPRETAÇÃO DETEXTO II

O QUE FALTOU

Ele Adão, ela Eva. O casamento tinha tudo para darcerto, inclusive antecedente histórico. Não deu. Mesesdepois da briga final, os dois se encontraram para tratar dodivórcio e discutir o que dera errado. Cabeça fria.

Gente civilizada.

Estrutura das Palavras

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Lín

gu

a P

ortu

gu

esa

- Eu tenho uma tese - disse ela.Ele sorriu. Ela sempre tinha teses.- Minha tese é a seguinte: faltou apelido. Nós nunca

tivemos apelidos, um para o outro.Era verdade. Desde o namoro, tratavam-se apenas

por “Adão” e “Eva”. Eventualmente “querido” e “querida”.Nos momentos de ardor conjugal, “amor!” e o coraçããão!”Nunca “negro/negra”, “fofo/fofa”, “Dão e Vevé”. Não tinhamapelidos para o dia-a-dia de um casamento , para o “passa osal”, para o trivial. Na presença de outros identificavam-secomo “ele” ou “essa daí”. No fim estavam se chamando de“cretino” e “imbecil”, mas o fim não contava. No fim nãoera mais um casamento, era um psicodrama. Faltara oapelido na hora certa. O casamento só é indissolúvel comapelido.

O único amor eterno é o amor com apelido.- Por que será que nós nunca nos demos apelidos?- Não sei. Talvez esperássemos que eles viessem, com

o tempo. Nosso erro foi pensar que um casamento felizproduz apelidos carinhosos quando é o contrário: apelidoscarinhosos produzem casamentos felizes. Ou pelo menosduradouros.

- Vivinha, você gosta ?Ela hesitou.- Que diferença faz agora?- Estou falando em tese.- Gosto (Pausa). Adãozinho.- Posso chamar você de Vivinha?- Pode.- Então, combinado.- Mas tem uma coisa.- O quê?- Sem efeito retroativo.

(Luiz Fernando Veríssimo)

Sobre o texto:

a) Explique, com suas palavras, qual a tese defendida peloautor em sua crônica. Diga se você concorda com ela ejustifique sua opinião:

______________________________________________________________________________________________

b) Explique a utilização das expressões “antecedentehistórico”, no primeiro parágrafo, e “efeito retroativo”,no último.

______________________________________________________________________________________________

Responda, a propósito de vocábulos extraídos do texto:

a) Qual o valor significativo do sufixo existente na palavraconjugalconjugalconjugalconjugalconjugal?

_______________________________________________b) Quantos e quais são os morfemas da palavra civilizadacivilizadacivilizadacivilizadacivilizada?_______________________________________________

c) Qual o radical da forma verbal faltoufaltoufaltoufaltoufaltou?_______________________________________________d) Dê três cognatas da palavra salsalsalsalsal._______________________________________________

Marque com J J J J J para justaposição e AAAAA para aglutinação.

a) ( ) segunda-feira;b) ( ) pontapé;c) ( ) pé-de-pato;d) ( ) vaivém;e) ( ) pernilongo;f) ( ) pará-quedas;g) ( ) aguardente;h) ( ) pontiagudo.

Considerando o código a seguir, aponte, nos parênteses,o número correto:

1) justaposição2) aglutinação3) prefixação4) sufixação5) parassíntese6) regressão7) prefixação e sufixação

a) ( ) pernalonga;b) ( ) conta-gotas;c) ( ) suboficial;d) ( ) internacional;e) ( ) arco-íris;f) ( ) foto;g) ( ) apego;h) ( ) ensolarar;i) ( ) pé-de-meia;j) ( ) ensurdecer;l) ( ) ensurdecedor;m) ( ) planaltino;n) ( ) ataque.

Identifique o processo de formação das palavras abaixo,extraídas da tirinha:

a) anotar: __________________________________b) inimigo: _________________________________c) doador: _________________________________

PROPOSTA DE REDAÇÃOApelido pega ? Narre um fato curioso sobre apelidos.Depois de fazer uma boa revisão na linguagem, leia seutexto para os colegas de sala.

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Estrutura das Palavras

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Lín

gu

a P

ort

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esa

(CESGRANRIO – RJ) Assinale a opção em que nemtodas as palavras provêm de um mesmo radical:

a) noite, anoitecer, noitada;b) luz, luzeiro, alumiar;c) incrível, crente, crer;d) festa, festeiro, festejar;e) riqueza, ricaço, enriquecer.

( FAAP - SP) Infatigavelmente ( in+fatigável-mente) =processo de formação de palavras a que chamamos:

a) derivação prefixal;b) derivação sufixal;c) derivação prefixal e sufixal;d) composição por justaposição;e) composição por aglutinação;

(UNESP) As palavras perdaperdaperdaperdaperda, corredorcorredorcorredorcorredorcorredor e sacasacasacasacasaca-rolharolharolharolharolhasão formadas, respectivamente, por:

a) derivação regressiva , derivação sufixal, composição poraglutinação;

b) derivação regressiva, derivação sufixal, derivaçãoparassintética;

c) composição por aglutinação, derivação parassintética,derivação regressiva;

d) derivação parassintética, composição por justaposição,composição por aglutinação;

e) composição por justaposição, composição poraglutinação, derivação prefixal.

(UFSC) Assinale a alternativa em que o elemento mórficoem destaque está corretamente analisado:

a) menina (-a) : desinência nominal de gênero;b) vendeste(-e-): desinência de 1ª conjugação;c) gasômetro (-ô-): vogal temática de 2ª conjugação;d) amassem ( -sse-): desinência de 2ª pessoa do plural;e) cantaríeis (-is) : desinência do imperfeito do subjuntivo.

(FUVEST - SP) Assinale a alternativa em que um daspalavras não é formada por prefixação.

a) readquirir, predestinado, propor;b) irregular, amoral, demover;c) remeter, conter, antegozar;d) irrestrito, antípoda, prever;e) dever, deter, antever.

(MED. TAUBATÉ – SP) Indique nas colunas à direita onumeral correspondente aos processos de formaçãodas palavras da coluna da esquerda. Escolha depois aalternativa que apresenta a seqüência correta dosnumerais:

1. Peixe-espada2. Livraria3. Deter4. Planalto5. Desalmado

( ) Composição por aglutinação( ) Composição pr justaposição( ) Derivação parassintética( ) Derivação por sufixação( ) Derivação por prefixação

a) 4 – 5 – 1 – 3 – 2b) 5 – 1 – 3 – 2 – 4c) 3 – 2 – 1 – 4 – 5d) 4 – 1 – 5 – 2 – 3e) 2 – 1 – 3 – 5 – 4

( CESGRANRIO – RJ ) Assinale a opção em que NÃOocorre o processo de derivação sufixal.

a) formosura;b) fazendeiro;c) avidez;d) sertanejo;e) donzela.

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( FCMSCSP) Em qual dos exemplos a seguir estápresente um caso de derivação parassintética?

a) Lá vem ele, vitorioso do combatecombatecombatecombatecombate.b) Ora, vá plantarplantarplantarplantarplantar batatas!c) Começar o ataqueataqueataqueataqueataque.

d) Assustado, continuou a se distanciar distanciar distanciar distanciar distanciar do animal.e) Não vou mais me entristecerentristecerentristecerentristecerentristecer, vou é cantar.

Classes de Palavras - Substantivo

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Lín

gu

a P

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gu

esa

Classes de Palavras - SubstantivoClasses de Palavras - SubstantivoClasses de Palavras - SubstantivoClasses de Palavras - SubstantivoClasses de Palavras - Substantivo

As palavras da língua portuguesa estão agrupadas em dez diferentes classes gramaticais, que vão desempenhardiferentes funções no texto. Por esta razão é importante reconhecê-las como pré-requisitos para o estudo na sintaxe, queveremos no decorrer do curso.

Vamos iniciar com o substantivo por ser uma classe de palavras de suma importância, uma vez que, sem ele, nãose nomeariam os seres e os objetos que nos rodeiam. Mais que isso, não haveria como dar nomes aos nossos sentimentos,às nossas emoções, aos nossos estados de espírito.

É, portanto, o substantivo uma classe de palavras que está ligada ao mundo concreto e ao mundo abstrato. Apartir dele, podem-se criar outras palavras, o que amplia a nossa possibilidade de comunicação.

O SUBSTANTIVO –CLASSIFICAÇÃO

Concreto

Nomeia o existente, real ou imaginário.Ex.: pedra, Deus, duende, cama.

Abstrato

Nomeia ações, estados, qualidade, sensações ousentimentos de um ser existente.

Ex.: grito, morte, ternura, frio, medo.

Comum

Nomeia o existente, genericamente.Ex.: cachorro, homem, rio, cidade.

Próprio

Nomeia o existente, particularmente.Ex.: Rex, José, Amazonas, Belém.

Primitivo

Não originado de nenhum outro nome.Ex.: mar, cruz, triste.

Derivado

Originado de um primitivo.Ex.: marinheiro, cruzeiro, tristeza.

Simples

Que tem apenas um radical.Ex.: sol, plano, pé.

Composto

Que tem mais de um radical.Ex.: guarda-sol, planalto, pontapé.

Coletivos

São substantivos comuns que, embora nosingular, designam um conjunto de seres da mesma espécie.

Alguns coletivos mais importantes:

– Arquipélago – ilhas– Antologia – trechos literários– Alcatéia – lobos– Armada, esquadra, frota – navios– Atlas – mapas– Banda – músicos– Batalhão – soldados– Cacho – bananas, uvas, cabelos– Cáfila – camelos– Caravana – viajantes– Cardume – peixes– Clero – religiosos– Colméia (colmeia) – abelhas– Constelação – estrelas– Cordilheira, serra – montanhas– Corja, cambada, quadrilha, malta – ladrões, vadios,

velhacos– Enxame – abelhas– Esquadrilha – aviões– Fato – cabras– Fauna – animais– Flora – plantas– Feixe – lenha, raios– Junta – de bois, médicos, examinadores– Manada – elefantes, bois– Matilha – cães de caça– Molho – chaves– Nuvem – insetos– Ninhada – pintos, filhotes– Orquestra – músicos– Pinacoteca – quadros em geral– Réstia – cebolas, alhos– Tropa – soldados– Tripulação – empregados de um navio ou avião– Turma – alunos, trabalhadores– Vara – porcos– Viveiro – pássaros

Classes de Palavras - Substantivo

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Lín

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esa

GÊNERO DO SUBSTANTIVO

Substantivos biformes são os que têm formasdiferentes para o masculino e o feminino. O feminino, nocaso, pode ser marcado pela desinência -aaaaa, por sufixosespecíficos ou por palavras de radicais totalmente diferentesem relação ao masculino (caso dos heterônimos).

Ex.: lobo/loba; freguês/freguesa; v isconde/viscondessa.

Anão/anã; cão/cadela; bode/cabra.

SUBSTANTIVOS UNIFORMES

São os que têm um forma para ambos os gêneros.Ex.: cobra, pianista, pessoa.Os substantivos uniformes podem ser:

Epicenos

Designam animais de ambos os sexos, diferenciadosos gêneros, quando muito, pela palavra machomachomachomachomacho ou fêmea.fêmea.fêmea.fêmea.fêmea.

Ex.: urubu macho, urubu fêmea; cobra macho, cobrafêmea, etc.

Comuns-de-dois

A distinção se faz pelo artigo, ou por qualquer outrapalavra determinante.

Ex.: o/a artista, o/a estudante, o/a camarada.

Sobrecomuns

Um só gênero para designar pessoas de ambos ossexos.

Ex.: a testemunha, a criança.

ObservaçõesObservaçõesObservaçõesObservaçõesObservaçõesa) Há palavras que, mudando de gênero, mudam de sentido.

Ex.: o cabeça (líder) x a cabeça (parte do corpo), ograma (medida) x a grama (vegetação).b) Há palavras cujo gênero nem sempre é devidamente

empregado.Ex.: o champanha, o alvará, o delta, o trema, o herpes,

o plasma, o nauta, o hematoma, a derme, a pane, a entorse,a acne, a ferrugem, a ioga, a sentinela, a cal, etc.

PLURAL DE SUBSTANTIVO EM –ÃO

Os substantivos terminados em –ão–ão–ão–ão–ão, na línguaportuguesa, podem fazer o plural de três formas diferentes:a)a)a)a)a) –ãos –ãos –ãos –ãos –ãos

Exemplos: cidadão, irmão, , , , , pagão, cristão, etc.Também fazem o plural em –ãos–ãos–ãos–ãos–ãos todos os

substantivos paroxítonos terminados em –ão: –ão: –ão: –ão: –ão: órgãos,órfãos, bênçãos, sótãos, etc.b)b)b)b)b) –ões–ões–ões–ões–ões

A maioria das palavras em –ão–ão–ão–ão–ão faz o seu plural assim.Eis alguns exemplos: balão, canção, botão, coração, eleição,fração, gavião, nação, leão, feijão, mamão, melão, tecelão,etc.

Também fazem o plural em –ões–ões–ões–ões–ões todos ossubstantivos aumentativos:

ExemplosExemplosExemplosExemplosExemplos:casarão, dramalhão, facão, narigão, paredão, pobretão,

vozeirão, etc.c)c)c)c)c) –ães –ães –ães –ães –ães

Destaque para os vocábulos: alemão, capelão, capitão,escrivão, guardião, pão, sacristão, etc.

ObservaçãoMuitas palavras terminadas em –ão–ão–ão–ão–ão não têm o seu

plural definido, apresentando duas ou três formas para essaflexão. Veja as principais:– têm os três plurais (-ãos, -ões, -ães-ãos, -ões, -ães-ãos, -ões, -ães-ãos, -ões, -ães-ãos, -ões, -ães):

ancião, ermitão, aldeão, sultão, vilão, , , , , etc.– têm plurais em –ãos –ãos –ãos –ãos –ãos e –ões:–ões:–ões:–ões:–ões: corrimão, anão, castelão, vulcão,,,,, etc.

PLURAL COM METAFONIA

Muitos substantivos fazem seu plural com metafonia,ou seja, mudança de timbre (de fechado, no singular, paraaberto, no plural).

Ex.: ovo/ovos – osso/ossos – povo/povos ( ^ ) (/) ( ^ ) (/) ( ^ ) (/)

PLURAIS ESPECIAIS

Aqui, chamamos a atenção para alguns plurais quemerecem um destaque especial, já que, normalmente, sãofontes de dúvidas.

– cônsul - cônsules– júnior – juniores– sênior – seniores– caráter – caracteres– réptil – répteis– réptil – réptis– projétil – projéteis– projétil – projétis– açúcar – açúcares– xadrez – xadrezes

Classes de Palavras - Substantivo

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– álcool – álcoois– ananás – ananases– hífen – hifens ou hífenes

- revés – reveses

SUBSTANTIVOS INVARIÁVEIS NOPLURAL

Muitos substantivos (paroxítonos ou proparoxítonos)terminados em S S S S S são invariáveis no plural.

É o caso de atlas, pires, lápis, oásis, tênis,at las, pires, lápis, oásis, tênis,at las, pires, lápis, oásis, tênis,at las, pires, lápis, oásis, tênis,at las, pires, lápis, oásis, tênis,ônibus, ônibus, ônibus, ônibus, ônibus, etc.

PLURAL DE DIMINUTIVOS

Para pluralizarmos substantivos no diminutivo,formados com o suf ixo – zinho , colocamos ossubstantivos-base no plural, retiramos-lhes o SSSSS epluralizamos o sufixo. Veja:

coraçãozinho – coraçõe(s) + zinhos = coraçõezinhos.animalzinho – animai(s) + zinhos = animaizinhos.caminhãozinho – caminhõe(s) + zinhos =caminhõezinhos.

SUBSTANTIVOS COM UM SÓNÚMERO

Há substantivos que só se empregam no plural. Vejaalguns exemplos:

anais –condolências – fezes – afazeres – núpcias – óculos– parabéns – víveres – arredores

SUBSTANTIVOS QUE MUDAM DESIGNIFICADOS QUANDO NOPLURAL

Destacamos alguns:

bem x bens; copa x copas;costa x costas; féria x férias; etc.

PLURAL DOS SUBSTANTIVOSCOMPOSTOS

Eis as regras básicas:

Variam ambos os elementos

Substantivo + substantivotenentes-coronéiscirurgiões-dentistascouves-flores

Substantivo + adjetivoamores-perfeitoságuas-marinhasvitórias-régias

Adjetivo + substantivogentis-homensquartas-feiraspuros-sangues

Varia apenas o primeiro elemento

– Quando o segundo indica, em relação ao primeiro,semelhança ou finalidade:

navios-escolasalários-famíliapeixes-boibananas-maçã

Observação:Este é o plural mais indicado, embora se possa admitir

a flexão dos dois elementos.

– Com preposição entre os elementos

chefes-de-seçãomulas-sem-cabeçapés-de-moleque

VVVVVaria apenas o segundo elementoaria apenas o segundo elementoaria apenas o segundo elementoaria apenas o segundo elementoaria apenas o segundo elemento

– Quando o primeiro não admite flexão, por ser de naturezainvariável:

alto-falantessempre-vivasabaixo-assinados

– Quando o primeiro é uma forma verbalpára-choquesarranha-céusguarda-vestidos

– Quando é formado por palavras onomatopaicas oupalavras repetidas:

reco-recostico-ticospingue-pongues

– Quando o primeiro elemento é bel-, grão-, grã-, ex-,vice-:

bel-prazeresgrão-duquesgrã-duquesasex-diretoresvice-presidentes

Classes de Palavras - Substantivo

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Ficam ambos os elementos invariáveisFicam ambos os elementos invariáveisFicam ambos os elementos invariáveisFicam ambos os elementos invariáveisFicam ambos os elementos invariáveis

– Quando formados por verbos de sentido oposto:os leva-e-trazos perde-ganha

– Os que formam verdadeiras “frases substantivas”:os maria-vai-com-as-outrasos louva-a-deusos disse-me-disse

Atenção!

Os casos seguintes podem ser consideradosexceções, por fugirem às regras aqui expostas:– bem-te-vis (na realidade, o plural se faz como nas

onomatopéias).– padres-nossos ou padre-nossos (o segundo, por

analogia com ave-marias).

Observe, no 1º quadrinho, que o substantivo composto está no plural. Como o 2º elementoespecifica o 1º , pluralizou-se apenas este.Note também a presença do substantivo sobrecomum vítimavítimavítimavítimavítima, no 2º quadrinho.

Marque a opção em que se faz comentário errado sobreo fato gramatical:

a) O plural balõezinhos nos faz lembrar que também estãocorretos os plurais aneizinhos, generaizinhos,coroneizinhos.

b) A palavra cabeça “parte do corpo humano, no masculino,significa “líder”.

c) A palavra cal e champanha são palavras femininas.d) A palavra pêsames dever ser empregada sempre no plural,

assim como a palavra boas-vindas.e) O plural da palavra quero-quero é quero-queros, e a

palavra pé-de-moleque faz o plural pés-de-moleque.

Resposta comentada – a opção que comentaerradamente o fato gramatical, pelo menos em parte, é ac. Realmente, cal é palavra feminina, mas champanha épalavra masculina. Usar sempre: um champanha, ochampanha, este champanha.

O plural dos nomes compostos está correto em todasas alternativas, menos uma. Aponte-a:

a) Hoje, não se vêem mais pombos-correio.b) Os vaivéns dos alunos movimentavam a escola.

c) Houve denúncia contra vários chefes-de-polícia.d) Os recém-nascidos foram considerados saudáveis.e) Multaram todos os pés-de-chumbos que corriam na

avenida.

Resposta comentada – a alternativa errada é a e. Ossubstantivos compostos ligados por preposição sópluralizam o primeiro elemento. É o caso de pães-de-ló,pés-de-moleque, etc.

Uma das alternativas abaixo erra ao fazer o plural de umadas palavras em destaque:

a) Os cidadões ganharam uma cidade belíssima com muitosgirassóis.

b) Os alemães exibiam troféus estrangeiros.c) Os choferes de táxi transportaram os coronéis.d) Os pãezinhos não podiam ser embrulhados em

jornaizinhos.e) Havia muita gente acampada nos arredores da cidade.

Resposta comentada – a alternativa a errou no plural decidadão, que é cidadãos. Já o plural de girassol na mesmaalternativa está correto.

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0202020202

0303030303

~

Classes de Palavras - Substantivo

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LEITURA E INTERPRETAÇÃO DETEXTO

O coronel e o lobisomem ( fragmento)

A bem dizer, sou Ponciano de Azeredo Furtado,coronel de patente, do que tenho honra e faço alarde. Herdeido meu avô Simeão terras de muitas medidas, gado domais gordo, pasto do mais fino. Leio no corrente da vista eaté uns latins arranhei em tempos verdes da infância, comum padres-mestres a dez tostões por mês. Digo, modéstiade lado, que já discuti e joguei no assoalho do Foro mais deum doutor formado. Mas disso não faço glória, pois sousujeito lavado de vaidade, mimoso no trato, de palavraeducada. Já morreu a antigamente em que Poncianomandava saber nos ermos se havia um caso de lobisomema sanar ou pronta justiça a ministrar. Só de uma regalia nãoabri mão nesses anos todos de pasto e vento: a de falaralto, sem freio nos dentes, sem medir consideração, sejaem compartimento do governo, seja em sala dedesembargador. Trato as partes no macio, em jeito de moça.Se não recebo cortesia de igual parte, abro o peito:

- Seu filho de égua, que pensa que é?Nos curais do Sobrinho, no debaixo do capotão de

meu avô, passei os anos de pequenice, que pai e mãe perdino gosto do primeiro leite.

Como fosse dado a fazer garatujações e desabusadode boca, lá num inverno dos antigos, Simeão coçou a cabeçae estipulou que o neto devia ser doutor de lei:

- Esse menino tem todo o sintoma do povo dapolítica. É invencioneiro e linguarudo.

(CARVALHO, José Cândido. O coronel e o

lobisomem. 12a ed. Rio de janeiro, José Olympio, 197,p.3)

Sobre o texto:Questão:

a) É positivo ou negativo o conceito que o avô personagem-narrador tem sobre a classe política? Justifique.....

______________________________________________________________________________________________b) É bem característica a linguagem utilizada pelo personagem

narrador. Com suas palavras, procure explicarexplicarexplicarexplicarexplicar osignificado das passagens a seguir:

______________________________________________________________________________________________I- “trato as partes no macio, em jeito de moça”.II- “...pai e mãe perdi no gosto do primeiro leite”.

Pluralize os seguintes substantivos encontrados no texto:

consideração __________________________________igual ________________________________________capotão______________________________________avô _________________________________________mão ________________________________________coronel ______________________________________mês ________________________________________doutor ______________________________________desembargador ________________________________lei __________________________________________

Assinale a alternativa cujo plural se faz como o de saca-rolha:

a) beija-flor;b) amor-perfeito;c) reco-reco;d) samba-enredo;e) cobra-cega.

Pluralize os substantivos compostos abaixomencionados:

a) tique-taque _________________________________b) caneta-tinteiro _______________________________c) carta-bilhete _________________________________d) grã-cruz ____________________________________e) beija-flor ___________________________________f) saia-balão ___________________________________g) corre-corre _________________________________h) quebra-mar _________________________________i) pisa-mansinho _______________________________j) pé-de-moleque _______________________________l) guarda-sol___________________________________m) guarda-civil _________________________________n) guarda-pó __________________________________o) guarda-florestal ______________________________p) alto-falante __________________________________q) alto-relevo __________________________________r) obra-prima __________________________________s) cabra-cega __________________________________t) bate-bola ___________________________________u) pombo-correio ______________________________v) o bumba-meu-boi ____________________________x) cola-tudo___________________________________z) manga-espada _______________________________

Aponte a série onde todos os substantivos estãocorretamente pluralizados:

a) amores-perfeito, / pores-do-sol / mão-de-obra;b) cavalos-vapores / empurra-empurra / cartões-postal;

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0202020202

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Classes de Palavras - Substantivo

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c) alto-relevo / navios-escola / paus-de-sebo;d) chefes-de-seção / obra-primas /sextas-feiras;e) bóias-frias / bifes-a-cavalo / guarda-vestidos.

Indique os coletivos de:

– lobos: __________________________________– vadios: __________________________________– ilhas: ___________________________________– artistas: _________________________________– examinadores: ____________________________– abelhas: _________________________________– músicos: ________________________________– cabras: __________________________________– uvas, bananas: ____________________________– lenha: __________________________________– camelos: ________________________________– animais: _________________________________– peixes: __________________________________– vegetais: _________________________________– bispos: __________________________________– bois, médicos: ____________________________– estrelas: _________________________________– chaves: _________________________________– papel: __________________________________– porcos: _________________________________

Aponte o feminino de:

– imperador: _______________________________– sacerdote: _______________________________– cavalheiro: _______________________________– elefante: _________________________________– frei: ____________________________________– genro: __________________________________– profeta: _________________________________– maestro: ________________________________– ermitão: _________________________________– ancião: __________________________________– ladrão: __________________________________– sultão: __________________________________– perdigão: ________________________________– frade: ___________________________________– cônsul: __________________________________

0606060606

0808080808

0707070707

Indique o sentido das palavras a seguir, nos dois gêneros:

a) cura: ___________________________________b) guarda: __________________________________c) moral: __________________________________d) rádio: ___________________________________e) lotação: _________________________________f) língua: __________________________________g) guia:____________________________________h) caixa: ___________________________________i) capital: __________________________________j) vigia: ___________________________________k) coma: __________________________________l) cama: __________________________________

Na “tirinha”, temos o emprego de enxameenxameenxameenxameenxame comocoletivo de abelhas.A propósito, assinale, com X, onde se erra na indicaçãodo coletivo.

a) ( ) frota: naviosb) ( ) pinacoteca: floresc) ( ) acervo: obras de arted) ( ) vara: porcose) ( ) réstia: cebolas

PROPOSTA DE REDAÇÃOVocê deve lembrar-se de que a personagem do textoque leu nesta unidade termina com uma frase nadaelogiosa à classe política: “....é invencioneira e linguaruda”.O que você acha disso? Elabore um texto e expresse oseu ponto de vista sobre o assunto. Depois de umaleitura cuidadosa para corrigir o que for necessário, leia-opara seus colegas.

0909090909

1010101010

( UFJF – MG) Assinale a alternativa onde aparecesubstantivo próprio e abstrato, respectivamente:

a) água, ninho;b) Pedro, Jesus;c) Pilatos , verdade;d) Jesus, abaixo-assinado;e) Nova Iorque , Deus.

( FMT – SP ) Assinale a alternativa em que não há relaçãoentre duas colunas:

a) Madeira – concreto;b) Árvore – concreto;c) Maravilhas – abstrato;d) Ramalhete – abstrato;e) Ramos – concreto.

0101010101 0202020202

Classes de Palavras - Substantivo

7

Lín

gu

a P

ortu

gu

esa

(UA–AM) Desejava transformar os .................... em............. do céu.

a) pagões – cidadões;b) pagãos – cidadões;c) pagões – cidadãos;d) pagãos – cidadãos;e) pagães – cidadãos.

(UTP – PR ) Em qual das alternativas o artigo definidofeminino corresponderia a todos os substantivos?

a) sósia, doente, lança-perfume;b) dó, telefonema, diabete;c) clã, elipse, pijama;d) cal, elipse, dinamite;e) champanha, criança , estudante.

(CESGRANRIO – RJ ) Assinale o par de vocábulos queformam o plural pelas mesmas razões de balãobalãobalãobalãobalão ecaneta-tinteiro.caneta-tinteiro.caneta-tinteiro.caneta-tinteiro.caneta-tinteiro.

a) vulcão, abaixo-assinado;b) irmão, manga-rosa;c) questão, salário-família;d) benção, papel-moeda;e) razão, guarda-chuva.

0303030303

0404040404

0505050505

(UFUB – MG) Indique a alternativa em que só aparecemsubstantivos abstratos:

a) tempo, angústia, saudade, ausência, esperança, vidro;b) angústia, choro, sol, presença, esperança, amizade;c) amigo, dor, claridade, esperança, luz, tempo.d) angústia, saudade, vitória, esperança, amizade;e) espaço, mãos, claridade, rosto, ausência, esperança;

(UM – SP) Indique o período que não contém umsubstantivo no grau diminutivo.

a) Todas as moléculas foram conservadas com aspropriedades particulares, independente da atuaçãocientista.

b) O ar senhoril daquele homúnculo, transformou-o nocentro de atenções na tumultuada assembléia.

c) Através da vitrina da loja, a pequena observavacuriosamente os objetos decorativos expostos à venda,por preço bem pequeno.

d) De momento a momento, surgiam curiosas sombras evultos apressados na silenciosa viela.

e) Enquanto distraía as crianças, a professora tocava flautim,improvisando cantigas alegres e suaves.

0606060606

0707070707

(ITA – SP) Aponte a alternativa em que haja erro quanto à flexão do nome composto:

a) vice-presidentes, amores-perfeitos, os bota-fora;b) tico-ticos, salários-família, obras-primas;c) reco-recos, sexta-feiras, sempre-vivas;d) pseudo-esferas, chefes-de-seção, pães-de-ló;e) pisca-piscas, cartões-postais, mulas-sem-cabeça.

...................................................................................................................................................................................................

...................................................................................................................................................................................................

...................................................................................................................................................................................................

...................................................................................................................................................................................................

...................................................................................................................................................................................................

...................................................................................................................................................................................................

...................................................................................................................................................................................................

Gabarito

1

Lín

gu

a P

ort

ugu

esa

Fonética

Exercícios de Aplicação01- Sobre o textoa) O texto está cheio de exemplos: “colocação”, “nível de”,

“segmento”, “Amanhã será outro dia”, etc.b) A linguagem dos economistas e planejadores tem

influenciado muito, principalmente pela crise econômicapor que atravessa o país.

c) A resposta é pessoal. Espera-se que o aluno compreendaque “indigência intelectual” está empregada no sentido depobreza vocabular.

d) Jargão= palavra ou expressão empregadaespecificamente por determinado segmento social ouprofissional.Neologismo = palavra criada à revelia, palavra novaimposta pelo uso popular.

02- hábito: 6 l e 5 f ; arraigado: 9 l e 8 f ; expressões : 10 l e9 f.mulher: 6 l e 5 f; qualquer: 8 l e 7 f; quinhentos: 10 l e 7f.

03- ditongo - própria , imaginação, linguagem e muitos outros.tritongo – não há exemplos de tritongos.hiato – surpreendido, dia , aí, compreende, etc.dígrafos – arraigado, expressões, excessivamente, etc.encontros consonantais separados – modismo,instrumento , etc.encontros consonantais inseparáveis – trouxe, malandro,etc.

04- a05- c06- e07- e08- d

Questões de Vestibulares

01- e02- a03- d04- d05- c06- a07- c08- d

Desafio

Letra e

Sílaba e Tonicidade

Exercícios de Aplicação

01- Sobre o texto

a) Os interlocutores falam sobre a língua portuguesa e sobrea importância de dominar-se a variante culta da linguagem.

b) Esse interlocutor domina uma modalidade da língua quelhe permite comunicar-se com autonomia. No entanto,reage com estranheza quando o professor tenta explicar-lhe sobre a variante culta da linguagem, aquela que podeampliar as possibilidades sociais e profissionais ao cidadão.

c) No texto, predomina a variante coloquial ou informal.Ex.: “... ô meu, pára né?

02- d03- c04- b05-

06- a07- a) (rubrica)

b) (distinguir= não pronunciar o “u”)c) (pudica)d) (advogado/psicólogo= d e p mudos; gratuito)e) (intoxica=/intoKSica/)

Questões de Vestibulares

01- d02- a03- a04- d05- e06- e07- a

Desafio

Letra e

Oxítonas Paroxítonas Proparoxítonas Monossílabos

alguém, professor,português

comecemos,conversa, meio,caminho, entre,

sério, imaginando,chega, pergunta

cômico, diálogo a, e, o, um, de

Gabarito

2

Lín

gu

a P

ortu

gu

esa

Acentuação Gráfica

Exercícios de Aplicação

01- Sobre o texto

a) 0 narrador se vale de um estudo que serve de documentosobre a violência contra a mulher.

b) Por falta de coragem ou de informação sobre seusdireitos.

c) Além da violência física propriamente dita, representadapelas lesões corporais, esse parágrafo representa aviolência na forma da humilhação de funcionárias e daproibição da gravidez.

d) Os números apontados na pesquisa são menores queos reais, ou seja, a violência é muito maior do que sedescreve.

e) O narrador menciona “Casa Grande e Senzala”, emreferência ao conhecido livro “Casa Grande & Senzala”do antropólogo Gilberto Freire.

02- interminável - acentuada também por ser paroxítonaterminada em i.

03- a) Há vários exemplos - barbárie, insensíveis, obrigatória,violência, média, funcionárias, etc.b) É, já.c) Estômago, próximos, número, pálida, estatística, etc.d) Aliás.

04- Acentuam-se as paroxítonas terminadas em “x’’.

05- alguém contemporâneo hélioreféns rubrica ruimdécada têxtil vulnerávelbisavó(fem.) paletó espelhosilêncio(subst.) magôo júriéter oásis fôsseis (verbo)fáceis Tonico (nome próprio)tônico tatu Iguaçuhortênsia tórax cúmpliceambíguo até

06- a) aniversário: paroxítona terminada em ditongob) égua: paroxítona terminada em ditongoc) má: monossílabo tônico terminado em “a”d) poluído: “i” 2ª vogal do hiato e forma sílaba sozinhae) escândalo: proparoxítonaf) biquíni: paroxítona em ‘’i’’g) balé: oxítona em “e’’

07- a) Os três gatos siameses tinham o pêlo cinzento, bemdiferentes do cão pequinês que ganhamos.b) Você vai pôr o sapatinho atrás da porta.c) O ônibus pára em frente ao bar com muita freqüência.d) As pessoas de caráter receiam os que agem de má-fé.e) Mário, você parece refém dos psicólogos.

Questões de Vestibulares

01- d02- b03- c04- Estrídulo, sardônico, fúrias05- a06- d07- a08- bóia - substituí-lo - reúne - heróico - bênção

Desafio

Letra d

Funções da Linguagem

Exercícios de Aplicação

01- Sobre o textoI. dII. bIII. b02- b03- As palavras família, intervém e ridículo são,

respectivamente, paroxítona terminada em ditongo,oxítona terminada em “em’’, com mais de uma sílaba eproparoxítona. Assim, temos, por exemplo, as palavrasdo texto: canário, ninguém e ímpeto, respectivamente.

04- O verbo é “intervêm’’. Observar que o verbo é derivadodo verbo TER que, na 3ª pessoa do plural, recebe oacento circunflexo.

05- a06- d05- Embora o texto apresente também a função poética, o

que predomina é a função emotiva da linguagem. Bastaobservar que o emissor é colocado em destaque pormeio de verbos e pronomes em 1ª pessoa.

Questões de Vestibulares

01- c 02- c03- a 04- d05- d 06- a07- c

Desafio

Letra e

Gabarito

3

Lín

gu

a P

ort

ugu

esa

Informações Implícitas no Texto

Exercícios de Aplicação01- Sobre o textoI. A bomba atômica e seus efeitosII. Os versos 8/9 ; verso 18; verso 35III. A bomba, apesar dos males que causou à humanidade,

deve ser por esta mesma razão vista como uma “guardiãda paz’’.

02- e03- c04- cela

compridotaxaconsertodeferiu

05- a) chá bebida Xá - título do imperador do Irãb) eminente – notável, célebre iminente – prestes a acontecera) cozer – cozinhar coser – costurarb) cerrar – fechar serrar – cortar

06- remoto = afastadorepulsivo = repelentesuscitar = levantarafeito = acostumadofútil = frívolo

07- a) Embora todos o conhceçam e apesar de conviveremcom ele há muito tempo , ninguém sabe se é casado.b) Para não ser mordido, ele teve de acorrentar o cão.....

Questões de Vestibulares

01- e02- d03- d04- e05- b06- c07- c

Desafio

As diferenças ortográficas provêm de diferençasetimológicas entre as palavras. CessãoCessãoCessãoCessãoCessão, ‘ato deceder’, ‘doação’, ‘anuência’; seção ou secção, ‘parte’,‘corte’, ‘departamento’; sessãosessãosessãosessãosessão, ‘reunião’, ‘período detempo que dura uma atividade normalmente realizadaem grupo’.

Os Discursos da Narrativa

Exercícios de Aplicação

01- Sobre o texto:a) O fato é a conversa entre um freguês e um balconista.b) O cliente é pessoa curiosa, indagadora. O balconista se

mostra descansado, despreocupado e tambémdemonstra não querer comprometer-se com as coisasda cidade.

c) A resposta é pessoal, mas espera-se que o aluno concluaque o balconista é o representante típico da idéia que sefaz do povo mineiro. O tipo tranqüilo, caladão, que nãose envolve em conversas. Na verdade, o atendentedemonstra pouco interesse em servir ou não o café aofreguês.

02- Ao passar o diálogo para o discurso direto, temos:O freguês perguntou se o café daquela leiteria era bom

mesmo, ao que o balconista respondeu que não sabia,

pois não tomava café. O cliente, estranhando, ainda

indagou como era possível o balconista não saber se ele

era o dono do negócio. O rapaz simplesmente respondeu

ao cliente que até aquele momento ninguém tinha

reclamado.

Obs.: O aluno pode empregar as próprias palavras pararesponder a esta questão. A resposta é apenas sugestão.

03-a) Ao entrar no quarto para apanhar a chave, o telefone

tocou.b) Há os que acreditam que as vacas passeiam livremente

pelas ruas, porque são sagradas. Ou:Há os que acreditam que as vacas, por serem sagradas,podem passear livremente pelas ruas.

c) A imprensa, que sofreu gradativos aperfeiçoamentos,desde a sua descoberta, é mais uma realização dohomem.

04- 4 –3 – 2 – 1 – 505- a) a, as

b) a, ac) A, àsd) À, à, ae) àf) àg) àh) ài) As – àj) a

06- No texto o único caso de crase aparece em “às vezes”,que é uma locução adverbial.

07- a)...... a miragem ..... a louca ..... à torre .... a gargalhar ....à espera de .....

Gabarito

4

Lín

gu

a P

ortu

gu

esa

b)..... às cinco horas ..... cara a cara ..... a enxada.c) À medida que ..... a fé....d) a Teresópolis ..... a Petrópolis ...... a bela Curitiba ..... àBahia

Questões de Vestibulares

01- a02- e03- d04- d05- 106- c07- b

Desafio

a) A francesa ( uma francesa) foi despedida.b) Despediu-se à moda dos franceses.

Estrutura das Palavras

Exercícios de Aplicação

01- Sobre o textoa) Ritos mágicos – primeiras formas de magia tribal,

empíricas, através das quais os feiticeiros procuravam“recriar’’ ou amenizar os fenômenos naturais.Comportamento científico – através dele, o homemabandona os métodos empíricos e começa a analisarobjetivamente as situações com as quais poderia regulare predizer os fenômenos.

b) As mágicas nem sempre davam certo. Outros fatoresnão- mágicos atuavam nos fenômenos.

02- a) re-(prefixo); cri-(radical); -a- (vogal temática); -r(desinência).b) Cavern-(radical);-a- (vogal temática); -s (desinência denúmero).

03- d04- (6), (9), (4), (1), (7), (5), (2), (6), (1), (8), (3)05- desumanização: dês(prefixo), -uman-(radical), -iz-

(sufixo), -a-(vogal temática), -ção (sufixo), bondosa:bond-(prefixo), -osa- (sufixo), entardecer: em-(prefixo),tard-(radical), ec (sufixo), e-(vogal temática), -r(desinência);impensável: im- (prefixo), pens-(radical), a-(vogaltemática), -vel (sufixo), conquistadores: conquist-(radical),a-(vogal temática), -dor(sufixo), -es(desinência).

06- a palavra livrelivrelivrelivrelivre não pertence à mesma família08- Sobre o texto:a) A resposta é livre, mas espera-se que o aluno chegue à

conclusão de que se defende a tese da importância dosapelidos nos relacionamentos afetivos.

b) O narrador emprega a expressão “antecedente histórico’’numa menção ao primeiro casal bíblico. Já “efeitoretroativo’’ é expressão que significa que o valor de umadecisão retroage, ou seja, vale para o que aconteceuantes.

09- a) sufixo –al significa “relativo a’’.b) A palavra tem 4 morfemas : civil / iz / a / da.c) O radical é falt-.d) Salgado, salgar, saleiro, etc.

10- a) ( J )b) ( J )c) ( J )d) ( J )e) ( A )f) ( J )g) ( A )h) ( A )

11- a) ( 1 )b) ( 1 )c) ( 3 )d) ( 3 )e) ( 1 )f) ( 6 )g) ( 6 )h) ( 5 )i) ( 1 )j) ( 5 )l) ( 7 )m) ( 4 )n) ( 6 )

12- a) prefixaçãob) prefixaçãoc) sufixação

Questões de Vestibulares

01- b02- c03- a04- a05- e06- d07- e

Desafio

Letra e

Gabarito

5

Lín

gu

a P

ort

ugu

esa

Classes de Palavras - Substantivo

Exercícios de Aplicação

01- Sobre o texto:a) O conceito é negativo, uma vez que rotula o “povo da

política’’ como invencionário e linguarudo, ou seja,pessoas que não têm apego à verdade, portanto nãoconfiáveis.

b) I – tratar com cortesia, delicadeza. II. Perder os pais aindabem criança.

02- considerações – iguais – capotões – avós – mãos –coronéis – meses – doutores – desembargadores –leis.

03- a04- a) tique-taques

b) canetas-tinteiroc) cartas-bilheted) grã-cruzese) beija-floresf) saias-balãog) corre-corresh) quebra-maresi) os pisa-mansinhoj) pés-de-molequel) guarda-sóism) guardas-civisn) guarda-póso) guardas-florestaisp) alto-falantesq) alto-relevosr) obras-primass) cabras-cegast) bate-bolasu) pombos-correiov) os bumba-meu-boix) os cola-tudoz) mangas-espada

05- e06- lobos → alcatéia

vadios → corja,cambada,bandoilhas → arquipélagoartistas → elencoexaminadores → bancaabelhas → enxamemúsicos → bandacabras → fatouvas,bananas → cacholenha → feixecamelos → cáfilaanimais → faunapeixes → cardumevegetais → florabispos → sínodobois, médicos → juntaestrelas → constelaçãochaves → molho

papel → resmaporcos → vara

07- imperador - imperatrizsacerdote - sacerdotisacavalheiro - damaelefante - elefantaFrei - sórorgenro - noraprofeta - profetisamaestro - maestrinaermitão - ermitãancião - anciãladrão - ladrasultão - sultanaperdigão - perdizfrade - freira

08- o cura - padrea cura - restabelecimento, ato de curaro guarda - o indivíiduo: o policial, o vigiaa guarda - a corporaçãoo rádio - aparelhoa rádio - emissorao lotação - veículoa lotação - capacidade numéricao língua - intérpretea língua - órgão do aparelho fonadoro guia - ciceronea guia - formulário, papel, documentoo caixa - o funcionárioa caixa - a embalagemo capital - dinheiro, patrimônioa capital - cidadeo vigia - o vigilantea vigia - abertura circular nas embarcaçõeso coma - estado mórbidoa coma - juba, cabeleirao lama - sacerdote budistaa lama - lodo, barro

09- b) ( pinacoteca é coletivo de quadros artísticos; o coletivode flores é ramalhete)

Questões de Vestibulares

01- c02- d03- d04- d05- c06- d07- c

Desafio

Letra C (sextas-feiras)

O Adjetivo

1

Língua PortuguesaO AdjetivoO AdjetivoO AdjetivoO AdjetivoO Adjetivo

Podemos dizer, figurativamente, que os adjetivos colorem o universo. São essas palavras que, se usadas semexageros, dão à frase o tom que desejamos imprimir ao nosso discurso, uma vez que a função do adjetivo é qualificar osubstantivo.

ADJETIVOÉ a palavra que tem por função caracterizar o

substantivo, atribuindo-lhe um aspecto ou um estado. Ex.:sistema injusto, homem cruel, vestido rosa, criançabagunceira, mulher feliz, rapaz alto, etc.CLASSIFICAÇÃO

Os adjetivos podem ser:a) primitivos - são aqueles que dão origem a outros

adjetivos.b) derivados - são os que se formam a partir de uma

palavra primitiva. Veja: Feliz � infeliz

� �palavra primitiva palavra derivada leal � desleal

� �palavra primitiva palavra derivada

c) simples - adjetivos formados por apenas um radical.d) composto - adjetivos formados por mais de um radical.

Veja: Americano - norte-americano

� �adjetivo simples adjetivo composto

e) pátrio ou gentílico - são palavras que se referem araças, povos, países, etc. Os sufixos mais comuns paraformar esses adjetivos são: -ês, -ense, -ano. Ex.: francês,paranaense, boliviano, etc.

Alguns adjetivos pátrios:

O Adjetivo

2

Língu

a Po

rtug

uesa

LOCUÇÃO ADJETIVAA locução adjetiva é uma expressão com valor deadjetivo. Ex.:

� amor de pai = amor paterno � � locução adjetiva adjetivo� unha de gato = unha felina � � locução adjetiva adjetivoAlgumas locuções adjetivas

de aluno - discente de guerra - bélicode boi - bovino de professor - docentede cabelo - capilar de sonho - oníricode cão - canino de víbora - viperinode chuva - pluvial de vida - vitalde rio - fluvial de voz - vocalde coração - cardíaco de macaco - simiescode dinheiro - pecuniário de idade - etáriode fábrica - fabril de porco - suínode filho - filial de paixão - passionalde umbigo - umbilical de neve - níveoFLEXÃO DOS ADJETIVOS

O adjetivo é uma palavra que se flexiona em gênero,número e grau.Flexão em gênero

A concordância do adjetivo faz-se com o substantivo aque se refere.Ex.: pacote volumoso, inveja mesquinha.

Quanto ao gênero, os adjetivos dividem-se emuniformes e biformes.a) Uniformes - possuem apenas um forma para os doisgêneros.Ex.: menino brilhante / menina brilhanteb) Biformes - possuem uma forma para o masculino eoutra para o feminino.Ex.: aluno esperto / aluna esperta.O GÊNERO DOS ADJETIVOS COMPOSTOS

Nos adjetivos compostos, apenas o segundo elementodeve ser flexionado. Observe:Nacionalidade luso-brasileira

Camisa amarelo-clara

Flexão em númeroOs adjetivos seguem as mesmas regras da formaçãodo plural dos substantivos simples. Veja:vestidos escuros camisas claras

� Os adjetivos compostos só podem flexionar em númeroo segundo elemento.Ex.:livros luso-brasileiros

ideais anglo-americanos

Observações1. Azul-marinho e azul-celeste são sempre invariáveis,ou seja, ficam sempre no singular.2. Surdo-mudo, no plural, flexionam-se os doiselementos.Flexão em grauA flexão do adjetivo em grau trata da relação deigualdade, superioridade ou de inferioridade entreos substantivos que estão sendo modificados pelosadjetivos.O adjetivo apresenta dois graus: o comparativo e osuperlativo.a) comparativo - compara uma qualidade entre doisseres.� de igualdade - A menina era tão bonita quanto amãe.� de superioridade - A menina era mais bonita (do)

que a mãe� de inferioridade - A menina era menos bonita (do)

que a mãe.b) superlativo - indica qualidade em grau elevado ouintenso.O superlativo apresenta outra classificação: absoluto erelativo.1) Superlativo absoluto - apresenta duas formas:� analítico � Rapaz muito interessante.Moça imensamente feliz.� sintético � Rapaz interessantíssimo.Moça felicíssima.

O Adjetivo

3

Língua Portuguesa

2) Superlativo relativo

� De superioridade � João é mais alto de todos.� De inferioridade � João é menos alto de todos

Alguns adjetivos superlativos absolutos sintéticos.

Observe que no 1º quadrinho o personagem emprega apenas o substantivo solidão. No 2º quadrinho, eleacrescenta o adjetivo escaldante para caracterizar o substantivo. No 3º quadrinho, a mesmo personagem intensificao seu sentimento com o acréscimo de mais um adjetivo.

O Adjetivo

4

Língu

a Po

rtug

uesa

0 1 Assinale a alternativa que substitui incorretamente alocução adjetiva pelo adjetivo correspondente:

a) modificação da paisagem - modificação paisagísticab) água da chuva - água fluvialc) exageros de paixão - exageros passionaisd) atitudes de criança - atitudes infantise) soro contra veneno de serpente - soro anti-ofídico

Resposta comentada - a alternativa b faz uma substituiçãoequivocada. O adjetivo relativo à chuva é pluvial. Águafluvial é relativa à água do rio.Aponte a alternativa que completa corretamente as lacunasda frase abaixo:"Os acidentados foram encaminhados a diferentesclínicas..."

a) médicas-cirúrgicasb) médica-cirúrgicac) médico-cirúrgicasd) médicos-cirúrgicase) médico-cirúrgica

Resposta comentada - A alternativa que completaadequadamente a frase é a c, uma vez que, nos adjetivoscompostos, só podemos flexionar o último elemento,que deverá concordar com o substantivo a que se refere.Assim: clínicas médico-cirúrgicas

3) Na frase: "Nem é uma vida, é um comercial decigarro com longa metragem." Os vocábulosdestacados são, respectivamente:

a) substantivo - adjetivo - substantivo - adjetivo - substantivob) substantivo - substantivo - substantivo - adjetivo -

substantivoc) substantivo - adjetivo - substantivo - adjetivo - adjetivod) substantivo - adjetivo - adjetivo - adjetivo - substantivoe) substantivo - substantivo - adjetivo - adjetivo - substantivo

Resposta comentada - A frase apresenta apenas umadjetivo (longa), que está qualificando o substantivometragem. Observar que os vocábulos vida,comercial, cigarro, metragem admitem a presençado artigo, portanto são substantivos. Assim, a alternativacorreta é a b.

0 2

0 3

LEITURA E INTERPRETAÇÃO DETEXTOUm dever amaríssimo

José Dias amava os superlativos. Era um modo de darfeição monumental às idéias; não as havendo, servia aprolongar as frases. Levantou-se para ir buscar o gamãoque estava no interior da casa. Cosi-me muito à parede, evi-o passar com as suas calças brancas engomadas, presilhas,rodaque e gravata de mola. Foi dos últimos que usarampresilhas no Rio de Janeiro, e talvez neste mundo. Trazia ascalças curtas para que lhe ficassem bem esticadas. A gravatade cetim preto, com um arco de aço por dentro, imobilizava-lhe o pescoço; era então moda. O rodaque de chita, vestecaseira e leve, parecia nele uma casaca de cerimônia. Eramagro, chupado, com um princípio de calva; teria os seuscinqüenta e cinco anos. Levantou-se com o passo vagarosodo costume, não aquele vagar arrastado dos preguiçosos,mas um vagar calculado e deduzido, um silogismo completo,

a premissa antes da conseqüência, a conseqüência antes daconclusão. Um dever amaríssimol

(ASSIS, Machado de, Dom Casmurro. Rio de Janeiro:Biblioteca Universal Popular, 1964. p. 23.)

Sobre o texto:a) O trecho que você acabou de ler faz parte do romance

de Machado de Assis, Dom Casmurro. O personagemJosé Dias abusava do emprego dos superlativos.Identifique, no texto, o adjetivo empregado no grausuperlativo.

b) "Era um modo de dar feição monumental às idéias...". Oque se pode depreender do jeito de ser do personagemJosé Dias?

c) Aponte as duas formas de fazer o superlativo absolutosintético do adjetivo magro.Temos, a seguir uma relação de adjetivos. Dê as locuçõesadjetivas correspondentes:

0 1

0 2

O Adjetivo

5

Língua Portuguesa

a) Olhar felino -b) Corpo docente -c) Corpo discente -d) Produção fabril -e) Vida onírica -f) Atitude pueril -

Os superlativos absolutos sintéticos de comum, amigo,fiel e miúdo são, respectivamente:

a) comuníssimo, amiguíssimo, fielíssimo, miudíssimo;b) comuníssimo, amiguíssimo, fidelíssimo, miudíssimo;c) comunérrimo, amicíssimo, fielíssimo, miudézimo;d) comuníssimo, amicíssimo, fidelíssimo, miudíssimo;e) comunérrimo, amiguíssimo, fielíssimo, miudézimo.

Assinale o item em que houve erro na flexão do adjetivocomposto.

a) As camisas verde-amarelas enfeitavam o estádio.b) Os anúncios franco-brasileiros deram certo.c) José comprou vários ternos azul-marinho.d) As camisas azul-celeste desbotaram.e) Os acordos lusos-americanos fracassaram.

"Conseqüentemente os homens que trabalhavam à noitetransformaram-se em sombras ambulantes."O adjetivo que aparece na frase acima é:

a) conseqüentemente;b) noite;c) homens;d) sombras;e) ambulantes.

0 3

0 4

0 5

0 6

0 7

Aponte a frase que apresenta adjetivo.a) "Perdi o bonde e a esperança".b) Jairo voltou pálido para casa.c) Gritamos todos aos mesmo tempo.d) A flauta parecia que chorava.e) Esses operários vão ao estádio todos os dias.

A palavra em destaque é um adjetivo funcionando comosubstantivo em:

a) O coitado não parava de se queixar;b) É uma palavra assustadora;c) Na loja, só recebiam cheque frio;d) Ele é meu braço direito;e) Janice tem atitudes passionais.8) Leia com atenção a tirinha e, depois assinale a afirmação

errada.

a) O vocábulo Garfield, no 1º quadrinho, é um substantivopróprio.

b) Na construção "um gato um pouco cínico", observadano 2º quadrinho, gato é substantivo e cínico é adjetivo.

c) No 3º quadrinho observa-se um inversão "um cínico umpouco gato", mas as palavras não mudam a classegramatical ou seja, cínico continua sendo adjetivo e gatosubstantivo.

d) O humor da tirinha se baseia, principalmente nesse jogode palavras.

(PUC-PR) Os adjetivos são largamente empregados,tanto na escrita quanto na fala, para seres e coisas,indicando tamanho, cor, tipo, forma, qualidades, defeitos,etc. Entretanto, em uma notícia jornalística, por exemplo,evita-se empregar adjetivos que envolvam carga elevadade subjetividade, uma vez que esse tipo de texto deveser narrado, impessoal e objetivo. Em qual dos itensseguintes os adjetivos expressam opinião?

a) rapaz maravilhoso, charmoso, bonitão.c) material atóxico e reciclável.b) caixa amarela, retangular e nova.d) modelo estonteante, nissei e magra.

(CESGRANRIO-RJ) Assinale a opção em que todos osadjetivos não se flexionam em gênero.

a) delgado, inóbil, forte.b) brilhante, agradável, esbelto.c) oval, preto, simples.d) imóvel, curto, superior.e) feroz, exterior, enorme.

(FFCLT-SP) Assinale o item que apresenta o adjetivoincorretamente relacionado ao substantivo.

a) leite - lácteo.b) ilha - insular.c) coração - hepático.d) cão - canino.e) cobra - viperino

0 1 0 2

0 3

Um gato pouco cínico0 8

O Adjetivo

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Língu

a Po

rtug

uesa

(ITA-SP) Dadas as afirmações de que os adjetivoscorrespondentes aos substantivos:1) enxofre2) chumbo3) prataSão, respectivamente:1) sulfúreo 2) plúmbeo 3) argênteoverificamos que está (estão) correta(s):

a) apenas a afirmação 1;b) apenas as afirmações 1 e 2;c) apenas a afirmação 2;d) todas as afirmações;e) apenas a afirmação 3.

(USF - SP) Motivos ____________ estavam impressosnos _____________________ que enfeitavam osalão.

a) infantos-juvenil; balãozinhos;b) infantos-juvenil; balõezinhos;c) infantos-juvenis; balõezinhos;d) infanto-juvenis; balãozinhos;e) infanto-juvenis; balõezinhos.

(CEFET - PR) Assinale a alternativa em que não semanifesta a idéia de superlativo.

a) garota supersimpática.b) dia felicíssimo.c) rapaz podre de rico.d) trabalho ótimo.e) golpe mortal.

(FMU - SP) Aponte o grau do adjetivo em destaque, nafrase:“O jaguar é o mais perigoso dos carnívoros de nossasflorestas.”

a) comparativo de superioridade.b) superlativo absoluto analítico.c) superlativo absoluto sintético.d) superlativo relativo de superioridade.e) n.d.a.

0 4

0 5

0 6

0 7

01. (ITA-SP) Dadas as afirmações de que quem nasceem:

1) Lima é limenho2) Buenos Aires é buenairense3) Jerusalém é hierosolimitano.

Verificamos que está (estão) correta(s):

a) apenas a afirmação 1;b) apenas a afirmação 2;c) apenas a afirmação 3;d) apenas as afirmações 1 e 2;e) todas as afirmações.

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O Verbo (I) - O Texto Dissertativo

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Língua PortuguesaO VO VO VO VO Verbo (I) - O Terbo (I) - O Terbo (I) - O Terbo (I) - O Terbo (I) - O Teeeeexto Dissertativoxto Dissertativoxto Dissertativoxto Dissertativoxto Dissertativo

O verbo é a base da linguagem e está diretamente relacionado com a ação do homem no universo. Sempre queprecisamos dizer que alguém fez alguma coisa ou que alguém é, usamos verbos.

Na linguagem informal, não há muito rigor no emprego dos tempos verbais e, freqüentemente, um tempo ésubstituído por outro sem que a comunicação fique prejudicada.

Um exemplo bem significativo é este:– Se eu quisesse, ficava aqui até anoitecer. (coloquial)–– Se eu quisesse, ficaria aqui até anoitecer. (culta)

Observe que, na primeira frase, trocou-se o verbo que deveria estar no futuro do pretérito por uma forma noimperfeito do indicativo.

Outra questão curiosa acontece quando, por exemplo, empregamos uma forma verbal no presente para indicar umaação futura. Veja:– Faço tudo isso amanhã.

Ou, ainda, quando empregamos uma forma no passado para indicar uma ação no presente. É o caso deste exemplo:– Fiz café agorinha mesmo.

Enfim, dedicar-se ao estudo dos verbos é extremamente importante, uma vez que eles são marcas muito fortes nouso da linguagem oral e escrita.

FLEXÕES DO VERBO1. VOZES DO VERBO

A flexão de voz indica se o sujeito pratica ou sofre aação expressa pelo verbo. Daí temos:a) Voz ativa

O sujeito pratica a ação:Exemplo:

– O rapaz abriu o envelope.b) Voz passiva

O sujeito recebe a ação:Exemplo:

– O rio foi poluído pela indústria.c) Voz reflexiva

O sujeito pratica a ação, a qual recai sobre ele próprio:Exemplo:

– A família intoxicou-se com o alimento enlatado.– Os amigos se cumprimentaram. (Neste caso, a voz

reflexiva está indicando reciprocidade).Observação:A voz passiva pode ser:a) ANALÍTICA, quando é constituída por dois verbos.

Exemplos:O envelope foi aberto pelo rapaz.

b) SINTÉTICA, quando construída com o auxílio de umpronome apassivador.Exemplo:Abriu-se o envelope.

2. FLEXÃO DE NÚMERO E PESSOAO verbo pode referir-se a uma das três pessoas do

discurso que ora, estão no singular, ora no plural:

3. FLEXÃO DE MODOSUm fato pode realizar-se de três maneiras ou modos:

a) Indicativo, quando o fato é real:– Estudo à noite. Estudei muito ontem. Estudarei

amanhã.b) Subjuntivo, quando o fato é provável, duvidoso, ou

quando se trata de uma hipótese:– Gostaria de que a prova não fosse muito difícil.

Pessoa

Número

Singular Plural

1a Pessoa eu passeio nós passeamos

2a Pessoa tu passeias vós passeais

3a Pessoa ele passeia eles passeiam

O Verbo (I) - O Texto Dissertativo

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Língu

a Por

tugu

esa

– Se vieres, traze teu namorado.– Se eu tocasse piano...

c) Imperativo, quando exprime ordem, pedido,convite, conselho, súplica etc.:– Não faça isso! Cale-se!– Venha jantar conosco.– Não dê ouvidos aos tolos.– Orai por nós, Santíssima.4. FLEXÃO DE TEMPOS

Um fato expresso pelo verbo pode estar situadono momento em que se fala, antes do momento em quese fala ou depois, no futuro. Daí os três tempos, com suassubdivisões:a) Presente - Fato situado no momento ou época em

que falamos:– Eu estudo, tu estudas, ele estudab) Pretérito - Fato situado no momento ou época anterior

ao momento em que falamos. Divide-se em:Pretérito Perfeito (indica que a ação foi iniciada e

terminada no passado)– O jardineiro podou os galhos ontem.

Pretérito Imperfeito (indica que a ação foi iniciada,mas não foi concluída no momento passado a que nosreferimos):– Ele ajudava os pobres e desamparados.

Pretérito Mais-que-perfeito (indica uma ação nopassado anterior a outra ação também no passado):– Nem bem terminara, deram-lhe outras tarefas.c) Futuro - Fato situado em um momento ou época

vindoura. Divide-se em:Futuro do Presente (indica um fato real):

– Todos receberão os livros,Futuro do Pretérito (indica um fato possível,

hipotético, situado no futuro, mas vinculado a um momentopassado).– Todos receberiam os livros, se houvesse possibilidade.

PARADIGMA DAS TRÊS CONJUGAÇÕES

O Verbo (I) - O Texto Dissertativo

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Língua Portuguesa

O Verbo (I) - O Texto Dissertativo

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Língu

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O TEXTO DISSERTATIVOO QUE É DISSERTAR?

Dissertar é defender um ponto de vista sobredeterminado assunto. Ao expor idéias, é necessário,sobretudo, que se tenham argumentos que possamconvencer o leitor.

Um bom texto dissertativo enfoca um tema, e suaevolução parte de um raciocínio. Assim, é um texto que,além de analisar e interpretar um fato, aponta para relaçõeslógicas de idéias.ESTRUTURA DO TEXTO DISSERTATIVOa) Introdução - aqui se anuncia o tema, e o narrador se

posiciona sobre ele.b) Desenvolvimento - nessa parte da dissertação, o

narrador fará a defesa da idéia, por meio dos argumentos.É aqui que se apontam as semelhanças, as divergências,as ligações, enfim, é no desenvolvimento que seapresentam as comprovações da idéia inicial.

c) Conclusão - é o encerramento do texto. É na conclusãoque se imprime o ponto de vista sobre o assuntodiscorrido.

Observe este parágrafo dissertativoDefender a língua é, de modo geral, uma tarefa

ambígua e até certo ponto inútil. Mas também é quase inútile ambíguo dar conselhos aos jovens de uma perspectivaadulta e, no entanto, todo adulto cumpre o que julgo seudever ( ... ). Ora, no que se refere à língua, o choque ouoposição situam-se normalmente na linha divisória do novoe do antigo. Mas fixar no antigo a norma para o atual obrigariaeste antigo a recorrer a um mais antigo, até o limite dasorigens da língua.

A própria língua, como ser vivo que é, decidirá o quelhe importa assimilar ou recusar. A língua mastiga e joga forainúmeros arranjos de frase e vocábulos. Outros, ela absorvee integra a seu modo de ser.

(Vergílio Ferreira - Em defesa da língua. Estão aassassinar o português!)

Fernando Gonçalves (Folha de São Paulo, 13/2/1999)Observe que o mesmo verbo se repete criando expectativa no leitor. Note também, que há uma locução verbal

no 1° quadrinho: "vamos subir".

O Verbo (I) - O Texto Dissertativo

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Língua Portuguesa

0 1 Leia atentamente o texto abaixo e, depois, faça o que sepede.O cara chegou para a mulher e falou:

- Querida, se eu morresse você choraria muito?E a mulher:

- Claro! Você sabe que eu choro por qualquer coisinha.Sublinhe todas as formas verbais e identifique o tempo eo modo em que elas estão empregadas.Respostas:

a) chegou - pretérito perfeito do modo indicativob) falou -pretérito perfeito do modo indicativoc) morresse - imperfeito do modo subjuntivod) choraria - futuro do pretérito do modo indicativoe) sabe - presente do modo indicativof ) choro - presente do modo indicativo

Combine os pronomes átonos com as formas verbais:a) fazer + o fazê-lob) lavar + as lavá-losc) venda + os venda-osd) torcem + os torcem-nose) comprar + as comprá-lasf) vender + as vendê-lasg) dar + lhes dar-lhesh) amar + a amá-lai) compor + os compô-losJ) repartir + a reparti-la

Observar que formas verbais formadas de infinitivo +pronome (cantá-lo, vendê-lo, compô-lo) seguem aregra de acentuação das oxítonas terminadas em a, e eo.

0 2

Complete as frases com as formas verbais entreparênteses, observando o sentido:

a) Se ele __________, dê-lhe o cargo. (querer)b) Eu não _______ em duendes (acreditar)c) Quando eles __________, tudo ___________

pronto. (chegar, estar)d) Ninguém _____________ o defeito, se fizermos tudo

direitinho. (perceber)e) Pedro não quer que eu ____________ a casa. (vender)

Resposta comentada:a) quiserb) Obs.: - Na alternativa b, podemos colocar o verbo em

qualquer tempo do modo indicativo, uma vez que asituação, o contexto, não deixa pistas de um tempoespecífico. Assim podemos completar com: acredito,acreditava, acreditaria, etc. O mesmo não acontece comas outras frases que só podem mesmo aceitar um tempoverbal.

c) chegarem, estarád) perceberáe) venda

0 3

LEIA COM ATENÇÃO O TEXTO DO ESCRITORLEITURA DE INTERPRETAÇÃOJOÃO UBALDO RIBEIRO

0 verbo For

Vestibular de verdade era no meu tempo. Já estouchegando, ou já cheguei, à altura da vida em que tudo debom era no meu tempo; meu e dos outros coroas ( . . . )

O vestibular de Direito a que me submeti, na velhafaculdade de Direito da Bahia, tinha só quatro matérias:português, latim, francês ou inglês e sociologia, sendo queesta não constava dos currículos do curso secundário e agente tinha de se virar por fora. Nada de cruzinhas, múltiplaescolha ou matérias que não interessassem diretamente àcarreira. Tudo escrito tão ruibarbosianamente quanto

possível, com citações decoradas, preferivelmente. ( ... )Quis o irônico destino, uns

anos mais tarde, que eu fosseprofessor da Escola de Administraçãoda Universidade Federal da Bahia eme designassem para a banca deportuguês, com prova oral e tudo. Eutinha fama de professor carrasco, queaté hoje considero injustíssima, ef icava muito incomodado comaqueles rapazes e moças pálidos etrêmulos diante de mim. Uma certavez, chegou um sem o menor sinalde nervosismo, muito elegante,paletó, gravata e abotoaduras vistosas.

O Verbo (I) - O Texto Dissertativo

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Língu

a Por

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_____________________________________c) Finalmente, procurei o significado no dicionário.

_____________________________________d) Os reincidentes serão punidos.

_____________________________________Aponte a única frase em que o verbo não está empregadono modo subjuntivo:

a) Talvez eu chegue amanhã.b) Todos já foram embora.c) Ah, se você viesse agora!d) É provável que ele não venda a casa.e) Quando você conseguir o trabalho?

Numere devidamente as colunas considerando as vozesverbais:( 1 ) Voz ativa( 2 ) Voz passiva( 3 ) Voz reflexiva

a) ( ) Penteio-me todos os dias.b) ( ) O fato foi narrado pelo aluno.c) ( ) Os rapazes organizaram a festa.d) ( ) O decreto foi assinado pelo presidente.e) ( ) Estudei o fato conforme o resumo.f) ( ) O condor voa muito alto.g) ( ) A criança feriu-se no parque.h) ( ) O jovem colocou os papéis em ordem.i) ( ) Os papéis foram colocados em ordem pelo jovem.j) ( ) Ele cortou-se com a gilete.

Reescreva as frases na 3ª pessoa do plural.a) Levei tudo na ponta do lápis.b) Faltei à aula ontem.c) Escrevo todos dos dias.d) Falava, falava, falava!...e) Emprestei todo o dinheiro.

Assinale a alternativa em que a frase foi construída na vozpassiva.

a) Tínhamos apresentado diversas opções.b) Alertei meu filho do perigo.c) Os anúncios foram pagos em dia.d) Convocaram-me para a reunião.e) Gritavam e gemiam o tempo todo.

Ao passarmos para a voz ativa a oração "Os sócios foramconvocados para uma reunião.", obtém-se a forma verbal:

a) convocaram-se;b) convocaram;c) convocar-se-ia;

A prova oral era bestíssima. Mandava-se o candidato lerumas dez linhas em voz alta (sim, porque alguns não sabiamler) e depois se perguntava o que queria dizer uma palavratrivial ou outra, qual era o plural de outra e assim por diante.

Esse mal sabia ler, mas não perdia a pose. Não acertoua responder nada. Então, eu, carrasco fictício, peguei notexto uma frase em que a palavra "for" tanto podia ser doverbo "ser" quanto do verbo "ir". Pronto, pensei. Se eledistinguir qual é o verbo, considero-o um gênio, dou quatro,ele passa e seja o que Deus quiser.

- Esse "for" aí, que verbo é esse?Ele considerou a frase longamente, como se eu

estivesse pedindo que resolvesse a quadratura do círculo,depois ajeitou as abotoaduras e me encarou sorridente.

- Verbo for.- Verbo o quê?- Verbo for.- Conjugue aí o presente do indicativo desse verbo.- Eu fonho , tu fões, ele fõe - recitou ele impávido. -

Nós fomos, vós fondes eles fõem.Não, dessa vez ele não passou. Mas, se perseverou,

deve ter acabado passando e hoje há de estar num postoqualquer do Ministério da Administração ou na equipeeconômica, ou ainda aposentado como marajá, ou as trêscoisas. Vestibular, no meu tempo, era muito mais divertidodo que hoje e, nos dias que correm, devidamentedIplomado, ele deve estar fondo para quebrar. Fões tu?Com quase toda a certeza, não. Eu tampouco fonho. Masele fõe.

(O Estado de S. Paulo, 23/9/98.)Sobre o texto:

a) O narrador cria uma palavra nova no 2° parágrafo, a partirdo nome de um político e escritor do século IXX. Ficouconhecido pelo esmero com que tratava a línguaportuguesa em seus discursos. Aponte-o_____________________________________

b) A partir do texto, o que se pode deduzir sobre oconhecimento do candidato a respeito dos verbos?_____________________________________

c) Pela forma como o candidato conjugou o verbo "for",que verbo ele tomou como modelo?_____________________________________

d) Pode-se perceber que o narrador termina o texto deforma irônica para criticar a política ou certos políticos.Em que consiste essa crítica?_____________________________________Sublinhe os verbos nas orações abaixo e determine omodo e o tempo verbal em que estão empregados.

a) A resposta seria um tapa na cara.b) Nenhuma palavra me fascinava tanto.

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O Verbo (I) - O Texto Dissertativo

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Língua Portuguesa

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(UFGO) “Acabei de ver uma cena deliciosa. Enquantovinha vindo pelo corredor, vi Georgiana, que subira umapoltrona e mirava, com a maior atenção, bem de perto,um retrato de D. Pedro II . Depois ela afastou a cabecinhae começou a alisar as venerandas barbas do Imperador.Não contente, chegou a carinha ao retrato e deu-lhe umprolongado beijo. Juro que vi sorrir o bom monarca.”

(Para Viver um Grande Amor, de Vinícius de Moraes)

Utilizando os verbos: manter, ver, entrar e observar,respectivamente, dê sentido completo à frase,preenchendo adequadamente as lacunas de acordo comas alternativas.Se a pequena Georgiana não se _____________ decostas, ela certamente _________________ seu paique ________________________sem ser visto ea _______________ com carinho.

a) mantivesse, veria , entrava, observavab) mantiver, verá, entrará, observarác) manteve, ver, entra, observad) n.d.a.

(PUC - PR) Observe as formas verbais assinaladas:1) Quando ele vir o presente, ficará emocionado.2) Quando ele vier, receberá o presente.3) Ver o presente será emocionante.4) Vir e receber o presente será emocionante.

Assinale a alternativa correta quanto a indicação da formaverbal contida nos exemplos.

a) no exemplo 1 , infinitivo do verbo vir.b) no exemplo 2, futuro do subjuntivo do verbo vir.c) no exemplo 2, futuro do subjuntivo do verbo ver.d) no exemplo 3, infinitivo do verbo vir.e) no exemplo 4, imperfeito do subjuntivo do verbo ver.

(UCPEL - RS) Assinale a alternativa que completacorretamente as lacunas das frases abaixo.É necessário que _________________ as atitudescorajosas, ________ quando a justiça triunfa e___________ quando nem tudo sai como esperamos.

a) apoiemos, vibremos, compreendemos.b) apoiamos, vibramos, compreendamos.c) apoiemos, vibramos, compreendemos.d) apoiamos, vibremos, compreendamos.e) apoiemos, vibremos, compreendamos.

(UDESC) Escolha, entre as alternativas apresentadas, aque completa corretamente a frase:Se ele _________ a velha casa de janelas brancas, quenos __________________ uma proposta; nós a_________________com atenção.

a) quiser, fizesse, examinaríamos.b) quisesse, faça, examinaríamos.c) queria, faça, examinaremos.d) quiser, fizesse, examinaremos.e) quisesse, fizesse, examinaríamos.

(UFGO) Observe :Vence na vida quem estuda.Vence na vida quem estudou.

1. O mestre retém a resposta.2. O juiz mantém a sentença.3. Sua exposição de motivos não satisfaz.4. O astrólogo prevê os maus agouros.5. Os cientistas entretêm-se nas pesquisas.a) reteu - manteve - satisfez - previu - entretivera-se;b) reteve - manteve - satisfez - previu - entretiveram-se;c) reteve - manteu - satisfez - previu - entreteram-se;d) reteu - manteve - satisfez - previu - entreteram-se;e) reteve-se - manteve - satisfez previu - entreteram-se.

(CEFET - PR) - Todas as orações infringem as normasda conjugação verbal, EXCETO:

a) Não proporei nada aos adversários, mas se elesproporem, aceitarei de bom grado.

b) Ela não verá isso, mas se ver, estarei perdido...c) Há muito que requeiro estes documentos.d) Todos os brasileiros ansiam pelo fim da inflação, eu

ansiarei também.e) Se todos aderirem à moda, eu adero também.

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d) haviam sido convocados;e) haverão de ser convocados.Volte ao texto "O verbo for" e retire do 1° parágrafo umexemplo de locução verbal.Proposta de redação:Elabore um parágrafo dissertativo e mostre seu ponto devista sobre:"Vestibular, hoje, é mais fácil?"

Observações:a) Embora deva expressar o seu ponto de vista, procure

não empregar os verbos na 1° pessoa, isto é, sejaimpessoal.

b) Procure argumentar de forma convincente, seja qual fora sua resposta à pergunta acima.

c) Depois de pronto, peça a um colega para ler e avaliar seutexto, corrigindo o que for necessário.

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O Verbo (I) - O Texto Dissertativo

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(UFPR) Observe o emprego das formas verbaisdestacadas nestes enunciados:Deus o ajude!Deus o acompanhe!Bons ventos o tragam!

Todas elas estão no modo subjuntivo. Nesses casos,em vez de expressarem uma realidade hipotética, essasformas verbais indicam um valor semântico diferente.Qual alternativa traduz esse valor?

a) ordem.b) desejo.c) dúvida.d) condição.e) n.d.a.

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(FAAP-SP) Nas frases adiante, corrija as formas verbaisem que haja erro, reescrevendo-as corretamente:

a) Com licença, meu senhor: permita que nós subimos edescemos pelo elevador.

b) Se nós exigirmos pouco e ainda darmos muitas facilidades,duvido que conseguimos bons resultados.

O Verbo (II) - O Artigo - O Numeral

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Língua PortuguesaO VO VO VO VO Verbo (II) - O Artigo - O Numeralerbo (II) - O Artigo - O Numeralerbo (II) - O Artigo - O Numeralerbo (II) - O Artigo - O Numeralerbo (II) - O Artigo - O Numeral

Além de dar continuidade ao estudo dos verbos, veremos neste capítulo os artigos e os numerais.É interessante mencionar que os artigos não devem ser vistos apenas como acompanhantes dos substantivos. O

emprego ou não dos artigos também implica mudança do sentido que se pretende dar ao texto. Isto porque a função delesé a de generalizar ou particularizar a palavra que acompanham.

Nem sempre é fácil distinguir o artigo do numeral. O contexto é que vai definir se a intenção é informar quantidade(numeral) ou se a idéia é generalizar o substantivo (artigo). É o que você vai descobrir agora.

VERBO (II)1. CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS QUANTO ÀFUNÇÃO

Chama-se AUXILIAR o verbo que acompanha ooutro, que será o PRINCIPAL, e cuja função é mesmo deauxiliar a conjugação deste. Os principais verbos auxiliaressão: ser, estar, ter e haver.Ex.O garoto estava crescendo muito.

� �verbo auxiliar verbo principalA loja havia vendido todo o estoque.� �verbo auxiliar verbo principal

À junção do VERBO AUXILIAR + VERBOPRINCIPAL dá-se o nome de locução verbal.Então:Estava crescendo = locução verbalHavia comprado = locução verbal

2. CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS QUANTO ÀCONJUGAÇÃOa) Regulares - são os verbos que não sofrem nenhumaalteração no radical. Veja:

Cant o vend o part oCant as vend es part esCant a vend e part eCant amos vend emos part imosCant ais vend eis part isCant am vend em part em

b) Irregulares - são os verbos que sofrem alterações noradical. Ex.:(eu) sinto - do verbo sentir;(eu) trago; (eu) trouxe - do verbo trazerObservação Há casos em que o verbo irregular se apresenta comoregular em determinadas formas. Para verificar se um verboé ou não irregular basta conjugá-lo no presente ou no

pretérito perfeito do indicativo.c) Anômalos - são os que apresentam profundasirregularidades. São anômalos os verbos ser e ir.Observe algumas de suas flexões:Eu sou, eu fui, tu és, eu serei, que eu sejad) Defectivos - são os verbos que não possuem aconjugação completa.Ex.: colorir, chover, falir, etc.e) Abundantes - são os que apresentam mais de umaforma de particípio. Uma forma regular (com -ado ou -

ido) e a outra irregular. É o verbo auxiliar que vaideterminar quando usar uma ou outra forma.Veja:– Com os auxiliares TER e HAVER, usa-se o particípioregular:Tinha aceitadoHavia acendido– Com os auxiliares SER e ESTAR, usa-se o particípioirregular:Foi aceitaEstava acesaEis alguns verbos que apresentam duas formas departicípio:

Forma regular Forma adundanteAceitar - aceitado aceitoAcender - acendido acesoMatar - matado mortoBenzer - benzido bentoSuspender - suspendido suspensoPagar - pagado pagoPrender - prendido presoPegar - pegado pego3. FORMAÇÃO DO MODO IMPERATIVO

O modo imperativo emprega-se quando se desejadeterminar uma ação afirmativamente ou negativamente:faça isso / não faça isso; abra a porta / não abra a porta, eassim por diante.O imperativo se forma a partir do presente doindicativo e do presente do subjuntivo.

O Verbo (II) - O Artigo - O Numeral

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ObservaçãoSabendo conjugar o presente do indicativo e opresente do subjuntivo, é muito fácil formar o imperativodos verbos.4. FORMAS NOMINAIS DO VERBO

As formas nominais do verbo são o infinitivo, ogerúndio e o particípio.– R - para o infinitivo: contar, vender, sorrir– NDO - para o gerúndio: contando, vendendo, partindo– DO - para o particípio: contado, vendido, partido

5. CONJUGAÇÕES VERBAISHá três conjugações em português, caracterizadas

pelas vogais temáticas - a, -e, -i, o que nos dão verbos da:1º conjugação = contar, brincar, sonhar2º conjugação = vender, beber, caber3º conjugação = sorrir, partir,cair

ObservaçãoO verbo pôr (e seus derivados) pertence à 2ºconjugação1ª CONJUGAÇÃOVerbos em EAR

Os verbos terminados em -ear intercalam um "i"eufônico após o "e" do radical, nas formas rizotônicas. Sirvamde exemplos os verbos passear e nomear.

Observe:

Passear

Nomear

O Verbo (II) - O Artigo - O Numeral

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Língua PortuguesaObservaçãoConjugam-se como nomear: apear, bloquear, cear,folhear, frear, hastear, pentear, recear, semear.

O verbo estrear têm o “e” aberto nas formasrizotônicas: eu estréio, tu estréias, ele estréia . . .Verbos em -IAR

Há verbos terminados em “iar” que são regulares,como é o caso do verbo copiar.

COPIAR

Assim, regulares são quase todos os verbosterminados em "iar: acariciar, aliar, aliviar, ampliar, assobiar,beneficiar, chiar, confiar, criar, esfriar, espiar, renunciar,variar, vadiar, viciar...

Há outros verbos terminados em "iar" que sãoirregulares. São eles:

MediarAnsiarRemediarIncendiarOdiarMudam o "i" da penúltima sílaba em "ei", nas formas

rizotônicas. Sirva de exemplo a conjugação do verbo odiar.OD IAR

OUTROS VERBOS IRREGULARES1ª Conjugação

AGUAR

2ª Conjugação

CRER

LER

QUERER

O Verbo (II) - O Artigo - O Numeral

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a Po

rtug

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REQUERER

VALER

CABER

3a ConjugaçãoADVERTIR

PEDIR

COBRIR

POLIR

O Verbo (II) - O Artigo - O Numeral

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Língua PortuguesaObservação

Nas formas rizotônicas, o verbo polir tem o o doradical substituído por u.RIR

ObservaçãoConjuga-se como rir: sorrir.

AGREDIR

ARTIGOÉ o termo que acompanha o substantivo, tendo

basicamente como função generalizá-lo ou particularizá-lo.O homem - determinado homem, sentido particular.Um homem - qualquer homem, sentido genérico.

CLASIFICAÇÃOO artigo divide-se em:

Definido

Determina um ser dentre os outros da sua espécie:o amigo; os amigos; a colega; as colegas.Indefinido

Refere-se, quando no singular, a qualquer ser dentreos da sua espécie: um bicho. E, quando no plural, dá idéiade quantidade restrita: uns deputados.

EMPREGO DO ARTIGO1. O artigo sempre aparece antes do substantivo. Por esse

motivo, qualquer palavra à qual o artigo se refira passa afuncionar como substantivo. Esse processo chama-sesubstantivação.Exemplo:Entre o viver e o morrer existe uma imensa porta.Às vezes, o artigo pode vir distanciado do substantivo

a que ele se refere.Exemplo:

Os dois pequenos jardins eram a principal atraçãoda cidade.2. Os artigos podem combinar-se com certas preposições.

Exemplo:De repente, saiu da sala um homenzinho.

da = de (preposição) + a (artigo)3. Em geral, não se coloca artigo antes de nomes de cidades

e de nomes de pessoas conhecidas, famosas.Exemplos:

– Conheço bem Curitiba.– Leonardo da Vinci foi um pintor famoso.

Se, no entanto, o nome da cidade ou o nome dapessoa vier caracterizado, qualificado, o uso do artigo éobrigatório.

Exemplo:– Ele não conhece a bela Curitiba.4. Antes de pronomes possessivos (meu, minha, sua, vossa,

etc.) o uso do artigo é facultativo.Exemplos:

– Todos conhecem bem a sua fama.ou

– Todos conhecem bem sua fama.5. Não se usa artigo entre as palavras cujo, cuja, cujos,

cujas e o substantivo seguinte.Exemplo:

– Esta é a carta cujo conteúdo todos conhecem.6. É obrigatório o uso do artigo definido entre o numeral

ambos e o substantivo a que se refere.Exemplo:O juiz solicitou a presença de ambos os cônjuges.

O Verbo (II) - O Artigo - O Numeral

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NUMERALÉ toda palavra que indica quantidade, posição numa

série, múltiplo ou fração.CLASSIFICAÇÃOCardinais

São os numerais que indicam quantidade, númeroexato de seres.

Exemplo: Chegaram ali três pessoas.Ordinais

Indicam o lugar e a posição que alguém ou algoocupa numa determinada seqüência.

Exemplo: Na segunda prova ele obteve o quinto lugar.Multiplicativos

Expressam a multiplicação de uma determinadaquantidade.

Exemplo: Os clubes propõem que o ingresso custeo dobro do preço atual.Fracionários

Indicam uma div isão , uma f ração de umaquantidade.

Exemplo: Ele recuperou apenas dois quintos doque investiu.

0 1 A alternativa que preenche corretamente as lacunas comos verbos vir, virar e ver é:"Quando você ......... a Universidade, ......... à direita, logoque ............ o posto da Polícia Federal."

a) vier, vire, vir;b) vir, vira, vires;c) vieres, vira, vires;d) ver, vira, ver;e) vier, vire, ver.

Resposta comentada - A alternativa correta é a. Nestetipo de exercício, primeiramente deve-se observar emque pessoa se faz o tratamento. No caso do exercício,está em 3ª pessoa pelo emprego do pronome você.

Neste caso, é só conjugar os verbos adequadamente.Observar também que o verbo VIR pede conjugação nofuturo do modo subjuntivo e os demais no imperativoafirmativo.Em qual dos casos o emprego do artigo denotafamiliaridade?

a) O Amazonas é um rio imenso.b) D. Manuel, o venturoso, era bastante respeitado.c) O Antônio falou com o João.d) O professor João Ribeiro está doente.e) Os Lusíadas são um poema épico.

A tirinha ilustra como o emprego dos numerais se torna importante no dia-a-dia da sociedade de consumo.

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O Verbo (II) - O Artigo - O Numeral

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Língua Portuguesa

Resposta comentada - Os nomes próprios só admitema presença do artigo quando quiserem mesmo indicarfamiliaridade, proximidade. Caso contrário não seemprega artigo antes deles. Assim, a resposta correta é ac.

Aponte a alternativa que grafa erradamente os numerais.a) 665 dias - seiscentos e sessenta e cinco dias.b) 84º capítulo - octogésimo quarto capítuloc) Papa João XXIII - Papa João vigésimo terceiro

d) 68º aniversário - sexagésimo oitavo aniversárioe) Página 202 - página duzentos e dois.

Resposta comentada - depois de um substantivodesignativo de papas, reis, século ou partes de uma obra,empregam-se os numerais ordinais até décimo; daí pordiante, empregam-se os cardinais. Assim, dever-se-iagrafar Papa João XXIII e ler "vinte e três".

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LEITURA E INTERPRETAÇÃONUMEROMANIA

- Candidato 3 246! Sala 304!E lá vou eu: um número que se dirige a outro número.- Ninguém aqui quer saber se estou satisfeito ou não,

se estou doente, se tenho vontade de cantar... Sou o 3246: um número!

- Idade!- 23.- Peso!- 62.- Altura!- 1m 60.Gozado! Quando criança, não me lembro de ter sido

um número. A não ser quando ia ao médico e ao dentista.Aí, a enfermeira chamava: - "35!". Minha mãe se levantava eeu, sem saber que era o 35, ia atrás dela e entrava noconsultório.

O negócio começou mesmo quando fui pra escola.Não sei bem como era no começo. Mas, ao entrar noginásio, passei a ser o 17 da turma 103. (E me explicaramdireitinho: o algarismo da centena indicava que eu pertenciaa uma turma de 1º ano ginasial). Depois fui o 21 da 204;o 13 da 306. Fui reprovado: o 13 me deu azar! No anoseguinte fui o 22 da 311; depois, o 8 da 402; o 12 da1.104 e assim por diante.

Me lembro de todos esses números. E não dá praesquecer. Minha mãe, "coruja" como todas as mães,guardava lembranças da minha infância e... lá estão todas ascadernetas, que de vez em quando ela retira da gaveta delembranças!

E como eu fazia confusão no início do ano letivo!Colocava número e turma do ano anterior! Ou fazia "salada":número daquele ano e turma do ano anterior. Nossa!

Cresci. Fui para o serviço militar.- Soldado 189!- Pronto!E aquele tempo todo eu fui o 189 da 3ª Cia. Recebi

o Certificado Militar: 2 385 782, 1ª Categoria, 1ª RM.

Agora eu era maior. Tirei título de eleitor: nº 312743, 16ª Zona Eleitoral, 386ª Secção. E carteira deidentidade: 11 845 382 do DIG (Departamento deIdentificação Geral). E carteira profissional: 2 585 322, Série105ª.

Fui trabalhar. Recebi número de inscrição noINPS e, mais tarde, o número do PIS. Tornei-mecontribuinte do Imposto de Renda: CPF: 30 452 896345 287 (já me disseram que o algarismo 7 dasunidades diz que eu estou cadastrado na 7ª RegiãoFiscal, mas não sei se isso é verdade). E tenho contano Banco 819: conta nº 357 439/5.

Aprendi a dirigir; comprei carro. Carteira nº1 283749.Chapa do carro, nº do chassis, nº do motor. Tudo isso eutenho anotado.

Essa montoeira de números é o que, na sala 304,perguntam ao candidato 3 246, que deseja simplesmenteinscrever-se para a compra de um apartamentozinho.

Só não me perguntaram ainda, por motivos óbvios, onúmero do atestado de óbito, da quadra e da sepultura.Mas... algum dia alguém terá que completar esses dados.

Dizem que o Governo vai estudar um meio de darum número ao cidadão, assim que ele nascer e forregistrado. Esse número seria dele a vida toda, até morrer.Seria bom! O que carrego de documentos no bolso não énormal!

(In: Leite, Roberto Augusto Soares et al i i . ComunicaçãoInterpretação, Ed. Nacional, São Paulo, 1977.)

Sobre o texto:a) Aponte a alternativa que traduz a idéia central do texto.I. Ensinar a usar corretamente os números dos

documentos.II. Provar a necessidade de se atribuir números a cada

cidadão.III. Enaltecer a eficiência de órgãos públicos e privados que,

pelo emprego de número, obtêm logo as informaçõesnecessárias.

IV. Mostrar que cada vez mais vamos sendo um número nasociedade.

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O Verbo (II) - O Artigo - O Numeral

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V. Induzir os leitores a não usarem os números com quecada um é catalogado.

b) "... um número que se dirige a outro número." Comessa observação torna-se patente a:

I. valorização do indivíduo;II. necessidade de identificação;III. superorganização do mundo moderno;IV. oposição homem / coisa;V. perda da personalidade humana.c) Ao dizer que toda aquela numerologia era apenas para "...

inscrever-se para a compra de um apartamentozinho", onarrador está fazendo crítica:

I. ao funcionário;II. à burocracia;III. à desorganização;IV. ao zelo;V. à objetividade.d) A referência irônica ao atestado de óbito, da quadra e da

sepultura nos pode levar a concluir que:I. até o número dos atestados de óbito são atribuídos

previamente a cada um;II. o número da quadra e da sepultura facilitam as

homenagens póstumas;III. nem depois da morte nos livramos dos números;IV. a morte iguala todos os seres humanos;V. o homem não se conforma com a idéia de morte;

Escreva os ordinais correspondentes a:a) 189º_________________________b) 35º__________________________c) 103º_________________________d) 1.104º________________________

Sublinhe todos os artigos que aparecem no trecho abaixo:"Dizem que o Governo vai estudar um meio de dar umnúmero ao cidadão, assim que ele nascer e for registrado.

Esse número seria dele a vida toda, até morrer. Seria bom!O que carrego de documentos no bolso não é normal."Retire do texto marcas que indicam a coloquialidade dalinguagem empregada e aponte a forma cultacorrespondente:Ele obteve o 169º ______________ lugar.

a) centésimo seiscentésimo nono.b) centésimo sexagésimo nono.c) cento e sessenta e nove.d) centésimo sexto nono.e) centézimo sessenta e nove.

Os ouvintes ......................-se de opinar, temendo quese ....................... as críticas e os ânimos não se....................

a) absteram - mantivessem - refazessem.b) absteram - mantessem - refizessem.c) abstiveram - mantivessem - refizesse.d) abstiveram - mantessem - refizessem.

Reescreva as frases corrigindo-as:a) Não conheço o aluno cujo o pai é diretor.b) Todos quatro alunos saíram pelos fundos.

Proposta de redação.Escreva um texto dissertativo, a partir da seguinte reflexão:"Ao transformar o cidadão em um número, asociedade contribui para a perda da essênciahumana".

– Depois de escrever o texto, procure lê-lo com calmaobservando a clareza das idéias e a correção da linguagem.

– O tema é bastante sugestivo para promover um debatecom os colegas, proporcionando a todos a oportunidadede exporem suas idéias sobre a questão.

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0 1 (PUC - SP) Veja os períodos:1 . O técnico sempre intervém na hora certa.2. O diretor vê os problemas com muita clareza.3. O seu exemplo contém o ímpeto dos companheiros.4. O aluno refaz o trabalho.5. O homem bondoso doa um pouco do que é seu a

quem precisa.Transformando os períodos acima como se alguémestivesse dando uma ordem, as formas verbais ficariamassim:

a) intervenha, veja, conte, refaça, doe;

b) interveja, veja, contenha, refaça, doe;c) intervenha, vê, contenha, refaz, doa;d) interveja, veja, contém, refaça, doe;e) intervenha, veja, contenha, refaça, doe.

(UFMG) Em "Esperei que os alunos _____ " , deve-seempregar o verbo estudar assim flexionado:

a) estudarem;b) estudem;c) estudavam;d) estudassem;e) n.d.a.

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O Verbo (II) - O Artigo - O Numeral

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Língua Portuguesa

(UEL - PR) Os insucessos que porventura ___________a ocorrer, serão conseqüências do fato de termos_________________ na questão, sem conhecê-labem.

a) virem - intervindo.b) vierem - intervido.c) vierem - intervisto.d) vierem - intervindo.e) virem - intervido.

(CEFET - PR) Os sócios mal se ___________, naiminência__________________________________de ________________________ o insucesso e________________ anulação do contrato.

a) conteram - anteverem - requiserem.b) contiveram - antevirem - requererem.c) conteram- antevirem - requererem.d) contiveram - anteverem - requiserem.e) contiveram - anteverem - requererem.

(UFRJ) Complete as frases, empregando no futuro dopresente os verbos entre parênteses:

– Quando eles chegarem, nós ______________imediatamente seu convite. (entregar)

– Quando ela vir você tão bem, não____________________. (acreditar)

– Enquanto não obtiver todos os dados, não_________________ a pesquisa. (terminar)

– Quando vocês lhes derem essa boa notícia, eles se_____________ melhor. (sentir)

a) entregue, acredito, termino, sintob) entregaremos, acreditará, terminarei, sentirão.c) entregamos, acreditamos, terminaremos, sentiremosd) n.d.a

0 3 (UTP – PR) Identifique o modo de cada uma das formasverbais destacadas nesta anedota:O cara chegou para a mulher e falou:- Querida, se eu morresse você choraria muito?E a mulher:- Claro, você sabe que eu choro por qualquercoisinha.(Ziraldo. As anedotinhas do Bichinho da Maçã. São Paulo:Melhoramentos, 1988. p. 44.)

a) subjuntivo, indicativo, subjuntivo , indicativo.b) subjuntivo, subjuntivo, indicativo, indicativo.c) indicativo, subjuntivo, indicativo, indicativo.d) subjuntivo, subjuntivo, subjuntivo, indicativo.e) n.d.a.

(UNISINOS – RS) Reconheça em que tempo estão asformas verbais destacadas nesta anedota:O restaurante estava imundo. O freguês, revoltado,mandou chamar o gerente:- Por que vocês não fazem guerra às moscas nesterestaurante?E o gerente respondeu:- Já fizemos. Mas as moscas venceram.(Ziraldo. As anedotinhas do Bichinho da Maçã. São Paulo:Melhoramentos, 1988. p. 39 e 40.)

a) pretérito imperfeito do indicativo, pretérito perfeito doindicativo, presente do indicativo, pretérito perfeito doindicativo.

b) pretérito perfeito do indicativo, presente do indicativo,presente do indicativo, pretérito imperfeito do indicativo.

c) subjuntivo, presente do indicativo, pretérito perfeito doindicativo, futuro do presente do indicativo.

d) n.d.a.

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(UDESC) Complete o texto a seguir, empregandoem um dos três tempos do pretérito os verbos entreparênteses:

A primeira vez que ______________ (ver) o mar eunão ______________________ (estar) sozinho._______________ (estar) - no meio de um bandoenorme de meninos. Nós ______________ (ter)viajado para ver o mar. No meio de nós havia apenas ummenino que já o tinha visto. Ele nos_________________ (contar) que havia três espéciesde mar: o mar mesmo, a maré, que é menor que o mar,e a marola, que é menor que a maré. Logo a gente_________________ (fazer) idéia de um lago enormee duas lagoas. Mas o menino _________________

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(explicar) que não. 0 mar _______________ (entrar)pela maré, e a maré _____________________(entrar) pela marola. A marola ______________ (vir)e ______________________ (voltar). A maré____________________________ (encher) e_________________ (vazar). 0 mar às vezes tinhaespuma e às vezes não tinha. Isso ______________(perturbar) ainda mais a imagem. Três lagos mexendo,esvaziando e enchendo, com uns rios no meio, às vezesuma porção de espuma, tudo isso , muito salgado, azul,com ventos.(Rubem Braga, 50 crônicas escolhidas. Rio de Janeiro: J.Olympio, 1951. p. 73-4.)

Pronomes - Advérbios - Preposições - Conjunções - Interjeições

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Língua PortuguesaPronomes - Advérbios - Preposições - Conjunções - Interjeições

Nesta unidade, veremos os pronomes, os advérbios e as palavras relacionais, ou seja, as preposições e as conjunções,além das interjeições.

Os pronomes são elementos de coesão dentro do texto. Se mal empregados, geram ambiguidade, o que provocaa incoerência textual. Se digo, por exemplo, “Encontrei João ao lado de seu carro novo”, não fica claro se o carro é de Joãoou da pessoa com quem estou interagindo.

Os advérbios são as palavras responsáveis pela precisão em que acontecem as ações verbais, determinando otempo, o modo, o lugar, entre outros aspectos, em que essas ações acontecem. O emprego dos advérbios, portanto,tornam o enunciado mais completo.

O estudo das preposições e conjunções nos possibilitará criar mecanismos específicos para a linguagem, uma vezque essas palavras estabelecem relações entre as idéias. Essas relações podem ser de subordinação, de coordenação, decausalidade, de oposição, etc.

Por fim, as interjeições fecham a unidade mostrando-nos que vivemos fazendo uso delas nas mais diversas situaçõesdo nosso cotidiano: na alegria, na tristeza, na raiva, no espanto. Enfim, são elas que traduzem todas as nossas emoções.

PRONOMEÉ a palavra que desempenha as funções de substantivo

ou adjetivo.Exemplo:

João correu.�Ele correu.Perdi o meu livro.

Tua irmã chegou.

Os pronomes substantivos são aqueles quepodem substituir um nome.

Pedro é uma criança esperta.�Ele é uma criança esperta. Ele = pronome substantivo.Os pronomes adjet ivos são aqueles que

acompanham um nome.Minha amiga partiu. Minha = pronome adjetivo.

CLASSIFICAÇÃO DOSPRONOMESPESSOAIS

Pronomes pessoais são aqueles que indicam apessoas do discurso.

1ª pessoa: (pessoa que fala) eu, nós2ª pessoa: (pessoa com quem se fala) tu, vós.3ª pessoa: (algo ou pessoa de que ou de quem se fala) ele

(s), ela (s).Os pronomes pessoais dividem-se em:

EMPREGO DOS PRONOMES PESSOAISa ) Uniformidade de tratamento

Para designar uma determinada pessoa gramatical,dentro de um contexto, devem-se utilizar de maneirauniforme os pronomes referentes a ela.

Exemplo:Gostaria de falar contigo para te contar a novidade.

Gostaria de falar com você para lhe contar a novidade.= tu

= você

Pronomespessoais

retos

Pronomes pessoais oblíquos

átonos tônicos

eu me mim, comigo

tu te ti, contigo

ele, ela se, o, a, lhese, consigo

ele, ela

nós nos nós, conosco

vós vos vós, convosco

eles, elas se, os, as, lhessi, consigoeles, elas

Pronomes - Advérbios - Preposições - Conjunções - Interjeições

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saExemplo:Paulo entregou o texto para eu ler.

O pronome mim é sempre do caso oblíquo e nuncafunciona como sujeito. Exemplo:

Paulo entregou o texto para mim.

Atenção!NÃO DIGA:Entre eu e ela já acontecerem muitas coisas.Ela foi com nós à festaDIGA:Entre mim e ela aconteceram muitas coisas.Ela foi conosco à festa

e) DE TRATAMENTOSão aqueles que determinam a pessoa com quem se

fala (2ª pessoa). O tratamento pode ser formal ou familiar.Note, porém, que a concordância acontece na 3ª

pessoa.Você foi bem atendido?Eis alguns pronomes de tratamento:

b) Ação reflexivaOs pronomes oblíquos me, nos, te, vos podem

ser usados para indicar que a ação praticada pelo sujeitoreflete-se no próprio sujeito. Quando isso ocorre, sãochamados de pronomes reflexivos.

Exemplo:Assim, tu te prejudicas. = a ti mesmo Se, si e consigo só funcionam como reflexivos. Exemplos: Aquela garota se considera uma maravilha. = a si mesma A tartaruga carrega consigo a própria casa.

c) Ação reflexiva recíprocaOs pronomes nós, vos e se podem indicar que

ocorre uma ação recíproca entre os elementos do sujeito.Neste caso, basta substituir o pronome pela expressãoum ao outro, uns aos outros.

Exemplo:Pai e filho se acusavam abertamente. = um ao outro

d) Eu e mimO pronome eu é sempre do caso reto, ou seja, é

sempre sujeito.

= sujeito

mim = complemento

= com ela mesma

emonorP arutaiverdA osU

)s(êcoV .VV,.V lamrofniotnematart)s(arohneS,)se(rohneS rS,.srS,.rS a rS,. sa . osotiepserotnematart

)s(airohneS)s(assoV S.V,.ªS.V sa . sedadirotuaarap-laicremocaicnêdnopserrocme-

)s(aicnêlecxE)s(assoV xE.V a xE.V, sa esivicsedadirotuasatlaarapseratilim

)s(amissídnereveR)s(assoV veR.V am veR.V,. sam . setodrecasarap)s(aicnêlecxE)s(assoV

)s(amissídnereveR.xE.V a veR am

.xE.V sa veR sam sopsibecraesopsibarap

)s(aicnênimE)s(assoV mE.V a mE.V, sa . siaedracarapedaditnaSassoV .S.V sapaparap)s(azetlA)s(assoV .AA.VV,.A.V seuqudesepicnírparap)s(edatsejaM)s(assoV .MM.VV,.M.V serodarepmiesierarap)s(aicnêcifingaM)s(assoV gaM.V a gaM.V,. sa . sedadisrevinuedserotierarap

)s(amissítireM)s(assoV roperpmesosnetxe otieridedsezíujarap

..

.

. .

Sr.a,Sr.as

V.S.a,V.S.as

V.Ex.a,V.Ex.as

V.Rem.a,V.Rem.as

Pronomes - Advérbios - Preposições - Conjunções - Interjeições

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Língua PortuguesaPOSSESSIVOS

São aqueles que, em geral, indicam posse.Eu construí minha casa.Os pronomes possessivos são:

DEMONSTRATIVOSSão aqueles que podem indicar:a) a posição de um objeto ou pessoa em relação

ao falante e ouvinte.– perto do falante (1ª pessoa): Este relógio é meu.– perto do ouvinte (2ª pessoa): Esse relógio é teu.– distante dos dois (3ª pessoa): Aquele relógio na

parede está estragado.b) a posição de uma informação no interior do texto:– o que vai ser dito (1ª pessoa): Ouça isto: A prova será

fácil.– o que já foi dito (2ª pessoa): A prova será fácil,

isso já foi dito.– o que está fora do texto em que o pronome se

encontra (3ª pessoa): Aquela história causou polêmica.c) situação no tempo de um fato relatado:– momento presente (1ª pessoa): Este é o ano da vitória.– proximidade (2ª pessoa): E por lembrar o ano passado,

esse ano, foi difícil para nós.– passado distante (3ª pessoa): Naquele tempo, ele ainda

usava calças curtas.Os pronomes demonstrativos são:

INDEFINIDOSSão aqueles pronomes que se referem a pessoas ou

coisas de modo vago ou indeterminado. Dividem-se em:Invariáveis: alguém, ninguém, tudo, outrem, nada,

cada, algo.Variáveis: algum (ns), alguma (s), nenhum (ns),

nenhuma (s), todo (s), toda (s), outro (s), outra (s), muito(s), muita(s), certo (s) pouco (s).

RELATIVOSSão aqueles que geralmente retomam um termo

anterior, projetando-o numa outra oração.Exemplo:Nós conhecemos os alunos. Os alunos saíram.Nós conhecemos os alunos que saíram

São eles:

EMPREGO1. Os pronomes relativos virão antecipados de preposição,

se a regência assim determinar:Exemplos:Este é o autor a cuja obra me refiro. = Refiro-me

à obra.

Este é o autor de cuja obra gosto. = Gosto daobra

São opiniões em que penso. = Penso nasopiniões.

2 . Quem - é empregado com referência a pessoas.Exemplos:Não conheco a menina de quem você falou.

ATENÇÃO!– Quando possui antecedente, o pronome quem virásempre precedido de preposição.Exemplo:Não sei de quem você está falando.

– É comum empregar-se o relativo quem semantecedente claro. Neste caso, ele é classificado comopronome indefinido.Exemplo:Quem cala consente.

PP S

Pronomes - Advérbios - Preposições - Conjunções - Interjeições

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sa3 . Que – pode ser usado com referência a pessoas ou

coisas.Exemplos:Não conheço o homem que saiu.

pessoaNão conheço o livro que você me indicou

coisaATENÇÃO:

O pronome relativo que pode ter por antecedente opronome demonstrativo o e flexões.

Exemplo:"Cesse tudo o que a musa antiga canta . . ." (Camões)

4. INTERROGATIVOSSão aqueles pronomes empregados em orações

interrogativas (diretas ou indiretas).Quem chamou?Perguntei quem chamou.

ADVÉRBIOÉ o termo que expressa uma circunstância de um

tempo, modo, negação, etc. e modifica o verbo, o adjetivoe o próprio advérbio.

Exemplo:A garota falava muito.

CLASIFICAÇÃOOs advérbios podem expressar diversos tipos decircunstâncias, sendo classificados de acordo com a idéiade cada um:a) afirmação - sim, certamente, efetivamente,realmente,etc.b) dúvida - talvez, acaso, porventura, possivelmente,provavelmente, etc.c) intensidade - mais, menos, meio, muito, pouco, assaz,bastante, bem, demais, quanto, quão, quase, tanto, tão,etc.d) lugar - abaixo, acima, aí, ali, aqui, lá, cá, dentro, fora,além, aquém, perto, longe, atrás, adiante, através, junto,onde, etc.

e) modo - bem, mal, assim, depressa, devagar, melhor,pior, e quase todos os terminados em -mente:naturalmente, amigavelmente, etc.

f) negação - não, nunca, jamais.g) tempo - agora, já, hoje, ontem, amanhã, ainda, antes,

depois, cedo, tarde, breve, então, jamais, nunca, logo,sempre, brevemente, finalmente, etc.

LOCUÇÃO ADVERBIALÉ o conjunto de duas ou mais palavras que, agrupadas,

exercem a função de advérbio.Exemplos: à direita, à esquerda, à toa, às pressas,

de vez em quando, às vezes, etc.PREPOSIÇÃO

É o termo que tem por função estabelecer umarelação de dependência entre uma palavra e outra.CLASSIFICAÇÃOESSENCIAIS

São elas:– a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre,

para, perante, por, sem, sob, sobre, trás.ACIDENTAIS

São palavras que em algumas frases têm função depreposição e, em outras, não. Eis algumas:– afora, consoante, exceto, mediante, salvo, senão, visto,

conforme, durante, fora, não obstante, segundo, tirante,etc.

LOCUÇÃO PREPOSITIVAÉ o grupo de duas ou mais palavras que funciona

como preposição. Eis algumas:– abaixo de, junto a, de acordo com, acima de, embaixode, por causa de,a fim de além de, através de, em frentede(a), devido a, em cima de, em virtude de.INTERJEIÇÃO

É o termo que tem como função expressar umsentimento, reação emotiva ou chamamento.CLASSIFICAÇÃO

Pronomes - Advérbios - Preposições - Conjunções - Interjeições

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Língua PortuguesaAs interjeições são classificadas de acordo com o

sentimento que expressam. Existem interjeições de:alegria - oba! ah! oh!animação - coragem! vamos!espanto ou surpresa - ah! puxa! caramba!aplauso - bis! viva! bravo!desejo - oh! oxalá!invocação - alô! psiu! olá! oi!silêncio - psiu! silêncio!terror - oh! cruzes! ui!dor - ai! ui!impaciência - hum! hem!Como se pode notar, a classificação depende do

contexto.CONJUNÇÃO

É o termo que tem como função relacionar duasorações ou duas palavras de mesma função.

Exemplos:João e Pedro voltaram.Gostaria que ela voltasse.

CLASSIFICAÇÃOCOORDENATIVAS

São aquelas que ligam duas orações que estabelecementre si relação de independência de sentido.

São elas:a) aditivas: indicam soma ou adição.

Exemplos: e, nem, mas também.b) adversativas: indicam oposição ou contraste.

Exemplos: mas, porém, contudo, todavia, entretanto,senão, no entanto, etc.c) alternativas: indicam exclusão.Exemplos: ou, ou... ou, ora... ora, quer.. quer, já... já,etc.d) conclusivas: indicam conclusão.Exemplos: logo, pois (depois do verbo), portanto,por conseguinte, por isso, assim, de modo que, etc.e) explicativas: indicam explicação ou motivo.Exemplos: pois (antes do verbo), porque, que, etc.SUBORDINATIVAS

São aquelas que ligam duas orações que estabelecementre si uma relação de dependência de sentido.São elas:a) causais: (motivo, causa) porque, visto que, já que,umavez que, como, etc.b) condicionais: (condição) se, caso, contanto que,etc.c) consecutivas: (resultado, conseqüência) que (precedidode tão, tal, tanto), de modo que, de maneira que, etc.d) comparativas: (comparação) que, ou do que (apósmais, menos, maior, menor, melhor, pior) qual ou como(após tal) como ou quanto (após tanto, tão) como assim,como, etc.e) conformativas: (conformidade) como, conforme,segundo, etc.f) concessivas: (concessão) embora, se bem que, aindaque, mesmo que, conquanto, etc.g) temporais: (tempo) quando, enquanto, logo que, desdeque, assim que, etc.h) finais: (finalidade) a fim de que, para que, que,etc.i) proporcionais: (proporção) à proporção que, àmedida que, etc.j) integrantes: que, se (quando iniciar oração subordinadasubstantiva).

(Luis Fernando Veríssimo. As cobras em: Se Deus existe que eu seja atingido por um raio,cit.,p.98 )Observe,no primeiro quadrinho, o emprego do pronome de acordo com a norma culta da linguagem. Já no

segundo quadrinho, é possível observar que a personagem contraria o padrão culto, ao empregar o pronome reto“eles’’ em vez de oblíquo átono “os”.

Pronomes - Advérbios - Preposições - Conjunções - Interjeições

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(Bill Watterson, O progresso científico deu “tilt”. São Paulo: Best News, 1990. p. 52)Nesta tirinha é possível observar a presença de palavras que se encaixam nas classes gramaticais estudadas nesta

unidade: pronomes, advérbios, preposições, conjunções e interjeições. Já conseguiu identificá-las?

Assinale a alternativa que contém uma afirmação errada:a) Na frase “Ele falava muito mal.” , a palavra em destaque

é um advérbio e expressa uma circunstância de modo.b) Em “Não houve tempo para mim resolver questões

tão complicadas.”, o pronome assinalado deveria sersubstituído pelo pronome reto “eu”.

c) Em “Guardei dinheiro e comprei um carro novo”, aconjunção em destaque liga orações de sentidodependente uma da outra.

d) “Vou à praia, se você for comigo” .A conjunção destacadaexpressa uma idéia de condicionalidade.

e) Em “Continuarei aqui, enquanto você ficar comigo”, aidéia que se estabelece entre as duas orações é detemporalidade.Resposta comentada:

a) A afirmação está correta. Mal é um advérbio que expressacircunstância de modo, assim como os advérbios beme a maioria dos advérbios terminados em –mente:levemente, gostosamente, faceiramente, etc. Nãoconfundir com MAU, que é adjetivo.

b) A afirmação também está correta. Antes de verboinfinitivo, deve-se usar a forma reta: para eu fazer, para eupesquisar, para eu entender melhor, etc.

c) A afirmação está errada porque as duas idéias mantêmindependência de sentido: a 1ª idéia é “guardei dinheiro”;a 2ª é “comprei um carro novo”.

d) Afirmação correta. Se expressa uma relação de condição.Observe que tem o mesmo valor de “contanto que” ou“caso”.

e) Afirmação correta. “Enquanto” indica tempo, assim comoquando, logo que, assim que, etc.

(FUVEST SP) “... levaram a adotar...”“... a sua morte...”“... não a pôs...”

As três ocorrências do a são, respectivamente:a) preposição, pronome, preposição;b) pronome, artigo, preposição;c) preposição, artigo, pronome;d) artigo, artigo, preposição;e) artigo, pronome, pronome.

Resposta comentada:Observar que o primeiro a está ali a pedido do verbo:levaram a quê? = levaram a = preposição; na segundaocorrência o a é artigo porque antecede o substantivomorte; na última ocorrência o a tem valor de pronome(= não pôs ela; ela = a). A resposta é c.Em: “Foi para casa cedo a fim de estudar”, o valor daconjunção do período é de:

a) causa;b) explicação;c) condição;d) finalidade;e) conformidade.

Resposta comentada – A conjunção “a fim de” só podemesmo expressar finalidade, assim como a conjunção“para que”, “que”, etc. A resposta correta é d.

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Pronomes - Advérbios - Preposições - Conjunções - Interjeições

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Língua Portuguesa

LEITURA E INTERPRETAÇÃOO SENHOR

Carta a uma jovem que, estando em uma roda emque dava aos presentes o tratamento de "você", se dirigiuao autor chamando-o "o senhor":

Senhora -Aquele a quem chamastes senhor aqui está, de peito

magoado e cara triste, para vos dizer que senhor ele não é,de nada, nem ninguém.

Bem o sabeis, por certo, que a única nobreza doplebeu está em não querer esconder sua condição e estanobreza tenho eu. Assim, se entre tantos senhores ricos enobres a quem chamáveis "você" escolhestes a mim paratratar de "senhor", é bem de ver que só poderíeis terencontrado essa senhoria nas rugas de minha testa e naprata de meus cabelos. Senhor de muitos anos, eis aí oterritório onde eu mando é no do tempo que foi. Essapalavra "senhor", no meio de uma frase, ergueu entre nósdois um muro frio e triste.

Vi o muro e calei. Não é de muito, eu juro, que meacontece essa tristeza; mas também não era a vez primeira.De começo eram apenas os "brotos" ainda mal núbeis queme davam senhoria; depois assim começaram a tratar-meas moças de dezoito a vinte, com essa mistura de respeito,confiança, distância e desprezo que é o sabor dessa palavramelancólica. Sim, eu vi o muro, e, astuto ou desanimado,calei. Mas havia na roda um rapaz de ouvido fino e coraçãocruel; ele instou para que repetísseis a palavra; fingistes nãoentender o que ele pedia, e voltastes a dizer a frase semusar nem "senhor", nem "você". Mas o danado insistiu edenunciou o que ouvira e que, no embaraço de vossadelicadeza, evitáveis repetir. Todos riram, inclusive nós dois.A roda era íntima e o caso era de riso.

O que não quer dizer que fosse alegre; é das tristezasque rimos de coração mais leve. Vim para casa e como souum homem forte, olhei-me ao espelho; e como tenhominhas fraquezas, fiz um soneto. Para vos dar o tom, direique no fim do segundo quarteto eu confesso que às vezesjá me falece valor "para enfrentar o tédio dos espelhos"; eno último terceto digo a mim mesmo: "Volta, portanto, acara e vê de perto - a cara, a tua cara verdadeira - ó Bragaenvelhecido, envelhecido."

Sim, a velhice é coisa vil; Bilac o disse em prosa, numacrônica, ainda que nos sonetos ele almejasse envelhecersorrindo. Não sou Bilac; e nem me dá consolo, mas tristeza,pensar que as musas desse poeta andam por aí encanecidase murchas, se é que ainda andam e já não desceram todasà escuridão do túmulo. Vivem apenas, eternamente moçase lindas, na música de seus versos, cheios de sol e outrasestrelas. Mas a verdade (ouvi, senhora, esta confissão deum senhor ido e vivido, ainda que mal e tristemente), a

verdade não é o tempo que passa, a verdade é o instante. Evosso instante é de graça, juventude e extraordinária beleza.Tendes todos os direitos; sois um belo momento daaventura do gênero humano sobre a Terra. Detrás do meumuro frio eu vos saúdo e canto. Mas ser senhor é triste; eusou, senhora, e humildemente, o vosso servo - R. B.

ABRIL, 1951.(BRAGA, Rubem. 200 crônicas escolhidas. 6ª ed. Rio de

Janeiro, Record, 1986. p. 146-147.)

Sobre o texto:a) Quais os sentidos com que a palavra "senhor" é empregada

no texto? Aponte passagens que justifiquem sua resposta.b) Explique a imagem "o território onde eu mando é no país

do tempo que foi".c) Em que consiste o "tédio dos espelhos" de que o narrador

nos fala?Nas frases abaixo há palavras destacadas. Copie apenasos pronomes.

a) '' Uma parte de mimé todo mundo:outra parte é ninguém:fundo sem fundo."

b) "A mulher segurou a sua mão, apertou-a com carinho,prometeu-lhe que iria e falou, enquanto se levantava:meu filho, amanhã você vai embora, e nós vamossentir muito a sua falta".Reescreva cada uma das frases seguintes, substituindo otermo destacado por um pronome pessoal oblíquoátono.

a) Leve sua reivindicação aos vereadores.b) Leve sua reivindicação aos vereadores.c) Mostre seus trabalhos ao crítico especializado.d) Mostre seus trabalhos ao crítico especializado.

Em cada item a seguir, você encontrará duas orações.Leia-as atentamente e reescreva-as sob a forma de umúnico período, utilizando um pronome relativo paraviabilizar essa transformação. Façatodas as alteraçõesque julgar necessárias à obtenção de frases bemconstruídas.

a) Desenvolvemos algumas idéias novas. Essas idéias sãobastante audaciosas.

b) Aproveitei as férias para ler Machado de Assis. Essa leiturafoi-me sugerida pelo professor de Português.

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Pronomes - Advérbios - Preposições - Conjunções - Interjeições

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sac) Aproveitei as horas vagas para escrever uma carta a um

deputado. Nas últimas eleições, votei nesse deputado.

I - De presente, Joana deu um livro para ___________ler.

II - De presente, deu um livro para ________________.III - Nada mais há entre _________________ e você.IV- Sempre houve entendimentos entre

_______________ e ti.V - José, espere, vou _____________________.

As lacunas das frases acima devem ser completadas,respectivamente, pelos pronomes:

a) ela mim eu eu consigo;b) ela eu mim eu consigo;c) eu mim mim mim com você;d) eu mim eu eu com você;e) ela mim eu mim consigo.

Copie os advérbios presentes nas frases abaixo.a) Lá vem o acendedor de lampiões da rua!b) Bem sei que já não sou o mesmo.c) Estou há três dias fora de casa. Talvez mais.

Marque:1. para conjunção subordinativa integrante;2. para pronome relativo.a) O importante é que a nossa emoção sobreviva. ( )b) Convém que ele volte logo. ( )c) Os alunos que se ausentaram foram repreendidos. ( )d) O livro que você leu é interessante. ( )e) Foram receber os atletas que ganharam medalhas. ( )f) É preciso que eles se esforcem ainda mais. ( )

Nas frases abaixo, classifique as conjunções.a) Ele não chegou, portanto não podemos começar a

reunião.b) O dia está agradável: devemos, pois, aproveitá-lo.c) Venha urgente, pois sua presença está sendo solicitada.d) Eles não estudaram, entretanto conseguiram boa nota.e) Embora não estudassem, conseguiram boa nota.f) Perguntei se ele estava satisfeito.g) Iremos à praia se fizer bom tempo.h) É necessário que voltes.i) Chegou, quando a reunião já estava começada.j) Como estivesse doente, não pude comparecer à aula.

Na frase: "Homem não chora", o advérbio expressanegação, no entanto nem sempre isto acontece. Escrevauma frase empregando esse advérbio sem idéia denegação.Proposta de redação.Escreva uma carta ao diretor de sua empresa solicitando-lhe que o dispense trinta minutos mais cedo, a fim de nãoperder a 1ª aula do curso que está fazendo. Informe-lheque você poderá compensar esse tempo, tirando meiahora de seu horário de almoço.

– Empregue o pronome de tratamento adequado.– Não use gírias nem demonstre intimidade.– Empregue a variante culta da linguagem.– Depois de escrevê-la, peça a um colega para ajudá-lo a

avaliar seu texto.

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(FAMECA - SP) O adjetivo está empregado na função deadvérbio em:

a) Acesa a luz, viu claro os gestos furtivos do animal.b) Reservou para o céu um azul bem claro.c) Subitamente, um claro ofuscou-lhe a vista.d) Não gostava das cores muito claras.

(FUVEST - SP) Era para .................. falar................. ontem,mas não .................. encontrei em parte alguma.

a) mim - consigo - o.b) eu - com ele - lhe.c) mim - consigo - lhe.d) mim - contigo - te.e) eu - com ele - o.

(CESGRANRIO - RJ) Assinale a opção em que opronome lhe apresenta o mesmo valor significativo dafrase que segue:“Com uma espécie de riso sardônico e feroz contraí-lheas negras mandíbulas.”

a) A mãe apalpava-lhe o coração.b) Aconteceu-lhe uma desgraça.c) Tudo lhe era diferente.d) Ao inimigo não lhe nego perdão.e) Não lhe contei o susto por que passei.

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Pronomes - Advérbios - Preposições - Conjunções - Interjeições

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Língua Portuguesa(UFUb - MG) ". . . foram intimados a comparecer . . ."/ ''.. . não a fizeram . . .'' / '' . . . a sua oração. . ."As três ocorrências de a são, respectivamente.

a) preposição, pronome, preposição;b) artigo, artigo, preposição;c) pronome, artigo, preposição;d) preposição, pronome, artigo;e) artigo, pronome, pronome.

(FUVEST - SP) Assinale a alternativa que preencheadequadamente as lacunas do texto. '' Chegar cedo ........repartição. Lá ....... de estar outra vez o Horácioconversando ...... uma das portas com Clementino.

a) à, há, a.b) à, há, à.c) a, há, a.d) à, a, a.e) a, a, à.

(F. LONDRINA - PR) " Não gostava muito de novelaspoliciais; admirava, porém, a técnica de seus autores."Comece com: '' Admirava a técnica . . ."

a) visto que;b) enquanto;c) conquanto;d) porquanto;e) à medida que.

(UFV - MG) Assinale a alternativa cuja seqüência completacorretamente as frases abaixo:“A lei ...................... se referiu já foi revogada.”“Os problemas ..................... se lembraram eram muitograndes.”“O cargo ....................... aspiras é muito importante.”“O filme ................... gostou foi premiado.”“O jogo ................. assistimos foi movimentad.”

a) que, que, que, que, que.b) a que, de que, que, que, que.c) que, de que,que, de que, que.d) a que, de que, a que, de que, a que.e) a que, que, que, que, a que

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(FAAP _ SP) ‘’ — Que pouca vergonha! Vá a gentefiar-se nesses estrangeiros . . .Eles são como nós . . . “ ( Lima Barreto)A locução interjetiva destacada no texto acima expressa:

a) alegria;b) alívio;c) dor;d) indignação;e) chamamento.

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Noções Gerais de Sintaxe - Tipologia TextualLín

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guesa Noções Gerais de SintaxNoções Gerais de SintaxNoções Gerais de SintaxNoções Gerais de SintaxNoções Gerais de Sintaxe - Tipologia Te - Tipologia Te - Tipologia Te - Tipologia Te - Tipologia Teeeeextualxtualxtualxtualxtual

A sintaxe é a parte da Gramática que estuda as relações que as palavras estabelecem entre si, quando seorganizam em orações, e estas se organizam em períodos.

É extremamente importante este conhecimento, porque dele dependem, por exemplo, empregar devidamenteos sinais de pontuação, o sinal indicativo da crase, a concordância verbal e a regência verbal.

Quem faz uso da linguagem, precisa saber que língua coloca a nossa disposição infinitas possibilidades deorganização da frase. Aprender a estabelecer essas relações sintáticas é imprescindível para chegarmos ao texto coerentementeorganizado, que é o objetivo maior do ensino da língua portuguesa na escola.

NOÇÕES GERAIS DE SINTAXEFrase - é a unidade de texto que transmite um

pensamento completo.Tipos de frase

a) Interrogativa - Quem está aí?b) Exclamativa - Como está frio!c) Declarativa - Hoje está muito frio.d) Imperativa - Por favor, feche a janela.

Frases nominais - sãs as que se organizam sem apresença de um verbo.

Veja:– Meu Deus!– Silêncio!– Socorro!

Oração - é um enunciado que se organiza em tornode um verbo. Ex.:– João estuda muito.

Frase x oração - a frase precisa ter sentidocompleto; a oração pode ter, mas não necessariamente.Assim, nem toda frase é oração, nem toda oração é frase.

Veja:– Fora daqui! → frase (sem verbo não é oração)– Gosto... → oração (sem sentido completo não é frase)– Deixe-o fora daqui! → frase e oração

Período - o período é a frase organizada em oraçãoou orações.

O período pode ser:– Simples - quando tiver apenas uma oração.

A vida é bela.Período simples

– Composto - quando tiver mais de uma oração.A vida é bela, ¦mas também é perigosa.

1ª oração 2ª oração Período composto

TIPOLOGIA TEXTUALTEXTO NARRATIVO

É o texto que basicamente contém uma seqüência defatos ou acontecimentos no tempo. Apresenta um narradorem primeira ou terceira pessoa, personagens e espaço.

Veja um exemplo:Originário da Etiópia, onde já era utilizado em tempos

remotos, o café atravessou o Mediterrâneo e chegou àEuropa durante a segunda metade do século XVII. Era aépoca do Barroco e das monarquias absolutas, e a expansãodo comércio internacional enriquecia a burguesia européia,que se dava ares de nobreza. Já no século XVIII, os caféstornaram-se centros de encontro e de reunião elegante dearistocratas, burgueses e intelectuais ociosos.

(Nosso Século 3, São Paulo, Abril, 1980, p. 83.)TEXTO DESCRITIVO

É o texto que representa seres e ambientes por meioda indicação de seus aspectos físicos e/ou psicológicos, osquais os caracterizam.

O que é descrição?Leia os quadrinhos abaixo:

A descrição é objetiva, quando o narrador coloca-sede maneira impessoal e descreve concretamente. E subjetivaquando reflete o estado de espírito do escritor, mostrandoseus sentimentos, suas preferências e seu estado emocional.

Veja o exemplo de uma descrição subjetiva.1

Noções Gerais de Sintaxe - Tipologia TextualLíngua Portuguesa

Poema dos olhos da amadaÓ minha amada Ó minha amadaQue os olhos teus Que olhos os teusSão cais noturnos Se Deus houveraCheios de adeus Fizera-os DeusSão docas mansas Pois não os fizeraTrilhando luzes Quem não souberaQue brilham longe Que há muitas erasLonge nos breus Nos olhos teus.Ó minha amada Ah, minha amadaQue olhos os teus De olhos ateusQuanto mistério Cria a esperançaNos olhos teus Nos olhos meusQuantos saveiros De verem um diaQuantos navios O olhar mendigoQuantos náufragos Da poesiaNos olhos teus Nos olhos teus. (Vinícius de Morais. Op. cit. p. 558)

TEXTO DISSERTATIVOÉ o texto em que o narrador através de uma

seqüência de idéias e usando de coesão e de argumentação,dá opiniões a respeito de um assunto.

Exemplo:“Convenhamos que o que se esconde (às vezes nem

se esconde) por trás da retórica da globalização é um velhoe surrado conhecido nosso: o entreguismo,comportamento que tem raízes fundas na mentalidade dascamadas dirigentes brasileiras.”

(Batista Jr., Paulo Nigueira. Globalização comobiombo, Folha de São Paulo, 8 de agosto de 1996.)

É claro que um texto não é apenas narrativo, descritivoou dissertativo, mas sempre há o predomínio de uma dasformas.

Um contexto(e que contexto . . . ) e as frases:

Ronaldinho faz dois gols na final, confirma a artilharia da copa e dá a volta por cima.

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Brasilmostra a tua caraquero ver quem pagapra gente ficar assimBrasilqual é o teu negócioo nome do teu sócioconfia em mimNão me sortearam a garota do Fantásticonão me subornaramserá que é meu fimver tv a coresna taba de seu índioprogramada pra só dizer simGrande pátria desimportanteem nenhum instanteeu vou te trair

(CAZUZA, George Israel e NiloRomero – LP Vale Tudo, Som Livre, 1988)

Jim Davis - GARFIELD

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Comente os tipos de frases que aparecem na tirinha.Comentários – as frases do 1° quadrinho são todasnominais, uma vez que não apresentam verbo. Apenas oúltimo quadrinho mostra uma frase verbal “Valeu atentativa”, com a presença do verbo valer.

0 2 Marque F para frases e O para orações (ou F/O, quandofor o caso):

a) ( F ) Formidável!b) ( F/O ) Flamengo decido o torneio amanhã.c) ( F ) Que garota!d) ( F/O ) Todos estão causados.e) ( F/O ) Não gostava de nada.

Comentário – em a e c, temos apenas frases nominais,pois não apresentam verbo, mas têm sentido completo. Já,em b, d e c, temos frases com sentido completo organizadasem torno de um verbo e, por isso, também são orações.

LEITURA E INTERPRETAÇÃO DETEXTO BRASIL

Não me convidarampra essa festa pobreque os homens armarampra me convencera pagar sem vertoda essa drogaque já vem malhadaantes d’eu nascernão me ofereceramnem um cigarrofiquei na portaestacionando os carrosnão me elegeramchefe de nadao meu cartão de créditoé uma navalha

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Noções Gerais de Sintaxe - Tipologia TextualLíngua Portuguesa

Sobre o texto.a) Segundo a visão dos autores e considerando o conteúdo

geral da letra, quem estaria reclamando o "convite para afesta''?

b) Explique o significado dos seguintes versos: "o meu cartãode crédito/é uma navalha".

c) Observando a segunda estrofe, o que significa o apelofeito no último verso da mesma?

d) Nos três últimos versos da 3ª estrofe, há uma crítica àtelevisão. Que critica é esta? Comprove com elementosdo poema.

e) Explique o paradoxo "Grande pátria desimportante".As afirmações verdadeiras são:

a) Oração é uma frase com verbo ou com expressãoverbal.

b) Toda oração precisa ter necessariamente sentidocompleto.

c) Frase é todo enunciado que não traz verbo.d) A frase legítima é aquela que não tem mais de cinco

palavras.e) A frase pode ser nominal e verbal.f ) Há frases que não são orações.g) Uma frase pode ser oração, mas uma oração é

sempre frase.h) Período é uma frase que traz pelo menos um verbo.

Assinale as frases que não são orações.a) Abaixo a inflação!b) Viva o Brasil!c) Salve! Brasil!d) Que dor!e) Estou com muita dor.f) Vitória justa do Palmeiras.g) Alta do preço da gasolina.h) Apartamentos à venda.i) Vendem-se apartamentos.

Classifique os enunciados abaixo em frases nominais oufrases verbais, conforme o caso.

a) Reduzimos todos os nossos preços.b) Violento protesto dos EUA contra a URSS.c) Está chovendo muito no Nordeste.d) A aterragem do avião, e o balão ascendeu aos céus.e) O equívoco do ministro. irresponsabilidade e

desconhecimento.

Copie a frase verbal, transformando-a em frase nominal.Siga o modelo:Os bancários reivindicarão.A reivindicação dos bancários.

a) Trabalhadores lutam por melhores salários.b) A diretoria aprovou unânime.c) Recrutas desertaram em massa.d) Os pais acreditam nos filhos.f ) A empresa confia nos funcionários.

"Já podaram seus momentos / desviaram seus destino/ seu sorriso de menino quantas vezes se escondeu."

(Milton Nascimento e Wagner Tiso)

Responda: Temos nos versos acima um período simplesou composto. Justifique.Reescreva as orações abaixo, acrescentando-lhes umanova idéia, de modo a transformá-las em períodoscompostos, conforme o exemplo que segue:

· Não vi aquele garoto.Não vi aquele garoto que você procurava.

a) Os livros são bons companheiros.b) As florestas correm perigo.c) Aprendi a lição.d) As tartarugas vivem muitos anos.e) O Brasil é uma grande potência.

Proposta de redação:Depois de discutir sobre o texto "Brasil", escreva umtexto em que se possa observar que cara você daria aonosso país. Dê um título sugestivo e, em seguida,confronte seu ponto de vista com o de seus colegas declasse.

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(UEM - PR) Classifique os enunciados a seguir,identificando-os como frase ou oração:

I - Socorro!II - Nuvens escuras no céu. Sinal de chuva.III - A proposta não era bem esta.IV - Clarissa abre a janela.a) frase, oração e frase, oração, frase.b) oração,frase e oração, frase, frase.c) frase,oração e frase, oração, oração.d) frase, frase e frase, oração, oração.e) n.d.a.

(PUC - PR) Assinale 1 para frase, 2 para oração, 3 parafrase/oração:( ) Que peninha!( ) Ele sente pena da menina.( ) Ele sente que a menina precisa de carinho.( ) Qual é o seu nome?( ) Todos queriam que ela dissesse sim.( ) Triste figura!Dada a seqüência, qual a alternativa que corresponde.

a) 1, 3, 3, 3, 3, 1.b) 2, 3, 3, 2, 1, 2.c) 1, 2, 3, 3, 1, 1.d) 3, 2, 1, 2, 1, 3.e) 2, 1, 2, 3, 2, 1.

(UNICAMP) Identifique (x) as situações em que a palavraou expressão grifada pode ser considerada essencial àoração.

a) ( ) Mundo volta a reverenciar o Brasil.b) ( ) Seleção supera a de 70, com sete vitórias.c) ( ) Todo o país celebra a conquista.d) ( ) Eles fizeram a História.

Dada a situação, qual a alternativa que corresponde?a) a - c - d.b) b - c - a.c) c - d - b.d) a - b - d.e) c - b - a.

(UEM - PR) No período:"As águias e os astros amam esta região azul, vivem nestaregião azul, palpitam nesta região azul''.Temos:

a) duas orações;b) três orações;c) quatro orações;d) duas frases;

(UEPG - PR) Sem alterar o sentido básico do período"Trabalhou muito, mas não conseguiu bons resultados",a única modificação possível é:

a) Embora tenha trabalhado muito, não conseguiu bonsresultados.

b) Não conseguiu bons resultados, visto que trabalhoumuito.

c) Trabalhou muito, portanto não conseguiu bonsresultados.

d) Trabalhou tanto que não conseguiu bons resultados.e) Não tendo trabalhado muito, conseguiu bons resultados.

(UDESC) Assinale a alternativa que contém a junção dasduas orações abaixo apresentadas num só período,usando um pronome relativo.

- Esta é Ana.- Eu posso contar com a colaboração de Ana.a) Esta é Ana, com que eu posso contar com a colaboração

dela.b) Esta é Ana, cuja colaboração eu posso contar.c) Esta é Ana, a qual eu posso contar com a sua colaboração.d) Esta é Ana, com cuja colaboração eu posso contar.

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Noções Gerais de Sintaxe - Tipologia TextualLíngua Portuguesa

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(ITA –SP) Quantas frases e orações existem nesteconto? Lembre-se de que cada verbo indica a existênciade uma oração.

CONTOS EM LETRAS GARRAFAIS

Todos os dias esvaziava uma garrafa, colocava dentrode uma mensagem, e a entregava ao mar.Nunca recebeu resposta.Mas tornou-se alcoólatra.

(Marina Colasanti. Contos de Amor rasgados. Rio deJaneiro: Rocco , 1986. p. 95.)

a) Cinco frases e três verbos.b) Três verbos e cinco orações.c) Três frases e duas orações.d) Quatro orações e cinco frases.e) Três frases e cinco orações.

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Termos Essenciais da Oração - Classificação dos Verbos Quanto à PredicaçãoLín

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guesa Termos Essenciais da Oração - Classificação dos Verbos Quanto à Predicação

Ao construirmos uma frase, quase sempre nos valemos do sujeito e do predicado, que são os termos essenciais daoração.

Nesta unidade, vamos não só aprender a identificar o sujeito e o predicado, mas também cuidar das diversasclassificações que eles apresentam. Identificar e classificar o sujeito também constitui conhecimento básico para a construçãode um frase bem elaborada, uma vez que é parte decisiva nos mecanismos da concordância verbal.

TERMOS ESSENCIAIS DAORAÇÃOSUJEITO

É o ser da oração a que o verbo se refere e sobre oqual se faz uma declaração.Classificação

O sujeito determinado,isto é, quando apareceexplícito na oração, pode ser:a) sujeito simples - é aquele formado por um só núcleo:

Os pássaros cantavam.Alguém chegou.

b) sujeito composto - é aquele formado por mais deum núcleo:Homens e mulheres fugiram apavorados.

c) sujeito oculto - é aquele facilmente identificado peladesinência verbal ou por estar expresso numa oraçãoprecedente:Fiquei em silêncio.Sujeito oculto: EU

INDETERMINADOO sujeito é indeterminado quando existe um ser a

que o verbo da oração se refere, mas não pode serdeterminado.

Esta indeterminação pode ser expressa de duasformas:a) com verbo na terceira pessoa do plural sem sujeito

identificado. Exemplo:Roubaram o seu passaporte.

b) com verbo na terceira pessoa do singular acompanhadodo pronome se. Exemplo: Precisa-se de pedreiros.Nota:Com o pronome se, poderemos ter dois tipos de

sujeito: o determinado ou o indeterminado.

1. Sujeito Determinado

O verbo será transitivo direto e a oração estará navoz passiva sintética. O sujeito recebe a ação indicada peloverbo, portanto, será um sujeito paciente,Exemplo:Colecionam-se moedas de ouro. moedas de ouro = sujeitoSe o sujeito é determinado, conseguimos passar aoração para a voz passiva analítica:Exemplo:Moedas de ouro são colecionadas.

2. Sujeito Indeterminado

O verbo será transitivo indireto ou intransitivo, e aação verbal não é atribuída a ser algum. O pronome queacompanha o verbo é classificado como índice deindeterminação do sujeito.Exemplo:Necessita-se de manicure com prática.

ORAÇÃO SEM SUJEITO (OU SUJEITOINEXISTENTE)

Ocorre quando não existe um ser a que a ação verbalpossa ser atribuída. A oração não terá sujeito com:a) Verbos que exprimem fenômenos da natureza.

Exemplos:– Chove lá fora...– Naquela montanha, neva torrencialmente.b) Verbo haver como sinônimo de existir ou indicando

tempo:Exemplos:– Havia crianças brincando na pracinha.– Não houve tumulto no comício.

c) Verbos ser e fazer quando exprimem tempometeorológico ou cronológico:Exemplos:– É uma hora.

– Faz muito frio neste inverno.1

Termos Essenciais da Oração - Classificação dos Verbos Quanto à PredicaçãoLíngua Portuguesa

PREDICADOPredicado é a declaração que se faz do sujeito.

Aquele homem passeia tranqüilamente pela praça.

sujeito predicadoPREDICAÇÃO

É a maneira como os verbos de ação ou estado seapresentam em orações em função da transitividade. Dessaforma, os verbos podem ser: intransitivos, transitivose de ligação.Verbo Intransitivo

É o verbo que não precisa de complementos verbais,pois concentra em si todo o significado da oração. Ele podevir, em alguns casos, acompanhado de circunstâncias (detempo, lugar, intensidade, etc.):Exemplos:– A bela mulher partiu.– Acordei cedo.– Morreu em Campo Grande.

Verbo Transitivo

É o verbo que precisa de complementos verbais. Elepoderá ser:– Transitivo Direto: se o complemento ligar-se a elesem preposição obrigatória.Exemplo:O garoto escreveu uma carta. (uma carta=complemento sem preposição)– Transitivo Indireto: se o complemento ligar-se a eleatravés de preposição obrigatória.Exemplo:

Gostamos de crianças. (de crianças = complementocom preposição)Transitivo Direto e Indireto: se necessitar dedois complementos: um com e outro sem preposição.Exemplo:Comprou f lores para a namorada. (f lores=complemento sem preposição; para a namorada =complemento com preposição)

VERBO DE LIGAÇÃOÉ o verbo de estado que relaciona o sujeito a umaqualidade. Exemplo:Ela é uma grande mulher.

TIPOS DE PREDICADO1. Predicado verbal

É aquele cujo núcleo é um verbo intransitivo outransitivo (direto ou indireto) e atribui uma ação ao sujeito.Exemplo:O professor chegou cedo.V.IPredicado verbalOs rapazes compraram floresV.T.DPredicado verbal

2. Predicado nominal

É aquele cujo núcleo é um verbo de ligação e atribuiuma qualificação ao sujeito, a que damos o nome depredicativo do sujeito. Veja:

A criança estava felizV.L Predicativo do sujeitoPred. NominalCuidado:

A criança estava na sala. V.Ina sala: não atribui qualidade ao sujeito, apenas indicauma circunstância de lugar.Assim: estava na sala = predicado verbal.3. Predicado verbo-nominal

É aquele que apresenta um verbo de ação mais umaqualidade do sujeito ou uma qualidade da palavra quecompleta o sentido do verbo (objeto).Veja:– A grato saiu furiosa.saiu = verbo de açãofuriosa = qualifica o sujeito "garota", portantopredicativo do sujeitoAssim: saiu furiosa = predicado verbo-nominal– O policial conduziu o ladrão preso.Conduziu = verbo de açãoPreso = qualifica a palavra "ladrão", que é ocomplemento do verbo (objeto), portanto é um predicativodo objeto.Assim: conduziu o ladrão preso = predicado verbo-nominal.

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Termos Essenciais da Oração - Classificação dos Verbos Quanto à PredicaçãoLín

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Há bons sujeitos simples:

. . . e outros, que de bons não têm nada:

Drogas dividemgoverno italiano

Há sujeitos compostos que são demais

Gilberto Gil e MiltonNascimento

se encontram nopalco do Canecão

Identifique e classifique o sujeito dos verbos destacadosna frase abaixo:A mulher gritava, e os vizinhos ficavam apavorados.Resposta comentada - observar que temos um períodocomposto por 2 orações:1ªoração - A mulher gritava - sujeito do verbo "gritar" é "amulher" = sujeito simples2ªoração - e os vizinhos ficavam apavorados - sujeito doverbo " ficavam" é "os vizinhos" = sujeito simplesAssinale a opção em que se destaca uma palavra que nãoé o sujeito da oração.

a) Os romeiros pedem com os olhos.b) Jesus no lenho expira magoado.c) Os sinos tocam cedo demais.d) No alto do morro chega a procissão.e) Ladrão eu sou, mas bem bonzinho.

Resposta comentada - a palavra "ladrão" não é sujeito,mas predicativo do sujeito. Para facilitar a identificação,basta colocar a oração na ordem direta. Veja: Eu souladrão... agora, basta fazer a pergunta ao verbo e veremosque o sujeito desta oração é "eu". Resposta e.

Classifique o predicado das orações abaixo:I. Todos permaneceram calados.II. O presidente nomeou Dr. Carlos embaixador.III. Ninguém saiu.

Resposta comentada - temos 3 orações com distintospredicados.

I- verbo "permanecer" é de ligação, pois há o predicativo dosujeito "calados", portanto, predicado nominal(permaneceram calados).

II- temos um verbo de ação "nomeou" e um predicativo docomplemento do verbo (objeto = Dr. Carlos)"embaixador". Assim, temos um predicado verbonominal. (nomeou Dr. Carlos embaixador).

III- temos um verbo intransitivo "saiu", portanto predicadoverbal (saiu).

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Termos Essenciais da Oração - Classificação dos Verbos Quanto à PredicaçãoLíngua Portuguesa

LEITURA E INTERPRETAÇÃOPENA DE MORTE

Cada aplicação da pena capital nos EUA ressalta oparadoxo entre uma sociedade tida como das maisdemocráticas do planeta e a preservação de um institutomarcadamente brutal e incivilizado. Com a morte de umprisioneiro anteontem na Califórnia, subiu para 167 onúmero de execuções nos EUA desde 1976, data dareimplantação da pena de morte.Mais importante do que sublinhar a crueldade dométodo utilizado - a câmara de gás - é repisar os argumentoscontrários a esse tipo de sanção. E eles são vários. Aoaplicar a pena de morte, o Estado desce à mesma condiçãoaviltante do delinqüente responsável por um ato hediondo.Pior, correndo o sério risco de cometer uma injustiça, frutode falhas processuais, as quais ficam sem possibilidade dereparação.Nem sequer como medida exemplar o dispositivopode ser justificado. São inúmeros os estudos a mostrarque a aplicação da pena de morte não diminui acriminalidade. Na medida em que toda sanção tem comoum de seus objet ivos coibir a reprodução decomportamentos anti-sociais, só esta constatação bastariapara desautorizar o uso de método tão bárbaro e sinistro.O direito moderno dispõe de meios de dissuasãomuito mais eficazes e contundentes para combater adelinqüência, sem precisar recorrer a procedimentos queatentam contra a inviolabilidade da vida humana. Por tudoisso, é extremamente lamentável que num país como osEUA os emocionalismos prevaleçam sobre os argumentosda razão. (Folha de S. Paulo, 23/4/92.)

Sobre o texto.a) Empregue suas palavras para explicar o que é umparadoxo.b) De acordo com o texto, a pena de morte resolve oproblema da criminalidade? Por quê?c) Qual é o paradoxo a que se refere o narrador, quandoaborda a relação dos Estados Unidos com a pena demorte?

Identifique e classifique o sujeito dos verbos destacadosnas orações abaixo:a) Todos estavam num bar de esquina.b) Rapazes e moças aguardavam ansiosos os resultados.c) Alguém desapareceu.d) Havia uma multidão no saguão do hotel.e) Necessita-se de bons funcionários.

Sublinhe o sujeito das orações abaixo:a) Santos Dumont inventou o avião.b) O mar estava calmo.c) Entristeceu-se a mãe do menino.d) Cada barulho distante parecia um tiro de canhão.e) Abraçaram-se efusivamente rapazes e moças.

Classifique o sujeito colocando entre parênteses:(S) sujeito simples(SC) sujeito composto(I) sujeito indeterminado(OSS) oração sem sujeito(SO) sujeito ocultoa) ( ) O tempo está bom.b) ( ) Faz muito calor no escritório.c) ( ) Havia inúmeras pessoas na rua.d) ( ) Falaram mal de você.e) ( ) Chove muito no Sul.f) ( ) Enfrentaremos o problema você e eug) ( ) Não gosto daqui.h) ( ) Estão no sítio o cachorro e o gato.i) ( ) Prenderam o rapaz em flagrante.j) ( ) Precisa-se de costureiras.

Escreva PN para predicado nominal, PV para predicadoverbal e PVN para predicado verbo-nominal:a) ( ) Nós construímos uma cabana.b) ( ) O rapaz é gentil.c) ( ) A direção nomeou a professora coordenadorapedagógica.d) ( ) Aquele animal está doente.e) ( ) Ela chegou atrasada à escola.

Sublinhe com um traço o predicativo do sujeito e comdois traços o predicativo do objeto.a) Os turistas chegaram atrasados.b) O casal está feliz.c) O presidente indicará Pedro secretário.d) Aquele rapaz é mendigo.e) O correio enviou a correspondência atrasada.

Coloque VL para verbo de ligação, VTD para verbotransitivo direto, VTI para verbo transitivo indireto, VTDIpara verbo transitivo direto e indireto e VI para verbointransitivo:a) ( ) O botijão de gás explodiu.b) ( ) Os ovos são frescos.c) ( ) Compramos um rádio novo.d) ( ) Precisei de você ontem.e) ( ) A escola deu prêmios aos melhores alunos.

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Proposta de redação:Você é a favor ou contra a pena de morte?Dê a sua opinião com argumentos que possamconvencer o leitor. Depois, dê um título adequado.

0 8 – Não se esqueça de fazer uma revisão no seu texto,corrigindo o que for necessário. Se achar interessante,peça para um colega ler seu texto e opinar sobre o quefoi escrito.

(FMU - SP) Assinale a alternativas que apresenta umpredicado verbo-nominal.

a) Os viajantes chegaram cedo ao destino.b) Demitiram o secretário da instituição.c) Nomearam as novas ruas da cidade.d) Compareceram todos atrasados à reunião.e) Estava irritado com as brincadeiras.

(FMU/FIAM - SP) Na oração "Mas uma diferença houve",o sujeito é:

a) agente;b) indeterminado;c) paciente;d) inexistente;e) oculto.

(UNIRIO - RJ) Em "Na mocidade, muitas coisas lhe haviamacontecido'', temos oração:

a) sem sujeito;b) com sujeito simples e determinado;c) com sujeito oculto (elíptico);d) com sujeito composto;e) com sujeito indeterminado.

(UFUb - MG) ''O sol entra cada dia mais tarde, pálido,fraco, oblíquo, "O sol brilhou um pouquinho pela manhã".Pela ordem, os predicados das orações acima classificam-se como:

a) nominal e verbo nominal;b) verbal e nominal;c) verbal e verbo-nominal;d) verbo-nominal e nominal;e) verbo-nominal e verbal.

(UEPG - PR) Só num caso a oração é sem sujeito.Assinale-o.

a) Faltavam três dias para o batismob) Houve por improcedente a reclamação do aluno.c) Só me resta uma esperançad) Havia tempo suficiente para as comemorações.e) n.d.a.

(EPCAR - MG) O se é índice de indeterminação dosujeito na opção:

a) E não se ouvia o som plangente do sino.b) Assiste-se, na ria, a espetáculos degradantes.c) Alguém se arrogava o direito de protestar.d) Não mais se falsificará a tua assinatura.e) Adquiriu-se muita experiência nesse trabalho.

(UMC - SP) O sujeito não está corretamente destacadoem:

a) Estados Unidos e Japão são superpotências.b) Sempre haverá novas oportunidades.c) Sempre existirão novas oportunidades.d) Estavam quietos todos os alunos.e) Chegaram cartas e telegramas.

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(PUC - SP) Na oração:"A inspiração é fugaz, violenta", podemos afirmar que o

predicado é:a) verbo-nominal, porque é verbo de ligação e vem seguido

de dois predicados;b) nominal, porque o verbo é de ligação;c) verbal, porque o verbo é de ligação e são atribuídas duas

caracterizações ao sujeito;

d) verbo-nominal, porque o verbo é de ligação e vemseguido de dois advérbios de modo;

e) nominal, porque o verbo tem sua significação completadapor dois nomes que funcionam como adjuntosadnominais.

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Os Termos Integrantes e Acessórios da Oração - O Vocativo

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Língua PortuguesaOs Termos Integrantes e Acessórios da Oração - O Vocativo

Chamam-se termos integrantes da oração aqueles que completam o sentido dos verbos e nomes, sendoindispensáveis para a compreensão do significado das orações. Esses termos são o objeto direto, o objeto indireto, ocomplemento nominal e o agente da passiva.

Já os termos acessórios têm uma função secundária, dispensável à estrutura da oração. No entanto, são importantesporque acrescentam informações novas ao enunciado. Os termos acessórios são os adjuntos adnominais e os adjuntosadverbiais, além do aposto.

Ainda veremos nesta unidade o vocativo. É importante identificá-lo, sobretudo pelo emprego da vírgula, uma vez quedeverá sempre ser isolado por ela.

TERMOS INTEGRANTES DAORAÇÃO1. COMPLEMENTOS VERBAISa) Objeto direto: é o complemento do verbo transitivo

direto e se liga a ele sem preposição.Veja:A cozinheira fez um bolo

O.D.V.T.D.

b) Objeto Indireto: é o complemento do verbo transitivoindireto e se liga a ele com o auxílio da preposição.Veja e compare:Precisamos de apoioV.T.I. = precisamosO. I. = de apoio

2. COMPLEMENTO NOMINALÉ o termo que completa o sentido de um nome

substantivo, adjetivo ou advérbio na oração. O complementonominal vem sempre regido de preposição.

Veja:Amar o trabalho. Amor ao trabalho.V.T.D.= amarO . D. = o trabalhoSubst.= amorComplemento nominal = ao trabalhoNecess i tar de coragem. Necess idade de

coragem.V.T.I. = necessitarO . I. = de coragem

Subst. = necessidadeComplemento nominal = de coragem

ATENÇÃO:O complemento nominal não pode ser confundido

com objeto indireto porque:� Complemento nominal - completa sentido de nome.� Objeto indireto - completa sentido de verbo transitivo

indireto.

3. AGENTE DA PASSIVAÉ o termo que determina o praticante da ação

expressa pelo verbo.Antes, é preciso entender que o verbo pode estar na

voz ativa ou na voz passiva. Se estiver na voz ativa, o sujeitoda oração será designado de agente; se estiver na vozpassiva, o sujeito será paciente.

Veja:– A faxineira quebrou o lustre.

Sujeito agente = a faxineiraVerbo na voz ativa = quebrou

– O lustre foi quebrado pela faxineira.Sujeito paciente= o lustreVerbo na voz passiva = foi quebradoAgente da passiva = pela faxineira.

ObservaçãoO sujeito é agente quando pratica a ação do verbo e

paciente quando recebe a ação expressa pelo verbo.

Os Termos Integrantes e Acessórios da Oração - O Vocativo

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TERMOS ACESSÓRIOS DAORAÇÃO1. ADJUNTO ADNOMINAL

São as palavras que transitam em torno do substantivopara determiná-lo, especificá-lo ou qualificá-lo. Os adjuntosadnominais são expressos pelos artigos, adjetivo, numerais,pronomes adjetivos e locuções adjetivas.

Observe:Os meus dois relógios de ouro são valiosos.os = artigomeus = pronome adjetivodois= numeralde ouro = locução adjetiva

2. ADJUNTO ADVERBIALÉ o termo acessório que determina o verbo, o

adjetivo ou o próprio advérbio. É representado por umadvérbio ou por uma locução adverbial. O adjunto adverbialnormalmente é classificado em função da circunstância queexpressa.a) tempo - Agora desligue a televisão.b) de lugar - As crianças estão no parque.c) de modo - Fiz o jantar rapidamente.d) de dúvida - Talvez ela me perdoe.e) de negação - Não pense mais nisso.f ) de intensidade - Ele é muito simpático.

ATENÇÃO: Não confunda adjunto adverbial compredicativo do sujeito.

Observe:– A menina caminhava silenciosa.

Silenciosa = predicativo do sujeito– A menina caminha silenciosamente.

Silenciosamente = adjunto adverbial de modo.3. APOSTO

É o termo que tem a função de explicar, esclarecer,identificar, desenvolver ou resumir outro termo antecedente.

Veja:– D. Ismênia, professora de Física, não veio hoje.– Desejo uma coisa: sua amizade.– A aula de História foi ótima.VOCATIVO

É o termo que, sem qualquer vínculo sintático com aoração, serve apenas para chamar, nomear o ser a quemnos dirigimos.– Meu Deus, cuide nós!– Saia daqui, pestinha!– Coma, meu filho, coma tudinho!– Professor, não entendi!– Obrigado, meus amigos!

Os complementos e a propaganda: ‘’objetos” de consumo . . .(de um canal de TV)

Não perca neste mês,a cobertura das eleiçõespresidenciais dos E.U.A

no CNN.

(de um shopping)

Dê um presente de Verão neste Natal.

} Adjuntosadnominais

de “relógios”

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Língua Portuguesa

(de um fabricante de colchões)

“ Descubra você mesmo oconforto que nunca sonhou

ser possível.”

(de uma loja de roupas)

As férias de Peteca( Capricho, fev. 1998)

Observe como a juventude emprega “convenientemente” os adjuntos adverbiais de lugar”.

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Assinale o item que analisa corretamente o termo emdestaque:

a) A comida gordurosa é prejudicial à saúde . - objeto indiretob) Paulinho, você perdeu o interesse pelo estudo. - sujeitoc) Esqueci rapidamente aquele rapaz. - objeto direto.d) O exercício foi feito por mim. - sujeitoe) A água da chuva contém impurezas. - predicativo do

sujeitoResposta comentada:

a) a função de "à saúde'' é complemento nominal, uma vezque completa o sentido do adjetivo - "prejudicial". O objetoindireto só pode completar o sentido de um verbotransitivo indireto.

b) "Paulinho" é um vocativo. O sujeito jamais poderia estarisolado pela vírgula.

c) A resposta está correta. ''Aquele rapaz" completa o sentidodo verbo ''esquecer", que é transitivo direto.

d) Observar que o verbo está na voz passiva, e sujeitopaciente é ''exercício". Portanto, "por mim" é o agente dapassiva.

e) "impurezas" é o complemento do verbo ''conter'' (=contém o quê?). Portanto, exerce a função de objetodireto.Observe as palavras em destaque e numeredevidamente, conforme a função sintática que elasdesempenham na oração.

( 1 ) adjunto adnominal( 2 ) objeto direto( 3 ) agente da passiva( 4 ) complemento nominal( 5 ) objeto indireto( 6 ) aposto( 7 ) adjunto adverbial( ) O diamante, pedra rara, é preciosíssimo.( ) Fui advertido pelo garçom da demora.( ) A moça foi colocada na sala.( ) Um dia de sol me agrada.( ) Plante lírios na janela.( ) Sempre fui fiel a meus princípios.( ) A empresa necessitava de boa equipe.a) 2, 7, 3, 1, 5, 6, 4.b) 3, 6, 7, 4, 2, 1, 5.c) 5, 4, 2, 1, 3, 7, 6.d) 6, 3, 7, 2, 1, 4, 5.e) 6, 3, 7, 1, 2, 4, 5.Resposta comentada:6. pedra rara = aposto de diamante3. observar que o verbo esta na voz passiva7. "na sala" indica circunstância de lugar.1. "de sol"= ensolarado - locução adjetiva - adjunto

adnominal.2. "plantar" é verbo T. D. e pede complemento.4. a palavra ''fiel'', que é adjetivo, está pedindo complemento.5. "necessitava'' é V.T.I. e pede complemento.

A resposta correta é e.

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LEITURA E INTERPRETAÇÃOESCOLARIZAÇÃO E CRESCIMENTOECONÔMICO

Não podemos justificar o desenvolvimento escolarapenas pelas possibilidades de crescimento econômico queele gera. Ao contrário, o crescimento econômico só éjustificável pelo desenvolvimento social, educacionalinclusive, que ele propicia. Entretanto, não podemos ignorara relação direta existente entre a melhoria do sistemaescolar e o desenvolvimento econômico.

Diversos especialistas têm se dedicado a estudar oimpacto econômico dos investimentos em educaçãoescolar. Embora suas conclusões quantitativas sejamdependentes de opções ideológicas automaticamente

embutidas nas análises matemáticas, especialmente quandoenvolvem a relação entre a distribuição de renda e aescolaridade, um ponto é comum a todos eles:investimentos em educação escolar provocam crescimentoeconômico. A taxa de crescimento econômico varia de paíspara país, de época para época e depende do nível deescolaridade da população. Em termos aproximados, essavariação está entre cerca de 10%, no caso do ensinosuperior nos paises ricos, e cerca de 30%, no caso doensino básico nos países pobres.

Esse retorno econômico é um reflexo em escalanacional do aumento da renda individual com o aumento daescolaridade do trabalhador. Cada ano a mais de escolaridadegarante um aumento individual de renda que varia entrecerca de 5% a 10%, no caso de países com fortesmecanismos de controle de renda e sistemas escolares

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Língua Portuguesamuito organizados, a cerca de 100%, no caso do ensinofundamental em países pobres de populaçõessubescolarizadas.

A situação brasileira é aproximadamente a seguinte:cada ano a mais de escolaridade implica um aumentoindividual de renda entre cerca de 10%, no caso ensinofundamental, e cerca de 30%, no caso do ensino superior.Descontados o custo de escolarização e a ausência domercado de trabalho durante o período de estudo, essesaumentos individuais de renda fazem com que cada cruzeiroinvest ido em educação escolar se pague emaproximadamente seis anos.

Comparado com outros países, o Brasil tem investidomuito pouco em educação escolar. Se existe um teoremaque mostra que é necessário investir em educação para seconseguir um crescimento econômico, deve existir seucorolário: não investir em educação é suficiente parabloquear o crescimento. Podemos perguntar, então, queproporção de nossa crise econômica atual é devida asubinvestimentos em educação.

(OTAVIANO HELENE, 42, é professor associado doInstituto de Física da Universidade de São Paulo . Foi diretorda Associação de Docentes da USP (Folha de S. Paulo, 25/07/1992).

Sobre o texto.a) O primeiro parágrafo introduz o assunto, estabelecendo

relações de causa e conseqüência. Comente essasrelações e as diferentes maneiras de considerá-las.

b) "Investimentos em educação escolar provocamcrescimento econômico". Qual a estratégia adotada pelotexto para conferir credibilidade a essa afirmação?

c) Qual a relação entre o grau de escolaridade e o aumentoda renda individual? De que forma essa relação, está ligadaao desenvolvimento econômico nacional?

d) Leia com atenção a frase retirada do texto e dê a funçãosintática dos termos destacados."Diversos especialistas têm se dedicado a estudar oimpacto econômico dos investimentos emeducação escolar"

Nas frases abaixo, o núcleo de algumas funções sintáticasestá destacado. Copie os seus adjuntos adnominais.

a) As festas tradicionais já foram afetadas pela televisão.b) Há um cemitério de bêbados na minha cidade.c) Havia no ar um cheiro de folhas secas e queimadas.d) "Noventa e cinco casinhas comportou a imensa

estalagem."e) O pai pediu contra ele toda a severidade.

Copie as frases abaixo, completando o sentido daspalavras transitivas que estão destacadas.Observe o modelo:Seu rosto estava repleto...Seu rosto estava repleto de mágoa.

a) Tenho medo...b) O deputado falou favoravelmente. . .c ) Meu coração é fiel. . .d) Seu olhar estava cheio...e) Sofrer longe...

Dê a função sintática do termo destacado.a) Na torre da igreja uma coruja piou.b) O velho seguiu o par com a vista.c) Todos gritavam discutindo com calor e palavrões.d) Os homens têm o destino nas mãos do Sol!e) A orla do mar é ali, mas não se ouvem as sereias.

Observe:I. O político falou cauteloso.II. O político falou cautelosamente.

Os termos em destaque funcionam, respectivamente,como:

a) predicativo do sujeito e adjunto adverbial;b) adjunto adverbial e predicativo do sujeito;c) adjunto adverbial e adjunto adverbial;d) objeto direto e adjunto adverbial;e) predicativo do sujeito e objeto direto.

"Perto de casa havia um barbeiro, que me conheciade vista, amava a rabeca e não tocava inteiramente mal".Dos termos destacados, um está analisadoincorretamente. Aponte-o.

a) perto de casa (adjunto adverbial).b) barbeiro (sujeito simples).c) me (objeto direto).d) não (adjunto adverbial).e) mal (adjunto adverbial).

Em "Fumar é um vício prejudicial à saúde", vício e àsaúde são, respectivamente:

a) objeto direto e objeto indireto;b) núcleo do predicativo do sujeito e complemento nominal;c) sujeito e objeto indireto;d) adjunto adnominal e predicativo do objeto.

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saIdentifique as orações que estão na voz ativa e as queestão na voz passiva.

a) A missa de domingo fora pregada por um simpático padre.b) Ainda ouço a sua voz.c) Foi recebido no colégio pelo diretor.d) Os pássaros voavam em bando.

0 8 Proposta de redação:Reflita sobre a pergunta abaixo, discuta com seus colegase exponha a sua opinião."Escolarização e crescimento econômico mantêmrelações de causa e efeito?"

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(CESCEM – SP) Assinale a análise correta o termodestacado:

“A terra era povoado de selvagens.”a) objeto direto.b) objeto indireto.c) agente da passiva.d) complemento nominal.e) adjunto adverbial.

(FUVEST – SP) Assinale a frase que não está na vozpassiva.

a) O atleta foi estrondosamente aclamado.b) Que exercício tão fácil de resolver.c) Fizeram-se apenas os reparos mais urgentes.d) Escolheu-se,infelizmente, o homem errado.e) Entreolharam-se agressivamente os dois competidores.

(FCE - SP) A recordação da cena persegue–me atéhoje. Os termos em destaque são, respectivamente:

a) objeto indireto – objeto indireto;b) complemento nominal – objeto direto;c) complemento nominal – objeto indireto;d) objeto indireto – objeto direto;e) n.d.a.

(UEPG – PR) A oração que apresenta complementonominal é:

a) Os pobres necessitam de ajuda.b) Sejamos úteis à sociedade.c) Os homens aspiram a paz.d) Os pedidos foram feitos por nós.e) A leitura amplia nossos conhecimentos.

(UECE) Ocorre o vocativo em:a) “Então, senhora linha, ainda teima .”b) “Entre os dedos dele, unidinha a eles, furando abaixo e

acima”.c) “A senhora não é alfinete, é agulha”.d) “Mas você é orgulhosa”.

(UFPR) Na oração “o alvo foi atingido por uma bombaformidável”, a locução por uma bomba formidável tema função de:

a) objeto direto;b) agente da passiva;c) adjunto adverbial;d) complemento nominal;e) adjunto adnominal.

(ITA - SP) Na frase “ Muito obrigado, moço, mas não vápensar que vou tirar o senhor da minha teoria”, ostermos em destaque são, respectivamente:

a) aposto e sujeito;b) vocativo e objeto direto;c) vocativo e sujeito;d) aposto e objeto direto.

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O único período que não traz aposto é:a) O lírio, símbolo da paz e da pureza, tem a cor branca.b) Palmas para Brasinha, herói do dia!c) Os livros nos ensinam muitas coisas: ciência, religião,

arte.

d) O professor, que foi nosso orientador por doissemestre, encorajou-nos.

e) Dr. Bernard, primeiro cirurgião a fazer um transplantede coração, esteve no Brasil.

Noções Gerais do Período Composto - Orações Coordenadas - A introdução do Texto Dissertativo

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Língua PortuguesaNoções Gerais do Período Composto - Orações Coordenadas- A introdução do Texto Dissertativo

Quando organizamos uma frase, podemos fazer uso de estruturas bem simples, como “Seu pai chegou”, ou, então,de estruturas mais complexas, como “A vida para ele será a eterna tortura entre o medo dos homens e a descrença deDeus” (M. Tahan).

Nesta unidade, estudaremos essas estruturas para percebermos que os períodos se estruturam em orações e queestas mantêm diferentes relações entre si. Relações que podem ser de dependência ou de interdependência de sentido.

Conhecer essas relações, certamente, nos levará a elaboração de um texto mais coesivo e coerente, que é oobjetivo, conforme já afirmamos, do estudo das normas da língua.

O PERÍODO COMPOSTONOÇÕES GERAIS

Vamos revisar alguns aspectos já estudadosanteriormente, para melhor compreender o períodocomposto.– Período é a frase constituída de uma ou mais orações.

O período pode ser:– Simples: quando formado de uma só oração (chamada

oração absoluta).Exemplos :Ela pensava nele.Não havia paz naquela casa.

– Composto: quando formado de duas ou mais orações.Exemplo:Espero que você me telefone.

TIPOS DE PERÍODOS COMPOSTOSPERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO

É aquele formado por duas ou mais orações quemantêm entre si relações de independência de sentido.

Exemplo:A criança brinca e sorri.

PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃOÉ aquele formado por orações que mantêm entre si

relações de dependência de sentido.Exemplo:Queremos que ela volte.Observe que quem "quer", "quer" alguma coisa. Dessa

maneira, a segunda oração completa o sentido da primeiraque, neste caso, é a oração principal.

Ao dizer apenas: "que ela volte" não se tem umadeclaração completa. Se, entretanto, diz-se "Queremos queela volte", a oração principal "Queremos" dá sentido àsubordinada "que ela volte".PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO

É aquele composto de duas ou mais oraçõescoordenadas, ou seja, de orações que não trazem entre sirelação de dependência de sentido.

Exemplo:Abriu a janela e respirou a suave brisa da manhã.

CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕESCOORDENADAS– ASSINDÉTICAS

São aquelas que não são introduzidas por umaconjunção coordenativa.

Exemplo:A vida prossegue, os filhos crescem, a velhice

chega.– SINDÉTICAS

São aquelas introduzidas por conjunção coordenativa.Exemplo:Ela gostava muito dele, porém ele não a amava.As orações coordenadas sindéticas classificam-se em:· Aditivas (e, nem, mas também...)Denotam idéia de soma ou adição. Exemplo:Ele a observava e ficava encantado.· Adversativas (mas, porém, todavia, contudo,entretanto, no entanto)Denotam idéia de contraste ou oposição. Exemplo:Levantou cedo, entretanto chegou atrasado.· Alternativas (ou ... ou, ora ... ora, já ... já,quem..quer, seja ... seja)Denotam idéia de alternância ou exclusão.

Noções Gerais do Período Composto - Orações Coordenadas - A introdução do Texto Dissertativo

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saExemplo:

Você mudou ou eu mudei?– Conclusivas (portanto, logo, por conseguinte,

então, pois - depois do verbo...Denotam idéia de conclusão.Exemplo:Era um profissional competente, por isso todos queriamseus serviços.

– Explicativas (pois antes do verbo que, visto que,porque...)Denotam idéia de explicação.Exemplo:Leve o guarda-chuva, porque vai chover.

Redação A introdução do texto dissertativo

Geralmente, o texto se estrutura em três partes:introdução ,desenvolv imento e conclusão . Aintrodução é extremamente importante, porque é ela que,entre outros aspectos, determina o caminho que o textovai percorrer.

A introdução costuma ser a parte do texto quemais causa dificuldade ao narrador que não sabe por ondeiniciar a sua dissertação. Antes, é preciso entender queexistem inúmeras técnicas de introdução que podem auxiliaro narrador a posicionar-se diante do tema. Vamos abordaraquela que inicia com frases nominais. Apenas para recordar,

frases nominais são as que não apresentam verbos. Vejamosum exemplo:Tema: A saúde no Brasil

Observar que o narrador já se posicionou diante dotema, ao fazer uma crítica à situação da saúde públicabrasileira.

Note que o texto iniciou-se com quatro frases semverbos (frases nominais) para, em seguida, fechar a questãocom uma frase conclusiva sobre os flashes da saúde brasileira.Essa frase é imprescindível para concluir a introdução. Semela, as frases nominais ficariam sem sentido.

Pode-se utilizar esta técnica para qualquer tema sobreo qual se deseja dissertar.

Observe que o período é formado por oraçõescoordenadas.

Nada alémO amor bate à portaE tudo é festa.O amor bate a portae nada resta.

O poema de quatro versos foi estruturado emdois períodos compostos por coordenação.

0 1 Classifique as orações destacadas, de acordo com oseguinte código:

a) coordenada sindética aditiva;b) coordenada sindética adversativa;c) coordenada sindética alternativa;d) coordenada sindética conclusiva;e) coordenada sindética explicativa;f) coordenada assindética.

1. ( f ) João lia jornais, a mulher dele cozinhava.2. ( d ) Não seguiu o tratamento, logo não há esperança

de cura.3. ( e ) Não fique na chuva, porque vai resfriar-se.4. ( b ) A chuvinha caía mansa, porém caía.5. ( c ) Diga agora ou cale-se para sempre.6. ( a ) Tomaram um gole de café e foram para a roça.

Hospitais lotados. Pacientes na fila de espera. Faltade medicamentos. Médicos sobrecarregados. Eis asituação da saúde pública brasileira, que espera na UTIprovidências urgentes, a fim de que se possa restabelecer,em parte, a dignidade do cidadão que necessita deassistência.

Noções Gerais do Período Composto - Orações Coordenadas - A introdução do Texto Dissertativo

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Língua PortuguesaResposta Comentada:1. Observar que as orações estão ligadas sem a presença

da conjunção, que está apenas subentendida.2. As orações estão ligadas pela conjunção “logo”, que

estabelece uma relação de conclusão em relação à idéiaexpressa na 1ª oração.

3. “porque” é conjunção explicativa.4. A conjunção “porém” tem o mesmo valor da conjunção

“mas”. Tanto uma quanto a outra dão idéia de oposiçãoao que se diz na oração inicial. Por isso é adversativa.

5. A relação que se estabelece entre as orações é dealternância ou de exclusão. Por essa razão a 2ª oração éalternativa.

6. Observe a idéia de soma, de acréscimo que há entreas orações que se unem pela conjunção “e”.

Divida os períodos abaixo e classifique as orações:a) O homem olhava o quadro, / contudo não o

compreendia.

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Resposta comentada : período composto porcoordenação1ª oração – coordenada inicial2ª oração – oração coordenada sindética adversativa(observar que ela inicia com a conjunção “contudo”,que tem o mesmo valor de “mas”, “porém”, “todavia”.

b) “Não tive filhos, / não transmiti a nenhuma criatura olegado da nossa miséria”. (M. de Assis)Resposta comentada: período composto porcoordenação1ª oração – oração coordenada inicial2ª oração – oração coordenada assindética (observarque ela se liga à oração inicial sem a presença da conjunção)

LEITURA E INTERPRETAÇÃODE TEXTO BARRO DA VIDA

Vivaldo Coaracy

A vida de cada um de nós é o punhado de barro quenos é dado para que o trabalhemos e aperfeiçoemos, deacordo com as nossas capacidades e gostos, imprimindo-lhe a marca de nossa personalidade, transmitindo-lhe o queem nós houver, dando-lhe um destino. É a tarefa que noscabe: fazer alguma coisa com a vida que vivemos. Só assima justificamos. É o preço que devemos pagar pela nossapassagem pelo mundo.

Nem a todos é dado fazer da própria existência umaobra de arte, um exemplo de beleza ou de bondade porqueo belo e o bem se confundem para abrir no coração dosoutros um clarão de alegria, para distribuir em torno de si agraça de um sorriso. Raros, muito raros, são os escultoresque transformam o barro vil da própria vida em fonte deinspiração capaz de trazer às almas dos outros as horaspreciosas de alegria, de esperança ou de paz. São os Artistas,os Sábios e os Santos.

Não há, porém, que desprezar pela sua humildade abilha em que repousa a água que dessedenta, o pote em

que se coze o alimento dos simples. O trabalho do oleiro éo que ele pôde dar de si, é o que está na sua aptidão ecapacidade. Não se lhe exija mais. Fez da sua vida uma obrade utilidade, cumpriu a sua tarefa. Se as estatuetas deleitamas nobres faculdades do espírito, não são os púcaros menosnecessários ao comezinho conforto material. Quem faz dasua vida, porque mais não pode dar, modesto instrumentode utilidade real, cumpre a sua missão humana.

Constituem legião os que, destituídos de dons e dehabilitações, nada mais podem fazer com o barro da própriavida do que amoldá-lo em tijolos uniformes e iguais. Entradia e sai dia, e eles os consomem na rotina monótona daúnica tarefa que lhes é dado executar. Que importa? Fazemda existência aquilo de que são capazes. Um dia chegará oalvanel que há de reunir os tijolos, soldá-los uns aos outros,combiná-los numa estrutura que tanto pode ser o toscoabrigo de um lar pobre como o soberbo palácio daopulência. Os tijolos, todos iguais, tanto servem a um comoa outro. Não saberá o tijoleiro, nem lhe importa saber, quala utilização final da obra de suas mãos. Cumpriu a sua tarefa.

Estatuário de gênio ou mero esculpidor de figurinhas;ceramista inspirado ou simples torneador de alguidaresmodestos; tijoleiro humilde que seja, cada um fez com obarro da vida aquilo de que era capaz. Todos justificaram asua existência. Porque todos, cada qual na sua esfera, dentrodos limites impostos pelos seus dons e aptidões, realizaramo destino do Homem: SERVIR.

Noções Gerais do Período Composto - Orações Coordenadas - A introdução do Texto Dissertativo

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saPorque este, minha filha, é o verdadeiro e supremo

sentido da Vida. A existência nos é dada, como um barromaleável, para que, com os meios de que dispomos, amodelemos para com ela fazer alguma coisa de que resultealegria, proveito ou utilidade para os outros. Só assim nosmostramos dignos dela. Servir é a lei da vida.

Sobre o texto.a) De acordo com o texto, o homem pode "moldar-se".

Você concorda com esta observação? Justifique suaresposta.

b) Para o narrador, de que maneira justificamos o fato deestarmos vivos?

c) Todas as pessoas possuem a capacidade de se tornaremuma “obra de arte”. Você concorda com o narrador? Porquê?

d) Se não somos artistas, sábios nem santos, de que maneirapodemos cumprir a nossa missão humana, conforme otexto?Classifique as orações em negrito a seguir, de acordocom o seguinte código:

a) oração coordenada assindéticab) oração coordenada sindética aditivac) oração coordenada sindética conclusivad) oração coordenada sindética adversativae) oração coordenada sindética explicativaf) oração coordenada sindética alternativa.1. ( ) " O bode tinha descido com o senhor ou tinha

ficado na ribanceira".2. ( ) Corri como um louco e não consegui chegar

na hora.3. ( ) Espere, porque haverá outra oportunidade.4. ( ) Vamos embora, que é tarde.5. ( ) ''Alegra-te, que eu estou aqui."6. ( ) Ele me amparou; terá, pois, a minha gratidão.7. ( ) ''Lenita ora recusava ora aceitava uma outra

coisa, indiferente. . . "8. ( ) Fale alto, pois nada ouvimos.9. ( ) A cidade não é bonita, contudo agrada.10. ( ) Não respondeu nem olhou.11. ( ) César veio, viu e venceu.12. ( ) César veio, viu e venceu.13. ( ) César veio, viu e venceu.14. ( ) Estiveste lá, logo ouviste a notícia.15. ( ) Não corra que você cai.16. ( ) João está desempregado e abatido; deves,

portanto, ajudá-lo.17. ( ) Acenda as luzes, pois a energia já voltou.18. ( ) A igreja também era velha, porém não tinha o

mesmo prestígio.

Assinale a alternativa que contém um período simples.a) Não sabes como é lindo uma mulher que chora.b) Só alcança quem não cansa.c) Quem está amando menos, já não ama.d) Todos os pecados mortais têm o seu quê útil e honesto.e) O homem apaixonado ama na mulher o que ela não

possui.Em “O guarda-noturno pára e contempla”, o conectivo eestabelece entre as orações uma relação de:

a) oposição;b) causa;c) soma;d) condição;e) alternância.

Por definição, oração coordenada que seja desprovidade conectivo é denominada assindética.Observando-se os períodos seguintes:

I - '' Não caía um galho, não balançava uma folha."II - "O filho chegou, a filha saiu, mas a mãe nem notou"III - "O fiscal deu o sinal, os candidatos entregaram a prova.

Acabara o exame."Nota-se que existe coordenação sindética em:

a) I apenas;b) II apenas;c) III apenas;d) I, II, III;e) nenhum deles.

"Não chores, que a vida é luta"" Segue teu ritmo, não contraries a tua índole.""Os alicerces cederam; a casa ruiu, pois."As orações apresentadas são coordenadas:

a) sindética conclusiva / sindética negativa / sindéticaexplicativa;

b) assindética / sindética aditiva / sindética explicativa;c) sindética explicativa / assindética / sindética conclusiva;d) sindética aditiva / assindética / sindética conclusiva.

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Noções Gerais do Período Composto - Orações Coordenadas - A introdução do Texto Dissertativo

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Língua PortuguesaNão chegue tarde, pois muita gente virá procurá-lo.Comece com: Muita gente virá procurá-lo...

a) porquanto;b) entretanto;c) por conseguinte;d) dado que;e) visto que.

Proposta de redaçãoLeia com atenção:"É a tarefa que nos cabe: fazer alguma coisa com a vidaque vivemos. Só assim a justificamos. É o preço quedevemos pagar pela nossa passagem pelo mundo."

– Que tipos de coisas podemos fazer, afinal, coma vida que vivemos?Empregue a técnica das frases nominais e faça a introduçãode um texto dissertativo sobre o tema exposto acima.Se quiser, pode concluir seu texto. Depois, avalie-o coma ajuda de seus colegas.

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1. (UEL – PR) Classifique as orações destacadas, de acordocom as seguintes opções:

a) coordenada sindética aditiva.b) coordenada sindética adversativa.c) coordenada sindética alternativa.d) coordenada sindética conclusiva.e) coordenada sindética explicativa.f) coordenada assindética.1. ( ) Somos estudiosos, todavia não gostamos de

matemática.2. ( )Somos estudiosos, portanto queremos

aprender.3. ( ) Somos estudiosos e não gostamos de faltar

às aulas.4. ( ) Tem de comer de tudo: você acaba virando

um palito.5. ( ) A chuvinha caía mansa, porém caía.

(M. Palmério)6. ( ) Teus pais financiam os teus estudos, sê-lhes

grato, pois.7. ( ) A cara ficou séria, porque a morte é séria.8. ( ) Baila que baila esta mulher andaluza.9. ( ) Chora não, filhinho, mamãe está aqui com

você.10 ( ) Ganhou agora mesmo e já acabou

de quebrar.(UEM - PR) Proceda a leitura das orações abaixo eproceda a classificação.

I – Provavelmente, amanhã não teremos bom tempo, poiso céu está nublado.II – O Brasil possui muita cana-de-açúcar, portantodevemos optar pelo uso do álcool em nossosveículos.III – Trabalhe ou carregue o peso de uma existênciavazia.

Conforme classificação, assinale a alternativa correta.a) Explicativa – adversativa – alternativa.b) Explicativa – conclusiva – alternativa.c) Alternativa – conclusiva – adversativa.d) Conclusiva – alternativa – adversativa.e) Explicativa – adversativa - alternativa

( UNIANDRADE – PR) Divida, classifique e assinale aalternativa correta.“Tudo é vivo e tudo fala.” (Cecília Meireles)

a) 1ª oração “tudo é vivo” : coordenada assindética – 2ªoração “e tudo fala”: coordenação sindética aditiva.

b) 1ª oração” tudo é vivo” : coordenada sindética explicativa– 2ª oração “e tudo fala”: coordenação assindética.

c) 1ª oração” tudo é vivo” : coordenada sindética conclusiva– 2ª oração “e tudo fala”: coordenação assindética.

d) 1ª oração “tudo é vivo” : coordenada sindética aditiva –2ª oração “e tudo fala”: coordenação assindética.(ITA – SP ) Dada a questão:Faltei ao exame. Farei segunda chamada.Comece com: Faltei ao exame,Assinale qual conjunção dará ao período uma idéiaconclusiva.

a) mas.b) porquanto.c) e.d) logo.e) no entanto.

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Noções Gerais do Período Composto - Orações Coordenadas - A introdução do Texto Dissertativo

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sa(UTP – PR) Assinale a única adversativa no grupo deorações coordenadas abaixo:

a) Comprou sementes de trigo e conversou com algunscolonos.

b) Não esqueça o presente, que ele aniversaria amanhã.c) És inteligente, saberás, pois, decifrar o enigma proposto.d) A beleza enche os olhos; o mérito, no entanto, enriquece

a alma.(PUCCAMP- SP) A conjunção “e” tem valor adversativona frase:

a) Cheguei, vi e venci.b) Arrumou as malas e despediu-se.c) Deitei-me exausto e não consegui dormir.d) Siga o meu conselho, e não se arrependerá.e) Choveu durante a noite e não pudemos sair.

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(UFPB- PB) “Sinhá Vitória mandou os meninos para obanheiro, sentou-se na cozinha, concentrou-se, distribuiuno chão sementes de várias espécies, realizou somas ediminuições”. (Graciliano Ramos, Vidas Secas).

I - De quantas orações se compõe o período?II - Como elas se classificam?a) Duas orações, assindéticas.b) Três orações, assindéticas e sindéticas conclusivas.c) Cinco orações, assindéticas.d) Quatro orações, sindéticas.

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(PUCCAMP) Chamando de:I – período composto por orações coordenadassindéticas;II – período composto por orações coordenadasassindéticas.Assinalar a alternativa correta.

a) Colhemos frutos, jogamos bola. (I)b) Bem depressa chegou o trem; despedimo-nos sem

demora. (II)c) Os dois anos de serviço acabaram em 1.855, e o

escravo ficou livre, mas continuou o ofício. (II)d) Dormi tarde, mas acordei cedo. (II)e) Fui bem em Física, mas não acertei nada em Química.

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Gabarito

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Língua Portuguesa

O AdjetivoExercícios de Aplicação01- Sobre o textoa) Amaríssimo que é o grau superlativo sintético do adjetivo

amargo.b) É possível dizer que José Dias era uma pessoa que

exagerava em seu modo de ver as coisas, uma vez que osuperlativo imprime esta idéia.

c) Magérrimo e macérrimo.02- a) olhar de gato.

b) corpo de professores.c) corpo de alunos.d) produção de fábrica.e) vida de sonho.f) atitude de criança.

03- d04- e05- e06- b07- a08- cQuestões de Vestibulares

01- a02- e03- c04- d05- e06- e07- dDesafio

Letra e

O Verbo (I) - O Texto DissertativoExercícios de Aplicação01- Sobre o textoa) Ruibarbosianamente é um neologismo criado por João

U. Ribeiro em referência a Rui Barbosa, político baiano,que se destacou por seus discursos patrióticos.

b) Pela resposta do candidato à pergunta que lhe foi feita,pode-se concluir que ele nada sabia sobre verbos.

c) O candidato conjugou pelo verbo pôr.d) É possível perceber pela forma irônica do narrador que

ele está se referindo ao despreparo de algumas pessoasque ocupam cargos públicos.

02-a) seria → futuro do pretérito - modo indicativob) fascinava → pretérito imperfeito do modo indicativoc) procurei → pretérito perfeito do modo indicativof) serão → futuro do presente do modo indicativo03- b04-a) ( 3 )b) ( 2 )c) ( 1 )d) ( 2 )e) ( 1 )f) ( 1 )g) ( 3 )h) ( 1 )i) ( 2 )j) ( 3 )05-a) Levaram tudo na ponta do lápis.b) Faltaram à aula ontem.c) Escrevem todos os dias.d) Falavam, falavam, falavam!...e) Emprestaram todo o dinheiro.06- c07- a08- ... estou chegandoQuestões de Vestibulares01- a02- b03- e04- e05- b06- c07- bDesafioa) Com licença, meu senhor; permita que nós subamos e

desçamos pelo mesmo elevador.b) Se nós exigirmos pouco e ainda dermos muitas facilidades,

duvido que consigamos bons resultados.

O Verbo (II) - O Artigo - O Numeral

Exercícios de Aplicação

01- Sobre o textoa) IVb) Vc) IId) III

Gabarito

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02-a) centésimo octogésimo nono.b) trigésimo quinto.c) centésimo terceiro.d) milésimo centésimo quarto.03- o (de Governo), um (meio), um (número), a (vida).

Temos também a combinação da preposição “a” + artigo= ao (de cidadão), além da contração da preposição“em” + artigo “o” = no (de bolso). Observar que em “oque”, o o não é artigo porque não antecede umsubstantivo. Este o tem valor de pronome demonstrativo,ou seja, equivale a “aquele”.

04- O texto apresenta inúmeras marcas de coloquialidade.Eis alguns exemplos: Gozado = interessante; Aí, aenfermeira = Então, em seguida, depois; pra = para;me lembro de todos esses... = Lembro-me de..., etc.

05- b06- c07-a) Não conheço o aluno cujo pai é diretor.b) Todos os quatro alunos saíram pelos fundos.Questões de Vestibulares

01- e02- d03- d04- b05- b06- c07- aDesafio01-vi – estava – estava – tínhamos – contou – fez –explicou – entrava – entrava – vinha – voltava – enchia –vazava – perturbava.

Pronomes - Advérbios - Preposições- Conjunções - InterjeiçõesExercícios de Aplicação

01- Sobre o texto:a) O aluno deve perceber que essa palavra pode atuar como

pronome de tratamento, indicando relação respeitosa(como no caso da jovem que se dirige ao cronista,chamando-o “o senhor”) ou como substantivo,significando “dono”, “proprietário”, “possuidor”.

b) A expressão significa que as posses desse senhor sãoanos que ele já viveu, e que já passaram, obviamente.

c) A imagem indica que, devido ao longo período de vida jádesfrutado, o cronista já cansou de se olhar nos espelhosdesse mundo.

02-a) Mim, todo, outra, ninguém.b) Sua, a , lhe, meu, nós.c) Leve-a aos vereadores.03-a) Leve-lhes a reivindicação.a) Mostre-os ao crítico especializado.b) Mostre-lhe seus trabalhos.04-a) Desenvolvemos algumas idéias que são bastante

audaciosas.b) Aproveitei as férias para ler Machado de Assis cuja leitura

foi-me sugerida pelo professor de Português.c) Aproveitei as horas vagas para escrever uma carta ao

deputado em que votei na últimas eleições.05- c06-a) Láb) Bem, já, não.c) Fora, talvez, mais.07- 1, 1, 2 , 2, 2 , 1.08-a) Coordenativa conclusiva.b) Coordenativa conclusiva ( pois, depois do verbo)c) Coordenativa explicativa ( pois, depois do verbo)d) Coordenativa adversativa.e) Subordinativa concessiva.f) Conjunção subordinativa integranteg) Subordinativa condicionalh) Conjunção subordinativa integrantei) Subordinativa temporalj) Subordinativa causal.09- Sugestão de resposta: Pois não, senhora! Não é verdade,

meu bem! Não diga!Questões de Vestibulares01- a2- e03- a04- d05- a06- c07- dDesafio01- dNoções Gerais de Sintaxe -Tipologia TextualExercícios de Aplicação

01- Sobre o texto:a) As pessoas menos favorecidas que se utilizam da violência

para sobreviver.

Gabarito

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Língua Portuguesa

b) Para conseguir o que querem, usam a violência.c) Ele pede uma chance para mostrar seu valor.d) ‘’Programada pra só dizer sim’’.e) A pátria é “grande” em extensão, mas pequena em

importância.02- a, e, f, h.03- a, b, c, d, f, g, h.04-a) frase verbal.b) frase nominal.c) frase verbal.d) frase verbal.e) frase nominal.05-a) A luta dos trabalhadores por melhores salários.b) A aprovação unânime da diretoria.c) A deserção dos soldados em massa.d) A crença dos pais nos filhos.e) A confiança da empresa nos funcionários.06- O período é composto por 3 orações, uma vez que ele

se organiza em torno de 3 verbos: podaram, desviaram,escondeu.

07-a) Sugestão de resposta: Os livros são bons companheiros.b) Sugestão de resposta: As florestas correm perigo, e a

sociedade não toma providências.c) Sugestão de resposta: Aprendi a lição, mas estudei muito.d) Sugestão de resposta: As tartarugas vivem muitos anos,

porque não têm pressa.e) Sugestão de resposta: O Brasil é uma grande potência,

mas precisa melhorar a distribuição de renda.08- Temos na estrofe acima um período simples ou

composto? Justifique.O período é composto por 3 orações, uma vez que elese organiza em torno de 3 verbos.

Questões de Vestibulares

01- d02- a03- a, c, d04- b05- a06- dDesafio

Letra e

Termos Essenciais da Oração -Classificação dos Verbos Quanto àPredicaçãoExercícios de Aplicação01- Sobre o texto.a) Resposta pessoalb) Não. Estudos comprovam que a pena de morte não

diminuiu.c) O paradoxo de que trata o texto se refere ao fato de os

Estados Unidos serem uma nação tão desenvolvida etão democrática, mas preservarem um costume tãobrutal e incivilizado.

02-a) Todos estavam num bar de esquina.

Sujeito simples = todos.b) Rapazes e moças aguardavam ansiosos os resultados.

Sujeito composto = rapazes e moças.c) Alguém desapareceu.

Sujeito simples = alguém.a ) Havia uma multidão no saguão do hotel.

Oração sem sujeito.b ) Necessita-se de bons funcionários.

Sujeito indeterminado.03-a) Santos Dumont inventou o avião.b) O mar estava calmo.c) Entristeceu-se a mãe do menino.d) Cada barulho distante parecia um tiro de canhão.e) Abraçaram-se efusivamente rapazes e moças.04-a) (S)b) (OSS)c) (OSS)d) (I)e) (OSS)f) (SC)g) (SO)h) (SC)i) (I)j) (I)05-a) (PV)b) (PN)c) (PVN)d) (PN)e) (PVN)06-a) Os turistas chegaram atrasados.b) O casal está feliz.c) O presidente indicará Pedro secretário.d) Aquele rapaz é mendigo.e) O correio enviou a correspondência atrasada.

Gabarito

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07-a) (VI)b) (VL)c) (VTD)d) (VTI)e) (VTDI)Questões de Vestibulares01- d02- d03- b04- e05- d06- b07- bDesafioLetra bOs Termos Integrantes e Acessóriosda Oração - O VocativoExercícios de Aplicação01- Sobre o texto:a) O desenvolvimento escolar gera também

desenvolvimento econômico, mas o que deve serconsiderado como maior benefício é o desenvolvimentosocial do país.

b) A estratégia adotada foi basear-se em estudos deespecialistas sobre o assunto, apontando dadosestatísticos para comprovar os fatos.

c) Cada ano a mais de escolaridade representa uma aumentode renda individual em torno de 10% e 30%,dependendo do nível de ensino. No entanto, o país nãotem investido o suficiente em educação.

d) diversos especialistas = sujeitoo= adjunto adnominal de impactoimpacto econômico=objeto diretodos investimentos = complemento nominal do adjetivoeconômico.em educação = complemento nominal do substantivoinvestimentos.

02-a) as, tradicionaisb) um, de bêbados; minhasc) secas, queimadasd) noventa e cinco (casinhas); a , imensa (estalagem)e) o toda, a03- Resposta pessoal.04-a) Adjunto adverbial de lugar.b) Adjuntos adnominais.

c) Adjunto adverbial de modo.d) Adjunto adverbial de lugar.e) Adjunto adverbial de lugar e adjunto adverbial de negação.05- a06- b07- b08-a) voz passivab) voz ativac) voz passivad) voz ativa.Questões de Vestibulares01- c02- e03- b04- b05- a06- b07- bDesafioLetra dNoções Gerais do Período Composto- Orações Coordenadas -A introdução do Texto DissertativoExercícios de Aplicação01- Sobre o texto.a) Resposta pessoal.b) Só justificamos se fizermos alguma coisa com a vida que

vivemos.c) Resposta pessoal.d) Cada qual cumprindo a tarefa que lhe foi destinada.02- f, b, e, e, e, c, f, e, d, b, a , a, b, c, e, c, e, d.03- d04- c05- b06- c07- cQuestões de Vestibulares01- b, d, a, f, b, d, e, a, f, b.02- b03- a04- d05- d06- c07- cDesafioLetra b

Período Composto por Subordinação - Oração Subordinada Substantiva - Oração Subordinada Adjetiva

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Língua PortuguesaPeríodo Composto por Subordinação - Oração SubordinadaSubstantiva - Oração Subordinada Adjetiva

Nesta unidade, você verá a continuidade do estudo sobre as relações que as orações estabelecem entre si. Se asorações coordenadas mantêm uma relação de independência de sentido, as subordinadas, ao contrário, organizam-se deforma que uma dependa da outra para terem sentido completo.

Você também estudará a classificação das orações subordinadas.Ao estudá-las, esperamos que você observe atentamente como cada uma delas se organiza para, certamente, poder

aplicar seu conhecimento em benefício de seu texto.

PERÍODO COMPOSTO PORSUBORDINAÇÃO

É aquele formado por orações que têm relação dedependência de sentido.Penso que ele sempre a amou.1ª oração - penso2ª oração - que ele sempre amouCLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕESSUBORDINADAS1) Subordinada Substantiva

É aquela que exerce uma função específica desubstantivo. Observe:Comenta-se o casamento.Substantivo: casamentoComenta-se que eles vão se casar.Oração Subordinada Substantiva: que eles vão secasar (que eles vão se casar = casamento)2) Subordinada Adjetiva

É aquela que exerce uma função específica de adjetivo.Veja: O rapaz, emocionado, recebeu a homenagem.Adjetivo: emocionadoO rapaz, que estava emocionado, recebeu ahomenagem.Oração Subordinada Adjet iva: que estavaemocionado (que estava emocionado = emocionado).3) Subordinada Adverbial

É aquela que exerce uma função específica deadvérbio. Note:Meu amigo viajou ontem.Advérbio: ontemMeu amigo viajou assim que eu cheguei.Oração Subordinada Adverbial: assim que eucheguei.Cada uma dessas orações subordinadas tem outrasclassificações. Veremos, agora, como identificá-las eclassificá-las.

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVASSão aquelas introduzidas, normalmente, por uma

conjunção integrante (que, se) ou por um pronome ouadvérbio interrogativo (quem, quando, como, onde,por que, etc.).

Sua identificação pode ser feita através da substituiçãoda oração subordinada pelo pronome substantivo isso.

Exemplo:Queria que ele me compreendesse.Oração subordinada: que ele me compreendesseArtifício: queria isso

Classificação

a) Oração Subordinada Substantiva SubjetivaLiga-se ao verbo da oração principal e funciona como

sujeito:É necessário que prestemos atenção.Quando a oração é subordinada substantiva subjetiva,

a oração principal não apresenta sujeito e apresenta verboou locução verbal impessoal: é preciso, é importante,convém, sabe-se, via-se, diz-se, etc.b) Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta

Liga-se ao verbo da oração principal e funciona comoobjeto direto:

Espero que tenhas estudado.

Verbo transitivo diretoNesse caso, a oração principal possui sujeito e seu

verbo é transitivo direto.c) Oração Subordinada Substantiva Objetiva

IndiretaLiga-se ao verbo da oração principal, funciona como

objeto indireto e é introduzida por preposições.Ninguém desconfiava de que ela pudesse ser

culpada.

Período Composto por Subordinação - Oração Subordinada Substantiva - Oração Subordinada Adjetiva

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Verbo transitivo indiretoNesse caso, a oração subordinada liga-se ao verbo

da oração principal, que é transitivo indireto.d) Oração Subordinada Substantiva Completiva

NominalLiga-se a um nome, funciona como complemento

nominal e é introduzida por preposição.Chego à conclusão de que ela não queria o

emprego.

nomee) Oração Subordinada Substantiva Predicativa

Refere-se ao sujeito da oração principal, qualificando-o, tem a função de predicativo, e a oração principal apresentaverbo de ligação.

O problema é que os dois já não se entendemmais. �

V.L.f) Oração Subordinada Substantiva Apositiva

Refere-se a um substantivo da oração principal,funciona como aposto.

Existe no presídio esta lei: que ninguém delataninguém.

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVASApresentam o valor de um adjetivo, pois quase sempre

modificam um termo antecedente a elas. Funcionam,sintaticamente, como adjunto adnominal e, às vezes, comose fossem um aposto explicativo. São iniciadas pelopronome relativo.

Exemplo:O homem, que gerenciava a loja, uniu-se ao

grupo.Substantivo: o homemPronome relativo: queOração subordinada adjetiva: que gerenciava a loja

Classificação

a) Oração Subordinada Adjetiva RestritivaÉ aquela que restringe, delimita. Normalmente, essas

orações não apresentam vírgulas ou outro sinal depontuação.

Exemplo: O juiz desprezou as testemunhas que nãotinham referências.

Observe que o juiz não dispensou todas astestemunhas. Apenas as que não tinham referências.b) Oração Subordinada Adjetiva Explicativa

É aquela que acrescenta ao antecedente umainformação acessória. A qualidade que exprime é essencial.Normalmente, essas orações apresentam vírgulas outravessões.

Os jogadores, que estão no banco de reservas,devem se esforçar mais.

Observe na fala da personagem uma oração subordinada substantiva subjetiva em:” . . . é justo que elastambém levem uma parte da culpa.”

As linhas paralelas, que nunca se encontram,são estudadas na Geometria. r

s r // s

Período Composto por Subordinação - Oração Subordinada Substantiva - Oração Subordinada Adjetiva

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Língua Portuguesa

A Amazônia, que é considerada o pulmão domundo, deve ser preservada.

O Rio Nilo, que banha o Egito, é maior que oSão Francisco, que banha o Brasil.

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Observe que os períodos acima organizam-se em orações subordinadas adjetivas explicativas. Em todos oscasos, a presença da vírgula é imprescindível para a manutenção do sentido das frases.

Divida os períodos abaixo e classifique cada uma dasorações:

a) É necessário | que todos estudem.1° oração - é necessário - oração principal2° oração - que todos estudem - oração subordinadasubstantiva subjetivaResposta comentada - observar que a 2ª oração podeser substituída por "isso" (É necessário isso). Notartambém que para encontrar o sujeito da 1ª oração, deve-se perguntar ao verbo "o que é necessário?" Vamosencontrar a resposta na 2ª oração que, desta forma,funciona como sujeito da primeira. Por isso, é uma oraçãosubordinada substantiva subjetiva.

b) Meu desejo é | que sejas aprovado.1ª oração - meu desejo é - oração principal2ª oração - que sejas aprovado - oração subordinadasubstantiva predicativaResposta comentada - observar que a 2ª oração podeser substituída por "isso". Notar que a 1ª oração temsujeito (meu desejo) e apresenta um verbo de ligação(é). Esse verbo de ligação vai pedir um predicativo que vaiser representado pela 2ª oração. Por esse motivo, a 2ªoração é uma subordinada substantiva predicativa.

c) Quero | que você me aqueça neste inverno.1ª oração - quero - oração principal2ª oração - que você me aqueça neste inverno - oraçãosubordinada substantiva objetiva diretaResposta comentada - observar que o sujeito da 1ªoração está oculto (eu). Notar que o verbo pede umcomplemento (quero o quê?) direto, ou seja, sem aajuda de preposição. O complemento do verbo transitivodireto é um objeto direto que vai ser representado pela2ª oração. Assim, ela vai se chamar oraçãosubordinada substantiva objetiva direta.

d) O jornal / que li / ficou na estante.1ª oração - o jornal ficou na estante - oração principal2ª oração - que li - oração subordinada adjetiva restritivaResposta comentada - observar que o "que" é umpronome relativo; portanto, temos aí uma oração adjetiva,sem dúvida. Por que restritiva? Ficou na estante apenas ojornal que li. Observar que a oração não está isolada pelavírgula.

Período Composto por Subordinação - Oração Subordinada Substantiva - Oração Subordinada Adjetiva

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LEITURA E INTERPRETAÇÃOFILME DA CAMPANHA DO AGASALHOACENTUA APARTHEID

O apartheid social brasileiro está no ar e não emimagens de telejornal. O comercial da campanha do agasalho,promovida pelo Fundo Social de Solidariedade do Estado,reforça, sob as boas intenções, a distância que os abastadosprocuram manter dos miseráveis. Distância, anote-se, queultrapassa os limites da prudência.

No filme, um menino de classe média vai pela calçada,acompanhado da mãe, quando depara com um garotopobre, sujo e tiritando de frio. O carente aparece em pretoe branco a acentuar sua lastimável condição. Os dois seolham por breve instante e é só. Na cena seguinte, oprimeiro aparece em seu quarto. Sua atenção é despertadapara um barulho que vem da rua. Ele corre até a janela eespia o que acontece lá embaixo, na frente do seu prédio.

Trata-se de uma minipasseata em prol da campanhado agasalho, composta por jovens saudáveis e ricos. Emcontribuição, o menino joga pela janela um moletomvermelho. A imagem final mostra o garoto pobre do início,vestido com o agasalho atirado pelo menino. Antes empreto e branco, agora o pequeno miserável é apresentadocom todas as cores. Cores da felicidade, que não bateu àsua porta, mas despencou do alto.

É caso de verificar que tipo de solidariedade e caridadeo comercial vende. Ou melhor, é caso de perguntar se ofilme realmente retrata um ato solidário, caridoso. Tudoleva a crer que não, ao contrário do que imaginam seuscriadores e patrocinadores.

Solidariedade ou caridade implicam vínculo. Somossolidários quando tomamos, como nossas, causas alheias,as dificuldades de um concidadão. Somos caridosos quando,ao imaginar a dor do próximo, oferecemos conforto, calor.Nada disso está no filme. Não existe contato algum entreos dois garotos. Eles não estão, não são próximos emnenhum momento. Ao jogar seu moletom pela janela, omenino de classe média parece fazê-lo apenas como formade integração com seus iguais.

A pobreza de um não "contamina" a riqueza do outro.A distância higiênica é mantida, a consciência dos bem-nascidos é apaziguada. O calor da fibra sintética substitui ocalor humano. E tudo podia ser tão simples, bastava umgesto. Mas esse gesto não existe mais.

(Sabino, Mário. O Estado de São Paulo, 8 de junho,1994)

Sobre o texto:a) De acordo com o texto, a campanha do agasalho é um

ato solidário? Por quê?b) O que você acha sobre a posição do narrador frente ao

comercial da campanha do agasalho descrita por ele?Transforme os períodos simples em períodoscompostos, de modo que, da transformação, resulteuma oração subordinada substantiva, como no modelo:Ninguém esperava a sua nomeação para o cargo.Ninguém esperava que ele fosse nomeado para ocargo.

a) Solicito a participação de todos.b) Não nos convém a anulação das provas.c) Insisto na participação de todos.d) Não tenho receio de tua presença.e) Meu desejo é a tua aprovação no concurso.

Classifique as orações em destaque:a) "Os outros sempre achavam que eu não prestava

para nada".b) "O Dr. Nobre me informou que a saúde do cônsul

americano havia chegado a um ponto delicado".c) "É verdade afinal que há árvores e fontes todas de

oiro?"d) "Parece que os netos da velha eram uns pequenos

malfeitores(...)"e) "Isso depende de que ela o convença".f) "Conserva a ilusão de que teu vôo te leva sempre

mais alto".g) "Informantes deram conta de que ele se refugiara

em Brás de Pina".h) "A suspeita de que tudo fora um golpe publicitário

(...) foi logo abandonada".i) "Só um pensamento me oprime: que acontecimentos

o destino reservará a um morto (...).j) A verdade é que os brasileiros gostam de

engarrafamento.k) O certo é que não nos diz uma palavra.

Preencha os parênteses de acordo com a função exercidapela oração em destaque.

a) sujeito b) objeto diretoc) objeto indireto d) complemento nominale) predicativo do sujeito f) aposto

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Período Composto por Subordinação - Oração Subordinada Substantiva - Oração Subordinada Adjetiva

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Língua Portuguesa01. ( ) "Sinto que a noite está descendo."02. ( ) É bom que ignoremos o futuro.03. ( ) Convém que façamos as pazes.04. ( ) Tudo depende de que eu me esforce.05. ( ) Não sei se eles foram honestos.06. ( ) Tenho esperança de que eles sejam muito

felizes.07. ( ) Sou favorável a que o absolvam.08. ( ) Eu só quero uma coisa: que você não me

procure mais.09. ( ) O grande mal é que me esqueço das coisas.10. ( ) Minha esperança era que o médico chegasse a

tempo.11. ( ) Nada obsta a que você parta agora.12. ( ) Espalhou-se a notícia de que ele está muito

doente.13. ( ) É importante que venhas ao enterro.14. ( ) O importante é que venhas ao enterro.15. ( ) Ela revelou um desejo incontido de que lhe

contássemos todas as novidades.16. ( ) Nós carecemos de que nos ajudem.17. ( ) Não há dúvida de que você vai ter muitas

dificuldades.18. ( ) Roguei aos presentes que não abandonassem

a sala.19. ( ) Afirmo que partirás sozinho.20. ( ) Afirma-se que partirás sozinho.21. ( ) Receio que não o encontrarás.22. ( ) Tenho receio de que não o encontrarás.23. ( ) Não se pode duvidar de que ele seja honesto.24. ( ) Lamenta-se que tenhas vindo tão tarde.25. ( ) A salvação dele foi que chegamos atrasados.26. ( ) Coloco um condição: que depois almoces

comigo.Transforme o adjunto adnominal destacado em oraçãoadjetiva, conforme o modelo:

Os casos insolúveis não são raros.Os casos que não se solucionam não são raros.

a) As notícias divulgadas confirmam nossas previsões.b) Há crimes imperdoáveis.c) Jogadores criadores de caso não serão convocados.d) Destinaram-se recursos às regiões produtoras de

feijão.Explique a diferença de sentido determinada pela presençaou ausência de vírgulas.

a) Os professores do colégio que compareceram à passeatalutavam por melhores salários.

b) Os professores do colégio, que compareceram àpasseata, lutavam por melhores salários.Classifique as orações adjetivas abaixo em restritivas ouexplicativas:

a) "Minha mesa ficava perto da mesa de Sandra Marina, queassinava o horóscopo".

b) "Sempre se dera melhor com Cira, cujos defeitospareciam mais com os seus (...)".

c) "O menino, que sabia dos apuros do pai, não recebeualegremente a maravilha eletrônica".

d) "A visita ao Silvano transformou uma noite que seanunciava péssima em bem-humorado serão".

e) "Ele era a única pessoa em quem você batia."f) "João-de-barro é o bicho bobo que ninguém pega".

Proposta de RedaçãoFaça um comentário sobre as campanhas de estímulo àsolidariedade, como, por exemplo: Fome Zero, CriançaEsperança, entre outras. Na sua opinião, elas resolvem aquestão social do país? Por quê?0 5

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(UEL - PR) Ninguém mais acreditava que ainda houvessemeios de sobrevivência.Há, no período acima:

a) três orações subordinadas;b) uma oração principal e uma subordinada;c) uma oração coordenada e uma subordinada;d) uma oração subordinada adjetiva;e) uma oração subordinada objetiva indireta.

(UFV - MG) As orações subordinadas substantivas queaparecem nos períodos a seguir são todas subjetivas,exceto uma. Assinale-a:

0 1 a) Decidiu-se que o petróleo subiria o preço.b) É muito bom que o homem, vez por outra, reflita sobre

sua vida.c) Desejo que todos se entendam.d) É interessante que todos se entendam.e) Não se sabe se ele virá hoje.

(FCMSC -SP) Em qual das orações a palavra SE iniciauma oração subordinada substantiva objetiva direta?

a) Ele se fechava em copas, quando a observavam.b) O aluno fez-se passar por doutor.c) Precisa-se de operários.d) Não sei se o vinho é bom.e) O garoto feria-se sempre que ia ao parque.

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Período Composto por Subordinação - Oração Subordinada Substantiva - Oração Subordinada Adjetiva

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(PUC - SP) Assinale a alternativa cuja oração ésubordinada substantiva predicativa.

a) Espero que venhas hoje.b) O aluno que trabalha é bom.c) Meu desejo é que te formes logo.d) És tão inteligente quanto teu pai.e) n.d.a.

(FUVEST - SP) Explique a diferença de sentido entreestes enumerados.

a) Os homens, que têm o seu preço, são fáceis decorromper.

b) Os homens que têm o seu preço são fáceis decorromper.

(UFV - MG) Assinale a alternativa que classificacorretamente a oração em destaque na frase abaixo:'' Em time que ganha não se mexe.''

a) Oração subordinada substantiva objetiva direta;b) Oração subordinada substantiva subjetiva;c) Oração subordinada adjetiva explicativa;d) Oração subordinada substantiva completiva nominal;e) Oração subordinada adjetiva restritiva.

(UFPA) Em qual alternativa há um período com umaoração subordinada adjetiva:

a) Ele falou que compraria a casa.b) Não fale alto, que ela pode ouvir.c) Vamos embora, que o dia está amanhecendo.d) Pedra que rola não cria limo.e) Parece que a prova não está difícil.

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(UEL – PR) “Foram inócuas as medidas tomadaspela direção da escola.’’A expressão equivalente à palavra inócuas, na fraseacima é:

a) que não agradava;b) que não levaram a nenhum resultado;c) que não foram divulgadas;d) que não foram acatadas;e) que não foram oportunas.

Oração Subordinada Adverbial - Colocação do Pronome Átono -O Desenvolvimento do Texto Dissertativo

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Língua PortuguesaOração Subordinada Adverbial - Colocação do Pronome Átono- O Desenvolvimento do Texto Dissertativo

Nesta unidade, você concluirá o estudo sobre as orações subordinadas, estudando as adverbiais e suas classificações,para entender as diversas relações que elas estabelecem com as orações principais. É importante reconhecê-las, porqueisto envolve também o correto emprego da vírgula, entre outros aspectos.

Você verá também a colocação do pronome átono nas diferentes posições que ele ocupa em relação ao verbo, paraempregá-lo devidamente quando desejar fazer uso da variante culta da linguagem.

ORAÇÕES SUBORDINADASADVERBIAIS

As orações subordinadas adverbiais são aquelas queexercem a função sintática de adjunto adverbial, funçãoprópria do advérbio.

Classificam-se de acordo com as circunstâncias queexprimem, e essas circunstâncias recebem os mesmosnomes das conjunções e locuções conjunt ivassubordinativas.

São elas:1) ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIALCAUSAL

É aquela que expressa a causa do que se dIz na oraçãoprincipal.

Exemplo:A reunião foi adiada porque faltou energia

elétrica.Principais conjunções causais: porque, visto que,

que, como (sempre anteposto à oração principal), ...

2) ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIALCONSECUTIVA

É aquela que expressa uma conseqüência do que sediz na oração principal.

Exemplo:Falaram tão mal da modelo que ela não conseguiu

o emprego.Pr incipais conjunções consecut ivas: que

(normalmente precedido de tão, tal, tanto, tamanho).3) ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIALCONDICIONAL

É aquela que expressa uma condição para que serealize o que se afirma na oração principal.

Exemplo:Deixe o dinheiro, caso você não me encontre

em casa.

Principais conjunções condicionais: se, caso, desdeque, contanto que, sem que (= se não), . . .4) ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIALCONCESSIVA

É aquela que expressa um fato contrário ao que sedeclara na oração principal, sem impedi-lo.

Exemplo:Vencemos o adversário, embora ele fosse mais

poderoso.

Principais conjunções concessivas: embora, aindaque, se bem que, conquanto, mesmo que, . . .

5) ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIALCOMPARATIVA

É aquela que expressa o segundo elemento de umacomparação.

Exemplo:Recebeu os convidados como um anf itr ião

(receberia) .Principais conjunções comparativas: como, que, do

que, . . .

6) ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIALCONFORMATIVA

É aquela que expressa uma idéia de acordo com aqual ocorre o que se diz na oração principal.

Exemplo:Tudo foi feito como combinamos.Pr incipais conjunções: como, conforme,

consoante, segundo, . . .

7) ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIALPROPORCIONAL

É aquela que expressa um fato que se realizaproporcionalmente ao que se diz na oração principal.

Exemplo:Aumentava a tensão, à medida que o temporal

piorava.

Oração Subordinada Adverbial - Colocação do Pronome Átono - O Desenvolvimento do Texto Dissertativo

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saPrincipais conjunções proporcionais: à medida que,

à proporção que, quanto mais... tanto mais, quantomais... tanto menos, ...

8) ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIALFINAL

É aquela que expressa a finalidade do que se diz naoração principal.

Exemplo:Estudou a noite toda, para que pudesse fazer uma

boa prova.Principais conjunções finais: para que, a fim de

que, que, porque, ...

9) ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIALTEMPORAL

É aquela que expressa o tempo em que ocorre o quese diz na oração principal.

Exemplo:Todos correram para o recreio, quando bateu o

sinal .Pr incipais conjunções temporais: quando,

enquanto, logo que , depois que, antes que, desdeque, . . .

COLOCAÇÃO DO PRONOMEÁTONO

Há três formas de colocar os pronomes átonos numaoração:- Antes do verbo → próclise.

Eu te ajudo.- Depois do verbo → ênclise.

Encontrei-a caída.- No meio do verbo → mesóclise.

Lembrar-me-ei desse momento para sempre.PRÓCLISE

Na linguagem culta a próclise é recomendada:1) Quando o verbo for precedido de pronomes relativos,

indefinidos ou interrogativos e conjunções subordinativas.Exemplos:

- Aquilo me parecia suspeito.- As crianças, que me fizeram sorrir, chegaram.- Quem te disse isso?- Quem os amava, chorou.- Quando o encontrei, percebi que emagrecera.2) Nas orações optativas (que exprimem desejo).

Exemplo:

- Deus te abençoe, meu filho!3) Com gerúndio precedido da preposição em.

Exemplo:- Em se tratando de mulheres, prefiro as loiras.4) Com advérbios em geral, desde que não haja pausa entre

eles.Exemplos:

- Aqui se come bem.- Aqui, come-se bem.

Nota - Havendo pausa, usa-se a próclise.5) Nas orações negativas, desde que não haja pausa entre o

verbo e as palavras de negação.Exemplos:

- Não me acuses.- Jamais se sinta culpadoÊNCLISE

Na linguagem culta, é a posição considerada normaldos pronomes átonos.

Exemplo:0 professor aguardava-o na direção.Usa-se ênclise:

1) Quando o verbo inicia a oração. Exemplo:

- Mostrei-lhe o retrato.2) Quando o verbo inicia uma oração depois de pausa.

Exemplo:- Como eram grandes amigos, perdoaram-se.3) Com o imperativo afirmativo.

Exemplo:- Amigos, escutem-me!4) Com o infinitivo impessoal.

Exemplo:- A menina não entendera que engordá-las seria apressar-

lhes um destino na mesa.5) Com gerúndio, não precedido de preposição em.

Exemplo:- Observando-me como uma raposa, fez a proposta.MESÓCLISE

Emprega-se a mesóclise quando o verbo está nofuturo do presente ou no futuro do pretérito doindicat ivo, desde que estes verbos não estejamacompanhados de palavras que exijam próclise.

Oração Subordinada Adverbial - Colocação do Pronome Átono -O Desenvolvimento do Texto Dissertativo

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Língua PortuguesaExemplo:- Dir-te-ia a verdade, se pudesse.- Comprar-lhe-ei um presente, quando tiver dinheiro.0 EMPREGO DO PRONOME NAS LOCUÇÕESVERBAISVerbo Auxiliar + Infinitivo ou Gerúndio

O pronome pode vir proclítico ou enclítico ao auxiliar,ou depois do verbo principal.Exemplos:- O ladrão foi-se esgueirando.- O ladrão foi esgueirando-se.- O ladrão não se foi esgueirando.Verbo Auxiliar + Particípio Passado

Nesse caso, o pronome só não poderá ser enclíticoao particípio.Exemplos:- Haviam-me convidado.- Não me haviam convidado.

O DESENVOLVIMENTO DO TEXTO DISSERTATIVODissertação: desenvolvimento

O desenvolvimento é a parte principal da dissertação,pois é nele que o autor expõe suas idéias de maneiracoerente e, por meio da argumentação, consegue"conquistar" o leitor.Para a elaboração de um bom desenvolvimento,podem-se usar recursos como: a enumeração, a relaçãocausa/conseqüência, a exemplificação, a comparação, alémda argumentação por comprovação. O exemplo a seguiremprega este último recurso.Veja:

INTERNET, A MÍDIA ON-LINE Marcelo BalbioUma pesquisa do lbope realizada em conjunto com o

Cadê?, um site nacional debuscas na Internet revelou quea maior parte dos internautashoje no Brasi l é do sexomasculino, tem entre 14 e 39anos, domina a língua inglesa,tem renda mensal acima de 29salários mínimos, costumanavegar usando o computadorde casa e sente-se à vontadepara realizar compras on-lineusando seu cartão de crédito. São consumidores empotencial. A enquete mostrou, por exemplo, que 18% dosentrevistados já adquiriram algum produto pela rede, e 68%estão dispostos a fazer uma compra no futuro.Das 18.225 pessoas que responderam espontanea-mente às perguntas da pesquisa, realizada no final do anopassado, 74% têm pelo menos um cartão de crédito, e amaioria (59%) aceitaria pagar pelo uso de serviços na rede.O suficiente para arregalar os olhos de qualquer empresa,certo? Sim e não. Ninguém hoje discute o fato de que aInternet é uma mídia espetacular pela própria natureza.Híbrida, reúne características de jornal, revista, televisão eaté rádio. Em tese, o paraíso para publicitários e anunciantes.Em tese. Na prática, nem todos ainda estão convencidosdos resultados da publicidade na rede. Muitos estãoexperimentando.Um levantamento do jornal Financial Times apontaque, este ano, cerca de US$ 400 milhões serão gastos emanúncios na Internet, em nível mundial. No Brasil, pesquisasmostram que, até o ano 2000, companhias nacionaisestarão despejando US$ 150 milhões em publicidade naGrande Rede.

Num passeio por jornais e revistas, veja a colocação do pronome átono.Para construir frases que possam copiar...“Cheguei à conclusão de que, para responder devidamenteà minha consciência, devo me afastar”.

Mamata Banerjee, que apesar do nome não tem nenhuma sinecura no Banco do Estado do Rio,mas a ministra das Ferrovias da Índia, que pediu demissão depois de um acidente que matou 43 pessoas.

(Veja, 1/12/2000)Para elaborar outras, altamente discutíveis ...“As mulheres devem assumir sua parte porque se vestem de forma provocante.Devem ser mais decentes e não encorajar a violência.”

Don Juan Sandoval Iniguez, bispo de Guadalajara, México,culpando também as mulheres pelos abusos sexuais que sofrem. (Veja, 05/12/2000)

Oração Subordinada Adverbial - Colocação do Pronome Átono - O Desenvolvimento do Texto Dissertativo

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Para exagerar um pouquinho, quem sabe...“Nosso governo é de gente que está se matando pelo Brasil”.

Fernando Henrique Cardoso, presidente da República e chefe dos tucanos camicases. (Veja, 12/12/2000)

Ou para argumentar de forma bem estranha...

Observe na 1ª fala da personagem o pensamento organizado em torno de uma oração subordinada adverbialcondicional: “Se a tira pertencesse a um consórcio, o serviço melhoraria”.

0 1 Leia com atenção os períodos abaixo e estabeleça o tipode relação que as orações estabelecem entre elas.

a) Os jovens curtem o tênis e a bermuda, porque é umaroupa confortável e prática.

b) O tênis e a bermuda é uma roupa tão confortável eprática que todos os jovens curtem.Resposta comentada: Em "a", a oração em destaque éuma oração subordinada adverbial causal. Observar quea conseqüência de a roupa ser prática e bonita está naoração principal. Em "b", a oração em destaque é umasubordinada adverbial consecutiva. Observe que naoração principal está a causa de os jovens curtirem essetipo de roupa.Indique as frases em que o pronome está colocado emdesacordo com o padrão culto. Em seguida, reescreva-as seguindo a colocação pronominal própria dessepadrão.

a) Nunca soubemos quem roubava-nos.Resposta - Nunca soubemos quem nos roubava. ("quem"é a palavra atrativa)

b) Pouco se sabe sobre essa questão.Resposta - A colocação está correta. "Pouco" é advérbioe exige próclise.

c) Agora, se ajeite e durma bem.Resposta - Agora, ajeite-se e durma bem. (Com a vírgulaisolando o advérbio, exige-se a ênclise)

d) Falaria-me tudo, se ele tivesse autorização.Resposta - Falar-me-ia tudo, se ele tivesse autorização.(Verbo no futuro do pretérito exige mesóclise)

e) Me levantei muito cedo hoje.Resposta - Levantei-me muito cedo hoje. (Não se começafrase com pronome átono)

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Oração Subordinada Adverbial - Colocação do Pronome Átono -O Desenvolvimento do Texto Dissertativo

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Língua Portuguesa

INTERPRETAÇÃO DE TEXTOMEDO DA ETERNIDADE

Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contatocom a eternidade.

Quando eu era muito pequena ainda não tinhaprovado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles.Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou bombom setratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava paracomprar: com o mesmo dinheiro, eu lucraria não sei quantasbalas.

Afinal, minha irmã juntou dinheiro, comprou e aosairmos de casa para a escola me explicou:

- Tome cuidado para não perder, porque esta balanunca se acaba. Dura a vida inteira.

- Como não acaba? - Parei um instante na rua, perplexa.- Não acaba nunca, e pronto.Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para

o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pequenapastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longoprazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre.Eu que, como outras crianças, às vezes tirava da boca umabala ainda inteira, para chupar depois, só para fazê-la durarmais. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparênciatão inocente, tornando possível o mundo impossível doqual já começara a me dar conta.

Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle naboca.

- E agora que é que eu faço? - Perguntei para nãoerrar no ritual que certamente deveria haver.

- Agora chupe o chicle para ir gostando do docinhodele, e só depois que passar o gosto você começa a mastigar.E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu jáperdi vários.

Perder a eternidade? Nunca.O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer

que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos paraa escola.

- Acabou-se o docinho. E agora?- Agora mastigue para sempre.Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a

mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzentode borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava,mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu nãoestava gostando do gosto. E a vantagem de ser bala etername enchia de uma espécie de medo, como se tem dianteda idéia de eternidade ou de infinito.

Eu não quis confessar que não estava à altura daeternidade. Que só me dava aflição. Enquanto isso, eumastigava obedientemente, sem parar.

Até que não suportei mais, e, atravessando o portãoda escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chãode areia.

- Olha só o que me aconteceu! - Disse eu em fingidoespanto e tristeza.

- Agora não posso mastigar mais! A bala acabou!- Já lhe disse - repetiu minha irmã - que ela não acaba

nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gentepode ir mastigando, mas para não engolir no sono a genteprega o chicle na cama. Não fique triste, um dia lhe dououtro, e esse você não perderá.

Eu estava envergonhada diante da bondade de minhairmã, envergonhada da mentira que pregara dizendo que ochicle caíra da boca por acaso.

Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim.( L I S P E C T O R ,

Clarice. Medo da eter-nidade. In: A descobertado mundo. Rio de Janeiro,Nova Fronteira, 1984. p.446-8.).

Sobre o texto:a) A narrativa é feita em primeira pessoa, por um narrador

adulto, que recorda um fato da infância. A que o narradordá mais importância: ao fato em si ou à reflexão despertadapela lembrança do fato? Justifique sua resposta.

b) ''E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparênciainocente". Inocente significa simples, inofensivo.Por que a aparência da bala causou espanto ao narrador?

c) Releia o antepenúltimo parágrafo do texto. Por que onarrador emprega três vezes a expressão ''a gente''?

d) Observe esta frase retirada do texto:“- Tome cuidado para não perder, porque esta bala nuncase acaba".De acordo com a posição do pronome átono, que nomedamos a esta colocação? Justifique-a.

e) Justifique a colocação do pronome átono em: "Acabou-se o docinho".As orações subordinadas adverbiais vêm introduzidas,geralmente, por uma conjunção típica. Há, entretanto,conjunções que assumem valores diferentes,dependendo do contexto em que ocorrem. Uma dessasé o que.Tente descobrir o tipo de relação estabelecida pelaconjunção que nas questões que seguem.Que pode estabelecer múltiplas relações:

- causa;- tempo;- finalidade;- conseqüência;- comparação.

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Oração Subordinada Adverbial - Colocação do Pronome Átono - O Desenvolvimento do Texto Dissertativo

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saa) Rápido que era, atirou antes.

Relação de_______________________________b) Já faz três semanas que daí partimos.

Relação de_______________________________c) Estava de tal modo preocupada, que inquietou a todos.

Relação de _______________________________d) Falou mais que os outros.

Relação de_______________________________e) Mandaram vir todos os recursos, que a população não

passasse necessidade.Relação de _______________________________Dê o valor (explicação,conseqüência ou causa) daseqüência destacada em relação à sua antecedente.''Eu o exasperava tanto que se tornara dolorosopara mim ser o objeto do ódio daquele homem."No período "Era tão pequena a cidade, que um gritoou gargalhada forte a atravessavam de ponta aponta", a oração em destaque é:

a) subordinada adverbial causal;b) subordinada adverbial final;c) subordinada adverbial consecutiva;d) subordinada adverbial temporal;e) n.d.a.

Classificar as orações subordinadas adverbiais de acordocom o código abaixo:

a) temporal b) finalc) proporcional d) causale) consecutiva f) condicionalg) comparativa h) conformativai) concessiva( ) Quanto mais falava, mais se confundia.( ) Como fosse acanhado, não interrogava a ninguém.( ) Podem dizer o que quiserem, contanto que não

mintam.( ) Com certeza a sala não era vasta, como presumi.( ) Saio, sempre que posso.( ) Não desistirei mesmo que o exame seja difícil.( ) O rapaz vinha tão devagar que perdeu a condução.( ) Ele ficará forte, desde que tome o remédio.( ) Como estivesse preocupada, retirou-se para um

lugar deserto.( ) A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome

o ferro.( ) Estudaram tanto que conseguiram aprender muita

coisa.

( ) Cada um colhe conforme semeia.( ) Despedi-me apenas nos levantamos da mesa.( ) "Carregada e feia que estivesse, achar-se-ia a

mesma formosura."( ) Todos agiram como ficara combinado.( ) "Quando o preto acendeu o gás da sala, Pestana

sorriu."( ) Tomei tanto sol que fiquei queimadíssimo.( ) Elas são tais quais você as descreveu.( ) Que matassem o herói, seu nome jamais pereceria.( ) Admirava-o muito, sem que o conhecesse

pessoalmente.( ) Ele fez tanta brincadeira que perdeu o prestígio.( ) Todos se calaram depois que protestei.( ) Logo que passou a chuva, ele saiu.( ) Irei nem que chova canivete.( ) "O futuro se nos oculta para que nós o

imaginemos.

Reescreva as frases abaixo, corrigindo-as, se necessário:a) Me informaram os reais motivos de sua demissão.b) Jamais enganar-te-ia dessa maneira.c) Agora me falaram os verdadeiros motivos.d) Quem disse-me aquela verdade?e) Devolver-te-ão os documentos apresentados.f) Não devolver-te-ão os documentos apresentados.g) Devolveriam-te os documentos apresentados.h) Nunca devolver-te-iam os documentos apresentados.i) Tinha contado-lhe os fatos.j) Não tinha-lhe contado os fatos.

No exercício a seguir, posicione corretamente opronome.

a) __________ devolva ___________o dinheiro! (me)b) _______ zanguei ______ com vocês em vão. (me)c) Nem o tempo nem o esquecimento ________ fizeram

_________ esquecer aquele amor. (a)d) Estou a _____________ contar _______________

uma coisa importante e ...(lhe)e) A terra ___________ seja ____________ leve! (lhe).f) Quero que ___________ reveles ______________

apenas o teu primeiro nome. (me)g) ______________ Lembrar _____________ ei

_______________ sempre dos meus antigosprofessores. (me)

h) Isto ______________ desgrada ____________.(lhe)

i) Alguém ______________espera ____________dena esquina. (o)

j) Agora, ____________ recordo _______________de observações tão sábias. (me)

k) Nunca_____________vi _________________tãolinda. (a)

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Oração Subordinada Adverbial - Colocação do Pronome Átono -O Desenvolvimento do Texto Dissertativo

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Língua Portuguesal) Quero saber quem ________________contou

________________tal idiotice. (te)m) Deus______________ proteja _______________,

minha irmã. (a)n) Como _______________ amam _____________!

(te)o) ''Raios ____________ partam ___________ !" (o)p) Apressei-me a ________________interrogar

_____________. (a)Assinale a alternativa errada quanto à colocação dopronome átono.

a) Espero que me entendam.b) Desejo que me compreendam.c) É difícil entender quando não se ama.d) É difícil entender quando se não ama.e) Tudo acaba-se na vida.

Aponte a alternativa que contraria a norma culta da língua.a) Aqui se trabalha muito.b) Aqui, trabalha-se muito.c) Amanhã lhe contarei a verdade.d) Amanhã, contar-lhe-ei a verdade.e) Me emprestaram o dinheiro

PROPOSTA DE REDAÇÃONo texto de Clarice Lispector que você leu nesta unidade,é possível observar que o narrador confessa seu medodiante da idéia de eternidade. E você, que sensaçõesexperimenta diante dessa idéia?Antes de expor seu ponto de vista, discuta com seuscolegas sobre o tema. Depois, dê um título adequado enão se esqueça de fazer uma correção da linguagem,antes de apresentá-lo para a avaliação.

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0 1 (PUC - PR) Observe:I- Ela _______ viu ______________ passar. (o)II- A mãe _________________ entregou __________

o pacote. (lhe)III - Não ______________ prometeu _____________

nada. (nos)IV - Pediu para não _________ contrariar _______ (te)

Os pronomes indicados podem vir tanto antes quantodepois do verbo:

a) nas frases I, II e IVb) nas frases I, II, e III;c) nas frases I e II;d) em todas as frases;e) só na frase I.

(DIREITO DE CURITIBA - PR) Na expressão "A refleti-la em cheio", o poeta usou ênclise porque:

a) o verbo está no infinitivo, precedido da preposição a;b) a oração é optativa;c) há um advérbio sem pausa em relação ao verbo;d) não se começa frase com pronome átono;e) há, antes do verbo, um pronome pessoal.

(F.C. CHAGAS - BA) A mãe não . . . queria . . . bem, nem. . . tratava . . . bem . (lhe, o)

a) Próclise, mesóclise.b) Ênclise, próclise.c) Mesóclise, ênclise.d) Próclise, próclise.e) Ênclise, ênclise.

(CEFET - PR) A ênclise do pronome átono entreparênteses só é possível em:

01) Com tudo isso, queixaram ao Diretor. (se)02) Deus conserve a paz durante muitos anos. (nos)04) Lembraremos de tudo isto, oportunamente. (nos)08) Ninguém deu o apoio de que precisava. (lhe)16) Quando procurou, eu estava doente. (me)32) Pelo amor de Deus, salve! (me)64) Assim que o viu, D. Vera agarrou a mão. (lhe)

(UFSC) Assinale as alternativas em que os pronomesoblíquos estão colocados corretamente.

01) Quando me procurarem, dir-lhes-ei que a proposta nãome interessa.

02) Agora, se vive como quiser.04) Que Deus acompanhe-te por toda a parte.08) Os esboços que me enviaram estão em ordem;

devolverei-os ainda hoje, conforme lhes prometi.16) Ficarei no lugar onde encontro-me.32) Nada chegava a impressioná-lo na juventude.64) Nada se fará sem que eu me disponha a recebê-los.

(UFPR) Em que opção o pronome está colocadocorretamente?

a) Nada alegra-me mais do que vê-ia sorrir quando seaproxima de mim.

b) O processo não me chegou às mãos; por isso, nada lhedisse sobre o assunto.

c) Tudo se fará a tempo; se precipitando, porém, os aconte-cimentos, dificilmente nos sairemos a contento da tarefa.

d) Como todos se puseram a falar ao mesmo tempo,entendia-se muito pouco do que dizia-se.

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Oração Subordinada Adverbial - Colocação do Pronome Átono - O Desenvolvimento do Texto Dissertativo

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sae) Em se excluindo a decoração das lojas, poderia-se achar

que se fazem poucos ornamentos natalinos nesta cidade.(FEMPAR) Assinale a alternativa em que a colocação dopronome átono é facultativa.

a) Não me trouxe os livros.b) Levantem-se quando ela chegar.c) Eu tenho-lhe grande admiração.d) Dir-te-ei toda a verdade.e) Não o verei senão daqui a três semanas.

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(UEL –PR) Logo que você... , é claro que eu ... atendereida melhor maneira possível, ainda que isso...

a) me chamar – atendê-lo-ei – me atraseb) chamar-me – atendê-lo-ei – atrase-mec) me chamar – o atenderei – me atrased) me chamar – o atenderei – atrase-mee) chamar-me – atenderei-o – atrase-me

Concordância Nominal

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Língua PortuguesaConcordância NominalConcordância NominalConcordância NominalConcordância NominalConcordância Nominal

Um dos princípios lingüísticos que orientam a combinação das palavras na frase chama-se concordância nominal.Esta concordância está relacionada com os princípios lógicos da língua. O padrão culto da linguagem exige que dominemosesses mecanismos. É importante ressaltar que a falta desse domínio não impede a comunicação. No entanto, dependendode quem seja o nosso interlocutor, é possível que frustremos as expectativas que ele possa ter de nós.

Isso significa que, em determinadas situações, como numa entrevista para se conseguir um emprego, por exemplo,em que necessitamos causar uma boa impressão, desrespeitar essas normas pode ser motivo certo de frustração dasnossas expectativas.

CONCORDÂNCIA NOMINALREGRAS GERAISCONCORDÂNCIA DO ADJETIVO COM UM SÓSUBSTANTIVO

O adjetivo concorda em gênero e número com osubstantivo a que se refere:

Bela moça - Belas moçasCONCORDÂNCIA DO ADJETIVO COM DOISOU MAIS SUBSTANTIVOSa) Quando posposto, vai para o plural dando prioridade ao

masculino ou concorda com o mais próximo.Exemplos:- Trocaram um olhar e um sorriso carinhoso.- Trocaram um olhar e um sorriso carinhosos.- Comprou um rádio e uma televisão usada.- Comprou um rádio e uma televisão usados.

NOTE:Há casos em que o adjetivo deve concordar apenas

com o substantivo mais próximo.Observe: Trouxe-nos querosene e torta deliciosa.

b) Funcionando como predicativo, o adjetivo vai para oplural.

Exemplo: O amor e o ódio são inimigos.NOTE:Como predicativo, também anteposto ao sujeito

composto, há duas possibilidades de concordância para oadjetivo:1. São dedicados o aluno e a aluna.2. É dedicado o aluno e a aluna.

c) Quando o adjetivo vem anteposto aos substantivos,concorda, por norma, com o elemento mais próximo.Exemplos : Escolheste mau lugar e hora.

Escolhestes má hora e lugar.CONCORDÂNCIA DE UM SUBSTANTIVO COMMAIS DE UM ADJETIVOa) O substantivo fica no singular e repete-se o artigo antes

de cada adjetivo.Exemplo: O brinquedo conquistou o mercado

brasileiro e o americano.b) O substantivo vai para o plural e não se repete o artigo

antes de cada adjetivo.Exemplo: O brinquedo conquistou os mercados

brasileiro e americanoCASOS PARTICULARESINCLUSO, LESO, PRÓPRIO,OBRIGADO, QUITE

São variáveis, concordando, portanto, com as palavrasàs quais se referem.

Exemplos:- Seguem inclusas as fotos.- Seguem inclusos os documentos.- Cometeu crime de lesa-pátria.- Ele próprio fez o seu almoço.- Ela própria fez o seu almoço.- A garota respondeu gentilmente: Muito obrigada.- Estou quite com minhas tarefas profissionais.- Estamos quites também.PSEUDO, ALERTA, MENOS

São invariáveis.Exemplos :

- Sempre menosprezei os pseudoprofetas.- Os escoteiros permaneceram alerta.

Concordância Nominal

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esa- Menos crianças do que se esperava comeram o bolo.MESMO, BASTANTE, JUNTO, MEIO

Desde que tenham a função de adjetivo, variam.Exemplos :

- Ela mesma preparou a festa.- Bastantes corredores foram desclassificados.- Seguem juntas as provas do crime.- Compramos meio quilo de tomate.- Chegaram meio-dia e meia.

NOTE:- Mesmo, quando significa "de fato", é invariável.

Exemplo:Ela fará mesmo a prova amanhã.

- Bastante, quando equivale ao advérbio de intensidade"muito", é invariável.Exemplo:Eles conversam bastante.

- Junto, quando funciona como advérbio ou nasexpressões "junto com", "junto de", é invariável.Exemplos :Junto, enviou-lhe as fotografias das crianças.As crianças chegaram junto com os pais.

- Meio, quando funciona como advérbio, é invariável.Exemplo:Deixei-a meio abalada.NOTE:

1 . BASTANTE é adjetivo, quando modificar o substantivo.Veja:Bastantes atletas participaram da corrida.(atletas = substantivo; bastantes = adjetivos)

2 . BASTANTE é advérbio, quando modificar o verbo. Veja:Conversaram bastante sobre o assunto.(conversaram = verbo; bastante = advérbio)

SÓ, A SÓSSó, empregado como adjetivo, com o sentido de

"sozinho", "desacompanhado", deve concordar em númerocom a palavra que modifica:

Exemplo:- João e Maria partiram sós.

Empregado como advérbio, significando "somente",permanece invariável:Exemplo:

- Vocês só chegaram agora?

OBSERVAÇÃOTambém permanece invariável a expressão a sós.

ANEXOÉ uma palavra variável, exceto quando acompanhada

da preposição "em".Exemplos:- Envio-lhe, anexos, os documentos solicitados.- As cartas seguem anexas.- Em anexo seguem os documentos solicitados.É PROIBIDO, É BOM, É NECESSÁRIO

São variáveis enquanto sozinhas, porém, se estiveremacompanhadas de determinante, tornam-se variáveis.Exemplos:- É proibido entrada.- É proibida a entrada.POSSÍVEL

A concordância é feita de acordo com o artigo queacompanha a palavra possível.Exemplos:- Vencia obstáculos o mais difíceis possível.- Vencia obstáculos os mais difíceis possíveis.CARO E BARATO

Quando acompanham o verbo ' 'custar ' ' , sãoadvérbios e, como tal, são invariáveis.Exemplos:- As roupas custam caro.- As camisas custaram barato.

Quando acompanhados dos verbos ''ser" ou ''estar'',são adjetivos em função de predicativo e, assim, variáveis.

Exemplos:- As roupas estão caras.- As camisas são baratas.

Concordância Nominal

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Língua Portuguesa

Observe este poema:HISTÓRIA NATURALCobras cegas são notívagas.O orangotango é profundamente solitário.Macacos também preferem o isolamento.Certas árvores só frutificam de 25 em 25 anos.Andorinhas copulam no vôo.O mundo não é o que pensamos.(ANDRADE. Carlos Drummond de. Corpo. Rio de Janeiro: Record,1984. p. 27)

Cobras cegas são notívagas.

O orangotango é profundamente solitário.

� "notívagas" e "solitário" são adjetivos que concordamcom os substantivos a que se referem: "cobras" e"orangotango".

0 1 Indique a alternativa correta, após preencher com aspalavras adequadas os espaços traçados.

- Seguem _____________ várias propostas.- Ouvi histórias as mais mirabolantes ______________.- Todas estavam ______________ sonolentas.a) Anexas, possíveis, meio.b) Anexas, possível, meio.c) Anexo, possível, meio.d) Anexo, possível, meia.e) Anexo, possíveis, meia.

Resposta comentada : "anexas" deve concordar com"propostas". Por isso está no feminino plural."Possíveis" está no plural porque deve concordar como artigo "as", que também está no plural. Já "meio",quando for advérbio (=um pouco) é uma palavrainvariável. Portanto, a resposta correta é a alternativa a.

0 2 A alternativa em que a forma entre parênteses NÃOdeve ficar no plural é:

a) Eles (mesmo) atenderam ao apelo da população.b) Encontraram os portões (meio) abertos.c) Há (bastante) obras inacabadas no país.d) Os calçados estão muito (caro).e) Seguem (anexo) os folhetos de propaganda.

Resposta comentada: A única forma que não deve ir parao plural é MEIO que, no caso do exemplo, é um advérbioe, como tal, é palavra invariável. Observar que "bastante",na alternativa "c", é adjetivo, uma vez que modifica osubstantivo "obras", que está no plural. A resposta corretaé a b.

LEITURA E INTERPRETAÇÃOA LINGUAGEM NA PROPAGANDA

Quem não anuncia se esconde. É o lema.A propaganda é hoje a arte de conquistar com palavras.Mediante jogos e apelos verbais, o anunciante

pretende criar hábitos de pensamento e reações automáticasnos consumidores. Nada é melhor para o anunciante doque pedirmos automaticamente o refrigerante X quandonos aproximamos do balcão de um bar; do que pedirmosautomaticamente um analgésico Y quando sentimos umador de cabeça; do que pedirmos automaticamente um maço

de cigarros Z quando temos vontade de fumar.E, para se conseguir isso, lança-se mão de mensagens

onde palavras e imagens sugerem/insinuam saúde, riqueza,importância social, sucesso no amor, nos esportes, nosnegócios, felicidade doméstica, romance, popularidadepessoal, gosto artístico, moda, elegância, etc.

Se você quer que seu amor prospere, experimenteo novo , perfumado e del icado Sabonete X . Églamuroso! É feminino! É sedutor! É Irresistível! É a fragrânciaque os homens adoram. Com o Sabonete X você nãoterá rivais. Faça diariamente uma massagem no seu corpocom a delicada espuma purificadora de X e sinta-se beijadapor seu raro e suave perfume. Seja radiosa! Seja Mulher!

Concordância Nominal

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esaE assim se sucedem as palavras motivadoras da venda,

ofuscando, hipnotizando, despertando a fantasia e a ilusãodo desprevenido consumidor.

Ganham nova força palavras antigas, revitalizadas peloconvidativas imagens, de recursos gráficos expressivos ericas entoações nos anúncios falados.

Novo! Único! Diferente! Feminino! Agreste! Másculo!Suave!

Surgem termos estranhos, sonoros e misteriosos,realçando peculiaridades do produto.

Adstringente, turbenizado, sanforizado, hexacioro-feno, poliuretanizado, elastomérico, anodizado etc.

Penetramos no curioso reino prefixal dos extra,ultra, super, pré e outros menos votados.

É extraforte, extrafino, extralíquido.É ultra-sensível, ultra-resistente, ultradinâmico.É antiderrapante, antitranspirante, antipoluente.É superpotente, superbranco, superveloz.É pré-encolhido, pré-testado, pré-moldado.E isso para não falar da epidemia sufixal aumentativa,

que deu ao -ão uma importância comercial extraordinária,desbancando o carinhoso, porém menos promocional -inho.

Bonzão, Churrascão, Catarinão, Vicentão, Adegão,Canecão, Gauchão, Sambão, Porção, etc.

Enfim, empregando e pagando muito bem a redatores,artistas e fotógrafos, ocupando mais de 50% do espaço dejornais e revistas, patrocinando mais de 95% dos programasde rádio e televisão, a propaganda parece que veio paraficar.

Ficar e confirmar a influência das palavras sobre ohomem.

(Adaptação e ampliação de Havakawa, A linguagemno pensamento e na ação. São Paulo, Pioneira, 1963.)

In: Comunicação e Interpretação.Roberto A Soares Leite. Et. alli. Vol. 3Sobre o texto:

a) ''Quem não anuncia se esconde. . ."Esconde-se porque:1) muitos outros anunciam bastante;2) fica sem concorrentes;3) acredita na excelência de seu(s) produto(s);4) julga ser o preço único fator de atração do consumidor;5) perde o capital.

b) Percebe-se, no texto, que um dos discutidos objetivosou conseqüências da propaganda massificadora,desenfreada e constante de certos produtos é o (a):1) aumento do poder aquisitivo do comprador.2) racionalização do lucro do vendedor;3) alienação e perda da capacidade de opção pelocomprador;4) diminuição das despesas do produtor;5) maior facilidade e poder de escolha do consumidor;

c) A palavra do texto que melhor justifica a resposta ao itemanterior é:1) glamuroso;2) elegância;3) automaticamente;4) anodizado;5) conquistar.

d) Um dos mais comuns e ilusórios apelos publicitários é oerótico - romântico, procurando sugerir, geralmente àsmulheres, novos encantos, beleza extraordinária efascínio total sobre os homens. E, para conseguir esseresultado, usa-se e abusa-se de palavras e frasesvalorizadoras de características e qualidades amorosas.Assinale, no anúncio do Sabonete X, o único par deexpressões que pode não ser considerado motivadorde ilusões e fantasias erótico-românticas.1) É sedutor / / Se você quer que seu amor prospere ...2) É feminino! / / ... você não terá rivais.3) É fragrância que os homens adoram / / Seja Mulher!4) ... sinta-se beijada por seu raro e suave perfume / / Églamuroso!5) ... experimente o novo. . . Sabonete X // ... espumapurificadora.Preencha corretamente as lacunas, usando as palavrasque estão entre parênteses:

a) Era uma fotografia ________________antiga. (meio)b) Amizade e honestidade nem sempre andam

__________. (junto)c) Havia comido_______ melancia e passou mal. (meio)d) Estão mãe e filha ___________ da lareira acesa. (junto)e) Ela _________________lhe disse a verdade. (mesmo)f) As tropas legais desfilam _________ pela cidade, e o

povo não as chamam como ___________ libertadoras.(alerta-pseudo)

g) Elas estavam _________________ animadas do quena semana passada. (menos)

h) ______________ alunos foram reprovados. (bastante)i) ________________às provas, estão os livros. ( junto).j) Elas ______________ resolveram a questão. (próprio)

Marque as alternativas gramaticalmente corretas, quantoà concordância nominal, e depois faça a soma dos valoresque lhes são atribuídos.

01. Esta jovem, ela mesma irá a Brasília avistar-se com oPresidente.

02. É necessário a paciência de todos para superarmos essesproblemas.

04. Menos festas, mais trabalho.08. Obras as mais interessantes possível.16. Água de melissa é bom.

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Concordância Nominal

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Língua PortuguesaAssinale o período que apresenta erro na utilização dapalavra meio.

a) Estavam meio atônitos com o resultado.b) Faltava-lhe mais ou menos meio capítulo para o fim do

livro.c) Já passava de meio-dia e meio quando ele chegou.d) As casas pareciam meio cobertas pelas árvores.e) Ela ficou meio aborrecida com os acontecimentos.

Assinale a alternativa que completa correta erespectivamente as lacunas do período seguinte:Elas ____________________ providenciaram osatestados, que enviaram _____________________às procurações, como instrumentos ___________para os fins colimados.

a) Mesmas - anexos - bastantes.b) Mesmo - anexo - bastante.c) Mesmas -anexo - bastante.d) Mesmo - anexos - bastantes.e) Mesmas - anexos - bastante.

Assinale a alternativa onde a concordância nominal dafrase não atende às normas.

a) Houve bastantes propostas, mas nenhuma agradou aosparticipantes.

b) As crianças só se queixavam quando os pais as deixavamsós.

c) O cabo exigia que as sentinelas se mantivessem alerta emeio escondidas.

d) Encontrou semimortos pai e filho, bastante feridos noacidente.

e) Perdido na ilha, alimentava-se de frutas e carne caprinas,que ali abundavam.

Com relação às palavras em negrito, assinale a alternativaque está correta:

I - Não sou de dizer meias verdades.II - Elas estavam meias loucas.III - Ônibus direto só nas meias horas.a) As três frases estão corretas.b) As três frases,estão erradas.c) Só I e II estão corretas.d) Só I e III estão corretas.e) Só II e III estão corretas.

PROPOSTA DE REDAÇÃONa ânsia de vender produtos, a publicidade não hesitaem lançar mão de inúmeros recursos. Alguns chegam aabusar da boa-fé e da ingenuidade do consumidor. Oque você acha disso? É importante que se respeitem osprincípios éticos da sociedade? Numa sociedade deconsumo como a nossa, o importante é vender aqualquer preço?Pense nestas questões e dê o seu ponto de vista.

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0 1 (UFPR) Enumere a segunda coluna pela primeira:( 1 ) Velhos( 2 ) Velhas( ) Camisa e calça.( ) Chapéu e calça.( ) Calça e chapéu.( ) Chapéu e paletó.( ) Chapéu e camisa.a) 1, 2, 1, 1, 2.b) 2, 2, 1, 1, 2.c) 2, 1, 1, 1, 1.d) 1, 2, 2, 2, 2.e) 2, 1, 1, 1, 2.

(UFPR) Todos os períodos a seguir estão corretos quantoà concordância nominal. Existem, porém, dentre elesalguns que admitem outra concordância nominal, corretatambém. Indique a alternativa que abrange estes períodospossíveis de outra concordância.

1. Eram agastamentos e ameaças fingidos.2. O pai e a mãe extremosos não pouparam sacrifícios para

educá-lo.3. Tinha por ele alta admiração e respeito.4. Leu atentamente os poemas camoniano e virgiliano.5. Vivia em tranqüilos bosques e montanhas.a) 3 e 5.b) 1, 2 e 4.c) 2, 3 e 5.

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Concordância Nominal

6

Língu

a Por

tugu

esae) 1, 2 e 3.f) 1, 2 e 5.

(ITA-SP) Assinale a alternativa que apresenta concordâncianominal fora do padrão culto da linguagem.

a) Comprei duzentas gramas de queijo.b) Para quem esta entrada é proibida?c) Houve menos atitudes agressivas naquele encontro.d) As garotas andaram meio agitadas.e) Seguem anexas as fotografias que tiraste.

(PUC-PR) Completando o período com o elementoque falta:

1. Ofereceram prêmios para o primeiro e segundo_______________.

2. Ofereceram prêmios para o primeiro e o segundo______________.

3. Hastearam ____________ brasileira e inglesa.4. Hastearam ______________ brasileira e a inglesa.

A seqüência correta deve ser:a) colocado, colocados, a bandeira, as bandeiras;b) colocados, colocados, as bandeiras, as bandeiras;c) colocados, colocado, as bandeiras, a bandeira;d) colocado, colocado, a bandeira, a bandeira;e) colocado, colocados, a bandeira, a bandeira.

(UDESC) Observe a concordância nestas frases:I - A sala está meio escura.II - Eles estavam alerta.

III - Havia bastante crianças na praça.a) Somente a frase 1 está correta.b) Somente a frase 2 está correta.c) As frases 1 e 2 estão corretas.d) As frases 2 e 3 estão corretas.e) As frases 1, 2 e 3 estão corretas.

(FACULDADES DE CURITIBA- PR) Assinale a opçãoque preencha corretamente os espaços.

1. Segue________________a documentação.2. Pedro está ________________com o serviço militar.3. Os vigias estão sempre____________________.4. Maria estava ___________________ encabulada.a) anexo, quites, alerta, meio;b) anexo, quites, alertas, meia;c) anexa, quite, alerta, meio;d) anexo, quites, alertas, meio;e) anexa, quite, alertas, meia.

(UFRJ) Assinale a alternativa em que a concordância ferea norma culta.

a) Seguem anexas à carta as receitas pedidas.b) Disseram-se bastantes ocupados, por isso não os

atenderam.c) E necessário cautela em tudo que fazemos.d) Comprei duas meias melancias porque me pareceram

boas.e) Dominava com perfeição as línguas francesa e inglesa.

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(UFMG) Em que casos a forma entre parêntese deveficar no plural?

01) O advogado se muniu de argumentos (BASTANTE) parainocentar seu cliente.

02) Seguem (ANEXO) os comprovantes solicitados.04) Eles (MESMO) admitiram que tudo não passou de farsa.

08) Os livros estão muito (CARO).16) Eles vestiram calças (CINZA).32) Encontraram os portões (MEIO) abertos.64) Os brinquedos de madeira custam mais (BARATO).

Concordância Verbal (I)

1

Língua PortuguesaConcordância Verbal (I)

Assim como a concordância nominal, a concordância verbal é marca visível e identificadora da língua culta.Os usuários da língua devem observar essas regras, sobretudo quando houver necessidade do emprego da variante

culta da linguagem. Nenhum outro desvio das normas gramaticais é tão perceptível quanto a questão da concordância.Assim, todas as pessoas escolarizadas devem habituar-se a fazer uso de suas regras.

CONCORDÂNCIA VERBAL IREGRAS GERAIS

O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa.Exemplos:

- Tu saíste muito apressado.- O garotinho chorava.- A criança e a mãe brincavam.- Aconteceram muitos fatos novos.- Vós escolhestes o melhor caminho.

REGRAS PARTICULARESSUJEITO SIMPLES1. Quando o sujeito simples é formado por um coletivo,

o verbo fica no singular.Exemplo:

- A quadrilha escapou da tocaia.

2. Quando o sujeito simples é formado pelas expressõesgrande parte, a maior parte, a maioria e similares,o verbo fica no singular ou no plural.Exemplo:

- Grande parte dos convidados faltou (ou faltaram) àfesta.

3. Quando o sujeito simples é formado por umpronome de tratamento, o verbo deve ficar naterceira pessoa do singular.Exemplo:

- Vossa Majestade ficou feliz.

4. Quando o sujeito simples é formado por um nomeplural, o verbo fica:

a) no plural, quando o nome é precedido de artigo noplural; no singular, quando o nome é precedido de artigono singular ou não há artigo.Exemplos:

- Os Estados Unidos discutem seus problemasinternos.

- O Amazonas é um grande rio.

5. Quando o sujeito é formado pelas expressões maisde, cerca de, menos de e similares, o verboconcorda com o numeral que acompanha essasexpressões.Exemplos:

- Mais de um conferencista apresentou trabalho.- Cerca de três conferencistas apresentaram trabalho.

6. Quando o sujeito for representado pelo pronomerelativo que, o verbo deve concordar com oantecedente deste pronome.Exemplos:

- Hoje sou eu que cuido da casa.- Agora somos nós que lavamos a louça.

7. Quando o sujeito for representado pelo pronomerelativo quem, o verbo poderá ficar na 3ª pessoa dosingular ou concordar com a pessoa do antecedentedo pronome.Exemplos:

- Fui eu quem fechou a casa.- Fui eu quem fechei a casa.

8. Quando o sujeito for o pronome relativo da expressãoum dos que, o verbo ficará no plural (forma maiscomum) ou no singular (forma menos empregada).Exemplo:

- Ela era uma das pessoas que mais me agrediam(ou agredia).

9. Quando o sujeito for um pronome interrogativo ouindefinido singular seguido das expressões de nós,de vós, dentre vós, dentre nós, o verbo ficará na3ª pessoa do singular.Exemplos:

- Qual de nós enfrentará a fera?- Alguém dentre nós teme a verdade?

10. Se o pronome interrogativo ou indefinido estiver no plural,o verbo ficará na 3ª pessoa do plural ou concordará como pronome pessoal da expressão.Exemplo:

- Quais de nós sabem (ou sabemos) do caso?

Concordância Verbal (I)

2

Língu

a Por

tugu

esa

0 1

Observe, no 2º quadrinho, a frase que expressa o pensamento da personagem: " A maioria das mulheres diria.. . ". Note que o verbo está corretamente empregado no singular. No entanto, neste caso, também se poderia colocaro verbo no plural, uma vez que o sujeito, representado pela expressão a maioria, está seguido de uma expressão noplural (das mulheres).

Assinale a oração em que o verbo poderia apresentarconcordância de número, diferente da forma apresentadanas frases a seguir.

a) A janela se abriu.b) Um bando de aves passou por ali.c) Leram-se duas páginas.d) Sou eu que pago.e) O brasileiro ou o italiano ganhará a corrida.

Resposta comentada - A única frase em que o verbopode ficar no singular ou no plural é a da alternativa “b”.O sujeito (um bando) é expressão que indica coletividadee está seguido de uma expressão no plural (de aves).Identifique as frases corretas quanto à concordância ereescreva a(s) que estiver(em) errada(s), corrigindo-a(s).

a) Existem móveis mais adequados que poderão resolvero problema.

b) Os Andes estendem-se da Venezuela à Terra do Fogo.c) Vossa Excelência deve descansar agora.d) Um grupo de estrangeiros se responsabilizaram pelo

seqüestro.e) A multidão em pânico corriam muito.

Resposta comentada - Somente a última frase está erradaquanto à concordância, uma vez que temos como núcleodo sujeito uma expressão que, embora expressecoletividade, está desacompanhada de uma expressãono plural. Neste caso, o verbo deve, obrigatoriamente,ficar no singular.

Aponte a(s) frase(s) que não segue(m) a norma culta dalíngua, corrigindo-a(s).

a) Uma porção de alunos faltou à aula hoje.b) Muitos de nós reclamou do mau atendimento da

empresa.c) Esses 10% de comissão já me ajudam muito.d) Cerca de dez carros se aproximam do acidente.e) Nenhum de nós teremos disposição para tanto trabalho.- Muitos de nós reclamaram do mau atendimento da

empresa.- Nenhum de nós terá disposição para tanto trabalho.

Resposta comentada - No primeiro caso, temos umpronome indefinido no plural, seguido da expressão denós. Neste caso, o verbo deve ficar na 3ª pessoa doplural ou concordar com o pronome pessoal. Já, nosegundo caso, o pronome indefinido nenhum é singulare está seguido da expressão de nós. Neste caso, overbo deve ficar na 3ª pessoa do singular.

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Concordância Verbal (I)

3

Língua Portuguesa

LEITURA E INTERPRETAÇÃOREPÓRTER POLICIAL

STANISLAW PONTE PRETAO repórter policial, tal como o locutor esportivo, é um

camarada que fala uma língua especial, imposta pelacontingência: quanto mais cocoroca melhor. Assim comoo locutor esportivo jamais chamou nada pelo nomecomum, assim também o repórter policial é um entortadoliterário. Nessa classe, os que se prezam nunca chamariamum hospital de hospital. De jeito nenhum. É nosocômio.Nunca, em tempo algum, qualquer vítima de atropelamento,tentativa de morte, conflito, briga ou simples indisposiçãointestinal foi parar num hospital. Só vai para o nosocômio.

E assim sucessivamente. Qualquer cidadão que vai àPolícia prestar declarações que possam ajudá-la numadiligência (apelido que eles puseram no ato de investigar), élogo apelidada de testemunha-chave. Suspeito é Míster X,advogado é causídico, soldado é militar, marinheiro é naval,copeira é doméstica e, conforme esteja deitada, a vítima deum crime - de costas ou de barriga pra baixo - fica numadestas duas incômodas posições: decúbito dorsal oudecúbito ventral.

Num crime descrito pela imprensa sangrenta, a vítimanunca se vestiu. A vítima trajava. Todo mundo se veste...mas, basta virar vítima de crime, que a rapaziada sadia ignorao verbo comum e mete lá: "A vítima trajava terno azul egravata do mesmo tom". Eis, portanto, que é preciso estaracostumado ao "métier" para morar no noticiário policial.Como os locutores esportivos, a Delegacia do Imposto deRenda, os guardas de trânsito, as mulheres dos outros, osrepórteres policiais nasceram para complicar a vida da gente.Se um porco morde a perna de um caixeiro de uma dessascasas da banha, por exemplo, é batata... a manchete no diaseguinte tá lá: "Suíno atacou comerciário".

Sobre o texto:a) O repórter policial é um "entortado literário. . ." porque:

1) escreve como os bons autores da nossa língua;2) acredita que literatura consiste no emprego de termospouco comuns;3) corrige as expressões de gíria e os inconvenientes dalíngua falada;4) inventa palavras que nunca existiram;5) facilita, com sua simplicidade, a compreensão da notícia.

b) " Nunca, em tempo algum, qualquer vítima deatropelamento, tentativa de morte, conflito, briga ousimples indisposição intestinal foi parar num hospital. "Estaafirmativa do narrador no contexto dá a entender que:1) a vítima prefere ficar no anonimato;

2) pessoas envolvidas em ocorrência policial procurammedicar-se por conta própria;3) poucos vão para um hospital para não seremimportunados por repórteres;4) os repórteres policiais raramente usam o termo"hospital";5) os repórteres policiais deturpam a realidade.

c) As manchetes de reportagem policial, segundo sedepreende do texto, costumam ser:1) bombásticas/ ambíguas;2) ingênuas/simples;3) enganadoras/deturpadas;4) sérias/perspicazes;5) literárias/ cuidadosas.

d) Você já deve ter ouvido várias transmissões de jogos defutebol. Apresente cinco expressões usadas peloslocutores esportivos com seu significado.Relacione as duas colunas, formando frasesgramaticalmente corretas.

a) Qual de nós...b) Quantos de nós...c) Cada um de nós...( ) estarão vivos no século XX?( ) resolve a própria vida?( ) participará da festa de formatura?( ) sabemos a resposta?

Numere, atendendo à concordância de pessoa.(1) Tu e eu ( ) entramos no carro.(2) Tu e ela ( ) entrais no carro.(3) Ele e ela ( ) entram no carro.

( ) viemos de bicicleta.Assinale a forma verbal que completa corretamente aoração.Vossa Excelência . . .

a) sabe de tudo.b) sabeis de tudo.c) sabem de tudo.

Complete as frases abaixo com o verbo providenciarno pretérito perfeito, observando a concordância.

a) Fui eu quem ______________________ o médico.b) Foi ele quem _____________________ o médico.c) Fui eu que _______________________ o médico.d) Foste tu que ______________________ o médico.e) Fomos nós que ___________________ o médico.

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Concordância Verbal (I)

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Língu

a Por

tugu

esa

Identifique, no trecho a seguir, as frases que apresentaremerros de concordância verbal. Reescreva-as, adequando-as à linguagem culta."Não fui eu que quebrou a máquina de escrever. Tambémnão foi eles, tenho certeza. Portanto, não acho justovocê dizer que é nós quem vão pagar o conserto".Aponte a opção que completa corretamente as lacunasdas frases abaixo:

- A maior parte ________________ a segui-lo.- Vossa Senhoria não ________________ o

compromisso.- Fui eu quem ________________ mais naquele

negócio.- Mais de um candidato não se _______________.

a) recusaram-se - cumpristes - investiu - classificaramb) recusaram-se - cumpriu - investiu - classificaramc) recusou-se - cumpristes - investiram - classificaramd) recusou-se - cumpriu - investi - classificoue) recusaram-se - cumpriu - investiu - classificou.

PROPOSTA DE REDAÇÃOTomando por base o texto "Repórter policial", redija umoutro texto com as mesmas características, masempregando expressões típicas da profissão que vocêexerce. Para facilitar, antes, anote essas palavras ouexpressões para, depois, empregá-las na narrativa.Esta poderá ser uma boa oportunidade para observar-sea diversidade e a riqueza de nossa linguagem. Assim,após concluir o texto, troque impressões e informaçõesa esse respeito com os demais colegas da classe.

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(UFPR) Assinale a alternativa que contém um erro deconcordância verbal.

a) Foi o que fizemos Capitu e eu".b) "Você e meu irmão não me compreendem".c) "Tu e ele estudais pouco e folgais muito".d) "Ele e tu partirão juntos".e) "Vossa Excelência e o secretário muito me ajudaste".

(ITA - SP) Enumere a segunda coluna pela primeira.1 Cantamos2 Cantais3 Cantam

a) 3, 1, 1, 1, 1;b) 1, 2, 3, 1, 2;c) 3, 1, 1, 1, 3;d) 3, 2, 1, 1, 2;e) 3, 3, 3, 1, 2;

(UNIANDRADE - PR) Quais as opções gramaticalmentecorretas?

01) Ao professor e ao aluno faltou coragem ante as torrentesde fogo.

02) Ele vive na frustração.04) Um grito e uma palavra causava-lhe medo.08) Espero que ele e eu sejamos amigos.16) Ele pediu para mim cuidar das três crianças.32) Um bando de meninas desciam a escada.64) Vocês não tem educação?

(PUC - PR) Assinale a opção em que a forma verbal nãopode aparecer em outra pessoa, conservando o tempoe o modo:

a) “Responderemos eu e o meu século”. (M.A.)b) Mais de um político deram-se as mãos.c) Um e outro, porém, recusaram.d) Não se misturava nele a própria pessoa com o imperador.e) Muitos de nós vão viajar.

(FUVEST - SP) Indique o período que apresentaconcordância verbal indefensável.

a) Tu, aqui, e ele, lá, são a antítese da existência.b) Mais de um jovem curtiu os Beatles.c) Quem fala com o diretor? Eu... ele... ou tu falas?d) A fé, a crença levou o Presidente a lutar pela vida.e) Falastes muito bem quando te pediram.

(FAMECA - SP) Observe a concordância:1) Entrada proibida.2) É proibida entrada.3) A entrada é proibida.4) É proibida entrada.5) Para quem a entrada é proibida?a) somente a número 5 está corretab) a 4 e 5 estão corretas.c) a 2 está errada.d) Todas estão corretas.e) a 2 e a 5 estão corretas.

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( ) Ele e ela.( ) Eu e tu.( ) Ele e eu.( ) Eu e ele.( ) Tu e ele.

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Concordância Verbal (I)

5

Língua Portuguesa(U.F. OURO PRETO - MG) Leia os períodos abaixo eassinale a opção correta:

1. Hoje sou eu que cuida do bebê.2. A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas fez um

acordo comercial com o Brasil.3. Quaisquer de vós seríeis barrados na fronteira.4. Qualquer de vós seriam barrados na fronteira.

a) Apenas o 1º período está incorreto.b) Apenas os períodos 1 e 3 estão incorretos.c) Apenas os períodos 1 e 4 estão incorretos.d) Apenas os períodos 1, 3 e 4 estão incorretos.e) Nenhuma das opções anteriores.

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(UFCE) Como a frase: ''Fui eu quem fez ocasamento", também estão corretos os períodos

abaixo:01 - Fui eu que fiz o casamento02 - Foi eu quem fez o casamento.

04 - Fui eu que fez o casamento.08 - Foste tu que fizeste o casamento.16 - Foste tu quem fez o casamento.32 - Fostes vós que fez o casamento.64 - Fostes vós quem fez o casamento.

Concordância Verbal (II)Lín

gua P

ortu

guesa Concordância VConcordância VConcordância VConcordância VConcordância Verbal (II)erbal (II)erbal (II)erbal (II)erbal (II)

Nesta unidade, você continuará o estudo sobre a concordância verbal. Na unidade anterior, viu-se como fazer aconcordância do verbo com o sujeito simples. Agora se verá como fazê-lo com o sujeito composto. Além disso, vocêestudará também os casos particulares da concordância verbal para completar este aprendizado.

CONCORDÂNCIA VERBAL (II)SUJEITO COMPOSTO1. Com o sujeito composto é preciso observar a posição

do verbo:a) Se o verbo estiver depois do sujeito, deverá ir para o

plural.Exemplo:Rapazes e moças foram para o litoral.

b) Se o verbo estiver posicionado antes do sujeito, poderáir para o singular ou plural indiferentemente.Exemplos:

- Retornou o pai e o filho.- Retornaram o pai e o filho.2. Quando os núcleos forem sinônimos ou se houver

gradação, a concordância é facultativa.Exemplos:

- Beleza e graciosidade caracterizava a moça.- Beleza e graciosidade caracterizavam a moça.- Medo, terror, pânico surgiu no rosto.- Medo, terror, pânico surgiram no rosto.3. Quando o sujeito composto é ligado pela conjunção ou,

o verbo:a) fica no singular, se ocorrer idéia de exclusão.

Exemplo:- Pedro ou João casará com Maria.b) vai para o plural se predominar a idéia de alternância.

Exemplo:- O navio ou o avião poderão levar os quadros.

4. Quando o sujeito for representado pelas expressõesum e outro ou nem um nem outro, a concordânciaé facultativa.Exemplos:

- Nem um nem outro me ama realmente.- Nem um nem outro me amam realmente.5. Se o sujeito composto vier acompanhado da preposição

com, o verbo deverá ir para o plural. Porém, se expressaridéia de companhia fica no singular.Neste caso, observar o emprego da vírgula, na escrita.Exemplos:

- O general com seus soldados perderam a batalha.- O general, com seus soldados, perdeu a batalha.6. Se os sujeitos estiverem acompanhados de palavras

resumitivas como, por exemplo, tudo, nada, ninguém,cada um, cada qual, o verbo fica no singular.Exemplo:

- Roberto, Maurício, cada um tinha motivo para odiar avítima.

7. Quando o sujeito composto é formado por pessoasgramaticais diversas, o verbo vai para o plural, seguindoo seguinte critério: 1ª pessoa sobre a 2ª e a 3ª pessoa.Exemplos:

- Tu Ricardo e eu ficaremos por aqui.- Ele e eu acertamos as contas.

NOTEQuando o sujeito composto se constitui deelementos de 2ª e 3ª pessoas, o verbo irá para a 3ª pessoado plural, que é a concordância mais comum.

Exemplo:Tu e ele são amigos.

1

Concordância Verbal (II)Língua Portuguesa

CASOS ESPECIAIS DECONCORDÂNCIA1. VERBOS HAVER E FAZER

O verbo haver, quando sinônimo de existir,ocorrer e o verbo fazer, indicando tempo ou clima, só seconjugam na terceira pessoa do singular.

Exemplos:- Havia crianças brincando na pracinha.- Faz dezesseis anos que ela o ama.- Faz verões agradabilíssimos no Nordeste.- Vai haver reprovações.2. VERBOS DAR, BATER E SOARa) Os verbos dar, bater, soar, quando empregados como

indicadores de horas, concordam com o numeral. Exemplos:

- Deu uma hora.- Soaram duas horas.b) Porém, quando há sujeito, a concordância será feita com

este. Exemplo:

- O relógio bateu dez horas.3. VERBO SERa) Nos predicados nominais, quando o sujeito estiver

representado por tudo, nada, isto, aquilo, o verboser concorda com o predicativo.Exemplo:

- Tudo são alegrias.b) Nas orações iniciadas por pronomes interrogativos, o

verbo ser concorda sempre com o que vier depois.Exemplos:

- Que são florestas equatoriais?- Quem eram aquelas estranhas pessoas?c) Nas indicações de horas, datas, distâncias, a

concordância acontece com o numeral.Exemplos:

- É uma e meia.- Hoje são 27 de abril.4. VERBO PARECER

Se o verbo parecer vier seguido de infinitivo, apenasum deles deve ser flexionado.

Exemplo:- Os meninos parecem gostar de bagunça.- Os meninos parece gostarem de bagunça.5. VERBO + PRONOME SEa) Quando o verbo for transitivo direto, o pronome se

(apassivador) faz com que a concordância seja feita como sujeito.Exemplo:Consertam-se refrigeradores.

�sujeito

porqueRefrigeradores são consertados.

�sujeito

b) Quando o verbo for transitivo indireto ou intransitivo, opronome se (indeterminante do sujeito) faz com que overbo fique na terceira pessoa do singular.Exemplos:Come-se bem aqui.Precisa-se de cozinheiras com prática.

Observe a construção no cartaz datirinha: “Não se admitem moscas”.

Note que o verbo está no pluralporque concorda com o sujeito (moscas),que está no plural. Atente, também, para acolocação do pronome se (antes doverbo). Está assim posicionado pelapresença do advérbio de negação (não),que exige a próclise.

2

Concordância Verbal (II)Lín

gua P

ortu

guesa

0 1 Explique por que os verbos em destaque nas frasesabaixo não admitem outra forma de concordância:

a) Necessita-se de operários qualificados.b) Aplicam-se as regras à risca, naquele gabinete.

Resposta comentada: Em “a”; o verbo é transitivo indireto(pede preposição) seguido de SE e está na 3ª pessoa dosingular. Temos aí um caso de sujeito indeterminado emque o verbo deve, obrigatoriamente, ficar no singular. Jáem “b”, a oração tem sujeito (as regras). Assim, sujeitono plural, verbo no plural = as regras são aplicadas...Faça a concordância adequada com os verbos entreparênteses:

a) Se _______________ mais vagas, ___________menos desemprego.(haver – imperfeito do subjuntivo; haver – futuro dopretérito)

b) Alfredo e eu ____________ lá.(estar – futuro do presente)

c) Dez quilos de carne _______ muito para três pessoas.(ser – presente do indicativo)

d) João ou Paulo se ___________ com Luísa.(casar – futuro do presente)

e) ___________ séculos que não o vejo.(fazer – presente do indicativo)Resposta comentada:

a) O verbo “haver” empregado no sentido de “existir” éimpessoal e deve ficar sempre no singular. Resposta –HOUVESSE e HAVERIA.

b) Sujeito constituído de pessoas gramaticais diferentes “ele”(Alfredo) e “eu” (ele + eu = nós), pede verbo no plural.Resposta - ESTAREMOS.

c) Com as expressões “é muito”, “é pouco”, “é bastante”,o verbo fica no singular. Resposta - É.

d) Sujeitos ligados por OU, com idéia de exclusão, pedeverbo no singular. Resposta - CASARÁ.

e) Verbo “fazer” indicando tempo é impessoal e deve serempregado no singular. Resposta - FAZ.

0 2

LEITURA E INTERPRETAÇÃO "GUERRA E PAZ"

( título adaptado)Pode soar irônico lembrar que estamos vivendo

tempos de paz e não de guerra, tão sombrio e impregnadode profundo mal-estar e insegurança é o clima de nossageração. As contradições parecem insolúveis. Sem dúvida,a sociedade de consumo continua nos enriquecendomaterialmente, com um progresso e um avanço tecnológicoantes inimagináveis. Mas, diante da destruição a queassistimos - tanto ao nível físico, destruição ecológica dasbases elementares da vida, como ao nível espiritual,destruição do acervo de valores humanistas e erosão deresponsabilidades - esse tipo de progresso está se tornandocada vez mais questionável: em vez de se ampliarem ascondições de uma vida mais humana e mais plena para ahumanidade, elas parecem se reduzir.

À primeira vista, certas coisas se apresentam atébastante positivas. Através do livre acesso a informaçõessobre acontecimentos atuais, e com a grande variedade demateriais e processamentos modernos que existem agora,nosso conhecimento inteligente e todo nosso ser sensívelé estimulado de mil maneiras, devendo se enriquecer edesenvolver nesse processo.

Entretanto, no contexto da sociedade de consumo,as coisas se viciam. Isso porque ocorre ao mesmo tempo,com tantas oportunidades que se oferecem, um processo

orientado exatamente em sentido inverso, um processoque aliena as pessoas de sua espontaneidade criativa e deseu potencial sensível, um verdadeiro processo dedessensibilização das pessoas, que as incapacita, para o usodas oportunidades oferecidas. Num bombardeioininterrupto através dos diversos canais de persuasão culturale meios de comunicação - bombardeio que vai da casa àrua, à escola, ao trabalho, ao lazer, e ao qual o indivíduo estásendo exposto praticamente desde o momento em quenasce - procuram-se impor os valores do consumismocomo únicos valores reais, única meta de vida e única formade realização social. A curiosidade natural do jovem dianteda vida, os anseios, as aspirações e as necessidades doadulto, tudo é sumariamente reduzido ao nível demercadorias, a fim de ser considerado realidade. Fora damercadoria não há realidade. O próprio homem, portadorde tantas capacidades criativas e produtivas, só interessaenquanto mercadoria. O resto é mero sonho, mundoutópico romântico, enfim, irreal. Caminhos de vida? Intuição?Sensibilidade? Realização de um íntimo potencial criador?Tudo irreal. Não sendo negociáveis nem substituíveis, nãofarão parte das realidades. Cabe entender ainda que,dessensibilizadas e despojadas de suas faculdades criativas,as pessoas são mais facilmente condicionadas a abdicar decritérios críticos.

É preciso levar tudo isso em conta quando se analisao que está ocorrendo em nossos dias."

(Fayga P. Ostrower. Universos da arte. São Paulo,Campus, 1986)

3

Concordância Verbal (II)Língua Portuguesa

0 2

Sobre o texto:a) De acordo com o texto, que tipo de problema o

progresso de nossos dias está trazendo?b) O que interessa à sociedade de consumo, de acordo

com o texto?c) Complete:

Segundo o texto, a sociedade menospreza e des-valoriza...

d) Considerando a exposição de Fayga P. Ostrower, quefato não atua no sentido de influir e condicionar o modode agir da população?Identifique a alternativa que completa corretamente asfrases abaixo.

- Com as sereias discretamente silenciosas uma ambulânciado hospital Repouso e outra do Salvator Mundi___________ à praça quase ao mesmo tempo.

- Nem um nem outro _______________ se definidocomo produto.

- Nenhum de nós __________________ coragem desacrificar o pobrezinho.

- Tanto a moça, como o pai, _______________ paraefetuar o casamento antes da partida.__________________os dois rapazes e foram até oRocio.

a) Chega - havia - teriam - insistiram - saiu.b) Chegam - havia - teria - insistiram - saíram.c) Chegam - haviam - teríamos - insistiram - saíram.d) Chega - havia - teria - insistiram - saíram.e) n.d.a.

Explique por que somente na segunda frase o verbohaver é colocado no plural.

a) "- Aqui havia mulheres e criancinhas. Agora, felizmentesó há pulgas e ratos."

b) "Os cinco homens, que haviam permanecido imóveis nomeio da peça, num olhar indeciso, entreolharam-se."Numa das frases seguintes, não se observou aconcordância verbal correta. Assinale-a.

a) Faz muitos anos que não vejo você.b) Em sua escola, havia um excelente clima de

companheirismo.c) Tu e ele sereis acadêmicos dentro de alguns dias.d) Agora são precisamente vinte e duas horas.e) Poderão haver pessoas descontentes, se tomarmos essa

decisão.Assinale a frase em que o verbo "haver" é impessoal.

a) Onde você houve esse dinheiro.b) Todos se houveram bem na prova.

c) A tarde havia anunciado chuva.d) Havíamos desistido da competição.e) Havia meninos que gritavam na rua.

_________________________ mais trens nestepercurso, pois já ___________________ duas horasque aguardamos.

a) Deviam haver - fazem.b) Deviam haver - faz.c) Devia haverem - fazem.d) Devia haver - faz.e) Devia haver - fazem.

Dentre as frases seguintes, há duas incorretas quanto àconcordância do verbo ser. Indique-as e depoisreescreva-as, corrigindo-as.

a) Os Lusíadas, de Luís de Camões, é a obra-prima daliteratura portuguesa.

b) Esqueça, pai, isto já são coisas do passado.c) Em minha classe, o líder é eu.d) A maioria dos presentes eram alunos do 3º colegial

diurno.e) É toda sua roupa em retalhos coloridos costurados em

vermelho.f) Quem são vocês?g) Hoje é vinte e um de setembro.

Complete as frases a seguir, com uma das opçõesrelacionadas entre parênteses:

a) Com estas medidas, acredito que não ____________mais problemas de ordem econômica nesta empresa.(haverá, haverão)

b) Já ________________ três dias que ele não aparecepor aqui. (faz/ fazem)

c) Penso que _____________ existir outros meios paraque você possa atingir seu objetivo. (deve/devem)

d) ____________muito tempo, ________________alialguns fatos estranhos. ( Há/a; aconteceu/aconteceram)Passe para o plural a expressão destacada, fazendoadaptações, se necessário.

a) Faz um mês que as férias terminaramb) Havia ainda, na sala de exame, um aluno.c) Pagou-se a despesa da festa junina.

PROPOSTA DE REDAÇÃOÉ possível construir um mundo novo e mais humano?A partir da leitura do texto "Guerra e Paz" e doscomentários trocados entre os colegas de classe, dê oseu ponto de vista sobre a pergunta acima. Depois, crieum título bem sugestivo e adequado ao seu texto eexponha-o à turma.

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Concordância Verbal (II)Lín

gua P

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guesa

(FEMPAR) Passe as orações seguintes para o plural:1. Faz um dia de sol, outro de chuva.2. Houve um caso de epidemia.3. Fazia o trabalho com dedicação.4. Ele se houve com hombridade.5. Hora havia de grandes embaraços.

A ordem correta obtida é:a) fazem, houve, faziam, houve, haviam;b) fazem, houveram, faziam, houveram, haviam;c) faz, houve, faziam, houveram, havia;d) faz, houve, faziam, houveram, haviam;e) faz, houve, faziam, houve, havia.

(PUC - PR) - Assinale o que contiver erro deconcordância:

1. Fazia dois anos que não o via.2. Fizeram uns dias ensolarados.3. Há tempos que não o vejo.4. Fazem alguns anos que você estuda.5. Saiu os resultados.a) 1.b) 2, 4 e 5.c) 1 e 3.d) 3.e) nenhuma delas.

(UFCE) Assinale as opções em que se faz a corretaconcordância.

01) Mais de uma pessoa viu a agressão a Alice.02) Uma e outra eram datilógrafas.04) Foi Alice mesma quem provocou Almira.08) Foste tu que acolheu a amiga.16) Almira estava na prisão deviam haver seis meses.32) Nem Alice nem Almira previam aquele desfecho para

sua amizade.

(USP) Observe a concordância verbal.1. Algum de vós conseguireis a bolsa de estudo?2. Sei que pelo menos um terço dos jogadores estavam

dentro do campo naquela hora.3. Os Estados Unidos são um país muito rico.4. No relógio do Largo da Matriz bateu cinco horas: era o

sinal esperado.

a) Somente a frase 1 está errada.b) Somente a frase 2 está errada.c) As frases 2 e 3 estão erradas.d) As frases 1 e 4 estão erradas.e) As frases 2 e 4 estão erradas.

(UEM- PR) Qual a alternativa em que as formas dosverbos bater, consertar e haver, nas frases abaixo,são usadas na concordância correta?

- As aulas começam quando ___________ oito horas.- Nessa loja _________ relógios de parede.- Ontem ___________ ótimos programas na televisão.a) Batem, consertam-se, houve;b) Bate, consertam-se, havia;c) Baterem, conserta-se, houveram;d) Batiam, consertar-se-ão, haverá;e) Batem, consertarei, haviam.

(UNISINOS- RS) Qual a alternativa em que aconcordância está errada?

a) Precisa-se de empregados.b) Precisam-se de empregados.c) Vendem-se refrigerantes.d) Consertam-se pianos de cauda.e) Compram-se jornais velhos.

(PUCCAMP-SP) Assinale a alternativa em que a lacunapode ser preenchida por qualquer das duas formas verbaisindicadas entre parênteses.

a) Um dos meus sonhos ____________ morrer na terranatal.(era/eram)

b) Aqui não _______________ os sítios onde eu brincava.(existe / existem)

c) Uma porção de sabiás ______________ na laranjeira.(cantava/cantavam)

d) Não _________________em minha terra belezasnaturais. (falta/faltam)

e) Sou eu que _______________ morrer ouvindo ocanto do sabiá. (quero/quer)

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Concordância Verbal (II)Língua Portuguesa

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( UFMT) A concordância verbal está correta na seguintefrase:

a) Crêem você e ela na versão que o réu apresentou?b) O que tornam grandiosos os seus versos são as

metáforas.

c) A cada época corresponde, na marcha da civilização, novascausas políticas.

d) O problema dos menores, depois da rebelião, têmprovocado muitas discussões.

e) De onde proveio, de repente, os recursos para acampanha?

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Regência VerbalLín

gua P

ortug

uesa RRRRRegência Vegência Vegência Vegência Vegência Verbalerbalerbalerbalerbal

Do ponto de vista sintático, você já deve ter percebido que há palavras que exigem a presença de outras, a fim de quepossa completar-lhes o sentido.

Assim, quando uma dessas palavras, que podem ser verbos ou nomes, exigir a presença de outras, ela será o termoregente, e as que lhe completarem o sentido chamaremos de termo regido. Quando o termo regente é um verbo, ocorrea regência verbal e é isso que você irá estudar nesta unidade.

Em virtude de alguns verbos apresentarem diferenças de sentido, eles podem causar dificuldade em relação àsdistintas regências exigidas pelas normas da língua culta. É por esta razão que estudaremos a regência específica dos verbosmais empregados na língua oral e escrita.

REGÊNCIA VERBALObserve:

- As crianças gostam de chocolate. V.T.I. O.I.

Termo Regente Termo RegidoCompare:

- As crianças têm necessidade de carinho. O.D. Complemento

Substantivo Nominal Termo Regente Termo Regido

Assim:Se o termo regente é um verbo → regência verbalSe o termo regente é um nome (substantivo, adjetivo,

advérbio) → regência nominal.A regência verbal, então, trata das relações dos verbos

e seus complementos, os quais podem estar ligados comou sem o auxílio de preposição. Existem verbos queadmitem mais de uma regência, dependendo do sentidoem que são empregados ou, simplesmente, porque a línguaadmite mais de uma construção com eles.

Antes, porém, vale lembrar que os pronomes o, a,os, as serão complementos dos verbos transitivos diretos.O pronome lhe será sempre complemento dos verbostransitivos indiretos.

Eis, a seguir, alguns verbos e suas respectivas regências.ASPIRARa) Com o sentido de respirar, sorver, cheirar, é transitivo

direto.Exemplo:Aspirava a fumaça do charuto.

b) Com o sentido de desejar, pretender, é transitivoindireto e não admite a forma pronominal lhe(s).

Exemplos:Aspiro ao cargo de gerente.Aspiro a ele.

ASSISTIRa) Com o sentido de presenciar, ver, é transitivo indiretoe não admite a forma pronominal lhes(s).Exemplos:Assistimos a um bom espetáculo esta noite.Assistimos a ele.b) Com o sentido de socorrer, ajudar, prestarassistência, é transitivo diretoExemplo:A enfermeira assistia o enfermo.c) Com o sentido de morar, habitar, residir, éintransitivo, pois costuma vir acompanhado de um adjuntoadverbial.Exemplo:Assistia em São Paulo.d) Com o sentido de caber, ser de direito, é transitivoindireto, admitindo a forma pronominal lhe(s):Exemplo:Não lhe assiste o direito de reclamar.CHEGAR, IR E VIR

Se empregados juntamente com o adjunto adverbialde lugar pedem a preposição a.Exemplo:Vou ao cinema.O navio chegou ao porto no horário marcado.NOTEDeve ser empregada a preposição em para aindicação do meio de locomoção.Exemplo:As jogadoras chegaram no vôo das dez.CHAMARa) Com o sentido de convocar, fazer vir, é transitivodireto.

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Regência VerbalLíngua Portuguesa

Exemplo:Ela chamou o aluno para a sua sala.b) Com o sentido de apelidar, dar nome, qualificar,

admite as construções abaixo:Exemplos:O povo chamava-o maluco.O povo chamava-lhe maluco.O povo chamava-o de maluco.O povo chamava-lhe de maluco.

CUSTARa) Com o sentido de ser difícil, deve ser conjugado apenas

na terceira pessoa do singular.Exemplo:Custa-me aceitar o fato.

b) Com o sentido de causar, provocar, acarretar, étransitivo direto e indireto.Exemplo:Esta decisão custou-lhe dores de cabeça.

c) Com o sentido de ter o valor de é intransitivo.Exemplo:O casaco custou trezentos reais.

ESQUECER E LEMBRAREstes verbos podem ser empregados de três formas:

a) Esqueci os trabalhos. Lembrei o acontecido (V.T.D.)b) Esqueci-me dos trabalhos. Lembrei-me do

acontecido. (V.T.D. e I)c) Esqueceram-me os trabalhos.

Neste caso, me é o objeto indireto e os trabalhosé o sujeito. O verbo está empregado no sentido de vir àmente ou fugir da memória.INFORMAR

Esses verbos são transitivos diretos e indiretos, istoé, terão um objeto direto (coisa) e um objeto indireto(pessoa) ou vice-versa.

Exemplos:Informei-lhe os fatos.Informei-o dos fatos.

NAMORARÉ transitivo direto.Exemplo:Paulo namora a moça mais bonita da classe.(Nunca: namora com a moça)

NECESSITARCom o sent ido de precisar , pode ser,indiferentemente, transitivo direto ou indireto.Exemplos:Necessitava alguns dias para pensar.Necessitava de alguns dias para pensar.

OBEDECER E DESOBEDECERSão sempre transitivos indiretos.Exemplo:Sempre obedecia aos mais velhos. Sempre lhesobedecia.É necessário obedecer aos sinais de trânsito. Ënecessário obedecer-lhes.

PAGAR E PERDOARPedem objeto direto de coisa e indireto de pessoa.Exemplos:O motorista pagou o conserto. ( Pagou-o)O motorista pagou ao mecânico. (Pagou-lhe)Jesus perdoa o pecado. (Perdoa-o)Jesus perdoa ao pecador. (Perdoa-lhe)

QUERERa) Com o sentido de desejar, ter vontade de, é transitivodireto:Exemplos:Quero uma boa explicação para isto. (Quero-a)b) Com o sentido de ter amizade, amar, é transitivoindireto:Exemplos:Confessou, finalmente, que queria muito ao enteado.(Confessou que lhe queria muito)SIMPATIZAR E ANTIPATIZAR

São transitivos indiretos e vêm acompanhados dapreposição com:Exemplos:Ela imediatamente simpatizou com o novofuncionário.NoteNunca estes verbos devem ser empregados compronome.Exemplo:Não me simpatizei com aquela moça.

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Regência VerbalLín

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VISARa) Com o sentido de objetivar, almejar, ter por

finalidade, é transitivo indireto e não admite pronomelhe(s).Exemplo:Visamos ao progresso da cidade. ( Visamos a ele)

b) Com o sentido de mirar, apontar arma ou pôr sinalde visto em, é transitivo direto.Exemplos:O gerente visou os documentos. ( visou-os)Visei os novos passaportes. (visou-os)O caçador visou o alvo. ( visou-os)

Luís Fernando Veríssimo constrói o humor da tira a partir da regência e dos sentidos do verbo pagar.Observar o sentido que se obtém com as preposições pelo e para.

Corrija, se necessário, as frases que seguem quanto àregência verbal.

a) O governador assistiu a inauguração.b) Os namorados aspiravam a brisa da tarde.c) Todos aspiram uma vida melhor.d) Respeito meu pai e não pretendo desobedecê-lo.e) Não consegui assistir o filme direito.

Resposta comentada:a) O verbo assistir, no sentido de "ver", "presenciar" é

transitivo indireto. Por esta razão exige preposição indicadapela crase.Resposta - O governador assistiu à inauguração.

b) O sentido do verbo "aspirar", nesta frase, é o de "sorvero ar", "respirar", portanto é transitivo direto. A frase estácorreta.

c) Em "c" o sentido de "aspirar" é o de "almejar", "desejar",portanto o verbo é transitivo indireto e exige preposição.Resposta - Todos aspiram a uma vida melhor.

d) O verbo "desobedecer" será sempre transitivo indireto eseu complemento só poderá ser o pronome LHE.Resposta - Respeito meu pai e não pretendodesobedecer-lhe.

e) O verbo "assistir", no sentido de "ver", "presenciar" étransitivo indireto e exige preposição. É o mesmo casoda alternativa "a".Resposta - Não consegui assistir ao filme direito.

Assinale a alternativa que substitui corretamente as palavrasem destaque:

I) Assistimos à inauguração da piscina.II) O governo assiste os flagelados.III) Ele aspirava a posição de destaque.IV) O beija-flor aspirava o aroma das flores.V) O aluno obedece aos mestres.a) lhe, os, a ela, a ele, o;b) a ela, os, a ela, o lhes;c) a ela, os, a, a ele, os;d) a ela, a eles, lhe, lhe, lhes;e) lhe, a eles, a ela, o, lhes.

Resposta comentada: O verbo "assistir" em I, emboratransitivo indireto, não admite o pronome "lhe". Em II, omesmo verbo é transitivo direto, pois está empregadono sentido de "cuidar", portanto seu complemento sópode ser mesmo o(s) ou a(s). Em III, temos o verbo"aspirar" que não admite também o pronome "lhe". Em

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Regência VerbalLíngua Portuguesa

seu lugar, emprega-se "a ele" ou "a ela". Em IV, o sentidode "aspirar" é o de "cheirar", portanto transitivo direto. Naúltima frase, o verbo "obedecer" que sempre será

transitivo indireto e só admite o pronome "lhe" comocomplemento. Resposta - b) a ela, os, a ela, o, lhes.

LEITURA E INTERPRETAÇÃOMAL-ENTENDIDO

Os dois garotos brincam na praia. Um branquinho,queimado de sol, os olhos claros, quase negro tamanhosol toda manhã. O outro, negrinho retinto de avós na senzala,de família no morro. Os dois descem à praia diariamente.O primeiro, de um nono andar, apartamento de frente,tapete no chão, lustres de cristal de muitas bocas, orgia deespelhos nas paredes. O outro, de um morro qualquer,barraco de madeira com São Jorge enfeitado de flor, um"dois-dois" de barro pintado, vaso de arruda na porta. Osamigos se encontram à hora certa, camaradagem de pé naareia igualitária. O primeiro traz bola. O segundo traz jogo.O primeiro é bem nutrido, atestado vivo de que caldo devitamina batido em liquidificador é mesmo bom. 0 segundoé fino e sujo, os dentes inexplicavelmente claros e fortes, oriso irreverente, a gaforinha de areia sempre renovada naspelejas da praia. Paulinho chama-se um, porque o avô foiPaulo e com ele começou a fortuna da casa. O outro chama-se Jorge, porque Ogum é padrinho.

Descem os dois todo dia. Quando Paulinho vemacompanhado pelos pais, Jorginho assiste, com um graveolhar de técnico aposentado, a pelada em que a censurafamiliar não deixa preto se meter. Quando Paulinho vem sócom a empregada - e é quase sempre - nem é preciso pedirlicença. Jorginho tem lugar seguro, que ele é o artilheiro-mor da vizinhança. E a pelada se prolonga. Por ele, a manhãtoda, a tarde toda, a vida toda. Não tem escola, não temcompromissos. Amendoim torrado ele só vende é mesmoà noite, ora à porta do Rian, ora do Roxy. Mas ao fim dameia hora, de uma hora, a pelada vai se desfazendo. Parentese empregadas vêm recolher os futuros Garrinchas, os Pelése Zagalos em formação. Paulinho fica mais tempo. E quandoestá só, ele e Jorginho descansam na areia. Inseparáveis napelada - Paulinho arma o jogo, Jorginho apanha o couro earremata de maneira inapelável - uma funda rivalidade ossepara em tudo mais. Nunca se entendem. Porque Paulinhoé importante, Jorginho um coitado. Paulinho vai à escola àtarde, de Cadillac. Jorginho vende amendoim na boca danoite. Oito anos, Paulinho. Nove anos, Jorginho.Reconhecendo a superioridade incrível do negro, no bate-bola, reclamando a sua colaboração, garantidora de tentos,Paulinho se vinga depois. E com a sua falta de diplomacia,tão própria da idade, faz valer os seus títulos, para humilharo companheiro.

- Tua casa tem tapete no chão?

Resposta negativa de Jorge.- A minha tem. Até no quarto da empregada.E continua:- Tem lustre de cristal? Jorginho pergunta o que é. Paulinho explica. Jorginho,

não tem. Luz no seu barraco vem dos fifós. Um vidro desal de fruta, outro de Phymatosan.

- Teu pai tem sítio em Petrópolis?- Não - responde sério Jorginho.- O meu tem... Teu pai tem usina em Campos?- Não.- O meu tem.- Teu pai tem iate?- Não.- O meu tem.- Quantos apartamentos teu pai tem?- Nenhum.- O meu pai tem dez. Só em Copacabana. 0 resto é

na Tijuca. Jorginho baixa os olhos, acaricia o monte de areiaque está juntando.

- Teu pai tem televisão? Nos olhos de Jorginho passauma nuvem de tristeza. Nem responde.

- O meu tem - informa Paulinho.Apanha a bola molhada, procura limpá-la dos

grãozinhos de areia, pergunta de novo:- Teu pai é deputado?Jorginho não sabe o que seja aquilo, mas já diz que

não, pelas dúvidas. Deve ser coisa importante.- Teu pai tem automóvel?Jorginho sorri tristemente, negando.- O meu tem - diz novamente em triunfo o garoto

bem-nascido.- O meu tem. Um JK 61 que eu vou na escola, um

62 que ele vai pra cidade, o OIdsmobile da mamãe, acamioneta do sítio, pra gente ir pra Petrópolis.

Jorginho está completamente esmagado. Paulinhosorri, orgulhoso. E agora ele nem pergunta mais, apenasinforma:

- O meu pai tem quarenta ternos de roupa, o teu nãotem...

Jorginho sente-se o menor dos moleques do morro.- O meu pai tem três casas de campo, o teu não

tem!Jorginho sente-se o menor dos moleques do Brasil.- O meu pai tem mais de cem milhões de cruzeiros,

garanto que o teu não tem!Jorginho sente-se o menor dos moleques do mundo.- O meu pai é amigo do Governador, o teu não é,

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Regência VerbalLín

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pronto!Jorginho sente-se o menor de todos os mortais.

Mas Paulinho ainda não está satisfeito.- O meu pai tem retrato no jornal, o teu não tem, tá!É quando Jorginho pula vitorioso. Dessa vez tem

resposta. Retira do bolsinho do calção rasgado um pedaçoamarfanhado de jornal. Exibe-o, peito cheio, orgulhoso noolhar.

- Isso não! O meu pai também tem.E em tom de desafio, irretorquível:- Tu pensa que é só teu pai que é ladrão?Zona Sul, in: TELES, Gilberto M. (org) Seleta. Rio deJaneiro, José Olympio; Brasilia, INL, 1973, p. 53-55Sobre o texto:

a) Qual a grande diferença que separa os dois meninos?b) No primeiro parágrafo é mostrada a superioridade e

''tarimba'' que o negro tem no bate-bola. Aponte a possívelintenção do narrador em ressaltar essa habilidade deJorginho.

c) Que elementos o narrador utiliza na descrição de Jorginhocomo indicadores culturais de sua origem?Reescreva as frases seguintes, substituindo o que estiverem destaque pelos verbos entre parênteses. Observe aregência verbal.

a) Esse aparelho não consegue absorver todo o pó.(aspirar)

b) Todos desejam ardentemente a felicidade. (aspirar)c) Vá presenciar os ensaios da peça. (assistir)d) Vários voluntários dão assistência aos flagelados das

enchentes. (assistir)e) Compete a todos o direito de reivindicar melhores

salários. (assistir)f) É difícil para mim entender regência. (custar)g) Não se submeta à vontade de seus pais.

(desobedecer)Reescreva as frases que seguem, completando-as comos pronomes adequados de 3ª pessoa.

a) O funcionário não __________ respeitava e nem___________ obedecia.

b) Você já assistiu a este espetáculo? Sim, já assisti _______.c) Atualmente você ainda aspira a este cargo? Sim, aspiro

________.d) Você já ________ informou o ocorrido?e) Você já _________ informou do ocorrido?

Reescreva as frases a seguir, substituindo os verbosdestacados pelos verbos indicados para cada grupo defrases, fazendo as adaptações necessárias.

- Assist ira) Você viu o jogo final do Campeonato Mundial de Tênis?b) O rapaz socorreu as vítimas do acidente.- Aspirarc) Nas grandes cidades industriais, a população respira

um ar poluído e insuportável.d) Desejo sucesso.

As frases abaixo apresentam erros de regência.Reescreva-as, corrigindo.

a) O trem chegou muito cedo em Sorocaba.b) Depois do jantar, foram no cinema.c) Lúcia gostaria muito de namorar com Paulo.d) Ele nunca obedecia o professor.

Assinale a opção que apresenta erro quanto à regência.a) Não é permitido a professor assistir o aluno durante a

prova.b) Aspiramos a um futuro melhor.c) O jogo foi bom; ótimo público assistiu-o.d) Nunca assisto à televisão.e) Visou o documento com caneta de tinta preta.

Em relação à regência verbal, assinale a alternativa errada:a) Responderemos à crise com a coragem e o otimismo

necessário.b) Todos aspiramos à paz e ao progresso social.c) Preferimos a mudança do que alienação.d) Nosso século assiste a cenas de profunda violência.e) Informaram-no de que a crise cultural é determinante do

desenvolvimento.Ele aspirava _______________ cargo desuperintendente, muito embora não tivesse aptidão____________ isso.

a) ao - ab) a - comc) ao - parad) o - parae) o - a

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Regência VerbalLíngua Portuguesa

Os pronomes substituem corretamente as expressõesdestacadas na alternativa:

1. Tanto um como o outro visavam ao cargo.2. Nunca perdoou aos parentes a falta de apoio.3. Consegui, no final de semana, ver os filmes indicados

e assistir à peça.a) a ele, lhes, los, a ela;b) a ele, o, lhes, la;c) lhe, os, lhes, lhes;d) no, a eles, lhes, la;e) o, lhes, los, ela.

0 9 PROPOSTA DE REDAÇÃOA partir do texto lido nesta unidade, reflita sobre a questãoracial no Brasil e faça um texto dissertativo sobre oseguinte tema: "A situação social do negro no Brasil."Depois de escrevê-lo, faça uma leitura criteriosa parafazer as correções necessárias. O tema é bem sugestivopara debatê-lo em um seminário organizado pela própriaturma.

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(UEPG - PR) Indique a opção em que o verbo ASPIRARtem o mesmo significado do empregado em:

- É conveniente, em tais situações, aspirar o ar da montanha.a) Aspiro a uma outra situação.b) O cargo a que aspiro é alto.c) Ele sempre aspirou voltar às montanhas.d) Você aspirou éter?e) Você aspira à carreira militar?

(CEFET -PR) Assinale a alternativa que não permite asduas regências.

a) Assisti ao filme ontem. / Assisti-o ontem.b) Aspirou ao emprego. / Aspirou a ele.c) Quero muito a José. / Quero-lhe muito.d) Esqueci o caderno. / Esqueci-me do caderno.e) Informo-o de que sairei. / Informo-lhe que sairei.

(FOC - SP) Assinale a frase onde a regência do verboassistir está errada:

a) Assistimos um belo espetáculo de dança a semanapassada.

b) Não assisti à missa.c) Os m édicos assistiram os doentes durante a epidemia.d) O técnico assistiu aos jogos dos adversários.

(UECE) Assinale a opção em que o verbo chegarapresenta a regência censurada pela gramática normativa:

a) Ele chegou na hora do almoço.b) Ao chegar a casa, o filho pródigo foi bem recebido.c) Era muito tarde quando cheguei ao colégio.d) O noivo chegou atrasado na igreja.

(ACAFE - SC) Assinale com V as alternativas em que aregência verbal está correta e com F as em que a regênciaverbal está incorreta:

( ) Perdoou-o de todas as faltas cometidas no passado.( ) Não podemos simpatizar com idéias tão esdrúxulas.( ) Os pais, deves obedecê-los sempre naquilo que for justo.( ) Visava aquela posição há muito tempo.( ) O delegado determinou que se procedesse ao inquérito.( ) Custou-lhe muito conseguir os bens que hoje possui.a) V, F, F, V, V, Fb) F, V, F, F, V, Vc) V, V, F, V, F, Fd) F, F, V, F, V, Ve) F, V, V, F, F, V

(UCPEL - RS) Assinale a opção que apresenta erroquanto à regência.

a) Não permitiram o médico assistir seu p-aciente.b) Aspiramos a uma vida melhor.c) Um grande público assistiu o jogo.d) Nunca assisto a filmes de terror.e) Virou o passaporte depois de conferir as informações.

(FEI - SP) Identifique a alternativa em que a regênciaverbal não está correta:

a) O promotor procedeu à leitura da acusação.b) A maioria dos trabalhadores da empresa assiste nas

imediações da fábrica.c) Assisti a cena perplexa.d) Assisto no Rio há três anos.e) Sempre visamos o alvo para vencer as competições.

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(UNICENTRO - PR) Que alternativa (s) está (ão)correta (s) quanto à regência verbal e acentuação gráfica.

01- Prefiro morrer a ser súdito de um déspota.02- Prefiro viajar de táxi do que de ônibus.04- Prefiro muito mais argüir a depor.08- Prefiro a tainha ao bagre-da-lagoa.

16- Prefiro mil vezes passar as férias em Jacarezinho do queem Curitiba.

32- Prefiro antes ficar com os anéis do que nada possuir.64- Prefiro os itens de matemática do que os de física.

RESPOSTA :

7

Pontuação

1

Língua PortuguesaPPPPPontuaçãoontuaçãoontuaçãoontuaçãoontuação

Nesta unidade, você verá os sinais de pontuação e as normas que marcam, na escrita, as pausas necessárias ao bomentendimento do texto. A ausência desses sinais no texto ou, ainda, a pontuação feita de forma inadequada podem causardanos que vão da incompreensão à ambigüidade do que se deseja transmitir.

Assimilar algumas dessas normas é, portanto, uma necessidade para todos que desejam chegar à produção de umtexto claro e objetivo.

PONTUAÇÃOSinais de pontuação são sinais gráficos empregadosna língua escrita para tentar reconstituir determinadosrecursos específicos da língua falada.São eles: o ponto (.)o ponto de interrogação ( ? )o ponto de exclamação ( ! )a vírgula (,)o ponto e vírgula ( ; )os dois pontos ( : )as aspas (" ")o travessão ( − )as reticências ( . . . )os parênteses ( )Alguns sinais de pontuação servem, fundamen-talmente, para marcar pausas (o ponto, a vírgula, o ponto-e-vírgula); outros têm a função de marcar a melodia, aentoação da fala (ponto de exclamação, ponto deinterrogação, etc.)

PONTOÉ utilizado para encerrar qualquer tipo de período,exceto os terminados por orações interrogativas ouexclamativas.Exemplos:Eu sou estudante.Meu filho foi embora e eu não vi.Observação: O ponto é também usado para indicarabreviação de palavras.Exemplos: Sr., Sra., V. Exª.

PONTO DE INTERROGAÇÃOÉ usado no fim de orações interrogativas diretas. Nuncaé colocado no fim de uma interrogativa indireta.Exemplos:

- Entendeu?- Posso sair agora?- Será que vai chover?

PONTO DE EXCLAMAÇÃOÉ colocado após determinadas palavras, como asinterjeições e orações enunciadas com entoaçãoexclamativa. Denota entusiasmo, alegria, dor, surpresa,espanto, ordem, etc.Exemplos:- "Deus! ó Deus!" (C. Alves)- "- Puxa, que cãibra!" (V. de Moraes)- Olá!- Bom dia!- Não saia!

DOIS PONTOSTêm a função básica de introduzir uma citação, umaenumeração ou um esclarecimento. Os dois pontosmarcam uma sensível suspensão da melodia de uma frasepara introduzir algo bastante importante. Podem serutilizados para:a) dar início da fala ou citação textual de outrem:

- Já dizia o poeta: "A vida é a arte do encontro..."- "A porta abriu-se, um brado ressoou:- Até que enfim, meu rapaz!"(Eça de Queirós)b) dar início a uma seqüência que explica, esclarece,identifica, desenvolve ou discrimina uma idéia anterior.Exemplos:- Descobri a grande razão da minha vida: você.- Estava muito magro: perdeu 20 quilos.

PONTO E VÍRGULAMarca uma pausa intermediária entre o ponto e avírgula. Por ser um sinal intermediário, fica difícil sistematizarseu emprego. Entretanto, há algumas normas para suautilização.

a) Separar orações coordenadas quando uma delas já temvírgula no seu interior.Exemplos:- Ela prefere cinema; eu, teatro.

Pontuação

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esa- Não estava magra, estava transparente; era impossívelque não estivesse doente.b) Separar orações coordenadas que se opõem quanto aosentido.Exemplos:- Uns gritavam; outros silenciavam.- Muitos se esforçam; poucos triunfam.c) Separar orações coordenadas que tenham certa extensão.Exemplo:- Os excelentes jogadores de futebol olímpico reclamaramcom razão das constantes críticas do técnico; porém, oteimoso técnico ficou completamente indiferente aosconstantes pedidos.d) Separar itens de um considerando ou de umaenumeração.Exemplo:Considerando:a) a alta taxa de desemprego do país;b) a excessiva alta de preços;c) a recessão econômica.RETICÊNCIAS

Marcam uma interrupção da seqüência lógica da frase,antes que ela tenha chegado ao seu fim. Geralmente sãoempregadas para:a) indicar partes do texto que foram suprimidas.Exemplo:- "O sertanejo é ( . . . ) um forte. (Euclides da Cunha - OsSertões)b) indicar dúvida, surpresa, hesitação:Exemplo:- Não sei... talvez... logo te digo...PARÊNTESES

São empregados para isolar palavras, expressões oufrases que não se encaixam na seqüência lógica doenunciado.Exemplo:- Aborrecido, aporrinhado, recorri a um bacharel(trezentos mil réis, fora despesas miúdas comautomóveis, gorjetas, etc.) e embarquei vinte quatro horasdepois ( . . . )'' (Graciliano Ramos - São Bernardo)VÍRGULA

É o sinal de pontuação que indica uma pausa de curtaduração, sem marcar o fim do enunciado. Pode serempregada para separar termos de uma oração ou paraseparar orações de um período.

VÍRGULA NO INTERIOR DA ORAÇÃOA ordem normal dos termos de uma oração é aseguinte: sujeito - verbo - complementos do verbo -adjuntos adverbiais.Usa-se a vírgula no interior da oração para:a) Marcar intercalações: os termos que se intercalamna ordem direta, quebrando a seqüência natural da frase,devem vir isolados por vírgulas.

- Aposto intercaladoExemplo:Sócrates, ex-jogador do Corinthians, atualmentenão joga. � ApostoExpressões de caráter explicativo ou corretivoExemplo:A sua atitude, isto é, o comportamento na aulamerece elogios. � Expressão explicativa

- Conjunções coordenativas intercaladasExemplo:A sua atitude, no entanto, causou sérios problemas.

�conj. coordenativa intercalada- Adjuntos adverbiais intercaladosExemplo:

Os candidatos, naquele dia, receberam a imprensa. � adj. adv. intercalado

Atenção: Se o adjunto adverbial for de pequenaextensão (um simples advérbio, por exemplo), não se usavírgula.Exemplo: Os candidatos sempre receberam aimprensa.b) Marcar termos deslocados- Adjunto adverbial antepostoExemplo:

Naquele dia, os candidatos fizeram aprova.Atenção: Se o adjunto adverbial for um simplesadvérbio, a vírgula é dispensável.Exemplo:Hoje os candidatos fizeram a prova.

- O nome do lugar na indicação de datasExemplo:Curitiba, 11 de julho de 1994.

Pontuação

3

Língua Portuguesac) Marcar a omissão de uma palavra (geralmente o verbo)

Exemplo:- Ele prefere cinema; e eu, teatro. (prefiro)d) Marcar o vocativo

Exemplo:"Amigos, a ordem é a base do governo." (Machado

de Assis)e) Marcar enumerações

Exemplo:- O quarto tinha uma cama, uma cadeira e uma

cômoda.Atenção

a) Se os termos coordenados estiverem ligados peIasconjunções e, ou, nem, não se usa a vírgula.Exemplo:

- Não foi à igreja nem à escola.b) Se essas conjunções vierem repetidas para dar

ênfase, usa-se a vírgula.Exemplo:

- E os pais, e os amigos, e a vida magoaram-no muito.VÍRGULA ENTRE ORAÇÕESa) Orações subordinadas adjetivas explicativas.

Exemplo:- O homem , que é um ser racional, vive pouco.b) Orações subordinadas adverbiais

Exemplo:- Quando o cantor entrou no palco, todos aplaudiram.c) Orações coordenadas sindéticas, exceto as iniciadas pela

conjunção e, separam-se por vírgula.Exemplo:

- Cheguei, pedi silêncio, aguardei alguns segundos ecomecei a aula.

d) Orações intercaladasExemplo:

- Eu, disse o professor, não concordo.

Atenção

A vírgula pode ser usada antes da conjunção e quando:a) as orações coordenadas tiverem sujeitos diferentes.

Exemplo:- Os ignorantes falavam demais, e os sábios se mantinham

em silêncio.b) quando a conjunção e vier repetida enfaticamente

(polissíndeto).Exemplo:

- E volta, e recomeça, e se esforça, e consegue.ASPAS

Empregam-se aspas para:a) isolar citação textual.

Exemplo:- Olhem aqui, vejam se isso é poesia: "É preciso fazer um

poema sobre a Bahia... Mas eu nunca fui lá." (F. Sabino)b) isolar palavras ou expressões estranhas à língua culta, tais

como: gírias e expressões populares,estrangeirismos, neologismos, arcaísmos, etc.Exemplo:

- “Rachas" provocam mortes nas ruas. (VEJA)c) mostrar que uma palavra está em sentido diverso do

usual (geralmente, em sentido irônico).Exemplo:

- Fizeste "excelente" serviço.d) pode-se ainda utilizar para dar destaque a uma palavra ou

expressão.Exemplo:

- Vamos estudar o "porquê".

TRAVESSÃOÉ empregado basicamente em dois casos:

a) para indicar a mudança dos interlocutores nos diálogos.Exemplo:"- De quem são as pernas?- Da Madalena, respondeu Gondim.- Quem?- Uma professora. Não conhece? Bonita.

Pontuação

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esa- Educada, atalhou João Nogueira."(Graciliano Ramos - São Bernardo)

b) para destacar palavras, expressões ou frases (duplotravessão)Exemplo:O ministro - profundo conhecedor do mercado

internacional - está consciente das dificuldades.

0 1

Observação

O duplo travessão substitui a dupla vírgula, sobretudoquando se quer dar ênfase ou destaque ao termo destacado.

Também nas orações intercaladas pode-se fazer usodo duplo travessão.

Exemplo:Eu - disse o eminente jurista - não aceito tal decisão.

Observe no 1° quadrinho o emprego da vírgula isolando o vocativo Mafalda, além do sinal de interrogaçãopara marcar a pergunta.

No 2° quadrinho há outro vocativo isolado pela vírgula: Manolito. Observe também que a expressãoexplicativa quer dizer, aparece isolada pela vírgula.

Pontue devidamente as frases abaixo:a) O aluno daquele professor foi censurado durante a aula.b) Conduziram-me à Direção, mas só consegui falar com

o diretor meia hora depois.c) Minha turma estava muito agitada, quando o professor

chegou.d) Aninha, saia daqui!e) A mãe abraçou a filha, e o farmacêutico aplicou a injeção.

Resposta comentada:a) Temos apenas uma frase declarativa. Basta o ponto final.b) Usa-se a vírgula antes das conjunções coordenativas.c) Observar que se usou a vírgula para separar uma oração

subordinada adverbiald) Os vocativos devem ser separados pela vírgula. A

exclamação foi empregada porque a entonação da fraseexigiu.

e) Emprega-se a vírgula antes da conjunção e, quando elaliga orações com sujeitos diferentes, principalmente nosperíodos longos.

Assinale a frase que apresenta pontuação incorreta:a) Curitiba, 4 de setembro de 2003.b) Não o magoei, isto é, não pretendia magoá-lo.c) Não se incomodem, amigos, essas coisas são normais.d) Eles haviam comprado a casa, a mobília, o carro, e a

passagem de férias.e) Pelé, o rei do futebol, não joga mais.

Resposta comentada - O erro está no emprego da vírgulaantes do e , na alternativa d. Como se sabe, só se colocavírgula antes do e, quando ele separa orações com sujeitosdiferentes.

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Pontuação

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Língua Portuguesa

LEITURA E INTERPRETAÇÃORECORDO AINDA

Recordo ainda... E nada mais me importa...Aqueles dias de uma luz tão mansaQue me deixavam, sempre, de lembrança,Algum brinquedo novo à minha porta ...Mas veio um vento de DesesperançaSoprando cinzas pela noite morta!E eu pendurei na galharia tortaTodos os meus brinquedos de criança ...Estrada afora após segui... Mas ai,Embora idade e senso eu aparente,Não vos iluda o velho que aqui vai:Eu quero meus brinquedos novamente!Sou um pobre menino... acreditai...Que envelheceu, um dia, de repente!...QUINTANA, Mário. Poesias. Porto Alegre, Globo,

1962. p. 7-8

Sobre o texto:a) O recado do poema é otimista, pessimista ou nostálgico?

Por quê?b) Com que verso o poeta afirma seu desejo de voltar aos

tempos de menino? Transcreva-o.c) Qual destas palavras melhor exprime o tema do poema:

revolta, saudade ou dor?d) No primeiro quarteto o emissor relembra que os dias

de sua infância eram calmos e brandos. Transcreva overso que melhor o exprime.

e) No segundo quarteto, o leitor já pode perceber um climade desengano. Quais as palavras que o sugerem?

f) O que exprime a interjeição ai no primeiro terceto?Assinale a alternativa que não apresenta erro de pontuação:

a) O assunto da conferência é a crise econômica; o tema,as causas do fracasso do Plano Cruzado.

b) Foram à feira de artesanato; que ficava aberta aosdomingos.

c) "Meu filho não se aproxime das feras", gritou a mãe,apavorada.

d) "Estava solitário, mas não triste; lembrei o velho dito dosbêbados, a noite, ainda é uma criança." (Rubem Braga)

e) Hoje, eu daria um conselho: menos reclamação e, maisação.

Assinale o período de pontuação correta.a) Permita-me, portanto cumprimentá-lo, por tão brilhante

desempenho.b) Permita-me, portanto, cumprimentá-lo por tão, brilhante

desempenho.c) Permita-me portanto, cumprimentá-lo, por tão brilhante

desempenho.d) Permita-me portanto, cumprimentá-lo por, tão brilhante

desempenho.e) Permita-me, portanto, cumprimentá-lo por tão brilhante

desempenho.Assinale alternativa que corresponde ao período depontuação correta:

a) O sinal, estava fechado; os carros, porém não pararam.b) O sinal, estava fechado: os carros porém não pararam.c) O sinal estava fechado; os carros porém, não pararam.d) O sinal estava fechado: os carros porém não pararam.e) O sinal estava fechado; os carros, porém, não pararam.

Pontue adequadamente as frases a seguir, usando a vírgula.a) Em lugar do pluralismo partidário portanto optou-se por

oligarquias partidárias pois as outras agremiações em fasede criação pouco diferem do PDS.

b) Para pôr fim às especulações o candidato da Aliança deveriarevelar de imediato suas intenções no campo da políticaeconômica.

c) "Meu antigo patrão Salustiano Padilha que tinha levadouma vida de economias indecentes para fazer o filhodoutor acabara morrendo do estômago e de fome semver na família o título que ambicionava." (GracilianoRamos)

d) As casas são navios que enquanto mergulhamos no sonolevantam âncora para a travessia da noite.

e) "Conforme declarei Madalena possuía um excelentecoração." (Graciliano Ramos)Aponte a alternativa pontuada corretamente:

a) Com as graças de Deus vou indo mestre José Amaro!b) Com as graças de Deus, vou indo mestre José Amaro!c) Com as graças de Deus, vou indo, mestre José Amaro!d) Com as graças, de Deus, vou indo, mestre José Amaro!e) Com as graças, de Deus, vou indo mestre, José Amaro!

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Pontuação

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Na frase abaixo, os dois pontos poderiam ser substituídospor uma vírgula, explicitando-se nexo entre as oraçõespela conjunção:"Podem acusar-me: estou com a consciência tranqüila."

a) portanto;b) e;c) como;d) pois;e) embora.

Identifique a opção em que está corretamente indicada aordem dos sinais de pontuação que devem substituir osasteriscos da frase a seguir:

0 7 "Quando se trata de trabalho científico * duas coisas devemser consideradas * uma é a contribuição teórica que otrabalho oferece * a outra é o valor prático que possa ter.

a) Dois-pontos, ponto-e-vírgula, ponto-e-vírgula.b) Dois-pontos, vírgula, ponto-e-vírgula.c) Vírgula, dois-pontos, ponto-e-vírgula.d) Ponto-e-vírgula, dois-pontos, ponto-e-vírgula.e) Ponto-e-vírgula, vírgula, vírgula.

PROPOSTA DA REDAÇÃO.Reúna as suas melhores lembranças e escreva um textonarrativo, contando sobre elas. Você pode narrar em 1ªou em 3ª pessoa. Depois, se a turma considerarinteressante, pode-se organizar uma "sessão de nostalgia",a fim de que se possam recuperar momentosinteressantes da história de cada um.

0 80 9

(U.N.E.P.G - PR) Assinale o período mais bem pontuado.a) As montanhas quando vistas cá de baixo assumem uma

coloração azulada.b) As montanhas, quando vistas, cá, de baixo assumem

uma coloração azulada.c) As montanhas quando vistas, cá de baixo assumem uma

coloração azulada.d) As montanhas, quando vistas cá de baixo, assumem uma

coloração azulada.e) As montanhas quando, vistas cá de baixo assumem,

uma coloração azulada.(ITA - SP) Dadas as sentenças:

1) Os pecadores, que se arrependem, alcançam o perdãode Deus.

2) A História, diz Cícero, é a mestra da vida.3) As referidas cartas, ainda estão em meu poder.

Deduzimos que:a) apenas a sentença número 1 está correta;b) apenas a sentença número 2 está correta;c) apenas a sentença número 3 está correta;d) todas estão corretas;e) n.d.a.

(UEL - PR) Os períodos abaixo apresentam diferença depontuação. Assinale a letra que corresponde ao períodode pontuação correta.

a) Será que ele ainda não entendeu o recado que lhe mandei?b) Será, que ele ainda não entendeu, o recado que lhe

mandei?c) Será que ele, ainda não, entendeu o recado, que lhe

mandei?

d) Será que ele, ainda não, entendeu o recado, que lhemandei?

e) Será, que ele ainda não, entendeu o recado, que lhemandei?Marque a alternativa correta.

a) José dos Santos paulista, 23 anos vive no Rio.b) José dos Santos paulista 23 anos, vive no Rio.c) José dos Santos, paulista 23 anos, vive no Rio.d) José dos Santos, paulista 23 anos, vive, no Rio.e) José dos Santos, paulista , 23 anos, vive no Rio.

(Faculdade de Medicina de Vassouras - RJ) Some osnúmeros dos conjuntos de orações pontuadascorretamente:

01) Não deixes de lutar irmão!Tu, és um pobre apaixonado apenas.

02) Uns vão ao mar; outros à serra,...Minha filha nasceu em março, e meu irmão em abril.

04) Por que estás triste, Marcelo?A Senhora, quer um cafezinho.

08) Sendo assim, retiro-me imediatamente.Ele gostava de dar pipoca às pombas nos dias de chuva.

16) Vós sabeis, que a sorte do mundo está em vossas mãos.O amor reaproximou-os, cessaram os dias detempestade.

32) Os alunos chegaram atrasados.Encontramos, o tesouro perdido.Cheguei, e saí rapidamente.

64) Mentindo, serás castigado.Nem eu nem você dormimos bem.

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0 5

Pontuação

7

Língua Portuguesa(UFPR) "Mensageira da idéia, a palavra é a mais belaexpressão da alma humana", emprega-se a vírgula para:

a) separar vocativo;b) indicar a elipse de um termo;c) separar elementos paralelos;d) separar aposto;e) separar uma oração adjetiva de valor restritivo.

(FEMPAR - PR) Quais os números entre parênteses queocupam o lugar de uma vírgula?

0 6 "A gramática descritiva (1) tal como a vimos encarando(2) faz parte da lingüística pura. Ora (3) como toda ciênciapura e desinteressada (4) a lingüística tem a seu lado (5)uma disciplina normativa (6) que faz parte do quepodemos chamar a lingüística aplicada (7) a um fim decomportamento social. Há assim (8) por exemplo (9)os preceitos práticos da higiene (10) que é independenteda Biologia".

a) 1-2-3-4-5-6-7-8-9-10.b) 1-2-3-4-6-8-9-10.c) 2-3-4-5-7-8-9.d) 1 -2-4-8- 9-10.e) 3-4-5-6-8-9.

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(UFMG) Assinale o período corretamente pontuado.a) O aluno deste professor, foi censurado pela falta ao

exame.b) “A morte é a libertação total. A morte é quando a gente

pode, afinal, estar deitado de sapatos.” (Mário Quintana)c) A minha turma ao chegar o dia da prova,se encontrava

muito nervosa.

d) Tranqüilos dizem: sempre menos do que escondem;brabos irritam o coração com palavras ásperas.

e) O amigo respondeu, que se soubesse, informaria, ondefica a prefeitura.

Coerência TextualLín

gua P

ortug

uesa Coerência TCoerência TCoerência TCoerência TCoerência Teeeeextualxtualxtualxtualxtual

Todo texto precisa ter unidade de sentido que pressupõe ir além das partes que o compõem, isto é, início, meio efim. O texto necessita de organização interna que, entre inúmeros aspectos, exige relação lógica entre as palavras e entreas idéias. Só assim é possível fazer dele um todo significativo que faça sentido para quem o lê.

Entre os aspectos que contribuem para dar ao texto essa seqüência de logicidade estão a coesão e a coerênciatextual, que você estudará nesta unidade.

COERÊNCIA TEXTUALTodo texto, em princípio, tem um destinatário: o leitor.

Quem o escreve, deve fazê-lo de forma a fazer sentidopara quem o lê. No entanto, muitas vezes ocorrem falhasnessa comunicação:a) do leitor - falta de informação sobre o assunto,

desconhecimento do vocabulário, etc.b) do narrador - falta de clareza na exposição das idéias,

desconhecimento das normas da língua, etc.Pode-se dizer que coesão e coerência são dois

aspectos de um mesmo fenômeno. Observe algunsmecanismos de coesão:a) o emprego adequado dos pronomes, das conjunções,

das preposições e dos artigos;b) o emprego adequado dos modos e tempos verbais;c) as construções adequadas dos modos e tempos verbais;d) o correto emprego do discurso direto, indireto e indireto

livre;e) o emprego adequado das palavras.

Sempre que estes mecanismos não são observados,certamente faltará coesão ao texto. Veja o exemplo abaixo:- Eu sou um atleta muito dedicado onde que tenho certeza

que vou trazer medalha pra galera.Agora, observe o mesmo texto organizado de forma

coesa:- Por ser um atleta muito dedicado, tenho certeza de que

vou trazer medalha ao meu país (ao Brasil, ao povobrasileiro, etc).Quando o narrador não emprega adequadamente os

recursos coesivos, o texto também se apresentará incoerente.Entretanto, a coerência diz respeito, sobretudo, a:a) organização do texto em relação a sua unidade: início,

meio e fim;b) adequação da linguagem de acordo com o propósito de

cada texto.Assim, pode-se direcionar a coerência textual para os

seguintes sentidos: semântica, sintática, estilística epragmática.

1 . Coerência semântica – observa-se a coerênciasemântica quando as partes do texto se harmonizampor meio da relação de sentido que se estabelece entreas palavras empregadas no texto. Nos trechos queseguem, este princípio não foi seguido, o que exemplificaa incoerência semântica.

- Cada uma das mocinhas não media mais que 1,50cm. Abaixeza, portanto, era um característica de família.A palavra baixeza é inadequada para o contexto. Em

seu lugar, dever-se-ia empregar baixa estatura.Ele não só estava atrasado para o vôo, mas também

seu motorista havia desaparecido no dia anterior.Observe que não há relação de sentido entre as partes

do texto.2 . Coerência sintática – a coerência sintática diz respeito

aos recursos sintáticos que a língua coloca a nossadisposição para podermos expressar a coerênciasemântica de que já falamos. Esses recursos são asconjunções e os pronomes, principalmente. Veja:A hora onde se deve ser feliz é agora.O emprego inadequado do recurso sintático onde

torna a frase sintaticamente incoerente, uma vez que estepronome só deve ser empregado quando fizer referência alugar. HORA não é lugar, assim é preciso dizer:

A hora em que se deve ser feliz é agora.3. Coerência estilística – a coerência estilística diz respeito

à adequação das palavras de acordo com o objetivo e ànatureza de cada texto. Comete incoerência estilística,por exemplo, quem emprega gírias ou palavras chulasem textos acadêmicos, em situações formais e assimpor diante. Observe:

1

Coerência TextualLíngua Portuguesa

Caro amigo, quase não acreditei quando me contaramque seu pai bateu as botas.4 . Coerência pragmática – a coerência pragmática diz

respeito à seqüência dos atos de fala. Se, por exemplo,alguém faz um pedido, uma solicitação a alguém, a respostapoderá ser:

- o atendimento ao pedido;- a promessa de cumpri-lo;- a recusa do pedido.

Veja:- Você me empresa R$ 500,00?- Hoje vi um cachorro atropelado na rua.Observe que a resposta nada tem a ver com a pergunta

formulada. Caso o narrador tenha a intenção de mostrarque o interlocutor finge não ouvir o pedido, isto deve estarexplícito no texto. Do contrário, temos um exemplo deincoerência pragmática.

Note como a personagem Mafalda faz uma ironia à falta da coerência do texto.

1. Indique as inadequações vocabulares observadas nasfrases a seguir, corrigindo-as:

a) O garoto resmungou aos berros contra as ordens damãe.

b) Os jornais denunciaram que o verão seria muito forte.c) Compareceram à reunião Jorge, Luísa, Vera, etc.d) O turista contemplava com desprezo a favela carioca.

Resposta:a) resmungou aos berros = protestou.b) denunciaram = anunciavam.c) não se emprega etc. com nome de pessoas = e outros

ou entre outros.d) completava com desprezo = ou se diz contemplava

com prazer ou via/observava com desprezo.

Sublinhe a(s) palavra(s) empregada(s) inadequadamente,sugerindo correção.

a) Cheia de água, a canoa mergulhou rapidamente.b) A gíria empobrece o dicionário do povo.c) Nos fins de semana, onde todos passeiam, sempre há

engarrafamentos.d) Apressada e em desespero, caminhava em direção do

hospital.e) O governo pensa no extermínio das empresas estatais.

Respostaa) = afundoub) = vocabulárioc) = quandod) = corriae) = extinção

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LEITURA E INTERPRETAÇÃO0 "S" DO PROBLEMA

PAULO MENDES CAMPOSO jovem engenheiro, desde estudante, dividira o

tempo entre os livros e os exercícios atléticos, do gêneroforça e saúde. Assim. quando viu que o encarregado daobra era um português que não tinha mais tamanho, gostou.Gostou porque os fortes se entendem e só confiam naforça. Mas uma soturna rivalidade foi também se criandoentre os dois. Que, entre dois fortes, fica infalivelmentesuspensa no ar a tentação de saber quem é o mais forte.Um dia, o engenheiro chamou o encarregado:

- Mande dois homens para arrancar a moldura doconcreto da laje.

O português sorriu com menoscabo:- Dois homens, doutor?! Eu cá num abrir de olhos

faço a coisa.E zás-trás, pIac-ploc, o encarregado foi arrancando

com violência as peças de madeira que protegiam oconcreto, enquanto o doutor o contemplava na fainahercúlea, entre embevecido e safado da vida. Aquilo lhechegava como desafio pessoal e ameaça à autoridade.

Três dias depois, parte-se a peça de ferro que prendea caçamba ao guincho. O engenheiro arranjou um bompedaço de ferro retilíneo e foi ao português:

- Faça um S com este ferro.O homem foi saindo com a barra na mão.- Ei, onde você vai?- Vou fazer o S no torno.O engenheiro tomou-lhe a barra.-Torno? Pra que torno?Zás-trás, plac-ploc, sob o olhar pasmado do

português, nosso amigo fez da peça de ferro um S perfeito.- Tome isto. E fique sabendo que quem manda aqui

sou eu! Tá?Sobre o texto:

a) "O jovem engenheiro, desde estudante, dividira o tempoentre os livros e os exercícios atléticos, do gênero forçae saúde."Nesta passagem, parece que narrador:1) critica o jovem engenheiro porque, como estudante,ele só devia estudar;2) ridiculariza o jovem engenheiro, porque força brutanão vai bem com capacidade intelectual;3) elogia o jovem engenheiro por fazer a união entrecompetência profissional e força física;

4) louva o jovem por aproveitar o tempo livre emexercícios atléticos, ao invés de ficar sem fazer nada;5) considera irrelevante o fato de o jovem engenheiroter-se dedicado também a exercícios atléticos.

b) '' Soturna rivalidade" é o mesmo que rivalidade:1) permanente;2) aparente;3) ostensiva;4) irracional;5) dissimulada.

c) Com a resposta : " . . . Eu cá num abrir de olhos faço acoisa", o português revela-se:1) insubordinado;2) competente;3) orgulhoso;4) prestativo;5) ofendido.

d) Zás- trás , plac, ploc. A onomatopéia dá idéia de:1) força;2) rapidez;3) concentração;4) falta de jeito;5) cautela.

e) "Tá?" Esta expressão final, típica da língua corrente, dá aentender que o engenheiro:1) fazia uma pergunta;2) mostrava dúvidas;3) afirmava categoricamente;4) exclamava contente;5) queria ouvir a opinião de outra pessoa.Complete as frases abaixo com a palavra mais adequadaao contexto, de forma a torná-las mais coerentes.

a) Os cariocas gostam de feijão _____________. (preto,negro, escuro)

b) O _________ veio da África. (preto, negro, escuro)c) A __________ está na mesa. (alimentação, comida,

refeição)d) Ele faz apenas uma __________ por dia. (alimentação,

comida, refeição)e) O artista ___________ a estatueta. (observava,

contemplava, espiava)

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Coerência TextualLíngua Portuguesa

Sublinhe as palavras ou expressões empregadasinadequadamente e proponha substituições coerentesao contexto.

a) Fez uma bela discrição da paisagem que contemplava.b) Não estava ao par das novas regras da empresa.c) Aquele médico conquistou muitos clientes.d) Na sessão da Constituinte havia cerca de 264 deputados.e) Se eleito, farei na vida pública o que faço na privada.

Assinale a alternativa em que a palavra em destaque estáempregada inadequadamente:

a) Era visível a mudança de temperatura depois do túnel.b) Queixava-se de que o marido nada tinha de sociável.c) A quantidade de documentos era assustadora.d) Há várias opções a seguir em face do problema.e) Os concorrentes deverão executar tarefas bem

penosas.Construa um novo período, mas sem mudar a idéiacontida na frase original. Empregue um dos recursos emdestaque, observando a adequação ao contexto e fazendoas modificações necessárias.

a) Mesmo sendo milionário, não quiseram educar os filhosna Europa.

- Não quiseram educar os filhos na Europa,_____________________.contudo - no entanto - embora - todavia

b) Suas pretensões são descabidas, não posso atendê-lo.- Não posso atendê-lo ______________________.

visto que - logo que - embora - até quec) Faltando-lhe dinheiro para viagens, lia livros.- Lia livros ________________________________.

uma vez que - porém - por isso - embora -apesar de

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(USP) O que há de incoerente no enunciado abaixo?'' O verão chegou e com ele o frio''(Cesgranrio - RJ) Assinale a opção em que a mudança naordem dos termos altera sensivelmente o sentido doenunciado.

a) É bastante difundida essa crença sobre os sistemas decomputação. Essa crença sobre os sistemas decomputação é bastante difundida.

b) O computador é capaz de executar o trabalho de muitaspessoas. É o computador capaz de executar o trabalhode muitas pessoas.

c) Funcionários menos graduados deixam de participar dasdecisões. Deixam de participar das decisões menosfuncionários graduados.

d) As novas tarefas padronizadas são fonte potencial dealienação. São fonte potencial de alienação as novas tarefaspadronizadas.

e) Esta reação pode se traduzir na falta de colaboração comos analistas. Pode esta reação traduzir-se na falta decolaboração com os analistas.

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d) Insiste em sair com ele, conquanto mal o conheça.- Mal o conhece _________________________.

por isso - então - no entanto - em conseqüência.Assinale a alternativa que se encaixa ao novo período, demodo que continue correto e expresse a mesma idéia.

- Ao chegar o diretor, todos se levantaram.Comece com: Todos se levantaram...

a) no momento em que o diretor chegou.b) mal chegou o diretorc) quando o diretor chegariad) logo que o diretor chegae) quando o diretor chegasse

Idem ao exercício anterior.- Chegando, telefone-me.

Comece com: Telefone-me...a) pois.b) logo que.c) e.d) embora.e) já que.

PROPOSTA DE REDAÇÃOA exemplo do texto que você leu nesta unidade, narreum fato que gire em torno de um assunto curioso ouengraçado de sua história profissional ou de alguém quevocê conheça.Depois, leia-o atentamente para observar a questão dacoesão e da coerência, assim como as outras questõesde linguagem.

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Coerência TextualLín

gua P

ortug

uesa

(UEL - PR) Aponte a alternativa em que a palavra destacadafoi empregada de modo inadequado.

a) Os jornais vincularam notícias de violência.b) O animal fez um esforço imenso para sair da água.c) O comandante elogiou a bravura do soldado.d) Cabral chegou a avistar alguns montes de terra.

(UFMG) Assinale a seqüência que preenche com a palavramais adequada as frases abaixo.

- Minha irmã, por ser muito ...................., chorou aoreceber o presente.

- Suas dúvidas ficaram ...................... após a explicação doprofessor.

- A medida era ................... a todos os empregados.a) Emocionante - claras - beneficente.b) Emocionante - claras - beneficiente.c) Emotiva - claras - beneficente.d) Emotiva - esclarecidas - benéfica.e) Emotiva - claras - benéfica.

(FAFIPA - PR) Aponte a frase que não apresentaincoerência.

a) O piloto goza de má saúde desde o acidente.b) Os turistas desfrutam das praias poluídas do litoral.c) Condecoraram o oficial pelo ato de heroísmo que

cometeu.d) A queda de temperatura se intensificará nos próximos

dias.

(UFSC) Uma das frases abaixo apresenta sentido ambíguopelo emprego inadequado do verbo no gerúndio. Aponte-a:

a) Enquanto ele corria na praia, encontrou a namorada.b) Encontrou a namorada correndo na praia.c) Desceu as escadas sorrindo.d) Trabalhava cantando sambas antigos.e) Chutava esfregando as chuteiras na grama.

(PUC - SP) Reescreva as frases abaixo de modo a eliminaras inadequações.

a) Decidiu publicar a obra, enviando-a à editora.b) O avião caiu, sendo encontrado dois dias depois.

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1. (Unicamp-SP) No texto a seguir há um trecho que,se tomado literalmente (ao pé da letra), leva a umainterpretação absurda."A oncocercose é uma doença típica de comunidadesprimitivas. Não foi desenvolvido ainda nenhummedicamento ou tratamento que possibilite orestabelecimento da visão. Após ser picado pelomosquito, o parasito (agente da doença) cai na circulaçãosangüínea e passa a provocar irritações oculares até aperda total do visão."

Folha de S. Paulo, 2 nov. 1990.

a) Transcreva o trecho problemático.b) Diga qual a interpretação absurda que se pode extrair

desse trecho.c) Qual a interpretação pretendida pelo autor?d) Reescreva o trecho de forma que deixe explícita tal

interpretação.

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Recomendações para escrever um bom texto

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Língua PortuguesaRecomendações Para Escrever um Bom Texto

Escrever textos é uma tarefa que se aprende. De que forma? Escrevendo. É isso mesmo: “colocando a mão namassa”. Produzindo, errando, acertando... porque linguagem se aprende pelo próprio uso. Não basta, portanto, conhecerum punhado de regras. Escrever significativamente é algo mais amplo, que se relaciona a uma leitura do mundo.

Um homem só exerce, de fato, a sua cidadania quando emprega significativamente a leitura e a escrita em seupróprio benefício ou em benefício de seu grupo.

Nesta unidade, você verá algumas recomendações que, apesar de não serem únicas, servem como pretexto paraque você comece a escrever com a responsabilidade que todo texto exige.

RECOMENDAÇÕES PARAESCREVER UM BOM TEXTO

Todo narrador deve levar em conta que escreve para“o outro”, Isto é, escreve para alguém ler. Por essa razão, otexto deve ter como princípios a clareza e a objetividade. Émuito comum o narrador perder o controle sobre o queescreve. Para que isto não aconteça, observe algumas regrasbásicas:1. EXTENSÃO DA FRASE

Procure escrever sempre frases curtas para não perdero domínio sobre ela. No entanto, procure não exagerarnessa recomendação. Escrever somente frases curtinhaspode tornar o texto cansativo. O ideal é sempre o equilíbrioentre a elaboração de uma frase curta e outra um poucomais extensa.

Veja um exemplo de como o narrador perdeu ocontrole sobre a frase:- A crise da educação não é apenas resultado da

incompetência e irresponsabilidade dos órgãosgovernamentais responsáveis pela questão, uma vez queela também é gerada pelas condições precárias em queos professores são formados e, conseqüentemente, nãolutam por melhores condições de trabalho nem pelo auto-aperfeiçoamento já que ganham muito mal.

Você deve ter observado que ao chegar no final dafrase, não se sabe mais qual foi o início dela. O que fazer?Primeiramente, é preciso ver quantas idéias existem namesma frase e separá-las.

Veja esta possibilidade de reorganização do mesmotexto:- A crise da educação não é apenas resultado da

irresponsabilidade dos órgãos governamentais na formaçãode bons professores. Ela acontece também pela falta deestímulo desses profissionais para o autoaperfeiçoamento,pois ganham muito mal.

2. QUEBRA DO PENSAMENTOEsta questão diz respeito ao emprego adequado dos

sinais de pontuação. Não se deve interromper opensamento antes de verbos no gerúndio, de conjunçõese dos pronomes relativos, principalmente.

Observe, nos exemplos que seguem, a quebra dopensamento:a) A moça foi à praça. Onde combinamos nos

encontrar.b) Ele devia levar uma vida mais simples. Já que não tem

dinheiro.c) O jovem continua internado. Lutando pela vida.

Reorganizando:a) A moça foi à praça, onde combinamos nos encontrar.b) Ele devia levar uma vida mais simples, já que não tem

dinheiro.c) O jovem continua internado, lutando pela vida.3 . EMPREGO DO “QUE” PRONOMERELATIVO E CONJUNÇÃO INTEGRANTE

O “que”, pronome relativo, não deve ser substituídopelos equivalentes “o qual”, “a qual”, sem necessidade.Devem-se empregar essas formas somente quando o usodo “que” provoca ambigüidade.

Veja este exemplo:- Vi o artista daquela emissora que perdeu a popularidade.

Quem perdeu a popularidade? O artista ou a emissora?Neste caso é só usar “o qual” ou “a qual”, em substituiçãoao “que”, conforme se queira referir-se ao artista ou àemissora.

Em relação ao emprego do “que”, é bom lembrar quea repetição exagerada provoca o que alguns chamam de“queísmo”. Isso também deve ser evitado.

Recomendações para escrever um bom texto

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Língu

a Por

tugu

esa4. A SONORIDADE DO TEXTO

Um texto bem escrito também é “musical”, temcadência. Por isso, após escrevê-lo, é recomendável lê-lopara observar a questão da sonoridade.

Observe este exemplo:- Não existe idade para a maternidade, pois a

modernidade aumentou a longevidade da mulher.É preciso entender que, do ponto de vista sintático, da

coesão e da coerência, a frase está correta. O que precisamelhorar é a questão da sonoridade. O eco provocadopela junção de palavras com mesmo final (-dade) precisaser eliminado na prosa.

Observe como se poderia dizer a mesma coisa deforma mais sonora:- Para a medicina moderna, a mulher pode ser mãe em

qualquer idade.

5. GENERALIZAÇÃO NO TEXTOQuem escreve, deve ser cauteloso nessa questão.

Generalizações denotam infantilidade em relação ao assunto.Veja este exemplo:

- Os políticos são corruptos e só legislam em causa própria.É preciso reorganizar a frase em respeito aos

parlamentares que não se enquadram nessa categoria. Nocaso do exemplo, a mudança é sutil. Basta eliminar o verboSER para descaracterizar a generalização.

Observe:- Os políticos corruptos legislam em causa própria.

6. POLUIÇÃO GRÁFICA NO TEXTOUm texto cheio de sinais gráficos tornar-se poluido

visualmente. Assim, devemos empregar com moderação,sobretudo, as aspas. No entanto, o exagero do empregode qualquer sinal como os travessões, as exclamações, asinterrogações também deve ser evitado.

Veja esta frase a título de exemplo.- O cabelo roxo “beterraba” e os lábios verbo “paixão”

deixaram-na “linda”!!!...

A linguagem aprende-se pelo uso, mas é preciso empregá-la significativamente, a fim de que, por meio dela, seexercite de fato a cidadania. A tirinha ilustra a necessidade de organização das palavras, a fim de que a mensagem possaser compreendida. Este é o princípio básico da comunicação humana.

Bob Thaves – Frank e Ernest

Reescreva as frases, desfazendo a ambigüidade e o eco,quando for o caso.

a) Há um ano comprei uma casa com um vistoso portão,que venderei agora.

Sugestão de resposta – Venderei agora uma casa comum vistoso portão e que foi comprada há um ano. OU:Há um ano comprei uma casa com um vistoso portão, aqual venderei agora.Observação – Não se esqueça de que existem inúmeraspossibilidades de organização das palavras na frase.

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Recomendações para escrever um bom texto

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Língua Portuguesab) Comi o churrasco num restaurante que era gostoso.

Sugestão de resposta – Comi um churrasco gostosonum restaurante.Num restaurante, comi um churrasco gostoso.

c) O João valentão tinha bom coração.Sugestão de resposta - O valente João era muitogeneroso.Leia o texto abaixo com atenção.“Farei o depósito do dinheiro na conta de meu filho nãona conta de meu primo jamais depositarei a importânciana conta de minha mulher nada acrescentarei ao saldo demeu pai.”

� Para fazer sentido, a frase precisa ser devidamentepontuada. Assim, empregue a pontuação de maneira acriar quatro situações diferentes.

a) Acréscimo de dinheiro à conta do filho.Farei o depósito do dinheiro na conta de meu filho. Nãona conta de meu primo. Jamais depositarei a importânciana conta de minha mulher. Nada acrescentarei ao saldode meu pai.

b) Acréscimo de dinheiro à conta do primo.Farei o depósito do dinheiro. Na conta de meu filho?Não! Na conta de meu primo. Jamais acrescentarei aimportância na conta de minha mulher. Nada acrescentareiao saldo de meu pai.

c) Acréscimo de dinheiro à conta da mulher.Farei o depósito do dinheiro. Na conta de meu filho?Não! Na conta de meu primo? Jamais! Depositarei aimportância na conta de minha mulher. Nada acrescentareiao saldo de meu pai.

d) Acréscimo de dinheiro à conta do pai.Farei o depósito do dinheiro. Na conta de meu filho?Não! Na conta de meu primo? Jamais! Depositarei aimportância na conta de minha mulher? Nada!Acrescentarei ao saldo de meu pai.

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HISTORINHA DA AMBIGÜIDADE

Sobre o texto:a) A ambigüidade da história é provocada pela fala da

personagem no primeiro quadrinho. Isso porque ela:1) não concluiu a primeira frase;2) não concluiu a segunda frase;3) juntou ação às palavras;4) concluiu mal a segunda frase;5) concluiu mal a primeira frase.

b) A ambigüidade também foi causada porque o interlocutor/ouvinte, no primeiro quadrinho:1) não percebeu a polissemia da palavra cabeça;2) não prestou atenção à expressão “Veja!”;3) confundiu e não entendeu perfeitamente ospossessivos minha e tua;4) confundiu os auxiliares verbais poder e dever;5) não percebeu que o presente do verbo tinha valor defuturo.

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LEITURA E INTERPRETAÇÃO

Dick Browne

Recomendações para escrever um bom texto

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Língu

a Por

tugu

esac) “Aposto que você não pode!”

Explique a ambigüidade.1) De acordo com a intenção do falante (1º quadrinho),como deveria ser completada esta frase?2) De acordo com a interpretação (1º quadrinho) e ação(2º quadrinho) do ouvinte, como foi realmentecompletada a frase?

d) O último quadrinho mostra1) arrependimento;2) irritação pela burrice alheia;3) incompreensão violenta;4) autocrítica consciente;5) compreensão bem-humorada.Reescreva as frases abaixo, eliminado as palavras que serepetem desnecessariamente.

a) Os alunos briguentos e agressivos sofriam castigos epunições dos inspetores e autoridades do colégio.

b) Os pais modernos não têm o mesmo tipo de força eautoridade dos pais à antiga.Leia a frase abaixo e aponte a falha cometida na elaboração.Não é conveniente instalarmos uma fábrica na Bahia,pois certamente teremos problemas com os operários,que são muito preguiçosos e festeiros.Junte as orações num só período, ou mais, formandoum parágrafo, conforme o exemplo:

- As provas de múltipla escolha facilitam a cola.- As provas de múltipla escolha estimulam a decoreba.- As provas de múltipla escolha devem ser proibidas.

As provas de múltipla escolha facilitam a cola eestimulam a decoreba, por isso devem ser proibidas.a)- A venda de carros nacionais gera riquezas para o país.- Os carros nacionais têm assistência técnica mais acessível.- Devemos comprar sempre carros nacionais.

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b)- Devemos proteger as nossas árvores.- O papel reciclado é mais barato.- Os alunos devem usar cadernos de papel reciclado.

As questões que seguem apresentam um período quevocê deverá modificar; iniciando-o conforme se sugere,mas sem alterar a idéia contida no primeiro. Emconseqüência, outras partes da frase sofrerão alterações.

(F. Carlos Chagas - RJ) Não posso atendê-lo, porquenão é lícito o que requereu.Comece com: Requereu o que não é lícito...

a) depois.b) porém.c) em que.d) visto que.e) portanto.

( F. Carlos Chagas - RJ) Insiste em sair sozinho, conquantomal conheça a cidade.Comece com: Mal conhece a cidade...

a) por isso.b) então.c) no entanto.d) logo.e) em conseqüência.

(F. Carlos Chagas - RJ) Teimou em contratar os serviçosde uma empresa, se bem que não houvesse necessidade.Comece com: Não havia necessidade...

a) porém.b) ainda que.c) visto que.d) portanto.e) porque.

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(UNIOESTE - PR) Os homens parecem ter memóriacurta, esquecem facilmente as grandes tragédias geradaspela ambição, pelo orgulho e pela falta de calor humano.Suas ''filhas queridas'' parecem ser as guerras e seusdescendentes, a ruína, a miséria e a fome. Brigam naNicaraguá, lutam no Irã e Iraque. Matam-se no Líbano.Bascos sangram a Espanha. O IRÃ amortalha a Irlanda ...E a paz ???Com base nestas informações, redija sobre o tema:

Paz: apenas sonho... ou ainda há esperança?

(CEFET - PR) A geração que era jovem na década de1960 se propôs a mudar a sociedade, pregando rupturasnas esferas políticas, sociais e culturais. Manifestandofrustração com relação aos efeitos dessas rupturas,Belchior compôs os seguintes versos:"Minha dor é perceber que apesar de termosfeito

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Recomendações para escrever um bom texto

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Língua PortuguesaTudo, tudo que fizemos, ainda somos osmesmosE vivemos como nossos pais."

Escreva uma dissertação, posicionando-se criticamentesobre o texto de Belchior.Dê um título a sua redação.( FEI - SP) Complete os períodos abaixo com dois oumais argumentos de apoio, observando a coesão textual.

a) A escola é importante, porque _______________b) O hábito de leitura é pouco difundido entre os jovens de

hoje, entretanto _______________(UEL -PR) Assinale a alternativa que fere o princípio dacoesão e da coerência textual.

a) O hábito de fumar tem sido cada vez mais combatido,porque é comprovadamente nocivo à saúde.

b) Em decorrência da introdução de computadores nocotidiano dos profissionais, as tarefas têm sido executadascom mais eficiência e agilidade.

c) As secas do Nordeste causam muito sofrimento àpopulação, apesar de que ninguém faz muita coisa paracombatê-la.

d) A adolescência é uma fase de mudanças; isto gerainquietude, não apenas no jovem, mas em toda a família.

e) O crescimento desordenado das cidades modernas temcomo efeito a piora da qualidade de vida de seushabitantes.(Faap- SP) Escreva um texto dissertativo sobre o seguintetema:Um escravo tem um senhor. Mas um homem ambiciosotem muitos senhores: todas as pessoas que lhe podemser úteis para subir na vida. (Jean de La Bruy’ere)

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Observe:1. Posição ideológica - Sua posição a respeito do tema. Seu

ponto de vista.2. Prova da verdade - Prove que você tem razão quando

defende seu ponto de vista. Demonstre com clareza,coerência e objetividade que seu ponto de vista é o maisacertado.

3. Conclusão - Aqui você deve estar certo de queconvenceu o leitor. Retome a posição ideológica e façaas considerações finais.

(FEI – SP) Assinale a alternativa que o apresenta recursocoesivo que completa adequadamente o período abaixo.Não posso atendê-lo ______________________suas pretensões são descabidas.

a) visto queb) logo quec) emborad) até quee) mas

(UEM –PR) Assinale o período cuja redação se organizade modo coerente.

a) O número de turista aumentou, embora os hotéisestejam lotados.

b) O número de turistas aumentou, uma vez que é possívelque os hotéis estejam lotados.

c) O número de turistas aumentou, não obstante é possívelque os hotéis estejam lotados.

d) O número de turistas aumentou, entretanto é possívelque os hotéis estejam lotados.

e) O número de turistas aumentou, por isso é possível queos hotéis estejam lotados.

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(UEL – PR) Apenas um dos períodos abaixo estácoerentemente organizado. Aponte-o.

a) A energia nuclear se aplica à produção da bomba atômicaou para fins de militares; mas também ficou sabida quepode ser empregado na medicina ou comunicações epara outros fins.

b) Sabe-se que a importância de produzir energia nuclearnão só para a bomba atômica ou fins militares, ou paraser empregada na medicina, nas comunicações.

c) Sabe-se que a energia nuclear pode ser aplicada não sópara fins militares, na produção da bomba atômica, mastambém na medicina, nas comunicações e em outrasáreas.

d) Os fins militares e a bomba atômica que a energia nuclearse aplica e também a medicina e a comunicação sãoimportantes.

e) A aplicação da energia nuclear para produzir a bombaatômica nos fins militares, na medicina e nascomunicações.

GabaritoLín

gua

Port

ugue

sa

Período Composto por Subordinação- Oração Subordinada Substantiva -Oração Subordinada AdjetivaExercícios de Aplicação01- Sobre o texto:a) O texto é, na verdade, uma resenha crítica. Segundo o

narrador, a campanha não é solidária porque faltou ovínculo humano, o calor do conforto, a proximidade entreo que necessita e aquele que entende essa necessidade.

b) Resposta pessoal02-a) Solicito que todos participem.b) Não nos convém que as provas sejam anuladas.c) Insisto em que todos participem.d) Não tenha receio de que estejas presente.f) Meu desejo é que tu sejas aprovado no concurso.03-a) oração subordinada substantiva objetiva direta.b) oração subordinada substantiva objetiva direta.c) oração subordinada substantiva subjetiva.d) oração subordinada substantiva subjetiva.e) oração subordinada substantiva objetiva indireta.f) oração subordinada substantiva completiva nominal.g) oração subordinada substantiva completiva nominal.h) oração subordinada substantiva completiva nominal.i) oração subordinada substantiva apositiva.j) oração subordinada substantiva predicativa.k) oração subordinada substantiva predicativa.04-1) b 2) a3) a 4) c5) b 6) d7) d 8) f9) e 10) e11) c 12) d13) a 14) e15) d 16) c17) d 18) b19) b 20) a21) b 22) d23) c 24) a25) e 26) f05-a) que foram divulgadas.b) que não se perdoam.c) que criam caso.d) que produzem feijão.

06-a) o. sub. adjetiva restritiva: apenas os professores que

compareceram à passeata lutavam por melhores salários.b) o. sub. adjetiva explicativa: todos os professores do

colégio compareceram à passeata e lutavam por melhoressalários.

07-a) explicativa.b) explicativa.c) explicativa.d) restritiva.e) restritiva.f) restritiva.Questões de Vestibulares

01- b 02- c03- d 04- c05-a- Todos os homens têm um preço e todos podem ser

corrompidos.b- Apenas alguns homens têm preço, e esses podem ser

corrompidos.06- e07- dDesafio

Letra b

Oração Subordinada Adverbial -Colocação do Pronome Átono- O Desenvolvimento do Texto DissertativoExercícios de Aplicação01- Sobre o texto:a) No texto prevalece a reflexão em torno do fato. O

próprio título do texto justifica a resposta.b) Para o narrador, um objeto ligado à idéia de eternidade

não poderia ter aparência tão simples, inofensiva.c) A expressão ''a gente'' caracteriza melhor a linguagem

infantil.d) "...nunca se acaba". Temos um caso de próclise, que

acontece pela presença de advérbio NUNCA - palavraatrativa.

e) Temos um caso de ênclise, uma vez que não se podeiniciar frase com pronome átono.

02-a) causa b) tempoc) conseqüência d) comparaçãoe) finalidade03- conseqüência

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GabaritoLíngua Portuguesa

04- c05- c/d/f/h/a/i/e/f/d/g/e/h/a/i/h/a/e/g/i/i/e/a/a/i/b.06-a) Informaram-me os reais motivos de sua demissão.b) Jamais te enganaria desta maneira.c) Está corretad) Quem me disse aquela verdade?e) Está corretaf) Não te devolverão os documentos apresentados.g) Devolver-te-iam os documentos apresentados.h) Nunca te devolveriam os documentos apresentados.i) Tinha lhe contado os fatos.j) Não lhe tinha contado os fatos.07-a) Devolva-meb) Zanguei-mec) . . . esquecimento a fizeram . . .d) contar-lhee) . . . lhe seja . . .f) quero que me reveles.g) Lembrar-me-eih) Isto lhe desagradai) Alguém me espera . . .j) Agora, recordo-me . . .k) Nunca a vi . . .l) . . . quem te contou . . .m) Deus a proteja . . .n) Como te amam!o) "Raios o partam!''p) . . . a interrogá-la08- e09- eQuestões de Vestibulares

01- a02- a03- d04- 01 + 32 + 64 = 9705- 01 + 32 + 64 = 9706- b07- cDesafio

Letra c

Concordância NominalExercícios de Aplicação

01- Sobre o texto:a) 1 b) 3c) 3 d) 5

02-a) meiob) juntasc) meiad) juntoe) mesmaf) alerta-pseudog) menosh) Bastantesi) Juntoj) próprias.

03- 21 (01 + 04 + 16)04- c05- a06- e07- dQuestões de Vestibulares

01- c02- b03- a04- c05- cQuestões de Vestibulares

01- e02- c03- 01 + 02 + 08 + 32 = 4304- b05- e06- d07- cDesafio

1 + 8 + 16 + 64 =89

06- c07- bDesafio

1 + 2 + 4 + 8 = 15

Concordância Verbal (I)Exercícios de Aplicação01- Sobre o texto:a) 2b) 4c) 1d) Resposta pessoal

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GabaritoLín

gua

Port

ugue

sa

02- b / c / a / b03- 1 / 2 / 3 / 104- a05-a) providenciou ou providencieib) providenciouc) providencieid) providenciastee) providenciamos06- Não fui eu que quebrei a máquina de escrever. Também

não foram eles, tenho certeza. Portanto, não acho justovocê dizer que é nós quem vamos (ou vai) pagar a conta.

07- dQuestões de Vestibulares

01- e02- c03- 01 + 02 + 08 + 32 = 4304- b05- e06- d07- cDesafio

1 + 8 + 16 + 64 =89Concordância Verbal (II)Exercícios de Aplicação01- Sobre o texto:a) A destruição dos aspectos físicos e espirituais com a

redução de uma vida mais digna.b) Impor seus valores como únicos e verdadeiros.c) Os caminhos da vida e a intuição.d) Os valores humanos ou humanistas.02- b03- Na letra ''a" - o verbo haver com sentido de existir

deve ser usado sempre no singular. Na letra ''b'' - o verbohaver usado como auxiliar; deve concordar com osujeito a que se refere.

04- e05- e06- d07- As concordâncias incorretas se encontram nas alternativasa e c .

a) Os Lusíadas, de Luís de Camões, são a obra-prima daliteratura portuguesa

b) Em minha classe, o líder sou eu.08-a) haveráb) fazc) devemd) há - aconteceram

09-a) Faz uns meses que as férias terminaram.b) Havia ainda , na sala de exame, uns alunos.c) Pagaram-se as despesas da festa junina.Quetões de Vestibulares

01- c02- b03- 01+02+04+32 = 3904- d05- a06- b07- cDesafio

Letra a

Regência VerbalExercícios de Aplicação01- Sobre o texto:a) O poder econômico.b) É possível que a intenção do narrador seja a de mostrar

que o futuro de uma criança negra como Jorginho sejasomente o futebol.

c) São Jorge enfeitado de flor, vaso de arruda na porta, opróprio nome em homenagem a Ogum são indicadoresde costumes da cultura negra.

02-a) Este aparelho não consegue aspirar todo o pó.b) Todos aspiram ardentemente à felicidade.c) Vá assistir aos ensaios da peça.d) Vários voluntários assistem os flagelados das enchentes.e) Assiste a todos o direito de reivindicar melhores salários.f) Custa-me entender regência.g) Não desobedeça aos seus pais.03-a) o - lheb) a elec) a eled) lhee) o04-a) assistiu ao jogob) assistiu asc) aspira um ar...d) Aspiro ao sucesso .05-a) a Sorocabab) ao cinemac) namorar Paulod) ao professor

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GabaritoLíngua Portuguesa

06- c 07- c08- c 09- aQuestões de Vestibulares

01- d 02- a03- a 04- d05- b 06- c07- cDesafio

1+8 = 09

PontuaçãoExercícios de Aplicação01- Sobre o texto:a) É, sem dúvida, nostálgico, porque o poeta mostra saudade

de sua infância.b) ”Eu quero meus brinquedos novamente!” (v. 12)c) Saudaded) “Aqueles dias de uma luz tão mansa.” (v. 2)e) Desesperança, vento, cinzas, noite, morta, torta.f) Exprime um sentimento de dor pela infância perdida.02- a03- e04- e05-a) Em lugar do pluralismo partidário, portanto, optou-se

por oligarquias partidárias, pois as outras agremiações,em fase de criação, pouco diferem do PDS.

b) Para pôr fim às especulações, o candidato da Aliançadeveria revelar de imediato suas intenções no campo dapolítica econômica.

a) “Meu antigo patrão, Salustiano Padilha, que tinha levadouma vida de economias indecentes para fazer o filhodoutor, acabara morrendo do estômago e de fome, semver na família o título que ambicionava.”

b) As casas são navios que, enquanto mergulhamos no sono,levantam âncora para a travessia da noite.

e) “Conforme declarei, Madalena possuía excelentecoração.”

06- c07- d08- cQuestões de Vestibulares

01- d 02- b03- a 04- e05- 8+64 = 72 06- d07- b

Desafio

letra b

Coerência TextualExercícios de Aplicação01- Sobre o texto:a) 3b) 5c) 3d) 2e) 302-a) pretob) negroc) comidad) refeiçãoe) contemplava03-a) descrição ( de descrever); (discrição = discreto)b) a parc) o médico tem pacientes e não clientes.d) Obs. – “cerca de” indica número aproximado, assim não

se pode empregar com número exato: cerca de 260OU apontar apenas o número 264.

e) em vez de ‘’privada’’ , neste caso, melhor empregar ‘’particular’’

04- a - Obs.: A temperatura se sente. Por esta razão, deve-se empregar sensível, no lugar de visível.

05-a) Não quiseram educar os filhos na Europa, embora

fossem ricos.b) Não posso atendê-lo, visto que suas pretensões são

descabidas.c) Lia livros, uma vez que lhe faltava dinheiro para viagens.d) Mal o conhece, no entanto insiste em sair com ele.06- a07- bQuestões de Vestibulares

01- A incoerência esta na associação da chegada do verão edo frio, que vai contra os princípios conhecidos danatureza. Têm se no verão calor e no inverno frio.

02- c03- a04- d05- e06- b07- a) Decidiu publicar a obra e enviá-la à editora.

b) O avião caiu e foi encontrado dois dias depois.(Observação: Só se pode empregar gerúndio quando asações verbais são simultâneas.)

4

GabaritoLín

gua

Port

ugue

sa

Desafio

a) Após ser picado pelo mosquito, o parasito (agente dadoença) cai na circulação . . .

b) O parasito é picado pelo mosquito.c) O narrador pretendia referir-se a uma pessoa picada pelo

mosquito.d) Quando a pessoa (ou ‘’o homem’’) é picada pelo

mosquito, o parasito cai . . . OU: Após a pessoa serpicada pelo mosquito, o parasito cai na circulação...

Recomendações para escrever umbom textoExercícios de AplicaçãoSobre o texto:01-a) 2b) 3c) 1- ‘’ chutar a sua (cabeça)” 2- ‘’ chutar a minha (cabeça)’’d) 402-a) Os alunos agressivos sofriam punições das autoridades

do colégio.b) Os pais modernos não têm a mesma autoridade dos

pais à antiga.03- Houve generalização. Não se pode afirmar que todos os

baianos tenham as mesmas características.04-a) Sugestão de resposta:

Além de gerar riquezas para o país, os carros nacionaistêm assistência técnica garantida. Temos aí dois bonsmotivos para comprá-los.

b) Sugestão de resposta:Devemos proteger as nossas árvores. Uma forma deisto acontecer é incentivar os alunos a usarem cadernosde papel reciclado que também são mais baratos.

05- e06- c07- aQuestões de Vestibulares01- Produção de redação.02- Produção de redação.03-a) Resposta pessoal b) Resposta pessoal04- c05- Produção de texto dissertativo06- a07- eDesafioLetra c5