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Apostila de Treinamento

Anlise de Dados Qualitativos com o uso do Nvivo 82009

SumrioAPRESENTAO .....................................................................................................................................4 O QUE ANLISE DE DADOS QUALITATIVOS?...........................................................................................4 SOBRE O NVIVO 8.....................................................................................................................................5 REQUISITOS DO SISTEMA...........................................................................................................................6 O AMBIENTE DE TRABALHO DO NVIVO 8.....................................................................................7 O NAVIGATION VIEW...............................................................................................................................7 Sources...................................................................................................................................................8 Nodes....................................................................................................................................................9 Sets .....................................................................................................................................................11 Queries ................................................................................................................................................11 Models.................................................................................................................................................11 Links ..................................................................................................................................................11 Classifications .......................................................................................................................................12 O LIST VIEW ...........................................................................................................................................12 O DETAIL VIEW .....................................................................................................................................13 UM TUTORIAL PELO NVIVO 8 ..........................................................................................................14 ABRINDO UM PROJETO J EXISTENTE .....................................................................................................14 Abrindo os Documentos (Sources) de um Projeto ..........................................................................................15 Nodes: o material categorizado..................................................................................................................20Sobre a noo de codificao em anlise qualitativa........................................................................................ 20 Visualizando materiais codificados em um projeto ......................................................................................... 24 Tree Nodes e Free Nodes.............................................................................................................................. 26 Os Cases ....................................................................................................................................................... 28 O Casebook .................................................................................................................................................. 32

COMANDOS E FERRAMENTAS BSICAS DO NVIVO 8 ...............................................................34 INICIANDO UM NOVO PROJETO ..............................................................................................................34 Criando pastas para organizar seus materiais ..............................................................................................35 Importando Documentos ..........................................................................................................................36Documentos Textuais.................................................................................................................................... 36 Documentos de udio ou Vdeo ................................................................................................................... 38 Imagens......................................................................................................................................................... 40

Criando Nodes ......................................................................................................................................40Criando Nodes a partir do List View.............................................................................................................. 41 Criao de Nodes atravs de codificao automtica ...................................................................................... 41 Criando Nodes durante a codificao............................................................................................................. 42

CODIFICAO DO MATERIAL ..................................................................................................................42 Codificando em Nodes j existentes............................................................................................................42Codificando atravs da Barra de Menus ......................................................................................................... 42 Usando a Barra de Codificao (Coding Toolbar) .......................................................................................... 44 Clique e arraste o contedo at o Node ......................................................................................................... 45

Criando Nodes durante a codificao..........................................................................................................47Codificando atravs da Barra de Menus ......................................................................................................... 47 Usando a Coding Toolbar.............................................................................................................................. 48 Codificao In Vivo....................................................................................................................................... 48

Exibindo as listras de codificao (Coding Stripes) ........................................................................................48 Sobre os Cases e Attributes ......................................................................................................................50Criando um novo Case .................................................................................................................................. 50 Criando Attributes......................................................................................................................................... 50 Configurando os valores de um Attribute em um Case................................................................................... 52

ANNOTATIONS E MEMOS........................................................................................................................53 Fazendo anotaes para trechos pontuais .....................................................................................................53 Criando Memos.....................................................................................................................................54Ligando Memos a Documentos ou Nodes..................................................................................................... 55

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BUSCAS E COMBINAES DE CONTEDO..................................................................................57 TEXT SEARCH QUERIES ..........................................................................................................................58 OS COMANDOS SPREAD E CODING CONTEXT.........................................................................................63 Spread em Buscas de Texto ......................................................................................................................63 Os comandos Spread e Coding Context em Nodes ........................................................................................63 Spread vs. Coding Context.......................................................................................................................65 BUSCAS SIMPLES DE NODES (SIMPLE CODING QUERIES) ........................................................................65 Parmetros da Simple Coding Query..........................................................................................................66 BUSCAS AVANADAS DE NODES (ADVANCED CODING QUERIES) ..........................................................67 MATRIX CODING QUERIES EXIBIO MATRICIAL DAS BUSCAS DE NODE .............................................72 WORD FREQUENCY QUERIES CONTAGEM DE PALAVRAS .....................................................................75 FIM DA APOSTILA.................................................................................................................................78

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ApresentaoO objetivo desta apostila o de servir como material auxiliar no aprendizado do software Nvivo 8. Desta maneira, no apresenta detalhadamente todos os contedos trabalhados em sala de aula visto que no se trata de um manual mas traz uma sntese dos principais comandos e funes.

O que anlise de dados qualitativos?Anlise de dados qualitativos uma classificao aplicada de forma genrica a uma grande amplitude de mtodos e tcnicas para lidar com informaes que no podem receber um tratamento estatstico ou matemtico (quantitativo), isto , que no podem ser reduzidos a nmeros e trabalhados como tais. Desta forma, trata-se de uma atividade que implica quase que to somente a capacidade de interpretao, compreenso e inferncia do indivduo que analisa os dados. Por dados qualitativos compreendemos no somente aqueles textuais que so mais comuns (notcias de jornal, transcries de entrevistas ou grupos focais, documentos, artigos, notas e dirios de campo, etc.), como tambm imagens (pinturas, fotografias, desenhos, esquemas, etc.), sons (udio de entrevistas e outras gravaes, msicas, etc.) e vdeo (documentrios, gravaes feitas em campo, filmes, etc.). A atividade de anlise qualitativa se baseia principalmente na interpretao de significados e signos expressos no material de anlise. Atravs deles, visa-se reconstruir o arcabouo simblico e social do qual essas informaes provm, possibilitando uma re-construo analtica do contexto, das motivaes dos indivduos que dele fazem parte e vislumbrar tendncias mais amplas. certo que no podemos, atravs desta metodologia, fornece meios para tecer concluses vlidas e sistemticas que sejam legtimas em mbitos muito maiores do que aqueles nos quais os dados foram coletados. Ou seja, com a anlise de entrevistas de certo nmero reduzido de indivduos no podemos inferir concluses para toda a populao da qual eles foram retirados. Em suma: a anlise qualitativa permite ao analista apreender outras dimenses do social, no captadas pela pesquisa quantitativa, mas sofre limitaes justamente no ponto em que a estatstica mais tem a oferecer: a amostragem probabilstica, com controle das margens de erro das concluses e clara definio do escopo da validade externa dos resultados._________________________________________________________________________________

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Desta maneira, no h contraposies e contradies entre anlise qualitativa e quantitativa, mas apenas diferenas quanto s finalidades e serventias. As duas podem ser combinadas ou integradas de diversas formas h inclusive vertentes de anlise qualitativa que se servem de instrumentais estatsticos para auxiliar na deteco de regularidades e desvios nos padres significativos e simblicos (mas jamais a atividade de identificao dos signos e de sua interpretao ser deixada de lado). H diversas escolas e teorias para a metodologia qualitativa, as mais correntes so: grounded theory, anlise do discurso, anlise fenomenolgica e anlise de contedo (clssica). Mas no importando qual a opo terica do analista, sempre a sensibilidade aos detalhes e contextos e o rigor na definio dos padres interpretativos (de forma a eliminar o tanto quanto possvel os aspectos de subjetividade e arbitrariedade) so requisitos para boas concluses, para a confiabilidade das categorias analticas e para a validade das inferncias tecidas. E essas condies dependem to somente da preparao, da formao, da seriedade e do rigor do pesquisador.

Sobre o Nvivo 8O Nvivo 8 a oitava verso do software NUD*IST1 fabricado pela empresa australiana QSR International. Nvivo e significa NUD*IST Vivo, o que traria a idia de uma ampliao e melhora das ferramentas de anlise com relao ao software original, bem como uma interface mais amigvel ao usurio. Trata-se de um software que auxilia na organizao da anlise qualitativa de textos, udios e vdeos. Ou seja, ele mesmo no realiza a anlise posto que isso envolve capacidades de interpretao e inferncia mas fornece uma plataforma multimdia em que se pode trabalhar com uma grande riqueza de ferramentas e detalhes. Quando se trabalha com um grande volume de dados, quase imperativo o uso de softwares desse tipo. Por isso, utilizado tanto em estudos acadmicos, quanto em pesquisas de mercado ou inteligncia aplicada a negcios e empreendimentos.

Sigla para Non-numerical Unstructured Data * Indexing Searching and Theorizing que poderamos traduzir como Indexao, busca e teorizao de dados no-numricos e no-estruturados. Por dados desse tipo, compreendemos aqueles que no so passveis de anlise estatstica ou quantitativa, ou seja: textos a serem interpretados, fotos, udio de entrevistas ou grupos focais, etc. _________________________________________________________________________________ 5

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As funes deste software se baseiam principalmente na atividade de classificar trechos do material analisado (textos, udios ou vdeos) em cdigos e variveis, para que ento o usurio possa combin-los, reclassific-los, pedir relatrios, fazer links e tecer inferncias. No esto definidas a priori as perspectivas tericas de anlise qualitativa a serem empregadas, por isso o Nvivo 8 pode ser til aos mais variados tipos de usurios. A verso 8 do Nvivo permite o manuseio de arquivos provenientes de verses anteriores de softwares da QSR, tais como o NVivo 7, o NUD*IST 6 (N6), o NVivo 2, o N5, o N4 e o NVivo 1. Para informaes adicionais, consulte a home page da QSR International (www.qsrinternational.com), que fornece uma grande srie de recursos e materiais para assistir ao usurio naquilo que for preciso quanto ao funcionamento do software.

Requisitos do sistemaCom a incorporao de elementos multimdia e de ferramentas de alta qualidade para o seu manuseio, o Nvivo 8 se tornou um software mais pesado, que requer uma configurao relativamente sofisticada dos computadores. Por isso, por vezes ele pode se tornar lento para o processamento de informaes durante a anlise de dados. Abaixo reproduzimos a lista de requisitos, conforme estipulada pelo fabricante.Componente Processador Memria RAM Resoluo Sistema Operacional Mnimo Exigido 1.2GHz, compatvel com Pentium III 512MB 1024 x 768 pixels Windows 2000 service Pack 4 Aproximadamente 1 GB disponvel Recomendado 1.6GHz, compatvel com Pentium IV ou superior 1GB 1280 1024 ou superior Windows XP Service Pack 2 ou superior, incluindo o Windows Vista Service Pack 1 Aproximadamente 2 GB disponveis Conexo com a Internet

Disco Rgido Outros Requisitos

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O Ambiente de Trabalho do Nvivo 8Desde a verso 7, o ambiente.de trabalho do Nvivo se tornou mais semelhante aos dos programas Microsoft (isto , com Menus, barras de ferramentas, botes que utilizam de cones padronizados, formato das caixas de dilogo, etc.), e por isso se tornou mais intuitivo e fcil de usar dada a familiaridade que a maioria dos usurio possui com o sistema operacional Windows. A plataforma do Nvivo 8 se tornou ainda mais amigvel e flexvel, dando espao para que o usurio re-ordene os comandos e d sua prpria cara ao software. A Figura abaixo, retirada do Guia fornecido pela prpria QSR, exibe o ambiente de trabalho do Nvivo e descreve seus principais itens:

Podemos dizer desses itens, 3 so os principais componentes da plataforma do Nvivo 8: O Navigation View A lista de objetos (List View) O Detail View principalmente atravs desses locais que o usurio gerencia seu material e navega atravs deles.

O Navigation View_________________________________________________________________________________

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O Nvivo chama de Navigation View a barra de ferramentas que fica na lateral esquerda do programa. composta basicamente de duas partes: a superior que exibe pastas onde o usurio guarda e organiza seu material multimdia (textos, udios, vdeos e imagens) e tambm as suas categorias analticas e seus esboos de concluses. possvel criar e nomear diretrios e subdiretrios, de forma a haver quantas parties forem necessrias para a correta distribuio e classificao dos materiais. A parte inferior do Navigation View exibe botes que esto relacionados ao contedo das pastas. Cada um deles se refere a pastas com funes diferentes, que veremos logo adiante. A figura exibe em detalhe o Navigation View, contendo dados de uma anlise sobre Voluntariado, j inclusa como exemplo pela instalao do Nvivo.

possvel criar e nomear diretrios e subdiretrios, de forma a haver quantas parties forem

SourcesO boto Sources do Navigation View exibe pastas relacionadas aos materiais brutos que vo ser submetidos_________________________________________________________________________________

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analise qualitativa. Isto , so os arquivos e documentos que podem ser analisados com a ajuda do Nvivo. Podemos traduzir Sources por Fontes ou Origens a idia fazer referncia s origens das informaes a serem estudadas e avaliadas. Durante o correr desta apostila, vrias vezes nos referiremos a esse item como Documentos Dividem-se em 3 tipos principais: Internals: So aqueles tipos de arquivos de computador que o Nvivo capaz de abrir e editar. No caso da verso 8, so: o Documentos de texto: doc, docx, rtf, txt e pdf o Imagens: bmp, gif, jpg, jpeg, tif e tiff o udio: wav, mp3 e wma o Vdeo: mpg, mpeg, mpe, mp4, avi, mov, wmv e qt Externals: So os documentos que esto em algum formato incompatvel com o Nvivo ou ento no esto digitalizados. Nesse caso o software prov meios para referenci-los e cit-los, mesmo no podendo ser abertos e editados. No caso especfico de arquivos em formatos incompatveis, o Nvivo pode criar links para que o usurio clique e os abra nos softwares para os quais foram criados. Memos: So um espao para notas, memorandos, observaes e concluses do prprio analista. O usurio do Nvivo pode cri-los e edit-los dentro do prprio programa.

NodesComo dissemos anteriormente, uma das principais potencialidades do Nvivo na anlise qualitativa est em criar cdigos, categorias e variveis para classificar o material. Os Nodes so esse espao para operacionalizar os conceitos e as categorias analticas para ento depois aplic-las. Em outros softwares do mesmo tipo podem tambm ser chamados de Cdigos (Codes), posto que essa atividade de classificao chamada de codificao (coding). Mais frente veremos detalhadamente como utilizar dos Nodes; por enquanto nossa preocupao somente de descrever seus tipos principais.

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Tree Nodes: So cdigos que esto relacionados entre si de forma hierrquica. Pode ser, por exemplo, um grande tema com seus sub-temas. Ex.: 1. Religio 1.1. Transito Religioso 1.1.1.Mudana de religio entre jovens 1.1.2.Mudana de religio entre adultos 1.2. Organizaes Religiosas 1.2.1.Organizaes Catlicas 1.2.2.Organizaes Protestantes 1.2.2.1. Histricas e de Misso 1.2.2.2. Pentecostais 1.2.2.3. Neopentecostais 1.3. Rituais e Festas 1.3.1.Liturgia e procedimentos rituais 1.3.2.Festas Tradicionais 1.4. Crenas e iderio No exemplo acima temos um grande tema com vrios subtemas, que por sua vez tambm podem possuir sub-temas. Trata-se de um conjunto de nodes (cdigos/ temas/ classificaes/ categorias) j encadeados de forma hierrquica. Os nodes de nveis superiores so chamados de nodes-pai (parentnodes) e os de nveis inferiores de nodes-filho (childnodes). Essa disposio d para que a classificao do material se d de forma mais precisa e to prxima quanto possvel da maneira de pensar do analista.

Free Nodes: So nodes que no esto interligados logicamente entre si de forma hierrquica, diferentemente dos anteriores. Cases: Cases so um tipo de node que foi introduzido a partir do Nvivo 7. Trata-se de uma classificao que depois pode ser acrescida de atributos (mais adiante trataremos especificamente desse ponto). Relationships: So nodes que descrevem a relao entre dois outros itens do projeto de anlise qualitativa, como, por exemplo, dois nodes, dois indivduos ou dois documentos. Ex: Paulo trabalha com Fernando; Organizaes Religiosas possuem Instncias Administrativas.

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Matrices: Matrices so tabelas criadas como resultado de um cruzamento ou uma busca feita pelo usurio dentro dos nodes existentes.

SetsSets so agrupamentos de itens pertencentes ao projeto de anlise qualitativa que o usurio pode criar para facilitar e dinamizar suas atividades dentro do Nvivo. possvel, por exemplo, criar um set para classificar fotos e vdeos e orden-los de forma que se configure um lbum ou uma galeria virtual. Sets tambm so teis para a realizao de buscas mais precisas e refinadas dos dados.

QueriesQueries so buscas que os usurio pode realizar em seus dados. A cada verso o Nvivo incorpora mais recursos que tornam esse conjunto de ferramentas cada vez mais poderoso e com grandes nveis de detalhamento e preciso. possvel buscar termos (assim como em editores de texto ou navegadores de internet) ou temas especficos (materiais codificados pelo usurio em algum node ou set) e ento apresent-los em forma de relatrios, grficos ou nodes. As Queries so o recurso mais importante desse tipo de software de anlise qualitativa, por isso um captulo especfico ser dedicado a elas.

ModelsOs Models fornecem a possibilidade de representar esquematicamente as idias, hipteses e concluses analticas do usurio. So representaes grficas dos nodes, dados e das relaes que se traou entre eles.

LinksLinks podem ser de trs tipos: Memo links: Memo links indicam quando um Memo (ver Memo acima) est ligado a algum documento (source).

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See also links: So ligaes criadas pelo usurio entre duas partes de um mesmo documento ou entre partes de dois documentos diferentes. Quando se clica no primeiro trecho, o Nvivo abre em uma janela separada _________________________________________________________________________________ 11

o segundo. Desta forma possvel estabelecer ligaes lgicas entre elas ou fazer uma comparao mais apurada. Annotations: So como os comentrios que um usurio do Microsoft Word pode fazer com auxlio das ferramentas de reviso daquele programa. Trata de observaes ou comentrios pontuais relacionados a trechos especficos de um documento. Atravs desta seo do Navigation View, possvel visualizar todas as anotaes feitas pelo usurio de uma s vez.

ClassificationsClassifications podem ser de dois tipos: Attributes: Attributes so como as variveis de uma anlise estatstica. Como dissemos anteriormente, o Nvivo permite que os nodes do tipo Cases possam receber classificaes adicionais. Os Attributes so essas caractersticas que se aplicam aos cases. Relationship Types: Frisamos tambm que na rea de nodes h um tipo especfico chamado Relationships, que estabelecem relaes entre itens do projeto de anlise qualitativa. Demos dois exemplos: Paulo trabalha com Fernando e Organizaes Religiosas possuem Instncias Administrativas. na rea Relationship Types que se define quais as relaes possveis a serem traadas: trabalha com..., possui..., amigo de..., etc.

O List ViewO contedo das pastas do Navigation View exibido no List View. E nessa rea se tem acesso a uma srie de propriedades de cada item e possvel abri-los e edit-los.

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O Detail ViewO contedo dos itens abertos no List View aberto no Detail View.

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Um tutorial pelo Nvivo 8Muitos conceitos foram apresentados at aqui e sua memorizao pode ser um pouco difcil. Por isso, idealizamos este breve tutorial, atravs do qual voc poder tomar um contato mais prximo e experiencial com as ferramentas de anlise. O que faremos aqui abrir um arquivo do Nvivo que traz muitos exemplos de como se pode realizar uma anlise qualitativa assistida por software. Navegando atravs dele, voc poder reforar o aprendizado de alguns dos contedos expostos anteriormente. Chama-se Projeto ao arquivo criado pelo Nvivo e que contm os dados a serem analisados, bem como os nodes, memos, etc. Em outras palavras, Projetos so arquivos do Nvivo da mesma forma que os Documentos so os arquivos do Microsoft Word, ou que as Planilhas so os do Excel. Ao apresentarmos o ambiente de trabalho do Nvivo na seo anterior, j vislumbramos um pouco dos componentes de um projeto. A presente seo visa introduzir no manuseio daqueles itens, apresentando o bsico da anlise de dados qualitativos com uso de software.

Abrindo um Projeto j existente Abra Nvivo 8, a partir do Menu Iniciar. Clique em INICIAR > TODOS OS PROGRAMAS > QSR > NVIVO 8 > NVIVO 8 Ao iniciar o Nvivo, a tela de apresentao do programa exibe uma lista dos projetos mais recentes que foram trabalhados no seu computador. H tambm a opo de criar um novo projeto (atravs do boto New Project) e a de abrir algum que no esteja listado (atravs do boto Open Project).

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Vamos abrir primeiramente algum projeto j existente para conhecer melhor a estrutura do software e melhor visualizar alguns dos itens de que tratamos acima. Abra o Projeto que o software j traz como exemplo desde sua instalao, denominado Volunteering. Clique em seu nome na lista inicial de projetos. O Navigation View j exibir rea de sources e suas pastas.

Abrindo os Documentos (Sources) de um ProjetoPerceba que algumas dessas pastas tm o smbolo + assinalado na frente de seus nomes. Clique no smbolo + localizado em frente pasta Internals. Agora sero exibidas as subpastas contidas dentro de Internals. Elas foram todas criadas pelo autor do projeto com o fim de guardar e organizar o seu material a ser analisado. Ao clicar no nome de qualquer uma delas, seu contedo ser exibido no List View. Clique na pasta Focus Groups._________________________________________________________________________________

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Abaixo a figura mostra o contedo que deve ser exibido aps essa operao.

Percebemos ento que dentro desta pasta, o usurio possui 4 documentos: uma transcrio de um grupo focal realizado com pessoas no prestam trabalho voluntrio (Non Volunteers), um vdeo gravado durante o grupo de no-voluntrios (Video Non Volunteers) e duas transcries de grupos focais com indivduos que realizam trabalhos voluntrios (Volunteers Group 1 e Volunteers Group 2). O cone indica que o documento em questo indica que est em algum formato

textual e o cone de vdeo.

(os cones e indicariam documentos de udio e imagem, respectivamente) Uma srie de informaes exibida nas colunas referentes a cada documento exibido no List View. A primeira, sem ttulo, mostra que h um Memo associado ao primeiro documento. Ou seja, o autor do projeto escreveu algum texto comentando ou analisando aquele documento. Isso pode ser percebido atravs do smbolo que foi marcado nessa coluna. A coluna denominada Nodes exibe quantos dos nodes existentes foram usados para codificar cada documento. A coluna References exibe o nmero de vezes que o documento foi codificado. Veremos adiante com mais detalhes o que significam esses nmeros. As demais colunas trazem informaes mais gerais, como data de criao do documento, as iniciais do autor e a data da ltima vez em que foi editado. D um clique duplo sobre o documento Non Volunteers para abrir o seu contedo e exib-lo no Detail View.

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A imagem acima corresponde ao contedo de Non volunteers Como dissemos anteriormente, possvel abrir mais de um documento ao mesmo tempo e navegar atravs deles com o auxlio de abas de modo semelhante ao que fazem os recentes navegadores de internet para abrir diversos sites simultaneamente. Ento, para abrir tambm o documento Volunteers Group 1, d um clique duplo sobre seu nome, exibido na List View.

A figura acima exibe como fica o Detail View com os dois documentos abertos. Com o auxlio da barra de ferramentas de edio de textos, voc pode alterar a formatao original da maneira como lhe parecer mais conveniente e interessante:_________________________________________________________________________________

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Os botes e o formato seguem o padro Microsoft, facilitando a adaptao daqueles que j so usurios de programas dessa empresa. Abra ento o documento que est em formato de vdeo. Para isso, d um clique duplo sobre o documento Video Non Volunteers na List View.

Percebemos que todo ambiente de visualizao de vdeos bem diferente daquele anterior, de textos. O espao direita reservado para que seja exibida a transcrio das falas que deve ser realizada pelo prprio usurio. Em outras palavras, o ambiente de trabalho do Nvivo pode variar de acordo com o tipo de material utilizado e de operao que voc for realizar. Vamos ento abrir outros tipos de documentos suportados pelo Nvivo. Clique na pasta Photo Prompts, localizada dentro de Internals, exibida no Navigation View. O List View exibir seu contedo, um conjunto de 4 imagens. D um clique duplo na Child care. imagem denominada

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A rea de imagens diferente das duas anteriores. O espao direta tem a finalidade de comportar comentrios e anlises e podem ser referidos imagem como um todo ou a sees e trechos especficos dela, que o usurio pode selecionar com o mouse. Agora abriremos um arquivo de udio: Clique na pasta Interviews, tambm localizada dentro de Internals, no Navigation View. Dentro dela h uma srie de documentos, a maioria deles textual. Mas podemos perceber, de acordo com os icones referentes, que h um documento de vdeo (Cross Cultural Solutions - Dharamasala) e outro de audio (Peter). Com um clique duplo, abra o documento Peter

Assim como na rea para trabalhar com vdeos, tambm aqui se pode inserir as transcries. No exemplo acima,_________________________________________________________________________________

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em especfico, o autor do projeto optou por no faz-lo, trabalhando somente com o udio em sua forma original.

Nodes: o material categorizadoSobre a noo de codificao em anlise qualitativa Dissemos anteriormente que a principal funo de um software de anlise qualitativa como o Nvivo a de fornecer uma plataforma de classificao dos materiais de anlise, a partir do que so possveis buscas, combinaes e formas avanadas de explorao dos dados. Chamamos Codificao (coding) a essa tarefa de classificar pores dos dados. Para melhor compreender do que trata a codificao, tomemos o trecho de texto abaixo, retirado de um grupo focal de uma pesquisa sobre juventude. O objetivo dessa parte da pesquisa em questo era o de captar os significados acessados pelos jovens (definidos, a princpio de forma puramente etria, de 15 a 25 anos, para os termos do recorte amostral) para caracterizarem o que juventude e ento associar isso a suas vivncias e experincias cotidianas.Moderador: E eu gostaria que a gente pensasse um pouco sobre essa palavra, juventude... Quando vocs falam juventude, o qu que vm na cabea de vocs? Outra coisa: quero saber e se vocs se consideram jovens, e se sim, por qu? O qu que identifica vocs como jovens? Menina 1: Acho que eu sou jovem, porque eu estou naquela fase em que a gente fica meio no meio, sabe? Voc est a fim de ter um tempo de zoar um pouco, de curtir com os amigos e tal; mas voc tambm tem um monte de responsabilidades, escola, famlia... Ento voc tem um monte de coisas que esto a e que so intermedirias, n? Voc fica meio naquela fase em que tem que escolher sempre, sempre. Ento eu acho que isso caracteriza o jovem. Menino 1: Eu acho que juventude aquela parte da transio, aquela ponte que leva da infncia e pr-adolescncia para a vida adulta. Porque nessa parte [da vida] em que a gente, comea a trabalhar, em que a gente escolhe o que vai querer ser no futuro, o que a gente vai fazer; escolhe tambm o que a gente vai fazer para chegar naquele ponto, como vai alcanar este objetivo. Eu acho que isso que define o jovem, estar lutando, pra assim, garantir o seu futuro, como uma carreira, ... Menino 2: Voc deixa de ser jovem depois de uma determinada poca, em que voc j tem responsabilidades mais srias como no caso trabalhar, ter que, por ventura, sustentar algum, etc. Mas antes disso, jovem. Curtindo a vida... Menino 1: Mas se a pessoa mesmo se ela tiver um filho, na adolescncia, ela tambm continua sendo jovem, mesmo trabalhando [discordando do Menino 2]

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Suponhamos que nesse trecho, como em todo grupo focal, tenhamos percebido uma recorrncia de certas caracterizaes, isto , de significados iguais ou semelhantes chamados baila para definir o que juventude. Seria interessante ento fazer alguma marca no texto toda vez que um mesmo significado surgisse, de forma que pudssemos depois ler somente as passagens marcadas para procurar tendncias, contraposies, diferenas marginais ou centrais entre as falas dos participantes, etc. Os Nodes seriam justamente essas marcaes. Mas continuemos com o exemplo. Nele, ao invs do Nvivo e de seu esquema de Nodes, suponhamos que optamos por grifar com canetas coloridas cada tema ou significado. A legenda abaixo identifica as cores de cada cdigo: : Transio, fase intermediria : Diverso, descompromisso : Necessidade de fazer escolhas : Responsabilidades, trabalho O texto codificado ficaria assim:Menina 1: Acho que eu sou jovem, porque eu estou naquela fase em que a gente fica meio no meio, sabe? Voc est a fim de ter um tempo de zoar um pouco, de curtir com os amigos e tal; mas voc tambm tem um monte de responsabilidades, escola, famlia... Ento voc tem um monte de coisas que esto a e que so intermedirias, n? Voc fica meio naquela fase em que tem que escolher sempre, sempre. Ento eu acho que isso caracteriza o jovem. Menino 1: Eu acho que juventude aquela parte da transio, aquela ponte que leva da infncia e pr-adolescncia para a vida adulta. Porque nessa parte [da vida] em que a gente, comea a trabalhar, em que a gente escolhe o que vai querer ser no futuro, o que a gente vai fazer; escolhe tambm o que a gente vai fazer para chegar naquele ponto, como vai alcanar este objetivo. Eu acho que isso que define o jovem, estar lutando, pra assim, garantir o seu futuro, como uma carreira, ... Menino 2: Voc deixa de ser jovem depois de uma determinada poca, em que voc j tem responsabilidades mais srias como no caso trabalhar, ter que, por ventura, sustentar algum, etc. Mas antes disso, jovem. Curtindo a vida... Menino 1: Mas se a pessoa mesmo se ela tiver um filho, na adolescncia, ela tambm continua sendo jovem, mesmo trabalhando [discordando do Menino 2]

Dessa maneira, todo colorido, se torna at complicadas a leitura e a interpretao dos cdigos. Um meio de facilitar isso seria criar um documento extra, que pudesse agrupar por cdigo-tema e por participante cada trecho do texto original:_________________________________________________________________________________

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: Transio, fase intermediria Acho que eu sou jovem, porque eu estou naquela fase em que a gente fica meio no meio (...) Ento voc tem um monte de coisas que esto a e que so intermedirias. (Menina 1) Eu acho que juventude aquela parte da transio, aquela ponte que leva da infncia e pradolescncia para a vida adulta. (Menino 1)* *

: Diverso, descompromisso Voc est a fim de ter um tempo de zoar um pouco, de curtir com os amigos e tal (Menina 1) Mas antes disso, jovem. Curtindo a vida... (Menino 2)* *

: Necessidade de fazer escolhas Voc fica meio naquela fase em que tem que escolher sempre, sempre (Menina 1) em que a gente escolhe o que vai querer ser no futuro, o que a gente vai fazer; escolhe tambm o que a gente vai fazer para chegar naquele ponto, como vai alcanar este objetivo. (Menino 1)* *

: Responsabilidades, trabalho mas voc tambm tem um monte de responsabilidades, escola, famlia... (Menina 1) Porque nessa parte [da vida] em que a gente, comea a trabalhar (...). Eu acho que isso que define o jovem, estar lutando, pra assim, garantir o seu futuro, como uma carreira, ... Mas se a pessoa mesmo se ela tiver um filho, na adolescncia, ela tambm continua sendo jovem, mesmo trabalhando (Menino 1) Voc deixa de ser jovem depois de uma determinada poca, em que voc j tem responsabilidades mais srias como no caso trabalhar, ter que, por ventura, sustentar algum, etc. (Menino 2)

Temos ento uma forma de verificar o que cada participante disse a respeito de determinado tema e podemos agora averiguar se em algum momento se contradizem, concordam ou discordam uns dos outros e assim por diante. Cada um desses agrupamentos temticos seriam os nodes de nossa pesquisa, ou seja, seriam cdigos que _________________________________________________________________________________ 22

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foram aplicados ao material e que tem a finalidade de proporcionar uma leitura diferenciada, mais sistemtica. A tcnica de partio do material qualitativo em categorias analticas bastante usada e remonta vertente de anlise textual chamada Anlise de Contedo Clssica (que na verdade era mais uma anlise quantitativa do que qualitativa, uma vez que se tratava de tcnicas estatsticas aplicadas aos textos). Muitos realizam a codificao manualmente, recortando ou copiando o material para fichas de codificao. Outros preferem trabalhar com o material texto em sua forma eletrnica e ento criam documentos em editores de texto (ou de imagem, udio ou vdeo) para onde possam recortar e colar os trechos agrupados por cdigos (foi atravs dessa operao que criei o exemplo acima, simulando a no-utilizao do Nvivo). Mas a codificao manual traz muitas limitaes. Quando se trabalha com o material impresso, por exemplo, difcil manusear uma grande quantidade de informaes e mant-las sempre organizadas. Alm disso, caso o analista esteja aplicando cores diferentes de sublinhado para diferenciar a marcao de cada cdigo, incorre-se em grandes dificuldades quando um mesmo trecho versa sobre dois ou mais temas: sublinh-lo de vrias cores ao mesmo tempo pode tornar a leitura ainda mais confusa. Uma soluo imprimir diversas cpias do material para ento aplicar a cada uma somente um cdigo. Mas ento seria um volume ainda maior de elementos para lidar e controlar. Outra dificuldade ainda se destaca, e se aplica tanto ao caso do material impresso como em formato eletrnico. Trata-se da limitao das possibilidades de busca por passagens e citaes especficas, que possibilitariam, por exemplo, perceber que no incio do grupo focal um participante afirmou algo sobre o que passou a discordar durante o correr das intervenes dos outros indivduos. Ou ainda: seria possvel saber se um mesmo trecho est codificado em mais de um tema ou se h temas que sempre ocorrem simultaneamente porque podem ter alguma relao entre si. justamente para superar dificuldades desse tipo que o Nvivo foi idealizado. Seu sistema de Nodes permite inmeras formas de combinao, busca e leitura. E tem a vantagem adicional de compilar tudo num nico arquivo de computador, no havendo a necessidade de ter documentos especficos para cada componente do material de anlise._________________________________________________________________________________

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Visualizando materiais codificados em um projeto Vamos ento abrir algum Node existente e verificar de que forma os contedos codificados ficam guardados no Nvivo. Clique no boto da rea de Nodes no Navigation View.

Vemos agora todas as pastas que fazem parte desta rea. E o List View exibe os itens que esto contidos em cada uma delas (perceba que as colunas que exibem as caractersticas de cada node so diferentes daquelas encontradas na rea de Sources. Adiante trataremos do significado dessas indicaes). A primeira pasta a de Free Nodes. Como j discutido acima, trata-se de cdigos que no mantm relao hierrquica entre si. Percebemos que h quatro Free Nodes no projeto Volunteering. No List View, d um clique duplo no node Motivation para abri-lo.

Sua exibio no Detail View levemente diferente daquela dos Sources. Em primeiro lugar, o Nvivo cria um cabealho que exibe o nome e a localizao dentro das pastas do projeto referente ao documento de origem de cada trecho citado: Ex: Ento mostra quantos trechos daquele mesmo documento foram codificados com aquele node. No caso de nosso exemplo, 9 trechos de texto do documento Non Volunteers foram codificados com o node Motivation. E esses trechos, em conjunto, representam 22,97% daquele texto, indica o Nvivo.

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Ento, o Nvivo passa a mostrar uma por uma, todas essas passagens que foram codificadas no documento em questo. A esses trechos References. citados, o Nvivo denomina

Aps terminar a listagem de cada Reference, surge um novo cabealho que indica informaes sobre outro documento, mostrando tambm o nmero de trechos dele que esto codificados no node e qual a proporo que representam da sua totalidade.

E, desta maneira, temos uma noo da origem das informaes que compem os nodes. Ainda no Detail View de um node, podemos perceber algumas abas localizadas na lateral direita, com os ttulos: Summary, References, Text, Pictures, udio e Vdeo. Por padro, o Nvivo abre um node j exibindo a aba_________________________________________________________________________________

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References. atravs dela que navegamos por todos os trechos de material qualitativo codificado pelo node em questo, como podemos perceber no exemplo acima. No entanto, o usurio pode preferir visualizar somente o material textual ou ento apenas as imagens. Para isso, basta selecionar essas opes a partir das abas referentes. Mas importante destacar que a aba References no traz o contedo nem das imagens, nem dos udios e nem dos vdeos, mas somente as transcries ou comentrios feitos pelo usurio:

Desta maneira, somente nas abas especficas possvel ter acesso completo aos contedos multimdia. A aba Summary traz apenas um resumo geral da codificao, mostrando o nome dos documentos, quantas References de cada um foram codificadas, e qual a proporo que essas representam com relao ao tamanho total de seus documentos de origem. Tree Nodes e Free Nodes Toda a codificao que visualizamos at agora dizia respeito ao Free Node chamado Motivation. Ocorre, porm, que dissemos acima que h diferenas entre os tipos de nodes existentes: os Tree Nodes esto organizados hierarquicamente e os Cases so nodes que podem receber atributos (Attributes), tal como variveis quantitativas. Vamos primeiramente abrir um Tree Node. Clique na pasta Free Nodes, localizada na rea de Nodes do Navigation View. 26

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O List View exibir uma lista de todo contedo existente dentro dessa pasta. A maior parte bem semelhante ao da pasta de Free Nodes. H a caracterizao de cada item atravs das colunas Sources, References, data de criao, de modificao, etc.

No entanto, ao lado de cada node, h tambm o smbolo +, que indica ramificao. Isto , h subitens que partem de cada um dos nodes. Clique no simbolo + referente ao node personal goals.

Uma lista vai se abrir, exibindo os nodes-filho (child node) de personal goal (que pode ser entendido como um node-pai, ou parent-node, em ingls). Em outras palavras, cada node que possui o smbolo + ao seu lado, pai daqueles que se ramificam a partir dele. Inversamente, aqueles que partem de uma ramificao so sempre filhos daqueles de que se ramificam Cada node-filho tm suas prprias caractersticas e propriedades, como podemos ver pelas diferentes_________________________________________________________________________________

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informaes que as colunas apresentam sobre cada um deles. Vamos abrir um desses nodes-filho: D um clique duplo no node helping others.

O Detail View abre uma aba que contm o contedo codificado por esse node. Como podemos perceber, ele idntico ao de um Free Node. Ou seja, Free Nodes e Tree Nodes so basicamente idnticos e servem s mesmas funes, a nica diferena quanto forma como so organizados dentro do Nvivo. E essa organizao, que pode ou no ser hierrquica, tem a nica e exclusiva finalidade de servir como uma plataforma de trabalho para o usurio do software; isto , no h obrigao alguma de usar sempre um ou outro tipo de node: o usurio opta por aquele com o qual mais se sente confortvel para traduzir sua forma de pensar e pode usar um ou outro tipo quando bem entender. Os Cases Nessa seo conheceremos um pouco mais dos nodes do tipo Cases. A princpio possuem as mesmas funes que tambm possuem os Tree Nodes e os Free Nodes, ou seja, se aplicam a determinadas partes e trechos do material, codificando-o. Para acessar os Cases, clique na pasta Cases, que fica dentro da rea de Nodes do Navigation View.

Da mesma forma que nas outras vezes, o seu contedo aparecer na List View._________________________________________________________________________________

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O cone que indica cada elemento da lista diferente tanto daquele dos Free Nodes quando do dos Tree Nodes, no entanto, nos demais aspectos, o ambiente do software o mesmo. D um clique duplo no Case denominado Anna para abri-lo no Detail View.

A princpio, as informaes do Detail View desse case nada trazem de diferente daquela dos outros nodes. Mas, se repararmos bem, logo vemos que esto ausentes as abas referentes aos formatos de imagem, udio e vdeo. Isso ocorreu nesse caso porque no havia nenhum material desses tipos codificado com esse node. Mas se houvesse, as outras abas estariam disponveis. Se voc desejar, pode explorar mais esse projeto do Nvivo e verificar outros Cases para averiguar as opes disponveis. Importante frisar que Cases tambm podem ser ordenados de forma hierrquica, assim como os Tree Nodes. Nesse exemplo especfico no h nenhum. No entanto, nada impediria que fossem criados. Mais adiante veremos como faz-lo, no momento em que tratarmos da criao de um projeto prprio.

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Bem, at aqui os Cases nada se diferenciaram de simples Tree Nodes. Mas j mencionamos que eles tm uma propriedade adicional: podem receber atributos e classificaes extras, que contenham informaes teis para os fins da analise. Vejamos o que so esses atributos. Clique com o boto direito do mouse sobre qualquer um dos cases exibidos na List View e ento selecione Case Properties..., que a penultima opo do Menu Contextual2 (ver figura ao lado).

Uma caixa de dilogo surgir. Ela contm duas abas, a primeira denominada General e a segunda, Attribute Values.

A primeira aba mostra informaes gerais do Case. Essas mesmas informaes tambm esto disponveis para os Sources e outros tipos de Nodes basta apenas clicar com o boto direito para acessar o Menu Contextual e selecionar a opo Properties ou similar. O diferencial dos cases a segunda aba. Vamos acess-la para saber de seu contedo. Clique sobre o ttulo da aba Attribute Values.

Chama-se de Menu Contextual a todo painel que exibido aps um clique com o boto direito do mouse. Seu aspecto contextual d-se devido ao fato de que a gama de opes varia de acordo com o local em que o usurio clicou. Na rea de Sources, por exemplo, seriam diferentes das disponveis na rea de Nodes, e assim por diante. _________________________________________________________________________________ 30

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As informaes so apresentadas no formato de uma tabela com duas colunas e vrias linhas. Cada linha representa um atributo (Attribute). Na primeira coluna, so exibidos os seus nomes e, na segunda, o valor que cada caso assume para cada atributo. Por exemplo, no caso Anna, o valor do atributo Age Group 20-29, enquanto que para Annette, o valor para o mesmo atributo 40-49. Em outras palavras, os atributos so os mesmos para todos os casos, o que se altera o valor que cada caso apresenta. Importante frisar que tanto os atributos existentes quanto os seus valores so criados pelo usurio. Os exemplos de cases que o Nvivo trouxe atravs do projeto Volunteering dizem respeito s falas de cada indivduo que respondeu aos grupos focais ou entrevistas. Dessa forma, trata-se de uma codificao onde o analista criou cdigos especficos para cada indivduo e ento buscou em todo o material os momentos em que se manifestaram. Os atributos so caractersticas todos os indivduos que foram abordados pela pesquisa sobre voluntariado possuam: idade, pas de origem, ocupao remunerada, se praticavam ou no voluntariado, grau de escolaridade, se alguma vez na vida prestou trabalho voluntrio e sexo. A Ajuda do programa (Nvivo 8 Help) 3 traz uma interessante ilustrao que pode auxiliar na compreenso dessa funo dos Cases:

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Possvel de ser acessada atravs do Menu Help, clicando no item Nvivo Help. _________________________________________________________________________________

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A figura acima, supostamente as falas de Anna apareceram em dois documentos distintos. Elas foram ento codificadas com um Case especificamente criado para aquela entrevistada. Os valores dos atributos do Case j foram preenchidos pelo prprio usurio com as caractersticas de Anna: ela do sexo feminino, est na faixa dos 20 anos de idade e trabalha em meio perodo (esses atributos da figura so diferentes daqueles do exemplo retirado do projeto sobre voluntariado). O Casebook Se formos criar um case para cada participante de grupos focais ou pessoas com que realizamos entrevistas, temos que atribuir para todos eles os valores dos Attributes. No entanto, se toda vez que fossemos consultar os valores de um ou outro caso tivssemos que repetidas vezes acessar a opo Case Properties no Menu Contextual4, certamente isso seria repetitivo e moroso. por esse motivo que o Nvivo possui o Casebook, que uma matriz de dados compilados a partir dos atributos de todos os cases. Para acessar o Casebook, clique no menu Tools, em acesse o item Casebook e escolha a opo Open Casebook.

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Confira o item anterior para saber como isso pode ser feito. _________________________________________________________________________________

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O Detail View ento exibir o Casebook tal como faria com um Source ou um Node:

Agora possvel ter um acesso resumido e rpido s informaes de todos os participantes. Como podemos perceber, esses dados todos so expostos na forma de um banco de dados. E o Nvivo permite que voc, a partir do Casebook, gere uma planilha de para o Microsoft Excel e ento trabalhe essas informaes com o auxlio das ferramentas desse software.

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Comandos e ferramentas bsicas do Nvivo 8Agora que voc j tem uma maior familiaridade com o software e sua utilidade, passaremos a tratar de como se pode construir um projeto no Nvivo, introduzir os documentos nele, criar os nodes, realizar as codificaes e buscas. Aps essa seo, voc estar apto a utilizar as ferramentas bsicas do Nvivo para a sua pesquisa qualitativa. No entanto, ressaltamos que h ainda muitos recursos avanados de anlise dos quais no trataremos nessa apostila, visto que se trata de uma proposta apenas de introduo ao uso deste software. Dvidas, curiosidades ou aprofundamentos podem ser discutidos durante as aulas. Tambm o autor se disponibiliza a conversar sobre quaisquer tpicos relativos ao Nvivo via e-mail.

Iniciando um novo ProjetoSe voc acabou de abrir o Nvivo, estar frente tela de boas vindas.

Clique ento no boto New Project, localizado na parte inferior.

Ou, se preferir ou estiver em outro lugar dentro do software (que no na tela inicial),

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Clique no menu File e ento na opo New Project.

Uma caixa de dilogo se abrir.

Insira ento o ttulo do projeto no campo especificado (Title). Se desejar, faa tambm uma pequena descrio sobre os objetivos da anlise, seus mtodos e a conduo da pesquisa no campo chamado Description. Em seguida, clique no boto Browse para especificar um nome para o arquivo e o local onde deseja salv-lo. Em seguida, clique em OK.

Aps ter criado o projeto, o nome que voc especificou ficar exibido na barra de ttulo do Nvivo.

Criando pastas para organizar seus materiaisComo j comentamos antes, possvel criar pastas dentro do seu projeto para que os materiais estejam mais bem organizados segundo critrios que voc julgar importantes. Para criar uma pasta, Dentro do Navigation View, clique na rea de Sources. Escolha ento uma das pastas que j foram criadas automaticamente pelo Nvivo, como por exemplo a Internals (que armazena os documentos internos, que podem ser abertos e trabalhados dentro do Nvivo). Clique ento no menu Project e selecione a opo New Folder (nova pasta). Ou ento clique com o boto direito sobre o nome Internals no Navigation View e selecione a opo New Folder 35

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Uma caixa de dilogo semelhante quela de quando voc criou um projeto ser exibida.

Especifique um nome e uma descrio, caso deseje. Ento clique em OK.

Agora a pasta Internals ser marcada com o smbolo + sua esquerda, indicando que possui ramificaes.

Importando DocumentosDocumentos Textuais Mais acima, j especificamos os tipos de documentos de texto que o Nvivo 8 pode abrir, mas insistimos em repetilos aqui. doc, docx, rtf, txt e pdf. O Nvivo consegue reconhecer imagens e tabelas que estiverem presentes (e voc tambm pode codific-las normalmente). No entanto, desenhos feitos com o uso do Microsoft Word, cabealhos, rodaps e notas (de fim ou de p de pgina) no so reconhecidos. Se voc desejar que seu contedo esteja presente no documento, deve antes format-lo de maneira apropriada. Para importar um documento de texto, Dentro da rea de Sources do Navigation View, selecione a pasta para na qual voc deseja guardar seu documento. Deve ser a Internals ou alguma de suas sub-pastas que voc pode ter criado. Clique no menu Project e selecione a opo Import Internals. Ou ento clique com o boto direito sobre a rea em branco no List View, j dentro da pasta para a qual voc deseja importar 36

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o arquivo e selecione a opo Import Internals dentro do Menu Contextual. Uma caixa de dilogo se abrir.

Clique no boto Browse e ento especifique onde o documento se encontra dentro de seu computador. (caso se trate de mais de um documento, voc pode selecion-los simultaneamente, mantendo pressionada a tecla CRTL e ento clicando no nome de cada um deles). Clique, em seguida, no boto Open.

Mas h, no entanto, diversas opes dentro da caixa de dilogo de importao de documentos. Abaixo, descrevemos cada uma delas, para que oportunamente voc possa utilizar.

Opo Create Description

Descrio Com essa opo, o primeiro pargrafo do texto usado como descrio geral de seu contedo (do mesmo tipo daquelas que se especifica nas caixas de dilogo que aparecem quando se cria um projeto novo ou uma pasta). Codifica o documento inteiro em um Case. uma opo bastante til quando se trata de um documento que no envolva mais de uma unidade de anlise. Por exemplo: uma entrevista, mas no um grupo focal em que seria prefervel, dependendo dos objetivos do analista, criar um case para cada participante. Um novo case criado O documento marcado como somente de leitura, o que o protege impedindo edies textuais e modificaes no contedo.

Code sources at new cases located under

Create as read-only

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Aps ter importado o documento, outra caixa de dilogo exibida.

Especifique um nome e uma descrio e clique em OK .

Os documentos importados aparecero ento na List View, dentro da pasta especificada. Documentos de udio ou Vdeo Como j dissemos no incio da apostila, o Nvivo 8 somente pode importar arquivos nos seguintes formatos: o udio: wav, mp3 e wma o Vdeo: mpg, mpeg, mpe, mp4, avi, mov, wmv e qt A importao de materiais de udio e vdeo, de incio, no se distingue muito daquela de textos: Dentro da rea de Sources do Navigation View, selecione a pasta (Internals ou alguma de suas sub-pastas) para na qual voc deseja importar o arquivo de udio ou vdeo. Clique no menu Project e selecione a opo Import Internals. Ou ento com o boto direito, clique sobre a rea em branco no List View, j dentro da pasta para a qual voc deseja importar o arquivo e selecione a opo Import Internals dentro do menu contextual.

A mesma caixa de dilogo que fora usada para a localizao dos arquivos de texto ser exibida._________________________________________________________________________________

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Clique no boto Browse e especifique o lugar onde o documento se encontra. D Ok. Em seguida, clique em Open. As mesmas opes descritas acima estaro disponveis, selecione aquelas que voc desejar.

Da mesma forma que com os documentos de texto, outra caixa de dilogo se abrir. Ela se assemelha muito quela da importao de textos. No entanto, tem uma aba a mais, com opes especficas. Nesse momento, voc pode escolher se o arquivo de udio ou vdeo ser incorporado ao do projeto do Nvivo e ser ento compilado um arquivo nico ou se ele estar localizado fora do projeto, mas com a possibilidade de edio e codificao tal como os demais documentos. O Nvivo chama queles arquivos que foram incorporados de Embeddeds e queles que no o foram de Not Embeddeds5. Se o udio ou o vdeo forem incorporados no projeto do Nvivo, esse ltimo se tornar um arquivo maior, logo, tambm mais pesado que pode comprometer o processamento do computador. No entanto, se o usurio escolher que ele continue sendo um arquivo em separado, ter sempre que se lembrar de copiar e armazenar corretamente todos os componentes do projeto, sempre que for trabalhar em algum outro computador ou simplesmente mover seus documentos de um lugar para outro dentro do Windows ou de outro sistema operacional. A figura abaixo ilustra essa aba adicional para arquivos de udio ou vdeo.

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Not Embedded no o mesmo que External (arquivo externo), pois esses ltimos no podem ser abertos e codificados. _________________________________________________________________________________

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Escolha a opo Embedded in Project caso queira incorpor-lo no arquivo do projeto.

Ou ento, Escolha a opo Not embedded file location para mant-lo separadamente. Nesse caso necessrio especificar um local para que o Nvivo salve uma cpia do arquivo ( a cpia que se torna incorporada, e no o original)

Imagens O Nvivo pode importar imagens dos seguintes tipos de arquivo: bmp, gif, jpg, jpeg, tif e tiff. A importao de imagens tambm semelhante aos demais tipos, inicialmente. Dentro da rea de Sources do Navigation View, selecione a pasta (Internals ou alguma de suas sub-pastas) para na qual voc deseja importar o arquivo de udio ou vdeo. Clique no menu Project e selecione a opo Import Internals. Ou, com o boto direito, clique sobre a rea em branco no List View, j dentro da pasta para a qual voc deseja importar o arquivo e selecione a opo Import Internals dentro do menu contextual.

A caixa de dilogo para importao de documentos ser exibida. Clique no boto Browse e especifique o lugar onde a imagem se encontra e cliquem em Ok. Em seguida, clique em Open. Haver as mesmas opes que estavam disponveis para a importao de texto, udio e vdeo.

A caixa de dilogo das propriedades da imagem ser exibida. Altere os seus parmetros conforme for necessrio.

Criando NodesExistem diversas maneiras de criar nodes no Nvivo. E no se trata somente de opes que garantem o conforto do usurio (apesar de se tratar disto tambm): elas podem ter funes analticas especficas, como veremos. _________________________________________________________________________________ 40

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Criando Nodes a partir do List View Como vimos no caso da importao de documentos, sempre que clicamos com o boto direito sobre a rea em branco do List View, acessamos um menu contextual que traz as principais opes referentes ao local em que o usurio se encontra dentro do Nvivo. Assim, seguindo essa lgica, vamos abrir a rea de Nodes no Navigation View para que o List View exiba o contedo de suas pastas. V at a rea de Nodes do Navigation View, selecione a pasta do tipo de node que voc quer criar (Free Nodes, Tree Nodes, Cases, etc.). Suponha que desejamos criar um Tree Node.

O List View exibe agora o contedo da pasta de Tree Nodes, que deve estar vazio, caso se trate de um novo projeto. Clique com o boto direito do mouse sobre a rea em branco do List View e escolha a opo New Tree Node a partir do menu contextual.

Uma caixa de dilogo ser exibida. D um nome e uma descrio ao node, conforme suas intenes. Para criar um filho (child node) de um Tree Node ou um Case, ao invs de clicar em alguma rea em branco do List View, clique sobre o nome daquele que voc quer que seja o node-pai (parent node). O restante do procedimento o mesmo. Criao de Nodes atravs de codificao automtica As ferramentas de codificao automtica requerem um conhecimento intermedirio sobre o Nvivo, por isso no, por isso no sero abordadas aqui. Somente mencionaremos sua existncia e potencialidades. Mais adiante algumas delas sero tratadas em sees especficas. Uma das formas de codificao automtica a baseada na estrutura do texto. O Nvivo capaz de reconhecer a estrutura hierrquica de organizao de um texto (estrutura de tpicos) 6, e assim atribuir cases ou tree nodes especficos para cada nvel (ex.: Ttulo 1, Ttulo 2, corpo do texto, etc.).

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Para mais informaes sobre esse tema, consulte a ajuda do Microsoft Word. _________________________________________________________________________________

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Outra forma de codificao a por pargrafos: o Nvivo faz uma varredura do texto e toda vez que encontrar uma marca de pargrafo ( ), criar um novo node. H tambm a possibilidade de que os resultados das buscas avanadas por contedos e nodes (Queries) possam gerar novos nodes. Essa a modalidade mais comum de codificao automtica e sobre a qual mais vamos nos delongar adiante. Criando Nodes durante a codificao O Nvivo tambm fornece a possibilidade de que nodes sejam automaticamente criados durante o prprio processo de codificao. Trata-se da chamada codificao In Vivo nome esse retirado de uma abordagem tpica da vertente de anlise qualitativa denominada Grounded Theory. Como ainda no abordamos as formas de codificao, no vamos ainda explicar como se cria nodes In Vivo, mas trataremos desse ponto na prxima seo.

Codificao do materialAps o primeiro passo, que criar um projeto e importar documentos para dentro dele, inicia-se a anlise qualitativa propriamente dita. E uma das atividades mais importantes a leitura e a codificao dos materiais. O significado exato de cada cdigo, as regras de aplicao, os marcos interpretativos: tudo isso depende da perspectiva terica partilhada pelo analista. Mas, no importando qual posio o pesquisador assuma, um bom domnio das ferramentas que o Nvivo prov para essas atividades pode auxiliar muito para uma boa pesquisa. O objetivo desta seo justamente o de ensinar a codificar o material qualitativo com o uso do Nvivo.

Codificando em Nodes j existentesNas sees anteriores vimos como criar nodes a partir do List View. Agora a prxima coisa a fazer aplic-los aos documentos que importamos. H diversas maneiras de se realizar esse procedimento. Vamos demonstrar 3 delas aqui. Codificando atravs da Barra de Menus O primeiro passo, comum a todas as maneiras de codificar, abrir o documento desejado no Detail View._________________________________________________________________________________

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Selecione o trecho do documento que voc deseja codificar clicando com o mouse e arrastando o seu cursor at o ponto desejado. Clique no Menu Code, selecione o item Code Selection e ento a opo At Existing Nodes.

Abrir-se- uma caixa de dilogo que exibe todos os nodes existentes, dentro de suas respectivas pastas.

Marque os nodes nos quais voc deseja codificar o trecho selecionado do documento. Voc pode marcar vrios nodes de uma s vez. (Se desejar codificar em todos os nodes existentes de uma s vez, clique no boto Select All. Ou se quiser desmarcar todos os que voc marcou, aperte o boto Clear). Aps ter feito a seleo de nodes desejada, clique em OK.

Agora o trecho j est codificado nos nodes selecionados. Para conferir a codificao, abra o node desejado no Detail View, seguindo os procedimentos que ensinamos anteriormente para acessar o contedo de Sources e Nodes.

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Usando a Barra de Codificao (Coding Toolbar) Provavelmente voc deve ter notado a existncia da barra de ferramentas abaixo:

Ela a barra de codificao (Coding Toolbar), que tem a funo de tornar o processo de codificao um pouco mais dinmico. Para codificar por esse caminho, abra o documento desejado no Detail View e selecione o trecho que deseja codificar. Ento, na Coding Toolbar, selecione a opo Name, no primeiro campo. Digite o nome do node no qual voc deseja codificar o contedo escolhido (deve ser de maneira exata, isto , no de forma abreviada e no pode haver quaisquer erros de digitao). Ou ento selecione algum node recentemente usado a partir de uma lista (veja figura abaixo).

Se o node que voc deseja no estiver listado e voc tambm no souber o seu nome de maneira exata, h outra opo: Clique no boto , localizado logo aps a lista dos nodes recentemente usados.

A mesma caixa de dilogo que fora exibida quando executamos a codificao atravs do menu Code surgir.

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Selecione os nodes desejados e clique em OK.

O trecho do documento que fora selecionado ainda no est codificado. Mas agora o campo em que anteriormente voc deveria escrever o nome de um node exibir o node que voc selecionou (caso seja apenas um) ou ento a mensagem: (X nodes selected) caso voc tenha selecionado um nmero X de nodes.

Clique agora no boto

para confirmar.

O trecho desejado ser codificado. _____________________________________________ Observao: Se voc fizer o mesmo procedimento e ao final clicar em , estar descodificando o contedo nos nodes selecionados. Isto , estar removendo a codificao do trecho, mas somente com respeito aos nodes que voc selecionou na caixa de dilogo ou ento cujos nomes escreveu no campo especfico para isso. Desnecessrio dizer que isso s funciona caso o trecho j esteja codificado em algum daqueles nodes. _____________________________________________ Clique e arraste o contedo at o Node Talvez esse que vamos apresentar agora seja o modo mais fcil de codificar. .Em primeiro, abra o documento que voc deseja codificar no Detail View. Em seguida, clique na rea de Nodes dentro do Navigation View e deixe mostra, no List View o node no qual voc deseja codificar o texto. 45

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Selecione o trecho desejado. Clique sobre a seleo, mantenha o boto do mouse pressionado e ento arraste o cursor at o node, no List View, e solte o boto.

O trecho agora j est codificado. possvel re-organizar o layout do ambiente de trabalho do Nvivo para torn-lo mais adaptado para esse tipo de codificao: Clique no menu View e ento selecione o item Detail View e escolha a opo Right.

Agora o Detail View e o List View ficaro lado a lado na vertical. O primeiro direita e o segundo esquerda. Os nodes agora so exibidos sem as suas informaes e caractersticas. Mas possvel ver mais nodes de uma s vez. Essa visualizao tambm pode ser alterada atravs dos botes principal. e , localizados na barra de ferramentas

Outra opo adicional para facilitar a codificao ocultar o Navigation View. Para isso, Clique no menu View e depois na opo Navigation View.

Para exibi-lo novamente, s repetir essa ltima ao.

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Criando Nodes durante a codificaoComo mencionamos acima, durante a prpria codificao j possvel gerar novos nodes. E os passos para isso no se diferem muito daqueles pelos quais codificamos em nodes j existentes. Codificando atravs da Barra de Menus Abra o documento desejado no Detail View e selecione o trecho que voc quer codificar. Clique no Menu Code, selecione o item Code Selection e ento a opo At New Node.

Uma caixa de dilogo se abrir e voc deve digitar o nome do novo node.

Voc tambm dever especificar se o novo node ser um Free Node, um Tree Node, um Case ou uma Relationship. Para isso, Clique no boto Select e escolha uma pasta da rea de nodes. E depois clique em OK.

O novo node foi criado e o contedo selecionado no documento j estar codificado. Voc pode usar esses_________________________________________________________________________________

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novos nodes para codificaes posteriores atravs dos procedimentos da seo anterior. Usando a Coding Toolbar Para codificar por meio da barra de codificao, abra o documento desejado no Detail View e selecione o trecho que deseja codificar. Ento, na Coding Toolbar, selecione a opo Name, no primeiro campo. Digite um nome para o novo node no qual voc deseja. E ento clique no boto confirmar. para

O trecho desejado ser codificado dentro do novo node. Codificao In Vivo A codificao In Vivo um tipo de procedimento que s possvel em documentos textuais. Trata-se de criar um novo node cujo nome o prprio contedo do trecho selecionado. Para realizar a codificao In Vivo, abra o documento desejado no Detail View e selecione o trecho que deseja codificar. Clique com o boto direito sobre o contedo selecionado e escolha a opo Code In Vivo.

O novo node ser um Free Node.

Exibindo as listras de codificao (Coding Stripes)Alm de criar nodes e aplic-los aos materiais, de extrema importncia ter um constante controle do que foi codificado. At agora, sabemos que um meio possvel de ter acesso ao contedo dos nodes exibindo-os no Detail View. Mas durante um longo processo de leitura e classificao do texto, recorrer a cada node no qual se codificou algum trecho de texto pode ser moroso e pouco prtico. por isso que o Nvivo oferece um meio de visualizar o trabalho de codificao a partir da mesma tela do Detail View que exibe o documento. Trata-se das listras de codificao em ingls, Coding Stripes. Abra o documento que desejar. 48

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Clique ento dentro do Detail View, em qualquer parte. Em seguida, acesse o menu View e selecione o item Coding Stripes. Escolha a opo que melhor se adequar aos seus objetivos. (abaixo listamos o significado de cada uma dessas opes).

Agora, do lado direito do documento, uma nova rea ser exibida. Ela composta de 2 partes: a chamada Coding Density e as listras de codificao propriamente.

A listra chamada Coding Density mostra o quo codificado um trecho est: quanto mais nodes forem atribudos, mais escura ela se tornar seus tons variam em tons de cinza, passando de branco (ausncia de codificao) a preto (trecho mais codificado do documento em questo). As listras coloridas se referem aos Nodes. Quando um node codifica alguma parte de um documento, ele mostrado como uma barra vertical alongada logo ao lado.Opo Selected Item... Nodes Most Coding Nodes Least Coding Nodes Recently Coding Descrio Voc pode escolher os nodes que deseja exibir (no h limite de quantidade). Exibe somente os nodes que foram usados com mais freqncia para codificar o documento (o padro exibir os 7 mais usados) Exibe aqueles nodes que foram usados com menor freqncia durante a codificao do documento (o padro exibir os 7 menos usados) Exibe os nodes que foram usados mais recentemente para codificar o documento (os 7 mais recentes). Essa opo tem a vantagem de fazer com que a rea de Coding Stripes se atualize constantemente durante a codificao. Exibe somente a barra do Coding Density.

Coding Density Only

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Show Items Last Selected Number of Stripes

Exibe as listras que voc selecionou da ltima vez que utilizou a opo Select Items... no comando Coding Stripes. Essa opo s se torna disponvel quando voc escolhe uma dentre as opes most, least ou recently coding. Voc pode alterar o nmero padro de listras exibas nessas formas de exibio.

Sobre os Cases e AttributesAnteriormente conceituamos e mostramos o que so os Cases e seus atributos e ento apresentamos como eles podem ser dispostos no Casebook. Esta seo apresentar como cri-los e manuse-los dentro de um projeto. Criando um novo Case A criao de um Case no difere em nada da criao de um node qualquer. Por isso abordaremos aqui apenas uma maneira, mas se voc desejar, pode tentar aplicar outros mtodos, baseando-se na forma como se cria nodes em geral. V at a rea de Nodes do Navigation View, selecione a pasta Cases. Clique com o boto direito do mouse sobre a rea em branco do List View e escolha a opo New Case a partir do menu contextual.

Uma caixa de dilogo ser exibida. D um nome e uma descrio ao novo case criado. Voc pode codificar normalmente qualquer texto com o Case, tal como se fosse um Tree Node ou um Free Node. Criando Attributes Os Attributes no so nodes, mas sim classificaes e caractersticas que se pode atribuir aos Cases. Por isso, no esto dentro da rea de Nodes do Navigation View, e sim em Classifications. V ento at a rea denominada Classifications no Navigation View, selecione a pasta Attributes. Clique, em seguida, com o boto direito do mouse sobre a rea em branco do List View e escolha a opo New Attribute no menu contextual. 50

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Surgir uma caixa de dilogo com duas abas. Na primeira, denominada General Especifique um nome e uma descrio para o novo Attribute. No campo denominado Type, escolha o tipo de informao que o atributo dever conter: Number (para dados numricos), String (para informaes textuais) e Date (para datas).

Na segunda aba voc deve especificar os valores que esse Attribute pode assumir. Por exemplo, se o atributo for o sexo, os valores devem ser masculino e feminino. Mas se fosse idade, poderiam ser faixas etrias, e assim por diante. Clique ento na aba Values.

O Nvivo j ter criado dois valores: Unassigned e Not Applicable. O primeiro deve ser utilizado em caso de ausncia de informao (por exemplo, quando no se sabe a idade de um entrevistado ou seu local de moradia). O segundo ser usado quando a classificao no se aplica a um determinado caso (por exemplo, quando j se sabe que o entrevistado nunca morou em outra cidade, mas h um attribute que pretende saber em qual municpio o indivduo residiu antes do atual nesse caso, essa pergunta no se aplica a ele). No possvel renomear nem deletar esses dois valores. Para criar um novo valor, Clique no boto Add. Uma nova linha surgir na tabela de valores. Digite um nome e uma descrio para o novo valor. 51

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Perceba que a coluna Default traz uma marcao ( ) para o valor Unassigned. Isso significa que se voc no especificar qual o valor num determinado Case, automaticamente o Nvivo atribuir Unassigned para aquele Attribute. Voc pode alterar essa configurao padro marcando qualquer outro valor existente como Default. Configurando os valores de um Attribute em um Case Como mostramos anteriormente, para um mesmo attribute, cada case pode assumir os mais diferentes valores. Um entrevistado pode ter entre 30 e 40 anos, enquanto outro estar na casa dos 20, etc. Desta maneira, o valor dos atributos deve ser configurado para cada case separadamente. Para isso, V at a pasta Cases na rea de Nodes do Navigation View. Na List View, clique com o boto direito do mouse sobre o nome do case desejado. Escolha a opo Case Properties no menu contextual. Na caixa de dilogo do Case Properties, clique na aba Attribute Values.

Todos os Attributes existentes sero exibidos em uma tabela com duas colunas. A primeira traz os seus nomes e a segunda os seus valores. Tal como na figura abaixo, clique na seta que indica para baixo em qualquer um dos campos da segunda coluna. Selecione ento o valor que se aplica quele Case. Aps ter feito o mesmo para todos os Attributes, clique em OK.

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A configurao dos valores dos Cases tambm pode ser feita pelo Casebook, como ilustra a figura seguinte.

A configurao dos valores dos Cases tambm pode ser feita pelo, como ilustra a figura seguinte.

Annotations e MemosNada mais comum que fazer pequenos comentrios ou redigir reflexes durante a leitura de um texto ou a anlise de outro material. Geralmente comentrios mais pontuais so feitos margem e idias mais elaboradas so desenvolvidas em um espao parte. Ora, no Nvivo, Annotations e Memos se prestam justamente a essas respectivas funes. A idia que parece nortear os programadores desses tipos de software de anlise qualitativa a de trazer para dentro do ambiente de trabalho eletrnico todas aquelas atividades que habitualmente realizamos de forma manual. Ento, cada passo fica documentado, organizado e detalhado no arquivo que representa o projeto de anlise. Vejamos ento como utilizar dessas duas ferramentas postas disposio pelo Nvivo.

Fazendo anotaes para trechos pontuaisPara criar uma anotao ou comentrio com respeito a algum trecho especfico de um documento, Abra esse material no Detail View e selecione o trecho sobre o qual ser feita a anotao. Clique com o boto direito do mouse sobre a seleo para abrir o menu contextual. Selecione o item Links, em seguida Annotation e ento escolha a opo New Annotation. 53

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A barra de anotaes ser exibida na parte inferior do Detail View. O trecho que voc selecionou continuar realado, indicando que as anotaes sero referentes a ele. Escreva o seu comentrio no campo Content da barra de anotaes.

Aps ter redigido seu breve texto, clique em qualquer outro lugar do Detail View. O trecho que recebeu o comentrio continuar realado, agora de um azul claro. Essa a indicao de que h uma anotao sobre ele. A barra de anotaes pode ser exibida ou ocultada a qualquer momento, basta clicar sobre o boto barra de ferramentas. na

Criando MemosOs Memos so aqueles comentrios mais extensos e que geralmente so desenvolvidos com mais liberdade em um espao parte do material de anlise. Pode ser um caderno de campo, uma folha de papel avulsa ou um arquivo de computador.

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No Nvivo, Memos ficam na rea de Sources do Navigation View. E tal como os demais documentos, podem ser codificados. Para criar um memo, Abra a rea de Sources no Navigation View e acesse a pasta Memos. No List View, clique com o boto direito na rea em branco e selecione a opo New Memo. Na caixa de dilogo que exibida, insira um nome para o novo Memo e uma descrio, caso deseje.

O novo item ser mostrado no List View. D um clique duplo sobre ele para abri-lo no Detail View.

Agora voc pode escrever e editar seu comentrio vontade. E pode format-lo usando a barra de ferramentas de texto.

Ligando Memos a Documentos ou Nodes Os memos podem existir enquanto um espao genrico para reflexes e comentrios ou podem estar mais ligados a um ou outro node ou documento. Nesse caso, dizemos que h um link (Memo Link), uma ligao, entre o memo e o documento ou node especificado. Cada Memo s pode ser ligado a um documento (ou node). E, simetricamente, cada documento ou node s pode estar ligado a um nico memo. Para criar um Memo Link, Abra a rea de Sources ou de Nodes no Navigation View e deixe em exibio no List View o item com o qual voc deseja criar um Memo Link. Clique como o boto direito do mouse sobre o item e selecione a opo Memo Link.

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Voc agora tem duas opes: criar um novo memo (Link to New Memo) ou criar um link com memo j existente (Link to Existing Memo).

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Buscas e combinaes de contedoUm software de anlise qualitativa oferece grandes facilidades para armazenar e gerenciar os dados e mais evidente essa potencialidade quando se trata de um grande volume de material. Trabalhando manualmente, muito difcil manter a mesma sistematicidade durante todo o processo. E mais difcil ainda recordar exatamente de trechos de texto e de quando certos cdigos foram aplicados. Por essa perspectiva, um programa de anlise qualitativa assistida por computador no mais que um grande lembrador dos nossos prprios passos, o que nos ajuda a manter certo caminho. Mas tambm podemos desejar tornar a pesquisa mais complexa e ento questionar sobre relaes, associaes, e correlaes entre partes diferentes do material. Suponhamos, por exemplo que estejamos realizando uma pesquisa sobre desemprego. Ento construmos um node denominado Percepes sobre o desemprego e sobre a busca de empregos. A prpria codificao de nosso material j vai revelar se h uma tendncia ou regularidade no uso de signos e significados nos depoimentos e documentos. No entanto, podemos querer distinguir a percepo de homens das de mulheres. Ou ento querer saber se h tendncias diferentes entre diferentes faixas etrias, nveis