Apostila Praticas Em Educacao Ambiental

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE TEORIA E PLANEJAMENTO DE ENSINO CURSO DE FORMAÇÃO DE AGENTES DE REFLORESTAMENTO REGENTES: Antonieta e Carla Lidiane Julho/2008

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE TEORIA E PLANEJAMENTO DE ENSINO

CURSO DE FORMAÇÃO DE AGENTES DE REFLORESTAMENTO

REGENTES: Antonieta e Carla Lidiane

Julho/2008

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O que é Educação Ambiental? Processos por meios dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente formativo, utilizando um conjunto de atividades e idéias que levam o homem a conhecer o ambiente e utilizar os recursos naturais de maneira racional Histórico

• No século XIX, começou a manifestação de alguns escritores com o tipo de relação entre sociedade /seres humanos e natureza.

• Século XX, após a 2° Guerra Mundial, começaram mobilizações contra os excessos e uso de bomba atômica provocando contaminações do meio e causando impacto nos recursos naturais.

• Década de 60, o tema sobre educação ambiental não era muito conhecido e a irracionalidade dos modelos de desenvolvimento provocou desastres ecológicos.

• E no final desta década foi realizado pela UNESCO um estudo sobre meio ambiente, onde foi sugerido que a Educação Ambiental não deveria constituir um objeto de estudo de uma única disciplina e que o meio ambiente não era apenas um elemento natural, mas também social, cultural, econômico e político.

• A Educação Ambiental abrange além das relações do ser humano com a natureza, também as relações dos seres humanos entre si.

• Década de 70, Conferência de Estocolmo (1972), que obteve como principal resultado a Declaração sobre Ambiente Humano / Declaração de Estocolmo que expressou : “tanto às gerações presentes quanto às futuras, tenham reconhecidas como direito fundamental, a vida em um ambiente sadio e não degradado”.

• A Educação Ambiental é considerada fundamental para a qualidade de vida. • E em 1974, o Seminário de Educação Ambiental na Finlândia, reconhece a Educação

Ambiental como educação integral e permanente. • Década de 80, a Educação Ambiental começou a ganhar dimensão pública relevante no

Brasil, tendo inclusão na Constituição Federal de 1988, mas com uma visão conservacionista influenciada pelos valores da classe média européia.

• Na década de 90, o MEC determinou que a educação escolar deveria contemplar a educação ambiental permeando todo o currículo dos diferentes níveis e modalidades de ensino.

• 1992-Toronto / Canadá; conferência de Educação e Comunicação sobre meio ambiente e desenvolvimento.

• Rio-92; destaques: Fórum Global (ongs) A jornada Internacional de Educação Ambiental, realizada no Rio de Janeiro, paralela a Conferência Oficial da Rio 92, na qual foi produzido do Tratado de Educação ambiental para sociedade sustentáveis e responsabilidade Global. Este documento busca promover um compromisso da sociedade com a construção de um modelo de desenvolvimento mais humano e harmônico, onde se reconhecem os direitos humanos da terceira geração. Diferentes Concepções de Educação Ambiental. Projeto de Educação baseado em uma visão liberal do mundo.

• A transformação da sociedade é conseqüência da transformação de cada indivíduo. • A educação por si só é capaz de resolver os problemas da sociedade ( basta ensinar o que é

certo→ teoria) Projeto de educação baseado em uma visão crítica de mundo:

• A transformação da sociedade é causa e conseqüência da transformação de cada indivíduo; • Educando /educador são agentes sociais que atuam no processo de transformações sociais ;

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Conceitos Básicos Meio Ambiente “O conjunto de todos os fatores físicos, químicos, biológicos e sócio-econômicos que atuam sobre um indivíduo, uma população ou uma comunidade”. (FEEMA /Interim Mekong Committee. Vocabulário Básico de Meio Ambiente,1992) Problemas Ambientais “São manifestações dos conflitos entre interesses privados e o bem coletivo (que pertence a todos)”. (Acserlrad, H. Ecologia: Direito do Cidadão, 1993.) Desenvolvimento Sustentável Modelo de desenvolvimento que harmoniza o crescimento econômico com a promoção da igualdade social e da preservação do patrimônio natural, garantindo que as necessidades das atuais gerações sejam atendidas sem comprometer o atendimento das necessidades das gerações futuras. Esse modelo de desenvolvimento exige que o crescimento da economia ocorra de forma integrada à preservação do ambiente, ao manejo adequado dos recursos naturais, assim como ao direito dos indivíduos à cidadania e à qualidade de vida. Cidadania “ Direitos e deveres é algo possível mas dependente do enfrentamento político adotado por quem tem pouco poder. Só existe cidadania se houver a prática da reivindicação, da apropriação de espaços, do combate para fazer valer o direito do cidadão, para a construção de uma sociedade melhor”.

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ARTICULAÇÃO CONCEITUAL MEIO AMBIENTE Conjunto em inter-relação APROPRIAÇÃO Espaço socialmente produzido

RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO

Ser Humano – Natureza / Ser Humano - Ser Humano

antropocentrismo Primazia do privado

IMPACTO AMBIENTAL Secundariza o coletivo / o conjunto em equilíbrio

locais globais Novo modelo? Altera relações de poder? DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Supera antropocentrismo? Prioriza o bem coletivo CIDADANIA Educação Ambiental e Transformação da Realidade A grave crise ambiental que vem afligindo a humanidade em nossa história recente, nos coloca diante de uma grande reflexão sobre novos caminhos e do tipo de relação construída entre a sociedade e a natureza. Nesses poucos milhares de anos da existência, nossa espécie promoveu um número tão grande e profundo de transformações no meio ambiente, que dificilmente será superada por outra. Esgotamos recursos naturais, levamos à extinção centenas, ou talvez milhares, de espécies e contaminamos a biosfera, sem que essa degradação de recursos naturais se transformassem em benefícios para a maior parte da população humana. Muito pelo contrário, apenas uma parcela da humanidade goza dos benefícios desta apropriação predatória.

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Além disso, a cada dia que passa, erodimos de forma cada vez mais intensa, os valores fundamentais para a construção de uma sociedade onde a igualdade de direitos e de oportunidades atravesse todos os grupos sociais, além de generalizarmos e banalizarmos ausência de ética nos mais diversos campos da atividade humana. Tal quadro vem evidenciando que vivemos uma crise, não de alguns setores ou seguimentos da sociedade, e sim, uma grave crise civilizatória. Crise esta que nos põe em busca de um novo modelo de desenvolvimento sócio-econômico, pois o atual construiu uma sociedade excludente, desenvolvimentista e belicosa, orientada por um processo de globalização que não universaliza os benefícios sociais mas que difunde, de uma forma quase ritualística, o culto ao mercado e, conseqüentemente, ao capital. Precisamos repensar os valores que hoje norteiam as relações entre nós seres humanos e entre nós e a natureza. Perdemos em algum momento de nossa história, os elementos que possibilitavam nossa comunicação com os outros componentes do meio ambiente. Adotamos uma visão fragmentada de mundo. Grande parte da população mundial não é capaz ou não está devidamente preparada para fazer relações entre os elementos que constitui o ambiente ou mesmo entre nossas ações cotidianas e as questões socioambientais diretamente a nós relacionadas. A educação ambiental representa um desafio que vem envolvendo um número significativo de pessoas há aproximadamente trinta anos. Quando refletimos em pouco mais, levando-se em consideração apenas alguns indicativos da educação ambiental, tais como:

Interdisciplinaridade.

Adequação da realidade – partir da realidade ou das questões sócioambientais locais.

Ajudar a descobrir as causas, sintomas e desdobramentos de problemas sócioambientais.

Situar o problema num contexto cultural, político, econômico e histórico.

Desenvolvimento do senso crítico e habilidades necessárias a resolução de problemas.

Utilização de técnicas participativas que incentivem a reflexão e a expressão de todos os participantes.

Articular questões locais e globais envolvidas no problema. Por sua natureza interdisciplinar, isto é em função de que suas questões envolvem um espectro de conhecimento tão grande que é praticamente impossível ser trabalhada por apenas uma área de conhecimento, a educação ambiental exige um trabalho coletivo e interdisciplinar. A educação ambiental oferece uma oportunidade singular, pois parte da realidade local, ou seja, trás elementos do cotidiano para a sala de aula, está orientada para resolução de problemas ( materialização de ações), por metodologias participativas nos processos de planejamento e de ação e, logicamente, por discutir e reconstruir valores.

Dinâmicas para educação Ambiental Dinâmica de Apresentação Cada participante escolhe um companheiro e inicia uma conversa de apresentação de aproximadamente 5 minutos, após o termino da conversa um participante assume a identidade do outro e se apresenta para o grupo como se fosse o colega. Objetivo: Descontrair e apresentar os participantes. Dinâmica de preparação para o trabalho Convidar a todos a se levantar dar uma espreguiçada, alongar braços e pernas, respirar profundamente e começar o trabalho. Objetivo: Soltar as articulações e renovar a atenção do grupo, usar quando for necessário acordar o público.

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Dinâmica de fixação Dividir o grupo em grupos menores, pedir que cada grupo escolha duas palavras relacionadas ao que foi trabalhado no dia, e escolha qual o grupo que vai apontar os pontos positivos e negativos das palavras escolhidas. Objetivo: Fixar o tema e avaliar o grau de entendimento do assunto trabalhado. Dinâmica da engrenagem Convidar um dos participantes para criar um som e um movimento repetitivo, cada participante deverá o mesmo construindo assim uma grande engrenagem onde cada um é parte do todo. A engrenagem funciona a todo vapor, ora com menos potência, hora descontrolada, pois uma das está com defeito, os movimentos vão diminuindo lentamente até ser desligada. Objetivo: Conscientização do papel de cada um dentro da sociedade. A discussão poderá se dar no sentido do papel de cada um no todo e individualmente. Cada um dá a sua contribuição para o andamento ou não do trabalho. Dinâmica dos paradigmas Recortar em tiras o início de ditados populares e entregar para cada participante, cada um terá que achar o complemento de sua frase, após um tempo constatarão que está faltando o complemento, então pede-se para cada um ler a parte da frase que possui na seqüência que foi distribuída, mostrando que o complemento da frase não precisar ser uma idéia já conhecida. Ex:” Em casa de ferreiro.... .... tem sucata de sobra.” “ Quem tudo quer.... ....é um tremendo guloso.” “ Diz-me com quem andas... ...que eu estou louco para saber” “ Quem não tem cão... .... é um solitário caçador”. “ Uma andorinha só... ....sofre de solidão.” “ O hábito do cachimbo... ... substitui o cigarro.” “Antes tarde do que... ... mais tarde ainda”. “Gato escaldado... .... deve ser bom para cachorro”. “Onde há fumaça... ... fica tudo poluído”. “Quando um não quer... ....o outro vira para o lado e dorme”. “Quem ama o feio... ....não sabe o que está perdendo”. “ Que ri por último... ....demorou a entender a piada”. Objetivo: Quebra de conceitos pré estabelecidos. Dinâmica do mosquito

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O grupo terá que fazer um círculo no centro da sala, afastando todas as cadeiras e mesas que tiver no local, imaginemos que exista um mosquito que percorre a cabeça de cada participante e para vencê-lo precisamos de um trabalho conjunto onde dois participantes o da direita e o da esquerda simultaneamente terão que matar o mosquito que está na cabeça do colega que está no meio, este deverá agachar e rapidamente vai se levar e tentar matar o mosquito que passou para a cabeça do colega ao lado, a cada rodada solta-se mais um mosquito até que todo o grupo consiga matar sincronizado o mosquito. Objetivo: A importância do trabalho coletivo. VIVÊNCIA I : RIO SUJO X RIO LIMPO Imaginem-se andando por uma mata, um pasto, pradaria... Imaginem-se avistando uma casa cabocla, saindo fumaça da chaminé, uma vaquinha, lindas árvores e ao fundo o barulho de um rio... Passem agora a se imaginar andando de encontro a esse rio, o dia está lindo, está calor... Neste rio tem uma corredeira e mais a frente uma cachoeira: vocês olham para o rio e ele é de águas cristalinas. Qual a sensação? (aguarde alguns instantes para que o trabalho se desenvolva sem pressa.) Vocês entram na água? Nadam? Têm peixes? Agora continuem de olhos fechados, e continuem andando... Vocês agora já andaram bastante... E ouvem um rio de novo, só que a paisagem é outra... Às margens deste rio, tem uma marginal asfaltada e prédios, muitos prédios... A água deste rio é negra, muito esgoto está sendo jogado nele... Mais à frente ouve-se uma cachoeira, mas só é possível ver um amontoado de entulho. Vocês estão diante do Rio Tietê na cidade de São Paulo ou Rio Piracicaba na cidade de Piracicaba (aqui você pode ilustrar com qualquer exemplo de rio poluído). Qual a sensação? Vocês entram na água? Podem abrir os olhos. E vamos conversar sobre o rio. A partir deste momento pede-se que cada participante descreva as sensações por escrito em duas colunas, a coluna do "rio limpo" e a do "rio sujo". Em seguida divide-se o grupo e discute-se como fazer para limpar o "rio sujo", e como fazer para manter o "rio limpo". É necessário que para se finalizar este trabalho crie-se uma discussão em que se clarifique os problemas relacionados com a Água e suas soluções. VIVÊNCIA II : PERCEPÇÔES (* Está vivência pode ser desenvolvida em qualquer local, por grupos de todas as idades.) Depois que o grupo se apresentar (contar um pouco de si para os outros), façam com que "passeiem" por alguns minutos e se familiarizem um pouco com o ambiente em que se encontram. Façam então uma roda, e que cada participante responda a seguinte pergunta por escrito: "O que está te incomodando ou atrapalhando neste ambiente ?" Deixe que escrevam o quanto quiserem. Neste momento nós (os educadores), nos encaminhamos para o quadro negro e fazemos várias listas, uma diz: "O que eu posso mudar imediatamente?" Outra: "O que posso mudar com um pequeno planejamento?" E outra ainda: "O que eu posso mudar, mas preciso da ajuda de outras pessoas ou da ex/periência de outras pessoas?" E assim vamos listando as idéias e percepções de todos, e montando um "esquema" que poderemos

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utilizar no decorrer das aulas com este determinado grupo, seja pelo período de uma semana, um mês, um ano, ou mais. E mais, o que estiver na lista de imediato, como por exemplo um papel no chão, devemos intervir de imediato, no caso colocar o papel no cesto de lixo.

Identificando-se com um elemento da natureza

Objetivo: promover uma reflexão através da associação do perfil pessoal com algum elemento escolhido entre elementos naturais diversos.

Desenvolvimento: fazer um grande círculo e passar uma caixa contendo diversos elementos naturais, entre eles sugerimos: folhas secas, pedras, galhos, flores, areia, raízes, entre outros. Solicitar que cada participante escolha um dos elementos que tenha alguma relação com suas características pessoais. Após a escolha, solicitar que cada um fale sobre o porque da escolha.

Fechamento: o coordenador pede que devolvam os elementos para a caixa e que cada um escreva uma mensagem sobre o que a atividade despertou em cada um. Pode ser uma frase, um pensamento, um conselho, etc. Em seguida, recolhe a frase, mistura-as e lê ao grande grupo. O grande grupo tentará identificar quem escreveu a frase.

Completar as frases

Objetivo: promover a troca de idéias sobre questões ambientais através de uma brincadeira de completar frases de improviso:

Desenvolvimento: em um grande círculo, o coordenador pede que cada um diga o número da frase que será completada, lê e completa a frase fazendo algum comentário. Em seguida o papel é passado para o próximo que lê a frase seguinte. O coordenador pode iniciar essa atividade. Abaixo seguem sugestões de frases que podem ser completadas

1. Quando penso no futuro do meio ambiente, eu vejo...

2. Quando estou em um parque, eu gosto de...

3. Quando entro num ambiente sujo, com muito lixo no chão, eu penso que...

4. As datas comemorativas servem para incentivar o...

5. Sinto-me mais feliz quando...

6. Neste momento, estou muito preocupado/a com a situação da...

7. Quando estou preocupado, geralmente eu...

8. O que mais me deixa triste em relação ao meio ambiente é...

9. Eu me sinto integrado a natureza quando...

10. Quando alguém desperdiça água, eu...

11. No dia do Meio Ambiente, eu...

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12. Fico muito alegre quando...

13. Tenho uma vergonha enorme de...

14. O que mais me entristece é...

15. Minha maior esperança é um dia...

16. Às vezes, eu me sinto como se...

17. Quando falam em poluição eu...

18. Para mim, a reciclagem é...

19. A vida é um bem precioso que deve ser...

20. Quando leio nos jornais notícias sobre catástrofes ambientais, eu...

21. Quando vou ao super mercado, eu...

22. Eu colaboro com a natureza quando...

23. Para mim o ambiente é...

24. Tenho muito medo de...

25. O desmatamento é triste porque...

26. O que mais me irrita é...

27. Adoro...

28. Detesto...

29. Acredito...

30. Sobre o tráfico de animais silvestres penso que...

31. Conscientização ambiental é...

32. Ser ambientalmente responsável é...

33. Para mim o maior problema ambiental é...

34. Os acidentes de trânsito são uma conseqüência de...

35. O desequilíbrio ecológico é quando...

36. Sobre a alimentação, penso que os alimentos industrializados são...

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Teia da Vida Objetivos específicos da atividade: Estabelecer relações entre diferentes formas de vida e ambientes da natureza; Proporcionar uma reflexão sobre o papel de cada ser vivo em seus ecossistemas; Discutir o impacto antrópico no meio ambiente; Relacionar o empreendimento a ser instalado à vida dos participantes dos grupos; Refletir a respeito de atitudes que podem ser tomadas a fim de contribuirmos para melhorias em nosso ambiente. Material necessário: cartões com imagens de animais, plantas ou ecossistemas, cartões com valores e princípios escritos e um novelo de linha. Espaço necessário: suficiente para que todos os alunos formem círculo Formação: em círculo Desenvolvimento: As coordenadoras deverão entregar um cartão a cada integrante do grupo. Escolhido um cartão inicial, os participantes deverão propor relações entre os animais, plantas, ecossistemas e palavras representados nos outros cartões. Quando uma relação é estabelecida, o novelo de linha é passado para o integrante que porta o cartão, demonstrando a ligação entre as figuras. Este, por sua vez, deverá procurar um outro cartão que se relacione com o animal, planta, ecossistema ou palavra que está representado em seu cartão, passando o novelo para o participante e assim por diante. Finalização: a dinâmica termina quando todos os integrantes já estiverem envolvidos pela teia. Neste momento pode-se fazer uma reflexão sobre a interdependência dos elementos. Pede-se para uma pessoa mexer sua linha e vê-se todas as voltas da linha se mexendo junto.

Estudo de Caso Objetivos específicos da atividade: Discussão em pequenos grupos; Tomada de decisões; Estímulo ao comportamento pró-ativo; Organização e apresentação das idéias; Material necessário: papel de rascunho, papel pardo, canetas, lápis de cor e outros materiais para confecção de cartazes e “historinhas” (apresentadas abaixo) Espaço necessário: suficiente para organização dos grupos e confecção dos cartazes, ensaio dos teatros ou qualquer outra forma de expressão dos resultados. Formação: 4 grupos Desenvolvimento: cada grupo receberá uma historinha com um problema diferente (as sugestões estão abaixo). Após ler a história deverão discutir uma possível solução e representá-la em forma de carta, teatro ou qualquer outra forma de expressão para posteriormente apresentar para os outros alunos. Sugestões de Estudos de Caso:

1) Poluição do Solo (disposição de resíduos sólidos em Lixão ilegal) Em um lugar não muito distante daqui, existia um responsável pela coleta do lixo misturado que costumava colocá-lo em um Lixão ao invés de levá-lo até o Aterro Sanitário mais próximo da região. Isso ocorria provavelmente pela distância até o Aterro ser maior do que até a do Lixão. O que vocês, como representantes do Grupo de Educação Ambiental “Guardiões da Natureza” do Município (colocar o nome de cada Município) fariam para tentar solucionar esse caso? Que danos ambientais irreparáveis seriam causados ao longo dos anos nesse local de deposição ilegal do lixo? 2) Poluição do Ar (queima ilegal de resíduos sólidos)

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Era uma vez, um condomínio de apartamentos que costumava queimar seu lixo ao invés de destiná-lo ao caminhão de coleta que o levaria até o Galpão de Reciclagem mais próximo, caso o lixo estivesse separado, ou ao Aterro Sanitário mais próximo, caso os resíduos (secos e orgânicos) estivessem misturados. Na verdade, essas pessoas eram bem intencionadas, pois achavam que a queima do lixo era ambientalmente mais adequada do que o depósito em Unidades de Triagem e Compostagem (UTCs) ou em Aterros Sanitários. No entanto, elas estavam mal informadas, pois sabemos que a queima do lixo em locais que não apresentem os filtros necessários para absorverem os principais gases poluentes, causa sérios danos ambientais à região, representando inclusive uma forte ameaça à saúde dos moradores das proximidades. Como vocês, como representantes do Grupo de Educação Ambiental “Guardiões da Natureza” do Município (colocar o nome de cada Município) solucionariam esse caso? Qual seria a melhor maneira para informar esses moradores da forma correta de depositarmos nosso lixo doméstico e dos danos que a queima inadequada de resíduos sólidos causa ao meio ambiente? 3) Poluição da Água (disposição de resíduos domésticos, agrícolas e industriais ilegais no Rio da Prata) Durante um acampamento de escoteiros, um grupo de jovens constatou que o cheiro da água do Rio da Prata estava desagradável. Quando retornaram a suas casas, comentaram isso nas escolas e seus professores providenciaram uma pesquisa que identificasse a qualidade da água daquela região. Os resultados foram assustadores, pois a quantidade de poluentes era muito maior do que a admitida para que um rio mantenha vida em condições saudáveis. Foi descoberto que lixo doméstico e embalagens de agrotóxicos eram jogados no rio. Como vocês, como representantes do Grupo de Educação Ambiental “Guardiões da Natureza” do Município (colocar o nome de cada Município) solucionariam esse caso? Para que órgão seria indicado que a denúncia dessas irregularidades ocorresse? 4) Separação do lixo (coleta irregular do lixo pelos catadores não cadastrados) Numa manhã de primavera, uma menina, chamada Ana, e sua mãe estavam passeando pela cidade em que moravam e notaram que em frente a diversos locais de moradia havia lixos jogados soltos, fora das sacolas plásticas ou dos sacos de lixo. Elas não entenderam como isso poderia estar ocorrendo, então decidiram sentar uma árvore e observar de que forma aquilo acontecida. Nos próximos minutos, notaram que chegava um senhor que retirava dos lixos apenas latas de alumínio e embalagens Longa Vida. O restante era jogado de qualquer forma nas calçadas e além de poluir, entupia os bueiros, contribuindo para causar os alagamentos da cidade em épocas de chuvas. Bastante preocupadas, Ana e sua mãe foram até um lugar onde estavam reunidos os representantes do Grupo de Educação Ambiental “Guardiões da Natureza” do Município (colocar o nome de cada Município), mas a Amanda, Mariane e Madalena ainda não haviam chegado. Então o que os participantes responderam para ajudá-las? E como vocês, como pessoas preocupadas com a natureza, ajudaram a solucionar esse caso?

Práticas Minicomposteira Aproveite os restos de comida da escola para produzir um adubo de ótima qualidade e ainda passar conceitos interessantes sobre decomposição, transformação e outros aos seus alunos. Faça uma compostagem, que é o processo pelo qual restos orgânicos (vegetais e animais) se decompõem resultando em húmus. Rico em sais minerais, o húmus é um excelente

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adubo natural para as plantas e pode ser usado na escola em hortas, vasos ou jardins. Veja como preparar uma minicomposteira, que cabe em qualquer lugar e é fácil de manusear: Materiais necessários: - Garrafa plástica de refrigerante transparente de 2 litros , cortada 3 a 4 dedos abaixo da boca. - Terra (a que tiver na escola). - 1/2 copo de água. - Restos orgânicos vegetais , cascas de legumes e frutas, folhas secas, grama seca ou verde, raspas de madeira, galhos pequenos e outros. Dos restos animais use apenas as cascas dos ovos, pois restos de carnes provocam cheiro muito forte e atrai insetos. Procedimentos: a) Faça o composto orgânico, misturando os restos com a terra, na proporção de 3 partes de restos por 1 de terra. b) Coloque o composto na garrafa cortada, ponha a água e cubra toda a superfície com mais terra. c) Marque o volume do composto na garrafa com uma fita crepe, barbante ou caneta de retroprojetor. d) Não esqueça de anotar quais os restos colocados no composto e evite a entrada de mais água. Agora estimule seus alunos a criar algumas hipóteses sobre o experimento. O que vai acontecer com os restos colocados no composto? Será que o volume do composto vai aumentar ou diminuir? Que material vai apodrecer primeiro? Por que apodrecem? O que é apodrecer? De onde vieram os micróbios que comeram os restos? Todas essas e outras questões formuladas devem ser investigadas, observando e anotando diariamente o experimento. A garrafa transparente facilita a observação, porém após 20 dias, retire a mistura da garrafa e faça uma investigação mais detalhada. Anote tudo que for possível: que materiais ainda podem ser reconhecidos? O que já apodreceu? Ocorreu surgimento de algum bicho? Tem cheiro de que? O cheiro é forte ou fraco? Depois coloque tudo novamente na garrafa e continue as observações. Passados mais 20 dias provavelmente os restos mais “suculentos” e menos fibrosos já terão sido decompostos, resultando em húmus, que poderá ser usado como adubo natural. Anote as observações finais compare com as anteriores e faça algumas conclusões. Aproveite com seus alunos para testar o adubo que fizeram. Coloque-o em uma série de vasos e deixe outros sem adubo. Veja quais plantas cresceram mais. Papel reciclado Reutilizar papel para fazer papel é uma ótima lição de reciclagem para suas crianças. Além de ser uma ótima oportunidade de fazer lindos trabalhos. Material: - 1 liquidificador - 1 bacia de plástico grande (retangular) - Restos de papel diversos - 2 moldes retangulares de madeira (como de serigrafia) do mesmo tamanho; um deles sem tela, o outro com tela de cerca de 1x1 mm de abertura - Jornal - Livros ou outros pesos para prensar Preparo: - Rasgar o papel com as mãos em pedaços pequenos e bater um punhado no liquidificados com ¾ de água. - Repetir a operação despejando na bacia até encher um pouco mais da metade. - Agitar bem o conteúdo da bacia e colocar os moldes na vertical, inclinando aos poucos até ficarem na horizontal e dentro da água. O molde sem a tela deve ficar por cima do outro, encostado do lado da tela. - Retirar o molde na horizontal e esperar que a água escorra, fazendo movimentos suaves.

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- Retirar a parte da armação sem tela, que está por cima. - Virar a tela com a polpa sobre um jornal, passando os dedos pelas pontas para soltar a polpa, com cuidado. - Cobrir a polpa com outro jornal. Pode pôr outra polpa por cima, outro jornal, outra polpa, outro jornal, como um sanduíche. - Colocar pesos por último para prensar durante alguns minutos. - Retirar os jornais junto com a polpa colada e secar em um varal. - Está pronto seu papel. Dica: Pode picar, na bacia, pedaços de papel de seda, pétalas de flores ou outros para decorar seu papel. Detergente Ecológico Ingredientes - Um pedaço de sabão de coco neutro, dois limões e quatro colheres de sopa de amoníaco (que é biodegradável) Preparo - Derreta o sabão de coco, picado ou ralado, em um litro de água. Depois, acrescente cinco litros de água fria. Em seguida, esprema os limões. Por último, despeje o amoníaco e misture bem. Guarde o produto resultante em garrafas e utilize-o no lugar dos similares comerciais. Você obterá seis litros de um detergente que limpa, não polui, cujo valor econômico é incomparavelmente menor do que o do similar industrializado. Detergente Ecológico Multiuso Ingredientes - Água, vinagre, amônia líquida (amoníaco), bicarbonato de sódio e ácido bórico. Preparo - Em um litro de água morna (cerca de 45º C), coloque uma colher de sopa de vinagre, uma colher de sopa de amoníaco, uma colher de sopa de bicarbonato de sódio e uma colher de sopa de bórax ou ácido bórico. • Utilize em qualquer tipo de limpeza, em substituição aos multiusos convencionais. • Como qualquer produto de limpeza convencional, mantenha os detergentes ecológicos fora do alcance de crianças e animais domésticos.

Referências Bibliográficas

www.apoema.com.br

Gestão Ambiental UNIARA – Araraquara, Educação Ambiental USP / Campus de São Carlos.

Fonte: http://www.milenio.com.br/ifil/rcs/tecnologia/limpeza.htm#fonte

Apostilas de Curso de Formação de Agentes Multiplicadores em Educação Ambiental, módulos I, II, III e IV, Horta Viva e Embrapa Agrobiologia.