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NOÇÕES BÁSICAS DE PLANEJAMENTO

1. CONCEITO

Processo desenvolvido para alcance de uma situação desejada de um modo

eficiente, eficaz e efetivo com o maior aproveitamento de esforços e recursos

disponíveis. Corresponde a um conjunto de providências a serem tomadas

para promoção de um futuro diferente do passado, em torno de variáveis

possíveis de serem atacadas pela organização planejadora.

O planejamento figura como a primeira função administrativa, por ser aquela

que serve de base para as demais funções. O planejamento é a primeira

função administrativa que determina antecipadamente quais são os objetivos

que devem ser atingidos e como se deve fazer para alcança-los.

Planejar é definir os objetivos e escolher antecipadamente o melhor curso de

ação para alcança-los. O planejamento define onde se pretende chegar, o que

deve ser feito, quando, como e em que sequencia.

PRESENTE FUTURO

ONDE ESTAMOS

AGORA PLANEJAMENTO

ONDE

PRETENDEMOS

CHEGAR

SITUAÇÃO ATUAL PLANOS OBJETIVOS

PRETENDIDOS

Planejamento é um método de aplicação, contínuo e permanente, destinado a resolver racionalmente os problemas que afetam uma sociedade situada em determinado espaço, em determinada época, através de uma previsão ordenada capaz de antecipar suas consequências. (Ferrari, 1982). O estabelecimento dos objetivos a serem alcançados é o ponto de partida do planejamento. Saber onde se pretende chegar para se saber como chegar até lá. Objetivos são resultados futuros que se pretende atingir. São alvos escolhos que se pretende alcançar dentro de um certo espaço de tempo, aplicando-se determinados recursos disponíveis ou possíveis.

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Os objetivos das organizações podem ser visualizados em uma hierarquia que vai desde os objetivos globais da organização (topo) até os objetivos operacionais que envolvem simples instruções para a rotina cotidiana.

Maior

Menor

DIMENSÕES DO PLANEJAMENTO

1. Assunto abordado (pesquisa, recursos humanos, comercialização,...); 2. Elementos do planejamento (estratégias, políticas, orçamentos,...); 3. Tempo do planejamento (curto, médio e longo prazo); 4. Espaço organizacional onde o planejamento é elaborado (entidade,

município,...); 5. Características do planejamento (nível de complexidade, de publicização,

de formalização).

CARACTERÍSTICAS

1. “O planejamento não diz respeito a decisões futuras, mas às implicações futuras de decisões presentes” (Drucker, 1962 – citado por Oliveira);

2. O planejamento deve ser encarado como um processo composto por decisões e ações inter-relacionadas e interdependentes que visam o alcance de objetivos previamente estabelecidos;

3. No planejamento o processo de seu desenvolvimento é muito mais importante que um produto, como um plano, por exemplo. O processo define a qualidade do planejamento, especialmente quando se trata de uma dinâmica que se propõe participativa

Amplitude

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PRINCÍPIOS DO PLANEJAMENTO

a) Contribuição aos objetivos: A realização dos objetivos centrais, hierarquizados pela organização, devem ser perseguidos durante todo o processo;

b) A precedência do planejamento: Implica em assumir, no processo, que os objetivos, as orientações e as ações dadas pelo planejamento devem ser anteriores a decisões de direção ou de alguma questão específica dentro do contexto;

c) Maior penetração e abrangência: Provocando modificações nas características e atividades das pessoas e dos sistemas organizacionais, atribuindo novas funções, responsabilidades, procedimentos, etc;

d) Maior eficiência, eficácia e efetividade, procurando potencializar os aspectos positivos e superar os negativos.

Algumas diferenças entre eficiência, eficácia e efetividade:

EFICIÊNCIA EFICÁCIA EFETIVIDADE

Fazer as coisas de maneira adequada;

Resolver problemas;

Salvaguardar os recursos aplicados

Cumprir o seu dever;

Reduzir os custos.

Fazer as coisas certas;

Produzir alternativas criativas;

Maximizar a utilização dos recursos

Obter resultados;

Aumentar o lucro.

Manter-se no ambiente;

Apresentar resultados globais positivos ao longo do tempo (permanentemente)

Fonte: OLIVEIRA, 1996: 36

Eficiência é a obtenção de resultados através da ênfase nos meios, da resolução dos problemas existentes e da salvaguarda dos recursos disponíveis com o cumprimento das tarefas e obrigações. Significa fazer bem as tarefas, administrar os custos, reduzir as perdas e o desperdício. É um conceito que tem um cunho “analógico”, o que significa que pode haver mais, ou menos eficiência. A eficiência tem relação direta com a idéia de salvaguardar a base estrutural do ambiente planejado, ou seja, minimizar riscos. Eficiência é a capacidade de ‘fazer as coisas direito’, é um conceito matemático: é a relação entre insumo e produto (input e output). Um administrador eficiente é o que consegue produtos mais elevados (resultados, produtividade, desempenho) em relação aos insumos (mão-de-obra, material, dinheiro, máquinas e tempo). Eficácia é a obtenção de resultados através da ênfase nos próprios resultados

e nos objetivos a serem alcançados, com a exploração máxima do potencial

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dos processos. Significa a otimização das tarefas com a agilização de recursos para alcançar o resultado esperado. É um conceito que tem um cunho “digital”, o que significa que há, ou não há eficácia. Já a eficácia tem a ver mais diretamente com a noção de espírito empreendedor, no sentido de estar à frente dos processos que envolvem o ambiente onde a organização planejada está inserida. Mais do que ser eficiente a idéia de eficácia propõe uma ampliação de resultados, no aproveitamento do máximo de questões disponíveis no ambiente. Eficácia é a capacidade de ‘fazer as coisas certas’ ou de conseguir resultados. Isto inclui a escolha dos objetivos mais adequados e os melhores meios de alcançá-los. Isto é, “administradores eficazes selecionam as coisas ‘certas’ para fazer e os métodos ‘certos’ para alcançá-las” Efetividade é a obtenção de resultados através da ênfase na percepção do cliente. Significa que há preenchimento das expectativas do cliente, através de uma ação programada e planejada para satisfazer os seus desejos. É um conceito que tem um cunho “sensitivo”, o que significa que há comprovação, pelo cliente, dos resultados alcançados. Diz respeito a uma dimensão de sustentabilidade, ou eco-desenvolvimento (crescer sem destruir – Sachs), isto é, produzir o máximo de resultados sem desgastar a base estrutural, possibilitando assim, resultados positivos ao longo do tempo.

TIPOS DE PLANEJAMENTO

a) Planejamento estratégico: Envolve decisões estratégicas, que são de longo prazo e envolve o ambiente planejado como um todo. Diz respeito à formulação de objetivos e à seleção de cursos de ação a

serem seguidos para sua consecução.

b) Planejamento tático: Envolve decisões sobre objetivos de curto prazo, e procedimentos e ações que geralmente afetam apenas uma parte do ambiente planejado. Trabalha com decomposições dos objetivos, estratégias e políticas

estabelecidas no planejamento estratégico

c) Planejamento operacional: Envolve decisões operacionais e diz respeito a planos normalmente derivados de planejamentos estratégicos e táticos elaborados anteriormente.

“O planejamento estratégico, de forma isolada, é insuficiente, uma vez que os objetivos a longo prazo, bem como o seu alcance, resulta numa situação nebulosa, pois não existem situações mais imediatas que operacionalizem, o planejamento estratégico. A falta desses aspectos é suprida através do desenvolvimento e implantação dos planejamentos táticos e operacionais de forma integrada.

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Diferenças entre planejamento estratégico e planejamento tático

DISCRIMINAÇÃ

O

PLANEJAMENTO

ESTRATÉGICO

PLANEJAMENTO

TÁTICO

PLANEJAMENTO

OPERACIONAL

Prazo Mais longo Mais curto Mais curto

Amplitude Mais ampla Mais restrita Mais restrita

Riscos Maiores Menores Menores

Atividades Fins e meios Meios Meios

Flexibilidade Menor Maior Maior

Fonte: OLIVEIRA, 1996: 48

FASES DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO

a) Preparação / sensibilização / mobilização b) Definição de valores, princípios e objetivos c) Conhecimento da realidade / análise de ambiente d) Priorização / decisão (definição de questões estratégicas) e) Ação (estruturação do plano de ação) f) Crítica / retroalimentação (avaliação e acompanhamento)

Disponibilidade de recursos Objetivos

Caminho

Recursos disponíveis identificados pela análise de ambiente

Objetivos a longo prazo definidos pelas estratégias priorizadas

(planejamento estratégico)

Caminho processo de planejamento

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PLANO

O planejamento produz um resultado imediato: o plano. Um plano é o produto

do planejamento e constitui o evento intermediário entre o processo de

planejamento e o processo de implementação do planejamento. Todos os

planos têm um propósito comum: a previsão, programação e a coordenação de

uma sequência lógica de eventos, os quais, se aplicados com sucesso,

deverão conduzir ao alcance dos objetivos que os comandam.

Plano é um documento utilizado para o registro de decisões. Para existir plano

é necessária a discussão sobre fins e objetivos, pois somente desse modo é

que se pode responder as seguintes questões: o que se pensa fazer, como

fazer, quando fazer, com quem fazer.

O plano é a justificativa das decisões tomadas relativas à ação a realizar.

Plano tem a conotação de produto do planejamento.

Plano é um guia e tem a função de orientar a prática partindo da própria

prática.

Ele é a formalização dos diferentes momentos do processo de planejar que

envolve desafios e contradições

Tipos de Planos

Existem quatro tipos distintos de planos, a saber:

Tipos

de

Planos

Relacionados com os métodos

Procedimentos Representados por fluxogramas

Relacionados com dinheiro

Orçamentos Receitas/despesas

em um dado espaço de tempo

Relacionados com o

tempo

Programas ou programações

Representados por cronogramas

Relacionados com comportamentos

Normas ou regulamentos

Como as pessoas devem se

comportar em determinadas

situações.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AZEVEDO, Sergio de. Planejamento, Cidade e Democracia: reflexão sobre o

papel dos governos locais nos anos 90.

ANPOCS. Caxambu, out. de 1993.

OLIVEIRA, Djalma de P. Rebouças de. Planejamento Estratégico: Conceitos,

Metodologia e Práticas. 10ª ed. Ed. Atlas. São Paulo, 1996. 294 p.

SOUTO – MAIOR, Joel. Planejamento Estratégico Participativo (PEP): uma

abordagem para os municípios. In: CEPAGRO: Animação de Processos de

Desenvolvimento Local. Florianópolis, 1997.

TURNES, Valério A., Diretrizes para elaboração do

plano de desenvolvimento local de Cocal do Sul, SC. Dissertação de Mestrado.

Curso de Pós Graduação em Engenharia Civil/UFSC. Florianópolis, 1996.

VIEIRA, Paulo Freire. Meio Ambiente, Desenvolvimento e Planejamento. In:

Meio Ambiente, Desenvolvimento e

Cidadania: desafios para as ciências sociais. Cortez Editora/Editora da

UFSC. São Paulo/Fpolis, 1995.

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I - ELABORAÇÃO DE PROJETOS

1. CONCEITOS BÁSICOS

● Projeto é a menor unidade do planejamento utilizado para intervir de forma

ordenada numa realidade e transformá-la.

● Projeto é uma ação planejada que tem um começo e um fim.

● Projeto é um todo ordenado de atividades que se seguem para utilizar

recursos com intuito de obter benefícios.

2. ORIGEM DOS PROJETOS

São vários os motivos que conduzem a elaboração e implementação de

um projeto. Eis alguns dos mais comuns:

● Projetos derivados de programa globais de desenvolvimento – cada ação

especifica conduz à concretização destes programas que se converte em mais

um projeto e, no conjunto, todos se interligam. Ex.: Programa Fome Zero.

● Projetos derivados de estudos de mercado – grande parte dos projetos tem

origem no estudo de mercado, principalmente no setor empresarial. O estudo

pode detectar e quantificar a necessidade de produzir determinado bem.

● Fatores políticos-administrativos – problemas estratégicos, pressões político-

administrativas e sociais, ociosidade da mão-de-obra abundante, poderiam

induzir a estudos de projetos de características diversas.

● Projetos Setoriais – são aqueles destinados a promover determinadas áreas.

Ex.: Energia, telecomunicações, etc.

● Outras fontes – são projetos que não se enquadram em nenhuma das

categorias anteriores. São projetos que se implantam sob a ótica estratégica.

Ex.: Instalação de fábrica de material bélico.

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3. TIPOS DE PROJETOS

A classificação de projetos representa o esforço no sentido de facilitar

uma série de estudos pelo seu agrupamento funcional.

Os projetos são caracterizados quanto:

a) Aspecto macroeconômico ou setorial:

● Produção de bens primário e secundário – abarcam todo o campo de

produção animal, vegetal e mineral compreendendo também toda a atividade

manufatureira ou de transformação.

● Produção de serviços – compreendem os aspectos de infra-estrutura

econômica e social, além de outros serviços.

● Investigação – são aqueles cujo propósito não é a produção de bens e

serviços materiais, porem o de prestar serviços de natureza pessoal, material e

técnico, seja mediante exercício profissional, seja através de instituições

governamentais ou privadas. Ex.: trabalhos de investigação cientifica.

b) Aspecto microeconômico:

● Projeto de implantação

● Projeto de modernização

● Projeto de expansão ou ampliação

● Projeto de relocalização

c) Quanto a Natureza os projetos podem ser:

● Projeto de pesquisa

● Projeto de extensão

● Projeto de ensino

● Projeto de desenvolvimento institucional cientifico e tecnológico -

d) Quanto ao tipo os projetos podem ser:

● Projetos públicos

● Projetos privados

● Projetos privados com restrição

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Observação: O que é licitação?

4. ETAPAS DE UM PROJETOS

Do nascimento de uma idéia até a sua concretização de várias etapas

tem que ser cumpridas na elaboração de um projeto. Que são:

Seleção do que projetar – dá uma idéia sumaria sobre qual é o objetivo que

deve ser cumprido e a forma de levá-lo adiante.

Ante-projeto preliminar – tem por objetivo fornecer informações necessárias

para decidir se convém ou não investir recursos em determinados

empreendimentos.

Estudo de viabilidade – é uma etapa importantíssima, pois define, de forma

precisa, o projeto a realizar, fornecendo os elementos básicos para uma

tomada de decisão.

A análise de viabilidade deve abordar os seguintes aspectos:

* Viabilidade técnica

* Viabilidade institucional

* Viabilidade econômica

* Viabilidade financeira

Projeto final ou definitivo – o projeto deve ser detalhado com todos os itens

necessários para que não haja qualquer dúvida quanto ao que fazer.

5. CICLO DE VIDA DO PROJETO

O conhecimento das fases do ciclo de vida proporciona uma série de

benefícios, dentre eles:

A correta análise do ciclo de vida determina o que foi, ou não, feito pelo

projeto;

O ciclo de vida avalia como o projeto está progredindo até o momento;

O ciclo de vida permite que seja indicado qual o ponto exato em que o

projeto se encontra no momento;

É possível identificar as mudanças inerentes à conclusão de cada fase.

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Graficamente podemos visualizar a relação entre as fases da seguinte forma:

Fase 1 – Concepção ou Iniciação: é a fase inicial que marca a germinação da ideia do projeto, do seu nascimento até a aprovação da proposta para a execução.

São atividades típicas desta fase (algumas não são necessariamente

desenvolvidas no projeto):

Identificação de necessidades e/ou oportunidades;

Tradução dessas necessidades e/ou oportunidades em um problema;

Equacionamento e definição do problema;

Determinação dos objetivos e metas a serem alcançados;

Análise do ambiente em problema; análise das potencialidades ou

recursos disponíveis;

Avaliação da viabilidade de conclusão dos objetivos;

Estimativa dos recursos necessários;

Elaboração da proposta do projeto;

Apresentação da proposta e venda da ideia;

Avaliação e seleção com base na proposta submetida;

Decisão quanto à execução do projeto;

Fase 2 - Planejamento: nesta fase a preocupação central é com a

estruturação e viabilização operacional do projeto. Nela, a proposta de trabalho, já provada, é detalhada por meio de um plano de execução operacional.

Detalhamento das metas e objetivos a serem alcançados, com base na

proposta aprovada;

Definição do gerente do projeto;

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Detalhamento das atividades e estruturação analítica do projeto;

Programação das atividades no tempo disponível e/ou necessário;

Análise do risco do projeto;

Determinação dos riscos tangíveis a serem alcançados durante a

execução do projeto;

Programação da utilização e aprovisionamento dos recursos humanos e

materiais necessários ao projeto;

Delineamento dos procedimentos de acompanhamento e controle a

serem utilizados na implantação do projeto;

Estruturação do sistema de comunicação e de decisão a ser adotado;

Designação e comprometimento dos técnicos que participarão do

projeto;

Treinamento dos envolvidos com o projeto.

Fase 3 - Execução: execução de tudo que foi planejado. Quase sempre são necessários ajustes ao longo do desenvolvimento dos serviços. É importante destacar que grande parte do orçamento e esforço será despendido nesta fase.

Durante a execução é importante que haja o controle das ações empreendidas. O objetivo principal do controle é acompanhar e avaliar tudo que está sendo feito na situação atual, pautando-se na situação planejada. Caso o projeto não esteja dentro do desejado, deverão ser realizadas ações corretivas para que se volte ao rumo certo. A grande vantagem de utilizar o controle é a possibilidade de sempre acompanhar de perto o projeto.

São atividades que podem ser descritas como principais nesta fase:

Ativar a comunicação entre os membros da equipe do projeto;

Executar as etapas previstas e programadas;

Utilizar os recursos humanos e materiais, sempre que possível;

Dentro do que foi programado (quant. e períodos de utilização) efetuar

reprogramações no projeto e adotando os planos e programas iniciais

como diretrizes, eventualmente mutáveis;

Gerenciar o clima e os relacionamentos.

Fase 4 – Fechamento ou Finalização: corresponde ao encerramento do

projeto. É marcado pela dificuldade na manutenção das atividades dentro do que planejado, pela documentação e pelo desligamento gradual de empresas de especialistas do projeto.É aqui que serão avaliadas todas as tarefas e fases através de uma auditoria, interna ou externa (equipe de terceiros), todos os documentos são entregues e podemos utilizar este momento para que toda a equipe passe por um processo de aprendizado.

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São comuns nesta fase do projeto:

aceleração das atividades que, eventualmente, não tenham sido

concluídas ;

realocação dos recursos humanos do projeto para outras atividades ou

projetos;

elaboração da memória técnica do projeto;

elaboração de relatórios e transferência dos resultados finais do projeto;

emissão de avaliações globais sobre o desempenho da equipe do

projeto e os resultados alcançados.

6. ELABORAÇÃO DO DOCUMENTO DE PROJETO

Conceito e finalidade

Um documento de projeto é um marco referencial que estabelece por

antecipação a intenção de investir, facilita a ordem das informações e dão uma

ideia clara dos propósitos do projeto além de ter uma visão futura da execução

do projeto.

As perguntas-chave a serem respondidas em um projeto e sua

correspondência com a estrutura do projeto podem ser visualizadas no quadro

abaixo:

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Os componentes do documento:

• Diagnóstico

Como a pergunta-chave dá a entender, o diagnóstico procura descrever a situação problemática na qual se deseja intervir. Devem ser expostos dados da situação atual que permitirão ilustrar a situação que os objetivos visam atingir.

• Objetivos

Normalmente, existem dois níveis de objetivos: Objetivo geral expressa de forma ampla a contribuição que o projeto pretende trazer. Os objetivos específicos descrevem de maneira mais detalhada e menos genérica como o objetivo geral será aplicado a situações particulares. Neste nível se explicitam as ações a serem desenvolvidas com a população-alvo. O objetivo geral é apenas um, enquanto os objetivos específicos dificilmente se poderão limitar a único aspecto.

• Justificativa

Neste ponto, deve-se destacar a relevância do projeto e as razões que o justificam, demonstrando por que o projeto merece ser implementado e por que ele necessita de apoio externo. Convém apontar os benefícios que o projeto trará para a população-alvo.

• Localização

O projeto deve precisar de forma clara e objetiva a localização da pesquisa. Se ele se destina a um tipo de público dentro de determinada região ou município, deve ser especificado o local de ação predominante desse publico.

• Público-alvo

O público-alvo pode ser direto ou indireto. O público-alvo direto é consti-tuído pelos atores com os quais se deve trabalhar diretamente, sem intermediação por parte de outras organizações ou pessoas. Neste caso, ele pode ser mensurado ou dimensionado. O público-alvo indireto é aquele que pode ser influenciado ou sensibilizado pelas ações desenvolvidas. Por exemplo, em uma campanha de reciclagem de embalagens metálicas, o público-alvo direto podem ser os estudantes da Escola X; suas famílias e vizinhos podem ser influenciados, tornando-se, assim, o público-alvo indireto. A definição do público-alvo é fundamental para o estabelecimento de indicadores ou marcas de progresso do projeto.

• Instituições envolvidas e parcerias

Mencionam-se no projeto as organizações que serão parceiras ou que nele estarão envolvidas. Caso houver trabalho ou perspectivas de trabalho em conjunto, pode ser descrita a estrutura das instituições e parcerias envolvidas, sua experiência na temática, a região de sua atuação e o tipo de vínculo institucional existente ou em formação. • Metas

As metas consistem nas parcelas quantitativa e qualitativamente determinadas do objeto do projeto. Elas buscam especificar onde pretendemos chegar e contêm a definição do prazo de sua execução e dos benefícios diretos e indiretos que dele advirão.

• Metodologia

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A metodologia descreve como serão desenvolvidas as ações, explicitando a estratégia e a lógica de intervenção. Este ponto explicita quão participativo será o projeto e com que tipo de participação se estará contando. Aqui, devem ser mencionados também os instrumentos de ação a serem utilizados, tais como palestras, oficinas, vivências e outros aptos a contribuir para a execução das ações planejadas.

• Atividades

Entende-se por atividades o conjunto de ações que serão executadas para produzir os resultados esperados. Aconselha-se a elaboração de um cronograma de execução do projeto, no qual constarão as diferentes atividades a serem desenvolvidas ao longo do tempo.

• Recursos

Trata-se, aqui, de indicar e justificar os recursos humanos e materiais necessários para a execução do projeto. Nessa seção, devem constar todos os itens necessários de infraestrutura, equipamentos, veículos e recursos humanos disponíveis. É importante destacar, neste ponto, a contrapartida do projeto.

• Orçamento

O orçamento constitui um elemento essencial do projeto. É necessário que seus diferentes itens sejam claramente descritos e definidos e que estejam diretamente relacionados com as ações e atividades planejadas. Caso exista contrapartida, esta deve ser mencionada, como no caso de trabalho voluntário, de doações, de veículos e de estrutura disponíveis para a execução do projeto. Se for o caso, indicar outras fontes existentes de arrecadação de recursos ou projetos de apoio financeiro complementares. Algumas organizações de financiamento já possuem planilha específica para preenchimento dos financiamentos. Cumpre lembrar que pode haver restrições para o financiamento de determinados itens. • Cronograma

O cronograma geralmente é apresentado na forma de uma matriz: na linha superior, indicam-se as unidades de tempo (semanas, meses, períodos); e, na coluna da esquerda, as ações a serem desenvolvidas. No cruzamento das ações com as unidades de tempo, usam-se marcações para assinalar o andamento progressivo das atividades planejadas.

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Condicionantes

São os pré-requisitos para o alcance dos objetivos, para o alcance dos indicadores e sucesso do projeto. São fatores externos que estão quase fora do controle da direção do projeto, mas são possíveis de dimensionar pois muitas vezes interferem no cumprimento dos indicadores.

Avaliação toda atividade programada deve ser medida. É um processo

permanente que deve estar presente durante o desenvolvimento do projeto para retroalimentá-lo e enriquecê-lo. (feed-back)

Basicamente o plano de avaliação deve verificar:

Eficácia

Eficiência

Pertinência

Efeitos imprevistos

Casualidades

Todo documento de avaliação deve conter as análises e apresentar

conclusões globais, recomendações, no caso de projetos ainda em execução,

e no caso de projetos concluídos, mencionar os fatores positivos da execução.

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Planejamento do empreendimento aquícola

Mercado

Infra-estrutura

Recursos naturais

Insumos e recursos humanos

A definição do processo produtivo

Encargos e taxas

Fontes de recursos

Etapas básicas de planejamento do empreendimento

1. Prospecção dos canais de mercado: apresentação do produto e apuração da demanda e dos preços; 2. Definição das estratégias de produção e elaboração do plano de negócio; 3. Estudo preliminar da viabilidade econômica: orçamento e previsão das despesas (construção, equipamentos, insumos, mão-de-obra, impostos e outros itens) e receitas; 4. Determinação da necessidade de capital (investimento e operacional). 5. Prospecção das áreas: fonte de água, infra-estrutura local e regional, programação de incentivos, disponibilidade de mão-de-obra, insumos e serviços, etc. 6. Prospecção e avaliação das fontes de recursos financeiros;

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Análise de Mercado

A análise de mercado é um dos componentes do plano de negócios que está relacionado ao marketing da

organização. Ela apresenta o entendimento do mercado da empresa, seus clientes, seus concorrentes e

quanto a empresa conhece, em dados e informações, o mercado onde atua.

A análise do mercado permite ainda se conhecer de perto o ambiente onde o produto/serviço se

encontra. O mercado está composto pelo ambiente onde a empresa e produto se localizam, pela

concorrência e pelo perfil do consumidor.

A definição do mercado leva em conta:

Análise da Indústria/Setor

Descrição do Segmento de Mercado

Análise SWOT do produto/serviço

Análise da Concorrência

Análise da Indústria/Setor

A análise da indústria deve apresentar as informações a respeito do tamanho, crescimento e estrutura da

indústria/setor em que sua organização está inserida. Inicia-se com a coleta de informação do setor ao

qual pertence o produto/serviço. Essa informação é geralmente discriminada em termos dos objetivos e

pode estar relacionada com a estrutura da indústria e do setor em termos estatísticos, práticas de

marketing e o composto de marketing. Essa informação pode ser usada para monitorar mudanças no

setor e aproveitar as oportunidades decorrentes dessas mudanças em nichos específicos.

Descrição do Segmento de Mercado

Definido o setor em que atua e seu mercado geral, você também quer e precisa saber identificar e

clarificar quais porções particulares, ou segmentos deste mercado são seu alvo. O segmento de mercado

é definido a partir das características do produto, estilo de vida do consumidor (idade, sexo, renda,

profissão, família, personalidade etc) e outros fatores que afetam de uma maneira direta o consumo do

produto, como localização geográfica por exemplo. O mercado-alvo não é aquele que você gostaria: é

aquele que pode consumir o seu produto. Geralmente, para segmentar um mercado é necessário ter um

conhecimento mais abrangente, não somente qualitativo mas também quantitativo do mesmo. Para uma

análise inicial procure responder às seguintes questões:

Qual o market-share (participação de mercado) dentre os principais concorrentes?

Qual o potencial de mercado?

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O mercado encontra-se bem atendido?

Quais as oportunidades para o seu produto/serviço obter uma maior participação?

Um segmento de mercado é um conjunto de clientes que tem necessidades e desejos em comum. Ao

agrupar clientes semelhantes, você pode satisfazer suas necessidades específicas de forma mais eficaz.

Quanto mais recursos e opções esses clientes demandam, mais razões você tem para dividi-los em

grupos.

A figura abaixo apresenta uma forma esquemática de como definir o segmento de mercado para seu

produto/serviço. Para isso, deve-se responder, basicamente, às seguintes perguntas:

Quem está comprando?

O que está comprando?

Por que está comprando?

Figura 1 – Visão Rápida de Segmentos de Mercado

Quem está Comprando?

Uma boa forma para se determinar quem está comprando seu produto ou serviço, é conhecer seus

hábitos e como eles vivem. Se seus clientes são outras empresas, descubra como eles operam seu

negócio. Pense em seus clientes nos seguintes termos:

Geografia (onde eles moram?). Ex.:

- País, Região, Estado, Cidade, Bairro etc.

- Qual a proximidade de seus vizinhos mais próximos?

- Qual é a temperatura da região onde vivem no verão?

- Quanto tempo levam para chegar ao aeroporto?

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Perfil (Como eles são?). Ex.:

- Pessoas: Idade, Sexo, Tamanho da Família, Educação, Ocupação, Renda, Etnia, Nacionalidade,

Religião etc.

- Empresas: Setor, Porte da Empresa, Número de Funcionários, Anos no Negócio, Faturamento etc.

Estilo de Vida (O que eles fazem?). Ex.:

- Pessoas: Passatempos, Hábitos ao assistir TV, Atividades sociais, Afiliação a clubes, Preferências

para férias etc.

- Empresas: Proteção do meio ambiente, Doações a eventos beneficentes, Investimento no

treinamento dos funcionários, Oferta de benefícios aos funcionários, Promoção de funcionários da

empresa etc.

Personalidade (Como eles agem?)

Pode-se classificar em cinco os tipos básicos de personalidade:

- Inovadores (5% da população): Correm todos os riscos; Jovens e bem educados; Familiarizados

com novas ideias e tecnologias; Têm computadores portáteis e estão conectados a redes; Informados por

fontes externas.

- Primeiros adeptos (10% da população): Líderes de opinião em suas comunidades; Avaliadores

cautelosos; Abertos a argumentos bem justificados; Respeitados por seus companheiros etc.

- Maioria inicial (35% da população): Evitam riscos sempre que possível; agem de forma deliberada;

Não experimentam novos produtos, a não ser que se tornem populares etc.

- Maioria tardia (35% da população): Céticos; Extremamente cautelosos; Desapontados com outros

produtos; Relutantes com novos produtos, Respondem apenas à pressão de amigos etc.

- Retardatários (15% da população): Esperam até o último momento; Esperam até os produtos

ficarem desatualizados; Ainda hesitam! Etc.

O que está comprando?

Uma descrição de clientes baseada no que eles compram permite que você os veja de uma perspectiva

com a qual está bastante familiarizada: seus próprios produtos e serviços. Depois de criar segmentos de

mercado baseados no que seus clientes compram, você pode abordar as necessidades de cada grupo,

modificando os seguintes aspectos de seu produto ou serviço.

Características

Embalagem

Preço

Opções de entrega

As características referem-se a todas as especificações de um produto ou serviço. Quando você agrupa

os clientes em função das características do produto que eles procuram, descobre que os clientes têm

muito em comum. Suas semelhanças incluem:

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A freqüência com que usam o produto (pouco, moderadamente, muito)

Sua habilidade em usar o produto (novatos, intermediários,especialistas)

O que eles fazem com o produto (lazer, educação, negócios)

Que tipos de clientes são (consultores, revendedores, usuários)

A embalagem envolve muito mais do que caixa, o papel ou plástico. A embalagem refere-se a tudo o que

cerca a oferta de um produto, incluindo:

Propaganda do produto (rádio, TV, revistas, cartazes, camisetas)

Promoções (vendas nas lojas, cupons, desenhos)

Marketing (resenhas em livros, campanhas telefônicas, endosso de celebridades)

Manutenção do produto (garantias, serviços de atendimento ao cliente, centros de serviço)

Mais uma vez, é comum os segmentos de mercado identificados com base nos critérios de embalagem

refletirem atributos de clientes semelhantes aos segmentos baseados em características do produto:

freqüência de uso, nível de sofisticação, aplicação do produto e tipo de usuário.

O preço de um tipo específico de produto ou serviço tende a criar diferentes grupos de clientes. Os

clientes que são sensíveis ao preço estão em um segmento; os que estão dispostos a pagar por um certo

nível de qualidade estão em outro. Mas o preço não é o único fator financeiro que pode levar a diferentes

segmentos de mercado. Outros critérios incluem:

Financiamento disponível

Opções de leasing

Satisfação garantida ou seu dinheiro de volta

Acordo de troca

A distribuição e a entrega determinam como os clientes recebem seu produto ou serviço. Nesse caso, os

segmentos de mercado baseiam-se em geral em onde os clientes compram, por exemplo:

Depósitos

Centros de desconto

Lojas de Departamento

Butiques

Catálogos

Internet

Os segmentos de mercado baseados na entrega também podem considerar outros critérios, como:

disponibilidade total de horário (lojas de conveniência); disponibilidade total de local (postos de gasolina);

disponibilidade garantida (vídeo locadoras); sensibilidade ao horário (floricultura, pizzarias, frutas e

vegetais).

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Por que está comprando?

Quando se trata realmente de satisfazer as necessidades dos clientes a longo prazo, você não pode se

esquecer de fazer as seguintes perguntas:

O que seus clientes estão procurando?

O que consideram importante?

O que os motiva?

Qual é sua percepção das coisas?

Como fazem suas escolhas?

Quando agrupa seus clientes usando as respostas a essas perguntas, você cria segmentos de mercado

baseados nos benefícios que os clientes estão procurando. Como esses segmentos de mercado

descrevem seus clientes a partir do ponto de vista dos clientes, e não do seu, oferecem melhor

oportunidade para que você satisfaça as necessidades específicas de um grupo inteiro de clientes.

Análise SWOT do Produto/Serviço

Matriz SWOT é uma técnica muito utilizada por empresas que buscam se antecipar ao mercado e estar à

frente de seus concorrentes, pois consiste na análise do ambiente interno e externo da empresa para

auxiliar no planejamento e adoção de estratégias.

SWOT, sigla em Inglês, também conhecida e traduzida como FOFA (Forças, Oportunidades, Fraquezas,

Ameaças) significa:

Strengths- Forças.

Weakness – Fraquezas.

Opportunities – Oportunidades.

Threats – Ameaça

Avalie os pontos fortes e fracos dos seus principais concorrentes em relação ao seu produto/serviço.

Dessa maneira, será mais fácil para você tentar tornar os pontos fracos deles em oportunidades e

melhorar seu produto/serviço de maneira a tentar eliminar as ameaças dos concorrentes e os riscos

envolvidos. Resumindo, faça uma análise SWOT do seu produto/serviço.

Análise da Concorrência

A concorrência deve ser avaliada em relação a produtos/serviços e à organização (nesse caso, sua

análise já ocorreu na etapa de planejamento estratégico). De que maneira o produto ou serviço pode ser

comparado ao do concorrente? De que maneira ele está organizado? Ele pode tomar decisões mais

rápidas do que você? Ele responde rapidamente a mudanças? Tem uma equipe gerencial eficiente? A

concorrência é líder ou seguidor no mercado? Eles poderão vir a ser os seus concorrentes no futuro?

Consulte a seguinte lista de perguntas sobre a concorrência:

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Produto ou serviço

De que maneira é definido um produto ou serviço competitivo?

Como ele se parece com o seu e com os outros?

De que maneira ele é diferente do seu e dos outros?

A concorrência é especialista ou oferece variedade?

Quais características do seu produto ou serviço satisfazem seu mercado alvo?

Quais pontos fracos e fortes da concorrência você pode explorar?

Em que estágio tecnológico você se encontra em relação à concorrência?

Quanto inovador você é? Comparado à concorrência você se ajusta rapidamente às mudanças

tecnológicas?

Que imagem o consumidor associa à concorrência?

Preço

Qual é a estratégia de preço do concorrente?

Como é seu preço em relação ao do concorrente?

Que margens de lucro o concorrente pratica?

Praça

Onde está localizado o concorrente?

Como é sua localização em relação à dele?

Ele tem espaço para crescer?

Promoção

De que maneira a concorrência faz a propaganda?

Quanto eles gastam em propaganda?

Qual a mensagem?

A propaganda da concorrência é efetiva?

Gerenciamento

Como é a equipe gerencial do concorrente?

Qual é seu conhecimento e sua competência?

Que políticas de recrutamento eles utilizam? Eles oferecem treinamento ao seu pessoal?

Qual a política de salários?

O negócio do concorrente é lucrativo?

Qual o faturamento; com que volumes de venda; com que participação de mercado?

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Eles investem em P&D?

Finanças

O negócio do concorrente é lucrativo?

Qual o faturamento; com que volumes de venda; com que participação de mercado?

Eles investem em P&D?

Qual a estrutura de capital deles? E o fluxo de caixa?

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I - ROTEIRO BÁSICO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS AQUICOLAS

1. Informações Cadastrais Devem conter informações do proprietário/ produtor e também do técnico responsável

2. Roteiro de Acesso Roteiro descritivo informando "como chegar" na propriedade.

3. Diagnóstico da propriedade Deve-se caracterizar o uso de solo da propriedade, ou seja, quanto a propriedade possui de lavoura, mata ciliar, reserva legal, açudes, pastagens etc..seria um " raio X" da propriedade.

4. Caracterização do Empreendimento (piscicultura) á implantar Neste item deve-se descrever tudo relativo ao cultivo, como:

Área destinada à construção

Os viveiros

Entrada e saída de água

Qualidade da água

Renovação

Espécies

Manejo

Estocagem

Cultivo

Arraçoamento

Despesca

Aeração e etc..

MAPAS (Por no mapa da situação atual "raio x" e proposta) 5. Orçamento

Em horas maquinas a serem utilizadas, aeradores etc. 6. Cronograma do empreendimento

Ao final, acrescentar nos anexos, os cálculos que fundamentaram a sua proposta de projeto (água, vazão, DH, movimentação de terra etc)

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II- ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

1. APRESENTAÇÃO

A apresentação é a uma das partes mais importantes na elaboração de um

projeto. É nela que o parceiro, ou investidor, poderá entender – de forma rápida e

objetiva – a proposta integral do projeto. Seja claro e objetivo, incluindo apenas as

informações essenciais ao entendimento do projeto.

Descreva de modo sucinto o projeto, seu histórico, o objetivo geral, as

metodologias a serem aplicadas, as atividades previstas, os resultados

esperados e o valor do investimento solicitado.

Sugere-se, para a apresentação, um texto de 1 lauda apenas.

2. JUSTIFICATIVA

O proponente deve responder às questões: por que e para que executar o

projeto?

Ressalte a relevância do projeto, o impacto ambiental previsto (as

transformações positivas esperadas, em termos de melhoria), a área

geográfica em que o projeto se insere; e as principais características da

população local (demográficas, socioeconômicas, sociopolíticas, ambientais,

culturais e comportamentais).

3. OBJETIVO GERAL

Identifica os benefícios de ordem geral que as ações do projeto deverão propiciar aos beneficiários.

Exemplo:

Apoio à recuperação da qualidade das águas do Rio X, com vistas à melhoria da qualidade de vida da população ribeirinha.

4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Estes objetivos referem-se às etapas intermediárias que deverão ser cumpridas

no curso do projeto. Portanto, devem estar necessariamente vinculados ao

Objetivo Geral. Também devem ser específicos, viáveis, hierarquizados,

mensuráveis e cronologicamente definidos.

Exemplo:

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5. METODOLOGIA EMPREGADA

Descreva a maneira como as atividades serão implementadas, incluindo os principais procedimentos, as técnicas e os instrumentos a serem empregados. É preciso que se descreva com precisão de que maneira o projeto será desenvolvido, ou seja, o COMO FAZER.

6. EQUIPE TÉCNICA (pode vir logo no início do projeto)

Relacione a equipe técnica principal do projeto, incluindo formação profissional (assistente social, agrônomo, biólogo, etc.), a função ou cargo (diretor, coordenador, educador, etc.) e o número de horas semanais que cada profissional dedica ao projeto.

Nome Formação Função Horas Semanais

7. CRONOGRAMA FÍSICO FINANCEIRO

O cronograma constitui instrumento essencial de gestão e, por isso, deve ser

elaborado com critério. Relacione as principais atividades do projeto – de acordo

com os objetivos específicos descritos no Item 5 - indicando os prazos de

realização de cada uma. Considerando o prazo de vigência do contrato de

parceria (12 meses), use o mês como unidade.

Exemplo:

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10. ORÇAMENTO DO PROJETO

Considerando as principais atividades estabelecidas em cada objetivo específico,

indique o valor do investimento solicitado ao Programa, assim como a

contrapartida da organização e os recursos provenientes de outras fontes (se for o

caso). Como contrapartida, poderão ser computados os valores estimados das

instalações, materiais e equipamentos da organização, cedidos ou utilizados na

implementação do projeto, assim como o valor das horas de trabalho da equipe

técnica, desde que esses itens não estejam incluídos no investimento solicitado ao

programa.

Exemplo:

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13. AVALIAÇÃO DE IMPACTO (opcional)

Esta modalidade de avaliação refere-se à permanência ou sustentabilidade no tempo das transformações decorrentes das ações implementadas, ou seja, à sua efetividade. O impacto é medido pela melhoria ocorrida na qualidade de vida e bem-estar dos públicos-alvo direto ou indireto, a médio e longo prazos, como resultado da melhoria das condições ambientais.

Para cada objetivo específico, identifique os indicadores quantitativos e qualitativos do impacto social previsto para o projeto, assim como os meios de verificação.

Exemplo:

14. AVALIAÇÃO DE RESULTADOS (pode ser o último item do projeto)

Esta modalidade refere-se à eficácia dos métodos e procedimentos utilizados e denota as transformações sociais geradas pelas atividades. Quando as metas de um projeto, para um determinado período de tempo, são atingidas, diz-se que o resultado foi obtido com eficácia. O conceito de eficácia também está associado ao de qualidade, no sentido de que ser eficaz pressupõe o fiel atendimento às especificações de uma determinada meta.

Para cada objetivo específico enunciado, identifique os indicadores quantitativos e qualitativos dos resultados esperados, assim como os meios de verificação.

Exemplo:

Objetivo

Específico

Indicadores de Resultados Meios de Verificação

Treinar 25 voluntários

como instrutores no

programa de

recomposição da

mata ciliar mediante o

replantio de espécies

nativas.

- Número de voluntários formados como instrutores

- Nível de desempenho dos participantes.

Relatório final de atividades

Teste de aferição dos

conhecimentos

Entrevista pessoal com os

treinandos.