Apostila Sobre Profetas Menores

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“APRENDENDO COM O PROFETA OSÉIAS” Oséias 1.1-14.9 (NVI) Introdução : Oséias, cujo nome significa “Salvação”, viveu, aproximadamente, entre os anos 790 a.C. a 710 a.C. Ele pertencia ao Reino do Norte (Israel). Seu ministério durou, no mínimo, 38 anos e, no máximo, 66 anos! (se a última análise estiver correta, o seu ministério profético foi o mais longo da história). O seu livro foi escrito no final da sua carreira, entre os anos de 715 a 710 a.C. O livro foi escrito para revelar o amor fiel, misericordioso e incondicional de Deus para com o seu povo. Ele está dividido em 2 partes básicas: Caps. 1-3 e Caps. 4-14. Podemos aprender muito com Oséias e seu ministério. Vejamos o que o texto sagrado tem a nos ensinar: I) APRENDENDO COM OSÉIAS EM SUA VIDA FAMILIAR (1-3): 1 – O casamento de Oséias serviu de ilustração, simbolismo, para demonstrar o relacionamento de Deus para com Israel. Deus estava usando o profeta para ensinar a nação. Não era uma situação fácil para Oséias: 1.1) Deus lhe ordenou que se casasse com uma mulher adúltera, prostituta (1.2,3): Não sabemos se ela já era assim ou Deus, em sua onisciência, sabia que ela teria esta tendência. 1.2) Oséias teve 3 filhos com Gômer (1.3-8): O texto parece indicar fortemente que o 1º filho era legítimo (1.3), mas os outros 2, não (2.2-5). 1.3) Gômer era um símbolo vivo da nação de Israel: Adulterava com ídolos pagãos (2.5); Deus iria castiga-la por isso (2.6-13), mas depois disso iria restaura-la (2.14-23). Os filhos, também, seriam restaurados (1.10-21). 1.4) Gômer saiu de casa, se entregou a outro homem (amante), perdeu tudo o que tinha e foi vendida como escrava: Oséias recebeu ordem de Deus para resgata-la, compra-la novamente e leva-la de volta para sua casa (3.1-5). Ela ficou isolada por um período de tempo, visando sua purificação, até poder voltar a vida normal. 2 – O que isto nos ensina hoje (Ensinamentos Práticos)? 2.1) Obedecer a Deus requer abrir mão da nossa própria vontade. 2.2) Deus usa a vida dos seus servos como ilustração para ensinar outros. Profetas Menores - Pr. Alexsandro Marcondes Teixeira 1

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“APRENDENDO COM O PROFETA OSÉIAS”Oséias 1.1-14.9 (NVI)

Introdução: Oséias, cujo nome significa “Salvação”, viveu, aproximadamente, entre os anos 790 a.C. a 710 a.C. Ele pertencia ao Reino do Norte (Israel). Seu ministério durou, no mínimo, 38 anos e, no máximo, 66 anos! (se a última análise estiver correta, o seu ministério profético foi o mais longo da história). O seu livro foi escrito no final da sua carreira, entre os anos de 715 a 710 a.C. O livro foi escrito para revelar o amor fiel, misericordioso e incondicional de Deus para com o seu povo. Ele está dividido em 2 partes básicas: Caps. 1-3 e Caps. 4-14. Podemos aprender muito com Oséias e seu ministério. Vejamos o que o texto sagrado tem a nos ensinar:I) APRENDENDO COM OSÉIAS EM SUA VIDA FAMILIAR (1-3):1 – O casamento de Oséias serviu de ilustração, simbolismo, para demonstrar o relacionamento de Deus para com Israel. Deus estava usando o profeta para ensinar a nação. Não era uma situação fácil para Oséias: 1.1) Deus lhe ordenou que se casasse com uma mulher adúltera, prostituta (1.2,3): Não sabemos se ela já era assim ou Deus, em sua onisciência, sabia que ela teria esta tendência. 1.2) Oséias teve 3 filhos com Gômer (1.3-8): O texto parece indicar fortemente que o 1º filho era legítimo (1.3), mas os outros 2, não (2.2-5). 1.3) Gômer era um símbolo vivo da nação de Israel: Adulterava com ídolos pagãos (2.5); Deus iria castiga-la por isso (2.6-13), mas depois disso iria restaura-la (2.14-23). Os filhos, também, seriam restaurados (1.10-21). 1.4) Gômer saiu de casa, se entregou a outro homem (amante), perdeu tudo o que tinha e foi vendida como escrava: Oséias recebeu ordem de Deus para resgata-la, compra-la novamente e leva-la de volta para sua casa (3.1-5). Ela ficou isolada por um período de tempo, visando sua purificação, até poder voltar a vida normal.2 – O que isto nos ensina hoje (Ensinamentos Práticos)? 2.1) Obedecer a Deus requer abrir mão da nossa própria vontade. 2.2) Deus usa a vida dos seus servos como ilustração para ensinar outros. 2.3) Deus pune o pecado, mas ama o pecador. Seu amor e sua misericórdia são as causas de não sermos consumidos. 2.4) Para que um casamento seja restaurado é preciso pagar um preço alto: Financeiro, moral, espiritual, social, emocional, etc.II) APRENDENDO COM OSÉIAS EM SUA VIDA PROFÉTICA (4-14):1 – Em seu longo ministério profético, Oséias foi contemporâneo de Amós, Isaías e Miquéias. Deus o usou de uma forma grandiosa, além dele próprio ter servido de símbolo ou ilustração para povo. Pelo menos em mais 3 áreas Deus usou o profeta: 1.1) Deus o usou para advertir a nação dos seus pecados, que era consistia de: 1.1.1. Idolatria aberta, adoração a Baal (2.8,13,17; 8.11; 13.2). 1.1.2. Perjuro, jurar falso, quebrar juramento/maldição (4.2; 10.4). 1.1.3. Mentira (4.2). 1.1.4. Furto, roubo (4.2). 1.1.5. Homicídio sobre homicídio (4.2). 1.1.6. Adultério (4.1,2). 1.1.7. Rejeição do conhecimento espiritual, desleixo, indiferença para com as coisas sagradas (4.6; 8.14). 1.1.8. Rebeldia (4.16; 13.9). 1.1.9. Cobiça exacerbada da classe nobre (5.10). 1.1.10. Falso culto, formalismo, ritualismo vazio (8.13). 1.1.11. Mistura com povos pagãos, ímpios (7.8,9).

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1.1.12. Falha moral dos líderes: Reis, príncipes, sacerdotes e juízes (6.8,9; 7.5-7). 1.2) Deus o usou, também, para ensinar lições espirituais. A saber: 1.2.1. Deus deseja misericórdia e não sacrifícios (6.6; Mt 9.13; 12.7). 1.2.2. Deus deseja um relacionamento íntimo, pessoal, particular com cada um dos seus servos (2.20). 1.2.3. Deus quer ser conhecido do seu povo (6.3). 1.2.4. Deus é Pai (11.1). 1.3) Deus o usou, ainda, para profetizar sobre eventos futuros: 1.3.1. O Filho de Deus, Jesus, voltaria do Egito para a Terra Prometida (11.1; Mt 2.15). 1.3.2. Ele nos fala que a morte seria vencida (13.14). Paulo entende que este texto se refere a nossa vitória em Jesus Cristo sobre a morte (I Co 15.55)2 – O que isto nos ensina hoje (Ensinamentos Práticos)? 2.1) Quem quer ser usado por Deus precisa ser imparcial na execução do seu ministério, sem contudo perder a sensibilidade. 2.2) Deus deseja que cada um dos seus filhos o conheça pessoalmente e continue conhecendo-o, até alcançar a maturidade espiritual.Conclusão: Aprendemos muito com o livro de Oséias, principalmente sobre a sua vida. Sua vida nos ensina que: Obedecer a Deus em toda e qualquer circunstância é a melhor decisão. Sigamos, pois, o seu grandioso exemplo.

“APRENDENDO COM O PROFETA JOEL”Joel 1.1-3.21 (NVI)

Introdução: Joel, cujo nome significa “O Senhor é Deus”, viveu, aproximadamente, entre os anos 860 a.C. a 800 a.C. Ele pertencia ao Reino do Sul (Judá). Não sabemos muitas coisas sobre a sua vida pessoal, nem ministerial, mas sabemos que ele foi um personagem real e que sua mensagem era verdadeira. Se a época em que ele viveu estiver correta, ele deve ter conhecido o profeta Elias (já no final do seu ministério) e foi contemporâneo de Eliseu. O seu livro está dividido em 2 partes básicas: Caps. 1.1-2.17 e Caps. 2.18-3.21. Podemos aprender muito com o profeta Joel. Vejamos o que o texto sagrado tem a nos ensinar:I) APRENDENDO COM JOEL NA ÉPOCA DA ADVERSIDADE (1.1-2.17):1 – Joel começa descrevendo a adversidade que sobreveio à terra de Judá. Ela foi causada principalmente por uma praga de gafanhotos (ele descreve 4 espécies, 1.4. Existem mais de 80! Uma única nuvem destes insetos pode conter milhões e até bilhões de gafanhotos) e por uma seca severa, terrível, assoladora (1.10,17). Isto causou uma enorme crise nacional. De que forma o país foi afetado? 1.1) As paisagens naturais ficaram desoladas (2.2,3). 1.2) O pavor tomou conta da população (2.6). 1.3) Houve escassez de alimento e água (1.7-12,16-20). 1.4) Os sacrifícios no templo do Senhor foram interrompidos, pois não havia animais em perfeitas condições para o holocausto (Lv 1.1-17), nem vinho (Lv 23.13), nem cereais (Lv 2.1,2).Todas elas (5 no total) eram sobre perdão, restituição, consagração pessoal e dos bens e comunhão com Deus.2 – No meio da adversidade Joel conclamou o povo ao arrependimento: 2.1) Todos deveriam participar: Sacerdotes (1.13), autoridades (1.14), velhos e jovens (1.2,3; 2.16), crianças de todas as idades (2.16) e até os recém-casados, em lua-de-mel (2.16).

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2.2) O arrependimento diante de Deus deveria ser demonstrado: Por choro (1.11,13; 2.12), jejum (1.14; 2.15), reunião solene no templo (1.14; 2.15,16), coração quebrantado, contrito (2.13) e oração dos sacerdotes (2.17).3 – O que isto nos ensina hoje? (Ensinamentos Práticos): 3.1) As adversidades são oportunidades de aprendizado e reflexão interior que devem nos levar a buscar a Deus. 3.2) As tragédias que sobrevêm a uma nação afetam, também, o andamento da obra de Deus. Devemos orar a Deus p/ guardar nosso país. II) APRENDENDO COM JOEL E SEU MINISTÉRIO PROFÉTICO (2.18-3.21): Joel, depois de ver o arrependimento do povo, é usado por Deus para descrever 2 situações:1 – A restauração imediata da terra de Judá, dos animais e do povo (2.17-27): 1.1) Para a terra Deus diz para se alegrar (2.21). 1.2) Para os animais Deus diz para não temerem (2.22). 1.3) Para o povo Deus diz que dará fartura de alimento (2.19-26). Isto seria o sinal de Ele estava no meio deles (2.27).2 – Sobre o futuro: 2.1) O Senhor derramaria o seu Espírito sobre todos os povos (2.28-32). Esta promessa cumpriu-se, parcialmente, ao povo judeu no dia de Pentecostes (At 2), mas só se cumprirá plenamente para eles na volta de Cristo (Zc 12.10; 13.1). 2.2) Deus julgará as nações do mundo no vale de Josafá “Jeová julga” (3.1-16). Esta profecia cumpriu-se de forma imediata naquela época, poucos séculos depois, mas ocorrerá de forma plena na segunda vinda de Cristo, na campanha ou guerra do Armagedom (Mt 25.31-46; Ap 16.12-16; 19.11-21). Deus livrará o povo de Israel e destruirá os ímpios, instaurando o seu reino milenial. 2.3) Deus irá restaurar plenamente a terra de Israel e habitará no meio do seu povo (3.17-21). 3 – O que isto nos ensina hoje? (Ensinamentos Práticos): 3.1) Deus está pronto a responder ao seu povo quando o busca com sinceridade. Logo Ele provê a restauração necessária, de tal maneira que a adversidade é deixada para trás por causa das incontáveis bênçãos. 3.2) A promessa do Espírito Santo é para todos nós hoje em dia. Você já está desfrutando dela? Saiba, porém, que há 3 partes nesta promessa: A habitação do Espírito Santo no crente (isto se dá quando ele é salvo por Cristo), o batismo com/no Espírito Santo (isto é uma segunda bênção após a conversão, cuja evidência inicial é o falar em línguas) e a terceira parte é ser cheio do Espírito Santo (isto deve ocorrer continuamente na vida do crente, mediante a oração, a santificação e meditação na Palavra de Deus). 3.3) Deus é justo, soberano e bom: Ele agiu em favor dos animais e não vai agir em seu favor? Ele separa os bons dos maus e abençoa os seus.Conclusão: Podemos resumir o livro de Joel afirmando o seguinte: Se buscarmos a Deus na adversidade Ele nos responderá e nos concederá muito mais do que precisamos. Amém.

“APRENDENDO COM O PROFETA AMÓS”Amós 1.1-9.15 (NVI)

Introdução: Amós, cujo nome significa “Carregador de fardo pesado” foi um profeta de Judá (Reino do Sul), que foi usado por Deus para profetizar, principalmente, para Israel (Reino do Norte). Ele era natural de Tecoa, uma cidade que ficava a 19 Km ao sul de Jerusalém (capital de Judá).Amós exercia o ofício de criador de ovelhas e colhedor de sicômoros (uma espécie rara de figo). Ao ouvir a voz de Deus, não hesitou, obedeceu-lhe,

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tornando-se um profeta. Seu ministério foi exercido entre os anos de 760 a 750 a.C. O seu livro trata especificamente da questão da injustiça social . Ele foi contemporâneo de Oséias e Jonas. Pode ter conhecido, quando criança, o profeta Eliseu. No final do seu ministério entram em cena Isaías e Miquéias. Apesar de ter origem humilde (era um camponês), Amós não era iletrado, inculto, mas era um perito na arte da palavra escrita e possuía amplo conhecimento de história e cosmologia. O seu livro está dividido em 3 partes básicas: Caps. 1.1-2.16; Caps. 3.1-6.14 e Caps. 7.1-9.15. Podemos aprender muito com o profeta Amós. Vejamos o que o texto bíblico tem a nos ensinar:I) AS PROFECIAS DE AMÓS (1.1-2.16): Não sabemos quando foi que Deus usou o profeta para pronunciar estas profecias, se no início, no meio ou no fim do seu ministério (o livro não está em ordem cronológica), mas, com toda certeza, elas são verdadeiras. São profecias de juízo divino. Foram direcionadas para 8 nações, sendo que 6 delas eram vizinhas da Terra Prometida. Ele usa uma expressão interessante ao se dirigir a elas: “Por 3 transgressões...por 4...” (significa: Muitas, várias).1 – Eis cada uma delas e os motivos principais do julgamento divino: 1.1) Síria (1.3-5): Desumanidade (Trilharam seus inimigos conquistados). 1.2) Filístia (1.6-8): Escravidão e tráfico humano (comércio de vidas). 1.3) Fenícia (1.9,10): Tráfico de escravos. 1.4) Edom (1.11,12): Hostilidade e violência permanente aos israelitas. 1.5) Amom (1.13-15): Violência, genocídio brutal e cobiça. 1.6) Moabe (2.1-3): Espírito de vingança, crueldade. 1.7) Judá (2.4,5): Rejeição da Lei do Senhor, desobediência e idolatria. 1.8) Israel (2.6-16): Recebeu a profecia mais severa. Por motivos diversos: 1.8.1: Vendiam os pobres endividados como escravos (2.6). 1.8.2: Desprezavam os necessitados negando-lhes justiça (2.7 a). 1.8.3: Praticavam imoralidades sexuais s/ o menor constrangimento (2.7). 1.8.4: Violavam a lei do penhor contra os pobres (2.8; Ex 22.25-27). 1.8.5: Perverteram aos nazireus (2.11,12; Nm 6.1-21).2 – O que isto nos ensina hoje? (Ensinamentos Práticos): 2.1) Quando Deus chama alguém para a sua obra, Ele chama com poder e a pessoa não tem como resistir. Não importa aonde ela mora e o que faz. O que Deus tem para fazer por meio dela não pode ser adiado. Deus tem lhe chamado para a sua obra? Então não importa a sua limitação, Deus lhe capacitará e lhe garantirá bom êxito na execução da tarefa que lhe designou (7.14,15). Deus usa quem Ele quer. 2.2) Deus é Juiz soberano e não deixa a injustiça prevalecer para sempre. No seu tempo Ele julga com justiça. A injustiça social é abominável diante dos seus olhos. Você tem sido injustiçado, menosprezado pelos mais influentes, por pessoas que não temem a Deus? Espere em Deus pois Ele julgará a sua causa com justiça. 2.3) O juízo divino é mais severo para quem conhece a sua vontade, que tem acesso a sua Palavra, que já teve experiências com Ele e mesmo assim não lhe obedece. O juízo começa é pela Casa de Deus (1 Pe 4.17-19) e os crentes com maiores privilégios receberão maior cobrança no dia do julgamento no tribunal de Cristo (Lc 12.47,48).II) AS PREGAÇÕES DE AMÓS (3.1-6.14): As pregações de Amós foram dirigidas especificamente para o povo de Israel (3.1). Ele foi enviado a uma cidade do Reino do Norte chamada Betel, onde ficava um dos santuários idólatras, onde o povo, principalmente a elite, ia prestar sua adoração.1 - Como era a pregação de Amós? 1.1) Era com autoridade (3.1).

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1.2) Era baseada em fatos reais, registrados na própria Palavra de Deus (3.2; Ex 19.6; Dt 7.6). 1.3) Era imparcial (4.1;6.1). 1.4) Era baseado no seu conhecimento do caráter e atributos de Deus: Amós sabia quem Deus era: 1.4.1: Justo ao julgar (3.2). 1.4.2: Soberano, domina sobre tudo e todos (3.8,11; 4.6-13; 5.6-9). 1.4.3: O Deus dos Exércitos (3.13). 1.4.4: Santo (4.2). 1.4.5: O Deus que concede vida (5.4,6). 1.4.6: Insubornável, não manipulável (5.21-27). 1.5) Era visando o arrependimento do povo (5.14,15).2 – O que isto nos ensina hoje? (Ensinamentos Práticos): 2.1) Há pessoas que mesmo recebendo sinais de alerta de Deus, visando o arrependimento, não se convertem, não se voltam para Ele (5.6-11). Às vezes Deus usa vários métodos para levar a pessoa ao arrependimento, mas ela finge não entender. Deus usa sonhos, profecias, enfermidades, pregações, conversas, acidentes, perdas, a consciência pesada e muitos outros meios. Deus tem de alguma forma falado com você para se arrepender de alguma coisa? Então tome esta decisão ainda hoje. 2.2) O tipo de culto que Deus não aceita: Hipócrita, vazio, cheio de pompa, ritualismo, cerimonioso, mas sem vida, sem fervor, sem sinceridade, sem amor ao próximo, sem obediência à Sua palavra. Não adianta dar o dízimo se não ofertar com alegria; não adianta orar se não for com fé esperando que a resposta glorifique a Deus; não adianta vir para o culto se o coração estiver em outro lugar; não adianta cantar se não for do fundo da alma.III) AS VISÕES DE AMÓS (7.1-9.25): A terceira e última parte do livro de Amós constitui-se de visões e o seu confronto com um falso profeta chamado Amazias.1 – Quais foram às visões de Amós e o que elas significavam? 1.1) A visão dos gafanhotos devoradores (7.1-3): Julgamento divino em forma de escassez, de fome, de falta de víveres. 1.2) A visão do fogo (7.4-6): Julgamento divino por meio de queimadas e seca na fonte das águas. 1.3) A visão do prumo na mão (7.7-9): Julgamento divino ao “seu povo Israel”, porquê, tal como um muro, a nação que tinha sido “construída” segundo as medidas divinas, estava agora desalinhada e tinha de ser quebrada e reconstruída. 1.4) A visão de um cesto de figos (8.1-14): Julgamento irremediável de Israel devido aos seus pecados. Aqui são descritos mais dois: Os comerciantes enganavam e roubavam o povo (8.4-6) e idolatravam (8.14). 1.5) A visão do Senhor como Juiz (9.1-10): O juízo inescapável de Deus. Nem mesmo no templo encontrariam refúgio. 1.6) A visão da bênção futura (9.11-15): Amós terminando contando o que Deus vai fazer em favor do seu povo nos dias futuros (época do Milênio).2 – O confronto de Amós com o falso profeta Amazias: Amazias, capelão real e sacerdote de Betel, confrontou Amós porque este profetizava contra os pecados. Ele e sua casa teria um fim trágico.3 – O que isto nos ensina hoje? (Ensinamentos Práticos): 3.1) A intercessão de um crente fiel pode muito em seus efeitos diante de Deus (Tg 5.16).Você tem intercedido por alguém ou por alguma causa que já parece perdida? Não

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desista, Deus está pronto a atender a oração dos seus filhos em favor dos que precisam e até nem merecem a bênção. 3.2) O pior tipo de fome que pode existir é a fome espiritual. Quem troca Deus por causa de ídolos mortos e todos os outros tipos de pecados irão sofrer bastante. 3.3) Deus fala com seus filhos de uma maneira que eles possam entender. A linguagem com que Ele fala com cada um é muito interessante. Com Amós Ele falou através de visões de coisas que ele conhecia e convivia no meio delas. O mesmo aconteceu com outros profetas.Quando Ele fala de modo figurado é para ser entendido. Ele não deixa os seus servos na dúvida. De que forma Deus fala com você?Conclusão: Assim como Amós o crente não pode se intimidar. Ele precisa denunciar a injustiça social que assola o nosso país. Assim como Deus usou Amós, Ele, também, deseja usar os seus filhos nos dias de hoje. Olhemos para Amós e sigamos o seu bom exemplo. Que Deus nos abençoe.

“APRENDENDO COM O PROFETA OBADIAS”Obadias (NVI)

Introdução: Obadias, cujo nome significa “Servo do Senhor” ou “Que adora a Jeová”, foi um dos três profetas usados por Deus para proclamar uma mensagem a uma nação pagã (os outros foram Jonas e Naum). Ele é um dos 12 personagens do A.T. que têm esse nome. Não nenhuma informação sobre a sua vida pessoal. Alguns eruditos (estudiosos) crêem que o seu livro, que é o menor do A.T., foi escrito logo após a queda de Jerusalém no ano 586 a.C. Sua mensagem é voltada especificamente contra os Edomeus/Idumeus/Edomitas. Eles eram descendentes de Esaú (Ob 8,9; Gn 33.16; 36.1-30, 46; Dt 23.7; 2 Cr 25.14). Viviam em constante conflito com o povo de Israel. Os edomeus habitavam a região sul do Mar Morto, numa região montanhosa de difícil acesso. O livro do profeta Obadias está dividido em 2 partes: Dos vv 1-16 nos fala sobre os pecados e o castigo destinado a Edom e dos vv 17-21 nos fala do futuro de Israel. Vejamos então o que o texto bíblico tem a nos ensinar por intermédio de Obadias:I) OBADIAS DESCREVE OS PECADOS E O FIM DE EDOM (vv 1-16) A mensagem profética de Obadias era para todos os povos (v 1), mas atingia especificamente os edomitas.1 – Por que os edomitas seriam destruídos? 1.1) Porque eram soberbos (vv 3,4): Eram presunçosos, orgulhosos, altivos. Viviam em fortalezas nas rochas e pensavam que nada e ninguém poderia lhes atingir. 1.2) Porque foram violentos com o povo de Israel (vv 10,11): Durante séculos eles agiram assim contra o povo de Deus, mesmo sendo uma nação irmã. 1.3) Porque foram coniventes com os povos que destruíram Israel e Judá e se omitiram em prestar ajuda (v 11): Deixaram os israelitas sozinhos no sufoco. 1.4) Porque tiveram prazer em ver a destruição do povo de Deus (vv 12,13): Escarneceram, riram, zombaram da queda dos judeus. 1.5) Porque participaram do saque de Jerusalém (v 13 c): Ajudaram a roubar os bens do povo de Deus. 1.6) Porque agiram com total desumanidade, em emboscadas, tanto matando os judeus fugitivos quanto entregando-os aos seus inimigos (v 14): Além de não socorrer os fugitivos, ainda os matavam no caminho e os denunciavam aos seus algozes. Estas atitudes levaram os judeus cativos em Babilônia a amaldiçoar os edomitas (Sl 137).2 – O que aconteceria com os edomitas? 2.1) Seriam desprezados e reduzidos entre as nações (v 2): Seriam muito pequenos entre os demais povos. Sua grandeza seria extinta. Seriam chamados de”Povinho”.

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2.2) Seriam despojados de todos os seus bens (v 6): Os povos saqueadores não deixariam nada para trás. O historiador grego Diodoro Sículo diz que os edomitas escondiam seus tesouros (acumulados através do comércio) nas cavidades das rochas. 2.3) Seriam expulsos do próprio território (v 7 a): É a pior humilhação para um povo: Ser expulso do seu próprio lugar de origem! 2.4) Seriam traídos pelos próprios aliados (v 7 b): As nações que eram companheiras lhe deixariam na miséria, causariam o seu mal. 2.5) Seriam destituídos dos seus melhores cidadãos que eram os sábios e os guerreiros, além da maior parte dos homens (vv 8,9): Veja o quanto o país seria reduzido. Era uma predição de total humilhação! 2.6) Seriam retribuídos com as mesmas maldades que praticaram (v 15): Muitas nações iriam participar da desgraça de Edom (v 16).3 – O que isto nos ensina hoje? (Ensinamentos práticos): 3.1) O pecado se torna mais agravante na vida de uma pessoa quando é praticado contra um irmão ou amigo. Este pecado pode ser tanto por comissão quanto por omissão. 3.2) Jamais devemos zombar da queda dos outros, nem mesmo dos nossos inimigos, pois Deus está observando tudo e não tem prazer nisto (Pv 24.17,18; Rm 12.17-21). 3.3) O importante não é ser famoso, conhecido, mas servir a Deus com fidelidade. A mensagem divina a ser entregue é mais importante do que o mensageiro.II) OBADIAS DESCREVE O FUTURO DO POVO DE DEUS (vv 17-21): A mensagem do profeta não é só de destruição, há também, promessas de bênçãos para o futuro dos filhos de Deus. Esta profecia é tanto para o futuro dos exilados judeus quanto para a Era Messiânica (futuro distante):1 - Que bênçãos são prometidas ao povo de Deus (Israel)? 1.1) Retorno para a Terra Prometida (v 17): Os exilados voltaram do cativeiro babilônico no ano 537 a.C. e voltarão de todas as nações na época do Reino Milenial de Cristo. 1.2) Verão a vingança do Senhor com o fim dos seus inimigos (vv 18-20): No Séc. V a.C. os nabateus expulsaram os edomitas de seu território; Ciro, rei da Pérsia, eliminou milhares deles; no ano 109 a.C. os macabeus, também, os massacraram e, com a queda de Jerusalém no ano 70 d.C. eles deixaram de existir. Herodes era edomita. 1.3) No Reino Milenial de Cristo o povo de Deus, os vencedores, serão juízes sobre a terra (v 21): Irão governar com Cristo o mundo. 1.4) O Reino de Deus será implantado na terra (v 21 b): Durante 1000 anos haverá paz e justiça na terra, com Cristo reinando.2 – O que isto nos ensina hoje? (Ensinamentos práticos): 2.1) O final para o povo de Deus é sempre o melhor. O povo de Deus sofre com lutas, perseguições, perdas, mas no final vai sorrir, vai se alegrar, vai triunfar. Você sabia que está no íntimo do ser humano ver o bem triunfando sobre o mal? Em nenhuma área do saber o mal prevalece: Nem na filosofia, nem na história, nem na ciência, nem na cultura, muito menos na Bíblia, a Palavra de Deus.Conclusão: Obadias termina o seu livro com um tom de missão cumprida. Ele foi objetivo, claro no que queria falar. Sigamos pois o seu exemplo, sendo objetivos na mensagem que Deus nos conceder para entregar e na missão a ser cumprida. Que Deus nos abençoe. Amém.

“APRENDENDO COM O PROFETA JONAS”Jonas 1.1-4.11 (NVI)

Introdução: Jonas, cujo nome significa “Pomba”, foi um profeta de Israel (Reino do Norte). Ele era natural de Gate-Hefer (2 Rs 14.25), uma cidade da Galiléia, a uns 3 Km de

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Nazaré. Quando os fariseus na época de Jesus disseram que da Galiléia nunca havia se levantado nenhum profeta, eles se enganaram (João 7.52).Ele foi contemporâneo de Amós e pode ter conhecido o profeta Eliseu. Seu ministério ocorreu entre os anos 800 a 750 a.C. na época do rei Jeroboão II (793-753 a.C.). Naqueles dias o povo de Israel vangloriava-se de ser o único povo que tinha sobre si a bênção divina, achavam que mal nenhum lhes ocorreria, mesmo vivendo no pecado, como estavam. Havia prosperidade material e segurança nacional, mas alguns anos mais tarde, em 722 a.C. a nação seria desfeita, através dos assírios. Alguns estudiosos argumentam que este livro é uma alegoria (não é um fato histórico, real, mas, trata-se de uma história cheia de figuras, de símbolos). Segundo esta ótica: Jonas representa a nação de Israel desobediente; o mar representa os gentios; o grande peixe, Babilônia; os três dias no ventre do peixe, o cativeiro judeu em Babilônia. Entretanto, tomando como referência a vida e as profecias dos demais profetas e a declaração de Jesus, entendemos que Jonas foi um personagem histórico, real e suas experiências foram fatos concretos (Mt 12.39-41). Este livro foi escrito com um propósito tríplice: Demonstrar o imenso amor, misericórdia e graça de Deus para com todas as suas criaturas; demonstrar através da experiência de Jonas que Israel, representado nele, havia decaído da sua missão de ser luz e bênção para todos os povos da Terra e demonstrar para Israel, que embora conhecesse a Lei de Deus e que recebera muitos profetas do Senhor, não se arrependeram, enquanto que uma nação pagã (Assíria), que não tinha a Palavra de Deus, ao ouvir apenas um profeta, se arrependeu.Este é um livro basicamente missionário. Podemos aprender muito com o profeta Jonas. Vejamos o que o texto bíblico tem a nos ensinar:I) A FUGA DE JONAS (1.1-17): Jonas foi comissionado por Deus para pregar a sua palavra em Nínive. A mensagem do profeta não era de bênçãos, de promessas, mas de arrependimento, era dura, porquê Deus estava disposto a destruir a cidade. Esta cidade ficava a uns 800 Km de sua cidade natal, Gate-Hefer, viajando por terra. Entretanto o profeta quis fugir de Deus, viajando para Társis, que ficava na Espanha, que estava a mais de 3.200 Km a oeste de Israel. Era o ponto mais extremo do mundo na época, era “o fim do mundo”. 1 - A fuga de Jonas foi dramática. Por que? 1.1) Porque Deus enviou uma tempestade terrível sobre o navio em que ele estava (vv 3-5): Enquanto isso Jonas dormia profundamente! 1.2) Por que ele foi desmascarado, envergonhado (vv 6-17): Os homens ficaram com medo de mata-lo, por ser um profeta, mas ele mesmo reconheceu o seu erro e pediu para ser lançado ao mar. Deus foi tão misericordioso que realizou um milagre para salva-lo.2 – O que isto nos ensina hoje? (Ensinamentos Práticos): 2.1) Não existe nenhum lugar onde a pessoa possa fugir de Deus (Sl 139.7,9,10; Am 9.2; Ob 4). Meu irmão, você está tentando fugir de Deus e do seu propósito para sua vida? Não tente fugir, se concerte com Ele, pois há tristes conseqüências para quem se afasta do Senhor. 2.2) O filho de Deus quando está em desobediência prejudica até as outras pessoas, devido à disciplina divina. 2.3) Como o filho de Deus que está em desobediência deve agir quando é descoberto? Deve confessar o seu pecado, assumir a culpa e pedir perdão ao Senhor. Certamente Deus olhará com misericórdia (Pv 28.13).II) A ORAÇÃO DE JONAS (2.1-10): Agora vemos Jonas dentro do ventre do grande peixe orando ao Senhor. Este é o pior lugar aonde um filho de Deus pode orar.1 – O que vemos na oração de Jonas?

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1.1) Ele memorizava os Salmos e usou-os na sua súplica (v 2 – Sl 86.13; v 3 a – Sl 88.6; v 3 c – Sl 42.7; etc.): Isto revela que ele conhecia e guardava bem a Palavra de Deus. 1.2) Foi feita com fé (v 4): Ele cria que Deus o livraria daquela situação. 1.3) Fez uma promessa (v 9): Fez um voto que esperava cumprir fielmente. 1.4) Incluiu uma declaração confessional (v 9 c): Era uma expressão da sua mais profunda convicção, da sua fé, da sua confiança em Deus.2 – O que isto nos ensina hoje? (Ensinamentos Práticos): 2.1) O filho de Deus precisa memorizar, guardar, gravar a Palavra de Deus em seu coração, para usa-la em suas orações. A oração precisa estar fundamentada na Palavra de Deus. 2.2) A oração do filho de Deus, baseada na misericórdia divina, tem resposta certa, ainda que em situação dramática (Sl 50.15; Jr 33.3).III) A PREGAÇÃO DE JONAS (3.1-10): Depois da fuga frustrada do profeta e do grande livramento de Deus, novamente Jonas recebe a incumbência divina de levar a sua mensagem (vv 1-2). Desta vez Jonas obedeceu a Palavra do Senhor:1 – Como foi a pregação de Jonas e qual foi o resultado? 1.1) Foi bem exaustiva (vv 3,4): A cidade tinha c. 96 Km de circunferência. Ele levou 3 dias para percorre-la. 1.2) Houve arrependimento por parte do povo em geral (vv 5-10): A começar pelo rei até aos animais. Deus poupou aquele povo de ser destruído.2 – O que isto nos ensina hoje? (Ensinamentos práticos): 1.1) Quando Deus concede uma segunda chance ninguém deve desobedece-lo. Deus lhe concedeu uma segunda oportunidade meu irmão? 1.2) Quando Deus manda um filho seu para uma tarefa difícil cabe a ele obedecer corajosamente. Deus concederá a proteção necessária e os demais recursos (Os ninivitas tinham o costume de decepar a cabeça dos seus inimigos). 1.3) Deus tem mais prazer em ver o arrependimento do pecador do que em exercer justiça, julgamento destrutivo, ainda que os próprios filhos de Deus esperem isto (4.1).IV) A LIÇÃO DE JONAS (4.1-11); Depois de haver pregado e não ver a destruição de Nínive, Jonas ficou irado e desejou a morte para si. Deus lhe deu uma grande lição.1 – Qual foi à lição que Deus ensinou a Jonas? 1.1) Ensinou-lhe o grande valor da vida humana (vv 5-11): Jonas queria que Deus não fosse misericordioso com os ninivitas. Ele tinha mais compaixão por uma planta do que pela vida das pessoas! Que lição Deus lhe deu. Certamente ele nunca mais foi o mesmo depois desta repreensão.2 – O que isto nos ensina hoje? (Ensinamentos Práticos): 2.1) A vida humana vale mais do que qualquer coisa. Entendemos isso? Deus deseja salvar todos os povos da Terra (1 Tm 2.4; Tt 2.11). 2.2) Deus é paciente e sábio em lidar com seus servos. Ele disciplina. 2.3) Milagres estão intimamente ligados à obra missionária.Conclusão: Você está agindo como Jonas, meu irmão? Tens tentado fugir da vontade de Deus para a sua vida? Você deseja que outros sejam prejudicados por sua causa? Deseja que Deus prepare “um grande peixe” para lhe “engolir”? Então se disponha hoje mesmo a obedecer ao Senhor. Amém!

“APRENDENDO COM O PROFETA MIQUÉIAS”Miquéias 1.1-7.20 (NVI)

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Introdução: Miquéias, cujo nome significa “Quem é igual a Jeová?”. Ele era natural de Moresete-Gate (1.1,14), uma pequena cidade que ficava c. 32-38 Km ao sul de Jerusalém. Ele era homem do campo, da zona rural, assim como Amós. Ele viveu na mesma época de Isaías e Oséias. Enquanto Isaías profetiza em Jerusalém (capital do Reino do Sul), Oséias profetizava para Israel. A mensagem divina, por intermédio de Miquéias, era tanto para Israel quanto para Judá. O objetivo era exortar o povo quanto ao pecado e manifestar-lhes a bondade de Deus em perdoar os arrependidos. Seu ministério foi exercido entre os anos 750 a 680 a.C. Ele profetizou durante os reinados de Jotão, Acaz e Ezequias (reis de Judá) e de Pecaías, Peca e Oséias (reis de Israel). O seu livro é formado por 7 capítulos com 105 versículos no total. Pode ser dividido em 3 partes básicas, todas elas começando com a palavra “Ouvi/Ouçam”. Vejamos então o que o texto bíblico tem a nos ensinar por intermédio de Miquéias:I) MIQUÉIAS ANUNCIA O CASTIGO DO POVO (1.1-2.13): Depois de se apresentar o profeta anuncia a palavra divina. Para ele os pecados de Israel e Judá estavam concentrados principalmente nas duas capitais (Samaria e Jerusalém). Eram pecados das cidades que se espalharam pelas outras regiões. Ele viu que Deus já saindo da sua habitação para julgar e punir os pecados do seu povo. Era uma cena amedrontadora (1.3,4)!1 - Por causa de quais pecados Deus iria punir Israel e Judá? 1.1) Idolatria (1.5,7): Em Samaria havia o culto ao bezerro de ouro (1 Rs 12.26-33; 2 Rs 17.1-23) e em Jerusalém altares pagãos (2 Cr 28.22-25; 2 Rs 16.10-18). 1.2) Cobiça exacerbada das classes abastadas pelos bens dos menos favorecidos (2.1,2,8): Os que tinham mais recursos econômicos queriam tirar todo o que os pobres possuíam (terrenos, casas e bens e, ainda, agiam com violência!). 1.3) Falsos profetas tentavam impedir a mensagem do verdadeiro profeta (2.6,7,11): Eram mentirosos. Deus diz que as suas palavras fariam bem aos que andavam retamente!2 – Que tipos de punições eles sofreriam? 2.1) Samaria seria destruída por completo (1.6). 2.2) O povo iria para o cativeiro em situação vexatória (1.11-16). 2.3) Perderiam tudo e seriam ridicularizados (2.3-5). 2.4) Ainda assim, no futuro, Deus iria restaurar o seu povo (2.12,13).3 – O que isto nos ensina hoje? (Ensinamentos Práticos): 3.1) Deus usa quem quer para realizar a sua obra. Ele usa tanto pessoas da cidade, dos grandes centros urbanos, quanto pessoas do interior, da zona rural, do campo. 3.2) As pessoas preferem ouvir pregadores que lhe agradam, ainda que falsos, do que verdadeiros mensageiros divinos. A Bíblia diz: “Melhor é a repreensão feita abertamente do que o amor oculto. Quem fere por amor mostra lealdade, mas o inimigo multiplica beijos” (Pv 27.5,6).I) MIQUÉIAS REPREENDE OS LÍDERES DO POVO E FALA SOBRE O FUTURO (3.1-5.15): Depois de anunciar o castigo do povo, Miquéias se dirige aos lideres de Israel e Judá. Eles eram principalmente os governantes civis, sacerdotes e profetas.1 – Que pecados estes líderes cometiam? 1.1) Exploração e indiferença para com os necessitados do povo (3.1-4): Agiam com desumanidade, não ajudavam, não prestavam socorro nem solidariedade. Eram insensíveis, injustos, amantes do mal. 1.2) Falsos profetas profetizavam por dinheiro, enganando o povo (3.5,11): Para os que lhes pagavam, profetizavam bênçãos, para os que não pagavam, lançavam maldições. 1.3) Os juízes estavam corrompidos (3.11): Julgavam por suborno.

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1.4) Os sacerdotes ensinavam a Lei visando lucro (3.11): O povo tinha de pagar para aprender a Palavra de Deus.2 – O que Miquéias fala sobre o futuro? 2.1) Ele fala sobre a Era Messiânica, o Reino Milenial de Cristo (ainda chegará): 2.1.1. Jerusalém e o templo no Monte Sião, em Israel, serão restabelecidos e será o centro do governo no Reino (4.1 a). 2.1.2. Os povos do mundo irão prestar adoração a Deus nele (4.1 b,2). 2.1.3. Jesus Cristo julgará entre as nações (4.3 a). 2.1.4. Será uma época de paz entre os povos (4.3 b). 2.1.5. Será uma época de sossego para as pessoas, sem medo (4.4). 2.1.6. O povo de Israel será reunido na Terra Prometida para nela viver como uma nação forte, poderosa (4.6-8). 2.1.7. Deus eliminará da terra todas obras de feitiçaria e idolatria (5.12-14). 2.1.8. Deus julgará e separará as nações que entrarão no Milênio (5.15). 2.2) Ele fala sobre o que aconteceria pouco tempo depois, ainda naquela época (séculos depois do profeta, que para nós já se cumpriram): 2.2.1. Jerusalém seria destruída junto com o templo (3.12; 4.10). Do cativeiro Deus resgataria o seu povo (4.10 c) e julgaria os inimigos dos judeus (4.11-13). 2.2.2. O rei de Israel na época do cerco babilônico seria ferido (5.1): Isto aconteceu. O último rei de Judá, Zedequias, foi cegado em Babilônia (2 Rs 25.7), por Nabucodonosor. 2.2.3. Ele diz que o Messias, o Salvador, nasceria em Belém-Efrata (5.2): Tal profecia aconteceu precisamente!3 – O que isto nos ensina hoje? (Ensinamentos Práticos): 3.1) Se os que lideram o povo de Deus não dão bom exemplo, não têm compromisso real com Deus, o povo se corrompe. Tudo começa com a liderança. A punição contra líderes é mais severa. 3.2) O servo de Deus pode usar uma mensagem que outro já pregou, desde que o propósito seja o mesmo (4.1-4; Cf com Is 2.2-4). No caso dos dias de hoje, por uma questão de ética, é necessário citar a fonte. 3.3) Podemos ter a certeza de que a Bíblia é a Palavra de Deus e, também, de que o que Deus prometeu se cumprirá, pelo fato de todas as profecias do passado terem se cumprido. 3.4) Cada filho de Deus que tem certeza da sua salvação, da sua vocação, de que está dentro da vontade de Deus, pode e deve expressar isto. Seus frutos o demonstrarão (3.8).III) MIQUÉIAS FALA SOBRE O JULGAMENTO DIVINO E FALA MAIS UMA VEZ SOBRE O FUTURO DO POVO DE DEUS (6.1-7.20): Depois de anunciar o castigo do povo, de repreender os líderes da nação e falar sobre o futuro, Miquéias agora fala do julgamento de Deus, diante do seu tribunal, contra Israel. Logo depois o profeta vai falar novamente sobre a misericórdia divina que garante um futuro para o seu povo.1 – De que Deus acusava o seu povo? 1.1) Desobediência, orgulho e formalismo vazio (6.1-16): Não mudavam! 1.2) Balanças enganosas e pesos desonestos (6.10,11): Comerciantes. 1.3) Pecados da língua (6.12): Mentira, calúnia, difamação, fofoca, etc. 1.4) Inversão dos mais elevados valores (7.5,6): Lar, amigos, todos.2 – O que aconteceria no futuro em relação ao povo de Deus? 2.1) Depois da punição, Deus irá restaurar (7.14—20). 2.2) Tudo começa com uma oração de súplica (7.14).3 – O que isto nos ensina hoje? (Ensinamentos Práticos):

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3.1) Deus sempre quer o melhor para os filhos e tudo faz para o seu bem, mas cabe ao homem obedecer a Deus, praticar a justiça, ser fiel e andar humildemente com Ele. 3.2) Mesmo nos momentos mais difíceis os filhos de Deus precisam recorrer a Deus, buscando-o em oração fervorosa. Deus lhes atenderá se o fizerem de coração e mudará a sua sorte.Conclusão: Miquéias embora do interior não era inculto, despreparado, ele buscava, também, conhecer bem a Palavra de Deus. No seu livro são citados mais de 20 textos do Pentateuco. Ele podia falar com certeza em nome de Deus porque ele o conhecia (43 vezes ele refere-se a Deus e 2 vezes ao Espírito Santo). Meu irmão, procure conhecer a Deus, a ser um instrumento Dele neste mundo e depois te recompensará na vida vindoura. Que Deus te abençoe ricamente.

“APRENDENDO COM O PROFETA NAUM”Naum 1.1-3.19 (NVI)

Introdução: Naum, significa “Consolo”. Não sabemos quase nada a seu respeito. Ele era natural de Elcos (Provavelmente, Cafarnaum, que significa “Aldeia de Naum”). Ele profetizou entre os reinados de Ezequias, Manassés, Amom e Josias (701 a 606 a.C.). O propósito do seu livro era anunciar o juízo divino sobre Nínive, capital do Império Assírio e animar o povo de Judá. Jonas já havia sido usado por Deus para levar a palavra divina àquela cidade (c. de 100 anos antes. Eles se arrependeram e Deus poupou a cidade). Agora, mais uma vez Deus envia a sua Palavra contra aquele povo. Desta vez não teriam escapatória. Vejamos o que o texto bíblico tem a nos ensinar:I) NAUM DESCREVE OS ATRIBUTOS DE DEUS, O JUIZ QUE JULGARÁ NÍNIVE (1.1-15): Naum não começa falando sobre os motivos porquê Nínive será destruída, ele começa descrevendo o Juiz que julgará a capital da Assíria.1 – O que o profeta nos revela sobre os atributos divinos (atributos são qualidades específicas de Deus)? O que ele diz sobre Deus? 1.1) Deus é zeloso (1.2): Ele vigia para que se cumpra o que falou, com grande cuidado e interesse. Os detalhes não ficarão de fora. Os pormenores serão levados a cabo. Nada falhará. 1.2) Deus se ira e é vingador contra o mal (1.2): Há vários textos na Bíblia que descrevem a ira de Deus e a sua vingança contra todos os tipos de males. Ele não tolera, não suporta ver o mal prevalecer, imperar. 1.3) Deus é muito paciente (1.3): Ele concede tempo para que as pessoas se arrependam a fim de não receberem o justo castigo. Isto, também, significa ser longânimo. 1.4) Deus tem um poder imensurável (1.3): Seu poder não pode ser medido, calculado. Ele não tem limites, nem tamanho. Ele é Todo-Poderoso. 1.5) Deus é justo (1.3): Ele é insubornável (não se deixa vender), é imparcial (seu juízo é reto, não beneficia nem condena ninguém injustamente). Só Ele tem capacidade para julgar com perfeição. 1.6) Deus é misterioso (1.3): A forma Dele agir, se manifestar, de apresentar-se é além da compreensão humana, é sobrenatural, totalmente incomum ao homem. Causa deslumbre, admiração e temor. 1.7) Deus é dominador soberano (1.4-6): Sobre a natureza e o homem. 1.8) Deus é bom (1.7): No sentido pleno da palavra. Não há Nele nenhuma maldade, injustiça, corrupção, falha, imperfeição ou desejo ruim. 1.9) Deus é refúgio (1.7): Ele abriga os que Lhe conhecem e nele confiam.2 – O que isto nos ensina hoje (Ensinamentos Práticos)?

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2.1) O filho de Deus precisa conhecer a Deus com todos os seus atributos. Isto se dá através do estudo bíblico e de experiências pessoas na caminhada da fé. Mais importante do que conhecer e desfrutar das obras e promessas divinas é conhecer o próprio Deus (Os 6.3; Is 1.3; 2 Pe 3.18). 2.2) Deus disciplina o seu povo quando este comete pecados (1.12; Jo´5.17; Pv 3.11,12; Hb 12.5-11; Dt 8.5). O propósito é a correção, a purificação do caráter, o aperfeiçoamento e o conhecimento que ele precisa ter Dele como Pai. Esta disciplina pode vir de várias formas: 2.2.1. Pregação da Palavra (Mt 23; Lc 3.1-20; At 2). 2.2.2. Meditação pessoal na Palavra (2 Cr 34.14-21). 2.2.3. Mediante uma profecia. 2.2.4. Através de um sonho. 2.2.5. Por meio de uma enfermidade. 2.2.6. Através de uma derrota ou plano frustrado. 2.2.7. Por meio de uma pessoa próxima (Pv 27.5,6). 2.3) Depois da disciplina, o que Deus faz pelo seu povo? 2.3.1. Quebra o jugo e arranca as algemas (1.13): Aquilo que prende, que bloqueia a liberdade, que sufoca. 2.3.2. Envia mensageiros com boas notícias (1.15): Uma palavra de fé, de ânimo, uma profecia com promessa, uma notícia de motivação. 2.3.3. Proporciona alegria (1.15): Demonstrada através de festa. 2.3.4. Aceita o voto (1.15): Aceita o que a pessoa prometeu, seu culto.II) NAUM DESCREVE A DESTRUIÇÃO DE NÍNIVE (2.1-3.19): Depois de descrever os atributos do Juiz que iria julgar a grande metrópole, o profeta passa agora a descrever a fim que teria aquele povo:1 – Por que Nínive seria destruída? 1.1) Porque era cheia de crueldade (2.11-13; 3.1): Os assírios eram ferozes, malvados, desumanos, perversos contra os povos conquistados. Assurbanipal (669-627 a.C.), rei da Assíria, era implacável. Muitos dos seus inimigos conquistados foram decapitados, empalados ou queimados. Ele chegou até a acorrentar um dos reis que venceu, como cachorro. Colocou nele uma coleira e fez para ele um canil, na porta oeste de Nínive. Salmaneser III, tinha orgulho por ter levantado uma pirâmide de crânios humanos na porta de uma de suas cidades conquistadas. 1.2) Porque era cheia de crimes (3.1): Chamada de cidade sanguinária. 1.3) Porque praticava feitiçaria e imoralidade juntas (3.4): Eram terríveis.2 – O que isto nos ensina hoje (Ensinamentos Práticos)? 2.1) É um grande perigo uma geração se converter a Deus mas deixar de transmitir a geração seguinte a Palavra de Deus. Esta geração seguinte não será poupada. Cada filho de Deus precisa transmitir aos seus filhos o conhecimento de Deus, para que possam, também, servi-lo. 2.2) Quando o ímpio perece, os justos se alegram (3.19; Pv 11.10, 28.28; 29.2). Você já viu isto alguma vez? Isto é um fato comprovado no decorrer da história. Tenha plena certeza, ó filho de Deus, que os perversos não prevalecerão para sempre. Deus os julgará e todos então se regozijarão. Deus faz isto, tanto para revelar que Ele é Juiz soberano quanto para evitar que o justo estenda a mão contra o ímpio e peque.Conclusão: A grande lição do livro de Naum é que os que praticam o mal não irão prosperar por toda a vida. Deus, no seu tempo, os julgará, pois a Bíblia adverte: “Não vos enganeis: De Deus não se zomba; pois tudo aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7). Cabe aquele que é injusto, ímpio, se arrepender e cabe àquele que é justo

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continuar fazendo a justiça: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão satisfeitos (fartos)” (Mt 5.6) e, finalmente, o Senhor Jesus adverte: “Continue o injusto a praticar injustiça; continue o imundo na imundícia; continue o justo a praticar justiça; e continue o santo a santificar-se. Eis que venho em breve! A minha recompensa está comigo, e eu retribuirei a cada um de acordo com o que fez”. (Ap 22.11,12). Que Deus te abençoe ricamente, em Jesus Cristo. Amém.

“APRENDENDO COM O PROFETA HABACUQUE”Habacuque 1.1-3.19 (ARA)

Introdução: Habacuque, cujo nome significa “Abraçador”, viveu, aproximadamente, entre os anos 650 a.C. a 590 a.C. Ele foi contemporâneo de Jeremias, Naum e Sofonias. Seu livro descreve a situação de Judá nos dias do reinado de Jeoaquim (609-598 a.C.), antes da queda de Jerusalém. Há várias lendas ligadas a ele: Uma tradição rabínica diz que ele era o filho da mulher sunamita (2 Rs 4.16), outra diz que ele livrou o profeta Daniel de uma segunda cova dos leões (livro apócrifo “Bel e o Dragão”), uma outra diz que ele fugiu na época da invasão babilônica para a Arábia, retornando depois do período do exílio e ainda, uma última, diz que ele era levita e cantor no templo (baseada no cap. 3 do seu livro). Tudo isto não passa de lendas e especulações. O que sabemos de concreto sobre ele é que Habacuque existiu, foi profeta de Deus e sua mensagem é verdadeira. Podemos aprender muito com o profeta Habacuque. Vejamos o que o texto sagrado tem a nos ensinar:I) APRENDENDO COM OS QUESTIONAMENTOS DE HABACUQUE (1.1-2.20): O livro começa com uma breve apresentação do profeta e logo após expõe os questionamentos que consumiam a sua alma. Vemos Habacuque fazendo 2 perguntas para Deus e recebendo 2 respostas. São elas:1 – Por que Deus permitia que o mal prevalecesse em Judá? (1.2-4) 1.1) Qual era o mal que o profeta se referia? Violência, contenda, litígio, injustiça, corrupção e opressão. 1.2) Qual foi a resposta de Deus? (1.5-11): Ele iria usar uma nação ímpia, perversa, amarga, para punir o seu povo que vivia em pecado.2 – Por que Deus iria usar justamente uma nação ímpia para punir o seu povo? (1.12-2.1) 2.1) Como Habacuque se refere aos caldeus? Eles tratavam os povos conquistados como peixes capturados na rede, isto é, capturavam, matavam e partiam para novas capturas. 2.2) Qual foi a resposta de Deus? (2.2-20): A resposta que foi dada por meio de uma visão que deveria ser gravada numa tábua, para que todos pudessem lê-la. Deus diz que tanto puniria Judá, usando os caldeus, como, também, puniria os caldeus no seu devido tempo. O justo deveria viver pela fé, independente das circunstâncias (2.4). O profeta descreve 6 classes de pessoas que seriam punidas: Agiotas gananciosos (2.6-8); Extorsionistas (2.9-11); Governantes opressores e tiranos (2.12,13); Beberrões lascivos (2.15,16); Destruidores da natureza e pessoas (2.17) e Idólatras (2.18,19).3 – O que isto nos ensina hoje? (Ensinamentos Práticos): 3.1) Somente quem anda em retidão, em comunhão com Deus, pode sentir-se perplexo e indignado com os males que o próprio povo de Deus comete. O fiel não se conforme com a corrupção do povo eleito. 3.2) Nossas dúvidas e questionamentos devem ser levados a Deus, em oração, sempre esperando Dele a resposta. Embora, às vezes, Ele não nos responda na hora, nem do jeito que desejamos, a resposta divina é sempre certa. 3.3) Deus sempre concede ao fiel a orientação necessária e uma palavra de conforto, quando prenuncia algum mal que há de vir (2.4,14,20).II) APRENDENDO COM O CÂNTICO DE HABACUQUE (3.1-19):

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Depois ouvir as respostas de Deus, Habacuque tem uma visão da grandeza e da majestade de Deus, provavelmente, representada numa imensa tempestade. Daí surge uma oração em forma de cântico. O que este cântico revela?1 – Revela uma fervorosa oração do profeta em favor do seu povo (3.2): 1.1) Pede a Deus avivamento para o seu povo no decorrer dos anos. 1.2) Pede a Deus misericórdia na hora do julgamento.2 – Revela o conhecimento que o profeta tinha dos atributos de Deus: 2.1) Deus se ira, mas, também, se compadece (3.2). 2.2) Deus é santo (3.3). 2.3) Deus é cheio de glória (3.3). 2.4) Deus é cheio de poder (3.4). 2.5) Deus é eterno (3.6). 2.6) Deus é soberano sobre a natureza e as nações (3.3-12). 2.7) Deus é o salvador do seu povo (3.13). 2.8) Sua presença causa imenso temor (3.16).3 – O que isto nos ensina hoje? (Ensinamentos práticos): 3.1) O fiel deve não apenas ficar indignado com os pecados cometidos pelo próprio povo de Deus, mas deve, ainda, pedir a Ele que mude esta situação, que se compadeça, que tenha misericórdia. 3.2) É nos momentos mais difíceis, de crise, que o filho de Deus deve demonstrar a sua fé. Deve até cantar, expressando esta confiança em Deus. 3.3) O que Deus faz pelo fiel na hora da tribulação, da angústia, do aperto? Ele o faz andar (viver) altaneiramente, isto é, com firmeza, com segurança. Não se arrastando envergonhado, escondido, derrotado. O filho de Deus deve crer nisso e permanecer firme nesta promessa.Conclusão: A grande lição do livro de Habacuque é independente de quaisquer circunstâncias o filho de Deus precisa continuar confiando em Deus. Nos capítulos 1 e 2 vemos o profeta cheio de inquietações, a fé foi provada pela dúvida, mas no capítulo 3, vemos a fé triunfando sobre a dúvida e Deus sendo louvado através de um cântico maravilhoso. Está acontecendo isto na sua vida? As dúvidas têm te perturbado? Questionamentos têm invadido a sua mente e coração? Então confie em Deus, Ele transformará as tuas dúvidas em louvor e te firmará os passos no dia mal. Que Deus te abençoe ricamente. Amém.

“APRENDENDO COM O PROFETA SOFONIAS”Miquéias 1.1-7.20 (NVI)

Introdução: Sofonias, cujo nome significa “O Senhor esconde”, foi profeta de Deus para Judá. Era de linhagem nobre (1.1), sendo trineto do bom rei Ezequias e parente distante do rei Josias (640-609 a.C.). Foi durante o reinado deste rei que ele profetizou. Era morador de Jerusalém. Escreveu o seu livro entre os anos 630-625 a.C. Ele foi contemporâneo de Naum (este era mais velho) e de Jeremias (este era mais novo). Seu dever era alertar o povo da iminente destruição de Jerusalém e do julgamento divino, caso não houvesse arrependimento. Vejamos então o que o texto bíblico tem a nos ensinar por intermédio de Sofonias:I) SOFONIAS ANUNCIA O JUÍZO DIVINO (1.2-3.8): Como todos os demais profetas, Sofonias, começa falando sobre o juízo, o castigo, a justa punição que viria sobre os que não obedecem a Deus. Ele fala sobre o julgamento do povo de Deus e, também, das demais nações.1 – O juízo divino começa por Judá. Por quais motivos?

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1.1) Idolatria (1.4,5): Eles estavam adorando a Baal, o exército do céu (Astrologia) e a Milcom (Moloque). 1.2) Apostasia (1.6): Abandono de Deus, da fé em Deus. 1.3) Mundanismo (1.8): Devido à mistura com outros povos pagãos. Estavam imitando o jeito deles se vestirem (Nm 15.38,39). 1.4) Roubo (1.9): Entravam para roubar pela janela por que tinham medo de passar pela porta da casa, pois esta estava “guardada”, “protegida”, na soleira, por um ídolo pagão. Tinham medo de serem amaldiçoados. 1.5) Violência e engano (1.9): Derramavam sangue para obter o que desejavam e agiam com astúcia para conseguirem tirar vantagens do próximo. 1.6) Indiferença para com o pecado (1.12): Estavam insensíveis, achando que Deus não ligava para o pecado que estavam cometendo, que Ele não puniria, que não faria caso. 1.7) Comerciantes corruptos (1.10,11): Enganavam o povo com balanças e pesos injustos, para aumentarem o seu lucro. 1.8) Corrupção da classe governante: Príncipes, Juízes, Profetas e Sacerdotes (3.1-4): Todos eles estavam corrompidos, dando maus exemplos.2 – O juízo divino alcançaria as demais nações: 2.1) Filístia (2.4-7): Terra dos filisteus. Ficava a oeste. 2.2) Moabe e Amom (2.8-11): Terra dos moabitas e amonitas, a leste. 2.3) Etiópia (2.12): Ficava ao sul. 2.4) Assíria (2.13-15): Ficava ao norte.3 – O que isto nos ensina hoje? (Ensinamentos Práticos): 3.1) Toda mensagem sobre o julgamento divino deve ser bastante enfatizada, repetida, insistente, visando levar ao arrependimento aquele que está vivendo no pecado. Se não houver arrependimento, uma coisa é certa, o juízo de Deus se cumprirá, mais cedo ou mais tarde (2 Tm 4.1-4; 2 Pe 3.1-9). 3.2) O julgamento divino começa com o seu povo, com os seus filhos (1 Pe 4.17,18) e se estende aos demais.II) SOFONIAS ANUNCIA AS BÊNÇÃOS DIVINAS (3.9-20): Assim como os demais profetas, as bênçãos são anunciadas no final do livro.1 – Todas estas bênçãos se cumprirão, literalmente, no reino milenar de Cristo. Que bênçãos são estas que o profeta anteviu? 1.1) Adoração sincera a Deus por todos os povos da Terra (3.9,10). 1.2) Conversão e purificação do povo judeu (3.11-13). 1.3) Alegria para o povo de Deus (3.14,15 a). 1.4) Presença real de Cristo entre o seu povo (3.15 b;17). 1.5) Segurança (3.16). 1.6) Restauração total dos judeus na sua Terra Prometida (3.19,20).2 – O que isto nos ensina hoje? (Ensinamentos práticos): 2.1) Os filhos de Deus, salvos por Jesus Cristo, já começam a desfrutar destas bênçãos no presente, após a conversão. Vejamos: 2.1.1. Adoração sincera a Deus (João 4.23,24). 2.1.2. Mudança interior (Gl 5.22,23). 2.1.3. Nenhuma condenação (Rm 8.1). 2.1.4. Desfruta da presença de Deus (João 14.16,23; 16.33; Mt 28.20). 2.1.5. Segurança (1 João 5.18). 2.2) O melhor ainda está por vir. Podemos ter a certeza disto, porque Deus é fiel. Sua Palavra se cumprirá.Conclusão: Sofonias é o resumo da mensagem de todos os profetas. Se você deseja conhecer de forma sintética a mensagem que os profetas anunciaram basta ler este livro.

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Não brinquemos com o pecado, para ver se vamos ser punidos ou não, pelo contrário, fujamos dele e procuremos viver uma vida agradável, obediente a Deus e a Sua palavra. Que Deus ricamente lhe abençoe. Amém.

“APRENDENDO COM O PROFETA AGEU”Ageu 1.1-2.23 (ARA)

Introdução: Ageu, cujo nome significa “Festivo” ou “Minha festa”, foi o primeiro profeta pós-exílio. Foi contemporâneo mais velho e amigo do profeta Zacarias. Provavelmente ele nasceu na Babilônia e regressou para Judá, a fim de cumprir o ministério que Deus lhe confiou. Ele entra em cena numa época de relaxamento espiritual do seu povo. Seu ministério durou apenas 4 meses (segundo o que podemos extrair das datas do seu livro). Isto se deu no ano 520 a.C., no reinado de Dario (522-486 a.C.), rei da Pérsia. Nestes 4 meses Deus lhe concedeu 4 profecias e são elas que formam as divisões do livro. Vejamos o que o texto sagrado tem a nos ensinar:I) AGEU É USADO POR DEUS PARA EXORTAR O POVO A COSNTRUIR O TEMPLO (1.1-15): A primeira profecia de Ageu ocorreu no dia 29 de Agosto de 520 a.C. O objetivo era exortar o povo judeu a retornar à construção do templo, que já estava interrompida há 15 anos! Esta interrupção, a princípio, foi por causa dos inimigos do povo de Deus (Ed 4.1-5,24), mas, depois, foi por causa do relaxamento, da omissão do próprio povo.1 – Que conseqüências o povo estava sofrendo por causa deste pecado? 1.1) Prejuízo na agricultura (1.6,9-11; 2.16,17): Seca, ferrugem, etc. 1.2) Frustração nas realizações pessoais (1.11): Planos impedidos. 1.3) Carestia (1.6): Fome, desnutrição, falta de dinheiro. 1.4) Interrupção das atividades espirituais (1.11): Sem animais e cereais, como iriam oferecer os sacrifícios? A comunhão com Deus foi prejudicada.2 – O que isto nos ensina hoje? (Ensinamentos Práticos): 2.1) Quando a obra de Deus fica em 2º plano, em 2º lugar, fica para depois, há prejuízos seríssimos. Tudo o mais fica comprometido. As 4 áreas básicas da vida são afetadas: Física, Social, Emocional e Espiritual. 2.2) A cobrança divina começa com os líderes do Seu povo. Eles é que têm uma responsabilidade maior. Se eles falharem, serão os primeiros a serem exortados. 2.3) Deus faz de tudo para restaurar o seu povo e a sua obra: Envia seus mensageiros, mostra o que fazer, promete a sua companhia, desperta o espírito para agir. Não deve haver demora!II) AGEU É USADO POR DEUS PARA ENCORAJAR O POVO (2.1-9) Esta segunda profecia foi entregue em 17 de Outubro de 520 a.C. , uns 50 dias após a primeira. Era época da Festa dos Tabernáculos. A Festa dos Tabernáculos comemorava a colheita do verão e os judeus habitavam em tendas durante 7 dias. Não havia motivo de alegria naquele ano. O povo estava desanimado, devido a fraca colheita e, também, por verem a pequenez do templo, comparado ao majestoso de Salomão. 1 – De que forma Deus encorajou o seu povo? (usando o profeta Ageu): 1.1) Prometeu sua presença (2.4,5). 1.2) Revelou um pouco o futuro, o que iria acontecer: 1.2.1. Haveria mudanças no Cosmos (2.6). 1.2.2. Haveria julgamento para as demais nações (2.7). 1.2.3. 2 interpretações diferentes (2.7): Sobre o Messias que iria chegar: “O Desejado das nações” (ARC) ou Sobre as ofertas (tesouros) que as nações levarão ao templo do Senhor no Milênio (ARA).

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1.3) Encheria de glória o templo (2.7). 1.4) Providenciaria os recursos necessários para o término da construção e para o suprimento do seu povo. 1.5) Nova profecia sobre as bênçãos sobre o templo (2.9 a): 1.5.1. A glória deste último seria maior do que a de Salomão. 1.5.2. É uma profecia messiânica e escatológica. 1.6) Deus prometeu a paz (2.9 b).2 – O que isto nos ensina hoje? (Ensinamentos Práticos): 2.1) Nenhuma igreja ou filho de Deus deve viver de comparações. O que precisam fazer é serem fiéis e terem contentamento na obra de Deus. Porque a comparação leva ao orgulho ou a frustração. 2.2) O grande privilégio do crente de hoje: Naquela época o Espírito de Deus habita “entre” o seu povo, hoje Ele habita “dentro” (Rm 8.9,11,15).III) AGEU É USADO POR DEUS PARA PROFETIZAR SOBRE AS PROMESSAS DE BÊNÇÃOS PARA O POVO (2.10-19): Esta terceira profecia ocorreu em 18 de Dezembro de 520 a.C., aproximadamente, 61 dias depois da segunda. Era época do plantio, no inverno. Portanto, época de muitas chuvas.1 – O que eles precisavam fazer para desfrutarem destas bênçãos? 1.1) Santificação (2.11-14): O significado destes versículos é a santificação era pessoal, individual, quando em contato com as coisas de Deus, mas a impureza era contagiosa, se espalhava mais fácil do que a pureza. 1.2) Consideração (2.15): Reflexão. Em outras palavras: “Não permitam que a omissão do passado, na obra de Deus, volta a acontecer”.2 – O que isto nos ensina hoje? (Ensinamentos Práticos): 2.1) Deus não abençoa os impuros. É necessário santificação para desfrutar de comunhão com Deus e suas bênçãos (Hb 12.14; 1 Ts 4.3). 2.2) A impureza se espalha mais rápido, mais fácil, do que a consagração.IV) AGEU É USADO POR DEUS PARA FALAR AO GOVERNADOR ZOROBABEL (2.20-23): Esta última profecia foi entregue no mesmo dia da anterior. Era pessoal, diretamente para Zorobabel. O objetivo era encorajar este servo de Deus.1 – De que forma Deus encoraja Zorobabel? 1.1) Deus lhe revela que está no controle de todas as coisas (2.21,22). 1.2) Deus lhe chama de “servo meu” (2.23). 1.3) Deus lhe diz que ele era um dos seus escolhidos (2.23). 1.4) Deus lhe promete uma posição de honra “anel de selar” (2.23).2 – O que isto nos ensina hoje: (Ensinamentos práticos): 2.1) Deus nos trata como indivíduos, como pessoas e nos conhece bem, nos conhece particularmente. Sabe de cada uma das nossas necessidades. Ele fala conosco diretamente ou usando alguém para fazer isto. 2.2) Em poucas palavras Deus fala muito, fala certo, fala profundamente.Conclusão: O ministério de Ageu foi curto, mas profundo. O que importa é que ele foi obediente a Deus. Nenhum profeta foi tão direto e recebeu tanto êxito no seu ministério quanto Ageu. Que Deus possa nos usar como o usou e que possamos alcançar êxito como ele alcançou. Que Deus nos abençoe, nos guarde, nos ajude, em nome de Jesus. Amém.

“APRENDENDO COM O PROFETA ZACARIAS”Zacarias 1.1-14.21 (ARA)

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Introdução: Zacarias, cujo nome significa “O Senhor se lembra”, (há outros 27 personagens com este nome no Antigo Testamento), nasceu muito provavelmente na Babilônia. Era de família sacerdotal, da tribo de Levi. Seu pai chamava-se Berequias (morreu quando o profeta era ainda jovem. O próprio Senhor Jesus Cristo nos informa que ele foi assassinado – Mt 23.25) e seu avô chamava-se Ido (1.1; Ne 12.1,4,16; Ed 5.1; 6.14). Zacarias profetizou para os judeus que retornaram do cativeiro babilônico (c. 50 mil). Ele morava em Jerusalém, aonde, também, exercia a função de sacerdote. Foi à pessoa que melhor exerceu estas duas funções ao mesmo tempo em Israel. Foi contemporâneo mais novo de Ageu. Sua missão era exortar o povo a não cair nos mesmos erros dos seus antepassados além de animar os judeus para a reconstrução do templo, principalmente Zorobabel, o Governador e, Josué, o Sumo-sacerdote. Segundo as datas registradas no livro, o ministério de Zacarias durou, no mínimo, 2 anos (1.1,7; 7.1), que corresponde aos anos 520-518 a.C. Este livro tem 14 capítulos, divididos em 211 versículos. Segundo os maiores estudiosos, o profeta escreveu os 9 primeiros capítulos quando ainda era jovem e os 5 restantes no tempo da sua velhice, entre os anos 480-470 a.C. Podemos, então, dividir o livro em 2 formas: Caps. 1-9: Época da juventude do profeta e Caps. 10-14: Época da velhice do profeta ou então em 4 partes. É nesta última que nos basearemos na nossa mensagem de hoje, como veremos daqui a pouco. Este livro é o mais messiânico dos Profetas Menores e o 2º entre todos os profetas (só ficando atrás de Isaías). Pode ser chamado de “O livro das visões”. Junto com Ezequiel foi o livro que mais influenciou o apóstolo João na sua escrita do Apocalipse. Então, o que podemos aprender com Zacarias?I) A EXORTAÇÃO DE ZACARIAS (1.1-6): Esta mensagem do profeta ocorreu um mês após a 2ª profecia de Ageu (Ag 2.1) e um mês antes da 3ª e 4ª profecias, também, de Ageu (Ag 2.10,20).1 – O que Deus queria do seu povo? 1.1) Conversão dos maus caminhos e más obras (1.3,4): Arrependimento dos pecados e mudança de vida, regeneração, obediência total a Deus. 1.2) Conversão imediata (1.4): Não havia tempo a perder.2 – O que isto nos ensina hoje? (Ensinamentos Práticos): 2.1) Os instrumentos que Deus usa para entregar a sua Palavra podem falhar, morrer, mas a mensagem permanece de pé e vai se cumprir. O mensageiro é apenas um instrumento, o que importa é a mensagem.II) AS VISÕES DE ZACARIAS (1.7-6.15): Esta mensagem do profeta ocorreu três meses após a profecia de exortação e a após as 2 últimas profecias de Ageu (Ag 2.10,20).1 – Quais foram às visões de Zacarias e o que cada uma delas significa? 1.1) Visão dos cavalos e cavaleiros (1.7-17): Embora o povo de Deus esteja sendo oprimido, Deus se preocupa com ele e irá restaurá-lo. 1.2) Visão de 4 chifres e 4 ferreiros (1.18-21): Deus iria derrubar as nações que causaram mal ao seu povo, usando outras nações. 1.3) Visão do homem com a corda de medir (2.1-13): Fala sobre a certeza de que Israel e a cidade de Jerusalém seriam plenamente restaurados no futuro, proporcionando segurança, paz, alegria e companhia divina. 1.4) Visão do Sumo-sacerdote Josué (3.1-10): Diz respeito a purificação deste grande líder religioso, que para muitos era indigno do ofício e, também, a visão simboliza a purificação futura da nação israelita. 1.5) Visão do candelabro de ouro e as duas oliveiras (4.1-14): O Espírito Santo daria capacidade para Zorobabel, o líder civil da nação, para terminar a obra de reconstrução do templo.

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1.6) Visão do rolo de pergaminho voando (5.1-4): Simbolizava o juízo de Deus contra os pecadores. O rolo era muito grande, estava escrito por dentro e por fora e ainda voava de um lado por outro, para todos pudessem ver. Não havia escapatória para a punição. 1.7) Visão da mulher dentro do Efa (5.5-11): Os pecados do povo seriam banidos, lançados para longe, para outro lugar. Seria uma obra exclusiva de Deus. O mal seria expurgado da Terra Santa e do povo de Deus. 1.8) Visão de quatro carruagens (6.1-8): Julgamento de Deus contra as nacos do mundo, principalmente a terra da Babilônia. A coroação de Josué (6.9-15): Imediatamente após a 8ª visão: Tipificava a coroação do Rei-Sacerdote que ainda viria, isto é, o Messias, Jesus Cristo.2 – O que isto nos ensina hoje? (Ensinamentos Práticos): 2.1) Deus nos fala de muitas formas simbólicas, figuradas, vez após vez e, na maioria das vezes nos dá o significado, a interpretação. Atualmente, tudo o que entendermos que é Deus falando conosco, precisamos analisar por meio da Palavra de Deus e por revelação do Espírito Santo. 2.2) Quais os propósitos de Deus falar por meio figurados? Prende a atenção do receptor; leva o receptor a buscar em Deus a interpretação (dependência divina); sempre visa a edificação dos filhos de Deus.III) AS QUESTÕES REFERENTES AOS JEJUNS RESPONDIDAS POR ZACARIAS (7.1-8.23): Desde a época da destruição do templo de Jerusalém, por Nabucodonosor, em 586 a.C., alguns judeus passaram a praticar jejuns no 5º mês (mês da destruição do templo) e no 7º mês (mês da morte do governador Gedalias, que fora instituído por Nabucodonosor em Judá – 2 Rs 25.23-25). As intenções visavam à restauração do templo, mas não fora Deus quem instituíra tal disciplina. Agora eles queriam saber se deveriam ou não continuar com esta prática. Não era necessário, foi a resposta.1 – O que Deus queria no lugar dos jejuns? 1.1) Executai juízo verdadeiro (7.9). 1.2) Mostrai bondade e misericórdia cada um a seu irmão (7.9). 1.3) Não oprimais a viúva, nem o órfão, nem o estrangeiro, nem o pobre (7.10). 1.4) Não intentai o mal contra o próximo no coração (7.10). 1.5) Falai a verdade cada um com o seu próximo (8.16).2 – O que isto nos ensina hoje? (Ensinamentos práticos): 2.1) Não devemos colocar o coração, empenhar as nossas forças, dedicar o nosso tempo em tradições humanas, invencionices, práticas religiosas, que Deus não autorizou e ainda mais, esperar que Deus responda favoravelmente. O que tem valor diante de Deus é o que está escrito em Sua palavra. IV) AS PROFECIAS DE ZACARIAS (9.1-14.23): As profecias de Zacarias são divididas em 2 partes: Futuras e Messiânicas. Algumas delas se cumpriram poucos anos depois e outras ainda se cumprirão no futuro:1 - Profecias Futuras, mas não messiânicas: 1.1) Sobre as vitórias de Alexandre, o grande (9.1-8): Cumpriram-se a partir do ano 332 a.C. Ele conquistou estes povos citados neste texto. 1.2) Sobre as vitórias dos Macabeus (9.11-17): Cumpriram-se entre o 2º e o 1º século antes de Cristo. 1.3) Sobre Jerusalém (8.1-23): Deus lhe promete várias bênçãos, que se cumprirão no futuro, na época do Milênio: 1.3.1. Deus habitará no meio dela (8.3). 1.3.2. Haverá plena segurança (8.4,5).

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1.3.3. Os judeus serão reagrupados de todas as partes do mundo (8.7,8). 1.3.4. Povos de várias nações adorarão a Deus lá (8.20-22). 1.3.5. A Cidade Santa será sitiada e invadida durante a Grande Tribulação (14.2). 1.3.6. Será defendida pelo Senhor (14.2-9). 1.4) Sobre o povo judeu: 1.4.1. Os povos gentios adorarão a Deus com ele durante o Milênio (8.23). 1.4.2. Sofrerão com a tomada de Jerusalém, durante a Grande Tribulação, onde 2/3 de todos eles morrerão (13.8,9). 1.4.3. Haverá purificação de toda idolatria (13.1-6,9). 1.4.4. Se converterão a Cristo com prantos e súplicas (12.10-14). 1.5) Sobre a natureza: 1.5.1. O Monte das Oliveiras irá rachar no dia do retorno de Cristo em glória para salvar os judeus (14.4) e um vale será criado para prover a fuga dos judeus sobreviventes (14.4,5). 1.5.2. Haverá terremoto no dia do retorno de Cristo (14.5). 1.5.3. Será um dia incomum: Uma tarde sem sol, mas com luz. Haverá frio e gelo (14.6,7) e brotará um rio de Jerusalém (14.8).2 – Profecias Messiânicas: 2.1) Na sua primeira vinda, entraria em Jerusalém montado num jumentinho (9.9). 2.2) No Milênio, dominará o mundo inteiro (9.10). 2.3) Seria rejeitado pelos judeus (11.1-17). 2.4) Os judeus o verão na sua segunda vinda, bem como as suas feridas feitas na cruz (13.6). 2.5) Virá em socorro do povo judeu sobre o Monte das Oliveiras, na sua segunda vinda, em glória (14.1-4).3 – O que isto nos ensina hoje? (Ensinamentos Práticos): 3.1) O controle da História está nas mãos do nosso Deus. Não precisamos temer o futuro, somente confiar no Senhor. 3.2) Os filhos de Deus, os salvos, podem sofrer no presente século, mas virão com Cristo em glória e reinarão com Ele neste mundo, com poder e autoridade sobre as nações.Conclusão: Precisamos, assim como Zacarias, ver o triunfo do reino de Deus. Que esta visão triunfalista possa estar arraigada em nós, sem contudo pensarmos que a vida cristã, no presente, é fácil. Há lutas, há dificuldades, mas Deus se faz presente e é isto o que importa.

“APRENDENDO COM O PROFETA MALAQUIAS”Malaquias 1.1-4.6 (ARA)

Introdução: Malaquias, cujo nome significa “Meu mensageiro” ou “Mensageiro do Senhor”, foi o último profeta do Antigo Testamento a escrever um livro. Nada sabemos sobre a sua vida pessoal. De acordo com a Tradição ele nasceu na cidade de Sufa, que pertencia a tribo de Zebulom. Alguns estudiosos argumentam que Malaquias não é nome próprio, mas a designação ou apelido de outra pessoa. Esta é a opinião de João Calvino, que, juntamente com Jerônimo e o rabi Rashi (1040-1105), pensam que este Malaquias (meu mensageiro), era Esdras. As maiores evidências, entretanto, têm demonstrado que este verdadeiramente era o nome pessoal deste profeta. Ele viveu 100 depois do povo retornar do cativeiro babilônico. Foi contemporâneo de Neemias e Esdras e muito provavelmente escreveu o seu livro entre os anos 433-400 a.C. Sua missão era exortar o povo ao arrependimento e se voltarem para Deus novamente. Poucos eram os remanescentes fiéis. Vejamos então o que o texto bíblico tem a nos ensinar por intermédio de Malaquias:I) MALAQUIAS COMEÇA DESCREVENDO O AMOR DE DEUS POR SEU POVO (1.1-5):

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O amor de Deus por seu povo é demonstrado de 2 formas:1 – Declaração da boca do próprio Deus (1.2).2 – Através da demonstração prática de escolha (1.2b-5): Deus escolheu Israel e rejeitou Edom e outros povos.3 – O que isto nos ensina hoje? (Ensinamentos práticos): 3.1) Não somos nós quem escolhemos a Deus, mas é Ele quem nos escolhe (Jo 15.16; Rm 1.6,7; 8.28-30). 3.2) Ninguém é escolhido por Deus por que merece, mas é escolhido devido ao grande amor que Ele possui (Rm 5.8; Jo 3.16).II) MALAQUIAS DESCREVE AGORA OS PECADOS DO POVO DE DEUS (1.6-2.17): Mesmo sendo alvo do imenso amor de Deus o povo continuava a pecar. Que pecados são estes?1 – Pecados dos sacerdotes (1.6-2.9): Dos líderes religiosos da nação. Tinham a maior influência sobre o povo naqueles dias. O que estavam cometendo? 1.1) Agiam com relaxamento em relação aos sacrifícios (1.6-14): Faziam pouco dos sacrifícios na Casa de Deus; agiam relaxadamente, com indiferença, oferecendo a Deus ofertas de animais fêmeas e defeituosas. Isto era uma profanação do altar, era um desdém com as coisas sagradas. 1.2) Eram negligentes e parciais no ensino da Lei de Deus (2.1-9): Estavam deixando de instruir o povo em relação à vontade de Deus, baseada na sua Palavra. Quando instruíam, eles escolhiam as pessoas para ensinar e muitas vezes ensinavam erroneamente, fazendo muitos tropeçarem. Além do mais eram parciais na aplicação da Lei.2 – Pecados do povo (2.10-17; 3.7-15): Incluíam todas as classes de pessoas. A maioria dos que voltaram do cativeiro babilônico. No que eles pecavam contra Deus? 2.1) Casamentos mistos (2.10-12): Haviam se misturado com outros povos, principalmente os homens. Suas mulheres adoravam deuses pagãos, ídolos. 2.2) Estavam praticando o divórcio (2.13-16): O divórcio, chamado aqui de repúdio, é totalmente contrário à vontade original de Deus ao instituir o casamento. Eles o praticavam demonstrando até com aparência de piedade. A mulher sempre saía prejudicada nesta situação. 2.3) Estavam com o senso moral totalmente corrompido (2.17): Para eles Deus não se importava se alguém estava praticando o mal ou não. Deus era indiferente e o pior, Deus se agradava era de quem praticava o mal. 2.4) Praticavam o roubo em relação aos dízimos e ofertas (3.7-12): O roubo que praticavam não era com nenhuma arma, mas negligenciando de entregar o que pertencia a Deus, para uso na sua obra: Dízimos e ofertas. Estavam sendo amaldiçoados com escassez. 2.5) Eram arrogantes (3.13-15): Falavam a Deus como se estivessem falando com um ídolo qualquer, como uma pessoa comum, sem nenhum temor e ainda o desafiavam.3 – O que isto nos ensina hoje? (Ensinamentos Práticos): 3.1) Há pessoas que mesmo depois de grandes livramentos e bênçãos derramadas por Deus continuam na prática do pecado, aberta e continuamente (Rm 6.1,2,11-23; 1 Pe 4.1-3). Nenhum filho de Deus que foi liberto da condenação do pecado deve viver mais tendo prazer no pecado. 3.2) Se o povo de Deus não o adora, não o serve, com sinceridade, sempre haverá na face da Terra quem o faça (1.11,14). Deus tem adoradores em todos os continentes do mundo. Seu nome é grande entre todos os povos.

Profetas Menores - Pr. Alexsandro Marcondes Teixeira 22

Page 23: Apostila Sobre Profetas Menores

3.3) Será que o povo de Deus hoje está longe destes pecados do Israel do passado? Vejamos: Será que existe alguém relaxado com as coisas de Deus (Jr 48.10)? Será que todos aqueles que são responsáveis por transmitir o ensino da Palavra de Deus tem feito isto com dedicação? Será que tem crente se casando com incrédulos? Será que tem filho de Deus se divorciando por aí? Será que tem alguém, hoje, roubando a Deus?III) MALAQUIAS TERMINA A SUA MENSAGEM FALANDO SOBRE O DIA DO SENHOR (3.16-4.6): Este “Dia do Senhor” é um longo período de tempo, a contar da Grande Tribulação até o Milênio, em que Deus julgará Israel e as nações do mundo, intervindo na história humana, triunfando sobre todo mal e dando descanso ao seu povo. Em relação ao Dia do Senhor haverá distinção para os que servem a Deus e os que não o servem. Vejamos:1 – O que acontecerá aos que servem ao Senhor? 1.1) Os que servem a Deus são fiéis, são leais a Ele e Deus os ouve (3.16). 1.2) Serão poupados da ira como um tesouro precioso e como um pai poupa um filho (3.17). 1.3) Para eles nascerá o sol da justiça (4.2): Salvação e todos os tipos de bênçãos a serem desfrutadas no Milênio.2 – O que acontecerá aos que não servem ao Senhor? 2.1) Não serão poupados, não entrarão no descanso divino, pelo contrário, serão julgados e condenados (3.2-5; 4.1).3 – O que isto nos ensina hoje? (Ensinamentos Práticos): 3.1) O que o crente fiel faz de bom fica registrado diante do Senhor, que lhe dará a boa recompensa no tempo devido (Ap 22.12). 3.2) Há muitas diferenças entre o que serve a Deus e o que não serve: Elas se manifestam no presente, mas se revelarão principalmente no futuro, a começar com o arrebatamento da igreja.Conclusão: Malaquias termina falando sobre a vinda de Elias. Parece algo estranho, mas se cumpriu. Elias era simbolicamente João Batista, que viveu nos dias de Cristo. O profeta não estava dizendo que Elias iria voltar à Terra ou se reencarnar, segundo ensinam os espíritas kardecistas. O próprio Senhor Jesus Cristo disse que João Batista era Elias (Mt 11.12-15), no sentido de ter tido um ministério parecido, com o mesmo vigor, energia espiritual, zelo pela obra de Deus. Que Deus vos abençoe ricamente em Jesus Cristo. Amém.

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