apostiladesociologia2ano

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E.E.E.F.M. “Profª Filomena Quitiba” Apostila organizada pelo Profº Cristiano Bodart E.E.E.F.M. PROFª “FILOMENA QUITIBA” SOCIOLOGIA 2º ANO DO ENSINO MÉDIO Eixo: TRABALHO, CIDADANIA, FÉ, VIDA E SOCIEDADE Aluno(a): ______________________________________ Professor(a): ___________________________________ Turma/Turno: ___________________________________ Piúma, ES 2010

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apostila segundo ano

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E.E.E.F.M. Prof Filomena Quitiba Apostila organizada pelo Prof Cristiano BodartE.E.E.F.M. PROF FILOMENA QUITIBA2 ANO DO ENSINO MDIOEixo: TRABALHO, CIDADANIA, F, VIDA E SOCIEDADEAluno(a): ______________________________________Professor(a): ___________________________________ Turma/Turno: ___________________________________ Pima ES2!"!E.E.E.F.M. Prof Filomena Quitiba Apostila organizada pelo Prof Cristiano BodartA SOCIOLOGIA estuda as relaes sociais e as formas de associao, considerando as interaes que ocorrem na vida emsociedade. Destaforma, estudar Sociologia buscarcompreendercriticamenteomundoqueestao nosso redor e entender nosso papel como agente de mudana nele. A Sociologia nos permite enxergar o mundo com outros olos. Bom estudo!Pi!"io #i!"$#"So%io&o'i( )o T(*(&+o INT#OD$%&OO que 'trabalho'? Se respondemosque'trabalho' toda "atividade desenvolvida com a finalidade de atender s necessidades humanas", vislumbramosolargocampodeabrangnciadetal conceito: as necessidades humanas so as mais variadas e o esfor!o de atender a elas acompanha o homemcomoumamaldi!o""comer opocomo suor dorosto"#$ oucomoumabn!o""otrabalho dignifica e enobrece o homem#"$%&ecorre da' que o trabalho pode ser ob(eto deestudodev)riascincias, eparticularmenteas cincias humanas * antropologia, hist+ria,sociologia, direito, economia"paraquemotrabalhoumdos fatores de produ!o, ao lado do capital e da matria*prima$, psicologia, acinciapol'tica, por e,emplo* no podem dei,ar de considerar o trabalho humano no -mbito de suas investiga!.es% /vamos mais adiante para afirmar que a comple,idade do fen0meno e,ige abordagem interdisciplinar, se pretende chegar a algum resultado%1este sentido a sociologia do trabalho que pretende uma viso mais ampla da questo2 "3oda e qualquer coletividade de trabalho que apresente tra!osm'nimosdeestabilidade"%%%$podeserob(eto de estudos para a sociologia do trabalho: assim uma empresaindustrial comoumnaviotransatl-nticoou umbarcodepesca, tantoumagrandepropriedade em que se pratica a agricultura intensiva quanto uma fa4endola em que trabalham alguns empregados com a fam'lia do fa4endeiro, no s+ uma grande lo(a popular, mas tambmuma lo(inha que emprega algunsvendedores, umaoficinadeartesoeuma reparti!o municipal, a tripula!o de um avio, que se reve4a a intervalos regulares numa linha de navega!o area ou o pessoal de uma automotri4 %%%" "567/&8911 * :;, p% onseq?entemente o dinheiro passa a ser um fim e no um meio na vida das pessoas, gerando assim em menor ou maior grau, insatisfa!o, problemas sociais epsicol+gicos% Oser humanoentopassaaser mercadoria, vivendo apenas dentro de um padro de pensamento voltado para a satisfa!o plena da sua individualidade em todos os aspectos%/sseimediatismofa4comqueaspessoas no procurem adquirir o m'nimo de senso cr'tico para questionarem o mundo em que esto pisando% @uantas ve4es eu () ouvi algumfalar "ou pelo menos ficou estampado emsua e,presso$ que literatura, filosofia, conversar sobre pol'tica ou ver um filme educativo no leva a nada%/ assim o conhecimento tambm se transforma em mera mercadoria% 9dquirir um pouco de cultura se tornou segundo plano, parecendo algo desnecess)rio servindo apenas para alimentar a curiosidade moment-nea+ ,on-e: .--/://sa0a1+2or3/ress+4om/ATIVIDADE 5) A 4.ar0e a6ai7o re-ra-a o 3ese8o 3oau-or 3o-e7-o9Ae3u4a:;o ontempor-nea% Eara 8ar,, o capitalismo seria um produto da 6evolu!o 7ndustrial e no sua causa%TRABALHO ARTESANAL, MANUFATURA E GRANDE IND4STRIAO arteso se define como categoriaapartir dosculoC77, na/uropa% 1esta poca "as popula!.es medievais procuram se abastecer foradas)reasdofeudoedomosteiro, adquirindo em feiras e mercados, alm dos dom'nios senhoriais, artigos e mercadorias de que esses dom'nios no dispunham ou que se tornam insuficientes para atender a novas e,igncias da vida urbana""E78/139 * H=, p% ;;I$% O arteso, que no maisservo, pormhomemlivre, umtrabalhador aut0nomo, propriet)rio dos meios deprodu!o% / assim se conserva, at que as vantagens do associacionismo acabam por atra'*lo para as corpora!.es de of'cios% &e fato estas se organi4aram, a partir do sc% C7, em torno de interesses de mJtuo assistencialismo, conquistadomercadoatravsda 'lealdadedafabrica!o, ee,celnciadosprodutos', conformesevdealgunsestatutosdasprimeiras corpora!.es% KoaquimE78/139informaque"()no sc% C777, acentuava*se no seio das corpora!.es uma tendnciaolig)rquicaentreosmestresoupatr.es, parafa4eremdamestriaumpatrim0niodomstico, heredit)rio, depaisparafilhos% "%%%$1a7nglaterra, a qualidade de um membro de uma gilda constitu'a um direito de nascimento ou heran!a% Omesmo se verifica, mais cedo ou mais tarde, nos centros urbanos de outros pa'ses, proporcionalmente com a monopoli4a!o, pelas corpora!.es, dos of'cios e dos mercados%""E78/139 * LM, p% ;;=$Se recuamos no tempo, porque o sistema da grande indJstria tem alguma cousa das corpora!.es, como se v:"&esde que se passa s corpora!.es do grande comrcio e da indJstria, aparecemdesigualdades profundas, e, quandosetratadebanqueirosede industriais de tecidos, a organi4a!o se reali4a sob o regimecapitalista2 osmestres, amiJdoagrupados em companhias, so grandes personagens, burgueses ricos e pol'ticos influentes, separados por umfosso, largoepermanente, daqueles queeles empregam%" "E78/139 * LM, p% ;;N$O1os sculos seguintes, () sob regime de liberdade de trabalho, as corpora!.es evoluem para as f)bricas, sistemaemqueos comerciantes, ou mercadores, monopoli4amafor!adetrabalhodos artesos, na medida que lhes fornece a matria*prima e compram toda sua produ!o Gma profunda mudan!a ocorre neste processo: o arteso perde contatocomoconsumidor% /ntreeleeomercado interp.e*se o comerciante, que ser) seu Jnico cliente, e, em seguida, seu patro% 9 f)brica representariamais umavan!onesteprocesso: de fato, odeslocamentodoartesodeseudomic'lio 3E.E.E.F.M. Prof Filomena Quitiba Apostila organizada pelo Prof Cristiano Bodartpara a f)brica, onde se reJnem artesos de diferentes ramos da indJstria, implica organi4a!o de todo"processusda produ!o2 concentra emum corpo Jnico e disciplinado oper)rios de nature4adiversa, gra!as s rela!.es rec'procas de hierarquia e subordina!o que ela lhes imp.e2 ela os reJne em suas oficinas, p.e disposi!o deles todo um arsenal deinstrumentosdeprodu!omec-nica%%%", aoque acrescentamos, promove a diviso do trabalho, separandoosmaisf)ceis, desqualificados, dosque e,igem maior engenhosidade, com um grande ganho de produtividade%1o entanto a emergncia do /stado moderno, /stado territorialmente centrali4ado, concomitante com a revolu!o industrial e com a revolu!o pol'tica, quesecriamascondi!.es paraosurgimentoda grande indJstria% &i4 E78/139 que esta surgiria "da reunio de fatores que se entrela!am e se completam na tcnica de produ!o moderna", entre eles o aperfei!oamento das m)quinas, introdu!o de minrios, como ferro, mangans, bau,ita etc%2 novas fontesdeenergia, almda)guaevento, comoa hulha, o petr+leo, a eletricidade etc2 e o desenvolvimento da tcnica, impulsionada pelas descobertas da @u'mica, da 5'sica, permitindo definitiva interven!o na nature4a%9 grande indJstria, portanto, se insere num sistemaecon0mico, ocapitalismo, eassumeuma forma de organi4a!o tcnico*administrativa, que a empresa%So suas caracter'sticas:;P Eosse privada de toda e qualquer espcie de valores, entre eles os meios de produ!o: matrias*primas, m)quinas, f)bricas ou locais de trabalho2IP Erodu!o centrali4ada sob dire!o Jnica e em escalasemprecrescenteousemlimitesalmdos que determinam as condi!.es de mercado2oncentra!o nos locais de produ!o de centenas ou milhares de trabalhadores subordinados a um mesmo regime de disciplina, os quais,por for!a de contratos individuais ou conven!.es coletivas de trabalho, prestamservi!os mediante remunera!o ou sal)rio%" "E78/139 * p% ;IN$ATIVIDADE ! Es-amos em/leno sG4ulo DDI+ Ain3a e7is-e ou-ras formas 3e /ro3u:;o alGm 3a in3us-rial@ Em 4aso afirma-iomrcio sob controle de associa!.es, limitando o desenvolvimento da produ!o9umento na produtividade do trabalho8aior produtividade2 novos h)bitos de consumo2 ,odo rural2nova estratifica!o da sociedade2 nova rela!o desta com a nature4a%#E.E.E.F.M. Prof Filomena Quitiba Apostila organizada pelo Prof Cristiano Bodartat ;:=R% &evido ao progresso ocorrido nos primeiros NRanosdeindustriali4a!o, em;:LRa(ornadade trabalho na 7nglaterra () se redu4ia para cerca de HR horassemanais";Rhorasdi)riasemcincodiasde trabalho por semana$%Uoras de trabalho por semana para trabalhadoresadultosnasindJstriast,teis:"KL!* em torno de :R horas por semana2"L2!* L= horas por semana2 "LM! * H< horas por semana%Segundos ossocialistas, osal)rio, medidoa partir do que era necess)rio para que o trabalhador sobrevivesse"deveser notadodequenoe,iste defini!oe,ataparaqual se(ao"n'vel m'nimode subsistncia"$, cresceu medida que os trabalhadorespressionamosseuspatr.esparatal, ou se(a, se o sal)rio e as condi!.es de vida melhoraram com o tempo, foi gra!as a organi4a!o e movimentos organi4ados pelos trabalhadores% >omo veremos nos pr+,imos itens%ATIVIDADE K) O Bue foi a #ehama*se mais*valia, portanto, ao valor que o oper)rio cria almdo valor de sua for!a de trabalho, e que apropriado pelo capitalista%Se, por e,emplo, umoper)riotrabalhaem mdia diariamente ;R horas por dia e precisa apenas M horas de trabalho para pagar os meios de subsistncia, as outras L horas vo parar nas mos doempres)rioerepresentamamais*valia% Demos assim que o trabalhador reali4ou M horas de trabalho necessrioparaprodu4ir oseusustentoeLhoras detrabalhosuplementaremuma(ornadade;R horas% &i4emos entoqueaparteda(ornadade trabalhoqueserveparaareprodu!odafor!ade trabalho o tempo de trabalho necessrio.Eara determinar a ta,a de mais*valia s+ precisamos dividirotempodetrabalhosuplementarpelotempo de trabalho necess)rio de maneira seguinte:Ta7a 3e maisOomo a reprodu!o da sociedade de classes est)ligadaprodu!odemercadoriasemgrande escala, l+gico que a maior parte da mais*valia deve servir para produ4ir mais mercadorias% X assim que a mais*valia se transforma em capital%Mo3o 3e /ro3u:;o8ododeprodu!oamaneiracomose organi4a a produ!o material em um dado est)gio de desenvolvimentosocial% /ssamaneiradependedo desenvolvimentodasfor!asprodutivas"afor!ade trabalho humano e os meios de produ!o, tais como m)quinas, ferramentas etc%$ e da forma das rela!.es de produ!o%/mbora a defini!o dos modos de produ!o se(a um aspecto comple,o na obra de 8ar, e entre os seus comentadores, temos no livro 7deologia alem a e,posi!o dos seguintes modos de produ!o dominantes em cada poca: o comunismo primitivo, o escravismona9ntiguidade, ofeudalismona7dade 8dia e o capitalismo na 7dade 8oderna%/le afirma que a passagem de um modo de produ!o a outro se d) no momento em que o n'vel dedesenvolvimentodasfor!asprodutivasentraem contradi!ocomasrela!.es sociais deprodu!o% @uando isso ocorre, h) um sufocamento da produ!o emvirtudedainadequa!odasrela!.esnasquais ela se d)%1esse momento, surgem as possibilidades ob(etivas de transforma!o desse modo de produ!o%ATIVIDADE 5) O Bue G mer4a3oria na af 5ilho% /ssa 7nstru!o permitia a entrada de m)quinas e equipamentos semcobertura cambial "sem dep+sito de d+lares para a aquisi!o no Banco do Brasil$%O crescimento da indJstria de bens de produ!o refletiu*se principalmente nos seguintes setores: siderJrgico e metalJrgico "autom+veis$2 qu'mico e farmacutico2 constru!o naval, implantado no 6io de Kaneiro em ;NH: com a cria!o do Arupo /,ecutivo da 7ndJstria de >onstru!o 1aval "A/7>O1$% 1o entanto, o desenvolvimento industrialfoi calcado, emgrandeparte, comcapital estrangeiro, atra'dopor incentivos cambiais, tarif)rios efiscais oferecidospelogoverno% 1esseper'odotevein'cio em maiorescalaainternacionali4a!odaeconomia brasileira, atravs das multinacionais%9 dcada de LR come!ou com srios problemas pol'ticos: a renJncia de K-nio @uadros em ;NL;, a posse do vice*presidente Koo Aoulart, discuss.es em torno de presidencialismo ou parlamentarismo% /sses fatos ocasionaram um decl'nio no crescimento econ0mico e industrial%9p+s ;NLM, os governos militares, retomaram e aceleraram o crescimento econ0mico e industrial brasileiro% O/stadoassumiuafun!ode +rgo supervisor das rela!.es econ0micas% O desenvolvimento industrial p+s LM foi significativo%Ocorreu uma maior diversifica!o da produ!o industrial% O /stado assumiu certos empreendimentos como: produ!o de energia eltrica, doa!o, indJstriapetroqu'mica, aberturade rodovias e outros, assegurando para a iniciativa privada as condi!.es de e,panso ou crescimento de seus neg+cios%Uouve grande e,panso da indJstria de bens deconsumono*dur)veis edur)veis coma produ!o inclusive de artigos sofisticados% 9umentou, entre ;NLR e ;N:R, emnJmeros significativos a produ!o de a!o, ferro*gusa, laminados, cimento, petr+leoEara sustentar o crescimento industrial, houve o aumento da capacidade aquisitiva da classe mdiaalta, atravsdefinanciamentodeconsumo% 5oi estimulada, tambm, ae,porta!odeprodutos manufaturados atravs de incentivos governamentais% /m ;N=N, pela ;Y ve4, as e,porta!.es de produtos industriali4ados e semi*industriali4adossuperaramase,porta!.esdebens prim)rios "produtos da agricultura, minrios, matrias*primas$%>om a autosuficincia no setor de petr+leo, que minimi4ou o problema da dependncia do setor industrial emrela!oaomesmo, s+faltaaoBrasil enfrentar umdesafioatual, cadave4maisimposto (E.E.E.F.M. Prof Filomena Quitiba Apostila organizada pelo Prof Cristiano Bodartpelo mundo globali4ado: a gera!o de tecnologia de ponta nacional%ATIVIDADE #$! Huais as /rin4i/ais 4ara4-erJs-i4as3e4a3aum3os -r?s /erJo3os 3a in3us-riali1a:;o 6rasileira+PRODU12O EM MASSA OU EN5UTA: T(;&oi$!o, Fo)i$!o " To;o#i$!oTaXlorismo /m ;N;;, o engenheiro norte*americano5rederic\]%3a^lor publicou WOs princ'pios da administra!o cient'ficaO, ele propunha uma intensifica!o da diviso do trabalho, ou se(a, fracionar asetapasdoprocessoprodutivode modo que otrabalhador desenvolvesse tarefas ultra*especiali4adas e repetitivas% &iferenciando otrabalhointelectual do trabalho manual% 5a4endo um controlesobreotempogastoemcadatarefaeum constante esfor!o de racionali4a!o, para que a tarefa se(a e,ecutada num pra4o m'nimo% Eortanto, o trabalhador queprodu4issemaisemmenostempo receberia prmios como incentivos%,or3ismo O norte*americano Uenr^ 5ord foi o primeiro a por empr)tica, na sua empresa W5ord 8otor >ompan^O, o ta^lorismo% Eosteriormente, ele inovou com o processo do fordismo, que, absorveu aspectos do ta^lorismo% >onsistiaemorgani4ar alinha demontagemdecadaf)brica para produ4ir mais, controlando melhor as fontes de matrias*primas e de energia, os transportes, a forma!o da mo*de*obra% /le adotou trs princ'pios b)sicos2")Erinc'pio de 7ntensifica!o: &iminuir o tempo de dura!o como emprego imediato dos equipamentos e da matria*prima e a r)pida coloca!o do produto no mercado%2)Erinc'pio de /conomia: >onsiste em redu4ir ao m'nimo o volume do estoque da matria*prima em transforma!o%R)Erinc'piodeErodutividade: 9umentar a capacidade de produ!o do homem no mesmo per'odo "produtividade$ por meio da especiali4a!o e dalinhademontagem% Ooper)rioganhamaiseo empres)rio tem maior produ!o%Mo3elo ToXo-is-a1a produ!o emsrieda5ordainda vai houve muitos desperd'ciosdematria prima etempodemo*de*obranacorre!ode defeitos do produto% /ssa estrutura durou at o final da Segunda Auerra 8undial, quando tambm numaf)bricadeautom+veisnoKapo, apareceum outrosistemadeprodu!o* oto^otismo, quese caracteri4ou pela concep!o "en,uta" "clean, magra, sem gorduras$% /sse novo modo de pensar a produ!o sofreu forte influncia do engenheiro americano ]% /d_ards &eming, que atuou como consultor das for!as de ocupa!o dos /G9 no Kapo ap+saSegundaAuerra%&emingargumentavacom os industriais da na!o quase em ru'nas que melhorar a qualidade no diminuiria a produtividade% 9propostadequeopr+prioconsumidor escolha seu produto% O estabelecimento ou a f)brica dei,a de "empurrar" a mercadoria para o cliente, para queestea"pu,e"deacordocomassuaspr+prias necessidades% 9o contr)rio do sistema de massa, essa outra concep!o de produ!o delega aos trabalhadores a a!o de escolher qual a melhor maneiradee,erceremseus trabalhos, assimeles tmachancedeinovar noprocessodeprodu!o% >omisso, otrabalhador deveser capacitado, para qualificar suas habilidades e competncias, que antes noeramnecess)rias% &essaforma, osindustriais investem na melhoria dos funcion)rios, dentro e fora das indJstrias%9 3o^ota, ao adotar a concep!o "en,uta" e rompendo coma produ!o emsrie, possibilitou oferecer umprodutopersonali4adoaoconsumidor% 9s ferramentas utili4adas eram de acordo com cada proposta demandada pelo cliente% 7nclusive, passou a produ4ir autom+veis com larga escala de cores, sem gerar custos adicionais% Os oper)rios (aponeses utili4am uma cartela "\aban, sinal$ para indicar ao colega antecedente qual a pe!a deveria ser produ4ida e entregue% &essa forma, conseguem eliminar o estoque e o desperd'cio, produ4indo somente o que for necess)rio, K73 * "(ust in time"%9 f)brica centrali4ada da 5ord, que ocupava um enormeespa!o,dei,a de e,istir% 9sf)bricasda 3o^ota, sem necessitar de grande )rea para estoque, so descentrali4adas em menores propor!.es, interligadas por sistemas de informa!o, com sofisticadas tecnologias de informa!o e comunica!o%&oisconceitosinovadoresquesurgiramna 3o^ota merecem destaque: equipe de trabalho "team _or\$ e qualidade total% /m uma f)brica "en,uta" todo o trabalho feito por equipes% @uando um problema aparece, toda a equipe respons)vel% @uando ocorre um defeito na montagem de uma pe!a, a equipe de montagemseorgani4a nabusca demaneiras de resolver o problema% U) uma cobran!a entre os pares para que cada membro atue de uma maneira que no pre(udique os companheiros% 9lgumas f)bricas delegamequipeafun!odedemitir ouaceitar novos funcion)rios% 1)E.E.E.F.M. Prof Filomena Quitiba Apostila organizada pelo Prof Cristiano BodartKuntocomaqualidadetotal tambmforam inseridas novas m)quinas para o interior das indJstrias, commaior preciso e produtividade% 9 substitui!o da mo*oper)ria pelas m)quinas fe4 com queaumentasseodesempregoemescalamundial, inclusive nos pa'ses desenvolvidos economicamente% >ontudo, a concep!o "en,uta" passou a e,igir maior autonomiatantodotrabalhador parae,por assuas habilidades, quantodoconsumidor paradar ve4 suavontade% Xnessemodeloqueosu(eitotema chance de escolher, tomar decis.es, propor solu!.es e gerar novas idias%Seaequipe detrabalhogerou a qualidade totalnaconcep!o "en,uta",podemosento propor umprocesso de design que se(a constru'do de acordo com as qualidades do cliente, que contemple suas necessidades, seu gosto e o requinte do designer%ATIVIDADE "5) Afinal Bual omel.or mo3o3e /ro3u:;o nos 3ias a-uais (o/ini;o /essoal)@ Por Bue@"T) OBueseria uma/ro3u:;oem massa e uma /ro3u:;o en7u-a@ DIVIS2O SOCIAL DO TRABALHO < E5PLORA12O E ALIENA12OSabemos que as idias de organi4a!o, coa!o, disciplina, obriga!o esto presentes nas rela!.es de trabalho% Sabemos tambm que o trabalho moderno levou s Jltimas conseq?ncias a 'diviso de trabalho', alimentando o processo de e,plora!o e de aliena!o% 8as o que representa a 'diviso de trabalho'?8esmoassociedadesprimitivasconhecem uma diviso 'natural' do trabalho, que a que se d) pela especiali4a!o das fun!.es, segundo as habilidades e talentos inatos dos indiv'duos% 9ssim que os mais lentos se dedicam pesca, enquanto os mais)geisZmagros)ca!a, asmulheresaocuidado dos filhos etc% e a especiali4a!o leva a um melhor rendimento, o que se d) em proveito do grupo%T(*(&+o: A-.o, ="%"$$i)()" " %o"-.oPor Ta-iana Claro8uitasve4esotrabalhoconsideradopor aquelesqueoe,ecutamumatortura, ouse(a, um elemento coercitivo, uma imposi!o, sendo reali4ado devidoaumatendnciaob(etiva, podendoser uma satisfa!o de determinada carncia ou ainda a conseq?nciadeumanecessidade% &essaforma, procuraremos descrever as trs principais formas que podemos encontrar nas rela!.es de trabalho:Tra6al.o enBuan-o a:;oSe o trabalho visto como obriga!o moral detodos, torna*sea!odese(ada, podendolevar a uma integra!o maior da sociedade% 9dquirimos, com esse significado, uma referncia de vida moralmente correta%O trabalho caracteri4a*se a!o, segundo 5riedmann,quandosealimentadeumadisciplina livrementeaceita, comosve!esadoartista, que reali!aumao"rasemflego, semser punidopela necessidade, quando e,prime as tendncias profundas da personalidade e a(uda a reali4ar*se% X o trabalhorelacionadoaopra4er2 oquedistingueo homemdosdemaisanimais% /stetipodeatividade pressup.e liberdade, umave4 quecorrespondea uma escolha livremente feira, segundo as aptid.es da pessoa e pode ter efeitos positivos sobre a personalidade%Eercebe*se que o trabalho e,ercido no dia*a*dia sob a presso da produ!o intensa, sob a batuta de ritmos impostos e reali4ado em ambientes competitivos distancia*se completamente da defini!o de trabalho como a!o, pois no livremente selecionado ee,ecutado%>onclui*sequeo trabalho enquanto a!o bem raro de ocorrer%Tra6al.o enBuan-o ne4essi3a3e OQ9BO6est)relacionadoaotrabalhode manuten!o da vida, a necessidade de sobrevivncia e reprodu!o da espcie humana% X o trabalho com dor, associado ao sofrimento, s dores do parto, ao esfor!o f'sico% 1a Arcia antiga, onde esta distin!o se originou, o Q9BO6 era aquilo que os escravos, as mulheres e os homens, que no eram considerados cidadosreali4avam% Xt'picodaesferaprivada, do lar, da fam'lia%Otrabalhoentendidocomonecessidade consideradoumprodutor deutilidades"valores de uso$, bem como de mercadorias2refere*se ao est'mulo associado aos bens adquiridos pelo trabalho% 1este caso, temos uma rela!o instrumental com o trabalho e a nossa referncia a necessidade ou sobrevivncia f'sica% Ou se(a, queremos um trabalho devido ao sal)rio%3odas as sociedades produ4em artigos para suprir as necessidades das pessoas% 3ais artigos bastam*se em cumprir utilidades, seu valor est) em seu uso, portanto tmvalor de usopara que o produ4iu, otrabalhador% K)a mercdoriapodeser considerada valor de uso produ4ido para outros, que obteromedianteumatroca% 3aisartigostmvalor de troca% 3anto os produtos com valor de uso quanto os com valor de troca ob(etivam suprir necessidades, mas oqueconsideradonecessidadenoum valor atemporal% 9 necessidade deve ser conte,tuali4ada, pois altera*se conforme a organi4a!o social e o momento hist+rico considerado%Tra6al.o enBuan-o 4oer:;oO trabalho quando for!oso, se(a pela consecu!odeumanecessidadeousatisfa!ode 11E.E.E.F.M. Prof Filomena Quitiba Apostila organizada pelo Prof Cristiano Bodartumacarncia, caracteri4a*secomoumacoer!o% X imposto por uma e,igncia que deve ser atendida%9 compulso que caracteri4a a atividade de trabalhopodeser deorigeme,terna"comofor!a f'sica, persuaso moral ou coa!o econ0mica T esta Jltimasendoamaisfreq?ente$ ouinterna"quando provmdeumideal seservir sociedadeouda necessidade de cria!o art'stica, cient'fica ou tcnica$% 3ipos de coer!o: a for!a f'sica, a persuaso moral, a coa!o econ0mica e coer!o da lei%Reportagem: E$%(/o$ )o (-o (Aun.o 3e 2!!5)Por $auro %eras e &ar'ues (asaraSiderJrgicas se beneficiam de trabalhoescravo em carvoarias na selva ama40nica/staa pontainicial de uma cadeia de produ!o que envolve, com diversos graus de responsabilidade, gigantes industriais% /mpresas controladas pelos grupos @ueiro4 AalvoeAerdauso acusadas pelo 8inistrio EJblico5ederal desebeneficiaremdaescravido para produ4ir ferro gusa% 9 >ompanhia Dale do 6io &oce e a maior produtora de a!o dos /stados Gnidos, 1ucor >orporation, relacionam*se comercialmente com essas empresas% Gma atividade econ0mica bilion)ria tem em sua base a viola!o dos direitos humanos%9 9ma40nia brasileira produ4 o melhor ferro gusadomundo, usadoprincipalmentenaprodu!o de pe!as automotivas% X um mercado que movimenta MRRmilh.esded+laresanuaissomentenaregio 1orte* I,I milh.esdetoneladasZano* etem como principal compradora a indJstria siderJrgica dos /stados Gnidos% /sse gusa alimenta um mercado de altatecnologia, odosa!osespeciais% 9produ!o, contudo, temnabasedesuacadeiadevalor uma das piores formas de e,plora!o humana: o trabalho escravo, que acontece em carvoarias locali4adas na floresta ama40nica%Divem l) homens que perderam a liberdade, norecebemsal)rios, dormememcurrais, comem comoanimais, notmassistnciamdicae, em muitos casos, so vigiados por pistoleiros autori4ados amatarquem tentar fugir%/sses trabalhadores,em sua maioria, no sabem ler nem escrever% /m geral, esqueceram a data do anivers)rio% 3m dificuldades de se e,pressar, sentem medo, vivem acuados e no gostamdefalar sobresi mesmos% @uasesempre, nopossuemcarteiradeidentidadenemt'tulode eleitor% So como fantasmas, com futuro incerto%9s carvoarias da 9ma40nia so controladas por ;ontudo, fa4em neg+cios comerciaiscomempresasenvolvidas nae,plora!o de trabalho escravo% 9sociedade, a >onstitui!o brasileira, normasinternacionaiseatosprinc'pios de responsabilidade social empresarial, como se pode ler mais adiante, no admitem o uso de escravido em nenhum elo da cadeia produtiva%Pior Bue 0a3o8esmo nas carvoarias onde no e,iste trabalho escravo, a legisla!o sistematicamente descumprida% Os trabalhadores no recebem equipamentos de prote!o individual, no tm alo(amento nem assistncia mdica% 3ambm no so registrados em carteira nem tm direito aos benef'cios legais% "X uma realidade assustadora", define o procurador do 8inistrioEJblicodo3rabalhoemSoQu's"89$, 8aur'cio Eessoa Qima% "/m inspe!.es reali4adas em carvoarias, eu vi o gado vivendo em melhores condi!.es que os trabalhadores"%/mumrelat+riodeinspe!oreali4adaem carvoariasligadasSimasae8argusa, entreos dias:e;=demar!odesteano, oprocurador do trabalhoQuerc^QinoQopesapontouoenvolvimento direto das siderJrgicas com o trabalho escravo% /screveu Qopes:"&e um modo geral, em todas as carvoarias inspecionadas observou*se: "%%%$ O trabalho reali4adoemcondi!.esabsolutamenteaviltantese degradantes, em total ofensa pr+pria dignidade dos trabalhadores, oque, segundoentendopelaatual reda!odoartigo;MNdo>+digoEenal Brasileiro, tipificaacondutapertinenteredu!ocondi!o an)loga de escravo"%/m outro trecho, o procurador acrescenta:"6aramente algum trabalhador flagrado de possede/E7"equipamentodeprote!oindividual$2 trabalhamemmeiofuligemefuma!adecarvo, sem camisaoucomacamisa toda rasgadaesu(a2 com cal!o e sem botinas e luvas% /m nenhuma das carvoarias vistoriadas foi encontrada )gua pot)vel"%#ein4i3?n4iaO uso de trabalho escravo envolvendo siderJrgicas no recente% /m ;NNH, ano em que o 8inistrio do 3rabalho criou o Arupo /special de 5iscali4a!o 8+vel, quatro siderJrgicas locali4adas no 8ato Arosso e em 8inas Aerais foram acusadas de manter trabalhadores escravos emcarvoarias% 1o 12E.E.E.F.M. Prof Filomena Quitiba Apostila organizada pelo Prof Cristiano Bodart8atoArosso, apequenacidadede6ibasdo6io Eardosetornouumaespciedep+loescravagista, com denJncias em v)rios setores da economia%1o ano seguinte surgiram pela primeira ve4, nos relat+rios do Arupo 8+vel, os nomes de siderJrgicas ligadas a grandes conglomerados econ0micos% XocasodasiderJrgicaEindar, da @ueiro4Aalvo,comsede em 9!ail-ndia"89$%/la aparece emrelat+rios do Arupo 8+vel em;NNL, ;NN=, ;NN:, IRRIeIRRonsumir, portanto, noumatoWneutroO: significaparticipar deumcen)riodedisputas por aquiloqueasociedadeprodu4epelosmodosde us)*lo, tornando*se um momento em que os conflitos, originados pela desigual participa!o na estrutura produtiva, ganham continuidade por meio da distribui!o e apropria!o de bens e servi!os% "%%%$%9s rela!.es de trabalho e consumo produ4em e reprodu4em as tens.es entre desigualdadeelutapelaigualdade, in(usti!aeluta pela (usti!a% X assim que se constr+i, a cada momento, a cidadania, como uma srie de lutas em prolda afirma!o dos direitos ligados liberdade, participa!o nas decis.es pJblicas e igualdade de condi!.es dignas de vida, modificando, dessa forma, a distribui!o de rique4a e poder na sociedade%"%%%$1o Brasil, o direito ao trabalho e o direito ao consumo c ao acesso aos bens materiais e culturais socialmenteprodu4idoscprecisamser analisados noconte,todedesigualdadesocial e,istente% 9s diferen!asentrericosepobres, homememulher, brancoseno*brancos, moradoresdocampoeda cidade, indiv'duos com bai,a e alta escolaridade, so e,tremas% /ssa desigualdade compromete a democraciae, conseq?entemente, aconstru!oda cidadania%,on-e: P(= > ,rabalho e (onsumo C((%#"B$#i%($ )o #(*(&+o " )o Co=$,!oSob o nome de Wglobali4a!oO, reJnem*se fen0menos diversos que refletemnovas formas de organi4a!o dos atores econ0micos e pol'ticos e de reorgani4a!o da diviso internacional de trabalho%9lgumas caracter'sticas desse processo podem ser compreendidas a partir das transforma!.es provocadas pelo desenvolvimento da inform)tica, dastelecomunica!.esedaautoma!o que modificam, por sua ve4, a organi4a!o e a capacidade de produ!o econ0mica, dentro do sistema capitalista de produ!o%1%E.E.E.F.M. Prof Filomena Quitiba Apostila organizada pelo Prof Cristiano Bodart9transmissoerecep!odeinforma!.es em tempo real, seu processamento pelo computador, criaramnovascondi!.esdeinvestir egerenciar o capital e a produ!o em diferentes pontos do planeta% Gm mesmo produto pode ser igual e simultaneamenteprodu4ido pelomesmofabricante em diferentes pa'ses do mundo "os mesmos brinquedos, osmesmosautom+veis, por e,emplo$, segundosuaconveninciaemargemdelucro% 9 rapide4dainforma!o, aoladododesenvolvimento dos transportes, permite tambm que os componentesdeumprodutofinal se(amfabricados em diferentes pontos, dividindo*se a produ!o segundooslugaresondeascondi!.esecon0micas "custo do trabalho, da matria*prima, legisla!o reguladora etc%$ se(a mais vanta(osa%9s novas formas do dinheiro, como os cart.es eletr0nicos, comos quais se pode fa4er movimenta!o financeira em qualquer lugar, o desenvolvimento do crdito, do mar\eting e da indJstria cultural permitemcomerciali4ar e prestar servi!os globalmente, de modo que a produ!o, reali4ada nos lugares escolhidos, se(a distribu'da paraomundo% Xocasodos produtos feitosnos pa'sesasi)ticosquenosJltimosanosentraramno mercado brasileiro% Omercadofinanceiro, comsuasbolsasde valores, funcionaarticuladamente: oqueacontece emumpa's temrefle,os imediatos nos demais, fa4endo comqueemdeterminados momentos os investimentos se concentremnumpa's, para em seguida migrar para outro, seguindo apenas a l+gica da rentabilidade imediata% Derifica*se o sempre crescente movimento de fuso de empresas, de amplia!odoespectrodeatua!odascorpora!.es multinacionais e a influncia de institui!.es supranacionais de financiamento nas decis.es macroecon0micas%1o poss'vel dei,ar de chamar a aten!o para a desigualdade de posi!.es nessa interdependncia mundial, entre os chamados pa'ses centrais "aqueles que abrigam os centros de deciso das grandes empresas, os grandes centros financeiros e cient'ficos$ e os perifricos, determinada pela desigual produ!o e acesso s tecnologias agr'colas, biotecnol+gicas, de automa!o, comunica!.es ou rob+tica, assim como a desigualdade do impacto das inova!.es tecnol+gicas nas diferentes classes sociais%>onfigura*se, assim, umconte,toinst)vel, de transforma!.es aceleradas e de transnacionali4a!odaprodu!o, quetemimpacto direto nasrela!.esde trabalho ede consumo% 7sso ocorre de formas profundamente desiguais e diferenciadas, nacional, regional ou setorialmente, nos pa'ses centrais e nos perifricos, afetando formas tradicionais de produ!o, modificando h)bitos de consumo, com grande impacto nas culturas locais%1aacirradaconcorrncia internacional, as empresas lan!ammo de todos os fatores que possamsignificar vantagens, comoaredu!odos custos do trabalho, a e,panso da subcontrata!o, a terceri4a!o da produ!o e o trabalho aut0nomo reali4ado no domic'lio, alm de fa4erem presso para modificar a regulamenta!o das rela!.es de trabalho%9 r)pida transforma!o na produ!o de benseservi!osacabampor causar efeitos(amais imaginados% 1ovas tecnologias e formas de gerenciamento na produ!o promovem o aumento da produtividade que elimina, com a automa!o, postos de trabalho, gerando o chamado desemprego tecnol+gico% 9s divis.es do trabalho se alteram, surgem novos campos de trabalho, grandes contingentes de trabalhadores industriais so e,pulsos para o setor terci)rio da economia ou para o chamadoWsetorinformalO, ou, ainda, sototalmente e,clu'dos do mercado de trabalho, criando o desemprego con(untural e o de e,cluso%9omesmotempo, portanto, emquenovas palavras aparecem no cotidiano, como empregabilidade, trabalho por pro(etos, trabalho virtual, convive*se como desemprego, comuma multiplicidade de formas diferenciadas de trabalho e de ocupa!o, com a inseguran!a e com a incerte4a emrela!oaofuturo% 1ovasprofiss.esaparecem, outras tendem a desaparecer, outras, ainda, se transformam% 9 valori4a!o e remunera!o das profiss.es e dos servi!os tem mudado em fun!o das novasdemandasdomercado% 1esseconte,toem transforma!o, servi!os altamente remunerados convivem com outros, muito mal pagos, sem seguran!a e sem respeito s legisla!.es trabalhistas, ou com o desemprego% "%%%$ Os problemas de desemprego e transforma!odasrela!.esdetrabalhodependem, em muito, das op!.es por modelos de desenvolvimento da economia nacional e da efic)cia das pol'ticas econ0micas e sociais%9t agora, na sociedade capitalista, o empregoaformapredominantedee,erc'ciodo trabalho e de distribui!o da rique4a produ4ida socialmente e, portanto, de se auferir recursos para a satisfa!o das necessidades%9 rapide4 das mudan!as grande, e,igindo esfor!os para construir alternativas, propor mudan!as enovas formasdeorgani4a!o, poisasescolhas tecnol+gicos tambm comportam decis.es de nature4apol'tica% 9questoquesecolocaade como fa4er com que talprodutividade e capacidade tecnol+gica se(am usadas em benef'cio da qualidade de vida das popula!.es e no para a ma,imi4a!o do lucro ao custo da precari4a!o das rela!.es de trabalho ou do desemprego% Ou, de outro modo, que novos direitos eformas deorgani4a!o social do trabalhosonecess)riosparafa4er frenteaesse novo modelo de organi4a!o da produ!o, de modo a garantir a todos os direitos de cidadania%9o grande aumento de produtividade conseguidopelasnovastecnologiaseorgani4a!o da produ!o de bens e servi!os corresponde a necessidade de vend*los, pois na din-mica produ!oZconsumoZprodu!o que o capital se amplia% Eor isso, (untamente com esse processo, e guardando estreita rela!o com ele, vem se tornando cada ve4 mais intenso o apelo s pessoas para que consumam%>onsumidor toda pessoa que compra um produto ou paga pela reali4a!o de umservi!o% >onsumir no s+ uma rela!o entre particulares% 9o utili4ar )gua, lu4 e transporte coletivo, os servi!os de saJde ou educa!o, consome*se um servi!o pJblico, pago por todos nos impostos diretos e indiretos% >onsumir ter acesso no s+ aos bens prim)rios de subsistncia, mas tambm usufruir dos desenvolvimentos tecnol+gicos, dos bens culturais e simb+licos%Gm direito b)sico do cidado ter acesso ao mercado de consumo, aos produtos ou servi!os que 17E.E.E.F.M. Prof Filomena Quitiba Apostila organizada pelo Prof Cristiano Bodartso oferecidos% /mbora, aparentemente, e,ista o livre acessodetodosaosbensdeconsumoeservi!os, reconhece*se a e,istncia de Wbols.esO de consumo diferenciados: seemalgunsoconsumodebens praticamente ilimitado, em outros e,iste a impossibilidadedeacessoaosbensdeconsumoe servi!osconsiderados vitais% 3rata*se, portanto, de reivindicar oacessoaoconsumocomoumdireito fundamental de cidadania%Eroblemasderivadosdomodelodominante de produ!o, tais como a pobre4a e a desigualdade social, colocamemquesto o que produ4ir, para quem, quais seriam as prioridades% >omo fa4er frente l+gicadessesistemaquedependedecriar cada ve4 mais mercadorias para continuar se e,pandindo, e que para isso tem uma comple,a engrenagem de Wfabrica!o de novas necessidadesO, instalando a idiadopoder deconsumocomoumvalor emsi? >riando por um lado o consumo compulsivo, e,cessivo e acr'tico de determinados bens, independentemente de sua necessidade WrealO "o chamado consumismo$, e por outro a desvalori4a!o e a desvalia social para os que no podem consumir no mesmo n'vel e o mesmo tipo de bens?O custo social desse modelo tambm transparece quando severificamsuas repercuss.es negativas no meio ambiente, com o esgotamento de recursos naturais, o desperd'cio de energia, o li,o, a polui!o, assim como seu impacto na saJde%Eor meio da publicidade criam*se necessidades e novos padr.es de consumo, que passam a servir como indicadores da posi!o social dos indiv'duos%1o suficiente ter um sapato, uma roupa, uma caneta, mas a roupa, o sapato de determinada marca% 9identidademarcadapeloconsumono apenas dosob(etoscomodas marcasespalhadas pelo mundo e que se tornaram ob(eto de dese(o, nos mais diversos pa'ses eculturas, independente de fatores como qualidade, durabilidade, adequa!o ao uso, pre!o etc%9ssim, quest.es antes restritas ao -mbito da vida privada ou individuais ganham dimens.es sociais, como a questo do desperd'cio, do consumo de bens descart)veis, do uso de materiais no recicl)veis, at a deciso de usar ou no um autom+vel% Os cidados, porm, ainda desconhecem sua for!a como consumidores, sua condi!o de su(eito nas rela!.es de consumo, seus direitos e sua capacidadeparaintervir nessas rela!.es% /,istem, nacional e internacionalmente, movimentos que defendem a idia de que a participa!o na sociedade moderna atravs do consumo, deve implicar a cr'tica e o repJdio e,plora!o e precari4a!o das rela!.es detrabalho, sdesigualdadesediscrimina!.esde gnero, etnia e idade, assimcomo a defesa de direitos em rela!o ao meio ambiente e saJde%,on-e: P(= > ,rabalho e (onsumo ATIVIDADE 25) Enumere as /rin4i/ais mu3an:as o4orri3as no -ra6al.o e no 4onsumo na 4on-em/oranei3a3e+A'i%,,( A(!i&i(: C+(/" 0(( %i( " !(=#" "!0"'o =o %(!0oGm em cada cinco trabalhadores brasileiros est)ocupadonosetor agr'cola% Socercade;L,H milh.esdepessoas, segundoaEesquisa1acional por 9mostrade&omic'lio"E19&$, do 7BA/% &as quais, apenas ;,Hmilhotemcarteiraassinadae cerca de HIR%RRR so empregadores rurais% 1a agricultura, menos de;RSdos trabalhadores so legalmente contratados, enquanto a mdia de formali4a!o do emprego no pa's trs ve4es maior% Earacadaassalariadocomregistroemcarteirano campo, doissocontratadosnainformalidade% &os cerca de ;; milh.es restantes, dois ter!os trabalham por contapr+priaouprodu4emapenasosuficiente para comer e umter!o no recebe remunera!o alguma%/sses nJmeros mostram a precariedade desse grande segmento do mercado de trabalho do pa's, que encolheu cerca de IRS entre as dcadas de;N:Re;NNR, seestabili4ou nos Jltimos cinco anos, masnoconsegue converteremempregos a e,pansodosetor agr'cola, quecresceuacimade HS ao ano no per'odo mais recente% W9 e,panso da )rea de fronteira da monocultura para e,porta!o no tevecapacidade degerar volumedeempregos altura das ta,as de crescimentoO, sustenta o professor Srgio Eereira Qeite, da Gniversidade 5ederal 6ural do 6io de Kaneiro "G566K$, lembrando que o E7B agr'cola no conseguiu passar dos ;RS do total de bens e servi!os produ4idos no pa's nos Jltimos de4 anos%Cam/o es-Gril/le acredita que no vale a pena investir no agroneg+ciocomofator degera!odeempregoe renda no campo% >ita como e,emplo reportagem recente feita pelo#antstico, da 3D Alobo, mostrando que as condi!.es de trabalho da mo*de*obra contratada pelo setor sucroalcooleiro so muito prec)rias% /m alguns casos, com trabalho an)logo ao de escravos% / questiona se vale a pena o governo investir novamente nesse setor, com o surgimento da demanda e,terna pelos biocombust'veis%W@uetipodeempregoessesegmentoest) gerando?O, indaga Qeite, observando que os assalariados do setor no se beneficiaram pelo aumento da produtividade na produ!o de a!Jcar e )lcool%9 ob(e!o do professor no tem a ver com o combust'vel verde, mas sim com a escolha do modeloecon0micodesuaprodu!o% /leconsidera que o fornecimento de matria*prima, mesmo sendo paraumsetor estratgico, deveestar associado capacidade de gera!o de emprego digno% Eortanto, omodelodeprodu!odosbiocombust'veisdeveria privilegiar a agricultura familiar e no o agroneg+cio% WO governo deve pensar at que ponto aposta todas as fichas no aumento de segmentos que esto baseados na e,plora!o de monocultura voltada para e,porta!o, que no gera empregoO%Ser) que isso no vulner)vel?O, questiona Qeite, frisandoque, quandoospre!osdosprodutos 1'E.E.E.F.M. Prof Filomena Quitiba Apostila organizada pelo Prof Cristiano Bodartdesabam, o setor entra em crise, afetando inclusive outros setores%modo de produ!o capitalista, ocorre uma diviso social do trabalho, que consiste na distribui!o do capital plos v)rios ramos da produ!o% /m outras palavras, h) uma a loca!o do capital ematividadesdiversificadas, paraatender a diferentes demandas% Eor outro lado esta diviso se estende ao interior do processo de produ!o, na medida em que reservado s classes no*propriet)rias o trabalho subordinado% 1este segundo sentido a diviso social do trabalho vai almdo aspecto tcnico"divisohori4ontalZ distribui!ode tarefas$, masremeteaumadivisosocial "sentido vertical$, a uma hierarquia, que se estabelece entre o capitalistaeotrabalhador% &efatonaempresaa diviso do trabalho "plane(ada, regulada e supervisionada pelo capitalista, () que um mecanismo que pertence ao capital como sua propriedadeprivada"% 1esseprocessos ve4es reservado ao oper)rio apenas a fun!o de apertar um parafuso, oden% NNN, como>U9EQ71mostrouno filme 3empos modernos', resultando dai o estranhamentodotrabalhoabstrato, umacompleta aliena!o do trabalhador%U), portanto, aliena!oquandootrabalhador nosereconhecenofrutodeseutrabalho, como acontece no modo de produ!o capitalista, onde "nenhum trabalhador individual produ4 uma mercadoria2 cada trabalhador apenas um componente do trabalhador coletivo, a soma de todas as atividades especiali4adas%" "&7>7O1d67O 896C7S39 * p% ;;1BB T >onferencia 1acionaldos Bispos do Brasil, O1As T Organi4a!.es 1o*Aovernamentais, G1/T Gnio nacional de estudantes, etc%$% 9s O1As "Organi4a!.es1oAovernamentais$ * mobili4ame estimulamcomportamentossolid)rios, dedicando*se asquest.esdaecologia, pa4, alfabeti4a!o, entre outras%ATIVIDADE RR) E7/liBue 4omsuas/alaomo resultado, come!a a se fortalecer o conceito de democracia participativa, com caracter'sticas semidireta, ou se(a, no desconsidera os representantes, mas apro,ima a sociedade da arena decis+ria% &e acordo com alguns te+ricos, a democracia participativa passa a configurar*se como um continuum entre a forma direta e a representativa%1essesentido, aOrgani4a!odas1a!.es Gnidas "O1G$ define em seu relat+rio sobre o andice de &esenvolvimento Uumano de IRRR uma nova forma de se entender a democracia% K) no nos basta votar em elei!.es livres, e nem tampouco garantir a e,istnciadeoposi!o, liberdadedeimprensaetc% /ssase,igncias()fa4empartedoconceitomais elementar de democracia% 9s na!.es modernas precisamincentivar asociedadeaorgani4ar*se% O ob(etivo fa4er com que, (untos, os cidados reivindiquem espa!o e avancem em suas conquistas% 9o /stado cabe oferecer ferramentas que catali4em essas demandas, afastando*se da cl)ssica viso hori4ontal de poder% 2$E.E.E.F.M. Prof Filomena Quitiba Apostila organizada pelo Prof Cristiano BodartA /ar-i4i/a:;o ins-i-u4ionali1a3a no *rasil9 promulga!o da >onstitui!o de ;N:: iniciou a retomada do conceito de cidadania no pa's% &urante a elabora!o da >arta >onstitucional, a sociedade buscou participa!o na constru!o do te,to oficial% 6econhecendo a import-ncia dessa contribui!o, foramcriados trs mecanismos que apro,imaram a constituinte da sociedade% O primeiro deles foi umbancodedados disponibili4adopelo Senado% O Sistema de 9poio 7nform)tico >onstituinte "S97>$ coletou, por meio do preenchimento de um formul)rio distribu'do por todo o pa's, =I%=;N sugest.es% 9lm disso, a sociedade foi chamada para comparecer a reuni.es de subcomiss.es tem)ticas% 5oram cerca de MRR encontros, de onde emergiram mais de I%MRR sugest.es%9p+s a elabora!o do antepro(eto, uma terceira e Jltima possibilidade foi ofertada% &e acordo com o artigo IM do 6egimento 7nterno da >onstituinte, entidades associativas, legalmente constitu'das, teriam um pra4o de pouco mais de um ms paracoletar omiss.es de Qegisla!o Earticipativa, uma iniciativa inaugurada pela >-mara dos &eputados que, rapidamente, espalhou*se por de4enas de estados e munic'pios% 9 idia consiste em viabili4ar a participa!o da sociedade nos trabalhos legislativos% 9 comisso recebe idias enviadas por organi4a!.es da sociedade, sem a necessidade de coleta de assinaturas, easaprecia% 9provadasnasreuni.es internas, as proposi!.es passam a tramitar normalmente, como uma proposta parlamentar comum% Es4olas 3e/olJ-i4a ee3u4a:;o/ara a 4i3a3aniaO que essas e,perincias brasileiras apontam que a implementa!o de tais ferramentas torna*se verdadeiras escolas de cidadania popula!oparticipante, eointeresseseelevade acordo como funcionamento do mecanismo% /m Eorto 9legre, por e,emplo, aumentou muito o nJmero de participantes a medida em que a sociedade notou aefic)ciadoinstrumento% 9percep!odequea pol'ticatranscendeovotofundamental, sendoa delibera!o e a participa!o indispens)veis ao atendimento das modernas concep!.es de democracia% /m outros casos, como, por e,emplo, a >omisso de Qegisla!o Earticipativa da >-mara dos &eputados, o interesse ainda pequeno, o que gera algumas distor!.es% 9 despeito dos ensinamentos que tais ferramentas oferecem aos cidados, temos um grande contingente que no reconhece a import-ncia de tais mecanismos e, consequentemente, no procura participar% 1esse caso, necess)rio pensarmosemumrigorosoprogramadeeduca!o pol'tica% 9 sociedade no pode descobrir a import-nciadaparticipa!oapenasnapr)tica, pois muitosnotmaoportunidade, ouointeresse, de atuar% Opapel docidadoprecisaser reveladona escola, como forma de legitimar ainda mais as ferramentasparticipativaseademocraciacomoum todo% 9lgumas iniciativas educacionais so emblem)ticas, masalcan!ar opa'scomoumtodo e,ige um esfor!o ainda maior, e,ige um compromisso governamental% Eum6er-o Dan-as 3ou-oran3o em Ci?n4ia PolJ-i4a /ela $SP+ 2%E.E.E.F.M. Prof Filomena Quitiba Apostila organizada pelo Prof Cristiano BodartA#i/i)()"$RK) Diferen4ie 3emo4ra4ia 3ire-a 3e 3emo4ra4ia /ar-i4i/a-io4?/ossui uma /refer?n4ia/or al0um3os3ois sis-emas e4on_mi4os@ Hual o mo-iaso o aluno empreste o caderno para que o colega copie as resposta, os dois no recebero visto2 1o caso da cola ocorrer sem a permisso do dono do caderno, o aluno WcoladorO no ter) o visto na atividade% /m caso de ausncia do aluno na aula este dever), na aula seguinte, apresentar a tarefa efetivada da aula perdida2 9 nota trimestral estar) assim distribu'da "/nsino 6egular$:o Erimeiro trimestre: RL pontos no caderno2 ;M pontos em trabalhos e,tra*classe em grupo ou individual "o nJmero m),imo ser) previamente estabelecido$2 ;R pontos em prova escrita2 3otal: