_Apostila_química
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ÍNDICE
1. IDENTIFICAÇÃO DE AGENTES QUÍMICOS............................................................................2
1.1. CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES QUÍMICOS EM ÁCIDOS, BASES, SAIS E ÓXIDOS.........2
1.1.1. ÁCIDOS.................................................................................................................2
1.1.2. BASES...................................................................................................................5
1.1.3. SAIS......................................................................................................................6
1.1.4. ÓXIDOS.................................................................................................................9
1.2. QUESTÕES DE NOMECLATURAS E SINÔNIMOS EM QUÍMICA....................................9
NOMENCLATURA DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS....................................................................9
1.3. REGRAS PRÁTICAS PARA IDENTIFICAÇÃO DE UM AGENTE QUÍMICO.......................21
1.4. CUIDADOS NA IDENTIFICAÇÃO DE UMA AGENTE QUÍMICO.....................................21
2. ANÁLISE DE RISCO DO AGENTE QUÍMICO.........................................................................24
2.1. GRAU DE RISCO DE UMA GENTE QUÍMICO...............................................................24
2.2. RISCO QUÍMICO:.............................................................................................................33
3. MEIO DE PROPAGAÇÃO.........................................................................................................33
3.1. EXPOSIÇÃO AÉREA, DERMAL E DIGESTIVA.....................................................................33
3.2. VOLATILIDADE, PRESSÃO DE VAPOR E ODOR................................................................35
4. REAÇÕES QUÍMICAS E SUAS CONSEQUÊNCIAS.....................................................................39
4.1. MISTURA DE PRODUTOS SIMPLES E COMPOSTO..........................................................39
4.2. REAÇÃO QUÍMICA...........................................................................................................41
4.3 EQUILIBRIO QUÍMICO......................................................................................................44
5. ANÁLISES DE RISCOS COM SUBSTÂNCIAS COMPOSTAS (Pela Fispq E Por Reações Químicas Comuns)...................................................................................................................................................54
6. PRINCIPAIS EFEITOS TOXICOLOGICOS...................................................................................54
6.1. CONCEITO DE TOXICOLOGIA..........................................................................................55
6.2.EFEITOS TÓXICOS DOS PRINCIPAIS EGENTES QUÍMICOS................................................60
7. CUIDADOS NECESSÁRIOS PARA LIBERAR ATIVIDADES COM PRODUTOS QUÍMICOS...........61
7.1. ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS QUÍMICOS..............................................................61
1. IDENTIFICAÇÃO DE AGENTES QUÍMICOS
1.1. CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES QUÍMICOS EM ÁCIDOS, BASES, SAIS E
ÓXIDOS.
1.1.1. ÁCIDOS
CLASSIFICAÇÃO DOS ÁCIDOS
À PRESENÇA DE OXIGÊNIO NA MOLÉCULA
Hidrácidos são todos os ácidos que não contêm oxigênio, por exemplo: HI, HCN, H4
[Fe(CN)6]
Oxiácidos são todos os ácidos que possuem oxigênio em sua composição, por exemplo:
HNO2, H3PO4, H4P2O7
NÚMERO DE HIDROGÊNIOS IONIZÁVEIS
Todos os monoácidos que possuem um hidrogênio ionizável, por exemplo: HCl, HBr. HNO3,
HClO4.
Todos os diácidos ou dipróticos possuem dois hidrogênios ionizáveis, por exemplo: H2SO4,
H3PO3. H2S, H2CrO4, H2CO3
Todos os triácidos ou tripróticos possuem três hidrogênios ionizáveis, por exemplo: H3PO4,
H3BO3.
Todos os tretrácidos ou tetrapróticos possuem quatro hidrogênios ionizáveis, por exemplo:
H4P2O7.
Um poliácido é ionizado por fases, observe o exemplo abaixo:
Observe agora de forma simplificado:
HIDROGÊNIO ÁCIDO OU HIDROGÊNIO IONIZÁVEL
Qualquer átomo de hidrogênio que tenha condições de se transformar em íons H+, é
considerado hidrogênio ácido, porém, para esse átomo de hidrogênio se tornar ionizável é
necessário estar ligado a um átomo eletronegativo.
O hidrogênio poderá ser ácido, quando estiver ligado a F, O, N, Cl, Br, I e S, e quando ele
estiver ligado a carbono e fósforo não será ácido.
QUANTO À VOLATILIDADE:
Ácidos Voláteis – apresentam grande tendência a evaporação.
Ex: HNO2, HNO3 e Hidrácidos
Ácidos Fixos: Apresentam pequena tendência à evaporação.
Ex: H2SO4 (ácido sulfúrico), H3PO4 (ácido fosfórico). Os Oxiácidos em geral não são
voláteis.
Quanto à força ou grau de organização temos:
X = nº de moléculas ionizadas.
nº de moléculas dissolvidas
x menor ou igual a 50% é Ácido forte
x maior ou igual a 5% e x menor ou igual a 50% é Ácido moderado
x menor que 5% é Ácido fraco
Força dos hidrácidos
Fortes: HCl, HBr, HI
Moderado: HF
Fraco: os demais.
Força dos Oxiácidos
Regra de Pauling:
(nº de oxigênio) –( nº de "H" ionizável) = x
x = 3 e 2 = Fortes
x = 1 = Moderados
x = 0 = Fraco
Ácidos fortes, quando a ionização ocorre em grande extensão.
Exemplos: HCl, HBr, HI . Ácidos HxEOy, nos quais (y - x) ³ 2, como HClO 4, HNO3 e
H2SO4.
Ácidos fracos, quando a ionização ocorre em pequena extensão.
Exemplos: H2S e ácidos HxEOy, nos quais (y - x) = 0, como HClO, H3BO3.
Ácidos semifortes, quando a ionização ocorre em extensão intermediária.
Exemplos: HF e ácidos HxEOy, nos quais (y - x) = 1, como H3PO4, HNO2, H2SO3.
Exceção: H2CO3 é fraco, embora (y - x) = 1.
1.1.2. BASES
Toda substância que, em solução aquosa, sofre dissociação liberando íons OH- é definida
como sendo base.
Você pode classificar uma base usando vários critérios, entre eles o número de hidroxilas que
as compõe, pela solubilidade ou ainda pelo grau de dissociação.
CONTE O NÚMERO DE HIDROXILAS
Monobases: bases que apresentam um grupo OH-. Exemplos: AgOH (hidróxido de prata),
NaOH (hidróxido de sódio).
Dibases: bases que se caracterizam pela presença de dois grupos OH-. Exemplos: Ba(OH)2
(hidróxido de bário), NiOH2 (hidróxido de níquel).
Tribase: a presença de três grupos OH- caracteriza esta base. Exemplo: Fe(OH)3 (hidróxido
de ferro).
Tetrabase: esta base conta com quatro grupos OH- em sua composição. Exemplo: Mn(OH)4
(hidróxido de manganês).
COMPARE A “SOLUBILIDADE” EM ÁGUA.
Os metais possuem uma ordem crescente de solubilidade representada a seguir:
Para classificar as bases usando o critério “solubilidade” basta saber a que família seus
componentes pertencem. Exemplos:
Base NaOH (hidróxido de sódio): o sódio pertence à família dos metais alcalinos, portanto a
base correspondente se apresenta solúvel em água.
Base Ca (OH)2 - hidróxido de cálcio: o cálcio é um metal alcalino terroso e por isso a base
apresenta pouca solubilidade em água.
Base Pb (OH)4 - hidróxido de chumbo: base insolúvel.
Observação: a solubilidade está relacionada à condução de corrente elétrica numa solução
básica. Quanto mais solúvel uma base, maior será sua facilidade em conduzir corrente elétrica.
DESCUBRA SE A BASE É FRACA OU FORTE ATRAVÉS DO “GRAU DE DISSOCIAÇÃO”
Essa classificação se relaciona também com a solubilidade: quanto mais solúvel for uma base,
maior será seu grau de dissociação, sendo, portanto, considerada uma base forte:
Elevado grau de dissociação → Base solúvel → base forte
Baixo grau de dissociação → Base insolúvel → base fraca
Exemplos:
Base fraca: NH4OH (hidróxido de amônio)
Base forte: NaOH (hidróxido de sódio).
A força da base influi sobre seu comportamento em meio à eletrólise: bases fortes são boas
condutoras de eletricidade, já as bases fracas constituem eletrólitos ruins.
Vamos então classificar uma base de acordo com os três critérios demonstrados, por exemplo,
a monobase NaOH (hidróxido de sódio) é solúvel em água, apresenta elevado grau de dissociação e
por isso é considerada uma base forte.
1.1.3. SAIS
São compostos iônicos que possuem pelo menos um cátion diferente de H + e um ânion
diferente de OH-.
O sal é formado através de uma reação entre um ácido e uma base; onde os íons H + e OH-
reagem para formar a água; e o ânion do ácido reage com o cátion da base, formando o sal.
Há uma reação entre um ácido e uma base, dar-se o nome de reação de neutralização.
Veja os exemplos a seguir:
HCl + NaOH ---------> NaCl + H2O
H2SO4 + 2 LiOH --------> Li2SO4 + 2 H2O
CLASSIFICAÇÃO DOS SAIS QUANTO À PRESENÇA DE OXIGÊNIO:
Oxissais (Sais Oxigenados) » Apresentam oxigênio em sua molécula. Ex: Na2SO4, AlPO4.
Sais não oxigenados » Não apresentam oxigênio em sua molécula. Ex: NaCl, CaCl2.
CLASSIFICAÇÃO DOS SAIS QUANTO AO NÚMERO DE ELEMENTOS:
Sais Binários » Apresentam dois elementos químicos em sua composição. Ex: KCl, Al2S3.
Sais Ternários » Apresentam três elementos químicos em sua composição. Ex: Na2SO4,
Ba2P2O7.
Sais Quaternários » Apresentam quatro elementos químicos em sua composição.
Ex: Ca(OCN)2.
CLASSIFICAÇÃO DOS SAIS QUANTO À NATUREZA DOS ÍONS:
Sais Neutros (Normal) » Não apresentam em sua composição nem H+ e nem OH-. Ex: NaCl,
BaSO4.
Sais Ácidos (Hidrogeno-sal) » Apresentam em sua composição dois cátions, sendo um deles
o H+, e um só tipo de ânion, sendo diferente de OH-. Ex: NaHCO3, K2HPO4.
Sais Básicos (Hidróxi-sal) » Apresentam em sua composição dois ânions, sendo um deles o
OH-, e um só tipo de cátion, sendo diferente de H+. Ex: Ca(OH)Cl, Fe(OH)SO4.
Sais Duplos (Misto) » Apresentam em sua composição dois cátions diferentes de H+ ou dois
ânions diferentes de OH-.
Sais Hidratados » Apresentam em sua composição moléculas de água. Ex: CuSO4*5 H2O,
CoCl2*2 H2O.
CLASSIFICAÇÃO DOS SAIS QUANTO À SOLUBILIDADE EM ÁGUA:
SOLUBILIDADE EM ÁGUA
Solúveis (como regra) Insolúveis (principais exceções à regra)
Nitratos (NO3-)
Acetatos (CH3COO-)
Cloretos (Cl-)Brometos (Br-)
AgCl, PbCl2, Hg2Cl2,AgBr, PbBr2, Hg2Br2.
Iodetos (I-) AgI, PbI2, Hg2I2, HgI2, BiI2.
Sulfatos (SO4-2) CaSO4, SrSO4, BaSO4, PbSO4.
Sais de metais alcalinos e de amônio
Insolúveis (como regra) Solúveis (principais exceções à regra)
Sulfetos (S2-)Os dos metais alcalinos, alcalinos terrosos ede amônio. Exemplos: K2S, CaS, (NH4)2S.
Hidróxidos (OH-)Os dos metais alcalinos, alcalinos terrosos e
de amônio. Exemplos: NaOH, KOH, NH4OH.
Carbonatos (CO32-)
Os dos metais alcalinos e de amônio.Exemplos: Na2CO3, K2CO3, (NH4)2CO3.
Fosfatos (PO43-)
Os dos metais alcalinos e de amônio.Exemplos: Na3PO4, K3PO4, (NH4)3PO4
Sais não - citados Os dos metais alcalinos e de amônio.
1.1.4. ÓXIDOS
1.1.5. Os óxidos são compostos binários, isto é, são substâncias formadas pela combinação de dois elementos, um deles é o oxigênio (que é o mais eletronegativo entre eles).
Ex: CaO, CO2 , H2O , H2O2
Os óxidos se classificam em função do seu comportamento na presença de outros elementos como: água, bases e ácidos, sendo assim eles podem ser: básicos, ácidos, neutros, anfóteros, mistos, ou peróxidos, vejamos a diferença entre eles:
Óxidos básicos: o metal presente em sua fórmula, geralmente apresenta “carga elétrica” +1 e
+2, ou seja, possuem caráter iônico. Ex: Na2O - óxido de sódio, CaO - óxido de cálcio (cal
viva), BaO - óxido de bário (barita)
Óxidos ácidos ou anidridos: no geral são formados por ametais e, apresentam caráter
covalente.
Óxidos neutros: eles não reagem com água, ácido ou base, são covalentes, ou seja, sua
composição é de ametais.
Óxidos anfóteros: pode se apresentar de dois modos. Em presença de um ácido se
comportam como óxidos básicos, e na presença de uma base como óxidos ácidos.
Óxidos duplos ou mistos: quando dois elementos se unem e formam um óxido, esse vai ser
denominado óxido misto.
Peróxidos: possui em sua fórmula o grupo (O2) 2-.
1.2. QUESTÕES DE NOMECLATURAS E SINÔNIMOS EM QUÍMICA
NOMENCLATURA DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS
Função Orgânica: é um conjunto de substâncias com propriedades químicas semelhantes
(propriedades funcionais)
Grupo funcional: é o átomo ou grupo de átomos responsável(eis) pelas propriedades químicas
dos compostos pertencentes a uma determinada função química.
A nomenclatura orgânica oficial começou a ser criada em 1892 em um congresso
internacional em Genebra, após várias reuniões surgiu à nomenclatura IUPAC (União Internacional
de Química Pura e Aplicada).
A nomenclatura IUPAC obedece aos seguintes princípios:
I. Cada composto tenha um único nome que o distinga dos demais;
II. Dada a fórmula estrutural de um composto, seja possível elaborar seu nome, e vice-versa.
Obs.: Apesar de a nomenclatura IUPAC ser a oficial, existem outros tipos de nomenclatura como
por exemplo a nomenclatura usual.
A) FUNÇÃO HIDROCARBONETO (CxHy)
Os compostos pertencentes a esta função são constituídos exclusivamente por carbono e
hidrogênio, portanto possuem fórmula geral: CxHy.
Os hidrocarbonetos são muito importantes porque formam o “esqueleto” das demais funções
orgânicas.
Os Hidrocarbonetos estão divididos em várias classes, dentre as quais merecem destaque os
alcanos, alcenos (alquenos), alcinos (alquinos), alcadienos, cicloalcanos, cicloalcenos e os
hidrocarbonetos aromáticos.
B) ALCANOS OU PARAFINAS
São hidrocarbonetos saturados de cadeia aberta (acíclica). Possuem fórmula geral: CnH2n+2.
I. Fundamentos da Nomenclatura Orgânica:
PREFIXO + AFIXO + SUFIXO
Prefixo: indica o número de átomos de carbono pertencentes a cadeia principal.
1C = met 6C = hex 11C = undec
2C = et 7C = hept 12C = dodec
3C = prop 8C = oct 13C = tridec
4C = but 9C = non 15C = pentadec
5C = pent 10C = dec 20C = eicos
Afixo ou infixo: indica o tipo de ligação entre os carbonos:
todas simples = an duas duplas = dien
uma dupla = en três duplas = trien
uma tripla = in duas triplas = diin
Sufixo: indica a função química do composto orgânico:
hidrocarboneto no
álcool ol
Aldeído al
Cetona Ona
Ácido Óico
Amina Amina
Éter óxi
II. Nomenclatura dos Alcanos de Cadeia Normal:
Junta-se o prefixo + o infixo + o sufixo. Por exemplo: metano, etano, propano, butano,
pentano, hexano, heptano, octano, nonano, decano, undecano, dodecano etc.
III. Grupos ou Grupamentos derivados dos alcanos.
Grupamento: é a estrutura que resulta ao se retirar um ou mais átomos de uma molécula.
Grupamento alquil(a) ou alcoil(a) é o grupamento formado a partir de um alcano pela retirada
de um átomo de hidrogênio:
Obs.: Apesar da palavra radical ser muito usada ela está errada o nome correto é grupo ou
grupamento: grupo metil (correto), radical metil (errado).
IV. Nomenclatura dos Alcanos Ramificados.
Para dar nome a um alcano ramificado, basta você seguir as seguintes regras estabelecidas
pela IUPAC:
1.º considerar como cadeia principal, a cadeia carbônica mais longa possível; se há mais de
uma cadeia de mesmo comprimento, escolha como cadeia principal a mais ramificada.
2.º numere a cadeia principal de forma que as ramificações recebam os menores números
possíveis (regra dos menores números).
3.º elaborar o nome do hidrocarboneto citando as ramificações em ordem alfabética,
precedidos pelos seus números de colocação na cadeia principal e finalizar com o nome
correspondente a cadeia principal.
4.º os números são separados uns dos outros por vírgulas.
5.º os números devem ser separados das palavras por hífens.
Obs.1: no caso de haver dois, três, quatro, etc. grupos iguais ligados na cadeia principal,
usam-se os prefixos di, tri, tetra, etc. diante dos nomes dos grupos.
Obs.2: Os prefixos di, tri, tetra, iso, sec, terc, neo não são levados em consideração na
colocação dos nomes em ordem alfabética.
C) ALCENOS OU OLEFINAS
Alcenos, alquenos, olefinas ou hidrocarbonetos etenilênicos são hidrocarbonetos de cadeia
aberta (acíclicos) contendo uma única dupla ligação. Possuem fórmula geral CnH2n .
I) Nomenclatura dos Alcenos de Cadeia Normal e de Cadeia Ramificada
É muito semelhante à nomenclatura utilizada para os alcanos. Troca-se a terminação ano do
alcano por eno.
1) A cadeia principal é a mais longa que contém a dupla ligação.
2) A numeração da cadeia principal é sempre feita a partir da extremidade mais próxima da
dupla ligação, independentemente das ramificações presentes na cadeia. No nome do
alceno a posição da dupla é dada pelo número do primeiro carbono da dupla; esse número
é escrito antes do nome do alceno.
3) Se houver mais de uma possibilidade para a cadeia principal adota-se a regra dos menores
números.
D) ALCINOS OU ALQUINOS
Alcinos, alquinos ou hidrocarbonetos acetilênicos são hidrocarbonetos acíclicos contendo
uma única ligação tripla. Possuem fórmula geral CnH2n-2.
Nomenclatura dos Alcinos de Cadeia Normal e de Cadeia Ramificada
É muito semelhante à nomenclatura utilizada para os alcanos. Troca-se a terminação ano do
alcano por ino.
1) A cadeia principal é a maior cadeia que contenha a ligação tripla.
2) A numeração da cadeia é feita a partir da extremidade mais próxima da ligação tripla. (As
outras regras vistas para os alcenos também valem par os alcinos).
E) ALCADIENOS
São hidrocarbonetos acíclicos (abertos) contendo duas duplas ligações. Possuem fórmula
geral: CnH2n-2.
Nomenclatura dos Alcadienos de Cadeia Normal e de Cadeia Ramificada
I. A nomenclatura IUPAC é feita com a terminação DIENO.
II. A cadeia principal é a mais longa possível e deve conter as duas duplas ligações.
III. A numeração da cadeia se inicia pela extremidade mais próxima das duplas ligações de
forma que as duplas ligações fiquem com os menores números possíveis.
IV. Em caso de empate na posição das duplas ligações, deve-se numerar a cadeia de forma
que as ramificações fiquem com os menores números possíveis;
F) CICLANOS OU CICLOALCANOS OU CICLO-PARAFINAS
São hidrocarbonetos de cadeia cíclica (fechada) e saturada. Possuem fórmula geral
CnH2n onde “n” deve ser maior ou igual a 3.
Nomenclatura dos Ciclanos de Cadeia Normal e de Cadeia Ramificada
I. O nome é dado adicionando-se o prefixo CICLO ao nome do alcano correspondente;
II. Quando a cadeia for ramificada, a numeração da cadeia se inicia a partir da ramificação
mais simples e segue-se o sentido horário ou anti-horário, de maneira a se respeitar a regra dos
menores números;
III. As ramificações devem ser citadas em ordem alfabética;
G) CICLENOS OU CICLO-ALQUENOS OU CICLO-OLEFINAS
São hidrocarbonetos cíclicos com uma dupla ligação. A fórmula geral é CnH2n-2;
Nomenclatura dos Ciclenos de Cadeia Normal e de Cadeia Ramificada
I. O nome é dado adicionando-se o prefixo CICLO ao nome do alceno correspondente;
II. Quando a cadeia for ramificada, a numeração da cadeia se inicia a partir do carbono da
ligação dupla (a dupla deve ficar entre o carbono 1 e 2) e segue-se o sentido horário ou anti-horário,
de maneira a se respeitar a regra dos menores números;
III. As ramificações devem ser citadas em ordem alfabética;
H) HIDROCARBONETO AROMÁTICO
São os hidrocarbonetos que possuem um ou mais anéis benzênicos, que também são
chamados de anéis aromáticos.
Nomenclatura dos Hidrocarbonetos Aromáticos
I. A nomenclatura IUPAC considera os hidrocarbonetos aromáticos como derivados do
benzeno;
II. Quando o anel benzênico possui mais de uma ramificação, a numeração da cadeia se inicia
a partir da ramificação mais simples e segue-se o sentido horário ou anti-horário, de maneira a se
respeitar a regra dos menores números;
III. Quando o anel benzênico possuir duas ramificações, iguais ou diferentes, pode-se usar a
nomenclatura orto, meta, para, ao invés de numerar o anel benzênico. A posição 1,2 passa a ser
indicada por orto ou simplesmente por “o”, a posição 1,3 passa a ser indicada por meta ou
simplesmente por “m” e finalmente a posição 1,4 passa a ser indicada por para ou simplesmente por
“p”.
IV. As ramificações devem ser citadas em ordem alfabética;
I) ÁLCOOL (R-OH) (OH ligado a carbono saturado)
Obs.: R= grupo ou grupamento orgânico; Ar = anel aromático ou anel benzênico.
Oficial (IUPAC)
I. Troca-se a terminação do hidrocarboneto correspondente por OL;
II. A cadeia principal é a maior fila de átomos de carbono que contenha a hidroxila;
III. Quando houver mais de uma possibilidade para a posição da hidroxila, esta deve ser
numerada;
IV. A numeração da hidroxila se inicia pela extremidade mais próxima da mesma;
Obs.: Em moléculas complexas a hidroxila pode ser considerada como uma ramificação
chamada: hidróxi;
Obs.: álcoois insaturados: posição da insaturação + hidrocarboneto correspondente + posição
do OH + OL
Obs.: diálcool (terminação: DIOL); trialcool (terminação: TRIOL) etc.
Usual:
I. álcool + nome do grupo ligado a hidroxila + ICO
II. Nomenclatura de Kolbe (metanol=carbinol) e todos os demais álcoois são considerados
como seus derivados (nome dos grupamentos + carbinol).
J) ÉTER (R-O-R’ ou Ar-O-Ar ou Ar-O-Ar)
(grupo menor) ÓXI + (hidrocarboneto correspondente ao grupo maior)
Usual:
éter (grupo menor) – (grupo maior) + ICO
K) FENOL (Ar-OH)
Usa-se o prefixo HIDRÓXI;
Havendo necessidade de numeração, esta se inicia pela hidroxila e segue o sentido dos
menores números;
Obs.: O número “1″ atribuído a hidroxila pode ser omitido;
Usual:
O hidróxi-benzeno é chamado de FENOL e todos os outros fenóis são considerados como
seus derivados;
L) ALDEÍDO (H-COH ou R-COH ou Ar-COH)
Troca-se a terminação do hidrocarboneto correspondente por AL;
A numeração se inicial pelo carbono do grupo funcional;
Usual:
Os aldeídos possuem nomes usuais correspondentes aos nomes usuais dos ácidos
carboxílicos: metanal (aldeído fórmico ou formaldeído); etanal (aldeído acético ou acetaldeído);
etanodial (aldeído oxálico ou axaldeído); fenil-metanal (aldeído benzóico ou benzaldeído) etc.
M) CETONA (R-CO-R’ ou R-CO-Ar ou Ar-CO-Ar)
Troca-se a terminação do hidrocarboneto correspondente por ONA;
A numeração da cadeia se inicia pela extremidade mais próxima da carbonila (-CO-);
Obs.: cetonas insaturadas: posição da insaturação + hidrocarboneto correspondente + posição
da carbonila + ONA;
Usual:
(grupo menor)-(grupo maior)-CETONA
N) ÁCIDO CARBOXÍLICO (H-COOH ou R-COOH ou Ar-COOH)
Troca-se a terminação do hidrocarboneto correspondente por ÓICO;
ÁCIDO + hidrocarboneto correspondente + ÓICO;
Usual:
A nomenclatura usual dos ácidos carboxílicos está relacionada com a origem do ácido ou de
suas propriedades: ácido metanóico (ácido fórmico); ácido etanóico (ácido acético); ácido
propanóico (ácido propiônico); ácido butanóico (ácido butírico); ácido etanodióico(ácido oxálico)
etc.
O) ÉSTER (H-COO-R ou R-COO-R ou Ar-COO-R ou Ar-COO-Ar)
Oficial (IUPAC):
Substitui-se a terminação ICO do ácido carboxílico correspondente por ATO e acrescenta-se
o nome do grupamento ligado ao oxigênio;
Obs.: o nome do grupamento deve terminar com ILA e não com IL. EX.: metila, etila etc.
Obs.: Um raciocínio mais fácil é acrescentar ATO ao hidrocarboneto correspondente, não
sendo assim necessário, raciocinar com o ácido carboxílico correspondente;
Usual:
Está, a exemplo dos aldeídos, baseada na nomenclatura dos ácidos carboxílicos: metanoato =
formiato; etanoato = acetato; propanoato = propionato.
P) AMINA (R-NH2 ou R-NH-R’ ou R-NR’-R”)
(grupos ligados ao N) + AMINA;
Obs.: Os grupamentos ligados ao N devem ser colocados em ordem alfabética (a ordem
crescente de complexidade não é recomendada pela IUPAC);
Obs.: Em moléculas complexas o grupamento característico das aminas pode ser considerado
uma ramificação chamada de AMINO;
Q) AMIDA (H-CONH2 ou R-CONH2 ou Ar-CONH2; ou H-CONH-R’ ou R-CONH-R’ ou Ar-CONH-R’; ou H-CONR’-R” ou R-CONR’-R” ou Ar-CONR’-R”)
São compostos que apresentam o seguinte grupo funcional:
Troca-se a terminação ICO do ácido carboxílico correspondente por AMIDA;
Obs.: Um raciocínio mais fácil é acrescentar AMIDA ao hidrocarboneto correspondente, não sendo
assim necessário raciocinar com o ácido carboxílico correspondente; (raciocínio semelhante foi
proposto para os ésteres).
R) NITRILA (R-CN ou Ar-CN)
Dá-se o nome do hidrocarboneto correspondente, acrescentando-lhe a terminação NITRILA,
(hidrocarboneto correspondente + NITRILA);
Usual:
Cianeto de (nome do grupamento ligado ao -CN);
S) NITROCOMPOSTO (R-NO2 ou Ar-NO2)
Usa-se o prefixo NITRO antecedendo o nome do hidrocarboneto que origina o nitrocomposto
(NITRO + hidrocarboneto correspondente)
T) HALETO ORGÂNICO (Compostos derivados dos hidrocarbonetos pela substituição de
um ou mais hidrogênios por halogênios(F, Cl, Br, I).
Considera-se os haletos como derivados dos hidrocarbonetos correspondentes;
O nome do halogênio antecede ao nome do hidrocarboneto como se fosse um grupamento
qualquer;
Obs.: Se na cadeia existir apenas halogênios como ramificações, a numeração da cadeia se
inicia pela extremidade mais próxima destes, mas se existir qualquer outro grupo ligado à cadeia
principal a numeração se inicia pela extremidade onde seja possível se obter os menores números
possíveis.
Usual:
Usam-se as palavras cloreto de, brometo de, etc., seguidas do nome do grupamento orgânico
ligado ao halogênio;
(nome do haleto) de (nome do grupo);
U) ANIDRIDO;
Os anidridos são considerados como derivados dos ácidos carboxílicos;
Nos anidridos com cadeias carbônicas iguais, deve-se mencionar o nome do ácido
correspondente, precedido da palavra ANIDRIDO;
Quando o anidrido possuir cadeias diferentes deve-se escrever primeiro o nome do menor
ácido existente;
V) SAL ORGÂNICO –
Substitui-se a terminação ICO do ácido carboxílico correspondente por ATO e acrescenta-se
o nome do metal ligado ao oxigênio;
Obs.: Um raciocínio mais fácil é acrescentar ATO ao nome do hidrocarboneto
correspondente, semelhante ao que já foi proposto para outras funções anteriores;
Usual:
Está baseada na nomenclatura usual dos ácidos carboxílicos: metanoato = formiato; etanoato
= acetato; propanoato = propionato;
X) COMPOSTOS DE GRIGNARD –
(cloreto, brometo, iodeto) de (grupo ligado ao Mg) + Magnésio;
Grupo Funcional:
Y) ÁCIDOS SULFÔNICOS (R-SO3H ou Ar-SO3H)
ÀCIDO + (nome do hidrocarboneto correspondente) + SULFÔNICO
Ácido metanosulfônico
W) TIOL ou TIOÁLCOOL (R-SH) O oxigênio da função álcool é substituído pelo enxofre.
Obs.: o prefixo TIO indica a substituição de um oxigênio por um enxofre;
A nomenclatura é semelhante a dos álcoois correspondentes trocando-se a terminação OL por
TIOL;
Usual:
O grupo -SH é denominado MERCAPTAN: (nome do grupo) + MERCAPTAN;
Z) TIOÉTER (R-S-R’ ou Ar-S-Ar) O oxigênio da função éter é substituído pelo enxofre.
Oficial (IUPAC):
Obs.:
O prefixo TIO indica a substituição de um oxigênio por um enxofre;
A nomenclatura é semelhante a dos éteres correspondentes trocando-se a terminação ÓXI por
TIO.
1.3. REGRAS PRÁTICAS PARA IDENTIFICAÇÃO DE UM AGENTE QUÍMICO
Ao lidar com produtos químicos, a primeira providência é ler as instruções do rótulo, no
recipiente ou na embalagem, observando a classificação quanto ao risco à saúde (R) que ele oferece
e às medidas de segurança para o trabalho (S). Por exemplo: um produto químico X tem R-34 e S-
10, isto significa que ele é um produto que provoca queimaduras e que deve ser mantido úmido.
Portanto, conhecer a classificação, torna-se possível obterem-se informações quanto à forma correta
de manipular, estocar, transportar e descartar os resíduos do produto. Referente ao transporte,
observar, também, a forma como foi acondicionado e embalado e adotar os mesmos cuidados para
realizá-lo com segurança.
1.4. CUIDADOS NA IDENTIFICAÇÃO DE UMA AGENTE QUÍMICO.
A rotulagem por intermédio de símbolos e textos de avisos são precauções essenciais de
segurança.
Os rótulos ou etiquetas aplicados sobre uma embalagem devem conter em seu texto as
informações que sejam necessárias para que o produto ali contido seja tratado com toda a segurança
possível.
É perigoso reutilizar o frasco de um produto rotulado para guardar qualquer outro diferente,
ou mesmo colocar outra etiqueta sobre a original. Isto pode causar acidentes. Quando encontrar uma
embalagem sem rótulo, não tente adivinhar o que há em seu interior. Se não houver possibilidade de
identificação, descarte o produto
FACILMENTE INFLAMÁVEL (F)
Classificação: Determinados peróxidos orgânicos; líquidos com pontos de inflamação inferior a
21°C, substâncias sólidas que são fáceis de inflamar, de continuar
queimando por si só; liberam substâncias facilmente inflamáveis por
ação da umidade.
Precaução: Evitar contato com o ar, a formação de misturas inflamáveis
gás-ar e manter afastadas de fontes de ignição.
EXTREMAMENTE INFLAMÁVEL (F+)
Classificação: Líquidos com ponto de inflamabilidade inferior a 0ºC e o
ponto máximo de ebulição 35°C; gases, misturas de gases (que estão
presentes em forma líquida) que com o ar e a pressão normal podem se
inflamar facilmente.
Precauções: Manter longe de chamas abertas e fontes de ignição.
TÓXICOS (T)
Classificação: São agentes químicos que, ao serem introduzidos no
organismo por inalação, absorção ou ingestão, podem causar efeitos graves
e/ou mortais.
Precaução: Evitar qualquer contato com o corpo humano e observar
cuidados especiais com produtos cancerígenos, teratogênicos ou
mutagênicos.
MUITO TÓXICO (T+)
Classificação: A inalação, ingestão ou absorção através da pele, provoca
danos à saúde na maior parte das vezes, muito graves ou mesmo a morte.
Precaução: Evitar qualquer contato com o corpo humano e observar
cuidados especiais com produtos cancerígenos, teratogênicos ou
mutagênicos.
CORROSIVO ( C )
Classificação: Estes produtos químicos causam destruição de tecidos vivos
e/ou materiais inertes.
Precaução: Não inalar os vapores e evitar o contato com a pele, os olhos e
vestuário.
OXIDANTE (O)
Classificação: São agentes que desprendem oxigênio e favorecem a
combustão. Podem inflamar substâncias combustíveis ou acelerar a
propagação de incêndio.
Precaução: Evitar qualquer contato com substâncias combustíveis. Perigo
de incêndio. O incêndio pode ser favorecido dificultando a sua extinção.
NOCIVO (XN)
Classificação: São agentes químicos que por inalação, absorção ou
ingestão, produzem efeitos de menor gravidade.
Precaução: Evitar qualquer contato com o corpo humano, e observar cuidados especiais com
produtos cancerígenos, teratogênicos ou mutagênicos.
IRRITANTE (XI)
Classificação: Este símbolo indica substâncias que podem desenvolver uma ação irritante sobre a pele, os olhos e o trato respiratório.
Precaução: Não inalar os vapores e evitar o contato com a pele e os olhos.
EXPLOSIVO (E)
Classificação: São agentes químicos que pela ação de choque, percussão, fricção, produzem centelhas ou calor suficiente para iniciar um processo destrutivo através de violenta liberação de energia.
Precaução: Evitar atrito, choque, fricção, formação de faísca e ação do
calor.
2. ANÁLISE DE RISCO DO AGENTE QUÍMICO
2.1. GRAU DE RISCO DE UMA GENTE QUÍMICO
Classificação dos agentes químicos segundo seus graus de riscoEsta relação foi extraída da Classificação de Agentes Químicos da National Fire Protection Association - NFPA 704-m / USA. O significado dos códigos referentes às colunas - RISCOS e - CUIDADOS - estão no final da relação.
GRAU DE RISCO 1
Riscos Cuidados
Ácido cítrico 36 26 - 26
Ácido crômico 8 - 35 28
EDTA 37 22
Ácido fosfomolíbdico 8- 35 22 – 28
Sulfato de cobre II 22 20
Nitrato de prata 34 24 - 25 – 26
Cromato de potássio 36 - 37 - 38 22 – 28
GRAU DE RISCO 2
Riscos Cuidados
Ácido nítrico fumegante 8 - 35 23 - 26 - 36
Ácido sulfanílico 20 - 21 - 22 25 – 28
Amoníaco 25% 36 - 37 -38 26
Anidrido acético 10 - 34 26
Anidrido carbônico 2 3 - 4 - 7 - 34
Sulfato de cádmio 23 - 25 - 33 - 40 13 - 22 - 44
Cianetos 26 - 27 - 28 - 32 1 - 7 - 28 - 29 - 45
Formalina 23 - 24 - 25 - 43 28
Nitrogênio – gás 2 3 - 4 - 7 - 34
O-toluidina 20 - 21 24 – 25
Oxigênio – gás 2 - 8 - 9 3 - 4 - 7 - 18 - 34
Timerosal 26 - 27 - 28 - 33 13 - 28 - 36 - 45
GRAU DE RISCO 3
Riscos Cuidados
Acetato de etila 11 16 - 23 - 29 - 33
Acetato de butila 11 9 - 16 - 23 - 33
Acetona 11 9 - 16 - 23 - 33
Ácido clorídrico 34 - 37 26
Ácido fórmico 35 23 - 26
Ácido lático 34 26 - 28
Ácido perclórico 5 - 8 - 35 23 - 26 - 36
Ácido sulfúrico 35 26 - 30
Ácido tricloroacético 35 24 - 25 - 26
Acrilamida 23 - 24 - 25 - 33 27 - 44
Álcool etílico 11 9 - 16 - 23 - 33 - 7
Álcool isobutílico 10 - 20 16
Álcool metílico 11- 23 - 25 7 - 16 - 24
Amoníaco 10 - 23 7 - 9 - 16 - 38
Anilina 23 - 24 - 25 - 33 28 - 36 - 37 - 44
Benzeno 11 - 23 - 24 - 39 9 - 16 - 29
Tetracloreto de carbono 26 - 27 - 40 38 - 45
Clorofórmio 20 24 - 25
Fenol 24 - 25 - 34 28 - 44
Nitrobenzeno 26 - 27 - 28 - 33 28 - 36 - 37 - 45
Ozônio 9 - 23 17 - 23 - 24
Dicromato de potássio 36 - 37 - 38 - 43 22 - 28
Hidróxido de potássio 35 26 - 37 - 39
Permanganato de potássio
8 - 20 - 21 - 22 23 - 42
Tolueno 11 - 20 16 - 29 - 33
Xileno 10 - 20 24 - 25
GRAU DE RISCO 4
Riscos Cuidados
Acetileno 5 - 6 - 12 9 - 16 – 33
Ácido acético 10 - 35 23 – 26
Ácido fluorídrico 26 - 27 - 28 - 35 7 - 9 - 26 - 36 - 37
Ácido pícrico 2 - 4 - 23 - 24 - 25 28 - 35 - 37 - 44
Ácido sulfídrico 13 - 26 7 - 9 - 25 - 45
Azida sódica 28 - 32 28
Riscos Cuidados
Códigos de risco - normas "R"
1. Risco de explosão em estado seco
2. Risco de explosão por choque, fricção ou outras fontes de ignição
3. Grave risco de explosão por choque, fricção ou outras fontes de ignição
4. Forma compostos metálicos explosivos
5. Perigo de explosão pela ação do calor
6. Perigo de explosão com ou sem contato com o ar
7. Pode provocar incêndios
8. Perigo de fogo em contato com substâncias combustíveis
9. Perigo de explosão em contato com substâncias combustíveis
10. Inflamável
11. Muito inflamável
12. Extremamente inflamável
13. Gás extremamente inflamável
14. Reage violentamente com a água
15. Reage com água produzindo gases muito inflamáveis
16. Risco de explosão em mistura com substâncias oxidantes
17. Inflama-se espontaneamente ao ar
18. Pode formar misturas vapor-ar explosivas
19. Pode formar peróxidos explosivos
20. Nocivo por inalação
21. Nocivo em contato com a pele
22. Nocivo por ingestão
23. Tóxico por inalação
24. Tóxico em contato com a pele
25. Tóxico por ingestão
26. Muito tóxico por inalação
27. Muito tóxico em contato com a pele
28. Muito tóxico por ingestão
29. Libera gases tóxicos em contato com a água
30. Pode inflamar-se durante o uso
31. Libera gases tóxicos em contato com ácidos
32. Libera gases muito tóxicos em contato com ácidos
33. Perigo de efeitos acumulativos
34. Provoca queimaduras
35. Provoca graves queimaduras
36. Irrita os olhos
37. Irrita o sistema respiratório
38. Irrita a pele
39. Risco de efeitos irreversíveis
40. Probabilidade de efeitos irreversíveis
41. Risco de grave lesão aos olhos
42. Probabilidade de sensibilização por inalação
43. Probabilidade de sensibilização por contato com a pele
44. Risco de explosão por aquecimento em ambiente fechado
45. Pode provocar câncer
46. Pode provocar dano genético hereditário
47. Pode provocar efeitos teratogênicos
48. Risco de sério dano à saúde por exposição prolongada
Códigos de cuidados - normas "S"
1. Manter fechado
2. Manter fora do alcance das crianças
3. Manter em local fresco
4. Guardar fora de locais habitados
5. Manter em ...(líquido inerte especificado pelo fabricante)
6. Manter em ...(gás inerte especificado pelo fabricante)
7. Manter o recipiente bem fechado
8. Manter o recipiente em local seco
9. Manter o recipiente em local ventilado
10. Manter o produto em estado úmido
11. Evitar o contato com o ar
12. Não fechar hermeticamente o recipiente
13. Manter afastado de alimentos
14. Manter afastado de ...(substâncias incompatíveis)
15. Manter afastado do calor
16. Manter afastado de fontes de ignição
17. Manter afastado de materiais combustíveis
18. Manipular o recipiente com cuidado
19. Não comer nem beber durante a manipulação
20. Evitar contato com alimentos
21. Não fumar durante a manipulação
22. Evitar respirar o pó
23. Evitar respirar os vapores
24. Evitar o contato com a pele
25. Evitar o contato com os olhos
26. Em caso de contato com os olhos, lavar com bastante água
27. Tirar imediatamente a roupa contaminada
28. Em caso de contato com a pele, lavar com ...(especificado pelo fabricante)
29. Não descartar resíduos na pia
30. Nunca verter água sobre o produto
31. Manter afastado de materiais explosivos
32. Manter afastado de ácidos e não descartar na pia
33. Evitar a acumulação de cargas eletrostáticas
34. Evitar choque e fricção
35. Tomar cuidados para o descarte
36. Usar roupa de proteção durante a manipulação
37. Usar luvas de proteção apropriadas
38. Usar equipamento de respiração adequado
39. Proteger os olhos e rosto
40. Limpar corretamente os pisos e objetos contaminados
41. Em caso de incêndio ou explosão, não respirar os fumos
42. Usar equipamento de respiração adequado (fumigações)
43. Usar o extintor correto em caso de incêndio
44. Em caso de mal-estar, procurar um médico
45. Em caso de acidente, procurar um médico
46. Em caso de ingestão, procurar imediatamente um médico, levando o rótulo do frasco ou o conteúdo
47. Não ultrapassar a temperatura especificada
48. Manter úmido com o produto especificado pelo fabricante
49. Não passar para outro frasco
50. Não misturar com ...(especificado pelo fabricante)
51. Usar em áreas ventiladas
52. Não recomendável para uso interior em áreas de grande superfície.
2.2. RISCO QUÍMICO:
É o perigo a que determinado indivíduo está exposto ao manipular produtos químicos que
podem causar-lhe danos físicos ou prejudicar-lhe a saúde. Os danos físicos relacionados à exposição
química inclui, desde irritação na pele e olhos, passando por queimaduras leves, indo até aqueles de
maior severidade, causado por incêndio ou explosão. Os danos à saúde pode advir de exposição de
curta e/ou longa duração, relacionadas ao contato de produtos químicos tóxicos com a pele e olhos,
bem como a inalação de seus vapores, resultando em doenças respiratórias crônicas, doenças do
sistema nervoso, doenças nos rins e fígado, e até mesmo alguns tipos de câncer.
Agentes de Risco Químico:
Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostos ou produtos que possam
penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos gases,
neblinas, nevoas ou vapores, ou que seja, pela natureza da atividade, de exposição, possam ter
contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão.
3. MEIO DE PROPAGAÇÃO
3.1. EXPOSIÇÃO AÉREA, DERMAL E DIGESTIVA
VIAS DE ENTRADA
O homem frente a um meio natural está protegido eficazmente por meio da pele que o cobre
totalmente. A pele é considerada como um verdadeiro órgão, e como tal, tem funções especificas,
uma delas é a produzir compostos que anulam a ação de agressivos químicos e microbianos. Nas
aberturas naturais do corpo, a pele troca de aspecto e recebe o nome de mucosa. A propriedade da
pele nas mencionadas aberturas, são caminhos de entrada de agressivos.
Assim pois, existem quatro vias fundamentais de entradas:
• pele
• nariz – sistema respiratório
• boca - sistema digestivo
• parenteral- lesão de pele
A pele perde sua continuidade nos olhos, que também se pode considerar uma via de penetração.
PENETRAÇÃO PELA PELE
A pele se compõe de duas partes: epiderme e derme, a primeira está situada na superfície e a
derme na camada mais profunda.
Na pele se distinguem três classes de órgãos: pêlos, glândulas e corpúsculos sensitivos.
As glândulas podem ser: sebáceas, sudoríparas e mamarias.
As glândulas sebáceas impregnam a pele formando uma película lipídica que proporcionará
flexibilidade e proteção.
As glândulas sudoríparas, segregam suor, em função excretora e refrigerante.
Um tóxico frente a uma pele, pode atuar das seguintes formas:
1° Reação direta: por exemplo produtos cáusticos.
2° Penetração: lesão mecânica, dissolução em alguns dos meios líquidos superficiais, filtração
pelos poros, canais, etc.
Levando em conta a composição química da pele, em torno de 70% de água e a natureza
altamente hidrófila dos produtos cáusticos: ácidos, bases, etc., a ação desses se localiza lesando em
forma de queimaduras e proporcionando a entrada de outros tóxicos.
PENETRAÇÃO POR VIA RESPIRATÓRIA
É a via mais importante da toxicologia industrial, uma vez ser necessário a inalação de ar para
o funcionamento normal do organismo, e o contaminante que o acompanha penetra facilmente ,
possibilitando o contato do tóxico com zonas muito vascularizadas, onde irá se realizar os
intercâmbios sangue-ar, nos alvéolos pulmonares.
PENETRAÇÃO POR VIA DIGESTIVA
A proteção no sistema respiratório proporcionada pelos tecidos ciliados frente a partículas,
fazia que estas se transferissem para o sistema digestivo.
Na digestão, os ácidos biliares contribuem para desagregar a matéria particulada e a solubilidade
dos compostos metálicos, facilitará a absorção posterior do tóxico.
3.2. VOLATILIDADE, PRESSÃO DE VAPOR E ODOR
Em ciências como a química e física, o termo volatilidade se refere a uma grandeza que está
relacionada à facilidade da substância de passar do estado líquido ao estado de vapor ou gasoso.
Essa facilidade depende do referencial; por isso, a volatilidade é sempre relativa: leva em conta
duas substâncias, sendo uma delas a substância, digamos, "referencial".
A volatilidade relativa entre uma substância A e uma substância B é definida da seguinte
forma:
[1]
Onde:
αAB Volatilidade relativa entre A e B
yAe,yBe
Frações molares de A e B,
respectivamente, na fase vapor em
equilíbrio com a fase líquida
xAe,xBe
Frações molares de A e B, respectivamente, na fase líquida em
equilíbrio com a fase vapor
Volatilidade relativa abaixo de um (αAB < 1) indica que B é mais volátil que A; caso contrário,
se a volatilidade relativa é maior que um (αAB > 1), A é mais volátil que B.
Caso a fase líquida seja uma mistura ideal, pode-se admitir a lei de Raoult como válida:
[2]
[3]
Onde:
pA, pB Pressões parciais de A e B, respectivamente
PAsat,PB
sat Pressões de vapor de A e B, respectivamente
xA,xB
Frações molares de A e B, respectivamente,
na fase líquida
Se a fase vapor for um gás ideal, vale a lei de Dalton:
[4]
[5]
Onde:
yA, yB
frações molares de A e B,
respectivamente, na fase vapor
P pressão total do sistema
Substituindo [2] em [4] e [3] em [5], ficamos com:
Substituindo as duas equações anteriores em [1], obtemos:
Ou seja, em casos de equilíbrio líquido-vapor "totalmente ideais", a volatilidade relativa entre
duas substâncias em uma mistura é uma simples relação de pressões de vapor.
Embora a pressão de vapor seja fortemente dependente da temperatura, a razão entre pressões
de vapor é muito menos dependente da temperatura, o que faz da volatilidade relativa um bom
candidato para os cálculos de equilíbrio líquido-vapor em processos de purificação contínua por
destilação
Pressão de vapor é a pressão exercida por um vapor quando este está em equilíbrio dinâmico
com o líquido que lhe deu origem, ou seja, a quantidade de líquido (solução) que evapora é a
mesma que se condensa. A pressão de vapor é uma medida da tendência de evaporação de um
líquido. Quanto maior for a sua pressão de vapor, mais volátil será o líquido, e menor será sua
temperatura de ebulição relativamente a outros líquidos com menor pressão de vapor à mesma
temperatura de referência.
A pressão de vapor é uma propriedade física que depende intimamente do valor da
temperatura. Qualquer que seja a temperatura, a tendência é de o líquido se vaporizar até atingir
equilíbrio termodinâmico com o vapor; em termos cinéticos, esse equilíbrio se manifesta quando a
taxa de líquido vaporizado é igual à taxa de vapor condensado. Uma substância líquida entra em
ebulição quando a pressão do sistema ao qual faz parte atinge a pressão de vapor dessa substância.
Esse ponto recebe o nome de ponto de ebulição ou temperatura de ebulição. O ponto de ebulição
normal é a temperatura de ebulição da substância à pressão de uma atmosfera
Elevação ebulioscópica e depressão crioscópica
Elevação ebulioscópica é uma propriedade coligativa que resulta do abaixamento da pressão
de vapor pela dissolução de um soluto involátil num dado solvente. A elevação ebulioscópica
depende da composição quantitativa da solução e da natureza do solvente, podendo ser expressa
por:
Te = ke m- Te (solução) – Te (solvente puro) = ke nsoluto / msolvente em que a massa do solvente vem
expressa em kg, sendo ke a constante ebulioscópica do solvente.
Analogamente a depressão crioscópica é uma propriedade coligativa e traduz a necessidade de
se provocar um maior arrefecimento para congelar uma solução de um soluto involátil do que para
se congelar o solvente puro:
Tc = kc m Tc (solvente puro) – Tc (solução) = kc nsoluto / msolvente em que a massa do solvente vem
expressa em kg, sendo kc a constante crioscópica do solvente
Olfato
O odor é aquilo que é percebido pelas células olfativas. É odorante toda substância capaz de
provocar a percepção olfativa, ao passo que inodoro é tudo aquilo que não possui esta capacidade.
Tem como sinônimo poético a variante olor. Ao estudo do odor dá-se o nome de osmologia.
Tipos de odores
Os odores podem ser classificados em agradáveis, e estudados pela perfumaria, por exemplo,
e desagradáveis, como os que são controlados por substâncias desodorantes. Afora o critério
subjetivo, os odores podem também constituir grupos consoante os efeitos que provocam, como os
feromônios ou hormônios sexuais, que ativam a libido pela excitação provocada pelo aroma.
Papel biológico do odor
A percepção dos cheiros tem importante papel na evolução das espécies: é através dos odores
que muitos animais captam a presença da fêmea, de inimigos ou das presas, sendo bastante
desenvolvidos nos carnívoros a sua percepção - sendo, por isto, ditos
osmáticos.Algumas espécies como as mariposas, possuem em suas antenas
órgãos perceptores dos aromas, em especial dos feromônios das fêmeas.
Pelo odor, as flores atraem insetos a fim de possibilitar sua fecundação,
bem como percepção similar possuem certos peixes para captar a presença de sangue na água, como
os tubarões.
4. REAÇÕES QUÍMICAS E SUAS CONSEQUÊNCIAS
4.1. MISTURA DE PRODUTOS SIMPLES E COMPOSTO
Uma mistura é constituída por duas ou mais substâncias puras, sejam elas simples ou
compostas. As proporções entre os constituintes de uma mistura podem ser alterados por processos
químicos, como a destilação. Todas as substâncias que compartilham um mesmo SISTEMA,
portanto, constituem uma mistura. Não se pode, entretanto, confundir misturar com dissolver. Água
e óleo, por exemplo, misturam-se mas não se dissolvem. Isso torna o sistema água + óleo uma
mistura, não uma solução.
Existem três tipos fundamentais de misturas: as homogêneas (homo: igual), as heterogêneas
(hetero: diferente) e as coloidais.
Mistura homogênea
A mistura homogênea é aquela cujas substâncias constituintes não podem ser identificadas,
pois possuem as mesmas propriedades em toda a sua extensão. Tais substâncias sofrem dissolução,
ou seja, a sua mistura produz somente uma fase. Isso quer dizer que toda mistura homogênea é uma
solução, ou seja, mistura homogênea é um conjunto de substâncias solúveis entre si. Um exemplo é
a mistura da água com álcool: quando misturadas essas duas substâncias é impossível distinguir
uma da outra. Outro exemplo é a mistura de água e sal de cozinha, seguindo o mesmo padrão da
mistura anterior.
Misturas coloidais é quando só se consegue distinguir os seus componentes a olho nu.
Gases formam misturas homogêneas exceto quando suas densidades são muito diferentes,
como o hexafluoreto de urânio (UF6) com hélio (He)
Misturas heterogêneas
Uma mistura é dita heterogénea quando apresenta duas ou mais fases e os componentes da
mistura são perceptíveis. Observação: a visualização não é, necessariamente, a olho nu. As fases de
uma mistura heterogênea podem ser detectadas no microscópio ou separadas em uma centrífuga.
Como exemplos têm-se o sangue e o leite.
Misturas Azeotrópicas e Eutéticas
Algumas misturas apresentam características iguais às de elementos ou compostos químicos
na hora da ebulição ou de fusão.
Mistura Azeotrópica
Misturas Azeotrópicas são misturas em que o ponto de ebulição não se altera, em temperatura constante, comportando-se como um composto químico ou um elemento. Esse tipo de mistura acontece quando o ponto de ebulição atinge o patamar.É muito comum entre líquidos.
Ex.: O álcool hidratado é uma mistura azeotrópica, isso se deve porque esse álcool está misturado à água em uma proporção onde é impossível separar pela ebulição, já que a temperatura se mantém constante.
PE = 78,5°C; PF = -177°C; P = 0,79g/cm³ são os pontos de fusão (PF) e ebulição (PE) do álcool.
Misturas Eutéticas
Misturas Eutéticas são misturas em que o ponto de fusão dos elementos que a compõem são
muito parecidos. Isso é muito comum em misturas entre metais. Ex.: o bronze é uma mistura de
cobre com o estanho, impossível separar por fusão.
4.2. REAÇÃO QUÍMICA
Uma reação química é uma transformação da matéria na qual ocorrem mudanças qualitativas
na composição química de uma ou mais substâncias reagentes, resultando em um ou mais produtos.
Envolve mudanças relacionadas à mudança nas conectividades entre os átomos ou íons, na
geometria das moléculas das espécies reagentes ou ainda na interconversão entre dois tipos de
isômeros. Resumidamente, pode-se afirmar que uma reacção química é uma transformação da
matéria em que pelo menos uma ligação química é criada ou desfeita.
Características
Um aspecto importante sobre uma reação química é a conservação da massa e o número de
espécies químicas microscópicas (átomos e íons) presentes antes e depois da ocorrência da reação.
Essas leis de conservação se manifestam macroscopicamente sob a forma das leis de Lavoisier, de
Proust e de Dalton. De fato, essas leis, no modelo atômico de Dalton, se justificariam pelas leis de
conservação acima explicitadas e pelo fato de os átomos apresentarem valências bem definidas. Ao
conjunto das características e relações quantitativas dos números de espécies químicas presentes
numa reação dá-se o nome de estequiometria.
Deve-se salientar que uma ligação química ocore devido a interaçoes entre as nuvens
eletrônicas dos átomos, e que então reação química apenas envolve mudanças nas eletrosferas. No
caso de ocorrer mudanças nos núcleos atômicos teremos uma reação nuclear. Ao passo que nas
reações químicas a quantidade e os tipos de átomos sejam os mesmos nos reagentes e produtos, na
reação nuclear, as partículas subatômicas são liberada, o que causa redução de sua massa, sendo
este um fato relacionado à existência de elementos isóbaros, isótonos e isótopos entre si.
Um exemplo de uma reação quimica é que (ambos os regentes em solução aquosa):
NaCl + AgNO3 → NaNO3 + AgCl
Nesta reação química, ao passo que o NaNO3 permanece em solução, formou-se uma ligação
entre a prata (Ag) e o cloro (Cl) o que resultou em um produto sólido de cloreto de prata (AgCl),
pode-se então dizer que houve uma reação química.
Causas das reações químicas
O acontecimento de reações deve-se a fatores termodinâmicos e cinéticos.
Termodinâmica
Quanto à termodinâmica, o acontecimento de uma reação é favorecido com o aumento da
entropia e a diminuição da energia. Essas duas grandezas se cooperam nesse caso de acordo com a
seguinte equação:
ΔG = ΔH - T.ΔS (para sistemas a pressão constante)
ΔA = ΔU - T.ΔS (para sistemas a volume constante)
Onde T é a temperatura em kelvin, ΔH é a variação da entalpia (que é igual a energia
absorvida ou liberada em pressão constante) entre os reagentes e os produtos, ΔU é variação da
energia interna (que é igual a energia absorvida ou liberada a volume constante) entre eles, ΔS é a
variação da entropia entre os mesmos, ΔG é uma grandeza chamada de energia livre de Gibbs e ΔA
é uma grandeza chamada de energia de Helmholtz.
Se ΔA e ΔG forem maiores que zero em dadas condições, a reação é dita como não
espontânea nessas condições, e ela ocorre ou não ocorre em escala apreciável. Na situação de ΔA e
ΔG iguais a zero teremos um equilíbrio químico.
Caso ΔA e ΔG sejam menores que zero em dadas condições, dizemos que a reação é
termodinamicamente favorável nestas condições, ou seja, ela é espontânea. Contudo é importante
notar que uma reação ser espontânea não necessariamente significa que ela ocorra rapidamente.
Cinética
Nesse ponto, entram os fatores cinéticos. Para que uma reação ocorra é necessário que antes,
os reagentes superem uma certa barreira de energia, e quanto maior for essa barreira mais difícil
será a reação ocorrer e mais lenta ela será. Dessa forma, uma reação termodinamicamente favorável
pode ocorrer de forma extremamente lenta ou acabar nem sendo observada em um intervalo de
tempo consideravelmente grande; então se diz que a reação é cineticamente desfavorável. Um bom
exemplo disso é o carvão e o diamante, que são duas formas diferentes de carbono (alótropos); em
condições normais a transformação de diamante a carvão é termodinamicamente favorável porém
cineticamente desfavorável, o que faz com que fossem necessários centenas ou milhares de anos
para se observar alguma mudança em um diamante. É preciso entender que uma reação para ser
cineticamente viável, necessita primeiramente ser termodinamicamente possível
Tipos De Reações Químicas Mais Importantes
Reação de Síntese ou Combinação Direta é a reação onde duas ou mais substâncias se
combinam diretamente para formar um novo composto químico.
Fórmula Geral: A + B ---> AB
Exemplo: Fe + S ---> FeS
i.e., Ferro + Enxofre ---> Sulfeto de Ferro
Reação de Decomposição é a reação onde um composto químico se quebra (decompõe) em
duas ou mais substâncias. Se a decomposição requer uma fonte de calor, a mesma é chamada
decomposição térmica.
Fórmula Geral: AB ---> A + B
Exemplo: ZnCO3 ---> ZnO + CO2
i.e., Carbonato de Zinco (+ Calor) ---> Óxido de Zinco + Dióxido de Carbono
Reação de Simples Troca é a reação onde um elemento substitui outro em um composto
químico para produzir um novo composto e o elemento deslocado.
Fórmula Geral: A + BC ---> AC + B
Exemplo: Fe + CuSO4 ---> FeSO4 + Cu
i.e., Ferro + Sulfato de Cobre ---> Sulfato de Ferro + Cobre
Reação de Dupla Troca é a reação onde dois compostos químicos trocam seus radicais para
formar dois novos compostos.
Fórmula Geral: AB + CD ---> AD + CB
Exemplo: KCl + AgNO3 ---> KNO3 + AgCl
i.e., Cloreto de Potássio + Nitrato de Prata ---> Nitrato de Potássio + Cloreto de Prata
4.3 EQUILIBRIO QUÍMICO
Um equilíbrio químico é a situação em que a proporção entre as quantidades de reagentes e
produtos em uma reação química se mantém constante ao longo do tempo. Foi estudado pela
primeira vez pelo quimico francês Claude Louis Berthollet em seu livro Essai de statique chimique
de 1803.
Ao menos teoricamente, toda a reação química ocorre nos dois sentidos: de reagentes se
transformando em produtos e de produtos se transformando de volta em reagentes. Contudo em
certas reações, como a de combustão, virtualmente 100% dos reagentes são convertidos em
produtos, e não se observa o contrário ocorrer (ou pelo menos não em escala mensurável); tais
reações são chamadas de irreversíveis. Há também uma série de reações nas quais logo que uma
certa quantidade de produto(s) é formada, este(s) torna(m) a dar origem ao(s) reagente(s); essas
reações possuem o nome de reversíveis. O conceito de equilíbrio químico praticamente restringe-se
às reações reversíveis.
Reversibilidade de reações químicas
Um exemplo de reação reversível é a da produção da amônia (NH3), a partir do gás
hidrogênio (H2) e do gás nitrogênio (N2) — que faz parte do Processo de Haber:
N2(g) + 3H2(g) ⇌ 2NH3(g)
Note-se que a seta dupla (⇌) significa que a reação ocorre nos dois sentidos, e que o subscrito
(g) indica que a substância se encontra na fase gasosa.
Nesta reação, quando as moléculas de nitrogênio e as de hidrogênio colidem entre si há uma
certa chance da reação entre elas ocorrer, assim como quando moléculas de amônia colidem entre si
há uma certa chance de elas se dissociarem e de se reorganizarem em H2 e N2.
No início do processo, quando há apenas uma mistura de hidrogênio e nitrogênio, as chances
das moléculas dos reagentes (H2 e N2) colidirem umas com as outras é a máxima de toda a reação, o
que fará com que a taxa (ou velocidade) com que a reação ocorre também o seja. Porém à medida
com que a reação se processa o número de moléculas de hidrogênio e de nitrogênio diminui,
reduzindo dessa forma as chances de elas colidirem entre si e, conseqüêntemente, a velocidade
desse sentido da reação. Por outro lado, com o avançar da reação, o número de moléculas de amônia
vai aumentando, o que faz com que cresçam as chances de elas colidirem e de se voltar a formar
hidrogênio e nitrogênio, elevando assim a velocidade desse sentido da reação. Por fim chegará um
momento em que tanto a velocidade de um dos sentidos quanto a do outro serão idênticas, nesse
ponto nenhuma das velocidades variará mais (se forem mantidas as condições do sistema onde a
reação se processa) e ter-se-á atingido o equilíbrio químico, conforme ilustrado nas figuras abaixo:
Velocidade das reações direta e inversa em
função do tempo
Concentração das substâncias envolvidas em
função do tempo
Um raciocínio similar, em princípio, pode ser aplicado para qualquer equilíbrio.
Deve-se salientar que quando uma reação atinge o equilíbrio ela não pára. Ela continua se
processando, porém tanto a reação direta como a inversa ocorrem à mesma velocidade, e desse jeito
a proporção entre os reagentes e os produtos não varia . Por outras palavras, estamos na presença de
um equilíbrio dinâmico (e não de um equilíbrio estático).
Constante de equilíbrio
"Por exemplo, a constante dessa reação na temperatura de 1000 K é 0,0413 L/mol (é comum
se observar a omissão da unidade da constante, uma vez que sua unidade pode variar de equilíbrio
para equilíbrio)."
Uma vez atingido o equilíbrio a proporção entre os reagentes e os produtos não é
necessariamente de 1:1 (lê-se um para um). Essa proporção é descrita por meio de uma relação
matemática, mostrada a seguir:
Dada a reação genérica:
aA + bB ⇌ yY + zZ ,
onde A, B, Y e Z representam as espécies químicas envolvidas e a, b, y e z os seus respectivos
coeficientes estequiométricos. A fórmula que descreve a proporção no equilíbrio entre as espécies
envolvidas é:
Os colchetes representam o valor da concentração (normalmente em mol/L) da espécie que
está simbolizada dentro dele ([A] = concentração da espécie A, e assim por diante). Kc é uma
grandeza chamada de constante de equilíbrio da reação. Cada reação de equilíbrio possui a sua
constante, a qual sempre possui o mesmo valor para uma mesma temperatura. De um modo geral, a
constante de equilíbrio de uma reação qualquer é calculada dividindo-se a multiplicação das
concentrações dos produtos (cada uma elevada ao seu respectivo coeficiente estequiométrico) pela
multiplicação das concentrações dos reagentes (cada uma elevada ao seu relativo coeficiente
estequiométrico).
Um exemplo disso é a formação do trióxido de enxofre (SO3) a partir do gás oxigênio (O2) e
do dióxido de enxofre (SO2(g)) — uma etapa do processo de fabricação do ácido sulfúrico:
2SO2(g) + O2(g) ⇌ 2SO3(g)
A constante de equilíbrio desta reação é dada por:
É possível determinar experimentalmente o valor da constante de equilíbrio para uma dada
temperatura. Por exemplo, a constante dessa reação na temperatura de 1000 K é 0,0413 mol/L (é
comum observar a omissão da unidade da constante, uma vez que sua unidade pode variar de
equilíbrio para equilíbrio). A partir dela, dada uma certa quantidade conhecida de produtos
adicionados inicialmente em um sistema nessa temperatura, é possível calcular por meio da fórmula
da constante qual será a concentração de todas as substâncias quando o equilíbrio for atingido.
Constante para a soma de reações
Se uma reação química pode ser expressa pela soma de duas ou mais reações (ou etapas individuais),
então a constante de equilíbrio da reação global será a multiplicação das constantes de cada uma das
reações individuais.
2P(g) + 3Cl2(g) ⇌ 2PCl3(g)
PCl3(g) + Cl2(g) ⇌ PCl5(g)
2P(g) + 5Cl2(g) ⇌ 2PCl5(g)
Neste caso, a terceira reação é igual à soma da primeira mais duas vezes a segunda:
+º
2P(g) + 3Cl2(g) ⇌ 2PCl3(g)
PCl3(g) + Cl2(g) ⇌ PCl5(g)
PCl3(g) + Cl2(g) ⇌ PCl5(g)
2P(g) + 5Cl2(g) ⇌ 2PCl5(g)
E a sua constante de equilíbrio pode ser expressa por:
Pode se perceber que caso uma reação apareça duas ou mais vezes na soma, ela aparece esse mesmo
número de vezes na multiplicação.
Relação entre a velocidade da reação e a constante de equilíbrio
Conforme já mencionado, no equilíbrio a velocidade tanto da reação inversa quanto a da
direta são iguais. Por sua vez, a velocidade de uma reação depende de uma outra constante chamada
de constante de velocidade (simbolizada aqui por k); e é possível encontrar uma relação entre as
constantes de velocidade das reações direta e indireta, e a constante de equilíbrio.
Para demonstrar isso, considere-se o seguinte equilíbrio genérico (supondo que as suas reações
ocorram cada qual em uma única etapa):
2A ⇌ X + Y
Agora vejamos as duas reações que ocorrem nele, juntamente com a expressão de suas
respectivas velocidades (r):
2A → X + Y
X + Y → 2A
É importante frisar que o expoente que eleva as concentrações das espécies na fórmula da
velocidade não necessariamente é igual ao respectivo coeficiente estequiométrico da espécie na
reação, contudo o expoente certamente será assim se a reação se processar em uma única etapa
(conforme se está considerando nessa situação).
Uma vez que as velocidades de ambas as reações são idênticas no equilíbrio, pode-se igualá-
las:
Rearranjando a equação, tem-se:
Observemos que a expressão do membro esquerdo é idêntica à fórmula do equilíbrio dessa
reação. Então podemos escrever:
Esta relação é válida para qualquer equilíbrio cujas reações ocorram em uma única etapa, o
que pode ser facilmente constatado por essa mesma dedução para outros equilíbrios.
No caso de as reações se processarem em mais de uma etapa, basta lembrar que a reação
global nada mais é que a soma das reações de cada etapa. Para cada uma das etapas pode-se fazer
essa mesma dedução, e então somar cada reação (o que significa multiplicar as suas constantes).
Dessa forma teremos para uma reação de múltiplas etapas:
Sendo k1, k'1, k2, k'2 e assim por diante as constantes de velocidades de cada etapa.
Equilíbrio heterogêneo
Quando todas as substâncias envolvidas no equilíbrio se encontram no mesmo estado físico
diz-se que temos um equilíbrio homogêneo, que é o caso de todos os equilíbrios apresentados aqui
até então. Analogamente, os equilíbrios onde estão envolvidas mais de uma fase são chamados de
equilíbrios heterogêneos, como o seguinte:
Ni(s) + 4CO(g) ⇌ Ni(CO)4(g)
Note-se que o subscrito (s) significa que a espécie se encontra no estado sólido. Equilíbrios
heterogêneos, como este, freqüentemente apresentam ao menos um sólido puro ou um líquido puro.
Na expressão da constante de equilíbrio temos as concentrações das espécies envolvidas. A
concentração pode ser calculada dividindo-se o número de mols da substância pelo volume que ela
ocupa. O número de mols representa a quantidade de matéria e, por isso, ele é proporcional a massa;
assim o número de mols dividido pelo volume é proporcional à massa dividida pelo volume.
A densidade de algo é justamente calculada dividindo-se a sua massa pelo seu volume
ocupado. No caso de uma substância pura, toda a sua massa corresponde à de uma única substância,
e assim a sua "concentração" do seu número de mols dividido pelo volume é proporcional a sua
densidade (massa dividida pelo volume).
A densidade de uma dada substância em dadas condições é uma propriedade intensiva, ou
seja, é a mesma independentemente do quanto dessa substância houver. Dessa forma pode-se
concluir que a concentração de um sólido ou um líquido puro (que são virtualmente icompressíveis)
é a mesma independentemente de quanto houver deles (já um gás, que pode ser comprimido sem
dificuldade, tem a sua concentração variada facilmente). Por essa razão se simplifica as expressões
das constantes de equilíbrio omitindo-se a concentração de sólidos e líquidos puros.
Com isso, a expressão para a constante do último equilíbrio apresentado fica:
Equilíbrio gasoso
Pela equação dos gases perfeitos tem-se que para cada gás de uma mistura gasosa:
,
onde Px é a pressão parcial de um gás x qualquer (ou seja, a pressão que ele teria caso
estivesse apenas ele no recipiente), V é o volume ocupado pela mistura, nx é o número de mols do
gás, R é a constante dos gases perfeitos, e T a temperatura em kelvin.
Rearranjando a equação, teremos:
O membro esquerdo (nx/V) é a fórmula para o cálculo da concentração molar do gás. A
constante R é sempre a mesma e a temperatura T não varia em um sistema que permanece em
equilíbrio químico, assim o único fator que pode variar na equação em um equilíbrio é a pressão
parcial Px. Dessa forma pode-se dizer que a concentração do gás é proporcional à sua pressão
parcial.
Com base nisso, também é possível escrever a fórmula da constante de equilíbrio usando-se as
pressões parciais dos gases envolvidos, no lugar de suas concentrações. Por exemplo:
H2(g) + I2(g) = 2HI(g)
Observe-se que agora a constante de equilíbrio está representada por Kp, em vez de Kc
(quando o cálculo foi feito usando-se as concentrações dos gases). Essas duas constantes para um
mesmo caso possuem valores diferentes uma da outra, então é importante especificar qual das duas
se está usando quando se está lidando com um equilíbrio.
Adição ou remoção de reagentes (Não serve para sólidos)
Ao se alterar a quantidade de uma substância, também se está mexendo na velocidade em que
a reação se processa (pois se estará mudando as chances de as substâncias reagirem entre si). Dessa
forma, a velocidade das reações direta e inversa deixa de ser igual: se uma substância foi retirada de
uma das reações, essa passará a ser mais lenta; e, analogamente, ela passará a ser mais rápida se
uma substância for adicionada a ela. Assim ocorre que se algo for acrescentado, o equilíbrio tende a
reduzir a quantidade dessa substância e vice-versa.
Tal resposta do equilíbrio pode ser sumarizada pelo assim chamado Princípio de Le Chatelier:
Quando um stress é aplicado a um sistema em equilíbrio dinâmico, o equilíbrio
tende a se ajustar para diminuir o efeito do stress.
À medida que as reações se processam, as suas velocidades vão se aproximando até que se igualem
e assim é atingido novamente o equilíbrio. A constante do equilíbrio será a mesma da de antes de se
adicionar ou remover substâncias.
Compressão
Um equilíbrio gasoso pode ser afetado pela compressão. De acordo com o princípio de Le
Chatelier, com o aumento da pressão o equilíbrio tende a se deslocar no sentido de diminuir essa
pressão, o que significa favorecer a reação que resulte no menor número de moléculas no estado
gasoso. Nesse caso, a o valor da constante de equilíbrio também não é alterado.
Para se observar tal efeito, considere-se esse equilíbrio:
N2O4(g) ⇌ 2NO2(g)
As concentrações podem ser escritas como o seu número de mols dividido pelo volume (nx /
V), então teremos:
Se o valor de V (volume) diminuir, é preciso que o número de mols do N2O4 aumente para que
o valor da constante de equilíbrio permaneça o mesmo. Na reação, esse reagente representava
metade do número de moléculas do produto. O mesmo raciocínio pode ser aplicado em qualquer
equilíbrio gasoso.
Temperatura
É encontrado experimentalmente que a formação de produtos de uma reação exotérmica (isto
é, que liberta energia) é favorecida com a diminuição da temperatura, ao passo que a formação de
produtos em uma reação endotérmica (isto é, que absorve energia) é favorecida com o aumento da
temperatura.
Em um equilíbrio, se uma reação é endotérmica a outra necessariamente é exotérmica, e vice-
versa. Aumentar ou diminuir a temperatura fará com que a velocidade de uma das reações aumente
e a da outra diminua. As velocidades das reações se igualarão novamente depois de um tempo;
porém nesse caso como temos o favorecimento e o desfavorecimento da formação de certas
substâncias, a constante de equilíbrio nessa nova temperatura não será mais a mesma da
temperatura anterior.
Catalisador
A adição de um catalisador direciona a reação para um novo mecanismo, o qual é mais rápido
do que o sem a catálise. Contudo, o catalisador não afeta o valor da constante de equilíbrio, ele
apenas faz com que o equilíbrio seja atingido em um tempo menor, conforme mostrado na figura a
seguir:
Curvas tracejadas: com catalisador
Curvas cheias: sem catalisador
Atenção: O equilíbrio não é deslocado com a presença do catalisador.
Relação entre as constantes Kp e Kc
Existe uma relação matemática entre as constantes de equilíbrio em função da concentração
Kc e em função da pressão parcial Kp, baseada na equação de Clapeyron:
em que: R é a constante universal dos gases, T é a temperatura absoluta e Δn é a diferença
entre a soma dos coeficientes inteiros dos produtos gasosos e a soma dos coeficientes inteiros dos
reagentes gasosos. Por exemplo, no equilíbrio:
aA(g) + bB(g) + cC(s) ⇌ yY(g) + zZ(g)
Δn = (y + z) - (a + b)
Essa expressão matemática apresenta uma limitação, não admitindo a presença de um ou mais
líquidos na reação em questão. Isso não significa que a reação não apresente Kp e Kc, significa
apenas que a expressão é inválida para esse caso.
Aplicações
Dada a constante de equilíbrio, é possível saber em qual direção a reação vai ocorrer
preferencialmente no início quando misturamos certas quantidades de substâncias que estarão em
equilíbrio entre si.
Para isso basta calcular o quociente de reação para o início da mistura. Sua expressão é
exatamente a mesma que a da constante de equilíbrio, o que muda é que nesse caso usamos as
concentrações ou as pressões parciais de um dado instante da reação (não necessariamente no
equilíbrio).
Se o quociente de reação for maior que a constante de equilíbrio, isso significa que a
quantidade de produtos é alta demais e, pelo princípio de Le Chatelier, a reação vai se processar
preferencialmente no sentido de consumir os produtos. Analogamente, se o quociente de reação for
menor que a constante de equilíbrio, a reação vai se processar preferencialmente do sentido de
consumir os reagentes.
Sabendo-se disso, também é possível favorecer a formação de um produto de interesse o
removendo em uma certa taxa ao longo do processo (pois assim o equilíbrio será deslocado a favor
da formação desse produto).
5. ANÁLISES DE RISCOS COM SUBSTÂNCIAS COMPOSTAS (Pela Fispq E Por Reações
Químicas Comuns)
6. PRINCIPAIS EFEITOS TOXICOLOGICOS
6.1. CONCEITO DE TOXICOLOGIA
A toxicidade de uma substância química refere-se à sua capacidade de causar dano em um
órgão determinado, alterar os processos bioquímicos ou alterar um sistema enzimático.
Todas as substâncias, naturais ou sintéticas são potencialmente tóxicas; em outras palavras,
podem produzir efeitos adversos para a saúde em alguma condição de exposição. É incorreto
denominar algumas substâncias químicas como tóxicas e outras como não tóxicas. As substâncias
diferem muito na toxicidade. As condições de exposição e a dose são fatores que determinam os
efeitos tóxicos (Ottoboni, 1991).
Paracelso, no século XVI afirmou: "Todas as substâncias são tóxicas. Não há nenhuma que
não seja tóxica. A dose estabelece a diferença entre um tóxico e um medicamento". Esta afirmação
ainda é muito importante para a toxicologia e envolve a idéia de dose.
Uma informação muito utilizada é aquela denominada Dose Letal 50 - DL50 que é a
quantidade de uma substância química que quando é administrada em uma única dose por via oral,
expressa em massa da substância por massa de animal, produz a morte de 50% dos animais
expostos dentro de um período de observação de 14 dias (Swanson, 1997). Na tabela abaixo temos a
classificação das substâncias baseadas no valor da DL50.
DL50 AGUDA PARA ALGUMAS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS
Substância químicaDL50 rato macho, via oral; mg/kg de peso
corporal
Etanol 7000
Cloreto de sódio 3000
Sulfato de cobre 1500
DDT 100
Nicotina 60
Tetradotoxina 0,01
Dioxina (TCDD) 0,02
Outro valor é a Concentração letal 50-DL50, que é a concentração no ar de uma substância
química que quando é inalada constantemente por 8 horas produz a morte de 50% dos animais
expostos.
Se a dose de uma substância for suficientemente alta poderá ser perigosa para qualquer ser
vivo, assim como também se a dose de uma substância muito tóxica for baixa não produzirá efeito
adverso nenhum. A água (um elemento essencial para a vida) quando é ingerida em grandes
quantidades pode ter um efeito tóxico. A causa é que um volume superior àquele considerado como
ingestão diária ideal para um adulto, entre 2 L e 2,5 L, pode causar a eliminação pela urina de
substâncias que são essenciais para o organismo, como sais, por exemplo.
O período de tempo no qual uma dose é administrada e a freqüência são informações também
muito importantes que influem na resposta a intoxicação.
Outro dado importante é aquele denominado concentração de interesse (em inglês: levels of
concern-LOCs), que é a concentração no ar de uma substância extremamente perigosa acima da
qual poderá produzir efeitos graves à saúde ou a morte como resultado de uma única exposição
durante um período relativamente curto. Algumas publicações (USEPA, 1987) consideram o LOC
como a décima parte da concentração denominada de perigo imediato para a vida ou à saúde (cuja
sigla em inglês é IDLH ou IPVS em português), segundo o publicado pelo National Institute of
Occupational Safety and Health - NIOSH, ou um valor aproximado do IDLH para animais.
Exposição
Para que uma substância química possa produzir um efeito deve estar em contato com o
organismo. As substâncias químicas podem ingressar no organismo por três vias principais:
digestiva, respiratória e cutânea. Depois do ingresso, por qualquer destas vias, as substâncias
químicas podem ser absorvidas e passar para o sangue, serem distribuídas no organismo todo,
chegar a determinados órgãos onde são biotransformados, produzir efeitos tóxicos e posteriormente
ser eliminadas do organismo.
Também uma substância química pode entrar no organismo por outras vias, por exemplo,
injeção venosa ou intramuscular, mas estas vias não são de grande interesse do ponto de vista
toxicológico, especialmente quando se trata de acidentes que envolvem substâncias químicas.
Uma forma muito utilizada para
classificar as substâncias químicas
segundo a toxicidade, está baseada na
duração da exposição.
Geralmente, os toxicologistas procuram
os efeitos da exposição aguda, sub-
crônica e crônica, e também tentam
entender o tipo de efeito adverso para
cada uma destas três exposições.
AGENTE TÓXICO ou TOXICANTE: Entidade química capaz de causar dano a um sistema
biológico, alterando uma função ou levando-o à morte, sob certas condições de exposição. –
VENENO: Agente tóxico que altera ou destrói as funções vitais e, segundo alguns autores, é termo
para designar substâncias provenientes de animais, com função de autodefesa ou predação. –
TOXICIDADE: Capacidade inerente e potencial do agente tóxico de provocar efeitos nocivos em
organismos vivos. O efeito tóxico é geralmente proporcional à concentração do agente tóxico em
nível do sítio de ação (tecido alvo).
AÇÃO TÓXICA: Maneira pela qual um agente tóxico exerce sua atividade sobre as estruturas
teciduais. –
DL 50: (Dose Letal 50%) ou dose letal média de uma substância expressa o grau de
toxicidade aguda de substâncias químicas. Correspondem às doses que provavelmente matam 50%
dos animais de um lote utilizados para experiência. São valores calculados estatisticamente a partir
de dados obtidos experimentalmente. Com base nas DL50 de várias substâncias, são estabelecidas
classes toxicológicas de produtos químicos e farmacológicos, no entanto, para se dizer se uma
substância é tóxica ou inócua para o ser humano, devemos também optar por critérios que avaliem
se uma substância oferece Risco ou Perigo para um determinado sistema biológico, para um
determinado indivíduo ou para a saúde pública. –
INTOXICAÇÃO: É um processo patológico causado por substâncias endógenas ou exógenas,
caracterizado por desequilíbrio fisiológico, conseqüente das
Classificação dos Efeitos Tóxicos
Inicialmente deve-se diferenciar efeito indesejável de efeito adverso e tóxico.
Efeitos indesejáveis:
O espectro de efeitos indesejáveis é amplo. Por exemplo, na terapêutica, cada droga produz
um número de efeitos, mas apenas um está relacionado com o papel terapêutico procurado. Todos
os outros efeitos são indesejáveis, para aquela indicação terapêutica. No entanto, estes efeitos
indesejáveis podem se tornar desejáveis para outra indicação terapêutica da droga. Exemplo: a
secura da boca é um efeito desejado da atropina, quando ela é usada como medicação pré-
anestésica, mas passa a ser indesejável, quando a atropina é usada no tratamento da úlcera péptica.
Efeitos Adversos ou nocivos:
Os efeitos adversos são aqueles que:
Ocorrem com uma exposição intermitente ou continuada e que dão lugar à diminuição da
capacidade funcional (determinada por parâmetros anatômicos, fisiológicos e bioquímicos ou de
comportamento) ou a uma diminuição da capacidade para compensar tensões adicionais;
São reversíveis durante a exposição ou logo cessada esta, quando tais alterações causam
diminuições detectáveis da capacidade do organismo para manter a homeostase; e realçam a
suscetibilidade do organismo aos fatores nocivos de outras influências ambientais. Podem ser
causados por fatores químicos, físicos, biológicos ou mecânicos.
Efeitos Tóxicos:
São os efeitos adversos causados por substâncias químicas e são, na maioria das vezes, dose-
dependentes. Todo o efeito tóxico é indesejável e adverso, mas nem todo efeito adverso é tóxico.
Alterações bioquímicas no organismo. Processo é evidenciado por sinais e sintomas ou
mediante dados laboratoriais.
INTOXICAÇÃO AGUDA: Decorre de um único contato (dose única- potência da droga) ou
múltiplos contatos (efeitos cumulativos) com o agente tóxico, num período de tempo aproximado de
24 horas. Os efeitos surgem de imediato ou no decorrer de alguns dias, no máximo 2 semanas.
Estuda a relação dose/resposta que conduz ao cálculo da DL50.
INTOXICAÇÃO SUB-AGUDA OU SUB-CRÔNICA: Exposições repetidas a substâncias
químicas – caracteriza estudos de dose/resposta após administrações repetidas.
INTOXICAÇÃO CRÔNICA: Resulta efeito tóxico após exposição prolongada a doses
cumulativas do toxicante ou agente tóxico, num período prolongado, geralmente maior de 3 meses a
anos.
FASES DA INTOXICAÇÃO: O processo de INTOXICAÇÃO pode ser desdobrado, para fins
didáticos, em quatro fases: Fase de Exposição: É a fase em que as superfícies externa ou interna do
organismo entram em contato com o toxicante. Importante considerar nesta fase a via de introdução,
a freqüência e a duração da exposição, as propriedades físico-químicas, assim como a dose ou a
concentração do xenobiótico e a susceptibilidade individual. Fase de Toxicocinética: Inclui todos os
processos envolvidos na relação entre a disponibilidade química e a concentração do fármaco nos
diferente tecidos do organismo. Intervêm nesta fase a absorção, a distribuição, o armazenamento, a
biotransformação e a excreção das substâncias químicas. As propriedades físico-químicas dos
toxicantes determinam o grau de acesso aos órgãos-alvos, assim como a velocidade de sua
eliminação do organismo. Fase de Toxicodinâmica: Compreende a interação entre as moléculas do
toxicante e os sítios de ação, específicos ou não, dos órgãos e, conseqüentemente, o aparecimento
de desequilíbrio homeostático. Fase Clínica: É a fase em que há evidências de sinais e sintomas, ou
ainda, alterações patológicas detectáveis mediante provas diagnósticas, caracterizando os efeitos
nocivos provocados pela interação do toxicante com o organismo.
INTERAÇÕES ENTRE SUBSTÂNCIAS: A exposição simultânea a várias substâncias pode
alterar uma série de fatores (absorção, ligação protéica, metabolização e excreção)que influem na
toxicidade de cada uma delas em separado.
Assim, a resposta final a tóxicos combinados pode ser maior ou menor que a soma dos efeitos
de cada um deles, podendo-se ter: Efeito Aditivo (efeito final igual à soma dos efeitos de cada um
dos agentes envolvidos); Efeito Sinérgico(efeito maior que a soma dos efeitos de cada agente em
separado); Potencialização (o efeito de um agente é aumentado quando em combinação com outro
agente); Antagonismo (o efeito de um agente é diminuído, inativado ou eliminado quando se
combina com outro agente).
6.2.EFEITOS TÓXICOS DOS PRINCIPAIS EGENTES QUÍMICOS
Característica tóxica
Parte do corpo afetada
Tempo de aparecimento
Efeitos Exemplos
Irritante ou corrosivo
Qualquer uma, mas geralmente os olhos, os pulmões e a pele
Alguns minutos a vários dias
Inflamação, queimaduras e bolhas na área
exposta. Cura com freqüência depois da exposição aguda. A exposição crônica pode levar a dano
permanente.
Amoníaco, ácido sulfúrico, óxido de
nitrogênio, soda cáustica
Fibrogênico Geralmente pulmões Anos
Perda gradual e acumulativa da
função pulmonar que conduz a
incapacidade e a morte se há
exposição crônica.
Poeira de bauxita, asbesto, bagaços
AlérgicoQualquer uma, mas com freqüência os pulmões e a pele
Dias até anos
Nos pulmões pode conduzir a asma crônica. Na pele pode produzir
dermatite ocupacional.
Tolueno di-isocianato (TDI), endurecedores da
amina para as resinas de epóxi.
Dermatite Pele Dias até anosInflamação e
erupções na pele.
Ácidos fortes, álcalis, detergentes,
tetracloreto de carbono, cimento,
tricloroetileno.
CarcinogênicoQualquer órgão, mas
com freqüência os pulmões e a bexiga
10 a 40 anos
Câncer no órgão ou tecido afetado. Este
pode causar em última instância
morte prematura.
2-Naftilamina, certos alquitranes e óleos, benzidina,
asbesto
Tóxicos proto-plasmáticos
Qualquer órgão, mas com freqüência o
fígado, o cérebro e os rins
Alguns minutos a muitos anos
Morte de células em órgão vitais com perdas funcionais importantes. Pode causar em última instância morte .
Tetracloreto de carbono, monóxido de carbono, fósforo, mercúrio, cádmio,
cianeto de hidrogênio.
Asfixiantes Pulmões Minutos
Os gases substituem o conteúdo em
oxigênio normal do ar
Acetileno, monóxido de carbono, cianetos
7. CUIDADOS NECESSÁRIOS PARA LIBERAR ATIVIDADES COM PRODUTOS
QUÍMICOS
7.1. ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS QUÍMICOS
Deve-se guardar no laboratório somente quantidades mínimas de produtos químicos. Em se
tratando de reagentes líquido, manter 1 ou 2 litros no máximo. Para sais não perigosos 1 Kg e para
sais reativos ou tóxicos limitar-se a algumas gramas. Quantidades maiores devem ser estocadas
apropriadamente no almoxarifado.
Outro ponto importante a ressaltar é a existência de incompatibilidade entre alguns produtos
químicos. Portanto, ao armazenar tais produtos, deve-se ter o cuidado de fazê-lo de forma a evitar,
por exemplo, colocar produtos oxidante próximo a solvente orgânico ou pirofóricos próximo a
inflamáveis.
Ao armazenar substâncias químicas, considerar:
Sistema de ventilação.
Sinalização correta.
Disponibilidade de equipamentos de proteção individual e equipamentos de proteção
coletiva.
Área administrativa separada da área técnica e da armazenagem.
Produtos Químicos Incompatíveis
A lista abaixo contém uma relação de produtos químicos que, devido ás suas propriedades
químicas, podem reagir violentamente entre si resultando numa explosão, ou podendo produzir
gases altamente tóxicos ou inflamáveis. Por este motivo quaisquer atividades que necessitem o
transporte, o armazenamento, a utilização e o descarte devem ser executados de tal maneira que as
substâncias da coluna da esquerda, acidentalmente, não entrem em contato com as correspondentes
substâncias químicas na coluna do lado direito Por causa do grande número de substâncias
perigosas, relacionamos aqui apenas as principais.
Substâncias Incompatível com
AcetilenoCloro, bromo, flúor, cobre, prata,
mercúrio
AcetonaBromo, cloro, ácido nítrico e ácido
sulfúrico.
Ácido Acético
Etileno glicol, compostos contendo hidroxilas, óxido de cromo IV, ácido nítrico, ácido perclórico, peróxidos,
permanganatos e peróxidos, permanganatos e peróxidos, ácido acético, anilina, líquidos e gases
combustíveis.
Ácido cianídrico Álcalis e ácido nítrico
Ácido crômico [Cr(VI)]
Ácido acético glacial, anidrido acético, álcoois, matéria combustível, líquidos,
glicerina, naftaleno, ácido nítrico, éter de petróleo, hidrazina.
Ácido fluorídrico Amônia, (anidra ou aquosa)<>
Ácido Fórmico Metais em pó, agentes oxidantes.
Ácido Nítrico (concentrado)Ácido acético, anilina, ácido crômico,
líquido e gases inflamáveis, gás cianídrico, substâncias nitráveis.
Ácido nítrico
Álcoois e outras substâncias orgânicas oxidáveis, ácido iodídrico, magnésio e outros metais, fósforo e etilfeno, ácido
acético, anilina óxido Cr(IV), ácido cianídrico.
Ácido OxálicoPrata, sais de mercúrio prata, agentes
oxidantes.
Ácido Perclórico
Anidrido acético, álcoois, bismuto e suas ligas, papel, graxas, madeira, óleos ou qualquer matéria orgânica, clorato de
potássio, perclorato de potássio, agentes redutores.
Ácido pícricoamônia aquecida com óxidos ou sais de metais pesados e fricção com agentes
oxidantes
Ácido sulfídricoÁcido nítrico fumegante ou ácidos oxidantes, cloratos, percloratos e
permanganatos de potássio.
Água
Cloreto de acetilo, metais alcalinos terrosos seus hidretos e óxidos, peróxido
de bário, carbonetos, ácido crômico, oxicloreto de fósforo, pentacloreto de fósforo, pentóxido de fósforo, ácido sulfúrico e trióxido de enxofre, etc
Alumínio e suas ligas (principalmente em pó)
Soluções ácidas ou alcalinas, persulfato de amônio e água, cloratos, compostos clorados nitratos, Hg, Cl, hipoclorito de
Ca, I2, Br2 HF.
AmôniaBromo, hipoclorito de cálcio, cloro, ácido fluorídrico, iodo, mercúrio e prata, metais
em pó, ácido fluorídrico.
Amônio NitratoÁcidos, metais em pó, substâncias
orgânicas ou combustíveis finamente divididos
AnilinaÁcido nítrico, peróxido de hidrogênio,
nitrometano e agentes oxidantes.
Bismuto e suas ligas Ácido perclórico
Bromo
acetileno, amônia, butadieno, butano e outros gases de petróleo, hidrogênio,
metais finamente divididos, carbetos de sódio e terebentina
Carbeto de cálcio ou de sódio Umidade (no ar ou água)
Carvão Ativo Hipoclorito de cálcio, oxidantes
CianetosÁcidos e álcalis, agentes oxidante, nitritos
Hg(IV) nitratos.
Cloratos e percloratos
Ácidos, alumínio, sais de amônio, cianetos, ácidos, metais em pó,
enxofre,fósforo, substâncias orgânicas oxidáveis ou combustíveis, açúcar e
sulfetos.
Cloratos ou percloratos de potássioÁcidos ou seus vapores, matéria
combustível, (especialmente solventes orgânicos), fósforo e enxofre
Cloratos de sódioÁcidos, sais de amônio, matéria oxidável, metais em pó, anidrido acético, bismuto,
álcool pentóxido, de fósforo, papel,
madeira.
Cloreto de zinco Ácidos ou matéria orgânica
Cloro
Acetona, acetileno, amônia, benzeno, butadieno, butano e outros gases de petróleo, hidrogênio, metais em pó,
carboneto de sódio e terebentina
Cobre Acetileno, peróxido de hidrogênio
Cromo IV ÓxidoÁcido acético, naftaleno, glicerina,
líquidos combustíveis.
Dióxido de cloroAmônia, sulfeto de hidrogênio, metano e
fosfina.
FlúorMaioria das substâncias (armazenar
separado)
Enxofre Qualquer matéria oxidante
FósforoCloratos e percloratos, nitratos e ácido
nítrico, enxofre
Fósforo branco>Ar (oxigênio) ou qualquer matéria
oxidante.
Fósforo vermelho Matéria oxidante
Hidreto de lítio e alumínioAr, hidrocarbonetos cloráveis, dióxido de
carbono, acetato de etila e água
Hidrocarbonetos (benzeno, butano, gasolina, propano, terebentina, etc.)
Flúor, cloro, bromo, peróxido de sódio, ácido crômico, peróxido da hidrogênio.
Hidrogênio PeróxidoCobre, cromo, ferro, álcoois, acetonas,
substâncias combustíveis
Hidroperóxido de cumeno Ácidos (minerais ou orgânicos)
Hipoclorito de cálcio Amônia ou carvão ativo.
IodoAcetileno, amônia, (anidra ou aquosa) e
hidrogênio
Líquidos inflamáveisNitrato de amônio, peróxido de
hidrogênio, ácido nítrico, peróxido de sódio, halogênios
Lítio Ácidos, umidade no ar e água<>
Magnésio (principal/em pó)Carbonatos, cloratos, óxidos ou oxalatos de metais pesados (nitratos, percloratos,
peróxidos fosfatos e sulfatos).
MercúrioAcetileno, amônia, metais alcalinos,
ácido nítrico com etanol, ácido oxálico
Metais Alcalinos e alcalinos terrosos (Ca, Ce, Li, Mg, K, Na)
Dióxido de carbono, tetracloreto de carbono, halogênios, hidrocarbonetos
clorados e água.
NitratoMatéria combustível, ésteres, fósforo,
acetato de sódio, cloreto estagnoso, água e zinco em pó.
Nitrato de amônio
Ácidos, cloratos, cloretos, chumbo, nitratos metálicos, metais em pó,
compostos orgânicos, metais em pó, compostos orgânicos combustíveis finamente dividido, enxofre e zinco
Nitrito Cianeto de sódio ou potássio
Nitrito de sódioCompostos de amônio, nitratos de amônio
ou outros sais de amônio.
Nitro-parafinas Álcoois inorgânicos
Óxido de mercúrio Enxofre
Oxigênio (líquido ou ar enriquecido com O2)
Gases inflamáveis, líquidos ou sólidos como acetona, acetileno, graxas,
hidrogênio, óleos, fósforo
Pentóxido de fósforo Compostos orgânicos, água
Perclorato de amônio, permanganato ou persulfato
Materiais combustíveis, materiais oxidantes tais como ácidos, cloratos e
nitratos
Permanganato de Potássio
Benzaldeído, glicerina, etilenoglicol, ácido sulfúrico, enxofre, piridina,
dimetilformamida, ácido clorídrico, substâncias oxidáveis
PeróxidosMetais pesados, substâncias oxidáveis,
carvão ativado, amoníaco, aminas, hidrazina, metais alcalinos.
Peróxidos (orgânicos) Ácido (mineral ou orgânico).
Peróxido de BárioCompostos orgânicos combustíveis,
matéria oxidável e água
Peróxido de hidrogênio 3%Cromo, cobre, ferro, com a maioria dos
metais ou seus sais, álcoois, acetona, substância orgânica
Peróxido de sódio
Ácido acético glacial, anidrido acético, álcoois benzaldeído, dissulfeto de
carbono, acetato de etila, etileno glicol, furfural, glicerina, acetato de etila e
outras substâncias oxidáveis, metanol, etanol
Potássio Ar (unidade e/ou oxigênio) ou água
PrataAcetileno, compostos de amônia, ácido
nítrico com etanol, ácido oxálico e tartárico
Zinco em pó Ácidos ou água
Zircônio (principal/em pó)Tetracloreto de carbono e outros carbetos, pralogenados, peróxidos, bicarbonato de
sódio e água
A seguir, são dadas algumas recomendações para a estocagem de produtos químicos:
A) Armazenamento é centralizado – Almoxarifado
Construído com pelo menos uma de suas paredes voltadas para o exterior
Possuir janelas na parede voltada para o exterior, além de porta para o acesso do Corpo de
Bombeiros de houver necessidade.
Deve possuir saída de emergência bem localizada e sinalizada.
Deve possuir um sistema de exaustão, ao nível do teto para retirada de vapores leves e ao
nível do solo para retirada dos vapores mais pesados.
Refrigeração ambiental caso a temperatura ambiente ultrapasse a 38 ºC
Iluminação feita com lâmpadas à prova de explosão
Presença de extintores de incêndio com borrifadores e vasos de areia
Prateleiras espaçadas, com trave no limite frontal para evitar a queda dos frascos.
Os cilindros de gases devem ser armazenados em locais específicos:
Área coberta, sem paredes e bem ventilado.
Rede elétrica com inspeção periódica
Os cilindros devem ser armazenados em posição vertical e amarrados com corrente
Observar a compatibilidade
B)Armazenamento de substâncias químicas no laboratório
O armazenamento no laboratório só é permitido em pequenas quantidades, portanto deve ser:
Somente para quantidades limitadas
Os armários devem ser confeccionados em materiais não combustíveis, comportas em vidro
para possibilitar a visão de seu conteúdo
Refrigeração ambiental caso a temperatura ambiente ultrapasse a 38 ºC
O laboratório deve possuir um sistema de identificação das substâncias armazenadas, como
por exemplo um sistema de fichas contendo informações a respeito da natureza das
substâncias, volume, incompatibilidade química, dentre outras
Medidas de Segurança:
Preparar documento informativo sobre o uso, manipulação e disposição dos produtos
químicos perigosos, e divulgá-lo para todas as pessoas que trabalham no laboratório.
Metais reativos (sódio, potássio) são estocados com segurança, em pedaços pequenos,
imersos em hidrocarbonetos (hexano, benzeno, etc) secos.
Adquirir, sempre, a quantidade mínima necessária às atividades do laboratório. Produtos
químicos faltando rótulo ou com a embalagem violada não devem ser aceitos.
Utilizar no laboratório somente produtos químicos compatíveis com o sistema de ventilação
e exaustão existente.
Selar as tampas dos recipientes de produtos voláteis em uso com filme inerte, para evitar
odores ou a deterioração do mesmo, se estes forem sensíveis ao ar e/ou umidade.
Não armazenar produtos químicos em prateleiras elevadas; garrafas grandes devem ser
colocadas no máximo a 60 cm do piso.
Não armazenar produtos químicos dentro da capela, nem no chão do laboratório.
Se for utilizado armário fechado para armazenagem, que este tenha aberturas laterais ou na
parte superior, para ventilação, evitando-se acúmulo de vapores.
Observar a compatibilidade entre os produtos químicos durante a armazenagem; e reservar
locais separados para armazenar produtos com propriedades químicas distintas (corrosivo,
solvente, oxidante, pirofosfóricos, reativo). Não colocar, por exemplo, ácidos próximos a
bases; hidróxido de amônio deve ser colocado em armário ventilado, preferencialmente
separado de outros produtos.
As áreas (prateleiras) ou os armários de armazenagem devem ser rotulados de acordo com a
classe do produto que contém.
Manter na bancada a quantidade mínima necessária de produtos químicos. No caso de
mistura de produtos, lembrar que a mesma possui o nível de risco do componente mais
perigoso.
Considerar de risco elevado os produtos químicos desconhecidos.