APR – NÃO FAÇA POR FAZER

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  APR – NÃO FA ÇA POR F AZER O surto de crescimento do Brasil – especialmente pelo grande aumento do número de obras fe com !ue de uma "ora para outra surgisse uma grande !uantidade de #agas na $rea de %eguran&a do 'rabal"o e infelimente isso ocorreu muito mais por e(ig)ncia contratual das grandes organia&*es do !ue pela consci)ncia das organia&*es !ue e(ecutam as ati#idades de constru&+o, %em a consci)ncia – muitas destas organia&*es contratam profissionais totalmente ine(perientes !ue muitas das #ees nem mesmo tem no&+o dos riscos da ati#idade !ue est+o assumindo, 'al procedimento por parte destas organia&*es pode parecer em um primeiro momento uma forma de reduir custos mas com certea muitas delas logo #er+o !ue isso pode custar muito caro -$ !ue o crit.rio de escol"a diante do risco da ati#idade . algo !ue pode e de#er ser le#ado em conta nas poss/#eis a&*es na -usti &a diante dos casos de acidentes do trabal"o, Em meio a tudo isso surge 0 necessidade de um grande contingente de profissionais de %%' !ue come&am a ter !ue no seu dia a dia tentar cumprir as e(ig)ncias b$sicas de programas e documentos !ue este tipo de ati#idade e(ige1 Alguns deles – os mais conscientes come&am a procurar a-uda e a partir disso entender o por!u) e como se fa certas coisas, 2nfelimente a grande maioria se limita apenas a pobre arte da c 3pia  – at. por!ue pouco ou nada entende ndo de nossa $rea – ac"am !ue o simples fato de emitir papeis . algum tipo de pre#en&+o e mais do !ue isso  – !ue e(ime de culpa, 4amenta#elment e muitos destes ir+o ter problemas – ali$s alguns -$ est+o tend o, E tudo come&a no P56A', 6uita gente parecer crer !ue um bom P56A' e algo assim parecido com um bom trabal"o de escola – muitas cita&*es  – muitas figuras 7 sem notar !ue a!uele documento tem "a#er com a #i da e saúde de pessoas, Na #erdade um bom P56A' e a !uele !ue tem "a#er com a realidade da!uela obra a !ual ele se refere e !ue acima de !ual!uer outra coisa contem O% R2%5O%8 A% 5ON%E9:EN52A% E A% 6E;2;A% ;E 5ON'RO4E para cada ati#idade !ue ali #ai ser realiada, %em isso8 o P56A' pode ser grande8 bonito8 bem encadernado – mas n+o ser#e para muita coisa, O maior problema no entanto est$ um pouco mais adiante – est$ nas An$lise Preliminares de Riscos – APR – !ue costumo dier aos meus amigos . algo assim como o <receitu$rio= do profissional do %E%6' e como tal – pode produir bons resultados se for bem feito ou grandes problemas se for feito por faer, 2ndependente do modelo8 do formato ou do tipo de papel !ue se usa8 a grande finalidade de uma APR . primeiro ser a guia para uma analise completa dos poss/#eis riscos !ue esta ou a!uela ati#idade ter+o, Este e(erc/cio de analise possibilitar$ ent+o !ue mediante cada perigo identificado se-a definida uma ou mais a&*es !ue o manten"am sob controle e !ue assim permitam a realia&+o da ati#idade sem !ue isso impli!ue em risco para a #ida das pessoas, Em um segundo momento8 a mesma APR ser$ ent+o algo como um procedimento de trabal"o para a!uela ati#idade !ue ser#ir$ como orienta&+o para !ue as ati#idades ocorram dentro de padr*es pelo menos m/nimos de seguran&a, E ainda8 em um terceiro momento – !ue ningu.m dese-a mas !ue infelimente ocorre – ser$ o documento de referencia para em um caso de acidente entender com facilidade e rapide em !ual das fases – ou !ual fal"a – le#ou a ocorr)ncia do acidente, Embora possa parecer simples elaborar uma APR ade!uada – !ual!uer pessoa com um pouco mais de con"ecimento em nossa $rea sabe !ue isso . uma in#erdade8 at. por!ue uma boa APR come&a pela capacidade de recon"ecimento de perigos e s3 se ser$ ade!uada se !uem esti#er elaborando souber definir meios de seguran&a ade!uados e eficaes e compat/#eis com a legisla&+o em #igor, >ale lembrar mais uma #e !ue um  APR mal elaborada pode matar pessoas, ;iante disso . preciso !ue nossos colegas de trabal"o entenda m por e(emplo !ue a!uilo !ue esti#er escrito em uma APR de#e retratar a real possib ilidade de e(ecu&+o e !ue !ual!uer coisa contr$ria isso pode causar grandes problemas, Assim8 n+o basta escre#er por e(emplo !ue . obriga&+o do trabal"ador prender o cinto !uando na #erdade no local nem mesmo foi instalado um cabo para esta finalidade, Assim8 n+o tem !ual!uer utilidade !ue na APR e(iste a obriga&+o de isolar determinada $rea !uando nem mesmo "$ disponibilidade de meios para tanto na!uela obra, 9uando fatos assim ocorrem fica claro !ue n+o "ou#e plane-amento de seguran&a e sim a mera emiss+o de um papel para se li#rar de alguma obriga&+o, 2sso n+o . correto do ponto de #ista t.cnico8 .tico e muito menos -ur/dico, APR . coisa s.ria – por!ue a #ida "umana . coisa s.ria, Atra#.s dela o trabal"ador de#e ser clara e amplamente orientado das a&*es !ue de#e adotar em cada fase do trabal"o para !ue n+o ocorram acidentes, Atra#.s dela tamb.m os respons$#eis pelas e!uipes de#em con"ecer suas obriga&*es para !ue a!uela ati#idade ocorra com seguran&a, 'emo8 !ue !ual!uer dia destes #e-amos algum de nossos colegas respondendo pela arte de copiar sem crit.rios? 2sso n+o . bom para !ual!uer pessoas8 menos ainda para nossa $rea, @$ passou da "ora de faermos por faer e isso s3 mudar$ !uando a!ueles !ue contratam ti#erem a consci)ncia de !ue seguran&a . coisa s.ria e a!ueles !ue atuam em nossa $rea tornarem os #el"os discursos em realidade, 5osmo Palasio de 6oraes @r 4eia mais em? http://www.webartigos.com/artigos/analise-preliminar-de-riscos/12926/#ixzz3fU!"9c

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Cosmo Palasio de Moraes Jr

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APR NO FAA POR FAZERO surto de crescimento do Brasil especialmente pelo grande aumento do nmero de obras fez com que de uma hora para outra surgisse uma grande quantidade de vagas na rea de Segurana do Trabalho e infelizmente isso ocorreu muito mais por exigncia contratual das grandes organizaes do que pela conscincia das organizaes que executam as atividades de construo. Sem a conscincia muitas destas organizaes contratam profissionais totalmente inexperientes que muitas das vezes nem mesmo tem noo dos riscos da atividade que esto assumindo. Tal procedimento por parte destas organizaes pode parecer em um primeiro momento uma forma de reduzir custos mas com certeza muitas delas logo vero que isso pode custar muito caro j que o critrio de escolha diante do risco da atividade algo que pode e dever ser levado em conta nas possveis aes na justia diante dos casos de acidentes do trabalho.Em meio a tudo isso surge necessidade de um grande contingente de profissionais de SST que comeam a ter que no seu dia a dia tentar cumprir as exigncias bsicas de programas e documentos que este tipo de atividade exige; Alguns deles os mais conscientes comeam a procurar ajuda e a partir disso entender o porqu e como se faz certas coisas. Infelizmente a grande maioria se limita apenas a pobre arte da cpia at porque pouco ou nada entendendo de nossa rea acham que o simples fato de emitir papeis algum tipo de preveno e mais do que isso que exime de culpa. Lamentavelmente muitos destes iro ter problemas alis alguns j esto tendo.E tudo comea no PCMAT. Muita gente parecer crer que um bom PCMAT e algo assim parecido com um bom trabalho de escola muitas citaes muitas figuras - sem notar que aquele documento tem haver com a vida e sade de pessoas. Na verdade um bom PCMAT e aquele que tem haver com a realidade daquela obra a qual ele se refere e que acima de qualquer outra coisa contem OS RISCOS, AS CONSEQUENCIAS E AS MEDIDAS DE CONTROLE para cada atividade que ali vai ser realizada. Sem isso, o PCMAT pode ser grande, bonito, bem encadernado mas no serve para muita coisa.O maior problema no entanto est um pouco mais adiante est nas Anlise Preliminares de Riscos APR que costumo dizer aos meus amigos algo assim como o receiturio do profissional do SESMT e como tal pode produzir bons resultados se for bem feito ou grandes problemas se for feito por fazer. Independente do modelo, do formato ou do tipo de papel que se usa, a grande finalidade de uma APR primeiro ser a guia para uma analise completa dos possveis riscos que esta ou aquela atividade tero. Este exerccio de analise possibilitar ento que mediante cada perigo identificado seja definida uma ou mais aes que o mantenham sob controle e que assim permitam a realizao da atividade sem que isso implique em risco para a vida das pessoas. Em um segundo momento, a mesma APR ser ento algo como um procedimento de trabalho para aquela atividade que servir como orientao para que as atividades ocorram dentro de padres pelo menos mnimos de segurana. E ainda, em um terceiro momento que ningum deseja mas que infelizmente ocorre ser o documento de referencia para em um caso de acidente entender com facilidade e rapidez em qual das fases ou qual falha levou a ocorrncia do acidente.Embora possa parecer simples elaborar uma APR adequada qualquer pessoa com um pouco mais de conhecimento em nossa rea sabe que isso uma inverdade, at porque uma boa APR comea pela capacidade de reconhecimento de perigos e s se ser adequada se quem estiver elaborando souber definir meios de segurana adequados e eficazes e compatveis com a legislao em vigor. Vale lembrar mais uma vez que um APR mal elaborada pode matar pessoas.Diante disso preciso que nossos colegas de trabalho entendam por exemplo que aquilo que estiver escrito em uma APR deve retratar a real possibilidade de execuo e que qualquer coisa contrria isso pode causar grandes problemas. Assim, no basta escrever por exemplo que obrigao do trabalhador prender o cinto quando na verdade no local nem mesmo foi instalado um cabo para esta finalidade. Assim, no tem qualquer utilidade que na APR existe a obrigao de isolar determinada rea quando nem mesmo h disponibilidade de meios para tanto naquela obra. Quando fatos assim ocorrem fica claro que no houve planejamento de segurana e sim a mera emisso de um papel para se livrar de alguma obrigao. Isso no correto do ponto de vista tcnico, tico e muito menos jurdico. APR coisa sria porque a vida humana coisa sria. Atravs dela o trabalhador deve ser clara e amplamente orientado das aes que deve adotar em cada fase do trabalho para que no ocorram acidentes. Atravs dela tambm os responsveis pelas equipes devem conhecer suas obrigaes para que aquela atividade ocorra com segurana.Temo, que qualquer dia destes vejamos algum de nossos colegas respondendo pela arte de copiar sem critrios: Isso no bom para qualquer pessoas, menos ainda para nossa rea. J passou da hora de fazermos por fazer e isso s mudar quando aqueles que contratam tiverem a conscincia de que segurana coisa sria e aqueles que atuam em nossa rea tornarem os velhos discursos em realidade.Cosmo Palasio de Moraes Jr

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