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Família na escola

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APRESENTAOFamlia, famlia,Papai, mame, titia,Famlia, famlia,Almoa junto todo dia,Nunca perde essa mania.Mas quando a filha quer fugir de casaPrecisa descolar um ganha-poFilha de famlia se no casa,Papai, mame, no do nenhum tosto.Famlia Famlia .Famlia.Janta junto todo dia,Nunca perde essa mania.Mas quando o nen fica doenteProcura uma farmcia de plantoO choro do nen estridenteAssim no d pra ver televiso.Famlia ,Famlia ,FamliaCachorro, gato, galinha.Famlia, famlia,Vive junto todo dia,Nunca perde essa mania.A me morre de medo de barataO pai vive com medo de ladro.Jogaram inseticida pela casaBotaram um cadeado no porto.Famlia ,Famlia ,Famlia.Msica Famlia (WEA, 1986 Disco Cabea Dinossauro compositores Tony Bellotto e Arnaldo Antunes; Intrprete Grupo Tits).A letra da msica Famlia apresenta caractersticas da instituio social mais prxima da maioria de ns. Na letra da cano, observam-se cenas cotidianas de convivncia, de papis que expressam elementos de conjugalidade e parentesco de uma configurao familiar definida, a da famlia nuclear convencionalmente composta por papai, mame, filha e filho e por alguns familiares prximos: tios, tias, av e av.Esta rede de relaes, mediada por afetos e um tipo de moralidade, que h alguns sculos se configurou como a famlia ideal, criticada pela msica. As funes femininas e masculinas tambm passam pelo crivo da anlise. A filha deve casar-se para constituir outra famlia. A me tem medo de barata; o pai, de ladro. Nesses enunciados, notam-se elementos de constituio tpica de gnero masculino e feminino formados ou construdos no decorrer dos ltimos sculos. Mais especificamente, est clara a dicotomia entre o pblico e o privado. A mulher e o homem recebem indicativos sociais de como devem conduzir-se e se constituir como sujeitos de identidade de gnero. Cabe mulher ser afetiva, receptiva, submissa, maternal, cuidar do lar etc.; ao homem, ser agressivo, autoritrio, austero, provedor, dominar o mundo pblico, entre outros tantos predicados.Os elementos constitutivos do cenrio familiar, narrado pela letra da cano, so o alvo da anlise deste projeto da Oficina articuladora: a Famlia na Escola: como trabalha-la na sala de aula? Nele buscamos suscitar, o fomento da discusso acerca das representaes de famlia construdas histrica, social e culturalmente. Tendo como foco de trabalho os impactos que essas representaes de famlia produzem nos alunos na realidade cotidiana da sala de aula.

JUSTIFICATIVAFalar de famlia atualmente muito complexo, pois no h mais nos dias de hoje, um nico modelo de famlia existente. A famlia patriarcal e /ou nuclear, onde o pai era mantenedor da casa e a me era quem cuidava dos filhos e zelava pela harmonia do lar j no mais a realidade hegemnica. O que se v, cada vez mais, a profuso de novos arranjos familiares.As crianas de antigamente tambm parecem diferir das crianas de hoje. Antes as crianas tinham outra educao; tinham uma educao mais rigorosa, na qual o respeito pelos pais, pelos mais velhos, era o que prevalecia; as crianas eram educadas para obedecer, seja aos pais, seja aos professores, em fim, eram disciplinadas. J as crianas de hoje, no so mais educadas como antes, seja pela correria dos pais por causa da jornada de trabalho, seja pela grande interferncia dos novos meios de comunicao social que lhe incutem valores com muito mais rapidez que a escola e/ou a famlia, como por exemplo: a mdia, os diversos recursos tecnolgicos, a Internet, etc.Philippe ries em, A criana e a vida familiar no Antigo Regime, demonstrou que a ideia de infncia uma construo social e histrica do Ocidente. Ela no existiu desde sempre. O que hoje entendemos por infncia foi sendo elaborado ao longo do tempo na Europa, simultaneamente com mudanas na composio familiar, nas noes de maternidade e paternidade, e no cotidiano e na vida das crianas, inclusive por sua institucionalizao pela educao escolar.A emergncia e consolidao do conceito de infncia; as transformaes recentes dos arranjos familiares; e a responsabilidade, cada vez maior, que a escola passou a ter no papel de formao social, vem acarretando uma grande crise de excessos de responsabilidades e cobranas. Professores, coordenadores e professores no cessam de reclamar da ausncia da famlia no acompanhamento do processo de aprendizagem de seus filhos. Por outro lado, famlias no cessam tambm de reclamar sobre a baixa qualidade da formao oferecida a seus filhos.Neste beco aparentemente sem sada, como pode a escola repensar seu discurso sobre si mesma e sua relao com a famlia? O que falar dessa famlia no cotidiano escolar?Acreditamos que professores no seu cotidiano escolar, no resolvero a crise que perpassa todo o sistema formativo social (seja da famlia, seja da escola), mas podem contribuir atravs da investigao de novas experincias pedaggicas, como esta Oficina Articuladora, para suscitar reflexes, que fomentem nas futuras geraes que continuamente perpassam seus corredores, um comportamento mais crtico e consciente sobre as instituies que diretamente atuam na sua formao social: a famlia e a prpria escola.OBJETIVO GERALSensibilizar nas crianas o entendimento de que a organizao familiar uma construo cultural, histrica e em permanente transformao. Alm de estimular a reflexo sobre a necessidade do respeito s diferenas de gnero (papis de masculino e feminino) na sociedade atual.OBJETIVOS ESPECFICOS1. Conhecer as representaes trazidas pelas crianas do conceito de famlia.2. Descontruir o conceito de organizao familiar patriarcal e/ou burguesa como modelos ideias de organizao familiar.3. Instigar na criana o respeito pluralidade de organizaes familiares e no de mera tolerncia.4. Problematizar as representaes de feminino e masculino desiguais que so incutidas nas crianas.5. Criar situaes de vivncia para o exerccio de respeito s diferenas de gnero.METODOLOGIAA prtica de atividade-meio baseia-se na Metodologia de Projetos, segundo a qual os Professores-alunos responsveis por esse momento devero desenvolver atividades de ensino e aprendizagem focadas no ldico. Com esse mtodo, pretende-se garantir o respeito s caractersticas de cada contexto educativo e s diferenas individuais das crianas nesse horrio to peculiar no qual o Cuidar e o Educar se complementam.A oficina deve ser dinmica, prazerosa e envolvente, com atividades que contemplem dos mais tmidos aos mais falantes. As estratgias podem atender aos seguintes passos:1. Apresentao do grupo e do tema.2. Sensibilizao.1. Provocao: a problematizao como ponto de partida4. Atividades do grupo Produo.v Reflexo em lugar da memorizao pura e simples.v nfase ao trabalho em grupos.5. Apresentao das atividades6. Comentrios7. Sntese / AvaliaoAVALIAOMomento crucial para os professores-alunos perceberem se a Oficina atendeu ou no aos objetivos planejados. Alm de essencial para saber como os alunos vivenciaram a experincia da Oficina. Deve constar dos seguintes passos:v Ficha avaliativa com os participantes da Oficina.v Avaliao dos professores-alunos do acompanhamento dos professores-pesquisadores.v Avaliao dos professores-pesquisadores do desenvolvimento da Oficina.v Construo pelos professores-pesquisadores de um relatrio final sobre a Oficina.REFERNCIAS BIBLIOGRFICASARIS, Philippe. Histria social da criana e da famlia. 2 ed. Rio de Janeiro: LTC, 1981.GLIS, J. Individualizao da criana. In ARIS, P; DUBY, G. A histria da vida privada. 3. Reimpresso. So Paulo: Cia das Letras, 1993.PERARO, Maria Adenir; BORGES, Fernando Tadeu de Miranda (orgs.). Mulheres e famlias no Brasil. Cuiab, MT: Carlini & Caniatto, 2005.DEL PRIORE, Mary (org.). Histria das crianas no Brasil. So Paulo: Contexto, 1999.________________________. A famlia no Brasil colonial. 4. Impresso. So Paulo: Moderna, 2005.DORNELLES, Leni Vieira. Infncias que nos escapam. Da criana na rua criana cyber. Petrpolis, RJ: Vozes, 2005.GALANO, Mnica Hayde. Famlia e histria: a histria da famlia. In CERVENY, Ceneide Maria de Oliveira (org.). Famlia e... So Paulo: Casa do Psiclogo, 2006.GONDRA, Jos Gonalves (org.). Histria, infncia e escolarizao. Rio de Janeiro: 7Letras, 2002.KULMANN Jr., Moiss; FERNANDES, Rogrio. Sobre a histria da infncia. In FARIA FILHO, Luciano Mendes (org.). A infncia e sua educao. Materiais, prtica e representaes (Portugal e Brasil). Belo Horizonte: Autntica, 2004.LOURO, Guacira Lopes. Pedagogias da sexualidade. In _____. Currculo, gnero e sexualidade. Porto, PT: Porto Editora, 2000.PEREIRA, Rita Marisa Ribes. Tudo ao mesmo tempo agora: consideraes sobre a infncia no presente. In FARIA FILHO, Luciano Mendes de (org.). A infncia e sua educao. Materiais, prtica e representaes (Portugal e Brasil). Belo Horizonte: Autntica, 2004.

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