Apresentação mineralogia
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leonardo-de-miranda -
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- 1. MINERALOGIA - CONCEITOS BSICOS Museu de Minerais e Rochas Heinz Ebert Departamento de Petrologia e Metalogenia Instituto de Geocincias e Cincias Exatas
2. MINERAIS Trata-se de todo elemento ou composto qumico que possui uma composio qumica definida e formado naturalmente por processos geolgicos sem nenhuma influncia orgnica. DEFINIES CRISTAL Todo mineral que possui uma forma geomtrica definida pode ser caracterizado como cristal. A forma geomtrica adquirida est totalmente relacionada com a organizao atmica dos elementos que formam o mineral. 3. DEFINIES Quanto ao termocristalizado,refere-seao arranjo interno tridimensional para os minerais. Os tomos constituintes de um mineral encontram-se distribudos ordenadamente, formando uma rede tridimensional, denominada deretculo cristalino. A unidade que se repete denominada decela unitria , que serve de base para a construo doretculo cristalino . Madureira et al.(2000) 4. DEFINIES Na natureza, os cristais perfeitos so raros, mais comumente so encontrados na forma de massas irregulares. Neste ltimo caso a cristalinidade do mineral pode ser reconhecida atravs de suas propriedades pticas. Para estudarmos a cristalografia dos minerais, fazemos uso da simetria cristalogrfica, atravs do uso de elementos abstratos (planos, eixos e centro) e suas respectivas operaes de simetria (reflexo, rotao e inverso). 5. DEFINIES denominado eixo de simetria uma reta imaginria que passa pelo centro geomtrico do cristal e ao redor da qual, num giro total de 360, uma feio geomtrica do cristal se repete certo nmero de vezes. Madureira et al.(2000) 6. DEFINIES O conjunto de possveis elementos de simetria encontrados em um cristal chamado de grau ou classe de simetria . Na natureza existem 32 graus de simetria, agrupados de acordo com a similaridade de seus elementos de simetria em sete sistemas cristalinos, sendo: 7. DEFINIES Madureira et al.(2000) 8. ORIGEM Os minerais podem ser classificados de acordo com sua origem, sendo: Minerais magmticosso aqueles que resultam da cristalizao do magma e constituem as rochas gneas ou magmticas.Diamante 9. ORIGEM Minerais metamrficosoriginam-se principalmentepela ao da temperatura, presso litosttica e presso das fases volteis sobre rochas magmticas, sedimentares e tambm sobre outras rochas metamrficas. Granada 10. ORIGEM Minerais sublimadosso aqueles formados diretamente da cristalizao de um vapor, como tambm da interao entre vapores e destes com as rochas dos condutos por onde passam. Enxofre 11. Minerais pneumatolticosso formados pela reao dos constituintes volteis oriundosda cristalizao magmtica, desgaseificao do interior terrestre ou de reaes metamrficas sobre as rochas adjacentes. ORIGEM Turmalina 12. ORIGEM Minerais formados a partir de soluesoriginam-se pela deposio devido a evaporao, variaes de temperatura, presso, porosidade, pH e/ou eH. Evaporao do solvente : neste processo a precipitao ocorre quando aconcentrao ultrapassar o coeficiente de solubilidade pelo processo de evaporao, fato que ocorre principalmente em regies quentes e secas, formando sulfatos (anidrita, gipsita etc.), halogenetos (halita, silvita etc.) etc. Gipsita 13. ORIGEM Perda de gs agindo como solvente : processo que ocorre quando uma soluo contendo gases entra em contados com rochas provocando reao, a exemplo do que ocorre quando soluo aquosa contendo dixido de carbono entra em contato com rochas calcrias, caso em que o carbonato de clcio parcialmente dissolvido formando o bicarbonato de clcio (CaH 2 (CO 3 ) 2 ), composto solvel na soluo. Caverna calcria 14. ORIGEM Diminuio da temperatura e/ou presso : as solues de origem profunda resultantes de transformaes metamrficas (desidratao, descarbonatao, etc.) ou de cristalizaes magmticas normalmente contm significativas quantidade de material dissolvido. Quando essas solues esfriam ou a presso diminui, formam-se minerais hidrotermais, depositados na forma de veios ou files.Quartzo 15. ORIGEM Interao de solues : O encontro de solues aquosas com solutos diferentes, ao interagirem, pode formar composto insolvel ou com coeficiente de solubilidade bem mais baixo, que se precipita. Como exemplo pode ser citado o encontro de uma soluo com sulfato de clcio (CaSO 4 ) com outra contendo carbonato de brio (BaCO 3 ), resultando na formao de um precipitado de barita (BaSO 4 ). Barita 16. ORIGEM Interao de gases com solues : A passagem de gs por uma soluo contendo ons pode gerar precipitados, a exemplo do que ocorre com a passagem de H 2 S (gs sulfdrico) por uma soluo contendo ctions de Fe, Cu, Zn etc.,formando sulfetos de ferro como pirita (FeS 2 ), calcopirita (CuFeS 2 ), esfalerita (ZnS), etc.. Pirita 17. ORIGEM Ao de organismos sobre solues : Esse processo resulta da ao dos organismos vivos, animais ou vegetais, sobre as solues. Dessa forma um grande nmero de seres marinhos (corais, crinides, moluscos etc.) extraem o carbonato de clcio das guas salgadas para formar suas conchas e partes duras de seus corpos, resultando na formao de calcita (CaCO 3 ) e, em menor quantidade, aragonita (CaCO 3 ) e dolomita [MgCa(CO 3 ) 2 ].Calcita 18. CLASSIFICAOQUMICA Elementos Nativos Ouro (Au)Sulfetos Galena (PbS) 19. CLASSIFICAOQUMICA xidos Hematita (Fe 2 O 3 ) Halides Fluorita (CaF 2 ) 20. CLASSIFICAOQUMICA Nitratos Salitre (KNO 3 ) Boratos Brax Na 2 B 4 O 5 (OH) 4 .8(H 2 O) 21. CLASSIFICAOQUMICA Carbonatos Malaquita (CuCO 3 ) Sulfatos Barita (BaSO 4 ) 22. CLASSIFICAOQUMICA Volframatos e Molibdatos Scheelita(CaWO 4 ) Fosfatos Apatita (Ca 5 (PO 4 ) 3 (F,OH,Cl)) 23. CLASSIFICAOQUMICA Silicatos Quartzo (SiO2) Feldspato Microclnio(KAlSi 3 O 8 ) 24. IDENTIFICAO Para a identificao dos minerais atravs de suas propriedades fsicas e morfolgicas, que so decorrentes de suas composies qumicas e de suas estruturas cristalinas, utilizamos caractersticas como: hbito, transparncia, brilho, cor, trao, dureza, fratura, clivagem, densidade relativa, geminao e propriedades eltricas e magnticas. 25. IDENTIFICAO Hbito Forma geomtrica externa, habitual, exibida pelos cristais dos minerais, que reflete a sua estrutura cristalina. Limonita hbito cbico Quartzo hbito prismtico 26. IDENTIFICAO Transparncia So os minerais que no absorvem ou absorvem pouco a luz. Os que absorvem a luz so considerados translcidos e dificultam que as imagens sejam reconhecidas atravs deles. Diamante transparente 27. IDENTIFICAO Brilho Trata-se da quantidade de luz refletida pela superfcie de um mineral. Os minerais que refletem mais de 75% da luz exibem brilho metlico. Galena com brilho metlico Topzio com brilho vtreo 28. IDENTIFICAO Cor A cor exibida por um mineral o resultado da absoro seletiva da luz. O fato de o mineral absorver mais um determinado comprimento de onda do que os outros faz com que os comprimentos de onda restantes se componham numa cor diferente da luz branca que chegou ao mineral.Os principais fatores que colaboram para a absoro seletiva so a presena de elementos qumicos de transio como Fe, Cu, Ni, V e Cr. 29. IDENTIFICAO Vanadinita Pb 5 (VO 4 ) 3 Cl Azurita Cu 3 (CO 3 ) 2 (OH) 2 Granada - Fe 3 Al 2 (Si 3 O 12 ) 30. IDENTIFICAO Trao Trata-se da cor do p do mineral, sendo obtida riscando o mineral contra uma placa ou uma fragmento de porcelana de cor branca. Hematita Trao vermelho Magnetita Trao amarelo 31. IDENTIFICAO Dureza a resistncia que o mineral apresenta ao ser riscado. Para a classificao utiliza-se a escala deMohs , que utiliza como parmetros a dureza de minerais comuns, variando de 1 at 10. Madureira et al.(2000) 32. IDENTIFICAO Fratura Refere-se a superfcie irregular e curva resultante da quebra do mineral. Obviamente controlada pela estrutura atmica interna do mineral, podendo ser irregulares ou conchoidais. Quartzo com fratura conchoidal 33. IDENTIFICAO Clivagem So muito freqentes, trata-se de superfcies de quebra que constituem planos de notvel regularidade. Os tipos mais comuns so: Rombodrica - Calcita 34. Octadrica - Fluorita Cbica - Galena IDENTIFICAO 35. IDENTIFICAO Densidade relativa o nmero que indica quantas vezes certo volume de mineral mais pesado que o mesmo volume de gua a4 C. Na maioria dos minerais, a densidade relativa varia entre 2,5 e 3,3. Alguns minerais que contm elementos de alto peso atmico (Ba, Sn, Pb, Sr, etc. ) apresentam uma densidade superior a 4. Cassiteria(SnO 2 ) densidade relativa: 6,8 7,1 36. IDENTIFICAO Geminao a propriedade de certos cristais de se desenvolverem de maneira regular. A geminao pode ser classificada como simples (dois cristais intercrescidos) ou mltipla (polissinttica). Estaurolita geminao simples em cruz. Labradorita geminao polissinttica. 37. Propriedades eltricas Muitos minerais so bons condutores de eletricidade, como o caso dos elementos nativos (Cu, Au, Ag, etc.) e outros, so classificados como semicondutores (sulfetos). Alguns minerais so classificados como magnticos, como o caso da magnetita e a pirrotita, pois geram um campo magntico em sua volta com intensidade varivel. IDENTIFICAO Magnetita (Fe 3 O 4 ) 38. DANA - HURLBURT JR, C.S. - 1969 - Manual de Mineralogia, Vol. I e II - Ao livro Tcnico USP, Rio de Janeiro (Trad. Rui Ribeiro Franco). ERNST, W.G. - 1971 - Minerais e Rochas - Ed. Blucher S.A., So Paulo FORD, W.E. - Danas Textbook of Mineralogy - Ed. Hohn Willey and Song, New York KLOCKMANN, F. e RANDAKR, P. 1961. Tratado de Mineralogia, Ed. Gustavo Gili S.A., Barcelona LEINZ, V. e SOUZA CAMPOS, J.E. de - 1968 - Guia para Determinao de Minerais Companhia Editora Nacional, So Paulo. MADUREIRA F, J.B.; ATENCIO, D.; McREATH, I. Minerais e Rochas: Constituintes da Terra slida. In: TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M.C.M. de; FAIRCHILD, T.R.; TAIOLI, F. (Coordenadores), Decifrando a Terra. So Paulo: Editora Oficina, 2000, p. 27 37. PHILIPS, F.C. - 1978 - Introduccion a la Cristalografia. Ed. Paraninfo S.A. Madrid