Argumentar

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O que é Argumentar? Argumentar é apresentar argumentos, razões no sentido de suportar uma determinada tese subjacente a um determinado discurso. A argumentação tem um carácter dialéctico (diferente da demonstração lógica)pois implica uma resposta da parte do receptor, um confronto de pontos de vista.

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O que é Argumentar?

• Argumentar é apresentar argumentos, razões no sentido de suportar uma determinada tese subjacente a um determinado discurso.

• A argumentação tem um carácter dialéctico (diferente da demonstração lógica)pois implica uma resposta da parte do receptor, um confronto de pontos de vista.

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Definição de Perelman

• “A argumentação cobre todo o campo do discurso visando convencer e persuadir, qualquer que seja o auditório ao qual ele se dirige e qualquer que seja a matéria sobre a qual ele recai”.

Império Retórico

• A argumentação, ao querer provocar ou aumentar a adesão de um auditório às teses que se apresentam ao seu assentimento, nunca se pode desenvolver no vazio, isto é, depende sempre de um auditório (pressupõe o contacto entre o orador e o seu auditório).

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Distinção entre Argumentação e Demonstração

• A demonstração é toda a argumentação que tende a estabelecer a verdade de uma proposição.

• A linguagem é inequívoca, correctamente utilizada, de acordo com regras.

• Não há preocupação com o auditório.

• O conteúdo das premissas não está sujeito a discussão.A demonstração é, essencialmente, cálculo resultante do encadeamento de proposições.

• Assim, pode ser válida ou inválida consoante cumpre ou não as regras da inferência.

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O Auditório e o orador

• Definição:”é o conjunto de todos aqueles que o orador quer influenciar pela sua argumentação”.

Perelman

• O auditório não é necessariamente constituído por aqueles que o orador interpela expressamente.

• As teses apresentadas num discurso argumentativo tanto visam obter a adesão dos auditórios numa base puramente intelectual, provocando uma disposição para admitir a verdade dessa tese, como também pretendem obter uma acção imediata ou eventual ( ex: as campanhas anti-tabágicas).

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• O orador dirige-se ao homem na sua totalidade (enquanto ser sensitivo e racional); no entanto, a sua argumentação poderá provocar diferentes efeitos e resultados como consequência dos métodos utilizados e da sua adequação ao contexto específico da comunicação (especialmente ao auditório).

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• O auditório muda com a evolução do discurso ( a sua atitude, o grau de adesão) desde que este seja eficaz.Neste sentido, destaque-se a força dos argumentos ou a ordem da sua apresentação.

• O discurso deve ser adaptado às circunstâncias e ao próprio auditório no sentido de atingir o seu objectivo - a persuasão.

• Aquilo que persuade um auditório poderá não convencer um outro. Mas o discurso convincente não depende do número de ouvintes mas sim das intenções do orador. adesão)desde que este seja eficaz.

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• Neste sentido, destaque-se a força dos argumentos ou a ordem da sua apresentação.

• O discurso deve ser adaptado às circunstâncias e ao próprio auditório no sentido de atingir o seu objectivo - a persuasão.

• Aquilo que persuade um auditório poderá não convencer um outro. Mas o discurso convincente não depende do número de ouvintes mas sim das intenções do orador.

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