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Arquitetura no papel transformador sociocultural e ambiental
Dezembro/2018
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 9, Edição nº 16 Vol. 01 Dezembro/2018
Arquitetura no papel transformador sociocultural e ambiental
Marcelle Christine Chaves Teixeira – [email protected]
MBA em Construção Sustentável
Instituto de Pós-Graduação - IPOG
Salvador, BA, 21 de abril de 2018
Resumo
Esse artigo consiste em dissertar através de uma revisão bibliográfica sobre como a arquitetura
tem um papel muito importante no comportamento urbano e pode através de um projeto
arquitetônico urbanístico aliado a um planejamento estratégico multidisciplinar transformar e
revitalizar o meio urbano atuando como um grande transformador socioambiental levando mais
qualidade de vida a todos. Através de artigos científicos e revistas cientificas foi possível obter
tais informações e exemplificações como a das cidades de Medellín na Colômbia, Seul na
Coréia do Sul e Madrid na Espanha, sendo citadas como cidades que passaram por
transformações urbanísticas mediante planejamento e projeto visando tornar suas cidades mais
sustentáveis e consequente melhoria da qualidade de vida através de mudanças urbanas na
revitalização de áreas insalubres, mal utilizadas e/ou socialmente conflituosas, essas cidades
conseguiram acrescentar mais áreas verdes, áreas de convivência social, cultural e mobilidade
física aliada a acessibilidade com mais eficiência. Toda essa transformação acarretou uma
desaceleração no ritmo danoso ao meio ambiente em que viviam e fazendo destes exemplos
mundiais de Eco Urbanismo.
Palavras-chave: Planejamento. Sustentabilidade. Transformação. Revitalização. Mobilidade.
Eco Urbanismo. Socioambiental.
1.Introdução
A grande preocupação que aflige todo o mundo atual é a questão ambiental diante das ações
danosas que o homem vem imprimindo sobre o planeta. O processo de urbanização é
característica da civilização contemporânea (ARAÚJO, MARIA LUIZA MALUCELLI, 2006)
e a crescente concentração populacional nas áreas urbanas juntamente com as alterações nas
infraestruturas, como as construções irregulares e as ocupações nas margens dos rios e encostas,
vem produzindo espaços de privilégio e exclusão, de especulação e de inovação, traz como
consequências a destruição da vegetação natural, pressão sobre os recursos hídricos e problemas
de saneamento ambiental.
Esses dilemas socioambientais urbanos afligem principalmente os países em desenvolvimento
ficando então o desafio para os projetistas urbanos de descobrir como evitar e/ou resolver os
conflitos e contradições entre preservação, degradação e transformação do espaço para que não
seja necessário destruir para crescer (DE ANDRADE, Liza Maria Souza; ROMERO, Marta
Adriana Bustos, 2004; ARAÚJO, Maria Luiza Malucelli, 2006).
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” Aquilo que se constrói cria possibilidades e limites para o modo de se viver, ao
mesmo tempo educa aqueles que moram na cidade sobre os valores e as preocupações
reais”. (DE ANDRADE, Liza Maria Souza; ROMERO, Marta Adriana Bustos, 2004)
Deve-se levar em conta as necessidades das pessoas em um cenário em que há constantes
expansões e mudanças e que a sustentabilidade extrapola os limites político-administrativos das
cidades se evidenciando nas aglomerações urbanas metropolitanas, onde estão presentes e em
constante modificação extensas manchas urbanas articuladas através de complexas interações
e fluxos (ARAÚJO, 2006).
“Para se atingir os ideais de sustentabilidade urbana, devem ser conjugados os
interesses sociais e ambientais, baseados em políticas integradas, além de se
considerar que, face à multiplicidade dos agentes envolvidos, não poderão ser
deixadas de lado questões sociais, como saúde, emprego e moradia. A questão que se
coloca é se é possível falar em termos de cidades sustentáveis, ou se a sustentabilidade
extrapola os limites das cidades, cujas relações sociais e espaciais já ultrapassaram a
escala municipal.” (ARAÚJO, Maria Luiza Malucelli, 2006)
2. Cidade Sustentável, Planejamento Urbano e Projeto Urbano Integrado
A partir do conceito básico sobre o que é Sustentabilidade criado por Lester Brown (1980)
onde: “uma Sociedade sustentável é aquela capaz de satisfazer suas necessidades sem
comprometer as chances de sobrevivência das gerações futuras”, fica evidenciado o que deve-
se fazer para se estabelecer esse ideal assim como construir cidades mais sustentáveis baseia-
se em Planejamento estratégico multidisciplinar e o desenho urbano propriamente dito.
Segundo Ruano, Miguel (2000) O Eco Urbanismo ou Urbanismo Sustentável, possui múltiplas
e complexas variáveis articulando-se ao desenho urbano mantendo uma visão integrada
rompendo com a visão clássica, formal e estilística do urbanismo tradicional. Este paradigma
estabelece uma relação entre o planejamento estratégico e o desenho urbano.
A vida sustentável está diretamente ligada ao bem-estar individual e coletivo, em equilíbrio
dinâmico com o meio ambiente. No que tange a sustentabilidade ecológica, ambiental e
demográfica, base física do processo de desenvolvimento, é a capacidade de a natureza suportar
a ação humana e aos limites de crescimento populacional; E no que tange a sustentabilidade
cultural, social e política, refere-se à a qualidade de vida das pessoas na manutenção da
diversidade e das identidades, no processo de construção da cidadania e da participação das
pessoas no processo de desenvolvimento ( ARAÚJO, Maria Luiza Malucelli, 2006).
Diante dessas premissas, na elaboração de um projeto arquitetônico urbanístico, o Arquiteto
Urbanista tem que pensar em questões que transcendem os limites da arquitetura e isso inclui
os problemas físicos e sociais que uma obra pode evidenciar tornando um desafio complexo
que requer um esforço multidisciplinar. A paisagem urbana preservada ou revitalizada é parte
da qualidade de vida nas cidades, o objetivo como arquitetos nessa tarefa de transformação é
desenvolver projetos capazes de gerar inclusão social e o problema não está apenas em
implantar edifícios em zonas deterioradas, mas em como fazer isso para que os edifícios sejam
capazes de ativar novas formas de uso, de apropriação e de orgulho por parte das comunidades.
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Com o passar dos anos a crescente concentração populacional nas áreas urbanas e seu consumo
predatório nas cidades, aumenta a demanda habitacional e exerce pressão sobre a infraestruturas
urbanas básica e o impacto dessas atividades humanas sobre o meio ambiente resulta dentre
outras coisas, o lançamento de resíduos de forma irresponsável , a diminuição de áreas verdes
nos grandes centros, o adensando urbano/populacional, formação de ilhas urbanas de calor,
falta ou ineficiência de saneamento e poluição sonora e do ar devido a estrutura e cultura das
cidades estarem cada vez mais voltada para carro. Tudo isso se evidencia em custo social e de
Saúde pública, motivando doenças intrinsecamente relacionadas ao estilo de vida urbano.
“A cidade deve ser vista como uma totalidade, não podendo ser tratada nem
compreendida de modo fragmentado, posto que a totalidade se apresenta como um
fenômeno integrado. Esse é o entendimento de Alva, o qual enfatiza que a cidade deve
ser entendida de forma holística, a partir da perspectiva do meio ambiente, numa
concepção de desenvolvimento sustentável, como forma de alterar a degradação
ambiental que atinge a maioria das cidades do planeta.” (ARAÚJO, Maria Luiza
Malucelli, 2006)
Quanto a mobilidade, a esfera de benefícios do transporte ativo incorpora inclusive o nível
ambiental e promove a redução da poluição de ar e na emissão de gases bem como menor
trânsito e ruídos. Aumentar os pedestres na cidade é democratizar o processo de ir e vir além
de estimulara cultura cidadã e a civilidade. Segundo Jorge Amaro, é preciso Acessibilizar o
ambiental e Ambientalizar o acessível (2014) configurando-se que esse planejamento urbano
deve estar ligado às regulações urbanísticas, metas ambientais e princípios da acessibilidade
universal da cidade.
Essa intrínseca relação entre acessibilidade e sustentabilidade é ainda mais nítida quando nos
conscientizamos de que a deficiência, permanente ou temporária, é inerente à vida humana,
provocada, por exemplo, pela violência urbana, mas, também, pelo envelhecimento natural,
que, gradativamente, limita nossas capacidades sensoriais e motoras. Sendo assim intervenções
urbanísticas aliada a acessibilidade física resulta em um planejamento urbano sustentável
(AMARO, 2014).
Constatou-se que melhorias no desenho urbano e usabilidade do espaço, promovem a interação
entre pessoas o conviver e observar a cidade adicionando bem-estar à vida das pessoas, e
intervenções nessa área podem e devem ser pensadas como ferramentas para melhoria da saúde
pública. Pessoas que têm mais contato com áreas verdes no seu dia a dia, por exemplo, reportam
aumento de bem-estar, diminuição no estresse e menor risco de obesidade e doenças cardíacas
quanto à mobilidade, cidadãos que conseguem encaixar o transporte ativo (bicicleta,
caminhada) em sua rotina apresentam não somente melhoria da qualidade de vida, mas também
reduzido risco de doenças crônicas como hipertensão, obesidade e diabetes.
3. Exemplos de cidades que tiveram transformações urbanas
3.1 Cheonggyecheon, Seul – Coréia do Sul
Seul, capital da Coréia do Sul, durante quase 20 anos o governo foi encobrindo o córrego
Cheonggyecheon existente e construiu um elevado sobre ele com 16m de largura e 5.6km de
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comprimento se tornando um exemplo de modernidade e com o passar dos anos tornou-se no
local mais barulhento e sujo de Seul. Em 2005 com a finalidade de tornar a cidade moderna e
mais ecologicamente correta, iniciou-se um projeto de revitalização urbana, econômica da
cidade tendo com ponto focal a restauração do córrego recuperando seu valor histórico e
cultural.
O projeto consiste na construção de um parque urbano linear de 5.8km de extensão, 400
hectares em área verde distribuídas ao longo e 80 metros de largura em torno do córrego onde
um conjunto de ações interligadas foram realizadas a iniciar pela demolição da autoestrada
elevada, que criava uma barreira entre a parte sul e norte da cidade e para fazer a integração
entre as duas partes, construiu 12 pontes para pedestres e 10 pontes para carro e pedestre;
Implementou transporte público e ações socioeducativas de desencorajamento do uso de carro
no centro da cidade. A diminuição dos níveis de ruído e da temperatura do entorno, transformou
o lugar em um importe ponto turístico e área de lazer.
“No trabalho de revitalização, mais de 75% do material da demolição da antiga via
foi reutilizado para a construção do parque e reabilitação do córrego. Hoje, peixes,
pássaros e insetos voltaram a povoar o local. E a área em torno do parque é em média
3.6 graus Celsius mais baixa do que em outras partes da cidade. ” (BONETTO,
Bárbara. 2014)
“Além disso, Seul também ampliou a malha de transporte público e fez mudanças no
fluxo dos veículos que circulavam pelo centro da cidade. Como resultado, houve
aumento do número de usuários optando por novos sistemas de transporte e na
mudança de hábitos de viagem.” (BONETTO, Bárbara. 2014)
Figura 1 – Foto com as três fases do Projeto: Antes durante e depois em construção
Fonte: DISARO, Alexandre, 2015.
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Figura 2 – Foto com as três fases do Projeto: Antes durante e depois em construção
Fonte: DISARO, Alexandre, 2015
Figura 3 – Vista do córrego. Fonte: LOBO, Renato. 2015
Figura 4 – Vista do córrego. Fonte: LOBO, Renato. 2015
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3.2 Medellín, Colômbia
Medellín, capital da Colômbia, por muitos anos foi uma cidade tomada pelo narcotráfico, sendo
considerada a cidade mais perigosa do mundo com altos índices de homicídios e pobreza. Até
os anos 90 Medellín vivia em um verdadeiro cenário de crise social e política chegando a
contabilizar aproximadamente 6.700 homicídios por ano. Em 1999, um grupo de cerca de 50
pessoas se organiza e forma um movimento cívico independente, o Compromisso Cidadão, e é
aí começou o processo de transformação onde através de um Projeto Urbano Integral (PUI)
somados a outros instrumentos como o Plano de Ordenamento Territorial (POT) e o Plano
Diretor de Zonas Verdes, a transformou socialmente, culturalmente e urbanisticamente se
tornando um exemplo de inovação urbana sendo reconhecida internacionalmente.
“O resultado é uma cidade-modelo de transformação social, na qual a arquitetura
desempenhou um papel primordial: não atua sozinha, é parte de um projeto político
empreendido pelos últimos prefeitos, que busca diminuir as desigualdades sociais com
o lema "Medellín mais educada". A educação é o pilar da transformação social. O
projeto pretende devolver a dignidade às pessoas afetadas pela penosa guerra do
narcotráfico de 1980 e 1990. Medellín decidiu iniciar o caminho para ser uma cidade
mais igualitária, social e culturalmente inclusiva, que respeite suas tradições, mas que
se constrói olhando para o mundo - e a arquitetura resume e reflete essa nova atitude.”
(MAZZANTI, Giancarlo. 2012)
Figura 5 – Vista geral do córrego. Fonte: ROWE, Peter. 2013
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Foram propostos e executados planos de melhorias urbanas com várias escalas de abrangência.
A ideia foi realizar uma transformação física do espaço e incorporar, simultaneamente,
componentes culturais e sociais permitindo com o avanço da recuperação de bacias, zonas de
risco ambiental, criação de espaços públicos, habitação de interesse social e políticas mais
eficientes de gestão do solo.
A primeira mudança que ocorreu na cidade foi na Mobilidade Urbana, levando em consideração
que a região é montanhosa, se fez necessário um sistema que se integrasse com a cidade
garantindo a entrada nos bairros e diminuição do tempo de deslocamento e integração
operacional e de preços dos meios de transporte públicos. Incluí ao sistema o ônibus BRT, trens
elevados, micro-ônibus para as áreas mais remotas e ainda teleféricos/metrocable, bicicletas
públicas, revitalização de calçadas, um sistema integrado de ciclovias e escadas rolantes para
fazer as conexões entre as comunidades mais pobres aos locais de empregos formais e o restante
da cidade. O respeito a vida e a diversidade se mostra na presença marcante elementos que
promovem a acessibilidade (para o P.C.D) através de elevadores, rampas, elementos táteis e
sonoros nos ambientes de uso públicos. Quanto ao Meio Ambiente, além de muita arborização
pela cidade, mudanças tecnológicas no sistema transporte público e privado e de melhorias na
qualidade de combustível, alcançou-se menores taxas de poluição de ar.
“O que aconteceu na capital da Colômbia foi a recuperação e implantação de espaços
públicos de qualidade, uma verdadeira lição de como esses espaços, relacionados com
um transporte público de qualidade e uma gestão política comprometida podem fazer
a diferença nas cidades. E o papel dos arquitetos e urbanistas foi fundamental nesse
processo.” (ARQUITETESUASIDEIAS. 2016)
Figura 6 – O metrocable surge como novo meio de transporte que leva até à Biblioteca Parque
Espanha, no alto da montanha. Fonte: MAZZANTI, Giancarlo. 2012
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Entre as políticas urbanas que buscam garantir a educação está o plano dos parques-biblioteca,
uma proposta de edifício institucional de espaço urbano onde através da arquitetura desses
elementos foi possível proporcionar nesses espaços púbicos a possibilidade da convivência,
compartilhar serviços, encontros, o diálogo e o intercâmbio.
O projeto se organiza em três volumes que se relacionam por uma praça onde está o nível de
acesso. Cada volume contém uma parte do programa: o auditório, a biblioteca, a zona de aulas
e os espaços culturais. Dessa forma, garante-se que, sem que importe qual evento esteja
acontecendo, os outros espaços possam continuar sendo utilizados. Logo, a praça gera um lugar
de encontro, para atividades culturais e um agradável mirante para a cidade.
Figura 8 – Bicicletas Públicas
Fonte: WANDERLAN, 2015
Figura 7 – Escada Rolante
Fonte: WANDERLAN, Carlos. 2015
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Essa proposta possibilita que o espaço esteja constantemente ativo e em uso pela comunidade.
A exemplo a Biblioteca e Parque Espanha, localizada no alto de uma colina. O local, que antes
abrigava uma penitenciária, funciona como um centro comunitário e oferece atividades
profissionalizantes para a comunidade, além de contar com auditório, galeria de arte, área de
lazer para crianças, laboratórios de informática e uma grande área externa que serve também
como mirante.
“Para fazer uma cidade é indispensável formar seus cidadãos. Medellín aposta nisso
permanentemente e os resultados tornam-se visíveis em todo lugar e em todo
momento. De igual forma, urbanismo e arquitetura com sentido de cidadania,
marcando as competências e atributos disciplinares a serviço do desenvolvimento
social, resultam evidentes na cidade em processo de transformação. Lição de
democracia, de inclusão, de participação, de transparência, de equidade, de
organização e de fortaleza de espírito, que permite renascer da desintegração para se
transformar em exemplo de admiração mundial.” (WANDERLAN, Carlos. 2015)
3.3 Madrid, Espanha
Madrid uma das maiores cidades europeias que assim como outras grandes metrópoles enfrenta
problemas comuns como o trânsito e a falta de qualidade de área verde disponível aos
moradores. Diante disso nasce o Projeto Madrid Río, que em 2005 a cidade decidiu investir em
pessoas e não só em carros e uma a forma de fazer isso foi proporcionar outras formas de ocupar
e transitar na área as margens do rio Manzanares fazendo a substituição da avenida na marginal
do rio por um grande parque linear. Área antes dominada por intenso tráfego de carros e
caminhões com estrutura para mais de mil vagas de estacionamento subterrâneo, fora toda
A Esquerda Figura 7 –Biblioteca Parque Espanha, no alto da montanha
Fonte: MAZZANTI, Giancarlo. 2012
A Direita Figura 8 – Vista da Biblioteca Espanha, no alto de Santo Domingo.
Fonte: WANDERLAN, Carlos. 2015
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transformada em uma área de convivência, lazer e de resgate da biodiversidade local e da
qualidade de vida dos moradores da região. Cercada por árvores e pelo próprio rio, permitiu
que as pessoas passeassem ou se deslocassem entre os bairros com segurança. possuindo ainda
dezenas de estações de metrô e trem, que o conectando-se aos bairros mais periféricos e o
trânsito dos veículos foi desviado por túneis subterrâneos. Com 42 quilômetros de extensão, o
espaço concentra diversas opções de lazer como 30km de ciclovia, pista de caminhada, área de
lazer para todas as idades 253 mil metros quadrados de áreas livres que podem ser usadas para
práticas esportivas diversas e eventos culturais, 33 mil novas árvores e 429 hectares de zonas
verdes e como no local existiam diversas construções históricas, como a Puente de Segovia - a
ponte mais antiga da cidade a Ermita Virgen del Puerto e a Puente del Rey, o projeto considerou
sua recuperação para manter a história da cidade em meio ao parque.
“GINÉS GARRIDO Elas não existiam. As margens do rio estavam ocupadas pelas
avenidas e ninguém as percebia. Digamos que, visualmente, o rio existia porque era
possível vê-lo de dentro do carro, mas era um espaço obscuro no sentido de que não
existia enquanto espaço. Uma pessoa não podia chegar perto das margens do rio
porque, logicamente, havia as avenidas dos dois lados mas também as redes de metrô,
trem, as instalações urbanas, canalizações, redes de alta tensão. Todo o fluxo e
movimento de energia, de dados, de pessoas e de carros estava situado nas margens
do rio, e portanto as pessoas não o percebiam. Tampouco existia um sentimento
negativo com ele, é que realmente era impossível chegar no rio com uma avenida de
quatro, cinco pistas de cada lado.” ( IANDOLI, Rafael. 2017)
Figura 9 – vista aérea do rio Manzanares antes do projeto a esquerda e depois a direita. Fonte:
<http://saopaulosao.com.br/exemplos/2695-conheca-o-parque-linear-do-rio-manzanares-em-madrid-
que-substituiu-uma-avenida.html# > 2017
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Figura 10 – Vista aérea do rio Manzanares Fonte: http://saopaulosao.com.br/exemplos/2695-conheca-
o-parque-linear-do-rio-manzanares-em-madrid-que-substituiu-uma-avenida.html# 2017
Figura 11 – Vista aérea de lazer Fonte: http://saopaulosao.com.br/exemplos/2695-conheca-o-parque-
linear-do-rio-manzanares-em-madrid-que-substituiu-uma-avenida.html# 2017
Figura 12 – Vista da fonte luminosa. Fonte: http://saopaulosao.com.br/exemplos/2695-conheca-o-
parque-linear-do-rio-manzanares-em-madrid-que-substituiu-uma-avenida.html# 2017
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Conclusão
As cidades principalmente as metrópoles, passam por situações parecidas pelo mundo onde a
exploração física para expansão territorial devido principalmente ao adensamento populacional
nos centros urbanos, aliado a larga escala do uso de carros e meios de locomoção poluentes em
geral e a manipulação predatórias do meio ambiente natural, vem transformando o nosso modo
de vida elevando os problemas de saúde pública. Com o alerta dos índices ambientais cada dia
piores vem trazendo e elevando a necessidade de transformações físicas e socioambientais das
cidades e a busca por alternativas que possa equilibrar e resolver o problema da degradação em
contradição ao desenvolvimento buscando reformular áreas mal estruturadas em bolsões de
espaços públicos de convivência e contemplação socioculturais. Constatou-se que melhorias no
desenho urbano proporcionando usabilidade dos espaços públicos, promovem a interação entre
pessoas o conviver e observar a cidade levando bem-estar à vida das pessoas onde intervenções
nessa área podem e devem ser pensadas como ferramentas fundamentais para melhoria da saúde
pública. Para assegurar a sustentabilidade na elaboração de um projeto arquitetônico urbanístico
é fundamental a busca de alternativas viáveis e adequadas as características particulares de cada
lugar. Onde o Arquiteto Urbanista tem que pensar em questões que transcendem os limites da
arquitetura e isso inclui os problemas físicos e sociais que uma obra pode evidenciar tendo a
necessidade da aplicação ao desenho e planejamento urbano multidisciplinar.
Referências
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TRENTINI, Sergio. QUAL A INFLUÊNCIA DAS CIDADES NA PROMOÇÃO DA
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