Art14E1
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Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.14, n.Especial, p.423-434, 2012 423
ISSN 1517-8595
VISCOSIDADE APARENTE DE POLPAS DE GRAVIOLA COM DIFERENTES
CONCENTRAÇÕES
Vansostenes Antônio Machado de Miranda1, Alexandre José de Melo Queiroz
2,
Rossana Maria Feitosa de Figueirêdo2, Dyego da Costa Santos
3
RESUMO
O semiárido brasileiro apresenta um vasto potencial para exploração de frutas exóticas de
importância econômica. Dentre essas frutas, a graviola se destaca como matéria-prima para a
indústria alimentícia, o que torna necessário o estudo de suas propriedades reológicas. Nesse
contexto, o objetivo deste trabalho foi determinar as viscosidades aparentes de polpas de
graviola nas concentrações de 12, 17 e 25 °Brix nas temperaturas de 5, 10, 20, 30, 40, 50 °C e
velocidades de rotação variando entre 50 e 200 rpm. As graviolas da variedade Morada foram
processadas obtendo-se polpa integral com 12 °Brix. Para obtenção das concentrações de 17 e
25 °Brix, as polpas foram concentradas em evaporador rotativo. As medidas das viscosidades
foram realizadas em viscosímetro Brookfield. A influência da temperatura sobre a viscosidade
foi avaliada utilizando-se a equação de Arrhenius. Verificou-se que todas as amostras
apresentaram um comportamento não-newtoniano do tipo pseudoplástico. Para todas as
concentrações, as viscosidades diminuíram com o aumento das velocidades de rotação e
temperatura. Comparando-se as diferentes concentrações, houve aumento das viscosidades
aparentes com o aumento dos sólidos solúveis das amostras. As viscosidades aparentes em
função da temperatura foram estimadas satisfatoriamente pela equação de Arrhenius.
Palavras-chave: Annona muricata L., reologia, fluido pseudoplástico
APPARENT VISCOSITY OF SOURSOP PULP WITH DIFFERENT
CONCENTRATIONS
ABSTRACT
The semi-arid region presents a vast potential for exploration of exotic fruits of economic
importance. Among these fruits, the soursop fruit stands out as a raw material for the food
industry, which makes it necessary to study their rheological properties. In this context, the
object of this study was to determine the apparent viscosities of soursop pulp in the
concentrations of 12, 17 and 25 °Brix, in the temperatures of 5, 10, 20, 30, 40, 50 °C and speeds
of rotation between 50 and 200 rpm. The soursop fruits variety Morada were processed,
obtaining pulp with 12 °Brix. To obtain the concentrations of 17 and 25 ° Brix, the pulps were
concentrated in a rotary evaporator. The measurements of the viscosities were carried using a
Brookfield viscometer. The influence of temperature on apparent was evaluated using the
Arrhenius equation. It was found that all samples presented non-Newtonian and pseudoplastic
behavior. For all concentrations, the viscosity decreased with increasing rotational speed and
temperature. Comparing the different concentrations, there was increase of apparent viscosity
with increasing soluble solids of the samples. The apparent viscosity as a function of
temperature were estimated satisfactorily by the Arrhenius equation.
Keywords: Annona muricata L., rheology, fluid pseudoplastic
Protocolo 14-2012-04 de 28/10/2012 1Mestre em Engenharia Agrícola, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco, Belo Jardim, PE. E-mail: [email protected] 2Professor Doutor, Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola, Centro de Tecnologia e Recursos Naturais, UFCG, Campina Grande, PB. E-mail: [email protected]; [email protected] 3Mestrando em Engenharia Agrícola, Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola, Centro de Tecnologia e Recursos Naturais, UFCG,
Campina Grande, PB. E-mail: [email protected]
424 Viscosidade aparente de polpas de graviola com diferentes concentrações Miranda et al.
Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.14, n.Especial, p.423-434, 2012
INTRODUÇÃO
O nordeste brasileiro apresenta
condições favoráveis ao cultivo de várias
espécies frutíferas (Oliveira et al., 2009a).
Dentre estas, muitas tem importância
econômica real ou potencial, destacado-se a
gravioleira (Annona muricata L.).
A graviola pertence à família
Annonaceae, da qual fazem parte cerca de 75
gêneros e mais de 600 espécies, em que
somente três gêneros produzem frutos
comestíveis, sendo os da Annona e Rollinia os
de maior importância comercial, em virtude da
qualidade dos frutos (Pinto & Silva, 1994).
De acordo com São José et al. (2000), a
produção de graviola é destinada aos mercados
consumidores na forma in natura. Deste
montante, parte da produção se destina à
agroindústria para a produção de polpa, suco,
néctares, etc. A polpa tem grande valor como
matéria-prima, uma vez que, sendo produzida
nas épocas de safra, pode ser armazenada sob
refrigeração ou congelamento para
comercialização nos períodos mais propícios ou
segundo a demanda do mercado consumidor,
prestando-se tanto para consumo direto como
para a elaboração de doces em massa, geléias,
gelados comestíveis, néctares entre outros
(Bueno et al., 2002).
Na fabricação de produtos derivados de
frutas, é fundamental o conhecimento das
propriedades físicas e químicas da polpa
submetida aos processos de industrialização
(Rigo et al., 2010). Segundo Sato & Cunha
(2007), durante o processamento de polpas de
frutas, frequentemente utilizam-se tratamentos
térmicos e/ou resfriamento, o que faz com que o
estudo da influência da temperatura sobre o
comportamento reológico destes produtos seja
de grande importância. Bezerra et al. (2009)
relataram que, além da temperatura, outros
fatores podem influenciar a viscosidade de
derivados de frutas, como o tipo de fruta e o
teor de sólidos (açúcares, pectina e fibras). De
acordo com Silva et al. (2005) a concentração
da polpa ou suco de fruta também pode ter
efeito sobre a viscosidade.
Nesse contexto, o conhecimento do
comportamento reológico de polpas de frutas é
importante nas indústrias de processamento,
pois estão relacionados a aplicações
tecnológicas, sensoriais e de engenharia, como,
por exemplo, no projeto de bombas, tubulações,
trocadores de calor e tanques de mistura
(Toralles et al., 2006).
Segundo Durán & Ibáñez (1982), todos
os líquidos derivados de frutas são sistemas
bifásicos, compostos por partículas sólidas
dispersas em um meio aquoso. Alguns
apresentam escoamentos newtonianos, embora
a maioria flua com características
pseudoplásticas mostrando, por vezes, uma
resistência inicial ao fluir e/ou uma dependência
do tempo. A variabilidade está relacionada com
a alteração estrutural provocada pelo
cisalhamento.
Na literatura estão disponíveis diversas
pesquisas envolvendo o estudo reológico de
polpas e sucos de frutas (Silva et al., 2005;
Toralles et al., 2006; Vidal et al., 2006; Sato &
Cunha, 2007; Grangeiro et al., 2007; Fernandes
et al., 2008; Bezerra et al., 2009; Oliveira et al.,
2009b; Rigo et al., 2010; Haminiuk et al., 2011;
Oliveira et al., 2011), no entanto pouco se sabe
sobre a viscosidade aparente da polpa de
graviola.
O objetivo do presente trabalho foi
determinar as viscosidades aparentes de polpas
de graviola nas concentrações de 12, 17 e 25
°Brix, em função da temperatura (5, 10, 20, 30,
40, 50 °C) e velocidade de rotação (50, 60, 70,
80, 90, 100, 120, 140, 160, 180 e 200 rpm).
MATERIAL E MÉTODOS
Local de realização da pesquisa
Os experimentos foram conduzidos no
Laboratório de Armazenamento e
Processamento de Produtos Agrícolas (LAPPA)
da Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola
(UAEA) da Universidade Federal de Campina
Grande (UFCG) e no Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia de
Pernambuco, Campus Belo Jardim.
Matéria-prima
Foram utilizadas graviolas da variedade
Morada de um mesmo lote, adquiridas no
distrito de Taboquinha, Belo Jardim, cidade
localizada no Estado de Pernambuco
(08º20’08”S; 36º25’27”W), na microrregião do
Vale do Rio Ipojuca.
Preparo das amostras
Utilizou-se nos experimentos polpa de
graviola integral com teor de sólidos solúveis
totais de 12 °Brix e polpas de graviola
concentradas. Para a produção das amostras
Viscosidade aparente de polpas de graviola com diferentes concentrações Miranda et al. 425
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concentradas efetuou-se eliminação de parte da
água da amostra integral, em evaporador
rotativo (marca Quimis modelo Q344B2) sob
vácuo na temperatura de 60 °C, até as polpas
atingirem teores de sólidos solúveis totais de 17
e 25 °Brix.
Viscosidade aparente
As medidas das viscosidades aparentes
foram realizadas em viscosímetro da marca
Brookfield modelo DV-II + Pro, em intervalos
de 30 segundos nas velocidades de rotação de
50, 60, 70, 80, 90, 100, 120, 140, 160, 180 e
200 rpm e nas temperaturas de 5, 10, 20, 30, 40
e 50 °C.
A Equação 1 foi ajustada aos dados
experimentais da viscosidade aparente em
função da velocidade de rotação pelo método
Quase-Newton, utilizando-se o programa
Statistica 5.0.
= a.vb (1)
Onde:
– viscosidade aparente (mPa s);
v – velocidade de rotação;
a e b – constantes da equação.
Influência da temperatura
A influência da temperatura sobre a
viscosidade aparente foi avaliada utilizando-se
a equação de Arrhenius (Eq. 2). Para tanto, as
temperaturas em graus Celsius foram
transformadas para Kelvin (K) e em seguida
calculados o inverso da temperatura. Os
gráficos dos valores inversos em Kelvin,
juntamente com a viscosidade aparente (Pa s)
correspondentes a cada velocidade de rotação
foram traçados no programa Origin Pro. Fez-se
a regressão linear destes dados obtendo-se os
coeficientes da equação de onde se calculou a
energia de ativação.
RT
Eaexp0 (2)
Onde:
– Viscosidade aparente (Pa s);
0 – Viscosidade aparente inicial (Pa s);
Ea – Energia de ativação (KJ/g mol);
R – Constante universal dos gases (KJ/
mol K).
T – Temperatura (K)
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na Tabela 1 estão representados os
valores de viscosidade aparente (mPa s) da
polpa de graviola integral (12 °Brix) nas
temperaturas de 5 a 50 °C e velocidades de
rotação de 50 a 200 rpm. Observa-se que o
aumento da temperatura promoveu diminuição
dos valores de viscosidade aparente. O aumento
da velocidade de rotação promoveu reduções
nas viscosidades, evidenciando comportamento
pseudoplástico típico de polpa de frutas.
Resultados semelhantes também foram
verificados por Granjeiro et al. (2007), que ao
trabalharem com polpa de figo-da-índia nas
concentrações de 16, 19, 22, 25 e 28 °Brix e
temperaturas de 10, 20, 30, 40, 50 e 60 °C,
também verificaram diminuição da viscosidade
aparente com o aumento da temperatura e
velocidade de rotação. Toralles et al. (2006),
estudando o efeito da temperatura e
concentração na reologia de purê de pêssego
nas concentrações de 12, 17, 22, 27 e 32 °Brix e
temperaturas de 10, 25, 40 e 55 °C, também
verificaram um comportamento pseudoplástico,
sendo que a pseudoplasticidade foi maior em
baixas temperaturas e altas concentrações.
Verifica-se ainda reduções de 50%, 49,30%,
51,61%, 55,56%, 63,46% e 62,50% nas
viscosidades aparentes entre as velocidades de
rotação de 50 e 200 rpm, nas temperaturas de 5,
10, 20, 30, 40 e 50 °C, respectivamente.
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Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.14, n.Especial, p.423-434, 2012
Tabela 1. Viscosidades aparentes (mPa s) da polpa de graviola com 12 °Brix em função da velocidade
de rotação e temperatura
Velocidade de
rotação (rpm)
Temperatura (°C)
5 10 20 30 40 50
50 740 710 620 540 520 400
60 670 620 540 470 450 340
70 620 610 490 420 390 300
80 570 550 460 390 360 280
90 550 510 430 360 330 250
100 490 480 410 330 310 230
120 450 440 380 300 270 200
140 420 420 360 280 240 180
160 400 400 350 270 220 170
180 380 380 320 260 210 160
200 370 360 300 240 190 150
Na Figura 1 apresentam-se as curvas de
viscosidade aparente em função da velocidade
de rotação da polpa de graviola com 12 °Brix
nas temperaturas de 5 a 50 °C, com ajustes
usando a Eq. 1. De maneira geral, observa-se
influência da temperatura sobre as viscosidades
aparentes das amostras, com pequena diferença
entre as amostras nas temperaturas de 5 e 10
°C. Constata-se reduções das viscosidades
aparentes com o aumento da velocidade de
rotação. Verifica-se que os coeficientes de
determinação (R2) foram superiores a 0,98,
indicando um bom ajuste da equação aplicada
aos dados experimentais. Melo et al. (2008)
obtiveram coeficientes de determinação (R2)
superiores a 0,95, ao ajustarem equações de
regressão aos dados de viscosidades aparente de
polpas de buriti com leite em função da
temperatura, estando inferior aos observados no
presente estudo.
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220
Velocidade de rotação (rpm)
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
Vis
cosi
dad
e ap
aren
te (
mP
a s)
5 °C y= 5824,41 x-0,52882 R2= 0,9929
10 °C y= 4782,68 x-0,49255 R2= 0,9876
20 °C y= 4247,69 x-0,50216 R2= 0,9834
30 °C y= 5398,44 x-0,59665 R2= 0,9860
40 °C y= 8823,81 x-0,72776 R2= 0,9973
50 °C y= 6921,92 x-0,73424 R2= 0,9947
Figura 1. Viscosidade aparente em função da velocidade de rotação da polpa de graviola com 12
°Brix nas temperaturas de 5 a 50 °C
Na Tabela 2 estão representados os
valores da viscosidade aparente (Pa s) da polpa
de graviola concentrada a 17 °Brix, nas
temperaturas de 5 a 50 °C, e nas velocidades de
rotação de 50 a 200 rpm. Observa-se
diminuição dos valores da viscosidade aparente
com o aumento da velocidade de rotação e
temperatura, apesar de relativa estabilidade das
viscosidades entre as temperaturas de 5 e 10 oC
e entre 30 e 40 ºC. Rigo et al. (2010) também
Viscosidade aparente de polpas de graviola com diferentes concentrações Miranda et al. 427
Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.14, n.Especial, p.423-434, 2012
verificaram redução da viscosidade com o
aumento da temperatura ao estudarem polpa de
butiá, onde a polpa perdeu pseudoplasticidade e
ficou menos viscosa a medida que a
temperatura aumentou. Foram verificados
reduções de 64,29%, 64,71%, 64,91%, 62,22%,
66,67% e 66,67% nas viscosidades aparentes
entre as velocidades de rotação de 50 e 200
rpm, para as temperaturas de 5, 10, 20, 30, 40 e
50 °C, respectivamente.
Tabela 2. Viscosidades aparentes (mPa s) da polpa de graviola com 17 °Brix em função da velocidade
de rotação e temperatura
Velocidade de
rotação (rpm)
Temperatura (°C)
5 10 20 30 40 50
50 7000 6800 5700 4500 4500 3900
60 6600 6400 4900 3900 3900 3300
70 5500 5400 4300 3400 3400 2800
80 4900 4900 3900 3000 3000 2400
90 4410 4300 3600 2800 2700 2200
100 4020 3900 3300 2500 2500 2000
120 3700 3600 2900 2300 2200 1800
140 3200 3200 2600 2100 1900 1600
160 2900 2800 2300 2000 1700 1500
180 2700 2600 2100 1800 1600 1400
200 2500 2400 2000 1700 1500 1300
Na Figura 2 apresentam-se as curvas de
viscosidade aparente em função da velocidade
de rotação da polpa de graviola a 17 °Brix nas
temperaturas de 5 a 50 °C, com ajustes pela
Eq.1. Observa-se influência da temperatura
sobre as viscosidades das amostras. Assim
como verificado para a polpa de graviola com
12 °Brix, a polpa com 17 °Brix também foi
classificada como fluido pseudoplástico, em
razão da viscosidade aparente diminuir com o
aumento da taxa de deformação. Silva et al.
(2005) também verificaram comportamento
pseudoplástico ao pesquisarem o
comportamento reológico da polpa de acerola
nas concentrações 4, 7, 10, 13 e 16 °Brix e
temperaturas de 5, 20, 35, 50, 65 e 85 °C.
Observa-se ainda que a equação utilizada para o
ajuste da viscosidade aparente em função da
velocidade de rotação apresentou coeficientes
de determinação superiores a 0,98,
representando um bom ajuste.
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220
Velocidade de rotação (rpm)
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
9000
Vis
cosi
dad
e ap
aren
te (
mP
a s)
5 °C y= 150156 x-0,7777 R2= 0,9902
10 °C y= 146013 x-0,77676 R2= 0,9909
20 °C y= 113253 x-0,76662 R2= 0,9991
30 °C y= 75139 x-0,72583 R2= 0,9893
40 °C y= 112819 x-0,82446 R2= 0,9983
50 °C y= 101477 x-0,84082 R2= 0,9859
Figura 2. Viscosidade aparente em função de velocidade de rotação da polpa de graviola com 17
°Brix nas temperaturas de 5 a 50 °C
428 Viscosidade aparente de polpas de graviola com diferentes concentrações Miranda et al.
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Na Tabela 3 estão apresentados os
valores da viscosidade aparente (mPa s) da
polpa da graviola concentrada a 25 °Brix, nas
temperaturas de 5 a 50 °C e nas velocidades de
rotação de 50 a 200 rpm. Observa-se
diminuição da viscosidade com o aumento da
velocidade de rotação, característica de fluidos
pseudoplásticos, e com o aumento de
temperatura. Oliveira et al. (2011) também
verificaram comportamento pseudoplástico ao
estudarem o efeito da temperatura sobre o
comportamento reológico das polpas de goiaba
e gabiroba. Reduções de 64,4%, 64,0%, 64,2%,
66,0%, 57,8% e 55,6% foram verificadas nas
viscosidades aparentes entre a velocidades de
rotação de 50 e 200 rpm, nas temperaturas de 5,
10, 20, 30, 40 e 50 °C, respectivamente.
Tabela 3. Viscosidades aparentes (mPa s) da polpa de graviola com 25 °Brix em função da velocidade
de rotação e temperatura
Velocidade de
rotação (rpm)
Temperatura (°C)
5 10 20 30 40 50
50 13200 12500 10600 10300 8300 6300
60 11600 10900 9100 8900 7200 5700
70 10500 9700 8200 7800 6500 5200
80 9400 8900 7400 7100 5800 5200
90 8700 8100 6900 6500 5300 5200
100 8000 7600 6400 6000 4800 4700
120 6900 6500 5600 5100 4300 4000
140 6100 5800 5000 4500 3900 3500
160 5500 5300 4400 4100 3600 3300
180 5100 4900 4100 3800 3300 3000
200 4700 4500 3800 3500 3500 2800
Na Figura 3 estão representados os
valores da viscosidade aparente (mPa.s) da
polpa da graviola concentrada a 25 °Brix, nas
temperaturas de 5 a 50 °C e velocidades de
rotação de 50 a 200 rpm. Observa-se clara
distinção entre as curvas, demonstrando a
influência da temperatura em todas as faixas,
com formação de três blocos distintos em pares
de temperaturas sendo 5 e 10 °C, 20 e 30 °C e
40 e 50 °C.
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220
Velocidade de rotação (rpm)
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
16000
Vis
cosi
dad
e ap
aren
te (
mP
a s)
5 °C y= 247425 x-0,74692 R2= 0,9992
10 °C y= 222236 x-0,73586 R2=0,9996
20 °C y= 185132 x-0,73292 R2= 0,9991
30 °C y= 222928 x-0,78676 R2= 0,9995
40 °C y= 129066 x-0,70532 R2=0,9900
50 °C y= 56958 x-0,55586 R2= 0,9572
Figura 3. Viscosidade aparente em função de velocidade de rotação da polpa de graviola a 25 °Brix
nas temperaturas de 5 a 50 °C
Viscosidade aparente de polpas de graviola com diferentes concentrações Miranda et al. 429
Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.14, n.Especial, p.423-434, 2012
A polpa de graviola com 25 °Brix para
a faixa de temperatura de 5 a 50 °C apresentou
comportamento semelhante ao das polpas com
12 e 17 °Brix, com a viscosidade aparente
diminuindo com o aumento da taxa de
deformação. Verifica-se que os coeficientes de
determinação (R2) foram superiores a 0,99 para
todas as temperatura estudadas, com exceção da
temperatura de 50 °C, em que o ajuste foi
superior a 0,95. Torres et al. (2003) também
encontraram coeficientes de determinação (R2)
superiores a 0,95 ao ajustarem uma equação
linear aos dados experimentais da viscosidades
aparente de polpas de umbu-cajá em função do
teor de pectina.
Na Figura 4 têm-se a representação
gráfica das curvas de ajustes usando a equação
de Arrhenius das viscosidades aparentes da
polpa de graviola integral (12 °Brix) em função
do inverso da temperatura nas diferentes
velocidades de rotação. Verifica-se, em todas as
velocidades de rotação, que a viscosidade
aparente aumentou com o inverso da
temperatura. Comportamento semelhante foi
verificado por Grangeiro et al. (2007) e Dark et
al. (2007) trabalhando com polpa de figo-da-
india e manga da variedade Kesar. Constata-se
que para uma temperatura fixa a viscosidade
aparente diminuiu com o aumento da
velocidade de rotação. Esses resultados
corroboram com a pesquisa de Sengül et al.
(2005), que ao estudarem o comportamento
reológico de polpa de amora nas temperaturas
de 30 a 70 °C e velocidades de rotação de 5 a
100 rpm, verificaram redução da viscosidade
com o aumento da velocidade de rotação.
0,0031 0,0032 0,0033 0,0034 0,0035 0,0036
148,41316
403,42879
ln v
isco
sid
ad
e a
pa
ren
te (
mP
as)
1/T(K-1)
50 rpm
60 rpm
70 rpm
80 rpm
90 rpm
100 rpm
120 rpm
140 rpm
160 rpm
180 rpm
200 rpm
Figura 4. Viscosidade aparente da polpa de graviola integral (12 ºBrix) em função do inverso da
temperatura nas diferentes velocidades de rotação
Na Tabela 4 estão apresentadas as
equações das regressões usando a equação de
Arrhenius da viscosidade aparente em função
do inverso da temperatura. A partir destas
equações foram calculadas as energias de
ativação (Ea) e as viscosidades aparentes
iniciais teóricas ( 0 ).
Tabela 4. Equações de regressão do logaritmo
das viscosidades aparentes da polpa de graviola
com 12 °Brix em função do inverso da
temperatura nas diferentes velocidades de
rotação
Velocidade
de rotação
(rpm)
Equação
50 y = 2,42858 + 1169,56703x
60 y = 1,91601 + 1284,69947x
70 y = 1,47762 + 1384,84286x
80 y = 1,33821 + 1401,6220x
90 y = 1,05954 + 1462,54328x
100 y = 0,97028 + 1466,33517x
120 y = 0,49449 + 1578,43023x
140 y = 0,08292 + 1676,86426x
160 y = 0,29628 + 1774,9594x
180 y = 0,40663 + 17910,875x
200 y = 0,46639 + 1793,09841x
Na Tabela 5 estão apresentados os
valores das viscosidades aparentes iniciais
teóricas ( 0 ) e das energias de ativação
calculados pela equação de Arrhenius para a
430 Viscosidade aparente de polpas de graviola com diferentes concentrações Miranda et al.
Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.14, n.Especial, p.423-434, 2012
polpa de graviola integral (12 °Brix) para as
diferentes velocidades de rotação.
Observa-se que o aumento da
velocidade de rotação acarretou em reduções na
viscosidade teórica, e tendência de aumento na
energia de ativação. A ordem da grandeza da
energia de ativação indica a dependência da
viscosidade com a temperatura, sendo que o
aumento da temperatura provoca um efeito de
diminuição da viscosidade, conforme observado
por Gratão et al. (2004), estudando a relação da
viscosidade com a temperatura em açúcar
invertido líquido. De acordo com Nindo et al.
(2007), a viscosidade aparente inicial teórica
( 0 ) está relacionada com o fator de frequência
associado as taxas de colisão.
Observa-se que os valores da energia de
ativação variaram entre 9,52 e 14,61 kJ g-1
mol-
1. Valor dentro desta faixa foi quantificado por
Haminiuk et al. (2006) para a polpa de araçá
(11,03 kJ g-1
mol-1
) para as temperaturas entre
10 e 60 °C e taxa de deformação de 50 s-1
.
As viscosidades aparentes da polpa de
graviola com 17 °Brix em função do inverso da
temperatura nas diferentes velocidades de
rotação encontram-se na Figura 5. Constata-se,
em todas as velocidades de rotação, que a
viscosidade aparente aumentou com o inverso
da temperatura. Haminiuk et al. (2006) também
verificaram comportamento semelhante para a
polpa de amora preta entre as temperaturas de
10 e 60 °C. Da mesma forma como ocorrido
para a polpa integral, observa-se que para uma
temperatura fixa a viscosidade aparente
diminuiu com o aumento da velocidade de
rotação para a polpa de graviola com 17 °Brix.
Tabela 5. Viscosidades aparentes iniciais
teóricas ( 0 ) e energias de ativação (Ea) da
polpa de graviola integral (12 °Brix) calculadas
a partir da equação de Arrhenius
Velocidade
de rotação
(rpm)
0
(Pa s)
Ea
(kJ g-1
mol-1
) R
2
50 11,34 9,52 0,94
60 6,74 10,48 0,96
70 4,35 14,35 0,97
80 3,79 11,43 0,98
90 2,87 11,92 0,98
100 2,61 11,96 0,96
120 1,62 12,88 0,97
140 1,08 13,68 0,96
160 0,73 14,48 0,96
180 0,66 14,61 0,96
200 0,63 14,61 0,98
0,0031 0,0032 0,0033 0,0034 0,0035 0,0036
1096,63316
2980,95799
ln v
isco
sid
ad
e a
pa
ren
te(m
Pa
s)
1/T (K-1)
50 rpm
60 rpm
70 rpm
80 rpm
90 rpm
100 rpm
120 rpm
140 rpm
160 rpm
180 rpm
200 rpm
Figura 5. Viscosidade aparente da polpa de graviola com 17 °Brix em função do inverso da
temperatura nas diferentes velocidades de rotação
Viscosidade aparente de polpas de graviola com diferentes concentrações Miranda et al. 431
Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.14, n.Especial, p.423-434, 2012
Na Tabela 6 pode-se observar as
equações das regressões usando a equação de
Arrhenius da viscosidade aparente da polpa de
graviola com 17 °Brix em função do inverso da
temperatura. A partir destas equações foram
calculadas as energias de ativação (Ea) e as
viscosidades aparentes iniciais teóricas ( 0 ).
Tabela 6. Equações do logaritmo das
viscosidades aparentes da polpa de graviola
com 17 ºBrix em função do inverso da
temperatura nas diferentes velocidades de
rotação
Velocidade
de rotação
(rpm)
Equação
50 y = 4,47 + 1220,81523x
60 y = 3,43714 + 1488,94495x
70 y = 3,60282 + 1395,80516x
80 y = 3,3885 + 1426,27796x
90 y = 3,6292 + 1329,53849x
100 y = 3,27114 + 1406,93123x
120 y = 2,94508 + 1468,02026x
140 y = 2,85966 + 11459,96018x
160 y = 2,8131 + 1446,84909x
180 y = 2,79576 + 1406,11914x
200 y = 2,79576 + 1406,11914x
Na Tabela 7 estão apresentados os
valores das viscosidades aparentes iniciais
teóricas ( 0 ) e das energias de ativação da
polpa de graviola com 17 °Brix calculadas pela
equação de Arrhenius para as diferentes
velocidades de rotação. Observa-se tendência
de redução nos valores da viscosidade teórica
da polpa com o aumento da velocidade de
rotação, e ao contrário da polpa a 12 °Brix, não
se observou tendências de aumento ou redução
na energia de ativação com a velocidade de
rotação. Comportamento semelhante foi
verificado por Tonon et al. (2009) para a polpa
de açaí nas temperaturas entre 10 e 70 °C.
Tabela 7. Viscosidades aparentes iniciais
teóricas ( 0 ) e energias de ativação (Ea) da
polpa de graviola com 17 ºBrix calculadas a
partir da equação de Arrhenius
Velocidade
de rotação
(rpm)
0
(Pa s)
Ea
(kJ g-1
mol-1
) R
2
50 87,45 10,18 0,96
60 37,54 11,69 0,95
70 37,34 11,32 0,95
80 29,30 11,64 0,96
90 37,68 11,08 0,96
100 26,34 11,73 0,97
120 19,79 11,95 0,96
140 17,46 11,88 0,98
160 16,66 11,78 0,99
180 17,50 11,75 0,99
200 16,38 11,73 0,99
Têm-se na Figura 6 as viscosidades
aparentes da polpa de graviola com 25 °Brix em
função do inverso da temperatura nas diferentes
velocidades de rotação. Constata-se, em todas
as velocidades de rotação, que a viscosidade
aparente aumentou com o inverso da
temperatura. Haminiuk et al. (2006) observaram
resultados semelhantes da viscosidade em
função do inverso da temperatura com polpa de
amora a 5,37 °Brix. Da mesma forma como
ocorrido para as polpas integrais e com 17
°Brix, constata-se que para uma temperatura
fixa a viscosidade aparente diminuiu com o
aumento da velocidade de rotação para a polpa
de graviola com 25 °Brix.
432 Viscosidade aparente de polpas de graviola com diferentes concentrações Miranda et al.
Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.14, n.Especial, p.423-434, 2012
0,0031 0,0032 0,0033 0,0034 0,0035 0,0036
1096,63316
2980,95799
ln v
isco
sid
ad
e a
pa
ren
te(m
Pa
s)
1/T (K-1)
50 rpm
60 rpm
70 rpm
80 rpm
90 rpm
100 rpm
120 rpm
140 rpm
160 rpm
180 rpm
200 rpm
Figura 6 – Viscosidade aparente da polpa de graviola com 25 °Brix em função do inverso da
temperatura nas diferentes velocidades de rotação
Na Tabela 8 observa-se as equações das
regressões usando a equação de Arrhenius da
viscosidade da polpa de graviola (25 °Brix) em
função do inverso da temperatura. A partir
destas equações foram calculadas as energias de
ativação e as viscosidades iniciais teóricas.
Tabela 8. Equações de regressão do logaritmo
das viscosidades aparentes da polpa de graviola
com 25 °Brix em função do inverso da
temperatura nas diferentes velocidades de
rotação
Velocidade
de rotação
(rpm)
Equação
50 y = 4,63469 + 1390,19419x
60 y = 4,6682 + 1340,25689x
70 y = 4,56536 + 1309,33879x
80 y = 4,82259 + 1206,041145x
90 y = 4,82259 + 1206,041145x
100 y = 4,74058 + 1183,0421x
120 y = 4,78679 + 1128,64311x
140 y = 4,72397 + 1112,607879x
160 y = 4,82326 + 1055,14813x
180 y = 4,73314 + 1056,57465x
200 y = 5,02459 + 953,3401x
Na Tabela 9 estão representados os
valores das viscosidades aparentes iniciais
teóricas ( 0 ) e das energias de ativação da
polpa de graviola com 25 °Brix calculadas pela
equação de Arrhenius para as diferentes
velocidades de rotação.
Tabela 9. Viscosidades aparentes iniciais
teóricas ( 0 ) e energias de ativação (Ea) da
polpa de graviola com 25 °Brix calculadas a
partir da equação de Arrhenius
Velocidade
de rotação
(rpm)
0
(Pa s)
Ea
(kJ g-1
mol-1
) R
2
50 102,99 11,08 0,93
60 96,24 10,91 0,94
70 96,09 10,66 0,97
80 124,29 10,06 0,98
90 127,43 9,57 0,98
100 114,50 9,63 0,98
120 119,91 9,41 0,99
140 112,61 9,28 0,99
160 112,76 9,06 0,99
180 113,65 8,81 0,99
200 152,11 7,95 0,92
Observa-se tendência de redução nos
valores da energia de ativação com o aumento
da velocidade de rotação entre 90 e 200 rpm.
Verifica-se que os valores da energia de
ativação são inferiores ao determinado por
Nindo et al. (2007) para a polpa de mirtilo com
25 °Brix que foi de 17 kJ g-1
mol-1
.
Na Tabela 10 estão representados os
valores das energias de ativação (Ea) da polpa
de graviola nas três concentrações calculadas
pela equação de Arrhenius para as diferentes
velocidades de rotação. Observa-se redução nos
valores da energia de ativação com o aumento
Viscosidade aparente de polpas de graviola com diferentes concentrações Miranda et al. 433
Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.14, n.Especial, p.423-434, 2012
da concentração para as velocidades de rotação
de 70, 90, 100, 120, 140, 160, 180 e 200 rpm.
Na rotação de 50 rpm a energia de ativação
aumentou com o aumento da concentração, no
entanto nas rotações de 60 e 80 rpm observou-
se aumento na energia de ativação nas
concentrações de 12 e 17 °Brix, seguido de
queda na maior concentração.
Com o aumento da velocidade de
rotação, observa-se aumento da energia de
ativação na concentração de 12 °Brix,
diminuição na concentração de 25 °Brix e uma
tendência de estabilidade na concentração de 17
°Brix. De uma forma geral, tomando como
medida os valores extremos da velocidade de
rotação (50 rpm e 200 rpm) pode-se dizer que
quanto maior for a energia de ativação (Eat),
maior será a dependência da viscosidade
aparente (ηa). Foi observado que a energia de
ativação diminuiu nos seus valores extremos na
concentração de 25 °Brix, observando-se
aumentos nas outras duas concentrações.
Tabela 10. Comparação entre as energias de ativação (Ea) das polpas de graviola com 12, 17 e 25
°Brix calculadas a partir da equação de Arrhenius
Velocidade de
rotação (rpm)
Ea (kJ g-1
mol-1
)
Polpa de graviola com
12 ºBrix
Polpa de graviola com
17 ºBrix
Polpa de graviola com
25 ºBrix
50 9,52 10,18 11,08
60 10,48 12,05 11,18
70 14,35 11,48 10,92
80 11,43 11,72 10,06
90 11,92 11,08 10,98
100 11,96 11,73 9,87
120 12,88 11,95 9,41
140 13,68 11,88 9,28
160 14,48 11,78 9,06
180 14,61 11,75 8,81
200 14,61 11,73 7,95
CONCLUSÕES
Em todas as concentrações, as
viscosidades aparentes das polpas de graviola
foram influenciadas pelas velocidades de
rotação e temperaturas, onde as viscosidades
diminuíram com o aumento dessas variáveis.
Comparando-se as diferentes
concentrações, houve aumento das viscosidades
aparentes com o aumento do teor de sólidos
solúveis totais (°Brix) das amostras.
As polpas de graviola nas diferentes
concentrações apresentaram um comportamento
não-newtoniano, do tipo pseudoplástico.
A equação de Arrhenius estimou
satisfatoriamente as viscosidades aparentes em
função da temperatura.
AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem a UFCG, ao
IFPE e a CAPES pela realização do
MINTER e a FACEPE pelo financiamento.
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