Artigo envelhecimento e estado nutrional (1)

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UFMT-UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GERONTOLOGIA SAMANTHA DUTRA FERNANDES JANAÍNA ALEXSSANDRA SILVA MAGALHÃES CYNTHIA RESENHA NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO NO BRASIL E SAÚDE BUCAL

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UFMT-UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GERONTOLOGIA

SAMANTHA DUTRA FERNANDES

JANAÍNA ALEXSSANDRA SILVA MAGALHÃES

CYNTHIA

RESENHA NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO NO BRASILE SAÚDE BUCAL

CUIABÁ2013

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Resenha da Apostila: Ministério da Saúde 2012 Política Nacional de Saúde de Alimentação e Nutrição

A alimentação e nutrição da população brasileira vêm crescendo, constituído requisito básico para promoção da saúde para desenvolvimento com qualidade de vida da população, com essa transformação diminuiu o impacto na pobreza, com melhoria ao acesso e variedade deste alimentos, com isso vem diminuindo a fome e desnutrição. Com a criação da lei 8080 de 19/09/1990, a alimentação como fator determinante da saúde que as ações de saúde e em caráter complementar, execução e avaliação dentro das atividades do sistema de saúde. As políticas de saúde somam os princípio e diretrizes de PNAN no estabelecimento da saúde e da segurança no sentido da promoção a saúde.Os documentos apontam para necessidade de estratégia nacional para redução da morbi-mortalidade relacionada à alimentação inadequada, o aleitamento materno deve ser a primeira pratica alimento dos indivíduos, assim garantindo a saúde da criança, o aleitamento e exclusivo ate o sexto mês.O aleitamento materno deve ser iniciada aos seis meses de idade e concluída aos 24 meses, a introdução de alimentos deve ser feita tempo oportuno para qualidade da fase de desenvolvimento.O padrão de consumo dos brasileiros vem crescendo de acordo com os grupo de etários , os adolescentes são o grupo com pior perfil da dieta , já os brasileiro da zona rural consume os alimento básicos.

PROPÓSITO

A Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) tem como propósito a melhoria das condições de alimentação, nutrição e saúde da população brasileira, a prevenção e o cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e nutrição.

PRINCÍPIOS

A PNAN tem direito a saúde à alimentação através dos princípios do sistema único de saúde, através da: universalidade,integralidade,equidade,descentralização,regionalização e hierarquização e participação popular.

4 DIRETRIZES

As diretrizes que integram a PNAN indicam as ações para promover a saúde da população.1. Organização da Atenção Nutricional; 2. Promoção da Alimentação Adequada e Saudável; 3. Vigilância Alimentar e Nutricional;4. Gestão das Ações de Alimentação e Nutrição;

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5. Participação e Controle Social; 6. Qualificação da Força de Trabalho; 7. Controle e Regulação dos Alimentos;8. Pesquisa, Inovação e Conhecimento em Alimentação e Nutrição; 9. Cooperação e articulação para a Segurança Alimentar e Nutricional.

Vemos que precisa-se haver a criação de espaços e meios para que a população seja ouvida no que consiste a política nacional de alimentação e a luta pelos direitos á saúde.A principal estratégia para que se melhorem as condições de desenvolvimento das leis e políticas de saúde são a Educação permanente utilizada como instrumento para qualificar as estratégias e práticas do cuidado, gestão e participação popular.É de extrema importância a afirmação da autonomia dos sujeitos envolvidos tanto no processo de cuidar quanto no gerir das práticas aplicadas.Nos dias de hoje houve uma grande diversificação da cadeia produtiva dos alimentos o que coloca nossa sociedade diante de grandes riscos á saúde como o uso indevido e abusivo de agrotóxicos, aditivos, contaminantes, além do uso excessivo de açúcares, sódio e gorduras; Isso tudo aliado a mudanças no estilo de vida como as refeições fora do lar cada vez mais frequentes em nossa sociedade, demonstram a necessidade na regulação dos alimentos.Todas as medidas sanitárias de proteção a saúde e qualidade dos alimentos são abordadas pela PANAN e o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária- SNVS.Atualmente o Brasil compõe o MERCOSUL que por grupo apresenta políticas de regulamentação, estabelecendo práticas equitativas de comércio para os produtos alimentícios a partir da internalização e harmonização de legislações internacionais. Faz-se necessário o desenvolvimento de pesquisas e inovação, para que se gerem evidências e instrumentos de aperfeiçoamento da PNAN.Atualmente a situação nutricional no Brasil é analisada pelo SISVAN, bem como através de pesquisas periódicas de base populacional nacional e local.A segurança Alimentar e Nutricional (SAN), é caracterizado pela realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo por base as práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem as diversidades e que sejam socialmente sustentáveis.A PNAN deve interagir com a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PNSAN) e outras políticas de desenvolvimento econômico e social, ocupando papel importante na formulação de desenvolvimento das políticas de SAN, principalmente no que consiste aos aspectos relacionados ao diagnóstico e vigilância da situação alimentar, nutricional e da promoção da saúde.As principais ações que devem ser lembradas são as que se dirigem a melhoria da saúde e nutrição das famílias que recebem a redistribuição de renda, o que implica no aumento da utilização dos serviços de saúde; A interlocução com os setores responsáveis pela produção agrícola , com a distribuição, o abastecimento local de alimentos visando o aumento do acesso a alimentos saudáveis;

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As ações que visam à promoção da alimentação adequada e saudável em ambientes institucionais tais como escolas, creches, presídios, hospitais, entre outros; Bem como questões de educação alimentar e nutricional para a população, a articulação com a vigilância sanitária para a regulação da qualidade dos alimentos advinda da agricultura familiar, dos assentamentos e reforma agrária.No que consiste ás responsabilidades institucionais vemos que:O Ministério da Saúde tem por responsabilidade a elaboração do plano de ação dentro dos instrumentos de planejamento e gestão para implementação da PNAN, considerando sempre as questões prioritárias e as especificidades regionais.Outra especificidade concernente ao Ministério da Saúde é o de pactuar na comissão Intergestores Tripartite, as prioridades, objetivos, estratégias e metas para a implementação de programas e ações de alimentação e nutrição na rede de atenção á saúde; Garantir as fontes de recurso os federais para financiar os programas e ações de alimentação e nutrição; Avaliar e monitorar as metas nacionais de alimentação e nutrição de acordo com as diferenças regionais; A prestação de assessoria técnica e apoio nos processos de gestão, planejamento, execução, monitoramento e avaliação de programas e ações;Estimular o apoio às pesquisas, a organização de uma rede de Centros colaboradores em Alimentação e Nutrição, a estimulação e o apoio ao processo de discussão necessária a implementação da PNAN a á articulação do SUS com SISAN;E por fim estabelecer parcerias com organismos internacionais, organizações não governamentais e governamentais e com o setor privado, com intuito de assegurar a segurança alimentar e nutricional de toda a população brasileira.

As responsabilidades das Secretarias Estaduais de Saúde e do Distrito Federal, consistem na implementação da PNAN, no âmbito de seu território, respeitando as diretrizes por ela fornecidas e promovendo as adequações necessárias de acordo com o perfil da população assistida; A destinação de recursos estaduais para composição do financiamento das ações de alimentação e nutrição no âmbito estadual; as assessorias técnicas e institucional aos municípios e as regionais de saúde, além do estabelecimento de parcerias e discussões para melhor assistir e garantir a segurança sanitária e nutricional da população.

E por fim as responsabilidades das secretarias municipais de saúde e do distrito federal se consistem nas seguintes ações:A implementação a nível local da PNAN, a estimulação e desenvolvimento de estratégias técnicas e organizacionais de capacitação e educação permanente; A elaboração do plano de ação para implementação da PNAN nos municípios buscando adaptações segundo as necessidades e especificidades locais; A destinação de recursos para composição do financiamento das ações de alimentação e nutrição na rede de saúde; Pactuar, monitorar e avaliar os indicadores de alimentação e nutrição além de alimentar os sistemas de informação de saúde continuamente;Viabilizar parcerias, fortalecer a participação e o controle social no planejamento, execução, monitoramento e avaliação de programas e ações de alimentação e nutrição, no âmbito do Conselho Municipal de Saúde e demais instâncias de controle social existentes no município.

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Observando todas as políticas criadas com intuito de melhorar a saúde da população começando pela alimentação e o controle da qualidade dos alimentos até mesmo a garantia de que alimentos de boa qualidade cheguem até a mesa dos brasileiros, vemos que muito se têm definido, porém a população em si pouco vê a aplicação dessas ações, e na maioria das vezes existe o desconhecimento se não total ao menos parcial de quaisquer dessas responsabilidades tanto a nível federal quanto nas esferas mais próximas que seriam as estaduais e municipais.

Artigo: Envelhecimento e Alterações do estado Nutricional.

O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial e acomete países desenvolvidos como o Brasil. Estima-se que, considerando a população mundial, o número de pessoas com 60 anos ou mais crescerá a quase 2 bilhões em 2050. A transição demográfica em países subdesenvolvidos tem se caracterizado por um perfil preocupante da população idosa, pois na sua maioria é formada por mulheres, negras, viúvas, com baixa escolaridade e sem apoio familiar.

O envelhecimento, apesar de ser um processo natural, submete o organismo a diversas alterações anatômicas, funcionais, bioquímicas e psicológicas, com repercussões sobre as condições de saúde e nutrição desses indivíduos.

A incidência aumentada de doenças e incapacidades associadas a mudanças no estilo de vida nesse grupo populacional vem determinando uma prevalência crescente de distúrbios nutricionais nessa fase da vida.

A obesidade e a desnutrição são dois problemas que coexistem nos tempos atuais, a obesidade tem sido observada em curva ascendente na faixa geriátrica e traz consigo importantes repercussões clínicas.

A avaliação nutricional no idoso deve ser realizada de maneira criteriosa e devem ser consideradas as alterações que ocorrem na composição corpórea e que são decorrentes do processo de senescência. Durante a avaliação nutricional do idoso, várias ferramentas podem ser utilizadas: exame físico, indicadores antropométricos, parâmetros bioquímicos, questionários para avaliação nutricional subjetiva, impedância bioelétrica, entre outras.

Entre tantas mudanças, a sarcopenia , a osteopenia e a diminuição da água corporal repercutem de maneira importante no estado nutricional do idoso e em parâmetros que são utilizados frequentemente na avaliação nutricional.

Podem ser citadas outras alterações fisiológicas do envelhecimento que comprometem as necessidades nutricionais do Idoso: redução do olfato e paladar, devida à redução nos botões e papilas gustativas sobre a língua;

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aumento da necessidade proteica; redução da biodisponibilidade de vitamina D; deficiência na absorção da vitamina B6; redução da acidez gástrica com alterações na absorção de ferro, cálcio, ácido fólico, B12, e zinco; xerostomia; dificuldade no preparo e ingestão dos alimentos; tendência à diminuição da tolerância à glicose; atividade da amilase salivar reduzida; redução da atividade de enzimas proteolíticas como a amilase e a lípase pancreática; redução do fluxo sanguíneo renal e da taxa de filtração glomerular.

Dentre outras ferramentas aplicáveis à avaliação nutricional subjetiva, destacam-se, para uso no idoso, o exame físico, a ASG e a MAN.

A ASG foi criada para avaliação de risco nutricional em pacientes cirúrgicos, mas tem sido utilizada em outras situações clínicas, como em pacientes geriátricos. É um método simples, de baixo custo e não invasivo, podendo ser aplicado a beirado leito.

A MAN foi criada e desde o início foi direcionada aos pacientes idosos. Seu objetivo é avaliar o risco de desnutrição em idosos, assim como identificar aqueles que possam se beneficiar com a intervenção dietoterápica precoce.

A ASG e a MAN são avaliações consolidadas na literatura, porém não há um padrão-ouro para o diagnóstico de desnutrição. Um estudo prospectivo e randomizado evidenciou que tanto a ASG quanto a MAN representam um bom indicador de risco de desenvolvimento de complicações atribuídas a desnutrição.

Observa-se que a obesidade e desnutrição são mais prevalentes no sexo feminino, sendo a desnutrição mais observada entre os idosos hospitalizados, institucionalizados e entre os octogenários.

SAÚDE BUCAL

No panorama da atenção á saúde suplementar, vê-se que no âmbito da saúde bucal os temas mais abordados são os seguintes: higiene bucal (92,4%), cárie (84,8%),doença periodontal (74,7%) e câncer bucal (60,1%).

As atividades nesse âmbito não se restringem somente ao atendimento ao resultado do problema mais sim é realizada uma abordagem mais ampla com palestras e atividades educativas, distribuição de produtos de higiene bucal, revelação de placa e escovação adequada, aplicação tópica de flúor, orientação para grupos de risco e atividade lúdica, e orientação para outros profissionais de saúde perpetuando o conhecimento.

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Na visão da odontologia o envelhecer é permeado por modificações fisiológicas que levam á mudanças no meio bucal que acabam por gerar queixas pelos idosos.

Em um passado próximo nossos idosos eram desdentados, porém, essa realidade começa a mudar através principalmente das ações e programas desenvolvidos para melhoria da qualidade de vida como a fluoretação das águas para abastecimento público que reduziu a incidência de cáries o que é considerada a principal causa de perda dentária.

Porém, em contexto global de saúde a âmbito bucal não se encontra plenamente inserido, na faixa etária dos 65 aos 74 anos, a perda dentária chega a aproximados 92,95%, apesar de alarmante já se observam mudanças desse cenário influenciados por uma maior conscientização da população e das esferas público-privado.

A inserção do odontogeriatra nas equipes multidisciplinares a tratarem os idosos é de extrema importância visto a necessidade de atenção aos sinais de risco e a promoção, proteção e recuperação da saúde bucal.