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    ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS DO 

    ENVELHECIMENTO Ana Carla Farias

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    INTRODUÇÃO 

    Envelhecimento:

      Processo fisiológico, gradual, previsível e inevitável própriodos seres vivos, que envolve maturação e evolução, édeterminado geneticamente e modificado ambientalmente.

      Decorre a todos os níveis de organização biológica comalterações irreversíveis na estrutura e funcionamento decélulas, tecidos, órgãos e sistemas do organismo.

    Decurso lento e contínuo que leva a uma diminuiçãoprogressiva da reserva funcional dos diferentes órgãos.

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    SENESCÊNCIA X SENILIDADE 

    ENVELHECIMENTO FISIOLÓGICO (Senescência)

    Refere-se aos processos biológicos inerentes aos organismos esão inevitavelmente involutivos. Provavelmente, essastransformações sofrem influência do ambiente físico e social.

    ENVELHECIMENTO PATOLÓGICO (Senilidade)

    Refere-se às alterações resultantes de traumas e doenças queocorrem no ciclo vital.

    Obs.: Os principais determinantes do envelhecimento são ahereditariedade e o estilo de vida (fatores ambientais).

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    SENESCÊNCIA X SENILIDADE 

     

    Envelhecimento Fisiológico 

    Idade

    Infância e

    adolescência

    Adultez elhice

    Limiar de Incapacidade

    Envelhecimento

    Patoló ico

       F  u  n

      ç   ã  o 

    www.ciape.org.br/.../edgar/livro_ger_bas_demo_fisiologia_env.doc

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     ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS DO ENVELHECIMENTO 

    Composição e forma do corpo

    Pele e anexos

    Sistema cardiovascular

    Sistema respiratório

    Sistema Gastrointestinal

    Sistema gênito-urinário

    Sistema Nervoso

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    COMPOSIÇÃO E FORMA DO CORPO 

     Água Corporal Redução de 20 a 30% da água corporal total

    Redução mais importante no conteúdo intracelular

     “Desidratado crônico” 

    Maior risco de desidratação aguda

     Alteração no volume de distribuição de drogas hidrossolúveis

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    COMPOSIÇÃO E FORMA DO CORPO  Sistema Muscular Perda de massa muscular – sarcopenia

    Diminuição do peso corporal

    Redução da força muscular, mobilidade, equilíbrio Quedas

    Menor tolerância a esforço físico Diminuição da sensibilidade à insulina Intolerância à glicose

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    COMPOSIÇÃO E FORMA DO CORPO 

    Massa óssea Redução do conteúdo mineral ósseo

    Maior perda de massa óssea após a menopausa

    Redução dos níveis de hormônio do crescimento

     Aumento do paratormônio

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    COMPOSIÇÃO E FORMA DO CORPO 

    Estatura: Perda de 1 cm por década a partir dos 40 anos de idade

     Aumento da curvatura da coluna vertebral

    Diminuição dos arcos dos pés

    Perda de massa óssea

    Hipercifose torácica

     Achatamento dos discos intervertebrais

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    COMPOSIÇÃO E FORMA DO CORPO 

    Gordura Aumento de 20 a 30% na gordura corporal total (2 a

    5%/década, após os 40 anos)

    Tecido adiposo em menor quantidade nos membros

    Deposição abdominal e visceral da gordura Aumento da meia-vida das drogas lipossolúveis

    (benzodiazepínicos)

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    PELE E  ANEXOS 

    Epiderme Redução do potencial proliferativo

    Menor número de melanócitos e de células de Langerhans

    Redução da adesão dermato – epidérmica

    Flacidez

    Redução do turgor

    Redução da elasticidade

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    PELE E  ANEXOS 

    Derme Redução da espessura Menor celularidade e vascularização Degeneração das fibras de elastina

    Degeneração das fibras de colágeno Maior mobilidade Rugas Palidez

    Glândulas Redução do tamanho e da função de glândulas sudorípara e

    sebácea Sudorese prejudicada Alteração na regulação da

    temperatura

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    PELE E  ANEXOS 

    Palidez devido a menor quantidade de melanócitos

    Manchas hipercrômicas em áreas expostas ao sol – face edorso das mãos

    Melanose senil

    Púrpura senil pele e subcutâneo menos espessos +trauma

    Melanose senil

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    PELE E  ANEXOS 

    Pêlos Redução geral dos pêlos em todo o corpo, exceto narinas,

    orelhas e sobrancelhas

    Perda da pigmentação dos pêlos – cabelos brancos

    Inativação de células do bulbo capilar – queda de pêlos ecalvície

    Unhas Tornam-se frágeis, sem brilho, com estriações longitudinais e

    descolamento Grau de crescimento progressivamente menor

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    SISTEMA CARDIOVASCULAR 

    Retardo no enchimento do ventrículo esquerdo

    Endurecimento e espessamento da parede ventricularesquerda

    Menor frequência cardíaca em repouso

    Menor frequência cardíaca máxima induzida por exercícios Espessamento das válvulas cardíacas (mitral e aórtica)

    Sopros

     Aumento progressivo da pressão arterial

     Aumento da resistência vascular periférica

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    SISTEMA CARDIOVASCULAR 

    Rigidez vascular

    Fibrilação atrial Arritmia mais comum em idosos

    Hipotensão postural

    Capacidade homeostática limitada

     Aterosclerose Menor capacidade de resposta dos barorrecepptores – 

    hipotensão postural

    Reserva funcional diminuída

    Maior dificuldade de adaptação à sobrecarga

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    ALTERAÇ ES MORFOL GICAS NO CORAÇ O

    SISTEMA DECONDUÇÃO 

    MIOC RDIO 

    ENDOC RDIOPERICÁRDIO

    CORAÇÃO

    Valvulopatias degenerativasAórtica principalmenteMitral

    Pouca alteração na tricúspide e pulmonar

    Fibrose e calcificação anelvalvar e septo

    Diminuição do número de miócitos e substituição por fibroseHipertrofia dos miócitos restantes. Apesar da

    hipertrofia do coração globalmente poder nãose apresentar significativa.

    Aumento do número e da espessura das fibrascolágenas do sub-tipo I  –  enrijecimento.

    Deposição de amiloide  –  amiloidoseDeposição de lipofucina  –   metabolismo dos

    lipídios, sem relevância

    Substituição fibrosa do tecido de condução:Doença do Nó Sinusal, Bloqueio Atrio-Ventricular e Intra-

    ventricular, extra sístoles, etc. Redução de até 90% das células do marca-passo

    sinusal em idosos > 75 anosRedução da inervação cardíaca parassimpática e

    simpática

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    ATEROSCLEROSE

    INFLAMAÇÃO VASCULAR CRÔNICA

    Aumenta adesividade do endotélio às plaquetas e leucóciotos

    Aumenta permeabilidade vascularEstimula coagulação

    Migração e proliferação de célulasmusculares lisas, monócitos-macrófagos, linfócitos T.Liberação de múltiplas enzimas, citocinas e

    fator de crescimento.

    REMODELAMENTOARTERIAL

    Cápsula fibrosa envolvendonúcleo lipídico e materialnecrótico.

    Placas estáveis

    Placas instáveis

    Fatores de Risco:Idade / Sexo masculinoHipertensão arterial crônicaDislipidemiaTabagismoHiperglicemia –  HiperinsulinemiaHomocisteínaObesidadeHereditariedade - SedentarismoInfecção: Chlamidia pneumoniae, Citomegalovirose

     Herpesvirus

    DISFUNÇÃO ENDOTELIAL

    REPERCUSS ES FUNCIONAIS

    Circulação:Coronariana: dor torácica, angina, IAM, ICCCraniana: AVC, AIT, Demência VascularMembros inferiores: Claudicação IntermitenteCarotídea:Sopro carotídeo, AVCAbdominal:  aneurisma de aorta abdominal Renal: insuficiência renal, hipertensão arterial,

    sopro abdominal.

    S NDROMESISQUÊMICAS

    AgudasCrônicas

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    SISTEMA RESPIRATÓRIO 

    Rigidez da parede da torácica

    Perda da retração elástica dos pulmões

    Perda da capacidade respiratória máxima

    Menor capacidade de troca de oxigênio e monóxido de

    carbono ao nível alveolar Reflexos pulmonares como tosse e função ciliar reduzidos

    Predisposição de indivíduos idosos ao acúmulo de secreções

    Obs.: A maior parte das alterações respiratórias ecardiovasculares não são perceptíveis ao repouso, mas sãonotáveis em situações de tensão, quando os mecanismos decompensação são superados.

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    SISTEMA G ASTROINTESTINAL 

    Boca  Atrofia das papilas gustativas

    Desgaste e perda de dentes – agravo pelo tabagismo

    Redução do funcionamento dos músculos da mastigação

    Tendência a engolir maiores quantidades de alimentação

    Dificuldade de fala

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    SISTEMA G ASTROINTESTINAL 

    Esôfago Progressiva redução da inervação intrínseca da musculatura

    lisa do esôfago

    Presbiesôfago

     Aumento da frequência de contrações não propulsivas Distúrbios funcionais do esfíncter esofágico superior e inferior

    Disfagia esofágica

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    SISTEMA G ASTROINTESTINAL 

    Estômago Gastrite atrófica

    Declínio na produção de secreção ácida do estômago

     Acloridria Deficiência na absorção de ferro

    Maior tempo de esvaziamento gástrico

     Alterações nos mecanismos de proteção gástrica - menoresquantidades de bicarbonato e prostaglandinas

    Maior sensibilidade a agentes agressores, como AINES

     Aumento da prevalência de colonização pela H.pylorii

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    SISTEMA G ASTROINTESTINAL 

    Fígado Redução do peso do fígado (perda de hepatócitos) – 30 a

    40%

    Menor síntese proteica

    Menor fluxo sanguíneo hepático Redução da secreção de albumina e glicoproteínas

     Alterações na farmacocinética de medicamentos que têmligação com a albumina. Ex: antipsicóticos

    Menor capacidade de metabolização hepática de drogas

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    SISTEMA G ASTROINTESTINAL 

    Pâncreas: Redução do peso

    Dilatação do ducto principal

    Proliferação do epitélio ductal e formação de cistos

    Fibrose

    Menor secreção de lipase e bicarbonato

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    SISTEMA G ASTROINTESTINAL 

    Intestino Delgado Redução da altura das vilosidades da mucosa

    Possíveis alterações na absorção

    Redução da superfície mucosa e de absorção

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    SISTEMA G ASTROINTESTINAL 

    Cólon Diminuição do fluxo sanguíneo

     Atrofia da mucosa

    Enfraquecimento muscular

     Aumento da prevalência de constipação

    Predisposição à diverticulite

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    SISTEMA GÊNITO-URINÁRIO 

    Rim Diminuição do peso renal

    Menor área de filtração glomerular

    Redução no ritmo de filtração glomerular

    Esclerose dos vasos renais

    Redução do número de glomérulos a partir da quarta década

    Reserva funcional reduzida em 50% aos 70 anos

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    SISTEMA GÊNITO- URINÁRIO 

    Bexiga e uretra Quebra do equilíbrio entre a musculatura voluntária e lisa

    Denervação da bexiga

    Enfraquecimento da musculatura da bexiga

    Redução da força de contração

    Maior volume residual

    Menor capacidade de armazenamento

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    SISTEMA GÊNITO - URINÁRIO 

    Sistema genital feminino Hipoestrogenismo

     Atrofia do útero e ovários

     Atrofia da mucosa vaginal e menor secreção glandular

    Maior chance de infecções gênito – urinárias

     Atrofia das glândulas mamárias e substituição por tecidoadiposo

    Enfraquecimento dos ligamentos de sustentação das mamas

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    SISTEMA GÊNITO - URINÁRIO 

    Sistema genital masculino Redução na função das células da parede dos túbulos

    seminíferos

    Redução no número de espermatozoides

    Redução gradual na produção de testosterona  Aumento do peso e do tamanho da próstata

    Pode haver dificuldade de micção

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    SISTEMA NERVOSO 

    Redução no tamanho e peso do cérebro

    Menor número de neurônios

    Depósito de substância beta amilóide na parede dos vasos

     Acúmulo de lipofuscina

    Maior prevalência de demências Declínio de algumas funções cognitivas

    Processamento de informações mais lento

    Menor quantidade de neurotransmissores – acetilcolina e

    dopamina Menor velocidade de condução nervosa – alteração nos

    reflexos

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    BIBLIOGRAFIA 

    Revista portuguesa de pneumologia – vol.XV. Nº42009

    www.ciape.org.br/matdidatico/anacristina/resumo_fisiologia.pdf

      ARTIGO DE REVISÃO. Alterações anatômicas efisiológicas do idoso. Physiological and anatomicalchanges in elderly. Miriam Gondim Meira Tibo

    Cienc Cuid Saude 2009 Abr/Jun; 8(2):220-227

    Rev Port Clin Geral 2007;23:191-5

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