AS DROGAS DE ABUSO · Identificação das principais emoções negativas (ansiedade, medo, raiva) e...
Transcript of AS DROGAS DE ABUSO · Identificação das principais emoções negativas (ansiedade, medo, raiva) e...
PROPOSTA DO WORKSHOP
1- Conceituação do Termo “Droga”2- Breve Histórico 3- Mecanismo de ação comum das drogas4- Efeitos das drogas5- Epidemiologia6- Prevenção7-Tratamento8- O aspecto espiritual9- Discussão
1- Classificação das drogas psicotrópicas
Influenciam no comportamento
Drogas com propriedade de causar intensos efeitos de prazerosos e conseqüente auto-administração.
perturbadoras estimulantes depressoras
• Maconha
• Ecstasy
• LSD
• Psilocibina (certos
cogumelos)
• Chá de ayhuasca
• Lírio; saia-branca
• Cocaína/ crack / oxi
• Anfetaminas
• Nicotina
• Álcool
• Inalantes
• Opiáceos
• BDZ
• utilizadas desde a pré-história – com os mais variados fins• aborígenes de diversas partes do planeta: fermentação de cereais• primeiros registros de consumo de álcool e ópio: 4000 AC – Egito/ Babilônia•maconha registrada em 2723 A.C. na Farmacopéia Chinesa
PRÉ- HISTÓRIA E ANTIGUIDADE
2- BREVE HISTÓRICO
Bebidas e pastilhas contendo cocaína eram populares no fim do séc XIX e início do séc XX.
SÉCULOS XIX e XX
Medicamentos à base de heroína foram, durante muito tempo, o carro chefe de grandes indústrias farmacêuticas
SÉCULOS XIX e XX
A imagem do índio norte-americano foi
amplamente utilizada pela
indústria do tabaco no séc. XX.
SÉCULOS XIX e XX
ABORDAGEM MÉDICA NA HISTÓRIA
1893 - O abuso de drogas é classificado na seção de
doenças gerais da CID.
1950 - O uso abusivo de substâncias psicoativas é
classificado como doença mental (CID VI).
• RP: sabor particularmente
agradável de um alimento
• RN: alivia a fome (estado
desagradável)
• RP: Prazer e euforia
• RN: alívio de sensações
ruins - ansiedade, depressão,
melancolia
Para entender melhor...
Reforçadores naturais Drogas
Fatores que influenciam os efeitos:
Dose
Gênero
Contexto
Tempo ingestão
Estado emocional
Alimentação concomitante
Quantidade de gordura no corpo
Efeito bifásico
Estimulação
Agitação motora
Euforia
“Alegria”
Depressão
Letargia
Rebaixamento da crítica
Incoordenação
Definição de Binge drinking
Estabelecido como 5 doses para homens e 4 para mulheres em uma mesma ocasião (Weschler et al, 2001)
Beber demais em um ocasião:
o julgamento fica comprometido
riscos associados aumentados
Riscos associados
Fazer coisas das quais se arrepende depois
Perder aulas (especialmente universitários)
Esquecer onde e com quem estava
Envolver-se em brigas
Danificar propriedade alheia
Relações sexuais sem proteção
Dirigir alcoolizado ou ser carona
Acidentes
Transgressões da lei
A intoxicação alcoólica
Morte: Causada por depressão respiratória ou inalação de vômito
Sinais de alerta:
Dificuldade de manter-se acordado
Desmaio
Pulso fraco e rápido
Respiração irregular
Pele fria, pálida, exalando odor alcoólico
Confusão mental
Vômito
Mulheres e álcool
Menor quantidade de água no organismo
Menor quantidade de ADH (enzima que degrada o álcool)
Se um homem e uma mulher ingerem a mesma quantidade de álcool, a mulher terá uma concentração alcoólica 30% maior, em média.
Tornam-se dependentes em menor tempo e com menores doses
Efeitos do uso crônico
HepatiteCirroseDiversos tipos de câncer ImpotênciaÚlceras PancreatiteDanos cerebrais etc
Informações Gerais
Atividades psíquicas: 9-THC
[9-THC] depende de solo, clima, estação, época da colheita, tempo decorrido entre colheita e uso
Formas de administração: pulmonar e oral
Fatores que influenciam os efeitos:
Circunstâncias
Quantidade da droga
Tipo de preparação
Via de administração
Estado de humor
2 a 3 mg de THC para conseguir efeito
Efeitos Agudos
Prazerosos:
Relaxamento Descontração Hilaridade Euforia ou sonolência
Desagradáveis:
Queda na atenção e aprendizado
Prejuízo da memória de curto prazo
Perda da discriminação do tempo e de espaço
Dificuldade de calcular Coordenação diminuída Má-viagem Possíveis alucinações e delírios
Efeitos do uso crônico
Psíquicos:
Síndrome Amotivacional
Transtornos psiquiátricos (depressão, ansiedade, pânico, esquizofrenia)
Alterações da memória
Orgânicos:
Alterações cardiovasculares
Afecções respiratórias
Câncer de pulmão
Testosterona –oligospermia
Redução das defesas imunológicas
• Folhas de Erythroxylon coca - mascadas por civilizações pré-incaicas há mais de 4500 anos
• Arbusto de coca cresce ao leste dos Andes e acima da Bacia Amazônica
• Nativos da região a mascam até hoje
Breve histórico
O CRACK:
• Base livre da cocaína
•Transformação do cloridrato em pH alcalino
• Bicarbonato de sódio ou amoníaco
•Fumada
• Potência similar ao endovenoso
•Ação extremamente rápida
• + fissura
•+ dependência
Efeitos Agudos Psicológicos
Sensação de aumento do estado de alerta
Aumento da auto-confiança, sensação de domínio do ambiente
Aumento de execução de tarefas físicas e intelectuais
Diminuição do apetite, da fadiga e da necessidade de sono
Sensação de bem-estar e euforia seguida por agitação e ansiedade
Doses mais altas: Alucinações e episódios de violência
Efeitos de Uso Crônico
Nervosismo e agitação constantes
Mudanças de humor
Psicose tóxica
Distúrbios alimentares (alternando fome intensa e supressão de apetite)
Disfunções sexuais: impotência
Aumento no risco de infarto e derrame
Letargia
Dependendo da via: perfuração do septo nasal, problemas respiratórios, abscessos no local da injeção, hepatite, HIV
TABACO
Tabagismo = maior causa isolada de mortes no mundo/epidemia mundial
generalizada (OMS)
Maior poder de vício entre todas as drogas e uso mais precoce
Fator de risco de 24 doenças diferentes
No Brasil: 35 milhões de fumantes
100 mil óbitos/ano (INCA/ ABIFUMO – 2002)
EFEITOS GERAIS DO TABACO
CONSTITUINTES do tabaco
Folha do tabaco- 500 constituintes
Após queima – 4720 constituintes
Compostos com ação cancerígena: ~80 subst.
Efeitos da nicotina:
dos batimentos
da PA
Formação de radicais livres
da formação de coágulos
depósito de gorduras nas artérias
vasoconstrição
vasoconstrição Ossos: risco de osteosporose
Pele: rugas
Cérebro: risco de AVC
Pênis: impotência
Gangrena de membros
Nicotina + CO = sinergismo para doenças cardíacas
CO – diminui suprimento de O2 nas células.
Subst. irritante da mucosa-cilioestase, hipersecreção de muco, enfisema.
0
2
4
6
8
10
12
14
Álcool
Tabaco
12,3 %
10,1 %
Dependência
Dependência de drogas entre os brasileiros
5- EPIDEMIOLOGIA
USO NO ANO %
Uso no ano de diversas drogas
42,4
9,6
5,23,7
2,61,7 1,8
0,40
10
20
30
40
50
Álcool Tabaco Solventes Maconha Ansiolíticos Anfetaminas Cocaína Crack
USO NO ANO (%)DROGAS (EXCETO ÁLCOOL E TABACO)
9,9
13,6
0
10
20
Rede Pública Rede Particular
Rede Pública Rede Particular
Escolas Públicas x Particulares
INFORMAÇÕES
trazidas pela mídia
Necessidade de avaliação
Enfoque sobre a violência e
tráfico
Pouca informação científica
comprovada
Sensacionalismo
Fatores de proteção
Âmbito familiar:
Envolvimento familiar positivo
Pais presentes e participativos
Monitoramento das atividades dos filhos
Harmonia doméstica
Regras claras de conduta reforçadas pela atitude da família
Âmbito social:
Comprometimento com a escola
Amigos não usuários de drogas e não envolvidos em atividades ilícitas
Disponibilidade da droga
Forte vínculo com instituições (escola; igreja)
Âmbito pessoal:
• elevada auto-estima
• religiosidade
• crenças nos valores sociais
vigentes
(NIDA, 2004)
Fatores de Risco
Âmbito familiar:
Relações familiares frágeis (falta de envolvimento afetivo)
Ambiente familiar caótico
Educação familiar inefetiva
Desarmonia doméstica
Consumo de drogas pelos pais
Âmbito social:
Baixo envolvimento com a escola
Envolvimento em atividades ilícitas
Amigos usuários de drogas ou com comportamento desviante
Mídia permissiva
Âmbito pessoal:
• não aceitação dos valores morais
vigentes
• pouca informação sobre drogas
• descontentamento pessoal
• comportamento agressivo
• fatores genéticos
Programa de prevenção na SAFRATER
PHAVI – Programa de Habilidades para a Vida
Desenvolvido desde 2006
Baseado no desenvolvimento de habilidades sociais (comunicação, cooperação, vida em grupo, assertividade e lazer) e emocionais (auto-estima,
auto-superação, pensamento independente, autonomia, responsabilidade e persuasão) que
somadas à melhora das condições de relacionamento familiar, podem agir como fatores
protetores ao uso de álcool e outras drogas e de condutas anti-sociais.
I) Habilidades emocionais
Identificação das principais emoções negativas (ansiedade, medo, raiva) e técnicas para controlá-las
A importância do auto-conceito e da auto-estima: como se formam e como podem ser moldados?
Auto-respeito: a importância da autonomia e pensamento independente
Aprendendo a lidar com desafios do cotidiano: a tomada de decisões e a solução de problemas
3 Módulos:
1) Habilidades emocionais;
2) Habilidades sociais;
3) Adolescência e saúde: corpo e mente em harmonia
Exemplo de conteúdo programático
7- TRATAMENTO
Dificuldades: baixa adesão e baixa eficácia
Abordagem da questão médica (tolerância; síndrome de abstinência)
Abordagem da questão espiritual (desobsessão; danos perispirituais; degradação moral)
Ideal: grupos de mútua ajuda, religiosidade, acompanhamento médico
Quando houver necessidade: associar com tratamento com psicofármacos
0800 510 0015
8- ASPECTOS ESPIRITUAIS
ALLAN KARDEC
Citação de vícios não especificando as drogas.
Citações sobre drogas (apenas álcool e tabaco):
1- Livro dos Espíritos – questão 848: A aberração das faculdades intelectuais por embriaguez excusa os atos repreensíveis? Não, por que o bêbado está voluntariamente privado de sua razão para satisfazer paixões brutais: em lugar de uma falta, ele comete duas.
2 – O Evangelho segundo o espiritismo: Cap 5 item 15 “Ocorre o mesmo com o suicídio; excluídos aqueles que se efetuam no estado de embriaguez e de loucura, e que podemos chamar de inconscientes, é certo que, quaisquer que sejam os motivos particulares, têm sempre por causa um descontentamento.”
3- Revista Espírita (Novembro de 1864): relato de espírito com cachimbo na boca.
COMPILADO DO TEMA DROGAS NAS OBRAS DE ANDRÉ LUIZ (cronologicamente)
Nosso Lar: suicídio por excesso de alimentos e álcool (cap 4)
Missionários da Luz: corpo doente por vícios, cólera e intemperança (cap 4); médiuns aniquilando o organismo por bebidas alcoólicas e excesso de alimento; descrição do corpo espiritual e físico lesado (cap 3, 10 e 19)
Obreiros da Vida Eterna: “os viciados experimentam tremenda INQUIETAÇÃO pelo desejo insatisfeito” (cap 19)
No Mundo Maior: Dependência de álcool, descrição de síndrome de abstinência, “alucinações”/ visões, vampiros, zonas umbralinas em que estão os depend entes, “taça viva”, parada cardíaca(Cap 14 e 17)
“Em derredor, quatro entidades embrutecidas submetiam-no aos seus
desejos. Empolgavam-lhe a organização fisiológica, alternadamente, uma a
uma, revezando-se para experimentar a absorção das emanações alcoólicas, no
que sentiam singular prazer. A cena infundia angustia e assombro.
Estaríamos diante de um homem embriagado ou de uma taça viva,
cujo conteúdo sorviam gênios satânicos do vício?”
Agenda Cristã: aspecto moral (cap 36)
“Quem sustenta o vício, encarcera-se nele”
Entre a Terra e o Céu: Obsessão/ vampirismo e herança
da dependência de outras vidas (cap 12)
“O dipsomano não adquire o hábito desregrado aos pais, mas
sim, quase sempre, ele mesmo já se confiava ao vício de
álcool, antes de renascer. E há beberrões desencarnados que
se aderem àqueles que se fazem instrumentos deles próprios.”
Nos Domínios da Mediunidade: vampirismo “Achava-se o
pobre amigo abraçado por uma entidade da sombra, qual
se um povo estranho o absorvesse (cap 15),
“Alucinações” e delirium tremens (Cap 21); emanações
tóxicas do tabaco e álcool nas sessões mediúnicas (Cap
28)
•Ação e Reação: degradação moral do álcool (cap
19)
•Mecanismos da Mediunidade: zonas purgatoriais
“para viciados de todas as procedências” (cap 24)
•Conduta Espírita: aspecto moral do não uso de
álcool e drogas (cap 34)
•Sexo e Destino: Desencarne por icterícia de
origem alcoólica; vampiros que induzem início do
consumo (cap 1, 3 e 6 pt 1); Beberrões
desencarnados (Cap 5 pt 2)
•Desobsessão: Não utilizar álcool no dia da reunião
mediúnica (cap 2)
“Se és pai ou mãe, não penses que o teu lar estará poupado. Observa o comportamento dos filhos, mantém-te, atento, cuida deles desde antes da
inerência e do comprometimento nos embalos dos estupefacientes e alucinógenos, em cuja oportunidade
podes auxiliá-lo e preservá-los.
Se és jovem, não te iludas, contaminando-te, face ao pressuposto de que a cura se dá facilmente.
Se és mestre, orienta com elevação abordando a temática sem preconceito, mas com seriedade”
Joanna de Ângelis/ Divaldo P. Franco “ Após a Tempestade”- 8ª ed (pg 46)