assistência oncológica - Instituto Nacional de Câncer · para o controle e a qualidade da...

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assistência oncológica RELATÓRIO ANUAL 2001 - INCA 38

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a s s i s t ê n c i a o n c o l ó g i c a

R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 1 - I N C A38

A S S I S T Ê N C I A O N C O L Ó G I C A - I N C A - R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 1 39

O controle do câncer depende de um con-junto de atuações em áreas diversas, mas éa terapêutica especializada, com o uso detecnologia e medicamentos de alto custo,que mais demanda o sistema de saúde.

A assistência médico-hospitalar é prestada no INCA por cinco unidades assistenciais, todas

localizadas no Estado do Rio de Janeiro, e compreende um atendimento multiprofissional

integrado, ambulatorial, hospitalar e domiciliar. Para tanto são oferecidos serviços de con-

firmação de diagnóstico de câncer, avaliação da extensão do tumor, tratamento, reabili-

tação e cuidados paliativos. Em 2001, foram abertas 10.137 novas matrículas no INCA

(tendo sido 10.794, em 2000) e realizadas 246.166 consultas clínicas (244.937 em 2000),

15.899 internações (16.224 em 2000) 12.963 operações cirúrgicas (12.675 em 2000),

35.642 atendimentos em quimioterapia (34.686 em 2000), 192.022 campos irradiados

(182.172 em 2000), 7.846 visitas domiciliares (7.171 em 2000) e 83 transplantes de medu-

la óssea (92 em 2000).

A prática da terapêutica especializada, estreitamente vinculada à formação de recursos

humanos nas diversas especialidades oncológicas, à pesquisa clínica e à divulgação científi-

ca, servem de base ao INCA para o desenvolvimento de seu papel de órgão do Ministério da

Saúde, regulador e normalizador da assistência oncológica no Brasil – seja pelo esta-

belecimento de parâmetros diagnóstico-terapêuticos, seja no desenvolvimento de mecanis-

mos de controle de procedimentos oncológicos de alta complexidade, na coordenação de

campanhas de controle do câncer ou na reorganização da assistência oncológica no Brasil.

Com este foco, a Direção Geral promoveu em 2001 um ajuste importante no conjunto de

atividades realizadas no Instituto, com o objetivo de torná-las cada vez mais integradas, e

intensificou as parcerias interinstitucionais, por exemplo, por intermédio do CONSINCA, do

CONBIO e da articulação com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde. Tais medidas

são fundamentais para que o INCA possa ampliar sua liderança no processo de expansão

da oncológica em todo o território nacional.

R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 1 - I N C A - A S S I S T Ê N C I A O N C O L Ó G I C A40

E X P A N S Ã O D A A S S I S T Ê N C I A O N C O L Ó G I C A

N O B R A S I L - P R O J E T O E X P A N D E

Desencadeado em 1998 pelo Ministério da Saúde e executado pelas secretarias estaduais e

municipais de Saúde (Portaria GM/MS nº 3.535, de 2 de setembro de 1998), o Projeto

Expande – Projeto de Expansão de Centros de Alta Complexidade em Oncologia (CACON)

– foi elaborado e está sendo implantado desde 2000, em um trabalho conjunto da Secretaria

de Assistência à Saúde (SAS), da Secretaria Executiva (SE) e do Instituto Nacional de Câncer,

todos do Ministério da Saúde.

O Projeto tem como principal objetivo aumentar, até 2004, a capacidade instalada de

assistência integral para 14 milhões de brasileiros, com a criação ou melhoramento de insta-

lações de centros oncológicos estruturados em 20 hospitais, em vários estados do Brasil. Ele

visa romper com a predominância do atual modelo assistencial e orientar a ampliação da

cobertura, a partir da realidade epidemiológica, estimulando o crescimento ordenado da

oferta de serviços. Três são os seus critérios orientadores: validade social (máxima cobertura

possível), validade estratégica (atendimento à área pouco coberta) e validade política (inte-

gralidade de ações, integração de serviços e articulação pactuada de todos os envolvidos).

Em 2001, deu-se continuidade ao desenvolvimento de atividades específicas, buscando via-

bilizar as condições técnicas e operacionais necessárias ao início do processo de implantação

dos CACON I. Com base nos três critérios orientadores, foram aprovados pelo Ministério da

Saúde sete candidatos para que fosse iniciado o processo de implantação em 2001. Os sete

municípios escolhidos foram:

Divinópolis-MG (Hospital São João de Deus); Araguaína-TO (Hospital Comunitário de

Araguaína); Itabuna-BA (Santa Casa de Misericórdia de Itabuna); Ijuí-RS (Hospital de

Caridade de Ijuí); Maceió-AL (Hospital Universitário-UFAL); Rio de Janeiro-RJ (Universidade

Federal do Rio de Janeiro e Universidade Estadual do Rio de Janeiro).

O quadro apresenta a situação de cada CACON, em 2001, relacionada às principais etapas

do processo de implantação.

A s s i n a t u r a d o p r o t o c o l o

d e c o o p e r a ç ã o m ú t u a

e n t r e o M i n i s t é r i o d a

S a ú d e

e a s S e c r e t a r i a s E s t a d u a i s

d e S a ú d e d e M i n a s G e r a i s

e To c a n t i n s , p a r a i m p l a n -

t a ç ã o d o s C A C O N

d e D i v i n ó p o l i s - M G

e A r a g u a í n a - T O

Etapas/CACON Divinópolis Araguaína Ijuí Petrolina Itabuna UERJ UFRJ Maceió

Negociação Concluída Concluída Concluída Concluído Concluída Concluída Concluída Concluídacom a SES em Set/00 em Set/00 em Ago/01 em Jun/01 em Jun/01 em Abr/01 em Abr/01 em Set/01

Visita Exploratória Concluída Concluída Concluída Concluída Concluída Concluída Concluída Concluída

Visitas Técnicas Concluída Concluída Concluída 2003 Concluída Concluída Concluída Concluída

Formalização da Protocolo Protocolo Abr/02 2003 Abr/02 Abr/02 Abr/02 Jan/01implantação assinado assinado

em Jun/01 em Jun/01

Treinamento(*) Concluído Concluído Mar/02 2003 Mar/02 Mar/02 Mar/02 Mar/02(Início) (Início) (Início) (Início) (Início) (Início)

Obras Concluída Em Projeto Anteprojeto Projeto Concluída Em ProjetoAndamento Andamento

Aquisição de Liberada Liberada Liberada 2003 Liberada Em Andamento Em Andamento Pré-empenhoEquipamentos Importação Importação Importação Importação pelo Projeto de pelo Projeto de

Reequipamento Reequipamento

Inauguração Concluída Out/02 Set/02 2004 Nov/02 Jun/02 Jun/02 Dez/02

(*) Foram treinados no INCA 16 profissionais provenientes dos CACONs de Araguaína e Divinópolis: dois Médicos, quatro Enfermeiras, dois Assistentes Sociais, duas Farmacêuticas, duas Psicológas, dois Fisioterapeutas, um Nutricionista, um Arquivista.

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O atraso no cronograma do Projeto deveu-se principalmente à imprevisibilidade do tempo

necessário à negociação com as Secretarias Estaduais de Saúde quanto à localização dos

CACON, à inexistência de sistema de referência e contra-referência para assistência oncológ-

ica nos estados e à demora para a elaboração do projeto arquitetônico das unidades de

quimioterapia e radioterapia. Por ocasião da definição das metas, essas dificuldades foram

subestimadas. Em dezembro foi inaugurado o CACON de Divinópolis-MG pelo Ministro da

Saúde, com a realização de uma exposição sobre a "Prevenção e o Controle do Câncer" e

um fórum sobre "O Controle do Câncer no Oeste Mineiro".

Para dar maior confiabilidade ao Projeto Expande e subsidiar os gestores dos CACON, no

que se refere a capacidade operacional, abrangência geográfica e demanda de serviços

oncológicos, está sendo desenvolvido o projeto de "Elaboração de indicadores e parâmetros

assistências para a área oncológica a partir dos bancos de dados do SUS" (SIA, SIH, APAC

ONCO) em parceria com a UFRJ.

Q U A L I D A D E E M R A D I O T E R A P I A

O Programa de Qualidade em Radioterapia (PQRT) tem como finalidade sistematizar ações

para o controle e a qualidade da radioterapia no tratamento do câncer no Brasil. Seu desen-

volvimento está a cargo do INCA, em parceria com outras 32 instituições da Associação

Brasileira de Instituições Filantrópicas de Combate ao Câncer (ABIFICC) que prestam

serviços ao SUS. As principais atividades do Programa são: treinar profissionais da área de

radioterapia, elaborar recomendações para a uniformização das condutas de radioterapia e

dosimetria, controlar a qualidade dos procedimentos e estabelecer um sistema de comuni-

cação entre as instituições participantes do PQRT por intermédio de uma rede extranet.

A primeira fase do PQRT foi consolidada em 2001. Foram analisadas in loco as condições

de operação de 29 equipamentos de radioterapia (18 Co-60 e 11 Aceleradores Lineares).

As avaliações dosimétricas via postal monitoraram 76 feixes de fótons ao longo de três

avaliações. Para que todos os feixes ficassem dentro do nível aceitável, foram feitas 28

reavaliações.

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Para a atualização técnico-científica de físicos e técnicos das 33 instituições participantes do

Programa, foram ministrados dez cursos (dos quais oito nas instalações do INCA) treinan-

do, no total, 86 profissionais. Neste mesmo período, foi inaugurada a INCANET (Extranet

do INCA) que viabilizou a realização de reuniões virtuais entre médicos com a participação

de quatro serviços de radioterapia.

C O N T R O L E E A V A L I A Ç Ã O E M O N C O L O G I A

Como instância técnica do Ministério da Saúde, o INCA desempenha um papel importante

na avaliação e controle em Oncologia, com a finalidade de contribuir para a melhoria da

qualidade na prestação de serviços oncológicos ao SUS. Algumas deficiências observadas

são, o desperdício de recursos pela duplicação dos atendimentos e procedimentos, pela falta

de equilíbrio de ações e de integração entre os três níveis do sistema de saúde e pela falta

de avaliação dos tratamentos aplicados, entre outras razões.

Nesse mister, o INCA participa da parte de estruturação do sistema, por meio da análise para

cadastramento no SUS das unidades prestadoras de serviços, e da prestação propriamente

dita dos serviços oncológicos. Para dinamizar este processo, criou-se no Instituto a Área de

Relações Institucionais, com um Corpo de Consultores Internos. Em 2001, foram cadas-

tradas 15 das 271 unidades existentes, incluindo os Centros autorizados pelo Sistema

Nacional de Transplantes para a realização de transplantes de medula óssea, e expedidos

279 pareceres técnicos.

R E A L I Z A Ç Õ E S N O Â M B I T O

D O C O N S E L H O D E B I O É T I C A D O I N C A – C O N B I O

O Conselho de Bioética do INCA (CONBIO), desde sua formação, em 1999, tem mantido o

seu objetivo de assessorar a Direção Geral nas tomadas de decisões quanto à emissão de

pareceres sobre temas polêmicos e conflitantes na prática de uma Medicina mais justa e

igualitária no contexto da política sanitária brasileira.

Um grande avanço se deu nas discussões e debates promovidos com vários representantes

qualificados da sociedade, sobre as políticas e procedimentos bioéticos adotados na

Assistência Oncológica, inclusive na discussão sobre a atuação do Poder Judiciário em busca

da garantia dos direitos individuais e coletivos.

Outro ponto que mereceu constantes debates nas reuniões do CONBIO foi a forma de se

administrar, de acordo com os princípios éticos da instituição, a pressão originada da indús-

tria farmacêutica, visando à incorporação de novos medicamentos.

Também foram registrados muitos debates sobre se e como os procedimentos experimen-

tais devem ser executados e ressarcidos pelo SUS.

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P R O D U Ç Ã O P O R U N I D A D E A S S I S T E N C I A L

Como centro de atendimento multiprofissional integrado, o INCA presta assistência médi-

co-hospitalar por intermédio dos Hospitais do Câncer I, II e III, do Centro de Transplante de

Medula Óssea (CEMO) e do Centro de Suporte Terapêutico Oncológico (CSTO), cada um

com níveis específicos de complexidade.

Em 2001, com o objetivo de conferir sempre mais qualidade aos serviços oncológicos ofere-

cidos à população, a prioridade continuou sendo a padronização e otimização dos fluxos e

procedimentos médico-hospitalares, com reflexos diretos no processo de auto-avaliação em

todas as cinco unidades assistenciais. Apoiado no conceito da integralidade, visando

redefinir com clareza o perfil do paciente atendido no Instituto, o Hospital do Câncer II

adquiriu definitivamente o perfil de uma unidade dedicada ao atendimento a pacientes

com câncer genital feminino.

Outros avanços observados foram a implantação do Sistema de Matrícula Única entre os

Hospitais do Câncer I, II e III, unificando os prontuários e agilizando o atendimento ao

paciente, e a informatização dos procedimentos clínicos com sua incorporação à nova

Intranet do Instituto. As solicitações de exames de imagem são um bom exemplo disso.

Informatizadas, facilitaram o preenchimento da Autorização para Procedimento de Alta

Complexidade em Oncologia (APAC), melhorando a qualidade da informação médica.

Também destacaram-se:

• A organização de 68 Condutas Diagnóstico-Terapêuticas, das quais 13 foram divulgadas

para todo o país através da Revista Brasileira de Cancerologia (veja no Capítulo

Divulgação Científica).

• A implantação de novas iniciativas de humanização dos hospitais, no sentido de benefi-

ciar os usuários e os profissionais de saúde, difundindo uma nova cultura na rede hospi-

talar pública brasileira.

• Manutenção do programa de captação de doadores regulares de sangue que deu ao

INCA a auto-suficiência em relação a sangue e hemoderivados.

• Realização de pesquisa de satisfação na alta hospitalar, que resultou em melhorias, a par-

tir dos questionários preenchidos por pacientes e seus acompanhantes.

As principais realizações e os dados da produção médico-hospitalar de cada unidade assis-

tencial do INCA estão apresentados a seguir.

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O H o s p i t a l d o C â n c e r I ( H C I )A busca da qualidade na assistência médico-hospitalar e o desenvolvimento de projetos de

humanização nas instalações nortearam as ações do Hospital do Câncer I em 2001. Os

serviços oncológicos prestados à população foram avaliados a partir de pesquisas de satis-

fação entre pacientes e seus acompanhantes e discutidas diretamente com os Serviços, os

chefes de Divisões e a Direção do Hospital.

Uma conquista significativa deu-se com a reabertura do Centro de Estudos do HC I, com a

realização de sessões científicas semanais para discussão de casos e organização de eventos

científicos visando à promoção da educação continuada dos profissionais do HC I. Neste mis-

ter, também deve ser destacada a abertura de vagas para os cursos de pós-graduação, nas

áreas de Medicina Nuclear, Hematologia, Microcirurgia, Urologia e Medicina Intensiva.

Merecem registro a inauguração do Laboratório de Prótese e do Consultório de Odonto-pedia-

tria, desenvolvido com recursos doados à FAF pelo jogador de futebol Ronaldinho e pela parce-

ria com o Serviço de Odontologia da UERJ; a inauguração das novas instalações do Serviço de

Radiologia, já com a previsão de chegada dos novos equipamentos de ressonância magnética

(1,5 Tesla) e de tomografia helicoidal; e a inauguração de uma gama-câmara com dois

cabeçotes, que reduziu em 50% o tempo de realização da cintilografia.

Outras ações de destaque foram:

• A unificação dos Serviços de Cirurgia Abdominal, que teve seu processo desenvolvido no

exercício de 2001.

• A implantação da prescrição eletrônica, que permitiu a agilização do trabalho médico,

além de eliminar erros de interpretação devido à grafia.

• A disponibilização na Intranet do mapa cirúrgico que, entre outros serviços informatiza-

dos, permitiu grande economia na circulação de papel no HCI.

• A incorporação de práticas pioneiras para o tratamento do câncer de fígado, na rede

pública de saúde, que aumentaram em 300% o número de casos de adultos tratados no

INCA, com redução da morbidade (17,5%) e mortalidade (5,2%) por este tipo de câncer.

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O Hospital do Câncer I (HC I) é a principal unidade hospitalar do INCA e a de maior complexidade tecnológica. O HC I atende doentes de todas as modalidades de câncer. Conta com 1.413 funcionários e tem 216 leitos (incluindo-se dez leitos para Terapia Intensiva), distribuídos em 11 andares, com uma área de 33.000 m2.

O Centro Cirúrgico dispõe de dez salas operatórias com equipamentos modernos. Na área de exames complementares, o HC I conta com serviços de alta tecnologia, com ressonância magnética, tomógrafo helicoidal e gama câmara.

O HC I também conta com reabilitação e suporte laboratorial e terapêutico. Atua também nas áreas de pesquisa clínica aplicada, investigando novas modalidades terapêuticas do câncer, e de ensino médico com programas de especialização e residência em várias especialidades afins.

O Hospital do Câncer I está localizado na Praça Cruz Vermelha, nº 23, no Centro do Rio de Janeiro.

1998 1999 2000 2001

Matrículas 7.669 7.062 6.962 4.958

Consultas Ambulatoriais 154.947 126.060 123.528 140.619

Cirurgias 7.796 7.572 8.124 8.515

Atendimentos em Quimioterapia 22.362 21.378 20.220 20.593

Patologia Clínica 682.986 685.284 827.542 915.143

Fisioterapia (incluindo Fonoaudiologia) 26.386 24.356

Número de Campos Irradiados 131.438 169.606 182.172 191.822

Exames de Diagnóstico por Imagem 69.193 72.650 64.765 69.281

Exames Medicina Nuclear 5.019 5.372 5.076 5.6971

Exames Anatomopatológicos 39.076 40.967 42.553 47.160

Suporte Nutricional 5.003 8.237

Endoscopia 4.745 4.983 4.964

Hemoterapia – Exames e Procedimentos 301.675 377.6522

Hemoterapia – Doadores Atendidos 21.204 21.914

Hemoterapia – Transfusões 42.339 29.394

1 inclui iodoterapia radioativa2 inclui irradiação e filtração de hemocomponentes

I N D I C A D O R E S D E D E S E M P E N H O H O S P I T A L A R 1 9 9 8 A 2 0 0 1

TO 84,0 86,0 90 83

TMP 7 7,6 7,5 7,3

IS 2 1,2 0,8 1,5

IR 3 3,4 3,5 3,5

TO - taxa de ocupação em % IS - intervalo de substituição TMP - tempo médio de permanência em dias IR - índice de renovação

P R O D U Ç Ã O

As metas de produção estabelecidas pelo HC I para 2001 foram alcançadas. Houve incre-

mento de 5% no volume de cirurgias realizadas, 14% no total de Consultas Ambulatoriais,

5% nas aplicações de Radioterapia e 1,78% nas de Quimioterapia. Também deve ser

ressaltada a normalização do volume de Exames de Diagnóstico depois da inauguração das

novas instalações.

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O H o s p i t a l d o C â n c e r I I ( H C I I )Em 2001, o Hospital do Câncer II foi transformado gradualmente em uma unidade dedicada

ao tratamento do câncer genital feminino, em cumprimento a mais uma etapa do processo

implementado em 1998 pela Direção Geral visando à integração de serviços duplicados no

INCA. As atividades relativas ao tratamento do câncer do aparelho digestivo foram integradas

à Seção Abdômino-Pélvica, no Hospital do Câncer I. Visto que essa mudança de perfil ocorreu

a partir de maio, e considerando as modificações necessárias em sua organização e estrutura,

os resultados aqui apresentados refletem, em muitos casos, situações atípicas.

Dentre as mudanças promovidas no Hospital do Câncer II visando adequar seus serviços ao

novo perfil, as principais foram:

• Congregação dos profissionais médicos sob chefia única.

• Discussão da normalização das condutas clínicas.

• Integração com os demais serviços assistenciais e de apoio.

• Estruturação do atendimento ambulatorial concentrado num mesmo espaço físico, de uso

exclusivo para pacientes da clínica ginecológica.

• Instituição da triagem ginecológica pelo médico / enfermeira / assistente social.

• Implantação do ensino continuado em enfermagem ginecológica.

• Retomada das sessões clínicas gerais com assuntos de interesse da especialidade.

Outras ações realizadas em 2001 foram:

• Reestruturação do organograma do HC II.

• Criação de espaços próprios, por andar, para prescrição médica / procedimentos.

• Obras de recuperação das áreas internas.

• Reativação das Comissões de Auditoria de Prontuários, Revisão de Óbito e de Controle de

Infecção Hospitalar.

• Implementação do Projeto de Humanização com 13 processos em desenvolvimento.

• Implantação do Projeto Grupo de Sala de Espera Ambulatorial.

• Fortalecimento das parcerias internas e com as secretarias municipais e estaduais de saúde.

Também no HCII foram observadas melhorias tecnológicas. O sistema informatizado do

INCA, implantado primeiramente nessa unidade, que permite a consulta ao prontuário e aos

resultados de exames ainda que realizados nas outras unidades hospitalares, continuou

1998 1999 2000 2001

Matrículas 1.906 2.410 2.007 1.985

Consultas Ambulatoriais 61.154 60.164 51.765 43.628

Cirurgias 1.957 2.459 2.620 2.402

Atendimentos em Quimioterapia 12.099* 6.744 6.204 5.360

Hormonioterapia - 6.996 8.484 7.475

Patologia Clínica 160.191 140.176 184.069 177.433

Exames de Diagnóstico por Imagem 23.713 21.144 20.412 21.930

Exames Anátomo-patológicos 9.367 11.194 13.714 12.754

Endoscopia 2.320 1.981 3.194 2.623

* Estão somadas as aplicações de quimioterapia e hormonioterapia.

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TO 87 72 86 88

TMP 11 9 8 9

IS 1,6 3,5 1,4 1,2

IR 2,5 1,4 3,1 2,8

TO - taxa de ocupação em %TMP - tempo médio de permanência em diasIS - intervalo de substituiçãoIR - índice de renovação

O Hospital do Câncer II (HC II) recebe pacientes para tratamento ambulatorial, internações e cirurgias e está entre os hospitais mais bem equipados do Sistema Único de Saúde. Com sete andares e 83 leitos, ocupa uma área de 6.200m2, na qual trabalham 428 funcionários.

O HC II é a unidade hospitalar do INCA responsável pelo atendimento a adultos matriculados nos Serviços de Ginecologia e Oncologia Clínica. Suas instalações compreendem um Centro Cirúrgico com estrutura física e equipamentos apropriados,Centro de Terapia Intensiva (CTI) com seis leitos, Unidades de Pós-Operatório (UPO) com três leitos, Ambulatório, Emergênciae um Centro de Quimioterapia, atualmente, com capacidade para 25 atendimentos por dia, tendo em vista que as aplicaçõesdos medicamentos para neoplasias ginecológicas demandam um maior tempo de administração.

O Registro Hospitalar de Câncer (RHC) do Hospital do Câncer II, em funcionamento desde 1991, apresenta um grande diferencial: consegue trazer, após um ano, para exames de rotina, 99,2% dos pacientes tratados, quando em outros hospitaisde câncer a média é de 75%.

Conta com setores especializados como Ginecologia, Oncologia Clínica, Anestesiologia, Unidade de Diagnóstico: Endoscopia,Laboratório de Patologia Clínica, Anatomia Patológica e Centro de Imagem, equipado com tomógrafo. Possui tambémComissão de Controle de Infecção Hospitalar e outros serviços para o atendimento multiprofissional, que incluiEstomatoterapia, Psiquiatria, Psicologia, Enfermagem, Fisioterapia, Nutrição e Serviço Social.

O Hospital do Câncer II está situado na Rua Equador, nº 831, em Santo Cristo, Rio de Janeiro-RJ.

sendo desenvolvido. O acesso à rede, disponibilizado com novos e melhores equipamentos,

em todas as áreas assistenciais, administrativas, ambulatoriais e nos laboratórios de Análises

Clínicas e Anatomia Patológica, possibilitou a otimização de todos os processos.

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P R O D U Ç Ã O

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O H o s p i t a l d o C â n c e r I I I ( H C I I I )Nos últimos anos o Hospital do Câncer III vem adequando e estabilizando seus procedi-

mentos ao perfil de uma unidade hospitalar especializada no tratamento de pacientes com

câncer de mama, tendo para isso redefinido os critérios para abertura de matrícula, com

impacto na qualidade do atendimento (menos matrículas e maior volume de pacientes

tratados). Muitas realizações de 2001 contribuíram para a melhoria dos serviços prestados

por essa unidade do INCA. Dentre elas, o agendamento de consultas marcadas, no horário

de 8 às 12 horas e de 13 às 16 horas, implantado a partir de julho, visando não só ao

aumento da qualidade do serviço prestado em todas as clínicas, como também à huma-

nização do atendimento.

O Núcleo de Ouvidoria foi criado em janeiro com uma assistente social. Das 236 reclamações

registradas e apuradas pelo Núcleo durante o ano, a maior parte foi solucionada no mesmo

dia, tendo este procedimento reduzido em 46%, comparativamente ao ano de 2000, o uso

das Caixas de Comunicação.

A Unidade Tranfusional teve seus serviços reestruturados. Foi lançada a campanha "Amigo

de Sangue", com o objetivo de aumentar o estoque de sangue do INCA e captar doadores.

A construção de uma nova Central de Quimioterapia resultou em um aumento significativo no

número de pacientes atendidos por este setor. Outra obra que proporcionou mais conforto a

funcionários e pacientes foi a construção da nova cantina, mais espaçosa que a anterior.

Outras melhorias estão em andamento. Entre elas as obras de aumento de capacidade e mo-

dernização do Centro Cirúrgico e Central de Material Esterilizado, a construção da nova

Farmácia e da Emergência. O pátio externo da unidade está sendo refeito para possibilitar uma

melhor circulação de ambulâncias e automóveis. A previsão é de que todas as reformas este-

jam prontas em 2002.

Em 2001, o HC III registrou um aumento de 27% no faturamento em relação aos exercício

anterior devido ao incremento das APACs.

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TO 72,3 66 63 61

TMP 4,6 4,9 3,8 4,2

IS 1,8 2,5 2,0 2,7

IR 4,8 4,5 5,8 4,6

TO - taxa de ocupação em % TMP - tempo médio de permanência em diasIS - intervalo de substituição IR - índice de renovação

1998 1999 2000 2001

Matrículas 3.223 2.848 1.825 1.780

Consultas Ambulatoriais 35.651 46.228 56.792 49.928

Cirurgias 2.067 1.338 1.931 2.046

Atendimentos em Quimioterapia 5.567 4.963 8.262 9.689

Patologia Clínica 134.238 145.387 167.139 177.742

Exames de Diagnóstico por Imagem 12.463 15.103 18.342 22.248

O Hospital do Câncer III (HC III) é uma unidade dedicada ao diagnóstico e tratamento do câncer de mama, com participação ativa nos programas de ensino e pesquisa.

O HC III dispõe de 52 leitos e conta em seu quadro com 361 funcionários. Atende a pacientes do sexo feminino com doençaspré-malignas e malignas de mama e desenvolve assistência de natureza multidisciplinar, provendo confirmação diagnóstica,tratamento cirúrgico, quimioterápico e clínico.

O HCIII está situado na Rua Visconde de Santa Isabel, nº 274, Vila Isabel, Rio de Janeiro - RJ

Na área de eventos científicos, cabem ser destacados:

• A promoção do treinamento de nove médicos e dois técnicos em radiologia externos

como parte do Programa VIVA MULHER.

• A realização do curso "Mastologia Oncológica para Enfermeiros do INCA"com o objetivo

de promover a atualização desses profissionais quanto à prevenção, controle, diagnóstico

e tratamento do câncer de mama e a atualização das ações de enfermagem nos diversos

setores do INCA que atendem as pacientes com este tipo de neoplasia.

• A participação no XII Congresso Brasileiro de Mastologia com as equipes médica (ministran-

do palestras e cursos e apresentando 12 trabalhos) de enfermagem e de fisioterapia.

Finalmente, vale registrar a implantação de uma ação de marketing social pelo uso de

camisas institucionais (de campanhas feitas pelo INCA) durante o horário de serviço por

parte dos funcionários terceirizados, ajudando a divulgar junto aos pacientes e seus acom-

panhantes o trabalho de prevenção desenvolvido pelo INCA.

P R O D U Ç Ã O

O C e n t r o d e Tr a n s p l a n t e d e M e d u l a Ó s s e a ( C E M O )Em 1998, o Ministério da Saúde delegou ao INCA a responsabilidade pela regulamentação

técnica e administração dos transplantes de medula óssea (TMO) no Brasil. Como resulta-

do, foi aberto, em 1999, no Instituto, o Registro Nacional de Doadores (Redome), cujo

número de doadores cadastrados foi elevado de 12.000 para 20.000 durante o exercício

de 2001, como resultado da Campanha de Captação de Doadores de Medula Óssea,

desenvolvida em parceria com a Rede Globo de Televisão e veiculada em rede nacional.

Outra realização significativa foi a criação do Banco de Sangue de Cordão Umbilical e

Placentário (BSCUP), inaugurado pelo Ministro da Saúde José Serra no início do ano. O

BSCUP dispõe de dois tanques de nitrogênio para estocar o sangue retirado do cordão

umbilical e da placenta de mulheres logo depois do parto. As células placentárias são uti-

lizadas em transplantes de medula óssea em crianças ou pessoas que pesem até 50 quilos

e não tenham doador aparentado. Em 2001, o Centro de Transplantes de Medula Óssea

(CEMO) realizou 83 transplantes de medula óssea, precursores hematopoéticos de sangue

periférico e de sangue de cordão umbilical e três transplantes não consangüíneos a partir

de doadores identificados no registro internacional de doadores.

R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 1 - I N C A - A S S I S T Ê N C I A O N C O L Ó G I C A50

O s i s t e m a d e c r i o p r e s e r -

v a ç ã o n o B a n c o d e

S a n g u e d e C o r d ã o

U m b i l i c a l e P l a c e n t á r i o :

c a p a c i d a d e p a r a

a r m a z e n a r a t é

4 m i l a m o s t r a s

O Centro de Transplante de Medula Óssea (CEMO) foi criado em 1983 e hoje destaca-se como o maior do Brasil no tratamentode doenças no sangue como a anemia aplástica e as leucemias. O CEMO realiza transplantes de medula óssea alogênicos eautogênicos e atende a pacientes do Rio de Janeiro e demais regiões do Brasil no âmbito do SUS. Cabe ao CEMO sediar oRegistro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) e o Banco de Células de Cordão Umbilical e centralizar as consultasaos bancos internacionais de doadores de medula óssea.

O CEMO conta em seu quadro com 135 funcionários, distribuídos nos seguintes setores:

• a Unidade Clínica, que dispõe de 12 leitos instalados em ambiente alimentado por um sistema de filtragem especial do ar para a redução das partículas ambientais, visando minimizar o risco de infecções;

• a Unidade Ambulatorial, que recebe os novos pacientes e é também responsável pelo acompanhamento dos pacientes transplantados;

• a Unidade Laboratorial, que dá suporte aos transplantes, executando exames essenciais para a realização dos transplantes e acompanhamento dos pacientes;

• a Divisão de Imunogenética, que inclui o laboratório onde se realizam as tipagens de doadores para transplante;

• o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome); e

• o Banco de Células de Sangue de Cordão Umbilical (BSCUP).

O CEMO está situado no 7o andar do Hospital do Câncer I, na Praça Cruz Vermelha, nº 23, Centro, Rio de Janeiro - RJ.

A S S I S T Ê N C I A O N C O L Ó G I C A - I N C A - R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 1 51

Dando continuidade ao desenvolvimento do Projeto de Terapia Celular e Molecular, que

visa ao estabelecimento de uma estrutura laboratorial, capaz de atender às necessidades

de implantação de novas técnicas de transplante com células expandidas e modificadas in

vitro, foi estabelecida uma parceria com a Universidade de Milão, que viabilizou o treina-

mento de um pesquisador do INCA nessa área, na referida Universidade.

Outros resultados alcançados em 2001 foram:

• Ampliação do Ambulatório do CEMO para uma área de 120m2 em parceria com a

Associação Pró-Vita.

• Desenvolvimento do Sistema de Gestão do CEMO (SGC), ferramenta de informação para

armazenamento de forma atualizada, organizada e facilmente consultável, de dados

clínicos, laboratoriais e administrativos provenientes de todos os setores envolvidos na

realização dos transplantes. Funciona como um grande banco de dados, promovendo a

integração automática entre as áreas laboratorial e clínica.

• Credenciamento do INCA no National Marrow Donor Program (NMDP).

• Obtenção de financiamento externo para bolsas de iniciação à pesquisa, equipamentos

e mobiliário.

• Vistorias técnicas realizadas em centros de transplantes nos municípios de Recife,

Curitiba, Salvador e Rio de Janeiro.

R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 1 - I N C A - A S S I S T Ê N C I A O N C O L Ó G I C A52

C e n t r o d e S u p o r t e Te r a p ê u t i c oO n c o l ó g i c o ( C S T O ) Iniciativa pioneira na saúde pública, o Centro de Suporte Terapêutico é a unidade assisten-

cial do INCA especializada no atendimento aos pacientes do Instituto que necessitam de

cuidados paliativos, desenvolvendo procedimentos de referência e formando recursos

humanos nessa área para todo o Brasil.

Em 2001, apesar de manter estável o número de pacientes matriculados, o CSTO registrou um

aumento de 20% na média de pacientes-dia na Internação Domiciliar em relação ao exercício ante-

rior, perfazendo um total de 7.846 visitas domiciliares durante o ano. Na Internação Hospitalar, a

taxa de ocupação, nos últimos três meses de 2001 alcançou a meta de 80% esperada para o ano.

Foi instituído um modelo de round, com a participação da equipe interdisciplinar, inclusive a far-

macêutica, que avalia e orienta quanto ao uso dos materiais mais adequados ao cuidado, garan-

tindo assim qualidade e redução de custos. A consolidação do trabalho do Grupo Multidisciplinar

de Controle da Dor trouxe grandes benefícios para os pacientes, com a introdução de procedi-

mentos como a colocação de oito cateteres peridurais, seis cateteres intratecais e sete neurólises.

Foram definidos indicadores para o Ambulatório/Emergência e Postos Avançados. Implantou-

se, também, o sistema de consultas agendadas, com marcação de horário, reduzindo desta

forma o tempo de espera para o paciente. Em relação às cirurgias paliativas, reviram-se os

critérios de indicação, com ênfase no encaminhamento precoce, justificando-se, portanto, um

volume menor em 2001 (99) que o registrado no exercício de 2000 (131).

Estruturou-se o "Projeto Família", cujo objetivo é dar suporte aos familiares/cuidadores. Este

projeto inclui o treinamento do cuidador (dado por enfermeira e nutricionista); reunião de

acolhimento para familiares (com equipe multiprofissional); grupo de suporte psicológico aos

familiares (psicóloga); grupo de acompanhantes (com assistente social) e grupo de apoio à

sexualidade, para apoio técnico e emocional ao parceiro do paciente.

Na área de Cuidados Paliativos, o INCA promoveu ou participou dos seguintes eventos:

S a l a d o S i l ê n c i o :

p a r a r e f l e x ã o e r e l a x a -

m e n t o d e p a c i e n t e s ,

a c o m p a n h a n t e s

e f u n c i o n á r i o s

Centro de Suporte Terapêutico Oncológico (CSTO) – em atividade desde 1987, o Serviço Terapêutico Oncológico (STO)expandiu-se e, em 1998, passou a funcionar como unidade assistencial do INCA, em um prédio de seis andares com 56 leitos,especialmente construído para abrigar os seus serviços. Ele é denominado, desde então, Centro de Suporte TerapêuticoOncológico (CSTO). Sua finalidade é oferecer cuidados paliativos aos pacientes fora de possibilidades para tratamento antitu-moral, previamente tratados no INCA. Porém, seu principal objetivo é o de prestar atendimento domiciliar aos pacientes e for-mar e treinar profissionais de saúde na especialidade de cuidados paliativos.

Uma equipe multidisciplinar, formada por 164 profissionais, dá atenção permanente aos pacientes e seus familiares, por meiode visitas ao domicílio, atendimentos em nível ambulatorial, tanto de rotina quanto de emergência, e por meio de consultastelefônicas, 24 horas por dia – isto tendo sempre em vista a melhor qualidade de vida do paciente e a maior segurança aosfamiliares.

O CSTO disponibiliza materiais e medicamentos necessários e oferece orientação e treinamento para os cuidadores sobretodos os procedimentos e medidas a serem dispensados, quando da permanência do doente em domicílio, além de propor-cionar a assistência de psicólogos, nutricionistas, farmacêuticos e assistentes sociais, que transmitem orientações sobre diver-sos aspectos, tais como auxílio-doença, aposentadoria, atestados, preparo de dietas especiais, manuseio de medicamentos,entre outros.

O CSTO está situado na Rua Visconde de Santa Isabel, nº 274, em Vila Isabel, Rio de Janeiro - RJ.

A S S I S T Ê N C I A O N C O L Ó G I C A - I N C A - R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 1 53

• Fórum de Saúde e Violência: Cuidar Para Não Excluir, realizado no Instituto, em parceria

com as Secretarias Estadual e Municipal de Saúde, com o objetivo de discutir as limitações

impostas pela violência familiar e social ao atendimento domiciliar com diversos setores da

Administração Pública e alguns segmentos da sociedade civil organizada. Como resultado

desse encontro foi criado o Grupo de Cuidados Paliativos na Comissão Estadual de

Reorganização e Reorientação do Acompanhamento da Assistência Oncológica (CERRAO).

• II Jornada de Cuidados Paliativos e Dor, realizada no INCA, com convidados nacionais e a

presença do dr. Oscar de Leon, do Hosswel Park Cancer Center, com 230 participantes de

diversos estados brasileiros. Cinco cursos pré-jornada nas áreas de Psicologia, Serviço

Social, Controle da Dor, Enfermagem e Humanização foram realizados. Foi apresentado o

livreto Cuidados Paliativos Oncológicos – Controle de Sintoma.

• Palestras sobre o Controle da Dor proferidas no INCA pelo dr. Sebastiano Mercadante, do

La Maddalena Cancer Center, Itália, visando dar continuidade ao projeto de intercâmbio

com outras instituições especializadas.

• Participação no 7th Congress of the European Association of Palliative Care de 17 profis-

sionais em eventos científicos nacionais.

• Promoção de treinamentos formais nas áreas de Controle de Dor e Úlcera de Pressão,

tendo sido instituídos o Clube de Pesquisa, Clube de Revista e Sessão de Discussão de

Caso Clínico.

• Promoção de palestras regulares sobre diversos assuntos, tais como espiritualidade,

filosofia, bioética, música em cuidados paliativos, recursos comunitários etc.

Buscou-se captar recursos para financiamento de atividades de humanização hospitalar,

tendo a Fundação Ary Frauzino recebido doações de várias empresas e instituições, entre

elas, Coca-Cola, Supergasbrás, Minasgás, Consulado Geral dos Países Baixos e Icatu Holding.

Das ações desenvolvidas podem ser destacadas:

R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 1 - I N C A - A S S I S T Ê N C I A O N C O L Ó G I C A54

I N D I C A D O R E S D E D E S E M P E N H O H O S P I T A L A R 1 9 9 8 A 2 0 0 1

TO 85 86 71 75

TMP 6,3 6,9 5,7 6,3

IS 1,1 1,1 2,3 2,1

IR 4,1 3,7 3,9 3,6

TO - taxa de ocupação em %IS - intervalo de substituiçãoTMP - tempo médio de permanência em diasIR - índice de renovação

P R O D U Ç Ã O

1998 1999 2000 2001

Matrículas 2.124 2.268 2.545 2.687

Consultas Ambulatoriais 9.624 10.740 12.852 11.991

Visitas Domiciliares 3.180 4.368 7.171 7.846

Cirurgias Paliativas 131 99

Procedimentos de Enfermagem 12.648 17.796 21.726

Consultas no Posto Avançado 4.668 6.000 5.528 3.258

• A inauguração da Sala do Silêncio, um espaço para reflexão e relaxamento, que teve como

patrocinadora a Icatu Holding, por intermédio da FAF.

• A criação do concurso "Sorriso do Mês", no âmbito do Projeto Viva Vida, que premiou os

funcionários e voluntários que se destacaram no relacionamento, simpatia e cortesia.

• A manutenção do Musivida, um estudo-piloto em que músicos profissionais cantam e

tocam nas enfermarias do hospital para pacientes, funcionários e acompanhantes.

Com objetivo de reduzir custos e evitar o desperdício, foram implantadas algumas medidas,

entre elas a confecção de "carros de devolução", diferenciados por cores e identificados por

centro de custo (ambulatório e visita domiciliar), que facilitou a devolução de medicamentos

e materiais hospitalares e determinou um aumento real do volume de devolução.

A S S I S T Ê N C I A O N C O L Ó G I C A - I N C A - R E L A T Ó R I O A N U A L 2 0 0 1 55

"A solidariedade mostra o caminho,

mas só o amor constrói as metas."

W I L L I A M D U A R T E

P R E S I D E N T E D A A R C A ,

V O L U N T Á R I O H Á D E Z A N O S .