Atps Analise de Investimentos

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SUMÁRIO Introdução................................................. ........................................................... ......06 1 - Descrição de Investimento Pretendido 1.1 - Conceito de Investimento............................................... ....................................07 1.2 - Investimentos Relacionados a aplicações a Aplicações Financeiras................07 1.3 - Principais Aplicações Financeiras no Brasil..................................................... ..07 1.4 - Renda Fixa....................................................... ..................................................08 1.5 - Renda Variável................................................... ................................................08 2 - Elaboração do Fluxo de Caixa Relevante ................................................. ...........09 3 - Métodos de Avaliação de Investimentos 3.1 - Relatório sobre o Fluxo de Caixa Relevante.................................................. ....14 3.2 - Projetos únicos e projetos concorrentes............................................... .............14 3.3 - Técnicas deAnalises de Investimentos.............................................. ...............15 3.4 - Diagrama de Fluxo de Caixa...................................................... ........................17 3.5 - Interpretação do Resultado.................................................. ..............................18 4 - O Efeito da Inflação na Análise de Investimento. 4.1 - O Conceito da Inflação...................................................

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Atps Analise de Investimentos

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SUMRIO

Introduo..................................................................................................................061 - Descrio de Investimento Pretendido1.1 - Conceito de Investimento...................................................................................071.2 - Investimentos Relacionados a aplicaes a Aplicaes Financeiras................071.3 - Principais Aplicaes Financeiras no Brasil.......................................................071.4 - Renda Fixa.........................................................................................................081.5 - Renda Varivel...................................................................................................082 - Elaborao do Fluxo de Caixa Relevante ............................................................093 - Mtodos de Avaliao de Investimentos3.1 - Relatrio sobre o Fluxo de Caixa Relevante......................................................143.2 - Projetos nicos e projetos concorrentes............................................................143.3 - Tcnicas deAnalises de Investimentos.............................................................153.4 - Diagrama de Fluxo de Caixa..............................................................................173.5 - Interpretao do Resultado................................................................................184 - O Efeito da Inflao na Anlise de Investimento.4.1 - O Conceito da Inflao.......................................................................................194.2 - Efeitos na inflao na economia........................................................................194.3 Inflao no Brasil...............................................................................................204.4 - Quem Mede a Inflao no Brasil........................................................................214.5 Concluso..........................................................................................................225 - O Imposto de Renda e a Depreciao5.1 - A Depreciao....................................................................................................235.2 - Analise de Sensibilidade....................................................................................24Concluso...................................................................................................................27Bibliografia..................................................................................................................27

Introduo

Este trabalho tem por objetivo proporcionar ao estudante uma viso superficial, mas eficaz sobre a sistemtica de uma anlise de investimentos em uma empresa de carter hipottico com dados reais para que possam ser levados em relevantes consideraes.

O real intuito deste trabalho demonstrar que possvel fazer uma breve projeo de investimentos com base nas ferramentascriadas por estudiosos, e for-los a desenvolver a capacidade de discernimento para que possam tomar decises futuras no mercado de trabalho como merecidos profissionais de respeito.

Palavras chave: Investimento, Fluxo de Caixa, VPL

1- DESCRIO DE INVESTIMENTO PRETENDIDO

1.1 - O CONCEITO DE INVESTIMENTO

Muitos de vocs j devem ter ouvido falar de investimentos ou anlise de investimentos! Mas afinal o que um investimento?Em economia, investimento significa a aplicao de capital em meios de produo, visando o aumento da capacidade produtiva (instalaes, mquinas, transportes, infra-estrutura), ou seja, em bens de capital. O investimento produtivo se realiza a taxa de lucro sobre o capital supera ou pelo menos igual taxa de juros.Resumindo tudo isso, em poucas palavras abrir mo de um bem de valor X, para obter posteriormente um retorno deste capital investido o valor Y.

1.2 - INVESTIMENTOS RELACIONADOS A APLICAES FINANCEIRAS

Quando uma empresa, ou mesmo uma pessoa fsica , tem (caixa) dinheiro sobrando, podem-se aplicar esses recursos no mercado financeiro e, assim, receber juros pela aplicao.

1.3 - PRINCIPAIS APLICAES FINANCEIRAS NO BRASIL

As principais aplicaes financeiras disponveis no Brasil So:

CDB; Caderneta de Poupana; Debntures; Aes de empresas; Fundos de investimentos; Ttulos pblicos

Esses investimentos podem ser classificados em renda fixa ou renda varivel, ou mesmo mistos de renda fixa e varivel.

1.4 - RENDA FIXA

A renda fixa so investimentos nos quais no h perda do montante investido inicialmente. Ao contrrio do que se pensa, os juros nem sempre so fixos, podendo ser pr ou ps-fixados. Exemplos:

Aplicaes pr-fixadas; Aplicaes ps-fixadas; Taxa Selic; CDI.

1.5 - RENDA VARIVEL

A renda varivel soinvestimentos nos quais pode haver perda do montante inicialmente investido alm da perda de juro ou rendimentos. Assim, so aplicaes mais arriscadas que as de renda fixa.Para que tenhamos um melhor entendimento do que um investimento, nada melhor do que simulando as devidas ferramentas disponveis dentro de uma empresa que supostamente deu incio em seu exerccio fiscal e contbil.A Empresa a ser montada chama-se Lavanderia Imperial Ltda. Na qual seu ramo de atividade especialmente voltado para Hospitais e Hotelarias, sendo nossos servios de excelentssima qualidade atendendo a demanda. Seu corpo societrio integrado por 07 (sete) scios acionistas so:

Gisleine Suehara Luque de Carvalho Lucinia Pereira Cintra Henrique Monteiro Tofaneli Diego Henrique Ronqui Rholf Alvarenga Badine Roberto Zaplana Bonifacio Junior Tiago Augusto Pereira

Nossa prestao de servio ser de natureza e carter simples, mas, todavia de extrema relevncia. Com um capital de investimento inicial de R$ 1.000.000,00,Capital de Giro de R$ 180.000,00 e um valor residual de R$ 20.000,00.

2 ELABORAO DO FLUXO DE CAIXA RELEVANTE

a) Estimativa de preo de venda diria e a quantidade mensal a ser comercializada.

| Lavanderia Imperial Ltda. ||Produtos |Quant. |Preo Unit. |Total Preo Dirio |Total Preo Mensal || |Diria | | | ||Edredons |50 |8,00 |400,00 |12.000,00 ||Cobertores |50 |8,00 |400,00 |12.000,00 ||Lenis|100 |2,80 |280,00 |8.400,00 ||Fronhas |100 |1,80 |180,00 |5.400,00 ||Toalhas de Banho |100 |4,50 |450,00 |13.500,00 ||Total | | |1.710,00 |51.300,00 |

b) Calculo do Faturamento Anual.

|Lavanderia Imperial Ltda. ||Produtos |Preo Mensal |Preo Anual ||Edredons |12.000,00 |14.4000,00 ||Cobertores |12.000,00 |14.4000,00 ||Lenis |8.400,00 |100.800,00 ||Fronhas |5.400,00 |64.800,00 ||Toalhas de Banho |13.500,00 |162.000,00 ||Total |51.300,00 |615.600,00 |

c) Estimao do Faturamento para os prximos 5 anos.

|LAVANDERIA IMPERIAL LTDA. || | |ANO ||PRODUTO | |1 |2 |3 |4 |5 || |Prod. Anual |18.000 |18.010 |18.020 |18.030 |18.040 ||Receita (R$) | |144.000,00 |146.781,50 |147.764,00|148.747,50 |149.732,00 || |Prod. Anual |18.000 |18.010 |18.020 |18.030 |18.040 ||Receita (R$) | |144.000,00 |146.781,50 |147.764,00 |148.747,50 |149.732,00 || |Prod. Anual |36.000 |36.010 |36.020 |36.030 |36.040 ||Receita (R$) | |100.800,00 |102.628,50 |104.458,00 |106.288,50 |108.120,00 || |Prod. Anual |36.000 |36.010 |36.020 |36.030 |36.040 ||Receita (R$) | |64.800,00 |66.618,50 |68.438,00 |70.258,50 |72.080,00 || |Prod. Anual |36.000 |36.010 |36.020 |36.030 |36.040 ||Receita (R$) ||Custos Unitrios de Matria Prima (1) ||Produtos ||Custos Unitrios de Mao de Obra (2) ||Produtos |Edredons |Cobertores |Lenis |Fronhas |Toalhas de Banho ||Salrios Diretos |0,10 |0,10 |0,08 |0,04 |0,12||Horas Extras |0,12 |0,12 |0,06 |0,03 |0,03 ||Encargos Sociais |0,09 |0,09 |0,05 |0,05 |0,03 ||Embalagens |0,08 |0,08 |0,02 |0,03 |0,08 ||Combustvel |0,09 |0,09 |0,03 |0,03 |0,06 ||Manuteno |0,07 |0,07 |0,03 |0,04 |0,09 ||Total MDO |0,55 |0,55 |0,27 |0,22 |0,41 |

| Lavanderia Imperial Ltda. ||Custos Indiretos de Prestao de Servios (3) ||Produtos |Edredons |Cobertores |Lenis |Fronhas |Toalhas de Banho ||Servio de Vigilncia |0,15 |0,15 |0,09 |0,02 |0,05 ||Superviso e Controle |0,11 |0,11 |0,08 |0,02 |0,03 ||Pr-labore |0,10 |0,10 |0,06 |0,01 |0,02 ||Energia |0,09 |0,09 |0,05 |0,01 |0,01 ||Total CIF |0,45 |0,45 |0,28 |0,06 |0,11 |

|Lavanderia Imperial Ltda. ||Despesas Fixas Mensais ||Aluguel |500,00||Telefone/Internet |175,00 ||Honorrios |75,00 ||Salrios |1.380,00 ||Pr-Labore |4.284,00 ||Total MDO |6.414,00 |

e) Estimativa dos custos e despesas Anuais.

|Resultados Operacionais Projetados para Lavanderia Imperial Ltda. || |ANO ||PRODUTOS |1 |2 |3 |4 |5 ||Edredons |18.000 |18.010 |18.020 |18.030 |18.040 ||Preo(R$) |8,00 |8,15 |8,20 |8,25 |8,30 ||Receitas(R$) |144.000,00 | 146.781,50 | 147.764,00 | 148.747,50 | 149.732,00 ||Cobertores |18.000 |18.010 |18.020 |18.030 |18.040 ||Preo(R$) |8,00 |8,15 |8,20 |8,25 |8,30 ||Receitas(R$) |144.000,00 | 146.781,50 | 147.764,00 | 148.747,50 | 149.732,00 ||Lenis |36.000 |36.010 |36.020 |36.030 |36.040 ||Preo(R$) |2,80 |2,85 |2,90 |2,95 |3,00 ||Receitas(R$) |100.800,00 | 102.628,50 | 104.458,00 | 106.288,50 | 108.120,00 ||Fronhas |36.000 |36.010 |36.020 |36.030 |36.040 ||Preo(R$) |2,80 |2,85 |2,90 |2,95 |3,00 ||Receitas(R$) |100.800,00 |102.628,50 |104.458,00 |106.288,50 |108.120,00 ||Toalhas de Banho |36.000 |36.010 |36.020 |36.030 |36.040 ||Preo(R$) |2,80 |2,85 |2,90 |2,95 |3,00 ||Receitas(R$) |100.800,00 |102.628,50 |104.458,00 |106.288,50 |108.120,00 ||Custos Anuais ||MP(R$) |3,69 |3,69 |1,09 |0,86 |2,04 ||MDO(R$) |0,55 |0,55 |0,27 |0,22 |0,41 ||CIF(R$) |0,45 |0,45 |0,28 |0,06 |0,11 ||Total Custos Anuais |4,69 |4,69 |1,64 |1,14 |2,56 ||(Custos Anuais X Serv. Produzidos |276.840,00 |276.926,90 |167.152,80 |149.194,20 |200.422,40 ||Despesas ADM Fixas |76.968,00 |76.968,00 |76.968,00 |76.968,00 |76.968,00 ||Depreciao 20% Sobre Saldo Capital Fixo |200.000,00 |200.000,00 |200.000,00 |200.000,00 |200.000,00 |3 - MTODOS DE AVALIAO DE INVESTIMENTOS

3.1 - Relatrio sobre o Fluxo de Caixa Relevante

Fluxo de Caixa Relevante so projetos utilizados para analisar os investimentos das organizaes e elas apresentam em geral um formato padro. E ele formado por basicamente por trs partes:

1) Investimento Inicial ou nos perodos iniciais: eles podem ser no formato de bens fsicos quanto na forma de investimento em capital de giro, para suportar o projeto, ele deve ter o sinal negativo no fluxo de caixa

2) Retornos de caixa do Investimento: aps alguns perodos o projeto se torna rentvel, gerando fluxos de caixa positivo para a empresa.

3) Valores Residuais: normalmente so positivos e eventualmente negativos, por exemplo: como a obrigao de reflorestar determinadas reas aps retirar toda a madeira ou realizar gastos para compensar danos ambientais causados pelo investimento, o chamado passivo ambiental.

3.2 - Projetos nicos e projetos concorrentes

Podem ser basicamente de duas modalidades diferentes que definiram a abordagem da analise dependendo do tipo de projeto, so eles:

1) Projetos nicos: para quais no h alternativa, sendo nesse sentido nicos, portanto a deciso a ser tomada se o projeto tem viabilidade ou no, ou seja, se ser aceito e realizado ou se ser descartado.

2) Projetos concorrentes: quais h alternativas, de modo que uma alternativa inviabiliza a outra, sendo assim, so concorrentes. Analisar a viabilidade de cada projeto concorrente, e pode-se chegar concluso de que nenhum deles vivel.

3.3 - Tcnicas de Analises de Investimentos

Existem diversas tcnicas de anlise de investimentos, das mais simples s mais sofisticadas, mas destacam-se apenas trs, as quais so as mais utilizadas e disseminadas:

1) Payback - perodo de retorno: a avaliao do tempo que o projeto demorar em retomar o total doinvestimento inicial. Quanto mais rpido o retorno, menor o payback e melhor o projeto. Portanto, o payback sempre deve ser mensurado em tempo (dias, semanas, meses, anos) quanto, menor o tempo de retorno, mais interessante ser o investimento. Ele bastante reconhecido popularmente como o tempo para recupera o investimento.

2) VPL Valor Presente Lquido (NPV Net Present Value): O VPL um mtodo alternativo ao do Payback, que visa corrigir os principais erros apresentados por este. Para utiliz-lo necessrio construir um fluxo de caixa do projeto, tendo os principais componentes: Investimento Inicial e investimentos adicionais; Fluxos de caixa positivos ou negativos de retorno; valor residual do investimento se houver. Este mtodo utiliza os princpios da matemtica financeira, calculando o valor presente do fluxo de caixa do investimento. O VPL chamado de lquido, pois considera o fluxo total com as sadas (investimento) e entradas (retornos) descontadas uma taxa de atratividade.

3) TIR Taxa Interna de Retorno (IRR Internal Rate of Return):este mtodo bastante similar ao VPL, pois utiliza a mesma lgica de clculo, todavia, apresenta os resultados em porcentagem e no em valores monetrios. Para utiliz-lo necessrio construir o fluxo de caixa do projeto, sendo os seus principais componentes: Investimento inicial e investimentos adicionais; Fluxos de caixa positivos ou negativos de retorno; valor residual do investimento se houver.

Aps a montagem do fluxo de caixa tanto do mtodo do VPL como da TIR, adota-se uma taxa mnima de atratividade para avaliar se o resultado compatvel com as expectativas do investidor, portanto se o projeto interessante. Essa taxa denomina-se:

TMA - Taxa Mnima de Atratividade: representa o retorno mnimo exigido, em porcentagem, para o investidor concordar em realizar o projeto. Em geral, essa taxa representao custo do dinheiro no tempo para esse investidor. H algumas possibilidades de TMA que so bastante teis:

1) Taxa de retorno da aplicao financeira: supe que o custo de oportunidade seja o de deixar os recursos aplicados em investimentos de baixo risco (renda fixa);

2) Taxa de captao de emprstimos: supe que a empresa no possua o capital para investir, portanto se obrigada a captar um emprstimo. Considera o custo de oportunidade de forma mais conservador que a taxa de aplicao.

Assim sendo, esses so alguns mtodos para se observar e elaborar um fluxo de caixa relevante, portanto o que decide so as necessidades do investidor.

| Lavanderia Imperial Ltda. || Fluxo de Caixa Anual ||Ano |1 |2 |3 |4 |5 ||Receitas |615.600,00 |626.655,50 |634.116,00 |641.581,50 |649.052,00 ||(-) Custos |- 276.840,00 |- 276.926,90 |- 167.152,80 |- 149.194,20 |- 200.422,40 ||(=) Lucro Bruto |338.760,00 |349.728,60 |466.963,20 |492.387,30 |448.629,60 ||(-) Despesas |- 76.968,00 |- 76.968,00 |- 76.968,00 |- 76.968,00 |- 76.968,00 ||(-) Depreciao 20% |- 200.000,00 |- 200.000,00 |- 200.000,00 |- 200.000,00 |- 200.000,00 ||(=) LAIR |61.792,00 |72.760,60 |189.995,20 |215.419,30|171.661,60 ||(-) IR 30% |-18.537,60 |- 21.828,18 |- 56.998,56 |- 64.625,79 |- 51.498,48 ||(=) Lucro Liquido |43.254,40 |50.932,42 |132.996,64 |150.793,51 |120.163,12 ||(+) Depreciao |200.000,00 |200.000,00 |200.000,00 |200.000,00 |200.000,00 ||(=) Fluxo de Caixa |243.254,40 |250.932,42 |332.996,64 |350.793,51 |320.163,12 |

3.4 - Diagrama de Fluxo de Caixa

Utilizada como taxa VPL a Selic anualizada conforme fonte.

F fin

1.180.000,00 [ CHS] [G] [CFO]

243.254,40 [G] [CFJ]

250.932,42 [G] [CFJ]

332.996,64 [G] [CFJ]

350.793,51 [G] [CFJ]

520.163,12 [G] [CFJ]

[ F] [IRR] = 11,77%9,65 % [I][F] [NPV] = + 73.981,77

|VPL e TIR ||TMA=9,65% a.a ||Perodo |FC Total ||0 |1.180.000,00 ||1 |243.254,40 ||2 |250.932,42 ||3 |332.996,64 ||4 |350.793,51 ||5 |520.163,12 ||TIR= |11,77 ||VPL= |73.981,77 |

3.5 - Interpretao do ResultadoA empresa Lavanderia Imperial Ltda deve investir no projeto pois: VPL positivo= + 73.981,77 TIR (11,77%) > TMA (9,65%)

4 - O EFEITO DA INFLAO NA ANLISE DE INVESTIMENTO.

4.1 - O Conceito da Inflao

A inflao definida como o aumento contnuo e generalizada dos preos na economia. Esse um processo conhecido como processoinflacionrio, que se estende a todos os bens econmicos.

A inflao medida pelos chamados ndices de preos. Esses ndices so a mdia ponderada dos preos de uma cesta de bens escolhidos, em determinado perodo (normalmente mensal) em certas regies (no Brasil, geralmente as principais capitais). A inflao medida como o aumento do ndice de preos, isto o aumento dos preos da cesta de bens. H basicamente, dois tipos de ndices de preos.

ndice Gerais de Preos (IGP);

ndice de Preos ao Consumidor (IPC);

ndice Gerais de Preos (IGP): so ndices que buscam medir a inflao como um conceito amplo na economia, envolvendo preos de atacado, de varejo e de construo civil.

ndice de Preos ao Consumidor (IPC): so ndices que buscam medir a inflao do varejo que atinge diretamente os consumidores (pessoas fsicas).

4.2 - Efeitos na inflao na economia

Um dos efeitos da inflao, que se torna mais difcil renegociar alguns preos, contratos e salrios, para valores mais baixos, ento com o aumento geral de preos mais fcil para que os preos relativos se ajustem. Muitos valores so bastante inflexveis para baixo, e tendem a subir, portanto os esforos para manter uma taxa zero de inflao iro punir setores com queda de preos, lucros e empregos. Esses esforos podem tambm levar a deflao, que podem ser bastante destrutivas, estimulando falncias e recesso. A inflao pode tambm provocar efeitos sobre a estrutura de produo da economia. Redistribuindo rendas e causando uma desproporo em relao ao volume de demanda para os vrios setores da economia, j que os preos no mudam todos juntos e sim cada um com diferente intensidade. Outro efeito negativo pode ser a hiperinflao. Geralmente quando a inflao resultado de polticas governamentais para aumentar a disponibilidade de moeda, a contribuio do governo para umambiente inflacionrio vista como uma taxa sobre a moeda em circulao. Com o aumento da inflao, aumenta esse peso sobre o dinheiro em circulao, isso por sua vez promove um aumento da velocidade de circulao do dinheiro, o que por sua vez refora o processo inflacionrio em um ciclo vicioso que pode levar a hiperinflao. Por conta destes efeitos negativos causados pela inflao, os bancos centrais costumam definir a estabilidade de preos como objetivo primordial de suas polticas, como uma inflao perceptvel, mas baixa, como ideal. Uma forma de controlar os preos a taxa de juros, quanto maior a taxa de juros, menos dinheiro circula no mercado, o que diminui a capacidade de compra da populao. Consequentemente, a inflao no sobe.

4.3 Inflao no Brasil

Segundo pesquisa realizada por Bati e Escudero (2007), a inflao comeou a ser medida no Brasil no ano de 1920. O modelo utilizado na poca era o europeu, que j era utilizado desde 1400, e era calculada pela Fazenda Nacional. Porm, os dados no refletiam a realidade brasileira, pois o calculo era feito levando por base os gastos de uma famlia de classe mdia, o que na poca era minoria. Com a criao da Lei do Salrio Mnimo, em 1936, o calculo foi reformulado e passou a ser calculado pela Fundao Getulio Vargas, que at hoje mede a inflao.

Nesse perodo foi criada uma cesta de consumo que inclua vrios produtos de consumo essencial para o brasileiro. A partir de 1945 a economia brasileira se tornou estvel com uma taxa de 3% ao ano. Com a fase de crescimento econmico e industrializao promovida pelo ento presidente Jucelino Kubichek nos anos 60, os ndices aumentaram. As greves e o perodo de incerteza poltica elevaram a inflao para 90% ao ano. Durante todo regime militar a inflao se manteve alta, porm com o poder autoritrio da ditadura, as taxas eram manipuladas e sofriamalteraes para poder baixar os ndices, portanto os dados do perodo no so confiveis. O perodo ps-ditadura (1980) foi sem dvida o mais turbulento de toda a historia. Segundo Bueno (1984 p. 71): O condutor da recesso o ministro do Planejamento, Delfim Netto, que para colocar a economia no fundo do poo apertou violentamente o crdito, permitiu que as taxas de juros disparassem [...] e principalmente fez cortes drsticos nos investimento pblicos. Do alto de seu cinismo e arrogncia Delfim diz que a recesso a nica sada possvel para combater a inflao e resolver os problemas da balana comercial [...]. Os famosos planos Bresser, Cruzado e Collor tentaram controlar a inflao que depois da redemocratizao passou de 72,53% em 1986, para incrveis 1.972,91% em 1989. A classe mdia nesse perodo foi a mais afetada que chegou ater suas poupanas bloqueadas por um tempo no governo Collor. Passado o impeachment do presidente Collor, o ento ministro da fazenda Fernando Henrique Cardoso, anunciou mais um plano econmico, o Plano Real. O ndice da inflao caiu de 916,43% em 1994, para 22,41% em 1995 . Desde o lanamento do Plano Real, a taxa da inflao se mantm praticamente estvel, tirando os sobressaltos provocados por crises internacionais. Segundo Bati e Escudero (2007), para manter a inflao num patamar aceitvel, o Banco Central usa desde 1999 a chamada Meta de Inflao. Trata-se de uma taxa que estabelecida para o ano. O governo precisa trilhar caminhos durante o ano para alcanar essa meta e mostrar credibilidade perante o mercado internacional, que est sujeito a fortes crises. Mostrar que a inflao est controlada garante investimentos externos e blinda a economia durante uma crise internacional, onde o capital retirado dos pases emergentes e aplicado em economias estveis.

4.4 - Quem Mede a Inflao no Brasil.

Atualmente quatroinstitutos de pesquisa medem a inflao no Brasil. A Fundao Getulio Vargas (FGV) a mais antiga. Ela calcula trs ndices: ndice Geral de Preos do Mercado (IGP-M); ndice Geral de Preo ao Mercado nos primeiro 10 dias de cada ms (IGP-10); ndice Geral de Preos Disponibilidade Interna (IGP-DI), que diferem entre si apenas pelo perodo de coleta de dados. Todos so calculados com base nos indicadores: ndice de Preos no Atacado (IPA); ndice de Preos ao Consumidor (IPC); ndice Nacional do Custo da Construo (INCC), que representam 60%, 30% e 10% respectivamente, em cada um dos ndices. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE) o rgo responsvel pelo clculo do ndice de inflao usado pelo governo. Portanto o ndice oficial do Brasil. Ele calcula o ndice de Preos ao Consumidor Ampliado (IPCA). E tambm o ndice Nacional de Preos as Consumidor (INPC). Ambos so calculados com dados coletados nas regies de Rio de Janeiro, Porto alegre, Belo Horizonte, Recife, So Paulo, Belm, Fortaleza, Salvador, Goinia, Distrito Federal e Curitiba. A Fundao Instituto de Pesquisas Econmicas (FIPE), est ligada a Universidade de So Paulo, e responsvel pelo ndice de inflao da capital paulista, servindo de base para todo o Brasil. conhecido como ndice de Preo ao Consumidor do Municpio de So Paulo (IPC). O Departamento Intersindical de Estudos Estatstica e Socioeconmica (DIEESE) se difere das outras por incluir, alm dos itens essenciais, os gastos com recreao, cultura e lazer. O ndice de Custo de Vida (ICV) medida entre os grupos de trs classes de renda: um a trs salrios mnimos; um a cinco salrios mnimos; e um a trinta salrios mnimos.

4.5 - Concluso

A relao entre taxa de inflao baixa e crescimento econmico muito grande. Crescimento econmico significa mais emprego e aumento do poder de compra da populao. Aumentode compra da populao significa aumento da taxa de inflao. Ento estamos em circulo vicioso? Sim. Mas que tem e pode ser controlado e administrado pelos governos. Os governos do mundo devem procurar um ponto de equilbrio para manter a inflao baixa e aumentar o crescimento econmico. Um desafio enfrentado pela maioria dos pases, especialmente do Brasil. Pases emergentes esto mais sujeitos as alteraes e crises econmicas internacionais. Inflao talvez seja o termo do dicionrio de economia que a populao mais conhea. O brasileiro j sofreu muito com taxas astronmicas, onde os preos literalmente aumentavam todos os dias. Hoje passamos por uma calmaria, mas que muito criticada pelos empresrios, que condenam a alta dos juros para controlar a inflao, o que gera um crescimento muito pequeno da economia. Esse ponto de equilbrio o Brasil ainda no encontrou.

5 - O Imposto de Renda e a Depreciao

5.1 - A Depreciao

O clculo da depreciao normalmente linear, ou seja, adota-se uma taxa fixa de depreciao por ano em relao ao valor inicial do ativo.

Alguns exemplos desses ativos so:

Computadores/equipamentos de informtica: trs anos portanto depreciao de 33,35 ao ano.

Veculos/automveis e caminhes: cinco anos portanto, depreciao de 20% ao ano.

Mquinas e equipamentos: dez anos portanto, depreciao de 10% ao ano.

Prdios/instalaes: 25 anos portanto, depreciao de 4% ao ano.

A depreciao para fins fiscais no tem relao direta com o valor da depreciao real do bem. Esse valor de depreciao descrito acima determinado pela legislao tributria, sendo, nesse sentido, arbitrrio. As empresas so obrigadas a seguir essa legislao e depreciao; para todos os efeitos, ser aquela calculada conforme os dados descritos acima.

A depreciao e o imposto de renda podem exercer um efeito positivo ou negativosobre um investimento, dependendo das situaes em analise. Esses efeitos devem ser levados sempre em considerao pelo investidor. A seguir, so apresentadas as definies sintticas desses dois conceitos:

Imposto de Renda: o imposto de renda um tributo cobrado na maioria dos pases do mundo. Esse tributo tem como base de clculo normalmente o lucro contbil, ou seja, a diferena entre receitas e custos/ despesas. Na analise de investimentos, contudo, no estamos preocupados com o lucro contbil, mas com o fluxo de caixa gerado pelo projeto de investimento.

Depreciao: a depreciao uma despesa contbil que reconhece que um ativo perde valor ao longo do tempo. Esse reconhecimento gera uma despesa, que abate o lucro operacional e, portanto, diminui a base de calculo do imposto de renda.

Contudo, essa uma despesa chamada de no-caixa, ou seja, no h fluxo de caixa negativo, sada de dinheiro do caixa. Novamente, devemos nos lembrar de que a analise de investimentos se preocupa com o fluxo de caixa, e no com resultados contbeis.

5.2 - Analise de Sensibilidade

Irei utilizar a taxa Selic (9,65%) para representar a TMA, irei recalcular VPL do projeto incrementando a TMA de 1% em 1% at que o VPL fique negativo. Para avaliar quanto de variao na TMA mantm o projeto vivel.

Ano 1

F fin

1.180.000,00 [ CHS] [G] [CFO]

243.254,40 [G] [CFJ]

250.932,42 [G] [CFJ]

332.996,64 [G] [CFJ]

350.793,51 [G] [CFJ]

520.163,12 [G] [CFJ]

[ F] [IRR]= 11,77%9,65% I[F] [NPV]= + 73.981,77

Ano 2

1.180.000,00 [ CHS] [G] [CFO]

243.254,40 [G] [CFJ]

250.932,42 [G] [CFJ]

332.996,64 [G] [CFJ]

350.793,51 [G] [CFJ]

520.163,12 [G] [CFJ]

[ F] [IRR]= 11,77%10,65% I[F] [NPV]= + 38.217,05

Ano 3

1.180.000,00 [ CHS] [G] [CFO]

243.254,40 [G] [CFJ]

250.932,42 [G] [CFJ]

332.996,64 [G] [CFJ]

350.793,51 [G] [CFJ]

520.163,12 [G] [CFJ]

[ F] [IRR]=11,77%11,65% I[F] [NPV]= + 3.980,76

Ano 4

1.180.000,00 [ CHS] [G] [CFO]

243.254,40 [G] [CFJ]

250.932,42 [G] [CFJ]

332.996,64 [G] [CFJ]

350.793,51 [G] [CFJ]

520.163,12 [G] [CFJ]

[ F] [IRR]= 11,77%12,65% I[F] [NPV]= -28.809,23

A partir do 4 ano o projeto com o aumento da TMA passa a ser um projeto arriscado e propenso a rejeio.

CONCLUSO

Ao encerrar este trabalho com alguns dados financeiros levantados e analisados da empresa Lavanderia Imperial, nos deparamos com uma situao extremamente positiva. Uma simples planilha eletrnica torna-se uma ferramenta poderosa de controle financeiro. Assim, orientando os administradores para tomarem decises precisas.

Todavia com a reduo da VPL anualmente ela se torna um investimento de risco.

Destacamos que a exigncia do mercado de trabalho e das organizaes em relao a projetos inovadores diria. Conhecer a realidade do seu negcio, possuindo dados precisos, prever o retorno dos investimentos so passos bsico para quem pretende trilhar o este caminho.

BIBLIOGRAFIA

BRAGA, ROBERTO. Fundamentos e Tcnicas de Administrao Financeira. So Paulo: Atlas, 1998.FAMA BRUNI. Gesto de Custos e Formao de Preos. So Paulo: Atlas, 2008.GITMAN LAWRENCE J. Principios de Administrao Financeira. So Paulo: Harbra 2002.GITMAN LAWRENCE J. Princpios de Administrao Financeira. So Paulo: Harbra 1997.HERNANDEZ PEREZ COSTA. Gesto Estratgica de Custos. So Paulo: Atlas, 2008.http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/demonstracaodoresultado.htm, acesso em 20 de abril de 2011.SANTOS EDNO OLIVEIRA. Administrao Financeira da Pequena e Mdia Empresa. So Paulo: Atlas, 2001.COLLIS, Jill e HUSSEY, Roger. Pesquisa em administrao: um guia prtico para alunos de graduao e ps-graduao. 2 ed. Porto Alegre: Bookmann, 2005.

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