Atps de Economia

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ATPS DE ECONOMIA INTRUDUÇÃO Produção de vinho ao contrário de outras atividades industriais, o ritmo não é constante, mas depende dos períodos de safra e entressafra. O que significa alternar períodos de hiperatividade com quase ociosidade. Não é difícil concluir que, para enfrentar essa situação, é necessário um planejamento muito cuidadoso, seja para traçar o plano de produção, para dimensionar as instalações, para montar o quadro de pessoal e mesmo para distribuir o produto. Caso contrário, os riscos de prejuízos são muito grandes. As cantinas, como são chamadas as agroindústrias de vinho, chegaram ao Brasil junto com os primeiros imigrantes italianos, que plantavam a uva e preparavam a bebida nos fundos de quintal, com a técnica e o ritual próprios de sua rica cultura. Algumas dessas cantinas artesanais transformaram-se em vinícolas de médio e grande porte, dedicando-se à produção de um vinho mais popular - o vinho de mesa - quase sempre de garrafão. Por caminhos transversos, que passaram por uma profunda crise no setor depois da abertura do mercado, no início da década de 90, pequenos agricultores, que antes abasteciam as grandes vinícolas, montaram suas próprias cantinas produzindo pouco, mas com muita qualidade. No entanto, nota-se um grande esforço empreendido pelo setor, nos últimos anos, em busca da melhoria da qualidade do vinho nacional. Isso ocorreu, principalmente, a partir da década de 90, com a abertura da economia brasileira, o que fez a importação de vinho crescer substancialmente, especialmente, na última década

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ATPS DE ECONOMIA

INTRUDUÇÃO

Produção de vinho ao contrário de outras atividades industriais, o ritmo não é constante, mas

depende dos períodos de safra e entressafra. O que significa alternar períodos de hiperatividade com

quase ociosidade. Não é difícil concluir que, para enfrentar essa situação, é necessário um

planejamento muito cuidadoso, seja para traçar o plano de produção, para dimensionar as

instalações, para montar o quadro de pessoal e mesmo para distribuir o produto. Caso contrário, os

riscos de prejuízos são muito grandes.

As cantinas, como são chamadas as agroindústrias de vinho, chegaram ao Brasil junto com os

primeiros imigrantes italianos, que plantavam a uva e preparavam a bebida nos fundos de quintal,

com a técnica e o ritual próprios de sua rica cultura. Algumas dessas cantinas artesanais

transformaram-se em vinícolas de médio e grande porte, dedicando-se à produção de um vinho mais

popular - o vinho de mesa - quase sempre de garrafão.

Por caminhos transversos, que passaram por uma profunda crise no setor depois da abertura do

mercado, no início da década de 90, pequenos agricultores, que antes abasteciam as grandes

vinícolas, montaram suas próprias cantinas produzindo pouco, mas com muita qualidade.

No entanto, nota-se um grande esforço empreendido pelo setor, nos últimos anos, em busca da

melhoria da qualidade do vinho nacional. Isso ocorreu, principalmente, a partir da década de 90,

com a abertura da economia brasileira, o que fez a importação de vinho crescer substancialmente,

especialmente, na última década

Nota-se que no setor de bebidas brasileiro, mais diretamente no segmento de vinhos, está ocorrendo

um crescente incremento dos produtos importados, os quais estão se firmando no mercado

nacional , juntando-se à marcas importadas já populares no mercado de vinho. Este fato é ainda

mais significativo quando se trata dos vinhos considerados finos e de qualidade superior aos

convencionais de mesa.

Uma análise criteriosa dos custos de produção torna-se fundamental na avaliação da rentabilidade

econômica das vinícolas, pois, se a receita obtida com a venda da produção se mantiver abaixo do

custo de produção, por longo tempo, a situação econômica dessas vinícolas pode-se tornar

insustentável. Por essa razão, o adequado conhecimento dos custos de produção evita que ocorram

subdimensionamentos dos mesmos, o que poderá retratar uma situação falsamente favorável.

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Além do olhar clínico sobre os custos, a racionalização do processo de produção com a introdução

de novos produtos que visam ao atendimento de fatias específicas de mercado, ou mesmo com a

adoção de novas tecnologias podem tornar as empresas mais eficientes.

1° ETAPA

Quanto se compra e se vende

Pesquisa encomendada pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) à empresa de pesquisa de

mercado e opinião pública Market Analysis Brasil pretende definir o perfil do consumidor de

vinhos no País. O projeto, pioneiro no Brasil, tem como principal objetivo pautar a estratégia do

setor para os próximos 20 anos e apontar as expectativas do mercado.

A etapa quantitativa do levantamento, intitulado "Estudo sobre o Mercado Brasileiro de Vinhos e

Espumantes", apurou que o brasileiro consome menos de dois litros de vinho por ano. A projeção é

que o consumo atual, de 1,9 litro, suba para 3,5 litros per capita até 2030, o que representa um

crescimento de 84%.

Em Minas, a loja de consumo e venda de vinhos Enoteca Decanter, baseada em pesquisa realizada

internamente e nos mais de 120 restaurantes parceiros na capital, levantou dados semelhantes.

"Através de nosso histórico de vendas e de pesquisas desenvolvidas por nossos sommeliers,

chegamos ao número de 2,5 litros per capita em BH. Mas, se formos mais seletos, e considerarmos

somente os enófilos que freqüentam a loja especializada, esse valor chega a 15 litros por pessoa",

afirma Flávio Morais, proprietário da casa, que conta atualmente com mais de 700 rótulos das

principais regiões vinícolas do mundo.

Na pesquisa do Ibravin, o total nacional de consumidores assíduos de vinho - 48% da população -

consome 5,2 litros, com uma projeção de 9 litros para 2030, sendo que, na primeira década, o

crescimento seria de 16% e, na segunda, de 32%.

Comportamento do Consumidor.

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Caracterizar a evolução recente do consumo de vinho nos principais mercados, destacando as

alterações dos padrões de consumo de vinho nos países tradicionais produtores e os

comportamentos de consumo em mercados com potencial de crescimento; Explicitar o processo de

decisão de compra e os seus diferentes tipos de determinantes, com destaque para as variáveis

económicas (rendimento e preços), para as variáveis, sócio demográficas (idade, género, estilos de

vida) e para as variáveis psicológicas (motivações, atitudes e perceção). Analisar a perceção da

qualidade na ótica do consumidor e a segmentação do mercado do vinho.

O ultimo relatório da Wine Intelligence mostrou mudanças nas preferências dos consumidores de

vinho nos últimos quatros anos, mostrou também que a variedade e a familiaridade com a marca dos

vinhos são os fatores que mais influenciaram os consumidores na hora de comprar.

O consumidor atual e os especialistas em vinhos têm falado cada vez mais sobre a relação custo

beneficio como algo fundamental a ser considerado na compra. Existem vinhos bons e caros, vinhos

ruins e baratos, mas há também os muito caros para o que são, e os muitos bons para o seu preço

(ou best buys).

Assim o ideal, e o consumidor tem consciência disso, é que se analisa o preço ou a qualidade

isoladamente, mas sim a relação custo benefício (qualidade e gosto pelo vinho) do vinho em

questão.

Obviamente existem consumidores mais sensíveis ao preço e outros a qualidade (benefício).

O vinho é fundamentalmente cultural e social. É uma das bebidas mais antiga do mundo e uma das

poucas com influencia até religiosa. Assim a influencia cultural se dá pelos hábitos de consumo e

gastronomia de cada região, e a influencia social, pela imagem que o consumidor ou a sociedade faz

de um determinado pais ou região produtora.

O consumidor é levado ao produto por razões racionais e emocionais como em qualquer produto.

As razões emocionais são várias, mas cabe lembrar que o Vinho é consumido em reunião,

encontros, festas e eventos e, portanto ele imprime uma forte memória emocional no consumidor,

como nenhum outro produto. O status influencia uma parcela dos consumidores em maior ou menor

grau, em particular no consumo em reuniões ou jantares onde alguns consumidores usam seu

conhecimento ou os vinhos apresentados como sinal de status. A influência do status é maior nos

consumidores mais especializados.

O perfil do consumidor está relacionado diretamente com o comportamento de compra de um

determinado produto, satisfazendo a um desejo. Um produto é tudo o que é capaz de satisfazer um

desejo e este, por sua vez, tem a capacidade de colocar o consumidor num estado enérgico dando-

lhe a direção correta em busca de sua saciedade.

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Influência da economia sobre o vinho.

A vitivinicultura é uma atividade em plena expansão no Brasil e é responsável por uma fatia

considerável da parcela do PIB relacionada à fruticultura. Presente em diversas áreas do território

nacional, com destaque para o Rio Grande do Sul (Serras Gaúchas), Pernambuco e Bahia (Vale do

Rio São Francisco), São Paulo (Região Metropolitana de Jundiaí) e Paraná (Norte, Sudoeste e

Região Metropolitana de Curitiba), a atividade tem se mostrado uma alternativa de geração de renda

e de melhoria da qualidade de vida para pequenos produtores rurais.

De modo geral, até meados da década de 1990, as vinícolas brasileiras se alicerçavam em baixa

tecnologia e conhecimento técnico limitado para a elaboração de vinhos. Por volta de 2000, houve

uma inversão neste cenário: as vinícolas iniciaram um processo de transformação, tornando-se

verdadeiros conglomerados industriais. Houve mudanças ao longo de todo o processo, iniciando-se

com a introdução de diferentes produtos, voltados para diversos públicos e mercados; foram feitos

ajustes também nos processos e nas formas de distribuição dos produtos. Essas transformações,

combinadas com a melhora no conhecimento técnico dos funcionários possibilitado,

principalmente, por órgãos como a Embrapa Uva e Vinho, CEFET-BG, dentre outros e o sistema de

aprendizagem “in loco” possibilitaram rápida expansão da atividade.

Embora a vitivinicultura seja um mercado com elevado potencial de crescimento, enfrenta alguns

obstáculos. Acredita-se que os principais, além dos já mencionados, são o câmbio e a tributação,

que influenciam a preferência do consumidor. No que se refere ao primeiro, a recente “re-

valorização” do real tem incentivado o consumo de vinhos chilenos e argentinos. Já a tributação

eleva o preço dos nacionais, independentemente da relação com os importados. Apesar desses

obstáculos, a venda de vinhos nacionais apresentou crescimento de 12,7% no primeiro quadrimestre

de 2009 em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto o avanço dos importados não

chegou a 3% (VALOR ECONÔMICO, 2009).

Passo 3

Informações sobre o mercado consumidor (quem são os consumidores, quanto

ganham, quanto gastam de sua renda na compra

A empresa brasileira Two of Us, através do seu site Vinho Virtual (www.vinhovirtual.com.br), realizou uma interessante pesquisa com 1 mil consumidores brasileiros de vinho para revelar seu perfil, hábito e preferências.

Perfil

Dos consultados, 79% são homens e 21% mulheres. A grande parte dos consumidores encontra-se

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na região sudeste, seguido pela região sul. Cerca de 40% dos consumidores de vinho encontram-se

no estado de SP.

67%

17%

8%6%

2%

MERCADO CONSUMIDOR POR REGIÕES

Sudeste Sul Nordeste Centro-Oeste Norte

A faixa etária entre 30 e 50 anos representa 62% dos consumidores de vinho. Sendo que a faixa

entre 18-29 já consome mais do que entre 50-59 anos.

18-29 Anos 30-39 Anos 40-49 Anos 50-59 Anos 60 ou Mais

17%

32% 30%

15%

6%

MERCADO CONSUMIDOR POR FAIXA ETÁRIA

Histórico da evolução do mercado consumidor

Até poucos anos só se falava de vinhos produzidos na serra gaúcha do país, área que, com o passar

dos anos, veio crescendo cada vez mais, inclusive depois da conquista do selo de qualidade

concedido aos produtores de vinho brasileiros pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial

(Inpi), órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que

contribuiu para que as vendas do produto aumentassem cerca de 72% nos dois últimos anos na

região do Vale dos Vinhedos. A área é a primeira do Brasil a conseguir o selo de procedência

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geográfica, por meio da Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos

(Aprovale).

Atualmente existe um novo quadro no mercado desta bebida no Brasil. Esta realidade demonstra o

desenvolvimento de novas e importantes áreas produtoras, com grande destaque para o Vale do São

Francisco, na Bahia e em Pernambuco, novos produtores do Paraná e Minas, o crescimento de

algumas áreas da Campanha Gaúcha e uma novidade exposta na Expovinis 2008: produtores de

Santa Catarina que iniciaram trabalho de divulgação.

Mapa das atuais áreas produtoras de vinhos do Brasil(imagem: sitedovinhobrasileiro.com.br)

Já há alguns anos o vinho vem deixando de ser um produto restrito às elites para entrar na casa da

classe média brasileira. Tomar vinho era um hábito restrito a quem tinha dinheiro sobrando e gosto

refinado. Hoje em dia o especialista na bebida realiza seu “ritual do vinho” apenas em degustações e

encontros profissionais. Fora desses ambientes, ele passou a ser acessível, tornou-se um produto

mais barato, fácil de encontrar e de comprar.

Hoje vários supermercados populares se especializaram no fornecimento de vinhos, o tornando cada

vez mais uma bebida de massa e algumas empresas identificaram um novo nicho neste mercado e

estão inovando, aproveitando a crescente procura pelo produto.

Page 7: Atps de Economia

Um exemplo recente de empreendedorismo nesta área é a Wine Choice, que promete revolucionar o

comércio de vinhos tornando fácil o acesso e escolha de rótulos por meio da criação de uma Adega

refrigerada em forma de quiosque, que será lançada na praça de alimentação do shopping Market

Plaza, em Campos do Jordão (SP) nos meses de frio.

Uma empresa japonesa criou uma máquina que promete aposentar os barris de carvalho,

responsáveis pela maturação ou envelhecimento do vinho. Em poucos segundos, o aparelho deixa a

bebida de uma safra recente com a suavidade de um vinho feito com uvas colhidas há 20 anos.

O presidente da Innovative Design and Technology, Hiroshi Tanaka, mostrou a experiência no

laboratório da empresa, na cidade de Hamamatsu. Ele utilizou, como cobaia, uma garrafa da safra

2005 de um vinho francês do tipo Beaujolais Nouveau.

Tanaka garante que a invenção atribui ao vinho o aroma e a fragrância de como se a bebida

estivesse em maturação por duas décadas. Para tanto, ele utiliza uma técnica de eletrólise –

separação química de componentes por meio corrente elétrica, de acordo com a agência de notícias

Associated Press.

O fato é que as empresas vêm buscando novas tecnologias, inovações para um mercado

mundialmente competitivo e em expansão, mas a maneira de fazer o vinho tradicionalmente nunca

acabará, pois para os grandes apreciadores desta arte, o processo de maturação em barris de

carvalho diferencia o sabor, além de ser um processo incorporado para a “alma do vinho”. Pessoas

que se interessam pela história, pelo conhecimento de uvas, safras, regiões, sabores, cheiros e do

clima proporcionado por este conjunto de informações, sempre apreciarão o glamour na degustação.

Os motivos que foram responsáveis pela evolução desde mercado abordado no

item “b” deste passo.

Com o crescimento da quantidade de produtores de vinhos no país, um novo mercado do turismo

está nascendo. Na região do Vale do São Francisco, por exemplo, existe um projeto que visa o

desenvolvimento do setor. Segundo a Agência Sebrae de Notícias, o objetivo deste programa é

aumentar o faturamento da região, considerando hospedagem, alimentação e agências de turismo,

em 15% até 2012.

Page 8: Atps de Economia

O Vale é uma região privilegiada turisticamente em vários fatores, é o caso da vitivinicultura, única

do semi-árido no mundo, com produção de vinho durante todas as estações do ano. Há também a

riqueza da gastronomia regional, da cultura, da história, monumentos, tecnologia e o maior

Patrimônio Natural da região, o Rio São Francisco.

Hoje, o Roteiro Integrado do Vinho – Vale do São Francisco é formado por oito municípios da

Bahia e de Pernambuco, englobando um total de 34 mil km, onde os turistas podem visitar as

cidades baianas de Curaçá, Juazeiro, Sobradinho e Casa Nova e as pernambucanas Petrolina, Lagoa

Grande, Santa Maria da Boa Vista e Orocó, além de conhecer o Pólo Vinícola da região, a

Hidrelétrica de Sobradinho e lugares que se destacam pela gastronomia e pelo artesanato. Há belos

passeios pelo Rio São Francisco e por fazendas de fruticultura, além de degustação dos vinhos nas

vinícolas.

O Vale dos Vinhedos, no sul do Brasil, também possui uma ótima estrutura para receber turistas

com suas charmosas vinícolas e típica gastronomia. No local é possível apreciar uma grande

variedade de pratos da culinária italiana e internacional. O frio da Serra ajuda a criar um clima ideal

para os turistas aproveitarem as cantinas, queijarias, os restaurantes, hotéis e pousadas, sempre

acompanhados de um bom vinho.

Há mais de 30 vinícolas no destino e todas vêm apostando em novas variedades de uvas para

elaborar seus reconhecidos vinhos. Além de bebidas das tradicionais castas Cabernet Sauvignon,

Merlot e Chardonnay, já é possível degustar varietais cultivados e introduzidos há pouco tempo no

Vale, como as tintas Carmenère, Teroldego, Marselan e Egiodola e as brancas Semillon e Prosecco,

atraindo novos consumidores de várias partes do país e do mundo.

“No vinho estão a verdade, a vida e a morte. No vinho estão a aurora e o crepúsculo, a juventude e a

transitoriedade. No vinho está o movimento pendular do tempo. No vinho espelha-se a vida.” (Roland

Betsch)

Empresas participantes deste mercado.

Page 9: Atps de Economia

Vinícola Almaúnica

Fundada em 2008. Localizada em Bento Gonçalves, mais especificamente no Vale dos Vinhedos,

um dos principais destinos turísticos do país e principal região produtora de vinhos do Brasil, tem

em seu DNA uma paixão secular pelos vinhos. Ela foi criada pelos irmãos gêmeos Magda e Márcio

Brandelli.

Os dois pertencem à quarta geração de uma família que nasceu para produzir vinhos. Uma história

que começou em 1887, quando o imigrante italiano Marcelino Brandelli chegou à região de Bento

Gonçalves, na Serra Gaúcha, trazendo na bagagem a paixão pelas videiras. Após passarem pela

vinícola da família, que leva o nome do pai, os dois decidem seguir um caminho próprio. Por isso, a

Almaúnica foi construída para ser pequena no número de garrafas elaboradas, porém, para se tornar

um conceito na elaboração de vinhos finos e espumantes e no enoturismo, com modernidade e os

conhecimentos seculares de uma gente que nasceu para isso.

Maison Moët & Chandon

Em 1973 decide apostar no potencial vitivinícola brasileiro e inaugura a Chandon em Garibaldi, no

Rio Grande do Sul. O investimento cresce e se consolida. Atualmente, a empresa é líder absoluta no

segmento de vinhos espumantes naturais de luxo.

Além do Brasil, a Chandon também é produzida na Austrália, Califórnia e Argentina.

Vinícola Marco Luigi

Localizada na cidade de Bento Gonçalves, capital brasileira do vinho, no Vale dos Vinhedos, onde

está situada a Marco Luigi, possui uma das paisagens mais lindas e diversificadas do Brasil, com

montanhas, vales, rios, cascatas, matas nativas, ricas em fauna e flora. Dentro deste cenário

encantador com aspecto europeu a Vinícola Marco Luigi desde 1946 vem escrevendo sua história

de sucesso e crescimento.

Vinícola Guaravera

É uma empresa da família Gazzi, tradicionais produtores de vinho da Serra Gaúcha, mais

exatamente da cidade de Flores da Cunha próximo a Caxias do Sul - RS. Produzindo vinho em

escala industrial desde 1965. Hoje comercializa as marcas Gazzi, Guaravera, Mr. Thomas e

Marialva; fixou-se no Norte do Paraná com a Vinícola Guaravera em 1994; Mantendo seus

vinhedos na Serra Gaúcha oferecem excelentes opções de vinhos para o deleite dos variados e

exigentes clientes.

Page 10: Atps de Economia

Vitivinícola Santa Maria S.A

É a única a produzir vinhos de qualidade internacional na latitude 8º Sul. Situada nas margens do

Rio São Francisco desde 2003, esta fazenda conta com uma área de 200 ha de Vinha em uma área

total de 1600 ha. Todas as áreas de produção estão equipadas com um dos mais modernos sistemas

de fertilização e de irrigação o que torna possível obter produção durante todo o ano, ou seja, cada

videira produz duas a três vezes ao ano. Isto é único no mundo inteiro. As principais castas

plantadas são, Cabernet Sauvignon, Syrah, Aragonês, Touriga Nacional, Alicante Bouschet e

Moscato Canelli.

Etapa 2 – Passo 2

Escrever apenas os custos, sem mencionar valores.

Relacionar quais são os custos para produção do vinho.

ESTRUTURAÇÃO DOS CUSTOS PARA PRODUÇÃO DO VINHO

Dado que o setor vinícola não apresenta particularidades no que diz respeito ao processo de amortização de capital, o estoque de capital tende a se desgastar linearmente à medida que uma maior quantidade de vinho é produzida.A justificativa teórica para tal hipótese advém da função de produção que se segue:

Qı = ƒ(X1,X2,X3)

em que Qı é o volume total de produção de vinho, incluindo todas as categorias e subcategorias de

vinho produzido; X1 corresponde ao conjunto de insumos variáveis, X2 representa o insumo fixo -

estoque de capital e X3 os demais insumos indiretos.

Custos diretos

Os custos diretos estão relacionados com a produção e a venda. Esses custos apresentam particularidades em razão do tipo de atividade que a empresa exerce. Numa pequena agroindústria de processamento de uva, estão incluídos, nesses custos, os materiais diretos - matérias-primas, materiais secundários e embalagens - e a mão-de-obra direta - salários e encargos sociais dos recursos humanos ligados diretamente à produção.

Materiais diretos

O que se convencionou chamar tecnicamente de materiais diretos são as matérias-primas, materiais secundários, embalagens e demais materiais utilizados na fabricação de um produto, até o estágio em que ele chega ao consumidor final.

Os custos dos materiais diretos variam muito de produto para produto. Para produzir 35 mil garrafas de vinho tinto, por exemplo, vamos precisar de 50.000 kg de uva das cultivares Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Merlot, que atualmente têm um custo médio de R$ 1,50 o litro. Outros

Page 11: Atps de Economia

insumos - ensima, metabissulfito de potássio, levedura e açúcar - entram na composição do vinho tinto, além das embalagens, cartuchos para filtro, rolhas, cápsulas, rótulos, contra-rótulos, papel, cola e caixa de papelão.

DISCRIMINAÇÃO:

Custo Variável – InsumosUvaFUNRURALGarrafasRolhasRótulosCaixasFitas adesivasPapel p/ garrafasCápsulas

Custo Variável – Produtos EnológicosEnzimasLevedurasAtivantes de fermentaçãoSO2/MetabisulfitoEstabilizantesMaterial de limpezaAnálisesNitrogênioTerra filtranteBarril de carvalhoTaninos

Custo Fixo – OutrasDepreciaçãoDespesas administrativasAdministrativo

Por definição, uma função de produção explicita o padrão de transformação de insumos e capital em

produto. Tal função especifica a quantidade máxima de vinho que se consegue produzir, dado a

combinação dos fatores de produção fixo, variável e a tecnologia. Assim, para se aumentar a produção

de vinho consome-se maiores quantidades de X1 e X3, além de desgastar mais rapidamente X2.

Veja na Tabela a seguir, o custo anual dos materiais diretos necessários para a produção de 35 mil

garrafas de vinho tinto.

CUSTO MÉDIO PARA PRODUÇÃO DE 35.000 GARRAFAS DE VINHO EM UM ANO

Descrição QuantidadeCusto

unitário (R$ 1,00)

Custo total (R$ 1,00)

Uvas das cultivares Cabernet Sauvigon, Cabernet Franc e Merlot (kg)

50.000 1,50 75.000,00

Page 12: Atps de Economia

Enzima pectolitica (L) 1 400,00 400,00

Metabissulfito de potássio (kg) 10 7,00 70,00

Levedura sêca ativa (kg) 7 80,00 560,00

Açucar cristal (kg) 1.500 0,80 1.200,00

Terra filtrante (kg) 100 2,00 200,00

Cartuchos para filtro (unidade) 5 300,00 1.500,00

Garrafas de 750 ml (unidade) 35.500 0,75 26.625,00

Rolhas de 44/24mm (unidade) 35.500 0,70 24.850,00

Capsulas retrateis (unidade) 35.500 0,10 3.550,00

Rotulos (unidade) 35.500 0,30 10.650,00

Contra-rotulos (unidade) 35.500 0,20 7.100,00

Papel para encher a garrafa (unidade) 35.500 0,01 355,00

Cola para rotulos (kg) 3 20,00 60,00

Caixas de papelão p/6 garrafas (unidade) 6.000 1,70 10.200,00

TOTAL 162.320,00

Etapa – 3 Passo – 2 (Pesquisar informações referentes a :PIB local, PIB per capita, numero de

habitantes por gênero, nível de emprego, particularidades da economia local, entre outras

informações relevantes.

Page 13: Atps de Economia

Total 1.598.929

Urbana 1.546.239

Rural 525.690

Homens 7.625.679

Mulheres 8.364.250

0 - 4 anos 987.615

5 - 9 anos 1.092.991

10 - 14 anos 1.305.033

15 -19 anos 1.270.276

20 - 29 anos 2.667.136

30 - 49 anos 4.758.015

50 - + anos 3.908.863

POPULAÇÃO DO RIO DE JANEIRO

0

2.000.000

4.000.000

6.000.000

8.000.000

10.000.000

12.000.000

14.000.000

16.000.000

18.000.000 População total

População urbana

População rural

Homens

Mulheres

0 - 4 anos

5 - 9 anos

10 - 14 anos

15 -19 anos

20 - 29 anos

30 - 49 anos

50 - + anosFaixa Etária

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – Censo 2010

O município do Rio de Janeiro tem uma população de 15.989.929 habitantes, conforme o censo de

2010.

Observa-se que a população é predominante no gênero feminino e a maioria encontra-se na faixa

etária entre 30 e 49 anos.

Rio de Janeiro – O Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos, no país dividida pela população total do Brasil, cresceu 1,8% em 2011, em relação ao ano anterior. O crescimento é 0,9 ponto percentual menor do que o registrado pelo PIB nacional, que aumentou 2,7% no período, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com a expansão registrada em 2011, o PIB per capita alcançou R$ 21.252, em valores correntes. De acordo com o IBGE, em 2010, o PIB per capita havia crescido 6,5%, enquanto a economia havia registrado expansão de 7,5%.

O PIB do Brasil cresceu 2,7%, enquanto a expansão média mundial, de acordo com uma projeção do Fundo Monetário Internacional (FMI), foi 3,8%.

(agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-03-06/pib-capita-teve-expansao-de-18-em-2011-mostra-ibge)

O Rio de Janeiro se encontra em posição privilegiada no Brasil.

Page 14: Atps de Economia

Com a vantagem de ser um Estado costeiro, com acesso a mercados via portos.

O Rio de Janeiro está localizado numa região que concentra os maiores mercados do país.

O Rio de Janeiro vive um momento particularmente promissor.

Mudanças institucionais realizadas, política de segurança pública, melhoria do ambiente de

negócios, carteira de Investimentos.

Rio receberá investimentos de mais de R$ 214 bilhões até 2020.

Principais eixos de desenvolvimento e oportunidades regionais:

- Adensamento da cadeia produtiva de projetos âncora, como petróleo, petroquímica, siderurgia,

aproveitando a excepcional carteira de investimentos do Estado.

- Produção para o mercado doméstico, suprindo um déficit em indústrias de bens de consumo.

População do Município de Macaé

Page 15: Atps de Economia

Total 463.545

Urbana 418.565

Rural 44.980

Homens 223.100

Mulheres 240.445

0 - 4 anos 31.988

5 - 9 anos 34.984

10 - 14 anos 40.306

15 -19 anos 39.975

20 - 29 anos 78.978

30 - 49 anos 133.181

50 - + anos 104.309

POPULAÇÃO DE MACAÉ

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

400.000

450.000

500.000 População total

População urbana

População rural

Homens

Mulheres

0 - 4 anos

5 - 9 anos

10 - 14 anos

15 -19 anos

20 - 29 anos

30 - 49 anos

50 - + anosFaixa Etária

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – Censo 2010

O município de Macaé tem a população de 206.748 habitantes, correspondentes a 24.34% do total

da população da região norte do estado do Rio de Janeiro.

Observa-se que a população é predominante urbana e apresenta uma participação feminina

equivalente à masculina em uma proporção de 98,26 homens para cada 100 mulheres.

A maioria da população encontra-se na faixa etária entre 30 e 49 anos, seguida pela faixa de 20 a 29

anos.

Nos últimos dez anos, a economia de Macaé cresceu espantosos 600% e sua população triplicou -

são 206.748 habitantes, segundo dados de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -

IBGE.

Com PIB local de 8.003.372, identifica a capacidade de geração de riqueza do município, que no

caso de Macaé representa 17,91% do PIB da Região Norte Fluminense.

O PIB per capita urbano de Macaé R$ 17.086,23 foi calculado dividindo-se o montante de consumo

da população, respectivamente, pelo número de pessoas dessa mesma população da região.

As informações sobre potencial de consumo são fundamentais no planejamento empresarial. Com

elas é possível identificar a capacidade de compra do público pretendido, a diversificação de

produtos a serem ofertados, as condições comerciais específicas para este público e outros aspectos

importantes para um bom planejamento de marketing.

Page 16: Atps de Economia

A partir de 1974, com a descoberta de petróleo na região e com achegada da Petrobrás, Macaé

passou a viver um novo momento econômico, marcado fundamentalmente pelo acelerado

crescimento demográfico.

http://www.inepac.rj.gov.br/arquivos/Macae.pdf

economia local de Macaé

O petróleo é maior força econômica de Macaé. Nos próximos dois anos, a meta da Petrobras é produzir 2

milhões e 200 mil barris de óleo por dia. Até 2015, a Petrobras vai investir US$ 35,7 bilhões na Bacia de

Campos, o equivalente a 80% dos recursos da empresa em Exploração e Produção para todo o país.

Na cidade, a taxa de criação de novos postos de trabalho, de 15,31%, é quase cinco vezes superior à média

brasileira. São 56 000 empregos formais, o que significa que 40,7% da população exerce uma atividade com

carteira assinada, número expressivo mesmo se comparado ao de regiões dinâmicas do Brasil, como

Joinville, em Santa Catarina, com 23,6%; Ribeirão Preto, em São Paulo, com 22,5%; e Londrina, no Paraná,

com 20,8%.

Enquanto o Brasil se esfalfa para fechar o ano com crescimento em torno de 1%, a economia de Macaé

desliza acelerada a um ritmo de 14%. Parte fundamental desse empuxo se deve à quebra do monopólio do

petróleo detido pela Petrobras até 1996. A partir da abertura do setor, as grandes empresas operadoras de

petróleo no mundo voltaram os olhos para a bacia de Campos. Caso de grandes conglomerados, como

British Petroleum, Shell, Total/Elf, Pan Canadian, Agip Repsol, Chevron Texaco e Ameralda Hess. Até o

momento, com exceção da Shell, que descobriu óleo num bloco próximo da costa do Espírito Santo,

nenhuma delas anunciou grandes descobertas. Todas, porém, ajudaram a esquentar a demanda por

serviços especializados em sísmica, perfuração, transportes, desembaraço aduaneiro, hotelaria, entre

outros. "Muitos imaginavam que, com a vinda delas, o Rio de Janeiro se converteria numa espécie de

centro nervoso do petróleo", diz Jorge Siqueira, um ex-funcionário da Petrobras hoje no cargo de secretário

da Indústria e Comércio da prefeitura de Macaé. "Erraram feio. É aqui que tudo acontece." De 1997 a 2001,

exatas 2 566 novas empresas instalaram-se em Macaé.

O motivo de toda essa movimentação? Uma economia regada a altas doses de investimento e a confiança

de que as oportunidades à frente serão ainda maiores. Com 7 000 funcionários, a unidade da Petrobras em

Macaé absorve 80% de todos os investimentos destinados pela estatal às atividades de exploração e

produção de petróleo no país. "Brincamos aqui que, como a Petrobras é a maior empresa do Brasil, a nossa

unidade de negócios deve ser a segunda", diz Arisio Stanzani França, gerente de suporte operacional da

bacia de Campos, em Macaé.

http://exame.abril.com.br/economia/noticias/macae-m0039769

nível de emprego

Page 17: Atps de Economia

De acordo com o Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal - IFDM, Macaé está entre as 15

melhores cidades do País em qualidade de vida e é a campeã na geração de emprego e renda no

Estado do Rio.

Total 463.545

Urbana 418.565

Rural 44.980

Homens 223.100

Mulheres 240.445

0 - 4 anos 31.988

5 - 9 anos 34.984

10 - 14 anos 40.306

15 -19 anos 39.975

20 - 29 anos 78.978

30 - 49 anos 133.181

50 - + anos 104.309

POPULAÇÃO DO MUNICÍPIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

400.000

450.000

500.000 População total

População urbana

População rural

Homens

Mulheres

0 - 4 anos

5 - 9 anos

10 - 14 anos

15 -19 anos

20 - 29 anos

30 - 49 anos

50 - + anosFaixa Etária

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – Censo 2010

O município de Campos dos Goytacazes tem uma população de 463.545 habitantes,

correspondentes a 54,58% do total da população da Região Norte Fluminense do Estado do Rio de

Janeiro.

Observa-se que a população é predominantemente urbana e apresenta uma participação feminina

superior à masculina em uma proporção de 92,8 homens para cada 100 mulheres.

A maioria da população encontra-se na faixa etária entre 30 e 49 anos, seguida pela faixa de 50 ou

mais anos.

Com o PIB local de 29.125.709, identifica a capacidade de geração de riqueza do município, que no

caso de Campos do Goytacazes representa 65,2% do PIB da Região Norte Fluminense.

O consumo per capita urbano R$ 12.022,13 foi calculado dividindo-se o montante de consumo da

população, respectivamente, pelo número de pessoas dessa mesma população da região.

Page 18: Atps de Economia

As informações sobre potencial de consumo são fundamentais no planejamento empresarial. Com

elas é possível identificar a capacidade de compra do público pretendido, a diversificação de

produtos a serem ofertados, as condições comerciais específicas para este público e outros aspectos

importantes para um bom planejamento de marketing.

Evolução das Receitas Próprias em Campos dos Goytacazes

O município de Campos dos Goytacazes apresenta uma boa evolução das receitas próprias

realizadas. Em 2011 as receitas  somaram R$160,7 milhões, representando um crescimento nominal

de 119,75% em relação ao valor realizado em 2007. No primeiro quadrimestre de 2012 o valor

realizado de R$ 62,9 milhões representou 86% do valor realizado em todo o ano de 2007. 

Esse esforço é importante, já que aumenta a autonomia orçamentária do município em relação as

receitas de royalties de petróleo e outras transferências constitucionais.

 O gráfico apresenta a trajetória da participação relativa das receitas próprias nas receitas correntes.

Após uma leve queda em 2008, observa-se um crescimento contínua do percentual das receitas

próprias sobre as receitas correntes. No primeiro quadrimestre de 2012 o percentual atingiu 8,62%

contra 5,89% em 2007.

Cidade de Porto Real – RJ

Page 19: Atps de Economia

Total 16.574

Urbana 16.481

Rural 93

Homens 8.232

Mulheres 8.342

0 - 4 anos 1.198

5 - 9 anos 1.325

10 - 14 anos 1.550

15 -19 anos 1.502

20 - 29 anos 2.967

30 - 49 anos 4.937

50 - + anos 3.113

POPULAÇÃO DO MUNICÍPIO DE PORTO REAL

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

16.000

18.000 População total

População urbana

População rural

Homens

Mulheres

0 - 4 anos

5 - 9 anos

10 - 14 anos

15 -19 anos

20 - 29 anos

30 - 49 anos

50 - + anosFaixa Etária

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – Censo 2010

Page 20: Atps de Economia

O município de Porto Real tem uma população de 16.574 habitantes, correspondentes a 1,93 % do total da população da Região do Médio Paraíba. Observa-se que a população é predominantemente urbana e apresenta uma participação masculina equivalente à feminina em uma proporção de 98,7 homens para cada 100 mulheres. A maioria da população encontra-se na faixa etária entre 30 e 49 anos, seguida pela faixa de 50 ou mais anos.

O PIB identifica a capacidade de geração de riqueza do município, que no caso de Porto Real representa 15,06 % do PIB da Região do Médio Paraíba.

Porto Real é hoje uma das principais economias do País - com o segundo maior PIB per

capita do Brasil (R$ 215.506,46), sendo o primeiro colocado entre os municípios do

Estado do Rio de Janeiro, de acordo com estudo realizado pelo IBGE (Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística) no ano de 2010.

Parte dessa realidade econômica vem da instalação de uma unidade industrial do Grupo

PSA Peugeot Citröen, em 2001, que é o sexto produtor mundial de automóveis, com

uma participação de 5,3% do mercado mundial. A fábrica está no Tecnopólo de Porto

Real área no entorno do Centro de Produção que, dentro da mesma locação industrial,

aglutina fornecedores sistemistas (de primeira camada).

Outro fator decisivo para o alcance desse patamar econômico são as ações

administrativas que a equipe técnica da Prefeitura de Porto Real desenvolve no intuito

de alavancar a arrecadação municipal transferindo em melhorias na qualidade de vida da

população.

Em 2005, a Secretaria de Administração e Fazenda negociou o emplacamento dos

veículos estacionados no pátio da Peugeot-Citroën no território do município, dobrando,

logo no primeiro ano, a arrecadação de IPVA. No mesmo ano, dobrou também a

arrecadação dos Royalties do Petróleo, ao enquadrar Porto Real como área limítrofe de

Angra dos Reis, na Costa Verde.

O acompanhamento das Declans, através de visitas permanentes a todas as empresas

instaladas na cidade, já reflete 347% a mais de ICMS no comparativo entre os anos

2005 e 2011. E a implantação da Nota Fiscal Eletrônica, em 2008, refletiu em 174% a

mais a arrecadação de ISS.

Page 21: Atps de Economia

Mas o principal investimento do governo no aspecto do crescimento significativo da

receita foi a vinda da Peugeot Importadora para Porto Real no final do ano de 2007.

Dois anos depois, junto com a unidade nacional da montadora francesa, o valor

adicionado ao ICMS chegava a atingir quase 83% de todo o montante.

http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/2CF2317049E61FAB83257953006DA

D08/$File/Porto%20Real.pdf

Etapa 4 – Passo 1

Levantar informações sobre o vinho como ele tem sido afetado pela inflação em relação

ao custo de produção e ao preço de venda.

O valor do vinho

Por que há vinhos baratos e outros que custam fortunas? Quais o fatores que influenciam os preços?

Há muitas razões para isso. Questões importantes incluem o terroir, reputação, escassez, classificação, influência dos críticos de vinho, poder da imagem ou marca, endosso por terceiros, custo da matéria-prima, influência das taxas de câmbio, transporte, tributação, margem de lucro e custo dos ativos tanto quanto o custo da atenção aos detalhes necessários para fazer uma bela garrafa de vinho.

A primeira peça do quebra-cabeça para tentar entender essa disparidade de preços é o terroir: a influência do lugar em que as uvas são plantadas. Apesar de terroir ser uma palavra francesa, seu conceito se estende por todo o mundo do vinho. Em nível mais básico, é imediatamente evidente que algumas variedades de uvas cultivadas em locais diferentes produzirão vinhos diferentes, mesmo que as uvas sejam tratadas da mesma maneira pela vinícola. Estas diferenças devem-se à variação dos fatores físicos, tais como microclimas e propriedades do solo. Enquanto quase todos reconhecem a existência do "terroir", foram os franceses que adoraram esse conceito com mais entusiasmo. Certamente, vinhos de vinhedos de grande reputação - que têm fama de fazer grandes vinhos onde as variedades das uvas e o meio ambiente são perfeitos - atingem preços muito altos, que algumas vezes não correspondem à qualidade do vinho.

Dois produtores, separados por apenas alguns quilômetros de distância, cultivam as uvas, colhem-nas, pisam-nas, deixam-nas fermentar, pressionam-nas, e, dependendo do

Page 22: Atps de Economia

estilo do vinho, podem deixá-los envelhecer em barricas de carvalho. Um ano depois, quando eles, estão nas prateleiras de uma loja, um pode valer R$ 20 enquanto outro pode custar 100 vezes mais.

Escassez Escassez

também é uma importante peça do quebra-cabeça. "Grandes" vinhos são sempre feitos em pequenas quantidades, mas há muitos enófilos ricos para quem somente servem os melhores produtos e o resultado é um grande número de pessoas perseguindo relativamente poucos vinhos. Para esses vinhos ditos como sendo os melhores, há uma grande demanda e relativamente pouca oferta, resultando num aumento de preços. Consumidores abastados não costumam procurar por bons custo-benefício; eles geralmente querem os melhores e estão preparados para pagar por isso. Algumas vezes, a escassez está ligada a fatos históricos, classificação ou uma combinação de ambos. O Château La Tour de Segur, atualmente Château Latour, cultivou sua reputação por séculos. Um de seus grandes admiradores foi Thomas Jefferson, o presidente norte-americano de 1801 a 1809, que considerava o château um de seus favoritos.

Os fatores que influenciam no preço dos vinhos vão desde os custos de

ativos e matéria-prima até as avaliações da crítica especializada

Peso da crítica

Se Thomas Jefferson, visto como um dos mais importantes críticos de seu tempo, teve efeito no preço dos vinhos, os críticos contemporâneos podem causar ainda mais impacto. O exemplo óbvio é Robert Parker, que tem a capacidade de fazer o preço do vinho subir. Por exemplo, veja o que sua resenha fez com o preço do Penfolds Grange 2004 nos últimos meses.

Apesar do poder da crítica, certas marcas conseguiram criar uma imagem que lhes possibilita ostentar preços mais elevados do que seus concorrentes diretos. O Cloudy Bay vale o quando é cobrado ou é uma questão de força da marca que foi criada ao longo dos anos? A mesma questão pode ser colocada sobre algumas famosas casas de Champagne. Além da imagem e da marca, há exemplos em que o endosso de terceiros e a participação de um consultor têm impacto no preço da garrafa. Helen Turley, Paul Hobbs e Michel Rolland são bons exemplos.

Taxas de câmbio

Outro fator decisivo no preço do vinho é a taxa de câmbio. O valor da libra caiu de cerca de 1,5 para quase 1 euro atualmente. Esta é uma das principais razões pela qual as vendas de vinhos francês no Reino Unido sofreram tremendamente em 2009.

Transporte

Page 23: Atps de Economia

Transporte também faz parte do custo. Em termos de vinhos finos, o custo do transporte é pequeno em comparação com o valor do produto, e não é uma questão importante. Entretanto, na parte de baixo desta pirâmide, o custo do transporte pode causar um impacto grande, a ponto de tornar o vinho mais ou menos competitivo dependendo de quanto ele viajar. Por exemplo, transportar vinho de Portugal para a Inglaterra pode ser duas vezes mais caro se comparado com os vindos do Vale do Loire, na França.

Tributação, lucro e qualidade

Uma vez que o vinho chega no país de destino, há a questão dos impostos. A tributação pode ser pouca ou inexistir, como no caso de Hong Kong, mas também pode ser extremamente alta em outras partes do mundo, como na Tailândia, onde os impostos podem chegar a 380%. Por exemplo, para uma garrafa cara, o custo do transporte, seguro e impostos causa pouco efeito no preço final. No entanto, para um vinho entry level, esse custo costuma ser mais do que a metade do total de seu preço.

Além da tributação, há as margens de lucro a considerar e elas tendem a variar ao redor do globo. Em mercados maduros, as empresas se consideram sortudas se fizerem 25%, mas, em mercados em desenvolvimento, como o Brasil, não são incomuns margens que alcancem três dígitos.

Na verdade, custa mais para fazer um bom vinho, ou seja, todo o cuidado necessário com o vinhedo, a perda econômica de diminuir o rendimento das vinhas ou plantar variedades de baixo rendimento, ou clones, na busca da qualidade, e o custo de boas novas barricas de carvalho contribui para aumentar os preços. Um produtor que se empenha pela qualidade ao fazer colheita verde, perdendo, por exemplo, 20% da sua produção, tem que compensar sua perda cobrando mais pelo produto final. O mesmo é válido para um produtor de Tokaj, Sauternes ou Trockenbeerenauslese alemão que têm que cobrar mais por um vinho afetado pela Botrytis cinerea, o que tende a resultar em uma perda de rendimento da ordem de 50% ou mais

Há uma variedade de fatores que influenciam o preço das garrafas que ficam lado a lado nas prateleiras de uma loja. Atualmente, o fator que mais influencia é a simples lei da oferta e procura. A economia global continua frágil e os consumidores estão buscando cada vez vinhos que reflitam o real valor do dinheiro. No topo, as vendas de super-premium ainda estão flutuantes com investidores escavando pechinchas para com propósito de investimento. No extremidade inferior do mercado, apesar de sua natureza competitiva, as vendas estão fortes, pois a maioria dos consumidores está apertando seus cintos e comprando vinhos mais baratos. A parte do mercado que está realmente sofrendo no momento são os produtores vendendo vinhos de qualidade média. Isso representa uma oportunidade para os conhecedores que gostariam de apreciar uma garrafa de vinho Premium sem necessariamente gastar uma pequena fortuna, pois há sinais de que os preços estão caindo. Apesar de o sonho de chegar perto de uma garrafa de Château Lafite 1787 possa ainda estar distante, agora, mais do que nunca, é a hora para o verdadeiro enófilo ir à caça de pechinchas.

http://revistaadega.uol.com.br/Edicoes/51/artigo162036-4.asp (acesso 10/09/2012)

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