Auditoria Medica
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22-Jan-2016Category
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Apostila de Auditoria de Contas mdicas
Introduo
Aps anos dedicados anlise de contas mdicas sentimos necessidade de
produzir um material onde pudssemos orientar e aperfeioar o aprendizado de pessoas
que apreciam este tipo de trabalho.
O material produzido tem o intuito de iniciar o profissional de contas mdicas, porm temos a plena
conscincia de que s a prtica e a dedicao faro de voc um grande profissional.
No incio dos anos 60, alguns grupos preocupados com a qualidade do
servio de sade que recebiam, criaram associaes para ratearem as empresas de
sade.
Estes grupos foram crescendo e j nos anos 70 encontramos grandes
assistncias mdicas iniciando suas atividades no mercado brasileiro. As assistncias
mdicas ofereciam e oferecem servios mdicos para pessoas que estivessem dispostos
a pagar mensalmente um valor e usufruir de uma rede de mdicos, laboratrios e
hospitais credenciados que atendiam e recebiam aps o atendimento o pagamento dos
servios prestados atravs da assistncia mdica.
Nos anos 80, com a degradao do servio pblico de sade, o povo
brasileiro sentiu necessidade de se ligar a alguma assistncia mdica e com isso tivemos
um crescimento surpreendente neste mercado. Vrias empresas colocaram seu produto
no mercado com planos diferenciados para todos os tipos de coberturas e processos.
No entanto, as relaes entre empresa, prestador de servio e usurio nem
sempre foi das melhores e com abusos cometidos o governo federal se viu obrigado a
criar a lei 9656 com intuito de melhorar estas relaes e no prejudicar nenhuma das
partes.
Hoje no Brasil temos empresas de assistncia mdica em grupo, auto
gesto e reembolso.
O Departamento de Contas Mdicas possui uma das funes de maior importncia na ADMINISTRAO FINANCEIRA de um Plano de Sade, o analista de contas mdicas.
Tem como objetivo conferir todas operaes de prestao de servios,
matrias, medicamentos que esto contidos nas contas hospitalares apresentadas ao
Plano de Sade.
O sistema de valores apresentado efetuado pelas partes usando-se uma
tabela definida pelo contrato firmado entre contratante e prestador. Atravs deste, a
administrao conhece a rentabilidade dos servios e clinicas podendo assim gerir os
custos, qualidade e receitas.
Dentro dessa tica o contas medicas um sistema bsico para
Administrao de Recursos Financeiros, que monitora constantemente o fluxo dos
servios prestados aos clientes dos Planos de Sade.
Diante de todo o exposto, torna-se necessrio atentar a todos os
procedimentos ligados a esta rea que poder ter um papel fundamental nas
negociaes, e no desempenho de suas atividades.
O contedo deste material visa preparar o Auditor Tcnico de Contas
Mdicas, de forma a criar um diferencial com o qual a organizao dever trabalhar para
minimizar os custos tornando-se mais competitiva em um mercado em crescimento.
1. OBJETIVOS
1.1. Objetivos
Proporcionar ao profissional uma viso global das
condies de trabalho e aprendizagem, visando sntese da teoria, a
prtica e a instrumentalizao profissional por meio da participao
em atividades com enfoque em anlise de conta mdicas.
Possibilitar que os auditores atuem como
profissionais integrados ao ambiente de trabalho, de modo a
fomentar hbitos de conduta que primem pela tica e moral
profissional.
Desenvolver habilidades nos diversos segmentos
da anlise de contas de modo a poder atuar em empresas em
qualquer ramo da atividade do Contas Mdicas.
Dar suporte tcnico para que o profissional seja
dotado de viso critica e desenvolva a criatividade par se adaptar s
novas exigncias do mercado.
2. SISTEMA DE CONTAS MDICAS
O desenvolvimento da rea hospitalar nestes ltimos anos tem se
caracterizado por muitas alteraes com um constante desenvolvimento da rea da
sade, com esta modificao que est cada vez mais intensa o uso das tcnicas de
gerenciamento de recursos se torna mais utilizada nas empresas.
Sendo uma rea em expanso, cresce a demanda no mercado de trabalho
e a procura por profissionais qualificados que estejam preparados a atuar nesta rea.
Na complexidade do processo de Contas Mdica deve se levar em
considerao o elevado volume de contas hospitalares e ambulatoriais, ou as condies
contratuais que fazem da anlise do faturamento uma atividade trabalhosa e complexa,
principalmente pela necessidade de cumprir prazos para determinar os pagamentos junto
aos fornecedores.
O controle operacional interno destinado a assegurar o cumprimento dos
objetivos especficos do sistema de contas mdicas, compreendendo os mtodos e
procedimentos para assegurar a eficincia operacional.
A Auditoria tcnica interna um dos elementos do controle operacional que
tem como objetivo, a avaliao da documentao entregue pelo prestador de servios.
O profissional de contas mdicas deve possuir discernimento e conhecer a
tabela AMB, analisa-la assim com toda a documentao apresentada, para isso as
instrues gerais so muito importantes, pois atravs dela se adquire base terica para
uma glosa. A glosa ser mantida mediante as negociaes realizadas pelo recurso de
glosa com o prestador, para que isto acontea teoria fundamental.
Assim, se torna necessrio adquirir conhecimento sobre as principais regras
de instrues gerais da tabela AMB que so a base para uma auditoria de contas
mdicas.
As informaes necessrias para a avaliao do sistema so obtidas atravs
das tabelas, manuais de procedimento e contratos, que devem ser periodicamente
revistos e atualizados.
So de responsabilidade da auditoria:
Avaliar os procedimentos e determinar o grau de
confiabilidade das informaes;
Verificar os valores e assegurar que a cobrana esta de
acordo com o contrato;
Reportar falhas observadas;
Estabelecer base para as glosas;
Recomendar ao corretiva e modificaes de
procedimentos a serem reavaliados no contrato.
2.1. Instrues Gerais
A presente Lista de procedimentos foi elaborada com base em critrios uniformes para todas as
especialidades e tem como finalidade estabelecer valores referenciais para os procedimentos
mdicos; tornando vivel sua implantao exclusivamente nos diversos tipos de convnios e planos
de sade.
Os valores de remunerao para todos os procedimentos desta tabela
podero estar expresso em CH (Coeficiente de Honorrios Mdicos) ou em moeda
vigente (R$ - REAL).
2.2. Normas Gerais
Os valores de remunerao mdica das reas de clnicas geral e
especializada, quando os pacientes estiverem internados, sero cobrados por dia de
internamento, e equivalente a uma visita hospitalar, respeitando o que consta do capitulo
2 item d - pacientes comprovadamente graves.
Todos os atos mdicos, cirrgicos hospitalares, em consultrio, bem como
os de diagnose e terapia tero seus valores estabelecidos na presente Lista de
Procedimentos.
Os atendimentos sero realizados em consultrio particular ou nas
instituies Medicas, dentro das respectivas especialidades, em dias e horrios
preestabelecidos.
A entrega e avaliao dos exames complementares, quando decorrentes do
primeiro atendimento, no sero considerados como uma nova consulta. Porm, isto no
implica em obrigatoriedade da realizao de novo exame, nem na limitao do numero de
Consultas: Cd. 00.01001-4 CH 50
O valor de remunerao atribudo a cada procedimento inclui os cuidados
ps-operatrios relacionados com o tempo de permanncia do paciente no hospital e
at 10 dias aps o ato cirrgico. Esgotado esse prazo, a remunerao pelos servios
prestados passa a ser regida conforme critrio estabelecido para as visitas hospitalares:
Cd. 00.02.001-0.
Vdeo-Laparoscopia e Video-Endoscopia
Os honorrios mdicos relativos a procedimentos cirrgicos realizados por
vdeo-laparoscopia ou vdeo-endoscopia correspondero a duas vezes a
remunerao prevista nesta lista para os mesmos procedimentos realizados por
tcnica convencional. Estes honorrios esto sujeitos ao item 6 destas instrues.
Os honorrios mdicos relativos a procedimentos diagnsticos realizados
por vdeo-laparoscopia ou vdeo-endoscopia corresponder a uma vez e meia a
remunerao prevista nesta lista para os mesmos procedimentos realizados por
tcnica convencional. A estes honorrios no se aplica o item 6 destas instrues.
Acrscimos de valores nos atos cirrgicos:
Quando se verificar durante o ato cirrgico a indicao de atuar vrios rgos ou regies a partir da mesma via de acesso, a remunerao da cirurgia ser a que corresponder, por aquela via, ao procedimento de maior valor acrescido de 50% do previsto para os outros mdicos praticados, desde que haja um cdigo especifico
Para o conjunto:
Quando ocorrer mais de uma interveno, por diferentes vias de acesso,
ser adicionado ao preo da considerada principal ou de maior porte, o equivalente a 70%
do va