Aula 03 (2)

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Curso Online - CONTABILIDADE GERAL – Teoria e Exercícios AUDITOR TRIBUTÁRIO - DF Prof. Moraes Junior Prof. José Jayme Moraes Junior www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 03 1.4. Variação do patrimônio líquido: receita, despesa, ganhos e perdas. 1.5. Apuração dos resultados - conceitos, forma de avaliação e evidenciação. 1.6. Escrituração contábil: método das partidas dobradas. Contas patrimoniais e de resultado. Contabilização de oper- ações típicas de empresas mercantis: compra, venda e alter- ações de valores de compra e venda. Conteúdo 4. Escrituração Contábil .............................................................................................................. 3 4.1. Razonete ou Conta “T” ou “Conta em “T” .................................................................. 3 4.2. Débito e Crédito ................................................................................................................... 3 4.3. Teorias das Contas . ............................................................................................................ 4 4.4. Lançamentos.......................................................................................................................... 6 4.5. Fórmulas de Lançamento................................................................................................ 13 4.6. Erros de Escrituração ....................................................................................................... 15 4.7. Livros Contábeis ................................................................................................................. 20 4.7.1. Diário .................................................................................................................................. 20 4.7.2. Razão .................................................................................................................................. 21 4.7.3. Livros Especiais. ............................................................................................................. 23 4.7.4. Livros Auxiliares ............................................................................................................. 24 4.7.4.1. Livro Caixa .................................................................................................................... 24 4.7.4.2. Livro de Inventário .................................................................................................... 24 4.7.4.3. Livro de Entrada de Mercadorias . ....................................................................... 24 4.7.4.4. Livro de Saída de Mercadorias .............................................................................. 24 4.7.4.5. Livro de Registro de Prestação de Serviços .................................................... 24 4.8. Variação do Patrimônio Líquido .................................................................................... 24 4.8.1. Contas de Receita .......................................................................................................... 24 4.8.2. Contas de Despesa ........................................................................................................ 25 4.9. Contas Patrimoniais .......................................................................................................... 26 4.10. Atos e Fatos Administrativos ...................................................................................... 34 4.10.1. Atos Administrativos .................................................................................................. 34 4.10.2. Fatos Administrativos ................................................................................................ 34 4.10.2.1. Fatos Contábeis ........................................................................................................ 34 4.10.2.1.1. Fatos Permutativos, Qualitativos ou Compensativos ............................ 34

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    Aula 03 1.4. Variao do patrimnio lquido: receita, despesa, ganhos e perdas. 1.5. Apurao dos resultados - conceitos, forma de avaliao e evidenciao. 1.6. Escriturao contbil: mtodo das partidas dobradas. Contas patrimoniais e de resultado. Contabilizao de oper-aes tpicas de empresas mercantis: compra, venda e alter-aes de valores de compra e venda.

    Contedo 4. Escriturao Contbil .............................................................................................................. 3

    4.1. Razonete ou Conta T ou Conta em T .................................................................. 3

    4.2. Dbito e Crdito ................................................................................................................... 3

    4.3. Teorias das Contas . ............................................................................................................ 4

    4.4. Lanamentos .......................................................................................................................... 6

    4.5. Frmulas de Lanamento ................................................................................................ 13

    4.6. Erros de Escriturao ....................................................................................................... 15

    4.7. Livros Contbeis ................................................................................................................. 20

    4.7.1. Dirio .................................................................................................................................. 20

    4.7.2. Razo .................................................................................................................................. 21

    4.7.3. Livros Especiais . ............................................................................................................. 23

    4.7.4. Livros Auxiliares ............................................................................................................. 24

    4.7.4.1. Livro Caixa .................................................................................................................... 24

    4.7.4.2. Livro de Inventrio .................................................................................................... 24

    4.7.4.3. Livro de Entrada de Mercadorias . ....................................................................... 24

    4.7.4.4. Livro de Sada de Mercadorias .............................................................................. 24

    4.7.4.5. Livro de Registro de Prestao de Servios .................................................... 24

    4.8. Variao do Patrimnio Lquido .................................................................................... 24

    4.8.1. Contas de Receita .......................................................................................................... 24

    4.8.2. Contas de Despesa ........................................................................................................ 25

    4.9. Contas Patrimoniais .......................................................................................................... 26

    4.10. Atos e Fatos Administrativos ...................................................................................... 34

    4.10.1. Atos Administrativos .................................................................................................. 34

    4.10.2. Fatos Administrativos ................................................................................................ 34

    4.10.2.1. Fatos Contbeis ........................................................................................................ 34

    4.10.2.1.1. Fatos Permutativos, Qualitativos ou Compensativos ............................ 34

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    4.10.2.1.2. Fatos Modificativos ou Quantitativos ........................................................... 35

    4.10.2.1.3. Fatos Mistos ou Compostos . ........................................................................... 36

    4.11. Balancete de Verificao ............................................................................................... 37

    4.12. Apurao do Resultado ................................................................................................. 43

    4.13. Regimes de Apurao .................................................................................................... 44

    4.13.1. Regime de Caixa .......................................................................................................... 44

    4.13.2. Regime de Competncia ........................................................................................... 44

    4.13.3. Regime de Competncia x Regime de Caixa . .................................................. 46

    4.13.3.1. Despesas Incorridas e Pagas . ............................................................................ 46

    4.13.3.2. Despesas Incorridas e No Pagas . ................................................................... 46

    4.13.3.3. Despesas No Incorridas e Pagas . ................................................................... 47

    4.13.3.4. Receitas Realizadas (Ganhas) e Recebidas . ................................................. 48

    4.13.3.5. Receitas Realizadas (Ganhas) e No Recebidas . ........................................ 48

    4.13.3.6. Receitas No Realizadas (No Ganhas) e Recebidas . .............................. 48

    4.14. Operaes Financeiras ................................................................................................... 50

    4.14.1. Operaes com Duplicatas....................................................................................... 50

    4.14.1.1. Cobrana Simples .................................................................................................... 50

    4.14.1.2. Desconto de Duplicatas ......................................................................................... 51

    4.14.2. Emprstimos.................................................................................................................. 54

    4.15. Memorize para a Prova ................................................................................................. 57

    4.16. Exerccios de Fixao .................................................................................................. 61

    4.17. Resoluo dos Exerccios de Fixao .................................................................... 74

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    4. Escriturao Contbil

    Escriturao contbil a tcnica que o contabilista utiliza para a execuo do seu trabalho, revestida de procedimentos especficos a serem seguidos. Todo registro contbil tem como base o fato administrativo ou contbil ocorrido e o documento suporte para evidenciar (provar) o acontecimento.

    A escriturao ser executada:

    a) em idioma e moeda corrente nacionais; b) em forma contbil; c) em ordem cronolgica de dia, ms e ano; d) com ausncia de espaos em branco, entrelinhas, borres, rasuras, emendas ou transportes para as margens; e) com base em documentos de origem externa ou interna ou, na sua falta, em elementos que comprovem ou evidenciem fatos e a prtica de atos administrativos.

    De acordo com a NBC T 2 Da Escriturao Contbil: A Entidade deve manter um sistema de escriturao uniforme dos seus atos e f atos administrativos, atravs de processo manual, mecanizado ou eletrnico.

    4.1. Razonete ou Conta T ou Conta em T

    Os tericos da Contabilidade, de formar a facilitar o entendimento, criaram o razonete para uso didtico.

    4.2. Dbito e Crdito

    Agora, chegou a hora de abstrair. Esquea que dbito quando sai dinheiro de sua conta bancria e crdito quando entra dinheiro em sua conta bancria.

    O dbito e o crdito na Contabilidade so convenes contbeis.

    Dbito: o lado esquerdo de uma conta, onde so registradas as aplicaes de recursos.

    Crdito: o lado direito de uma conta, onde so registradas as origens de recursos.

    O saldo de uma conta corresponde diferena entre o total de lanamentos a dbito e o total de lanamentos a crdito efetuados na

    Ttulo da Conta Dbito Crdito

    Saldo Devedor Saldo Credor

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    Exemplos:

    Saldo Devedor: ocorre quando o total dos dbitos maior que o total dos crditos.

    Saldo Credor: ocorre quando o total dos crditos maior que o total dos dbitos.

    Saldo Nulo: ocorre quando o total dos dbitos igual ao total dos crditos.

    No exemplo acima, teramos:

    Caixa: Total de Dbitos = 700 Total de Crditos = 200 Saldo = 700 200 = 500 (devedor)

    Fornecedores: Total de Dbitos = 300 Total de Crditos = 700 Saldo = 700 300 = 400 (credor)

    4.3. Teorias das Contas

    Conta: Nome ou ttulo atribudo a atos e f atos contbeis de mesma natureza. A funo das contas representar os itens patrimoniais (bens, direitos e obrigaes) e de resultado (receita ou despesa).

    Teoria Personalstica: cada conta representa um direito ou uma obrigao do proprietrio, dos agentes correspondentes ou dos agentes consignatrios. O dbito de uma dessas pessoas representa uma responsabilidade ou dvida e o crdito, representa direito. A cada dbito do proprietrio corresponde a um crdito dos agentes consignatrios e correspondentes, e vice-versa. Esta teoria divide as contas em trs grupos:

    Contas dos Proprietrios: o proprietrio o titular do patrimnio da empresa e a pessoa com a qual os agentes consignatrios e correspondentes se relacionam. As contas do proprietrio so as contas do patrimnio lquido, contas de receitas e contas de despesa.

    Caixa 100 200 300 100

    150 50

    700 200 Saldo = 500

    Fornecedores 100

    150 50 500

    300 700 Saldo = 400

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    Contas dos Agentes Consignatrios: os agentes consignatrios so as pessoas a quem o proprietrio confia a guarda dos bens da empresa (so contas de natureza devedora). As contas dos agentes consignatrios representam os bens, no ativo, como por exemplo, Caixa, Estoque, Bancos Conta Movimento, entre outras.

    Contas dos Agentes Correspondentes: os agentes correspondentes representam as pessoas que no pertencem empresa, com as quais o proprietrio mantm dbitos (dvidas) ou crditos (direitos). As contas dos agentes correspondentes so as contas que representam direitos no ativo (Ex: Duplicatas a Receber) e as contas que representam obrigaes no passivo exigvel (Ex: Duplicatas a Pagar).

    Teoria Materialstica: de acordo com esta teoria, as contas no representam pessoas, pois so apenas valores positivos ou negativos do patrimnio, ou seja, representam simplesmente entradas e sadas de valores, que podem ser positivos (ativo) ou negativos (passivo). Esta teoria divide as contas em dois grupos:

    Contas Integrais: ativo e passivo exigvel.

    Contas Diferenciais: patrimnio lquido, receitas e despesas.

    Teoria Patrimonialista: teoria adotada pela Contabilidade atual, dividindo as contas em dois grupos:

    Contas Patrimoniais: ativo, passivo exigvel e patrimnio lquido.

    Contas de Resultado: receitas e despesas.

    J caiu em prova! (AFRFB-2009-Esaf) Exemplificamos, abaixo, os dados contbeis colhidos no fim do perodo de gesto de determinada entidade econmico-administrativa:

    dinheiro existente 200,00mquinas 400,00dvidas diversas 730,00contas a receber 540,00rendas obtidas 680,00 emprstimos bancrios 500,00 moblia 600,00contas a pagar 700,00 consumo efetuado 240,00automveis 800,00capital registrado 650,00casa construda 480,00

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    Segundo a Teoria Personalstica das Contas e com base nas informaes contbeis acima, pode-se dizer que, neste patrimnio, est sob responsabilidade dos agentes consignatrios o valor de:

    a) R$ 1.930,00. b) R$ 3.130,00. c) R$ 2.330,00. d) R$ 3.020,00. e) R$ 2.480,00.

    Classificando as contas segundo a teoria Personalstica, teramos:

    dinheiro existente 200,00 Agentes consignatrios mquinas 400,00 Agentes consignatrios dvidas diversas 730,00 Agentes correspondentes contas a receber 540,00 Agentes correspondentes rendas obtidas 680,00 Proprietrios emprstimos bancrios 500,00 Agentes correspondentes moblia 600,00 Agentes consignatrios contas a pagar 700,00 Agentes correspondentes consumo efetuado 240,00 Proprietrios automveis 800,00 Agentes consignatrios capital registrado 650,00 Proprietrios casa construda 480,00 Agentes consignatrios

    Agentes Consignatrios (so os bens da empresa) dinheiro existente 200,00mquinas 400,00moblia 600,00automveis 800,00casa construda 480,00

    Total 2.480,00 A alternativa e a correta.

    4.4. Lanamentos

    Os lanamentos a dbito ou crdito em uma conta dependem da natureza dos saldos das contas.

    Contas do Ativo, de Despesas e contas Retificadoras do Passivo e do Patrimnio Lquido: so contas de natureza devedora (os lanamentos a dbito aumentam o saldo da conta e os lanamentos a crdito diminuem o saldo da conta).

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    Contas do Passivo, Patrimnio Lquido, de Receitas e contas Retificadoras do Ativo: so contas de natureza credora (os lanamentos a dbito diminuem o saldo da conta e os lanamentos a crdito aumentam o saldo da conta).

    Natureza Contas Dbito Crdito Devedora Ativo, Retificadoras do Passivo e

    PL e Despesas Aumenta Diminui

    Credora Passivo, PL, Retificadoras do Ativo e Receitas

    Diminui Aumenta

    Aqui voc deve estar se perguntando: Epa, epa, epa, professor!

    Bancos Conta Movimento no uma conta do ativo? Sim. Portanto, Bancos Conta Movimento de natureza devedora? Sim. Logo, quando eu aumento esta conta, preciso fazer um dbito? Exato.

    No falei que dbito e crdito so meras convenes contbeis e que voc teria que abstrair estes conceitos e esquecer o mecanismo de sua conta bancria! Pois , est a a explicao!

    Na verdade, esta conveno de dbito e crdito foi baseada na Teoria Personalstica. Repare que, nessa teoria, a conta Bancos Conta Movimento uma conta dos agentes consignatrios, que so as pessoas a quem o proprietrio confia a guarda dos bens da empresa (so contas de natureza devedora).

    Agora pense comigo. Se considerarmos que um empregado da empresa que o responsvel da conta Bancos Conta Movimento, quando o dinheiro retirado da conta bancos, quer dizer que o empregado sacou o dinheiro e entregou para a empresa ou seu proprietrio. Portanto, para a empresa um crdito.

    Por outro lado, quando a empresa ou seu proprietrio entregam um dinheiro para o empregado depositar na conta, para a empresa um dbito. Tudo bem, estranho mesmo, mas volto a repetir: dbito e crdito so convenes contbeis.

    O macete para guardar quando as contas sero creditadas ou debitadas :

    I) Se conta possui natureza devedora, para aumentar seu saldo fazemos um dbito.

    Repare que as letras iniciais das palavras devedora e dbito so as mesmas (DE-D). Logo, para aumentar, as mesmas letras iniciais.

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    II) Se conta possui natureza devedora, para diminuir seu saldo fazemos um crdito.

    Repare que as letras iniciais das palavras devedora e crdito so diferentes (DE-CR). Logo, para diminuir, letras iniciais diferentes.

    A mesma regra serve para as contas de natureza credora:

    III) Se conta possui natureza credora, para aumentar seu saldo fazemos um crdito.

    Repare que as letras iniciais das palavras credora e crdito so as mesmas (CRE-CR). Logo, para aumentar, as mesmas letras iniciais.

    IV) Se conta possui natureza credora, para diminuir seu saldo fazemos um dbito.

    Repare que as letras iniciais das palavras credora e dbito so diferentes (CRE-D). Logo, para diminuir, letras iniciais diferentes.

    Guardou? Espero que sim, pois essas regras so fundamentais para entender a contabilidade. Vamos em frente que atrs vem gente!

    Bom, voltando a vaca fria (a famosa cold cow, risos), para realizarmos nossos lanamentos, temos que adotar o seguinte procedimento:

    1 Identificar as contas; 2 Classific-las em Ativo, Passivo, Patrimnio Lquido, Receitas ou Despesas; 3 Verificar se o saldo est aumentando ou diminuindo; e 4 Aplicar o mecanismo de dbito e crdito (lanamento) e verificar o Mtodo das Partidas Dobradas.

    Mtodo das Partidas Dobradas Por este mtodo de registro contbil so utilizadas contas para o registro dos direitos e obrigaes, contas para o controle dos bens e contas de patrimnio lquido e de resultado.

    De acordo com o Mtodo das Partidas Dobradas:

    Para todo(s) o(s) dbito(s) haver sempre crdito(s) correspondente(s) de igual valor.

    No haver dbito(s) sem crdito(s) correspondente(s).

    Representao de crdito: a

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    Exemplo 1: Compra de mercadorias, vista, no valor de R$ 5.000,00.

    1 Identificar as contas: Pagamento vista: conta Caixa Compra de Mercadorias para estoque: conta Estoques ou Mercadorias

    2 Classific-las em Ativo, Passivo, Patrimnio Lquido, Receitas ou Despesas: Caixa: Ativo Circulante Natureza devedora Mercadorias: Ativo Circulante Natureza devedora

    3 Verificar se o saldo est aumentando ou diminuindo: Caixa: Ativo Circulante Natureza devedora Saldo diminui (pagamento vista) Mercadorias: Ativo Circulante Natureza devedora Saldo aumenta (compra de mercadorias)

    4 Aplicar o mecanismo de dbito e crdito (lanamento) e verificar o Mtodo das Partidas Dobradas: Caixa: Ativo Circulante Natureza devedora Saldo diminui (pagamento vista) crdito Mercadorias: Ativo Circulante Natureza devedora Saldo aumenta (compra de mercadorias) dbito

    Dbito - Mercadorias 5.000 Crdito - Caixa 5.000

    Mercadorias a Caixa 5.000

    Dbito = Crdito = 5.000 (Mtodo das Partidas Dobradas)

    Em razonetes, teramos:

    Caixa Saldo Inicial

    (SI) 5.000 (I)

    SI 5.000

    Mercadorias Saldo Inicial

    (SI) 5.000 (I) SI + 5.000

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    Exemplo 2: Compra de mercadorias, sendo R$ 2.000,00 vista e R$ 5.000,00 a prazo (duplicatas)

    1 Identificar as contas: Pagamento vista: conta Caixa Pagamento a prazo: conta Fornecedores ou Duplicatas a Pagar ou Duplicatas Aceitas Compra de Mercadorias para estoque: conta Estoques ou Mercadorias

    2 Classific-las em Ativo, Passivo, Patrimnio Lquido, Receitas ou Despesas:

    Natureza devedora

    Duplicatas Aceitas Passivo Circulante Natureza credora Mercadorias: Ativo Circulante Natureza devedora

    3 Verificar se o saldo est aumentando ou diminuindo: Caixa: Ativo Circulante Natureza devedora Saldo diminui (pagamento vista) Duplicatas Aceitas Passivo Circulante Natureza credora Saldo aumenta (pagamento a prazo) Mercadorias: Ativo Circulante Natureza devedora Saldo aumenta (compra de mercadorias)

    4 Aplicar o mecanismo de dbito e crdito (lanamento) e verificar o Mtodo das Partidas Dobradas: Caixa: Ativo Circulante Natureza devedora Saldo diminui (pagamento vista) crdito Duplicatas Aceitas Passivo Circulante Natureza credora Saldo aumenta (pagamento a prazo) crdito Mercadorias: Ativo Circulante Natureza devedora Saldo aumenta (compra de mercadorias) dbito

    Dbito - Mercadorias 7.000 Crdito - Caixa 2.000 Crdito - Duplicatas Aceitas 5.000

    Mercadorias a Caixa 2.000 a Duplicatas Aceitas 5.000 7.000

    Quando houver mais de um dbito ou mais de um crdito no lanamento, ser utilizada a palavra Diversos, que corresponde a diversos dbitos ou diversos crditos, respectivamente.

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    No exemplo em questo, h dois crditos:

    Mercadorias a Diversos a Caixa 2.000 a Duplicatas Aceitas 5.000 7.000

    Dbito = Crditos = 7.000 (Mtodo das Partidas Dobradas)

    Em razonetes, teramos:

    J caiu em prova! (MPUAnalistarea Administrativa2007FCC) Em relao escriturao contbil, correto afirmar que as contas

    (A) do Ativo so debitadas quando aumentam de valor. (B) do Patrimnio Lquido so creditadas quando diminuem de valor. (C) do Passivo Exigvel so estornadas quando aumentam de valor. (D) de resultado so sempre creditadas. (E) patrimoniais so sempre debitadas quando seu valor diminui.

    Vamos analisar as alternativas:

    (A) do Ativo so debitadas quando aumentam de valor. As contas do Ativo so de natureza devedora, exceto as retificadoras. Logo, so debitadas quando aumentam de valor e creditadas quando diminuem de valor. A alternativa est CORRETA.

    (B) do Patrimnio Lquido so creditadas quando diminuem de valor. As contas do Patrimnio Lquido so de natureza credora, exceto as retificadoras. Logo, so creditadas quando aumentam de valor e debitadas quando diminuem de valor. A alternativa est INCORRETA.

    (C) do Passivo Exigvel so estornadas quando aumentam de valor. As contas do Passivo Exigvel so de natureza credora, exceto as retificadoras. Logo, so creditadas quando aumentam de valor e debitadas quando

    Duplicatas Aceitas Saldo Inicial

    (SI) 5.000 (II) SI + 5.000

    Caixa Saldo Inicial

    (SI) 2.000 (II)

    SI 2.000

    Mercadorias Saldo Inicial

    (SI) 7.000 (II) SI + 7.000

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    diminuem de valor. As contas em geral so estornadas quando diminuem de valor. A alternativa est INCORRETA.

    (D) de resultado so sempre creditadas. As contas de resultado podem ser debitadas ou creditadas. Por exemplo, quando reconhecemos uma receita realizada, a conta de receita ser creditada. Quando transferimos o saldo dessa conta de receita para a apurao do resultado do exerccio, ela ser debitada. Quando apropriamos uma despesa incorrida, a conta de despesa ser debitada. Quando transferimos o saldo dessa conta de despesa para a apurao do resultado do exerccio, ela ser creditada. A alternativa est INCORRETA.

    (E) patrimoniais so sempre debitadas quando seu valor diminui. As contas patrimoniais podem debitadas para aumentar de valor (contas do Ativo e retificadoras do Passivo e Patrimnio Lquido) ou diminuir de valor(contas do Passivo, do Patrimnio Lquido e retificadoras do Ativo). A alternativa est INCORRETA. GABARITO: A

    Uma ltima observao: em uma prova recente do Cespe foi cobrado o conceito de partidas mistas. Portanto, como o Sr. Seguro morreu de velho e o Sr. Prevenido est vivo at hoje (risos), vamos estudar a questo:

    (Analista Judicirio-rea Administrativa-Contabilidade-TRT/21-2010-Cespe) O mtodo das partidas mistas pressupe o uso de contas de correspondentes e contas dos agentes consignatrios e, nesse sentido, pode ser considerado equivalente ao mtodo das partidas dobradas.

    Mtodo das Partidas Mistas: por este mtodo de registro contbil so utilizadas contas para o registro dos direitos e obrigaes (agentes correspondentes) e contas para o controle dos bens (agentes consignatrios). Contudo, no h contas do patrimnio lquido e de resultado.

    Mtodo das Partidas Dobradas: por este mtodo de registro contbil so utilizadas contas para o registro dos direitos e obrigaes (agentes correspondentes), contas para o controle dos bens (agentes consignatrios) e contas de patrimnio lquido e de resultado (proprietrios).

    Portanto, o mtodo das partidas mistas no equivalente ao mtodo das partidas dobradas. O item est errado

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    4.5. Frmulas de Lanamento

    1a Frmula: uma conta debitada e uma conta creditadaExemplo: Compra de mercadorias vista.

    Mercadorias a Bancos

    2a Frmula: uma conta debitada e mais de uma conta creditada Exemplo: Compra de mercadorias, parte do pagamento vista e parte a prazo.

    Mercadorias a Diversos a Bancos a Fornecedores

    3a Frmula: mais de uma conta debitada e uma conta creditada Exemplo: Pagamento de duplicata em atraso (com juros).

    Diversos a Bancos Du-plicatas a Pagar Juros Passivos

    Veja que quando fazemos o lanamento de diversos dbitos, escrevemos a palavra diversos, na linha seguinte colocamos a conta creditada (no exemplo, a bancos) e, ao final colocamos as contas debitadas.

    4a Frmula: mais de uma conta debitada e mais de uma conta creditada. Exemplo: Compra de caminhes e automveis com pagamento parte vista e parte a prazo.

    Diversos a Diversos Veculos Caminhes Veculos - Automveis a Caixa a Duplicatas a Pagar

    Para memorizar as f rmulas de lanamento de f orma mais f cil, guarde os seguintes nmeros: 11; 12; 21; 22

    11 Primeira Frmula 1 dbito e 1 crdito 12 Segunda Frmula 1 dbito e 2 (*) crditos 21 Terceira Frmula 2 (*) dbitos e 1 crdito 22 Quarta Frmula 2 (*) dbitos e 2 (*) crdi-tos

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    Outros Exemplos:

    1) Compra de mercadorias para revenda com tributao:

    Diversos (informa que h mais de um dbito, que sero demonstrados abaixo do crdito) a Caixa crdito Mercadorias dbito ICMS a Recuperar dbito

    o mesmo que escrever (D = dbito e C = crdito): D Mercadorias D ICMS a Recuperar C Caixa Lanamento de terceira frmula.

    2) Recebimento de duplicatas com juros:

    Caixa dbito a Diversos (informa que h mais de um crdito) a Duplicatas a Receber crdito a Juros Ativos crdito Lanamento de segunda frmula.

    3) Compra de mveis e computadores, parte vista e parte a prazo:

    Diversos (informa que h mais de um dbito) a Diversos (informa que h mais de um crdito) Mveis e Utenslios dbito Computadores dbito a Caixa crdito a Ttulos a Pagar crdito Lanamento de quarta frmula.

    J caiu em prova! (ATRFB-2009-Esaf) Observemos o seguinte fato contbil: pagamento, mediante a emisso de cheque, de uma duplicata antes do vencimento, obtendo-se um desconto financeiro, por essa razo. Para que o registro contbil desse fato seja feito em um nico lanamento, deve-se utilizar a

    a) primeira frmula, com 1 conta devedora e 1 conta credora. b) segunda frmula, com 1 conta devedora e 2 contas credoras. c) terceira frmula, com 2 contas devedoras e 1 conta credora. d) quarta frmula, com 2 contas devedoras e 2 contas credoras. e) terceira frmula, com 3 contas devedoras e 1 conta credora.

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    No pagamento de duplicata (com cheque), antes do vencimento, com descon-to financeiro (ou condicional), temos o seguinte lanamento:

    Duplicatas a Pagar (Passivo Circulante) a Diversos a Bancos (Ativo Circulante) a Descontos Obtidos (Receita) No lanamento acima, h um dbito (Duplicatas a Pagar) e dois crditos (Bancos e Descontos Obtidos). Portanto, um lanamento de segunda frmula.

    Natureza das contas: Duplicatas a Pagar natureza credora Bancos natureza devedora Descontos Obtidos natureza credora A alternativa b a correta.

    4.6. Erros de Escriturao

    Quando o lanamento ou a escriturao dos fatos contbeis so realizados, podem ocorrer erros. Os tipos de erros so:

    - Erro de Valor: ao invs de debitar ou creditar determinado valor, debita-se ou credita-se outro.

    - Erro de Ttulo: utilizado o nome de uma conta, quando deveria ser utilizado o nome de outra.

    - Inverso: quando a conta deveria ser debitada e foi creditada ou quando a conta deveria ser creditada e foi debitada.

    - Duplo Registro: quando um lanamento que j havia sido feito realizado pela segunda vez.

    - Omisso: quando o lanamento no realizado.

    - Histrico Incorreto: quando o fato ocorrido no corresponde ao descrito no histrico do lanamento.

    As formas de correo dos erros so:

    Estorno: anulao de um lanamento incorreto, atravs de um lanamento invertido em relao ao primeiro. Normalmente, utilizado quando ocorre erro de valor, ttulo, inverso ou duplo registro.

    Complementao: confeco de um lanamento para complementar o valor lanado a menor no primeiro lanamento (complementao

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    positiva) ou lanado a maior (complementao negativa ou estorno parcial). Normalmente, utilizada quando ocorre erro de valor.

    Transferncia: utilizada quando ocorre erro de ttulo. O lanamento de transferncia consiste em fazer o lanamento de tal forma que a conta incorreta seja debitada ou creditada em contrapartida com a conta correta; e

    Ressalva: realizado, normalmente, quando ocorre erro de histrico. Caso o erro seja identificado antes do trmino do histrico, pode-se utilizar expresses do tipo digo ou isto . Caso contrrio, a ressalva ser feita posteriormente.

    Exemplos: Considere o lanamento de pagamento de despesa de luz no valor de R$ 1.000,00.

    Despesa de Luz a Caixa 1.000

    I Erro de Valor a Maior: Lanamento incorreto:

    Despesa de Luz a Caixa 1.500

    SI = Saldo Inicial

    Correo (Complementao Negativa ou Estorno Parcial):

    Caixa a Despesa de Luz 500

    II Erro de Valor a Menor:

    Lanamento incorreto: Despesa de Luz a Caixa 200

    Despesa de Luz 1.500 (I)

    Caixa SI 1.500 (I)

    SI 1.500

    Despesa de Luz 1.500 (I) 500 (II) 1.000

    Caixa SI

    500 (II) 1.500 (I)

    SI 1.000

    Despesa de Luz 200 (I)

    Caixa SI 200 (I)

    SI 200

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    Correo (Complementao Positiva):

    Despesa de Luz a Caixa 800

    III Erro de Ttulo: ao invs de debitar a conta Despesa de Luz, foi debitada a conta Juros Passivos.

    Lanamento incorreto: Juros Passivos a Caixa 1.000

    Correo (Transferncia):

    Despesa de Luz a Juros Passivos 1.000

    IV Erro de Inverso: ao invs de debitar a conta Despesa de Telefone e creditar Caixa, foi creditada a conta Despesa de Telefone e debitada a conta Caixa.

    Lanamento incorreto: Caixa a Despesa de Luz 1.000

    Correo (Estorno):

    Despesa de Luz a Caixa 1.000

    Despesa de Luz 200 (I) 800 (II) 1.000

    Caixa SI 200 (I)

    800 (II) SI 1.000

    Juros Passivos 1.000 (I)

    Caixa SI 1.000 (I)

    SI 1.000

    Despesa de Luz 1.000 (II)

    Juros Passivos 1.000 (I) 1.000 (II)

    0

    Despesa de Luz 1.000 (I)

    Caixa SI

    1.000 (I) SI + 1.000

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    Lanamento Correto:

    Despesa de Luz a Caixa 1.000

    Nota: Perceba que, no caso de erro de Inverso, para que o lanamento seja corrigido, basta fazer um lanamento invertido com o dobro do valor correto:

    Correo (Estorno + Complementao Positiva):

    Despesa de Luz a Caixa 2.000 (2 x 1.000)

    V Erro de Duplo Registro

    Lanamento correto:

    Despesa de Luz a Caixa 1.000

    Lanamento incorreto (Duplo Registro):

    Despesa de Luz a Caixa 1.000

    Despesa de Luz 1.000 (II) 1.000 (I)

    0

    Caixa SI

    1.000 (I) 1.000 (II)

    SI

    Despesa de Luz 1.000 (II) 1.000 (III)

    1.000 (I)

    1.000

    Caixa SI

    1.000 (I) 1.000 (II) 1.000 (III)

    SI 1.000

    Despesa de Luz 2.000 (II) 1.000 (I) 1.000

    Caixa SI

    1.000 (I) 2.000 (II)

    SI 1.000

    Despesa de Luz 1.000 (I) 1.000 (II) 2.000

    Caixa SI 1.000 (I)

    1.000 (II)SI - 2.000

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    Correo (Complementao Negativa ou Estorno Parcial):

    Caixa a Despesa de Luz 1.000

    VI Erro de Omisso: no houve registro

    Correo: efetuar o lanamento correto

    Despesa de Luz a Caixa 1.000

    VII Erro de Histrico

    Lanamento incorreto:

    Despesa de Luz a Caixa 1.000

    Histrico: Referente despesa de gs, de acordo com a Nota Fiscal no

    XXX/09 da Companhia de Gs do Brasil, no valor de R$ 1.000,00.

    Correo (Ressalva):

    A Se o erro foi visto durante o preenchimento: Referente despesa de gs, isto , despesa de luz, de acordo com a Nota Fiscal no XXX/09 da Companhia de Gs do Brasil, isto , Companhia de Luz Brasileira, no valor de R$ 1.000,00.

    B Se o erro foi visto aps o preenchimento: Referente despesa de luz, de acordo com a Nota Fiscal no XXX/09 da Companhia de Luz Brasileira, no valor de R$ 1.000,00.

    J caiu em prova! (AFRFB-2009-Esaf) A firma Comercial de Produtos Frutferos Ltda., que encerra seu exerccio social no ltimo dia do ano civil, contabilizou por duas vezes o mesmo fato contbil em 3 1/10/2008, caracterizando o erro de escriturao conhecido como duplicidade de lanamento. Esse erro s foi constatado no exerccio seguinte. Os lanamentos foram feitos a dbito de conta do resultado e a crdito de conta do passivo

    Despesa de Luz 1.000 (I) 1.000 (II)

    1.000 (III)

    1.000

    Caixa SI

    1.000 (III) 1.000 (I) 1.000 (II)

    SI 1.000

    Despesa de Luz 1.000 (I)

    Caixa SI 1.000 (I)

    SI 1.000

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    circulante. Em face dessa ocorrncia, pode-se dizer que, no balano patrimonial de 31/12/2008:

    a) a situao lquida da empresa foi superavaliada. b) o ativo circulante da empresa foi subavaliado. c) o passivo circulante da empresa apresentou uma reduo indevida. d) o patrimnio lquido da empresa apresentou uma reduo indevida. e) a situao lquida da empresa no foi afetada.

    Duplicidade de lanamento (duplo registro): Dbito: conta de resultado Despesa Crdito: conta do passivo circulante Obrigao

    Logo, como houve lanamento em duplicidade em conta de Despesa, houve uma reduo indevida do lucro lquido do exerccio, e, conseqentemente, uma reduo do patrimnio lquido (situao lquida subavaliada).

    Alm disso, houve um aumento indevido do passivo circulante. A altern-ativa d a correta.

    4.7. Livros Contbeis

    4.7.1. Dirio

    No livro Dirio, os fatos contbeis so registrados em ordem cronolgica, de acordo com a sua ocorrncia. As principais caractersticas do livro Dirio so: obrigatrio (exigido pelo Cdigo Civil); principal (registra todos os fatos contbeis); comum (para todas as empresas); cronolgico (fatos contbeis registrados em ordem cronolgica).

    De acordo com o Cdigo Civil:

    - A escriturao ser feita em idioma e moeda corrente nacionais e em forma contbil, por ordem cronolgica de dia, ms e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borres, rasuras, emendas ou transportes para as margens. (art. 1.183, do Cdigo Civil).

    - Admite-se a escriturao resumida do Dirio, com totais que no excedam o perodo de trinta dias, relativamente a contas cujas operaes sejam numerosas ou realizadas fora da sede do estabelecimento, desde que utilizados livros auxiliares regularmente autenticados, para registro individualizado, e conservados os documentos que permitam a sua perfeita verificao. (art. 1.184, 1o, do Cdigo Civil).

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    O registro de uma operao no livro Dirio denominado de Partida de Dirio, ou simplesmente Lanamento e os seus requisitos necessrios so:

    1 Local de data da operao; 2 Conta a ser debitada; 3 Conta a ser creditada; 4 Histrico da operao; 5 Valor da operao em moeda nacional.

    Exemplo de lanamento no livro Dirio:

    Braslia, 1 de julho de 2010. Veculos a Bancos Nota fiscal n 2.010 da Auto Comercial Ltda, referente a um automvel da marca XXXX 50.000,00

    Formalidades do Livro Dirio:

    Extrnsecas: - Deve ser encadernado; - As folhas devem ser numeradas; - Deve ser autenticado pela Junta Comercial do Estado (empresas mercantis) ou pelo Registro Civil de Pessoas Jurdicas (empresas civis); e - Deve haver termo de abertura e termo de encerramento.

    Intrnsecas: - Seguir uma ordem cronolgica; - No deve haver rasuras, borres, sinais, linhas em branco, entrelinhas, folhas em branco, etc; e - A escriturao deve ser feita em lngua e moeda nacionais.

    4.7.2. Razo

    um livro de registro da conta, ou seja, a representao grfica da conta (cada conta uma pgina do livro). Suas caractersticas so: facultativo (pela legislao comercial); obrigatrio (pela legislao fiscal); principal (registra todos os fatos contbeis) e sistemtico (fatos contbeis so registrados por conta e no por ordem cronolgica). Nota: O Razo primordialmente sistemtico e secundariamente cronolgico, enquanto que o Dirio exclusivamente cronolgico.

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    Exemplos de lanamentos no livro Razo:

    Conta: Mercador as

    Hist iico Dbito Crdito Saldo D/C 01/08/2007 Compra 2.000 2.000 D 02/08/2007 Compra 3.400 5.400 D 10/08/2007 Venda 3.000 2.400 C

    J caiu em prova! (TRT 18 Analista Judicirio Contabilidade 2008 FCC) Em relao escriturao contbil, correto afirmar:

    (A) Os lanamentos no livro Dirio devem ser efetuados diariamente, no se admitindo excees. (B) A escriturao correta e tempestiva do livro Razo permite saber, em qualquer data, o saldo das contas de resultado e patrimoniais. (C) O nico livro contbil considerado obrigatrio pela Receita Federal do Brasil para apurao da base de clculo do imposto de renda o livro Dirio. (D) No Brasil, existe um Plano de Contas padronizado que deve ser seguido por todas as entidades com fins lucrativos. (E) Segundo normas do Conselho Federal de Contabilidade, a escriturao contbil somente pode ser efetuada em sistemas informatizados.

    Vamos analisar as alternativas:

    (A) Os lanamentos no livro Dirio devem ser efetuados diariamente, no se admitindo excees. Admite-se a escriturao resumida do Dirio, com totais que no excedam o perodo de trinta dias, relativamente a contas cujas operaes sejam numerosas ou realizadas fora da sede do estabelecimento, desde que utilizados livros auxiliares regularmente autenticados, para registro individualizado, e conservados os documentos que permitam a sua perfeita verificao. (art. 1.184, 1o, do Cdigo Civil). A alternativa est INCORRETA.

    (B) A escriturao correta e tempestiva do livro Razo permite saber, em qualquer data, o saldo das contas de resultado e patrimoniais. A escriturao correta e tempestiva do livro Razo (que demonstra as contas por pgina) permite que, em qualquer data, a empresa saiba os saldos das contas de resultado e patrimoniais. A alternativa est CORRETA.

    (C) O nico livro contbil considerado obrigatrio pela Receita Federal do Brasil para apurao da base de clculo do imposto de renda o livro Dirio. O livro contbil Dirio no obrigatrio pela Receita Federal do Brasil, para apurao da base de clculo do imposto de renda. A alternativa est INCORRETA.

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    (D) No Brasil, existe um Plano de Contas padronizado que deve ser seguido por todas as entidades com fins lucrativos. H planos de contas para instituies bancrias, empresas comerciais, entre outras. Ou seja, no h um Plano de Contas padronizado para todas as entidades com fins lucrativos. A alternativa est INCORRETA.

    (E) Segundo normas do Conselho Federal de Contabilidade, a escriturao contbil somente pode ser efetuada em sistemas informatizados. De acordo com a NBC T 2 Da Escriturao Contbil: A Entidade deve manter um sistema de escriturao uniforme dos seus atos e f atos administrativos, atravs de processo manual, mecanizado ou eletrnico. A alternativa est INCORRETA. A alternativa b a correta.

    4.7.3. Livros Especiais

    So livros obrigatrios apenas para determinadas pessoas ou atividades. Por exemplo, de acordo com o art. 100 da Lei no 6.404/76, as sociedades annimas esto obrigadas escriturao dos livros de:

    - Registro de aes nominativas; - Transferncia de aes nominativas; - Registro de partes beneficirias nominativas; - Transferncias de partes beneficirias nominativas; - Atas das assemblias gerais; - Presena de acionistas; - Atas das reunies do Conselho de Administrao, se houver,

    e Atas das Reunies de Diretoria; - Atas e pareceres do Conselho Fiscal.

    J caiu em prova! (AFRF-2002-ESAF) Assinale, abaixo, a opo que no se enquadra no complemento da frase:

    A companhia deve ter, alm dos livros obrigatrios para qualquer comerciante, os seguintes, revestidos das mesmas formalidades legais:

    (a) Livro de Registro de Aes Ordinrias (b) Livro de Atas das Assemblias Gerais (c) Livro de Presena de Acionistas (d) Livro de Atas e Pareceres do Conselho Fiscal (e) Livro de Transferncia de Aes Nomin-ativas A alternativa a a correta.

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    4.7.4. Livros Auxiliares

    So livros obrigatrios perante o fisco, mas tambm utilizados como auxili-ares pela contabilidade.

    4.7.4.1. Livro Caixa

    Esse livro tem a finalidade de registrar as entradas e sadas de numerrio. Os registros devem ser efetuados em ordem cronolgica e, por isso, pode ser utilizado como auxiliar do Livro Dirio, devendo, nesse caso, atender a todas as formalidades exigidas.

    4.7.4.2. Livro de Inventrio

    Esse livro tem a finalidade de registrar os bens de consumo, as mercadorias, as matrias-primas e outros materiais que se achem estocados nas datas em que forem levantados os balanos.

    4.7.4.3. Livro de Entrada de Mercadorias

    Destina-se ao registro, em ordem cronolgica, das mercadorias adquiridas e recebidas pelas empresas. Nele tambm so registradas as entradas de bens de qualquer espcie, inclusive os que se destinam a uso ou consumo.

    4.7.4.4. Livro de Sada de Mercadorias

    Livros onde so registradas, em ordem cronolgica, as vendas de mercadorias ou de produtos, bem como toda e qualquer sada, inclusive de bens mveis da empresa.

    4.7.4.5. Livro de Registro de Prestao de Servios

    Livro onde se registram todas as operaes de servios, individualizando as respectivas notas fiscais em ordem cronolgica.

    4.8. Variao do Patrimnio Lquido

    4.8.1. Contas de Receita

    As contas de receita aumentam o patrimnio lquido e so, sempre, de natureza credora. So exemplos de contas de receitas:

    Receita de Vendas de Mercadorias Receita de Servios Juros Ativos Descontos Financeiros Obtidos Rendi-mentos de Aplicaes Financeiras Aluguis Ativos

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    Variaes Monetrias Ativas Variaes Cambiais Ativas Receitas de Dividendos Resultado Positivo de Equivalncia Patrimonial Supervenincias Ativas (do Ativo) Insubsistncias Ativas (do Passivo)

    4.8.2. Contas de Despesa

    As contas de despesa diminuem o patrimnio lquido e so, sempre, de natureza devedora. So exemplos de contas de despesas:

    Salrios Frias 13. Salrio FGTS Comisses de Vendas Fretes s/ Vendas Propaganda e Publicidade Juros Passivos Taxas Bancrias Descontos Financeiros Concedidos Indeniza-es Honorrios Aluguis Depreciao Amortizao Exausto Luz e Telefone gua e Esgoto Combustveis Seguros Material de Expediente/Limpeza Servios de Terceiros Impostos e Taxas Despesas c/ Provises Variaes Monetrias Passivas Variaes Cambiais Passivas Resultado Negativo de Equivalncia Patrimonial Supervenincias Passivas (do Passivo) Insubsistncias Passivas (do Ativo) Compras de Mercadorias Fretes e Seguros s/ Com-

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    Aqui, vale ressaltar alguns macetes:

    Insubsistncia: algo que deixa de existir.

    1. Insubsistncias Ativas = Insubsistncias do Passivo (Receitas): algo que deixa de existir causando efeito positivo no patrimnio. Exem-plo: Prescrio de uma dvida.

    2. Insubsistncias Passivas = Insubsistncias do Ativo (Despesas): algo que deixa de existir causando efeito negativo no patrimnio. Exem-plo: Mercadorias perdidas em um incndio.

    Supervenincia: algo que adiciona.

    3. Supervenincias Ativas = Supervenincias do Ativo (Receitas): algo que passa a existir causando efeito positivo no patrimnio. Exem-plo: Recebimento de doao.

    4. Supervenincias Passivas = Supervenincias do Passivo (Despesas): algo que passa a existir causando efeito negativo no patrimnio. Exemplo: Juros de mora por atraso de pagamento de uma obrigao.

    5. XXXX Ativos(as) x XXXX Passivos(as)

    XXXX significa qualquer coisa.

    XXXX Ativos(as) = conta de receita. Exemplo: Juros Ativos, Aluguis Ativos, Supervenincias Ativas, Insubsistncias Ativas.

    XXXX Passivos(as) = conta de despesa. Exemplo: Juros Passivos, Aluguis Passivos, Supervenincias Passivas, Insubsistncias Passivas.

    4.9. Contas Patrimoniais

    Neste item, estudaremos algumas contas patrimoniais (contas do Ativo, Passivo e Patrimnio Lquido), que aparecero em vrios exerccios ao longo do curso. Ainda no estudamos as demonstraes contbeis, mas j classificarei as contas de acordo com os conceitos que sero aprendidos no Balano Patrimonial.

    Conta Caracterstica Saldo Aes em Tesouraria Patrimnio Lquido - Retificadora Devedor Adiantamento a Empregados Ativo Circulante Devedor Adiantamento a Fornecedores Ativo Circulante Devedor Adiantamento de Clientes Passivo Circulante Credor Adiantamento de Salrios Ativo Circulante Devedor Aluguis a Vencer Ativo Circulante Devedor

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    Amortizao Acumulada Ativo No Circulante Imobilizado Retif. Credor Aplicaes Financeiras Ativo Circulante Devedor Bancos Conta Movimento Ativo Circulante Devedor Caixa Ativo Circulante Devedor Capital a Integralizar Capital a Realizar

    Patrimnio Lquido Retificadora Devedor

    Capital Social Capital Subscrito

    Patrimnio Lquido Credor

    Clientes Ativo Circulante Devedor Computadores Ativo No Circulante Imobilizado Devedor Contas a Pagar Passivo Circulante Credor Contas a Receber Ativo Circulante Devedor Depreciao Acumulada Ativo No Circulante Imobilizado

    Retificadora Credor

    Despesas Antecipadas Ativo Circulante Devedor Dividendos a Pagar Dividendos Distribudos Dividendos Propostos

    Passivo Circulante Credor

    Dividendos a Receber Ativo Circulante Devedor Duplicatas a Pagar Duplicatas Recebidas Duplicatas Aceitas Duplicatas Emitidas por Terceiros

    Passivo Circulante Credor

    Duplicatas a Receber Duplicatas Emitidas

    Ativo Circulante Devedor

    Duplicatas Protestadas Ativo Circulante Devedor Emprstimos Bancrios Emprstimos Bancrio a Pagar Emprstimos a Pagar

    Passivo Circulante Credor

    Equipamentos Ativo No Circulante Imobilizado Devedor Estoques Mercadorias Estoque de Mercadorias

    Ativo Circulante Devedor

    Fornecedores Passivo Circulante Credor Imveis Imveis de Uso

    Ativo No Circulante Imobilizado Devedor

    Impostos a Recolher Passivo Circulante Credor Impostos a Recuperar Ativo Circulante Devedor Lucros Acumulados Patrimnio Lquido Credor Mquinas Ativo No Circulante Imobilizado Devedor Marcas Ativo No Circulante Intangvel Devedor Material de Consumo Estoque de Material de Consumo

    Ativo Circulante Devedor

    Mveis e Utenslios Ativo No Circulante Imobilizado Devedor Notas Promissrias Emitidas Notas Promissrias a Pagar

    Passivo Circulante Credor

    Patentes Ativo No Circulante Intangvel Devedor Prejuzos Acumulados Patrimnio Lquido - Retificadora Devedor Proviso para Devedores Duvidosos Proviso para Crditos de Liquidao Duvidosa

    Ativo Circulante - Retificadora Credor

    Proviso para Frias Frias a Pagar

    Passivo Circulante Credor

    Proviso para Imposto de Renda (IR) Passivo Circulante Credor Receitas a Receber Ativo Circulante Devedor Receitas a Vencer Passivo Circulante Credor

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    Reservas de Capital Patrimnio Lquido Credor Reservas de Lucros Patrimnio Lquido Credor Salrios a Pagar Salrios No Pagos

    Passivo Circulante Credor

    Seguros a Vencer Seguros Antecipados Seguros Pagos Antecipadamente

    Ativo Circulante Devedor

    Ttulos a Receber Ativo Circulante Devedor Veculos Ativo No Circulante Imobilizado Devedor

    Agora, vamos aprender mais alguns macetes:

    1. Prmio de Seguros x Seguros a Vencer

    Prmio de Seguros = conta de despesa

    Seguros a Vencer = Despesa Antecipada = despesa cujo fato gerador ainda no ocorreu pelo Princpio da Competncia = conta do Ativo Circulante ou Ativo No Circulante Realizvel a Longo Prazo.

    2. Proviso para Devedores Duvidosos x Devedores Duvidosos

    Proviso para Devedores Duvidosos = conta retificadora da conta Duplicatas a Receber ou Clientes

    Devedores Duvidosos = conta de despesa

    3. Contas a Pagar ou a Recolher

    Sempre que aparecer XXXX a Pagar ou a Recolher, o Qualquer Coisa a Pagar ou Qualquer Coisa a Recolher indica que uma obrigao da empresa. Logo, ser uma conta do Passivo Circulante ou do Passivo No Circulante Longo Prazo.

    Exemplos: Salrios a Pagar = Passivo Circulante Impostos a Recolher = Passivo Circulante

    Repare que, se aparecer somente Salrios ou Impostos, ser uma conta de despesa.

    4. Valores a Receber ou a Recuperar

    Sempre que aparecer XXXXX a Receber ou a Recuperar, o Qualquer Coisa a Receber ou Qualquer Coisa a Recuperar indica que um direito da empresa. Logo, ser uma conta do Ativo Circulante ou do Ativo No Circulante Realizvel a Longo Prazo.

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    Exemplos: Duplicatas a Receber = Ativo Circulante (a menos que a questo fale, expressamente, que longo prazo, classificaremos como circulante). Impostos a Recuperar = Ativo Circulante

    5. Nomenclatura da conta: Termo Inicial a Vencer

    I) Verifique qual a classificao do termo inicial da conta: receita ou despesa.

    II) Caso seja receita, uma receita a vencer uma obrigao da empresa, classificado no passivo (circulante ou no circulante), pois o fato gerador ainda no ocorreu (receita antecipada).

    III) Caso seja despesa, uma despesa a vencer um direito da empresa, classificado no ativo (circulante ou no circulante), pois o fato gerador ainda no ocorreu (despesa antecipada).

    Exemplos: I. Impostos a Vencer Termo Inicial: Impostos despesa Despesa a Vencer = Ativo (Impostos a Vencer)

    II. Aluguis a Vencer Termo Inicial: Aluguis despesa (quando nada for dito, ser um aluguel pago). Despesa a Vencer = Ativo (Aluguis a Vencer)

    III. Comisses Ativas a Vencer Termo Inicial: Comisses Ativas receita Receita a Vencer = Passivo (Comisses Ativas a Vencer)

    IV. Juros Ativos a Vencer Termo Inicial: Juros Ativos receita Receita a Vencer = Passivo (Juros Ativos a Vencer). Neste caso, ele tambm pode ser classificado como uma conta retificadora da aplicao financeira Ativo relativa a este juros.

    6. Duplicatas Descontadas Como, agora, o que vale na contabilidade essncia sobre a forma, e uma duplicata descontada nada mais que um emprstimo que a empresa fez no banco, esta conta deveria passar a ser classificada no Passivo, como uma obrigao (emprstimo a pagar).

    assim que prev o Manual de Contabilidade Societria, edio de 2010, de Srgio de Iudcibus e outros autores, em sua pgina 572: Lembremo-nos que neste manual estamos recomendando que as duplicatas descontadas sejam classificadas diretamente no passivo.

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    Contudo, as bancas ainda no esto considerando desta maneira. Vejamos um exemplo:

    (Fiscal de Rendas-Municpio do Rio de Janeiro-2010-Esaf) A empresa Mercantil Varejista S/A mandou elaborar o balano de 2009 com base nos seguintes saldos contbeis, aqui demonstrados em ordem alfabtica:

    C o n t a s s a l d o s Aluguis Ativos 195,00 Aluguis a Pagar 75,00 Aluguis a Receber 120,00 Aluguis Passivos 150,00 Caixa 300,00 Capital Social 1.200,00 Clientes 420,00 Custo das Mercadorias Vendidas 360,00 Depreciao Acumulada 330,00 Despesas a Pagar 105,00 Despesas a Vencer 180,00 Duplicatas a Pagar 690,00 Duplicatas a Receber 480,00 Duplicatas Descontadas 210,00 Fornecedores 840,00 ICMS a Recuperar 90,00 IPI a Recolher 45,00 Mercadorias 540,00 Mveis e Utenslios 600,00 Proviso p/Ajuste de Estoques 54,00 Proviso p/Imposto de Renda 186,00 Receitas a Receber 240,00 Receitas de Vendas 660,00 Reserva Legal 150,00 Salrios 210,00 Veculos 1.050,00 Somatrio 9.480,00

    Apurado o resultado do exerccio, a empresa destinou um tero para imposto de renda e dois teros para reserva de lucros. Ao elaborar o balano patrimonial com base nas contas e saldos acima, a empresa vai constatar a existncia de um

    a) Ativo Circulante no valor de R$ 2.280,00. b) Ativo Permanente no valor de R$ 1.386,00. c) Passivo Circulante no valor de R$ 1.986,00. d) Patrimnio Lquido no valor de R$ 1.485,00. e) Ativo Total no valor de R$ 4.020,00.

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    Vamos, inicialmente, para fins didticos, elaborar o balancete de verificao (alguns dos conceitos tratados na questo ainda sero vistos ao longo do curso):

    Conta Saldo Devedor

    Saldo Credor

    Caracterstica

    Aluguis Ativos 195 Receita Aluguis a Pagar 75 Passivo Circulante Aluguis a Receber 120 Ativo Circulante Aluguis Passivos 150 Despesa Caixa 300 Ativo Circulante Capital Social 1.200 Patrimnio Lquido Clientes 420 Ativo Circulante Custo das Mercadorias Vendidas

    360 Despesa

    Depreciao Acumulada 330 Ativo No Circulante Imobilizado Retificadora

    Despesas a Pagar 105 Passivo Circulante Despesas a Vencer 180 Ativo Circulante Duplicatas a Pagar 690 Passivo Circulante Duplicatas a Receber 480 Ativo Circulante Duplicatas Descontadas 210 Ativo Circulante

    Retificadora Fornecedores 840 Passivo Circulante ICMS a Recuperar 90 Ativo Circulante IPI a Recolher 45 Passivo Circulante Mercadorias 540 Ativo Circulante Mveis e Utenslios 600 Ativo No Circulante

    Imobilizado Proviso p/ Ajuste de Estoques

    54 Ativo Circulante Retificadora

    Proviso p/ Imposto de Renda

    186 Passivo Circulante

    Receitas a Receber 240 Ativo Circulante Receitas de Vendas 660 Receita Reserva Legal 150 Patrimnio Lquido Salrios 210 Despesa Veculos 1.050 Ativo No Circulante

    Imobilizado Totais 4.740 4.740

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    II Apurao do Resultado do Exerccio: Demonstrao do Resultado do Exerccio Receitas de Vendas 660(-) Custo das Mercadorias Vendidas (360)(=) Lucro Bruto 300(+) Aluguis Ativos 195(-) Aluguis Passivos (150)(-) Salrios (210)(=) Lucro antes do imposto de renda 135

    De acordo com a questo: Apurado o resultado do exerccio, a empresa destinou um tero para imposto de renda e dois teros para reserva de lucros.

    Imposto de Renda = 135/3 = 45

    Lanamento: Despesa com Proviso para Imposto de Renda a Proviso para Imposto de Renda 45

    Saldo Final de Proviso p/ Imposto de Renda = 186 + 45 = 231 Apurao do Lucro Lquido do Exerccio: (=) Lucro antes do imposto de renda 135(-) Despesas com Proviso p/ imposto de renda (45)(=) Lucro Lquido do Exerccio 90

    Transferncia para a conta Lucros Acumulados:

    Lucro Lquido do Exerccio a Lucros Acumulados 90

    Finalmente, transferncia para as Reservas de Lucros (vou deixar como um conta genrica):

    Lucros Acumulados a Reserva de Lucros 90

    Saldo Final de Reservas Lucros (como a Reserva Legal uma reserva de lucros, vou somar com o saldo inicial da Reserva Legal) = 150 + 90 = 240

    III Elaborao do Balano Patrimonial: Ativo

    Ativo Circulante 2.106Caixa 300Clientes 420Aluguis a Receber 120Duplicatas a Receber 480Duplicatas Descontadas (210)

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    Receitas a Receber 240ICMS a Recuperar 90Mercadorias 540Proviso p/ Ajuste de Estoques (54)Despesas a Vencer 180Ativo No Circulante 1.320Imobilizado 1.320Mveis e Utenslios 600Veculos 1.050Depreciao Acumulada (330)Total do Ativo 3.426

    Passivo Passivo Circulante 1.986Despesas a Pagar 105Duplicatas a Pagar 690Fornecedores 840Aluguis a Pagar 75IPI a Recolher 45Proviso p/ Imposto de Renda 231Patrimnio Lquido 1.440Capital Social 1.200Reservas de Lucros 240Total do Passivo 3.426A resposta considerou o Passivo Circulante sem as Duplicatas Descontadas. Portanto, a Esaf pensou desta forma. A alternativa c a correta.

    Se as Duplicatas Descontadas estivessem no Passivo Circulante no haveria resposta correta: Passivo Passivo Circulante 2.196Despesas a Pagar 105Duplicatas a Pagar 690Duplicatas Descontadas 210Fornecedores 840Aluguis a Pagar 75IPI a Recolher 45Proviso p/ Imposto de Renda 231

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    4.10. Atos e Fatos Administrativos

    4.10.1. Atos Administrativos

    Ocorrem na empresa, mas no causam alteraes no Patrimnio. No so, normalmente, contabilizados. Contudo, alguns atos administrativos geram fatos administrativos, como por exemplo, quando a empresa fiadora de um contrato de locao (ato administrativo). Caso o locatrio no honre o pagamento, a empresa poder ter que pagar o aluguel (fato administrativo).

    H empresas que mantm o controle dos atos administrativos relevantes por meio de contas de compensao, ou seja, contas de compensao so contas que registram atos administrativos. Alm disso, h que se ressaltar que os atos administrativos que causarem efeitos relevantes no patrimnio da empresa devem ser indicados em notas explicativas (esclarecimentos que acompanham as demonstraes contbeis).

    4.10.2. Fatos Administrativos

    Quando ocorrem, provocam modificaes no Patrimnio da empresa, sendo, portanto, sujeitos contabilizao, atravs de Contas Patrimoniais ou de Resultado, podendo ou no alterar o Patrimnio Lquido. Esto divididos em trs categorias: permutativos, modificativos e mistos.

    4.10.2.1. Fatos Contbeis

    4.10.2.1.1. Fatos Permutativos, Qualitativos ou Compensativos

    Como o prprio nome j te induz a pensar, os fatos permutativos representam permutas entre contas do Ativo, Passivo ou entre ambos, ou entre contas do Patrimnio Lquido (alteraes qualitativas) sem provocar alteraes no Patrimnio Lquido.

    - Entre contas do Ativo Exemplo: Compra de mercadorias vista.

    Mercadorias (aumenta o At-ivo) a Caixa (diminui o Ativo)

    - Entre contas do Passivo Exemplo: Reteno do imposto de renda dos empregados.

    Salrios a Pagar (diminui o Passivo) a Imposto a Recolher (aumenta o Passivo)

    - Entre contas do Ativo e Passivo Ex-emplo: Compra de mercadorias a prazo.

    Mercadorias (aumenta o Ativo)

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    Suponha que a compra de mercadorias a prazo foi de R$ 5.000,00. Suponha ainda que os valores iniciais do Ativo Total e do Passivo sejam, respectivamente, R$ 100.000,00 e R$ 70.000,00. Se calculssemos o Patrimnio Lquido antes da referida compra, teramos:

    Equao Fundamental do Patrimnio: Ativo = Passivo + PL 100.000 = 70.000 + PL PL = 100.000 70.000 PL = 30.000

    Com a compra de mercadorias, o ativo aumentou em R$ 5.000,00 (dbito na conta Mercadorias) e o passivo aumentou em R$ 5.000,00 (crdito na conta Fornecedores). Portanto, o novo PL seria: Ativo = Passivo + PL 105.000 = 75.000 + PL PL = 105.000 75.000 PL = 30.000 (no sofreu alterao)

    - Entre contas do Patrimnio Lquido Exemplo: Constituio de Reserva

    Legal Lucros Acumulados (diminui o Patrimnio Lquido) a Reserva Legal (aumenta o Patrimnio Lquido)

    4.10.2.1.2. Fatos Modificativos ou Quantitativos

    Os fatos modificativos ou quantitativos provocam alteraes quantitativas e podem ser classificados em modificativos aumentativos (aumentam o patrimnio lquido) e modificativos diminutivos (diminuem o patrimnio lquido).

    - Modificativo Aumentativo Exemplo: Receita de Prestao de Servios recebida vista ou a prazo.

    Caixa ou Clientes (aumenta o Ativo) a Receita de Servios (Receita - aumenta o Patrimnio Lquido)

    - Modificativo Diminutivo Ex-emplo: Apropriao de Salrios

    Despesas de Salrios (Despesa - diminui o Patrimnio Lquido) a Salrios a Pagar (aumenta o Passivo)

    Exemplo: Compra de aes da prpria empresa Aes em Tesouraria (diminui o Patrimnio Lquido) a Bancos (diminui o Ativo)

    Exemplo: Dividendos Distribudos Lucros Acumulados (diminui o Patrimnio Lquido)

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    4.10.2.1.3. Fatos Mistos ou Compostos

    Os fatos mistos ou compostos tambm provocam alteraes qualitativas e quantitativas. Uma parte do fato permutativa e outra parte do fato modificativa. Por isso que so chamados de fatos mistos. Alm disso, podem ser classificados em mistos aumentativos (aumentam o patrimnio lquido) e mistos diminutivos (diminuem o patrimnio lquido).

    - Misto Aumentativo Exemplo: Recebimento de Duplicatas com juros

    Caixa (aumenta o Ativo) a Diversos a Juros Ativos (Receita - aumenta o Patrimnio Lquido) a Duplicatas a Receber (diminui o Ativo)

    - Misto Diminutivo Exemplo: Recebimento de Duplicatas com desconto

    Diversos a Duplicatas a Receber (diminui o Ativo) Caixa (aumenta o Ativo) Descontos Concedidos (Despesa - diminui o Patrimnio Lquido)

    J caiu em prova! (Analista Administrativo-MPU-2007-FCC) A venda de mercadorias com prejuzo um exemplo de fato contbil

    (A) permutativo. (B) misto aumentativo. (C) modificativo aumentativo. (D) modificativo diminutivo. (E) misto diminutivo.

    Para facilitar o entendimento, vamos fazer um exemplo numrico: Receita Bruta de Vendas = R$ 10.000,00 (suponha que a venda foi vista e que no h tributao) Custo das Mercadorias Vendidas = R$ 15.000,00

    Portanto, o lanamento seria:

    I) Pela venda de mercadorias: Caixa (Ativo Circulante) a Receita Bruta de Vendas (Receita) 10.000

    II) Pela baixa no estoque das mercadorias vendidas: Custo das Mercadorias Vendidas (Despesa) a Mercadorias (Ativo Circulante) 15.000

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    Repare que houve um prejuzo na venda de R$ 5.000,00: Receita Bruta de Vendas 10.000 (-) Custo das Mercadorias Vendidas (15.000) Prejuzo na Venda (5.000)

    Ateno, pois quando h vendas de mercadorias, para apurar qual o tipo do fato contbil, temos que fazer o lanamento consolidado.

    No nosso exemplo, teramos: Diversos a Mercadorias (Ativo Circulante) Caixa (Ativo Circulante) 10.000 Prejuzo na Venda (Despesa) 5.000 15.000

    Portanto, como o lanamento composto de um fato permutativo, representado por: Caixa (Ativo Circulante) a Mercadorias (Ativo Circulante) 10.000

    E composto por um fato modificativo diminutivo (diminui o patrimnio lquido), representado por: Prejuzo na Venda (Despesa) a Mercadorias (Ativo Circulante) 5.000 Pode-se concluir que a venda de mercadorias com prejuzo um fato misto diminutivo. A alternativa e a correta.

    H entendimentos divergentes em relao a fatos modificativos envolvendo somente contas patrimoniais. Vejamos uma questo de prova.

    (Analista de Contabilidade-Perito-Cargo 9-Ministrio Pblico da Unio 2010-Cespe) A integralizao do capital social em mercadorias representa evento modificativo aumentativo.

    Por definio, um fato modificativo aumentativo causa um aumento do patrimnio lquido.

    No caso concreto da questo, o lanamento seria: Mercadorias (Ativo Circulante) a Capital Social a Integralizar (Patrimnio Lquido Retificadora) 10.000

    Ou seja, a conta Capital Social a Integralizar, de natureza devedora (retificadora do PL), foi creditada em R$ 10.000,00, ficando com saldo zero (o saldo inicial da conta era R$ 10.000,00). Portanto, houve um aumento do PL em R$ 10.000,00.

    Contudo o Cespe considera que lanamentos envolvendo somente contas patrimoniais, mesmo com alterao do patrimnio lquido, um fato permutativo. O item est errado.

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    Mas como a Funiversa pensa? isso que importa para voc, certo. Vejamos:

    (Contabilidade-Iphan-2009-Funiversa) Correlacione a primeira coluna de acordo com a segunda e assinale a alternativa que apresenta a sequncia numrica obtida de cima para baixo.

    (1) Permutativo ( ) venda com lucro (2) Modificativo aumentativo ( ) venda com prejuzo (3) Modificativo diminutivo ( ) venda sem lucro e sem prejuzo (4) Misto aumentativo ( ) aumento de capital efetuado,pelos scios,

    em dinheiro (5) Misto diminutivo ( ) despesas de salrios

    (A) 4, 5, 1, 2 e 3 (B) 3, 2, 1, 5 e 4 (C) 1, 2, 3, 4 e 5 (D) 5, 4, 3, 2 e 1 (E) 3, 5, 1, 4 e 2

    Vamos analisar os fatos: I Venda com lucro: Caixa ou Clientes (Ativo Circulante) a Receita de Vendas (Receita)

    Custo das Mercadorias Vendidas (Despesa) a Mercadorias (Ativo Circulante)

    Como houve lucro, a receita de vendas maior que o custo das mercadorias vendidas.

    Lanamento consolidado: Caixa ou Clientes (Ativo Circulante) a Diversos a Lucro na Venda (Receita) = Receita de Vendas Custo das Mercadorias Vendidas a Mercadorias Fato misto aumentativo (4).

    II Venda com prejuzo: Caixa ou Clientes (Ativo Circulante) a Receita de Vendas (Receita)

    Custo das Mercadorias Vendidas (Despesa) a Mercadorias (Ativo Circulante)

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    Como houve prejuzo, a receita de vendas menor que o custo das mercadorias vendidas.

    Lanamento consolidado: Diversos a Mercadorias Caixa ou Clientes (Ativo Circu-lante) Prejuzo na Venda (Despesa) = Custo das Mercadorias Vendidas Receita de Vendas Fato misto diminutivo (5).

    III Venda sem lucro e sem prejuzo: Caixa ou Clientes (Ativo Circulante) a Receita de Vendas (Receita)

    Custo das Mercadorias Vendidas (Despesa) a Mercadorias (Ativo Circulante)

    Como no houve lucro ou prejuzo, a receita de vendas igual ao custo das mercadorias vendidas. Receita de Vendas Custo das Mercadorias = 0

    Lanamento consolidado: Caixa ou Clientes (Ativo Circu-lante) a Mercadorias Fato permutativo (1)

    IV Aumento do capital efetuado pelos scios em dinheiro: Caixa (Ativo Circulante) a Capital Social (Patrimnio Lquido) Fato modificativo aumentativo (2). Ou seja, a banca considera como fato modificativo aumentativo. Para mim, este o entendimento correto.

    V Despesa de salrios: Despesa de Salrios (Despesa) a Salrios a Pagar (Passivo Circulante) Fato modificativo diminutivo (3) A alternativa a a correta.

    4.11. Balancete de Verificao

    O balancete de verificao relaciona todas as contas de acordo com a natureza do saldo, independentemente de serem contas patrimoniais ou de resultado, retificadoras ou no. Ele montado a partir do Livro Razo, do qual so

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    H dois tipos de balancete de verificao:

    Balancete de Verificao Inicial: levantado antes do encerramento das contas de resultado (antes da apurao contbil do lucro ou prejuzo do exerccio). Ou seja, neste tipo de balancete, haver contas patrimoniais e de resultado; e

    Balancete de Verificao Final: levantado aps a apurao do resultado do exerccio e de sua distribuio. Por conseguinte, neste balancete s haver contas patrimoniais.

    O principal objetivo do balancete de verificao demonstrar a correta aplicao do mtodo das partidas dobradas, ou seja, o total dos saldos devedores deve ser igual ao total dos saldos credores. Caso isto no ocorra, h algum erro.

    J caiu em prova! (Analista em Planejamento, Oramento e Finanas Pblicas-Sefaz/SP-2009-Esaf) A empresa Servios e Comrcio S/A apurou os seguintes saldos para fins de elaborar o balancete geral de verificao:

    Contas Saldos (R$) Mercadorias 18.000,00 Vendas 54.000,00 Compras 23.000,00 ICMS a Recolher 6.500,00 Aes em Tesouraria 3.000,00 ICMS sobre Vendas 10.000,00 Duplicatas a Receber 14.000,00 Prmios de Seguros 1.700,00 Proviso para Devedores Duvidosos 200,00 Caixa 7.000,00 Duplicatas a Pagar 10.000,00 Aes de Coligadas 5.000,00 Fornecedores 15.000,00 Mveis e Utenslios 31.000,00 Proviso para Frias 1.500,00 Depreciao 6.000,00 Duplicatas Descontadas 9.000,00 Depreciao Acumulada 18.000,00 Fretes e Carretos 2.500,00 Salrios a Pagar 1.800,00 Salrios 8.800,00 Aluguis Ativos 1.200,00 Juros Passivos 700,00 Capital Social 20.000,00 Capital a Realizar 4.000,00 Reserva Legal 600,00 Soma total 272.500,00

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    Sabendo-se que eventuais diferenas no balanceamento, aqui toleradas para fins didticos, podem ser atribudas a lucros ou perdas anteriores, pode-se afirmar que as contas supralistadas apresentam

    (a) saldo credor de R$ 130.800,00. (b) saldo credor de R$ 103.600,00. (c) saldo devedor de R$ 100.500,00. (d) saldos devedor e credor de R$ 136.250,00. (e) saldo devedor de R$ 134.700,00.

    Nota: Uma dica importante para questes em que o balancete est fechado e no h contas faltando , simplesmente, somar todos os saldos das contas da questo e dividir por 2, visto que, no balancete de verificao, os saldos devedores devem ser iguais aos saldos credores (no h necessidade de conhecer as caractersticas de cada conta). A demonstrao desta situao muito simples:

    Considere que: Saldos Devedores = Saldos Credores = Saldos

    Logo, temos que: Saldos Devedores + Saldos Credores = Saldos Totais Saldos + Saldos = Saldos Totais 2 x Saldos = Saldos Totais Saldos = Saldos Totais/2

    ATENO !!!!! Esta metodologia de resoluo s estar que correta se o balancete estiver fechado, isto , se o examinador fornecer todas as contas utilizadas pela empresa e seus respectivos saldos.

    No caso concreto dessa questo, a Esaf afirma que o balancete no est fechado: Sabendo-se que eventuais diferenas no balanceamento, aqui toleradas para fins didticos, podem ser atribudas a lucros ou perdas anteriores, pode-se afirmar que as contas supralistadas apresentam

    Se fizssemos isso, erraramos a questes, pois:

    Saldos Devedores = Saldos Credores = Saldo Total/2 = 272.500/2 Saldos Devedores = Saldos Credores = 136.250 (D) ERRADO!!

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    Logo, temos que analisar conta a conta e identificar a sua natureza. Vamos classificao:

    Conta Devedora Credora Classificao Mercadorias 18.000 Ativo Circulante Vendas 54.000 Receita Compras 23.000 Despesa ICMS a Recolher 6.500 Passivo Circulante Aes em Tesouraria 3.000 Patrimnio Lquido -

    Retificadora ICMS s/ Vendas 10.000 Despesa Redutora da

    Receita Bruta de Vendas Duplicatas a Receber 14.000 Ativo Circulante Prmios de Seguros 1.700 Despesa Proviso para Devedores Duvidosos

    200 Ativo Circulante - Retificadora

    Caixa 7.000 Ativo Circulante Duplicatas a Pagar 10.000 Passivo Circulante Aes de Coligadas 5.000 Ativo No Circulante

    Investimentos Fornecedores 15.000 Passivo Circulante Mveis e Utenslios 31.000 Ativo No Circulante

    Imobilizado Proviso para Frias 1.500 Passivo Circulante Depreciao 6.000 Despesa Duplicatas Descontadas 9.000 Ativo Circulante

    Retificadora Depreciao Acumulada 18.000 Ativo No Circulante

    Imobilizado Retificadora Fretes e Carretos 2.500 Despesa Salrios a Pagar 1.800 Passivo Circulante Salrios 8.800 Despesa Aluguis Ativos 1.200 Receita Juros Passivos 700 Despesa Capital Social 20.000 Patrimnio Lquido Capital a Realizar 4.000 Patrimnio Lquido

    Retificadora Reserva Legal 600 Patrimnio Lquido

    Total 134.700 137.800

    Saldo Devedor = 134.700 A alternativa e a correta.

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    4.12. Apurao do Resultado

    No final de cada exerccio social, as contas de resultado devem ter seus saldos encerrados para apurao do resultado do exerccio, ou seja, as contas de resultado (receitas e despesas) so contas transitrias.

    Despesas: variaes negativas do patrimnio lquido. Receitas: variaes positivas do patrimnio lquido.

    Exemplo: A empresa J4M2, durante o exerccio social, apurou receitas no valor de R$ 100.000,00 e despesas no valor de R$ 50.000,00. Apure o resultado do exerccio:

    Para apurao do resultado do exerccio, sero efetuados os seguintes lanamentos:

    Resultado do Exerccio a Despesas 50.000

    Receitas a Resultado do Exerccio 100.000

    Conta Apurao do Resultado do Exerccio (Tambm conhecida como Rdito, ou, simplesmente, ARE para os ntimos): uma conta transitria e, uma vez apurado o resultado, o valor correspondente deve ser transferido ao patrimnio lquido.

    Saldo Credor da Conta ARE = indica que houve lucro no exerccio, pois as receitas superaram as despesas.

    Saldo Devedor da Conta ARE = indica que houve prejuzo no exerccio, pois as despesas superaram as receitas.

    Receitas 100.000

    Despesas 50.000

    Receitas 100.000 (2) 100.000

    0

    Despesas 50.000 50.000 (1)

    0

    Apurao do Resultado do Exerccio

    50.000 (1) 100.000 (2) 50.000

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    4.13. Regimes de Apurao

    4.13.1. Regime de Caixa

    Regime de caixa o regime contbil que apropria as receitas no perodo de seu recebimento (encaixe), independentemente do momento em que so realizadas. Alm disso, tambm contabiliza os custos ou despesas no momento de seu efetivo pagamento em moeda corrente (desembolso).

    4.13.2. Regime de Competncia

    O Regime de competncia, baseando-se no Princpio da Competncia, considera as receitas realizadas e as despesas incorridas no perodo da ocorrncia de seus f atos geradores, independentemente de seu recebimento (receitas) ou pagamento (custos ou despesas).

    Lucro: a definio de lucro depender do regime a ser adotado:

    Regime de Competncia: resultado do exerccio o resultado alcanado por uma empresa ou entidade em dado perodo e decorre da diferena entre as receitas auferidas (realizadas) e as despesas incorridas (apropriadas) no referido perodo. Se essa diferena for positiva, h um resultado positivo (lucro). Caso contrrio, ou seja, se essa diferena for negativa, h um resultado negativo (prejuzo); e

    Regime de Caixa: resultado do exerccio o resultado alcanado por uma empresa ou entidade em dado perodo e decorre da diferena entre as receitas recebidas e as despesas nele pagas. Se essa diferena for positiva, h um resultado positivo (lucro). Caso contrrio, ou seja, se essa diferena for negativa, h um resultado negativo (prejuzo).

    Exemplo: A empresa Aborc Comrcio S/A contratou um seguro anual de R$ 6.000,00, em primeiro de junho de 2005, pagou a despesa com um cheque da Caixa Econmica Federal e contabilizou o fato contbil, segundo o regime de caixa, como costuma fazer ao longo do exerccio social. Em 31 de dezembro de 2005, para fins de elaborao do balano, a empresa deve efetuar os ajustes contbeis necessrios, inclusive, para observncia do princpio contbil da competncia. Para ajustar a despesa de seguros aqui exemplificada, a empresa dever mandar providenciar o seguinte lanamento no livro Dirio:

    Seguro Anual = R$ 6.000,00, em 01/06/2005, pago vista.

    Contabilizou a despesa de seguro anual pelo Regime de Caixa 31/12/2005 ajuste para o princpio contbil da competn-

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    I Lanamento do pagamento do Seguro pelo Regime de Caixa:

    Despesas de Seguros (Despesa - Conta de Resultado) a Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 6.000 (I)

    Em razonetes:

    II Lanamento do pagamento do Seguro pelo Regime de Competncia

    Seguros a Vencer (Ativo Circulante) a Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 6.000 (II)

    Em razonetes:

    III Lanamento das despesas do seguro pelo Regime de Competncia (em 31/12/2005)

    Seguro Anual: de 01/06/2005 a 31/05/2006 Em 31/12/2005: sete meses de seguro (junho, julho, agosto, setem-bro, outubro, novembro e dezembro).

    Despesa Mensal de Seguro = 6.000/12 = 500 Em 31/12/2005: Despesas de Seguro = 7 meses x 500 = 3.500

    Lanamento:

    Despesas de Seguro (Despesa Conta de Resultado) a Seguros a Vencer (Ativo Circulante) 3 .500 (III)

    IV Ajuste a ser realizado em 31/12/2005 ao passar do Regime de Caixa para o Regime de Competncia:

    Pelo Regime de Caixa, a conta Despesas de Seguros apresentou um saldo devedor de R$ 6.000,00, enquanto que a conta Seguros a Vencer no foi nem utilizada, conforme pode ser observado nos razonetes abaixo, utilizados pelo Regime de Caixa:

    Despesa de Seguros 6.000 (I)

    Bancos Conta Movimento6.000 (I)

    Seguros a Vencer 6.000 (I)

    Bancos Conta Movimento6.000 (I)

    Seguros a Vencer 6.000 (I) 3.500 (III)2.500

    Despesas de Seguro 3.500 (III)

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    Logo, para efetuar o ajuste para o Regime de Competncia, devemos subtrair R$ 2.500,00 da conta Despesa de Seguros (que, ao invs do saldo de R$ 6.000,00, dever ter um saldo de R$ 3.500,00) e deve-se somar R$ 2.500,00 conta Seguros a Vencer.

    Portanto, o lanamento de ajuste do Regime de Caixa para o Regime de Competncia ficaria da seguinte forma:

    Seguros a Vencer (Ativo Circulante) a Despesas de Seguros (Despesa Conta de Resultado) 2.500

    4.13.3. Regime de Competncia x Regime de Caixa

    4.13.3.1. Despesas Incorridas e Pagas

    Caractersticas: 1. Fatos geradores ocorreram despesa pelo Regime de Competncia. 2. Foram pagas despesa pelo Regime de Caixa

    Exemplo: Salrios de outubro, no valor de R$ 20.000,00, pagos no final do ms, em dinheiro.

    Lanamento pelos dois regimes:

    Despesas de Salrios (Despesa) a Caixa (Ativo Circulante) 20.000

    4.13.3.2. Despesas Incorridas e No Pagas

    Caractersticas: 1. Fatos geradores ocorreram despesa pelo Regime de Competncia. 2. No foram pagas no despesa pelo Regime de Caixa

    Exemplo: Salrios de dezembro, no valor de R$ 30.000,00, a serem pagos em janeiro.

    1. Na apropriao da despesa pelo regime de competncia (final de dezembro):

    1.1. Lanamento pelo Regime de Competncia: Despesa de Salrios (Despesa)

    a Salrios a Pagar (Passivo Circulante) 30.000

    Despesa de Seguros 6.000 (I)

    Bancos Conta Movimento6.000 (I)

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    1.2. No h lanamento pelo Regime de Caixa.

    2. No pagamento dos salrios (em janeiro): transforma-se em despesa incorrida e paga.

    2.1. Lanamento pelo Regime de Competncia: Salrios a Pagar (Passivo Circulante) a Caixa (Ativo Circulante) 30.000

    2.2. Lanamento pelo Regime de Caixa: Despesas de Salrios (Despesa) a Caixa (Ativo Circulante) 30.000

    4.13.3.3. Despesas No Incorridas e Pagas

    Caractersticas: 1. Fatos geradores no ocorreram no despesa pelo Regime de

    Competncia (despesa antecipada direito da empresa). 2. Foram pagas despesa pelo Regime de Caixa

    Exemplos: prmios de seguros, aluguis pagos antecipadamente, assinaturas e anuidades antecipadas, comisses e prmios pagos antecipadamente por vendas, etc.

    Exemplo: Aluguel de janeiro, no valor de R$ 2.000,00, pago em dezembro, em dinheiro.

    1. No pagamento do aluguel (dezembro):

    1.1. Lanamento pelo Regime de Competncia: Aluguis Pagos Antecipadamente (Ativo Circu-lante)

    a Caixa (Ativo Circulante) 2.000

    1.2. Lanamento pelo Regime de Caixa: Despesa de Aluguis (Despesa)

    a Caixa (Ativo Circulante) 2.000

    2. Na apropriao da despesa (final de janeiro):

    2.1. Lanamento pelo Regime de Competncia: Despesa de Aluguis (Despesa)

    a Aluguis Pagos Antecipadamente (Ativo Circulante) 2.000

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    4.13.3.4. Receitas Realizadas (Ganhas) e Recebidas

    Caractersticas: 1. Fatos geradores ocorreram receita pelo Regime de Competncia. 2. Foram recebidas receita pelo Regime de Caixa

    Exemplo: Venda de mercadorias, vista, por R$ 50.000,00.

    Lanamento pelos dois regimes:

    Caixa (Ativo Circulante) a Receita de Vendas (Receita) 50.000

    4.13.3.5. Receitas Realizadas (Ganhas) e No Recebidas

    Caractersticas: 1. Fatos geradores ocorreram receita pelo Regime de Competncia. 2. No Foram recebidas no receita pelo Regime de Caixa.

    Exemplo: Venda de mercadorias, a prazo, por R$ 50.000,00

    1. Por ocasio da venda (entrega das mercadorias):

    1.1. Lanamento pelo Regime de Competncia: Clientes (Ativo Circulante)

    a Receita de Vendas (Receita) 50.000

    1.2. No h lanamento pelo Regime de Caixa.

    2. No recebimento do valor das vendas: transforma-se em receita ganha e recebida.

    2.1. Lanamento pelo Regime de Competncia: Caixa (Ativo Circulante) a Clientes (Ativo Circulante) 50.000

    2.2. Lanamento pelo Regime de Caixa: Caixa (Ativo Circulante) a Receita de Vendas (Receita) 50.000

    4.13.3.6. Receitas No Realizadas (No Ganhas) e Recebidas

    Caractersticas: 1. Fatos geradores no ocorreram no receita pelo Regime de

    Competncia (receita antecipada obrigao da empresa). 2. Foram recebidas receita pelo Regime de Caixa

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    Exemplos: aluguis recebidos antecipadamente, adiantamento de clientes, etc.

    Exemplo: Recebimento de aluguel de janeiro, no valor de R$ 2.000,00, em dezembro, em dinheiro.

    1. No recebimento do aluguel (dezembro):

    1.1. Lanamento pelo Regime de Competncia: Caixa (Ativo Circulante) a Aluguis Recebidos Antecipadamente (Passivo No Circulante Receitas Diferidas) 2.000

    1.2. Lanamento pelo Regime de Caixa: Caixa (Ativo Circulante)

    a Receita de Aluguis (Receita) 2.000

    2. Na realizao da receita (final de janeiro):

    2.1. Lanamento pelo Regime de Competncia: Aluguis Recebidos Antecipadamente (PNC Receitas Diferi-das) a Receita de Aluguis (Receita) 2.000

    2.2. No h lanamento pelo Regime de Caixa.

    J caiu em prova! (Ministrio PblicoSEContabilidade2009FCC) Na apurao de resultado utilizando o Regime de caixa leva-se em conta o momento em que ocorre

    (A) o desembolso da despesa. (B) a transferncia do ativo. (C) o fato gerador das despesas. (D) a confrontao da receita com a despesa. (E) momento no qual a despesa incorrida.

    Vamos analisar as alternativas:

    (A) o desembolso da despesa. Regime de Caixa: na apurao