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AULA 09 601 QUESTÕES COMENTADAS DE ECONOMIA
PROFESSOR: CÉSAR DE OLIVEIRA FRADE
Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 1
Olá pessoal,
Vamos continuar com as questões de microeconomia. Essa será a nossa nona
aula de Exercícios de Microeconomia, a penúltima.
As críticas ou sugestões poderão ser enviadas para:
Prof. César Frade
JANEIRO/2012
AULA 09 601 QUESTÕES COMENTADAS DE ECONOMIA
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QUESTÕES RESOLVIDAS
Enunciado para as Questões 242 a 246
Com relação às características do setor de telecomunicações, inclusive no
aspecto relativo à fixação de esquemas regulatórios, julgue os itens
subseqüentes.
Questão 242
(CESPE – Especialista em Regulação – ANATEL – 2004) – O setor de
telecomunicações caracteriza-se pela existência de baixos custos fixos para as
redes de comunicação locais, o que facilita a entrada de novas concessionárias
nesse mercado e contribui, assim, para elevar os níveis de competição nessa
indústria.
Resolução:
Em geral, setores regulados possuem alto custo fixo. Na verdade, esses
setores possuem uma barreira à entrada e isso se deve, entre outros fatores,
pelo valor do investimento inicial.
Com o elevado custo fixo existente no setor de telefonia, há uma barreira à
entrada de novas concessionárias e, assim, o nível de competição na indústria
não é muito grande. A regulação por parte da ANATEL tende a elevar esse
nível de competição.
Sendo assim, a questão está ERRADA.
Gabarito: E
Questão 243
(CESPE – Especialista em Regulação – ANATEL – 2004) – Um dos riscos
inerentes à regulação é a burocratização, em que recursos são despendidos em
longos processos litigiosos nos quais a empresa regulada retém a informação e
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o regulador toma suas decisões, com grande dose de subjetividade,
aumentando, assim, o risco regulatório e a ineficiência do sistema de
telecomunicações.
Resolução:
Não temos muito o que comentar sobre essa questão. A burocratização é um
risco da regulação. Na verdade, dependendo da forma como o regulador opta,
há a necessidade de constantes auditorias, inclusive de custos.
Por outro lado, a empresa regulada tenta esconder a informação, causando um
grave problema de assimetria na esperança de que o regulador quando for
definir o preço a ser praticado tenha receio de que o agente regulado não
aceite o valor e opte por parar de produzir. Imagine se isso ocorrer, o caos que
será gerado no País.
Dessa forma, o regulador usa bastante da subjetividade e cautela para poder
definir o preço máximo. Além disso, grandes discussões são encaminhadas à
justiça e quantidade razoável de esforço e recursos são dispendidos nessas
discussões. É claro que todos esses fatos acabam causando uma séria
ineficiência no sistema como um todo.
Sendo assim, a questão está CERTA.
Gabarito: C
Questão 244
(CESPE – Especialista em Regulação – ANATEL – 2004) – De acordo com as
políticas regulatórias adotadas pela ANATEL, a relativa assimetria entre
incumbentes e entrantes, em benefício dessas últimas, que estariam sujeitas a
menos obrigações no que diz respeito a restrições e metas a serem cumpridas,
supostamente deveria atenuar a vantagem competitiva das empresas já
estabelecidas estimulando, assim, a concorrência no setor.
Resolução:
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As empresas que estavam dentro do sistema já possuíam uma infra-estrutura
“herdada” do Governo, inclusive com uma grande carteira de clientes. Com
isso, o Governo poderia adotar formas regulatórias e obrigações diferenciadas
entre esses e os entrantes. Um exemplo é a diferença entre as metas que
deveriam ser cumpridas por cada um dos agentes.
É claro que a empresa entrante estava em desvantagem e esse diferencial
tinha o objetivo de atenuar a vantagem daquelas empresas que já estavam
estabelecidas e, assim, provocar mais competição no setor.
Sendo assim, a questão está CERTA.
Gabarito: C
Questão 245
(CESPE – Especialista em Regulação – ANATEL – 2004) – No mercado de
telecomunicações, a provisão do serviço universal, associada a uma
intervenção pública reguladora do mercado imposta por motivos sociais,
representa uma forma de cooperação e de complementaridade entre o Estado
e o mercado.
Resolução:
A intervenção pública no mercado de telecomunicações se justifica pelo grande
poder de mercado exercido pelas empresas representado pela crescente
inelasticidade do produto e também pelo alto custo fixo gerando uma grande
barreira à entrada de novas firmas.
Sendo assim, a questão está CERTA.
Gabarito: C
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Questão 246
(CESPE – Especialista em Regulação – ANATEL – 2004) – No setor de
telecomunicações, a regulação justifica-se, unicamente, pela existência de
monopólio natural, em razão de as inovações tecnológicas que caracterizam
esse setor ampliarem a importância das economias de escala de escopo na
determinação de tamanhos mínimos eficientes das empresas que atuam nesse
setor.
Resolução:
A palavra unicamente, por si só, já deve servir de alerta em uma questão
como essa. Em geral, palavras restritivas tornam as questões erradas.
No setor de telecomunicações, a regulação se justifica por vários fatores. A
inelasticidade crescente que as pessoas têm com o serviço tanto de telefonia
quanto em TV a cabe, utilização de satélites, internet é uma justificativa para
que haja uma intervenção governamental. É claro que a característica de
monopólio natural existente no setor também provoca grande influência na
decisão do regulador.
Sendo assim, a questão está ERRADA.
Gabarito: E
Enunciado para as Questões 247 a 256
A respeito dos esquemas de regulação, incluindo-se aqueles relacionados à
regulação de incentivos, julgue os itens a seguir.
Questão 247
(CESPE – Especialista em Regulação – ANATEL – 2004) – Em uma indústria
caracterizada pela presença de economias crescentes de escala, esquemas
regulatórios que fixam os preços ao nível do custo marginal provocarão deficits
para a firma regulada.
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Resolução:
Se o regulador optar por esquemas que fixarem os preços no nível do custo
marginal, quando a indústria tiver a presença de economias de escala, o custo
adicional de produzir uma unidade a mais estará muito baixo. Ou seja, o custo
marginal será bastante baixo e, assim, o preço do produto também será baixo.
Dessa forma, tal medida provocará constantes déficits na firma regulada, pois
esta terá condições de recuperar o seu custo variável (que é a origem do custo
marginal), mas incorrerá em prejuízos decorrentes do custo de oportunidade
do investimento e do custo fixo.
Portanto, nas indústrias com a presença de economia crescente de escala ou
mesmo com economia de escala devem ser reguladas com a fixação do preço
idêntico ao custo médio com o objetivo de evitar déficits de longo prazo e a
paralisação do serviço.
Sendo assim, a questão está CERTA.
Gabarito: C
Questão 248
(CESPE – Especialista em Regulação – ANATEL – 2004) – Na regulação pela
taxa de retorno, a fixação de limites para os lucros da firma regulada incentiva
a empresa a baixá-los artificialmente, desestimulando, assim, a adoção de
estratégias que reduzam custos e aumentem os níveis de eficiência.
Resolução:
Na regulação por taxa de retorno, o agente regulador determina uma taxa de
remuneração do recurso empregado pelo agente regulado. Portanto, não há
interesse em reduzir os custos, pois todo o custo será retornado para o
regulado via preços. Na verdade, há um claro incentivo que a indústria adquira
mais bens de capital sem que seja necessário. Isto ocorre porque todo o custo
e investimento deverão ser remunerados à taxa de retorno estipulada.
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Portanto, não é interessante para a empresa regulada, desde que a taxa de
retorno aplicada seja atraente, reduzir os custos e aumentar o nível de
eficiência.
Sendo assim, a questão está CERTA.
Gabarito: C
Questão 249
(CESPE – Especialista em Regulação – ANATEL – 2004) – Na indústria de
telefonia, ao somar-se a taxa de crescimento da produtividade na fixação da
tarifa price cap (preço-teto), embute-se um mecanismo de incentivo que exige
que a firma regulada, no mínimo, acompanhe o ritmo de crescimento da
produtividade do setor, sob pena de ver seus lucros declinarem.
Resolução:
O setor de telefonia em seu primeiro lag regulatório utilizou-se do modelo de
price-cap, onde parte do ganho de produtividade era dividido com o
consumidor por meio do fator X. Lembre-se que o fator X deve ser definido no
início do lag-regulatório e deverá valer por todo o período.
Entretanto, é importante ressaltar que se o fator X fosse todo entregue ao
cliente, os agentes regulados não teriam interesse em aumentar a sua
produtividade, pois iriam auferir lucro apenas entre as correções de preços.
Portanto, cabe esclarecer que o regulador aplica uma parcela do que ele julga
que será o crescimento da produtividade da empresa como fator X com o
objetivo de criar incentivos para que a indústria tenha cada vez mais aumento
de eficiência.
Sendo assim, a questão está ERRADA.
Gabarito: E
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Questão 250
(CESPE – Especialista em Regulação – ANATEL – 2004) – Nos sistemas
regulatórios do tipo price cap, a empresa regulada deve fixar seus preços ao
nível daqueles fixados pela agência reguladora, implicando, dessa forma, a
nulidade de seus lucros.
Resolução:
Como o próprio nome indica, o modelo de price cap cria um teto para os
preços. Assim, a empresa regulada pode colocar o preço até o patamar
indicado pela agência reguladora. Em geral, o teto de preço será aquele que
“zera” o lucro extraordinário no longo prazo, ou seja, o que iguala o custo
médio com o preço.
Entretanto, temos que considerar que o fator X é definido antes do início do lag
regulatório. Logo, qualquer ganho de eficiência superior ao fator X fará com
que a empresa regulada tenha lucro extraordinário.
Sendo assim, a questão está ERRADA.
Gabarito: E
Questão 251
(CESPE – Especialista em Regulação – ANATEL – 2004) – Um dos problemas
associados à regulação price cap é o fato de que, nesse tipo de regulação, os
preços fixados podem tornar-se inadequados ao longo do tempo em razão de
variações inesperadas na demanda e(ou) nos custos, incentivando as firmas a
reduzirem seus custos em detrimento da qualidade do serviço prestado.
Resolução:
Como os preços máximos e as correções ficam definidos no início do lag-
regulatório, com o passar do tempo esse teto pode ficar inadequado.
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De forma similar, as empresas podem se ver instigadas a reduzir seus custos
de todas as formas para poderem se apropriar de ganhos extraordinários.
Entretanto, há a necessidade de a agência reguladora controlar a qualidade
dos serviços e talvez até montar um sistema misto de preço teto e qualidade,
pois as empresas terão total interesse em reduzir os custos ilimitadamente,
provocando, inclusive redução na qualidade do serviço prestado.
Sendo assim, a questão está CERTA.
Gabarito: C
Questão 252
(CESPE – Especialista em Regulação – ANATEL – 2004) – A regulação de
incentivos, forma modificada da regulação pela taxa de retorno, envolve
esquemas regulatórios que utilizam instrumentos tais como preços, impostos e
subsídios e encoraja as firmas reguladas a controlar custos e a adotar
tecnologias mais eficientes.
Resolução:
A regulação por incentivos tem como objetivo criar regras que dão ao agente
regulado algum tipo de incentivo para poder levar um serviço mais eficiente
para o consumidor final.
O incentivo, em geral, é dado quando possibilita que a empresa regulada se
aproprie de parte dos ganhos em decorrência de seu esforço com a melhora do
serviço oferecido. Outra forma possível seria fazer com que o fator X flutue
conforme a qualidade do serviço oferecido, de tal forma que quanto melhor a
qualidade do serviço menor tende a ser o fator X. Dessa forma, a empresa
tenderá a melhorar eficiência sem deixar com que a qualidade seja reduzida.
Sendo assim, a questão está CERTA.
Gabarito: C
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Questão 253
(CESPE – Especialista em Regulação – ANATEL – 2004) – Esquemas de
regulação pelo desempenho (yardstick competition) — em que o desempenho
das firmas reguladas é aferido pela comparação com uma referência média
(benchmark) —, além de induzirem aumentos de produtividade e redução de
custos praticados por outras firmas do setor, excluem a possibilidade de
colusão entre essas firmas para elevar seus lucros.
Resolução:
O yardstick competition é um caso especial de regulação por incentivos. O
regulador utiliza parâmetros de desempenho preestabelecidos para montar
uma medida de comparação. Ele adota medidas de performance de
concessionárias em outra área, em geral, outro país no caso do Brasil. Há a
necessidade de determinar a fronteira eficiente como ferramenta para a
comparação dos desempenhos relativos e ainda uma mensuração do fator X
para o mercado que está sendo regulado. Assim, o regulador pode estimular a
eficiência por comparação.
Por outro lado, temos o método chamado de Benchmark Regulation é adotado
quando o regulador adota um modelo de outro país como referência
(benchmark) ou quando há um alto grau de assimetria de informação, com a
empresa detendo muito mais informação que o regulador. Dessa forma, o
regulador considera o desempenho de uma companhia com estrutura similar à
regulada e que, por hipótese, seja considerada eficiente. O regulador cobra
desempenho por comparação. A produtividade adicional obtida pelo agente
regulado é um benefício do regulador.
Observe que a questão misturou os conceitos. Ela queria falar sobre a
regulação por referência, mas acabou colocando entre parênteses um tipo de
regulação por competição.
Sendo assim, a questão está ERRADA.
Gabarito: E
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Questão 254
(CESPE – Especialista em Regulação – ANATEL – 2004) – Mecanismos de
regulação da qualidade e ajustes do price cap, que são exemplos de esquemas
de compensação a consumidores, embutem um incentivo automático porque,
além de o agente regulador não precisar conhecer os custos de ofertar um
determinado nível de qualidade, esses mecanismos, uma vez estabelecidos,
não mais exigem nenhum tipo de intervenção desse agente regulador,
reduzindo, assim, os custos de transação.
Resolução:
A regulação por price cap é um exemplo de esquema por incentivos. Esse
esquema do preço teto e também aquele que regula a qualidade necessita de
intervenções do regulador e, de tempos em tempos, há a necessidade de
revisão dos incentivos.
Sendo assim, a questão está ERRADA.
Gabarito: E
Questão 255
(CESPE – Especialista em Regulação – ANATEL – 2004) – Na regulação de
incentivos, que prevê planos de repartição de lucros e receitas (earnings
sharing regulation), a firma regulada e seus clientes partilham os ganhos
obtidos que excederem o objetivo fixado pelo regulador. Essa forma de
incentivo difere, pois, da regulação pela taxa de retorno porque permite que os
lucros da empresa regulada divirjam, significativamente, daqueles fixados pela
agência reguladora.
Resolução:
São vários planos de regulação possíveis. Temos ainda o compartilhamento de
lucros, o compartilhamento de receitas e a taxa de retorno com bandas.
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O compartilhamento de lucros e receitas obriga que a firma no caso de ter
lucros maiores, tenha que compartilhá-lo com seus clientes. Dessa forma, ela
tem incentivos a aumentar o seu lucro. Entretanto, quando há um
compartilhamento de receitas, se a empresa reduzir o seu custo, o lucro será
aumentado do mesmo valor e, portanto, metade desse aumento será dada a
seus clientes. Funciona como se fosse uma tributação sobre a receita adicional.
No entanto, há um incentivo para que a receita seja reduzida desde que não
ultrapasse o máximo permitido.
Como há uma redução dos incentivos para que a empresa aumente suas
receitas, esse tipo de regulação pode trazer efeitos maléficos sobre a qualidade
dos serviços.
Sendo assim, a questão está CERTA.
Gabarito: C
Questão 256
(CESPE – Especialista em Regulação – ANATEL – 2004) – A dissociação entre
os preços autorizados e os custos operacionais efetivos que prevalece na
regulação dos incentivos implica que, sob esse tipo de esquema regulatório, os
custos são superiores àqueles associados à regulação fundamentada na taxa
de retorno.
Resolução:
Em geral, na regulação por incentivos, os custos tendem a ser inferiores
àqueles obtidos quando a regulação ocorre por taxa de retorno.
Não é difícil verificar tal fato quando pensamos que na regulação por taxa de
retorno, o agente regulador irá permitir que todo o esquema de custos do
agente regulado seja remunerado a uma taxa previamente combinada. Logo,
se a taxa for interessante para o agente regulado, ele poderá incluir custos
desnecessários à firma para que consiga obter tal retorno.
Sendo assim, a questão está ERRADA.
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Gabarito: E
Enunciado para a Questão 257
Ainda acerca dos aspectos apontados no texto, julgue os seguintes itens,
relativos à microeconomia.
Questão 257
(CESPE – Especialista em Regulação – ANATEL – 2008) – Dentro da estrutura
de mercado oligopolista, tem-se, como ponto desfavorável, a formação de
cartéis, o que contraria o regular funcionamento da ordem econômica.
Resolução:
A formação de cartéis é um ponto desfavorável na estrutura do mercado
oligopolista, pois há um aumento artificial do preço dos bens transacionados.
Essa formação, realmente, contraria o funcionamento da ordem econômica.
Sendo assim, a questão está CERTA.
Gabarito: C
Questão 258
(ESAF – AFC – STN – 2005) – Com relação aos conceitos de equilíbrio em
Teoria dos Jogos, é correto afirmar que:
a) é impossível construir um jogo sem equilíbrio de nash.
b) no equilíbrio de nash, cada jogador não necessariamente estará fazendo o
melhor que pode em função das ações de seus oponentes.
c) qualquer que seja o jogo, somente existirá um equilíbrio de nash.
d) todo equilíbrio de estratégias dominantes também é um equilíbrio de nash.
e) não existe equilíbrio de nash em jogos não cooperativos.
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Resolução:
Nessa questão, vamos comentar cada uma das respostas.
a) É possível construir um jogo que não tenha equilíbrio de Nash puro e neste
exercício o examinador não questiona sobre equilíbrio com estratégia mista.
Logo, é possível e o jogo das moedas desenhado abaixo não existe equilíbrio
de Nash puro.
Jogador 2
Cara Coroa
Jogador 1
Cara -10; 10 10; -10
Coroa 10; -10 -10; 10
b) Esta é exatamente a definição de um equilíbrio de Nash, ou seja, cada
jogador faz o que é melhor para ele dado o que o outro fez e vice-versa.
c) Isto está errado e pode ser comprovado no jogo Batalha dos Sexos descrito
abaixo. Sem nenhum machismo, uma vez que esse jogo está presente em
vários livros sobre o assunto e vem sendo questionado nas provas recentes, o
jogo trata de um relacionamento de um casal. Onde o casal deseja estar junto
grande parte do tempo. Então a satisfação de os dois estarem em um
Shopping é igual a 1 para o homem e 2 para a mulher. A satisfação de os dois
estarem em uma partida de Futebol é 2 para o homem e 1 para a mulher.
Entretanto, se escolherem lugares distintos para passar a tarde de domingo,
ambos ficarão com satisfação zero. Dessa forma, existem dois equilíbrios de
Nash, que são as duas estratégias onde o casal se encontra junto.
Jogador 2 (mulher)
Shopping Futebol
Jogador 1
(homem)
Shopping 1; 2 0; 0
Futebol 0; 0 2; 1
d) Esta é a resposta, pois sempre que os dois jogadores possuírem uma
estratégia dominante, a encontro dessas estratégias é um equilíbrio de Nash.
e) Em jogos cooperativos existe equilíbrio de Nash também, o que torna a
assertiva falsa.
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Gabarito: D
Questão 259
(AFC – ESAF – 2000) – Considere o jogo abaixo representado na forma
estratégica na qual A e B são duas estratégias disponíveis para o jogador 1, a
e b são duas estratégias disponíveis para o jogador 2, e os payoffs do jogo
estão representados pelos números entre parênteses sendo que o número à
esquerda da vírgula representa o payoff do jogador 1 e o número à direita da
vírgula representa o payoff do jogador 2.
Jogador 2
a b
Jogador 1A (3,2) (0,0)
B (0,0) (2,3)
Com base nesse jogo, é possível afirmar que:
a) se o jogo for jogado seqüencialmente, sendo que o jogador 1 determina
inicialmente a sua estratégia e é seguido pelo jogador 2, que toma sua decisão
já conhecendo a estratégia escolhida pelo jogador 1, então, haverá mais de
um equilíbrio perfeito de subjogos
b) o jogo não apresenta nenhum equilíbrio de Nash
c) todos os equilíbrios de Nash do jogo acima são eficientes no sentido de
Pareto
d) todos os equilíbrios de Nash do jogo são equilíbrios com estratégias
dominantes
e) um equilíbrio de Nash para esse jogo ocorre quando o jogador 1 escolhe a
estratégia B e o jogador 2 escolhe a estratégia a
Resolução:
Este jogo é usualmente chamado de “batalha dos sexos”. É muito comum um
jogo como este nas provas de concurso.
Devemos proceder da seguinte forma:
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Quando o jogador 1 escolhe a estratégia A, a melhor resposta de 2 é a.
Quando o jogador 2 escolhe a estratégia a, a melhor resposta de 1 é A. Sendo
assim, a estratégia (A,a) é um equilíbrio de NASH.
Quando o jogador 1 escolhe a estratégia B, a melhor resposta de 2 é b.
Quando o jogador 2 escolhe a estratégia b, a melhor resposta de 1 é B. Sendo
assim, a estratégia (B,b) é um equilíbrio de NASH.
Podemos escrever as mesmas frases da seguinte forma sintética ( e é assim
que farei nos outros exercícios).
NASH de Equilíbrio B é 1 de MR b é 2 de MR B joga 1 Se
NASH de Equilíbrio A é 1 de MR a é 2 de MR A joga 1 Se
∴⇒⇒
∴⇒⇒
Portanto, o jogo acima possui dois equilíbrios de NASH.
Posicionando-se em uma estratégia considerada como equilíbrio de NASH, se
ao tentarmos melhorar a situação de um dos jogadores, necessariamente,
piorarmos a situação do outro, estaremos em um ponto de Pareto Ótimo.
Pensemos que a estratégia escolhida seja (A,a). Os dois jogadores não aceitam
passar para as estratégias (A,b) nem (B,a), pois estariam piorando seus “pay-
offs”. Entretanto, o jogador 2 prefere trocar a estratégia (A,a) pela estratégia
(B,b), mas o jogador não aceita, pois para melhorar a situação de 2,
necessariamente, a situação de 1 será piorada. Dessa forma, a estratégia (A,a)
é Ótimo de Pareto. De forma simétrica, a estratégia (B,b) será um Ótimo de
Pareto.
No entanto, as estratégias (A,b) e (B,a) não são Ótimos de Pareto porque os
jogadores aceitam passar para uma outra estratégia sem que percam nada em
seus “pay-offs”, ou seja, eles têm um aumento na satisfação sem que haja
uma redução da utilidade do outro.
Gabarito: C
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Questão 260
(ESAF – BACEN – 2001) – Considere o jogo representado pela matriz de
payoffs abaixo, na qual A e B são as estratégias disponíveis para o jogador 1 e
C e D são as estratégias disponíveis para o jogador 2:
Jogador 2
C D
Jogador 1 A (1,1) (0,0)
B (0,0) (2,2)
a) O jogo apresenta dois equilíbrios de Nash e dois equilíbrios com estratégias
dominantes.
b) A combinação das estratégias B e D é um equilíbrio com estratégias
dominantes.
c) O jogo apresenta dois equilíbrios de Nash e nenhum equilíbrio com
estratégia dominante.
d) O jogo não apresenta nenhum equilíbrio de Nash e nenhum equilíbrio com
estratégias dominantes.
e) A combinação das estratégias A e C é um equilíbrio com estratégias
dominantes, mas não é um
equilíbrio de Nash.
Resolução:
Assim como a maioria dos jogos apresentados em prova ultimamente, este
jogo é semelhante à batalha ds sexos.
NASH de Equilíbrio B é 1 de MR D é 2 de MR B joga 1 Se
NASH de Equilíbrio A é 1 de MR C é 2 de MR A joga 1 Se
∴⇒⇒
∴⇒⇒
Sendo assim, temos dois equilíbrios de NASH que são dados pelas estratégias
(A,C) e (B,D). Entretanto não há nenhum equilíbrio com estratégia dominante.
Uma estratégia é dominante quando independente do que o outro jogador
venha a escolher, você escolhe sempre a mesma estratégia. Se isso ocorrer
uma estratégia será declarada dominante, ou seja :
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Suponha que se o jogador 1 joga A, a melhor resposta de 2 é C. Se o jogador
1 jogar B e a melhor resposta de 2 for C, a estratégia C será dominante para o
jogador 2 porque independente do que o jogador 1 venha a fazer (joga A ou B)
o jogador 2 escolherá sempre C. Neste exercício isto não acontece, pois :
dominante estratégia temnão 1jogador B é 1 de MR D joga 2 Se
A é 1 de MR C joga 2 Se
dominante estratégia temnão 2jogador D é 2 de MR B joga 1 Se
C é 2 de MR A joga 1 Se
⇒
⇒
⇒
⇒
Dessa forma, o gabarito da questão é C, pois o jogo possui dois equilíbrios de
NASH e nenhum equilíbrio com estratégia dominante.
Gabarito: C
Questão 261
(ESAF – AFC – 2000) – Considerando a seguinte representação matricial de um
jogo:
Jogador 2
a b
Jogador 1A (2,1) (0,0)
B (0,0) (1,2)
Pode-se afirmar que:
a) o jogo possui dois equilíbrios de Nash com estratégias puras e dois
equilíbrios de Nash com estratégias mistas.
b) o jogo não possui nenhum equilíbrio de Nash.
c) o jogo possui dois equilíbrios de Nash com estratégias puras e nenhum
equilíbrio de Nash com estratégias mistas.
d) o jogo possui dois equilíbrios de Nash em estratégias puras e um equilíbrio
de Nash em estratégias mistas.
e) o jogo possui um equilíbrio de Nash com estratégias mistas e nenhum
equilíbrio de Nash com estratégias puras.
Resolução:
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NASH B é 1 de MR b é 2 de MR B joga 1 Se
NASH A é 1 de MR a é 2 de MR A joga 1 Se
∴⇒⇒
∴⇒⇒
Dessa forma, concluímos que o jogo possui dois equilíbrios de NASH com
estratégias puras. Façamos o equilíbrio de NASH com estratégias mistas, mas
para isso precisamos admitir algumas probabilidades, ou seja, α e β. Observe o
jogo abaixo descrito.
Jogador 2β 1-β
A b
Jogador 1
α A (2,1) (0,0)
1-α B (0,0) (1,2)
α é a probabilidade com que o jogador 1 joga a estratégia A para que o
jogador 2 seja indiferente entre jogar a e b;
β é a probabilidade com que o jogador 2 joga a estratégia a para que o jogador
1 seja indiferente entre jogar A e B.
Sendo assim, devemos fazer com que a utilidade do jogador 2 jogar a seja a
mesma de ele jogar b e daí conseguimos encontrar o valor de α.
( ) ( )
( )3
11
3
2
23
221
120101
22
=−⇒=
=⋅
⋅−=⋅
−+⋅=−⋅+⋅
=
αα
α
αα
αααα
ba UU
Analogamente,
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( ) ( )
( )3
21
3
1
13
12
110102
11
=−⇒=
=⋅
−=⋅
−⋅+⋅=−⋅+⋅
=
ββ
β
ββ
ββββ
BA UU
Dessa forma, existe um equilíbrio de NASH com estratégia mista.
Gabarito: D
Questão 262
(ESAF – BACEN – 2003) – Considere um jogo com dois jogadores: o jogador A
e o jogador B. Em jogo está uma premiação de R$ 10.000,00. Cada jogador
deve colocar em um papel, sem que o outro veja, um número real positivo
(maior ou igual a zero) qualquer. O jogador A será considerado vencedor caso
tenha escolhido o mesmo número que o jogador B. O jogador B será
considerado vencedor caso tenha escolhido um número igual à raiz quadrada
do número escolhido pelo jogador A. Caso haja apenas um vencedor ele fica
com todo o prêmio. Caso haja dois vencedores, o prêmio será dividido
igualmente entre eles. Com respeito a esse jogo pode-se afirmar que:
a) se o jogador A anuncia que vai colocar em seu papel o número 100, o
jogador B deve acreditar no jogador A e colocar o número 10 em seu papel.
b) o jogo apresenta dois equilíbrios de Nash.
c) o jogo apresenta uma infinidade de equilíbrios de Nash.
d) não é possível determinar os equilíbrios de Nash do jogo visto que não se
pode construir sua matriz de payoffs uma vez que há um número infinito de
estratégias disponíveis para cada jogador.
e) o jogo apresenta apenas um equilíbrio de Nash.
Resolução:
Esse jogo especificamente possui infinitas estratégias e, portanto, infinitos
resultados possíveis. Sendo assim, a sua resolução deve ser apenas teórica e
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sem grande formalização. Vamos discutir o que deve ser pensando para se
resolver o exercício.
Observe que os jogadores devem escolher um número (n) que pertença ao
conjunto dos números reais positivos, ou seja, +ℜ∈n .
Se o número n escolhido pelo jogador A (nA) for igual ao número escolhido por
B (nB), o primeiro ganhará o prêmio de R$ 10.000,00. Se o número escolhido
pelo jogador B (nB) for igual à raiz quadrada do número escolhido por A (nA),
o segundo será o vencedor. Se houver dois vencedores o prêmio será dividido.
Portanto, os “pay-offs” seriam os seguintes :
0000010
0000010
,. ganha R$ Jogador BnSe n
,. ganha R$ Jogador A nSe n
AB
BA
⇒=
⇒=
Vamos começar analisando o que está escrito no item A, que é uma dica para
se iniciar a questão.
Se o jogador A anunciar que vai colocar 100 no seu papel, ele está fazendo isto
para que B acredite em sua informação e coloque 10 no papel. Com essa
estratégia, A deverá anunciar que vai colocar 100, mas coloca 10, pois assim
ganharia o jogo. Como B sabe que A anuncia 100 para que B coloque 10 e A,
colocando 10 ganhe, B ao invés de colocar 10 no papel, coloca 10 . Entretanto,
A sabe que B sabe que ele deve estar mentindo e, portanto, acredita que B
não vai colocar 10 por achar que A vai colocar 10. Assim, como ele acredita
que B sabe disto, acha que B ao invés de colocar 10 vai jogar 10 no papel.
Dessa forma, A também deve jogar 10 . E esse raciocínio continua de forma
indefinida.
Dessa forma, temos que o par de estratégia (1,1) é um equilíbrio de Nash, pois
se A joga 1 e B joga 1, os dois ganham pois o número jogado é igual (vitória
de A) e a número lançado por B é igual à raiz quadrada do número escolhido
por A.
O outro equilíbrio de Nash possível seria quando o par de estratégias adotado
for (0,0).
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Sendo assim, o gabarito é a letra B, pois existem dois equilíbrios de Nash.
Gabarito: B
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QUESTÕES PROPOSTAS
Enunciado para as Questões 242 a 246
Com relação às características do setor de telecomunicações, inclusive no
aspecto relativo à fixação de esquemas regulatórios, julgue os itens
subseqüentes.
Questão 242
(CESPE – Especialista em Regulação – ANATEL – 2004) – O setor de
telecomunicações caracteriza-se pela existência de baixos custos fixos para as
redes de comunicação locais, o que facilita a entrada de novas concessionárias
nesse mercado e contribui, assim, para elevar os níveis de competição nessa
indústria.
Questão 243
(CESPE – Especialista em Regulação – ANATEL – 2004) – Um dos riscos
inerentes à regulação é a burocratização, em que recursos são despendidos em
longos processos litigiosos nos quais a empresa regulada retém a informação e
o regulador toma suas decisões, com grande dose de subjetividade,
aumentando, assim, o risco regulatório e a ineficiência do sistema de
telecomunicações.
Questão 244
(CESPE – Especialista em Regulação – ANATEL – 2004) – De acordo com as
políticas regulatórias adotadas pela ANATEL, a relativa assimetria entre
incumbentes e entrantes, em benefício dessas últimas, que estariam sujeitas a
menos obrigações no que diz respeito a restrições e metas a serem cumpridas,
supostamente deveria atenuar a vantagem competitiva das empresas já
estabelecidas estimulando, assim, a concorrência no setor.
Questão 245
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(CESPE – Especialista em Regulação – ANATEL – 2004) – No mercado de
telecomunicações, a provisão do serviço universal, associada a uma
intervenção pública reguladora do mercado imposta por motivos sociais,
representa uma forma de cooperação e de complementaridade entre o Estado
e o mercado.
Questão 246
(CESPE – Especialista em Regulação – ANATEL – 2004) – No setor de
telecomunicações, a regulação justifica-se, unicamente, pela existência de
monopólio natural, em razão de as inovações tecnológicas que caracterizam
esse setor ampliarem a importância das economias de escala de escopo na
determinação de tamanhos mínimos eficientes das empresas que atuam nesse
setor.
Enunciado para as Questões 247 a 256
A respeito dos esquemas de regulação, incluindo-se aqueles relacionados à
regulação de incentivos, julgue os itens a seguir.
Questão 247
(CESPE – Especialista em Regulação – ANATEL – 2004) – Em uma indústria
caracterizada pela presença de economias crescentes de escala, esquemas
regulatórios que fixam os preços ao nível do custo marginal provocarão deficits
para a firma regulada.
Questão 248
(CESPE – Especialista em Regulação – ANATEL – 2004) – Na regulação pela
taxa de retorno, a fixação de limites para os lucros da firma regulada incentiva
a empresa a baixá-los artificialmente, desestimulando, assim, a adoção de
estratégias que reduzam custos e aumentem os níveis de eficiência.
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Questão 249
(CESPE – Especialista em Regulação – ANATEL – 2004) – Na indústria de
telefonia, ao somar-se a taxa de crescimento da produtividade na fixação da
tarifa price cap (preço-teto), embute-se um mecanismo de incentivo que exige
que a firma regulada, no mínimo, acompanhe o ritmo de crescimento da
produtividade do setor, sob pena de ver seus lucros declinarem.
Questão 250
(CESPE – Especialista em Regulação – ANATEL – 2004) – Nos sistemas
regulatórios do tipo price cap, a empresa regulada deve fixar seus preços ao
nível daqueles fixados pela agência reguladora, implicando, dessa forma, a
nulidade de seus lucros.
Questão 251
(CESPE – Especialista em Regulação – ANATEL – 2004) – Um dos problemas
associados à regulação price cap é o fato de que, nesse tipo de regulação, os
preços fixados podem tornar-se inadequados ao longo do tempo em razão de
variações inesperadas na demanda e(ou) nos custos, incentivando as firmas a
reduzirem seus custos em detrimento da qualidade do serviço prestado.
Questão 252
(CESPE – Especialista em Regulação – ANATEL – 2004) – A regulação de
incentivos, forma modificada da regulação pela taxa de retorno, envolve
esquemas regulatórios que utilizam instrumentos tais como preços, impostos e
subsídios e encoraja as firmas reguladas a controlar custos e a adotar
tecnologias mais eficientes.
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Questão 253
(CESPE – Especialista em Regulação – ANATEL – 2004) – Esquemas de
regulação pelo desempenho (yardstick competition) — em que o desempenho
das firmas reguladas é aferido pela comparação com uma referência média
(benchmark) —, além de induzirem aumentos de produtividade e redução de
custos praticados por outras firmas do setor, excluem a possibilidade de
colusão entre essas firmas para elevar seus lucros.
Questão 254
(CESPE – Especialista em Regulação – ANATEL – 2004) – Mecanismos de
regulação da qualidade e ajustes do price cap, que são exemplos de esquemas
de compensação a consumidores, embutem um incentivo automático porque,
além de o agente regulador não precisar conhecer os custos de ofertar um
determinado nível de qualidade, esses mecanismos, uma vez estabelecidos,
não mais exigem nenhum tipo de intervenção desse agente regulador,
reduzindo, assim, os custos de transação.
Questão 255
(CESPE – Especialista em Regulação – ANATEL – 2004) – Na regulação de
incentivos, que prevê planos de repartição de lucros e receitas (earnings
sharing regulation), a firma regulada e seus clientes partilham os ganhos
obtidos que excederem o objetivo fixado pelo regulador. Essa forma de
incentivo difere, pois, da regulação pela taxa de retorno porque permite que os
lucros da empresa regulada divirjam, significativamente, daqueles fixados pela
agência reguladora.
Questão 256
(CESPE – Especialista em Regulação – ANATEL – 2004) – A dissociação entre
os preços autorizados e os custos operacionais efetivos que prevalece na
regulação dos incentivos implica que, sob esse tipo de esquema regulatório, os
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custos são superiores àqueles associados à regulação fundamentada na taxa
de retorno.
Enunciado para a Questão 257
Ainda acerca dos aspectos apontados no texto, julgue os seguintes itens,
relativos à microeconomia.
Questão 257
(CESPE – Especialista em Regulação – ANATEL – 2008) – Dentro da estrutura
de mercado oligopolista, tem-se, como ponto desfavorável, a formação de
cartéis, o que contraria o regular funcionamento da ordem econômica.
Questão 258
(ESAF – AFC – STN – 2005) – Com relação aos conceitos de equilíbrio em
Teoria dos Jogos, é correto afirmar que:
a) é impossível construir um jogo sem equilíbrio de nash.
b) no equilíbrio de nash, cada jogador não necessariamente estará fazendo o
melhor que pode em função das ações de seus oponentes.
c) qualquer que seja o jogo, somente existirá um equilíbrio de nash.
d) todo equilíbrio de estratégias dominantes também é um equilíbrio de nash.
e) não existe equilíbrio de nash em jogos não cooperativos.
Questão 259
(AFC – ESAF – 2000) – Considere o jogo abaixo representado na forma
estratégica na qual A e B são duas estratégias disponíveis para o jogador 1, a
e b são duas estratégias disponíveis para o jogador 2, e os payoffs do jogo
estão representados pelos números entre parênteses sendo que o número à
esquerda da vírgula representa o payoff do jogador 1 e o número à direita da
vírgula representa o payoff do jogador 2.
Jogador 2
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a b
Jogador 1A (3,2) (0,0)
B (0,0) (2,3)
Com base nesse jogo, é possível afirmar que:
a) se o jogo for jogado seqüencialmente, sendo que o jogador 1 determina
inicialmente a sua estratégia e é seguido pelo jogador 2, que toma sua decisão
já conhecendo a estratégia escolhida pelo jogador 1, então, haverá mais de
um equilíbrio perfeito de subjogos
b) o jogo não apresenta nenhum equilíbrio de Nash
c) todos os equilíbrios de Nash do jogo acima são eficientes no sentido de
Pareto
d) todos os equilíbrios de Nash do jogo são equilíbrios com estratégias
dominantes
e) um equilíbrio de Nash para esse jogo ocorre quando o jogador 1 escolhe a
estratégia B e o jogador 2 escolhe a estratégia a
Questão 260
(ESAF – BACEN – 2001) – Considere o jogo representado pela matriz de
payoffs abaixo, na qual A e B são as estratégias disponíveis para o jogador 1 e
C e D são as estratégias disponíveis para o jogador 2:
Jogador 2
C D
Jogador 1 A (1,1) (0,0)
B (0,0) (2,2)
a) O jogo apresenta dois equilíbrios de Nash e dois equilíbrios com estratégias
dominantes.
b) A combinação das estratégias B e D é um equilíbrio com estratégias
dominantes.
c) O jogo apresenta dois equilíbrios de Nash e nenhum equilíbrio com
estratégia dominante.
d) O jogo não apresenta nenhum equilíbrio de Nash e nenhum equilíbrio com
estratégias dominantes.
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e) A combinação das estratégias A e C é um equilíbrio com estratégias
dominantes, mas não é um
equilíbrio de Nash.
Questão 261
(ESAF – AFC – 2000) – Considerando a seguinte representação matricial de um
jogo:
Jogador 2
a b
Jogador 1A (2,1) (0,0)
B (0,0) (1,2)
Pode-se afirmar que:
a) o jogo possui dois equilíbrios de Nash com estratégias puras e dois
equilíbrios de Nash com estratégias mistas.
b) o jogo não possui nenhum equilíbrio de Nash.
c) o jogo possui dois equilíbrios de Nash com estratégias puras e nenhum
equilíbrio de Nash com estratégias mistas.
d) o jogo possui dois equilíbrios de Nash em estratégias puras e um equilíbrio
de Nash em estratégias mistas.
e) o jogo possui um equilíbrio de Nash com estratégias mistas e nenhum
equilíbrio de Nash com estratégias puras.
Questão 262
(ESAF – BACEN – 2003) – Considere um jogo com dois jogadores: o jogador A
e o jogador B. Em jogo está uma premiação de R$ 10.000,00. Cada jogador
deve colocar em um papel, sem que o outro veja, um número real positivo
(maior ou igual a zero) qualquer. O jogador A será considerado vencedor caso
tenha escolhido o mesmo número que o jogador B. O jogador B será
considerado vencedor caso tenha escolhido um número igual à raiz quadrada
do número escolhido pelo jogador A. Caso haja apenas um vencedor ele fica
com todo o prêmio. Caso haja dois vencedores, o prêmio será dividido
igualmente entre eles. Com respeito a esse jogo pode-se afirmar que:
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a) se o jogador A anuncia que vai colocar em seu papel o número 100, o
jogador B deve acreditar no jogador A e colocar o número 10 em seu papel.
b) o jogo apresenta dois equilíbrios de Nash.
c) o jogo apresenta uma infinidade de equilíbrios de Nash.
d) não é possível determinar os equilíbrios de Nash do jogo visto que não se
pode construir sua matriz de payoffs uma vez que há um número infinito de
estratégias disponíveis para cada jogador.
e) o jogo apresenta apenas um equilíbrio de Nash.
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Bibliografia
Eaton & Eaton – Microeconomia, Editora Saraiva – 3ª Edição, 1999.
Ferguson, C.E. – Microeconomia, Editora Forense Universitária – 8ª Edição,
1985.
Kupfer & Hasenclever – Economia Industrial, Editora Campus – 1ª Edição,
2002.
Laffont & Martimort – The Theory of Incentives – The Principal-Agent Model,
Princeton University Press – 1ª Edição, 2002.
Mankiw, N. Gregory – Introdução à Economia – Princípios de Micro e
Macroeconomia, Editora Campus, 1999.
Mas-Colell, Whinston & Green – Microeconomic Theory, Oxford University
Press, 1995.
Notas de Aula – Organização Industrial – Doutorado em Economia –
Universidade de Brasília.
Notas de Aula – Economia da Regulação – Doutorado em Economia –
Universidade de Brasília.
Notas de Aula – Organização Industrial – Doutorado na New York University.
Pindyck & Rubinfeld – Microeconomia, Editora MakronBooks – 4a Edição, 1999.
Tirole, Jean – The Theory of Industrial Organization – 1988 – MIT PRESS.
Varian, Hal R. – Microeconomia – Princípios Básicos, Editora Campus – 5ª
Edição, 2000.
Vasconcellos, M.A. Sandoval – Economia Micro e Macro, Editora Atlas – 2ª
Edição, 2001.
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Terminamos a nossa oitava aula do curso de exercícios. Como na aula anterior,
algumas questões possuem um enfoque de Regulação.
Já sei que vocês devem estar sentindo falta de questões, não é mesmo?
Entretanto, tive uma ideia enquanto fazia essa aula e tenho certeza que a
maioria esmagadora vai gostar. Já fizemos 262 questões de microeconomia e
nesse curso serão apresentadas 301 questões de micro. No entanto, a partir
da próxima aula passaremos para as questões de macro. Na 19ª aula
voltaremos para as 39 questões restantes de micro e iremos resolver várias
questões que serão aplicadas nesse ano de 2012. Assim, podemos ao final do
curso estar com as questões mais recentes resolvidas.
Abraços,
César Frade