Aula 1 - Aqueles tipos artistas - Integra do Livro.docx

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INTRODUOAQUELES TIPOS ARTISTASH algum tempo falei em uma conferncia numa igreja em FortLauderdale, cujo pblico era formado, em sua maioria, por pastorese lderes. Falei sobre a situao atual da msica e do futuro das artesna igreja. No entanto, minha paixo mais profunda ver artistas cristos vivendovidas ntegras e de carter verdadeiro. Assim sendo, mencionei algumaspalavras sobre carter e integridade. Falei muito pouco sobre isso, mas aindaassim houve uma avalanche de perguntas, todas lidando com a questo docarter e da integridade na vida dos artistas na igreja. Carter est, com rapidez,tornando-se a questo mais em voga entre os artistas de hoje na igreja.Para dizer a verdade, a grande parte das perguntas que me fazem sobre ministriode msica nunca tm a ver muito com msica. Elas se concentram emquestes de carter: como fazer com que o meu povo sirva com um verdadeirocorao de servo? Como posso promover a unidade na equipe? Como possofazer com que meus cantores ou meu pessoal de teatro tenham um bom relacionamentoentre si? O que devo fazer diante dos problemas de atitude de algunsdos meus msicos? O departamento de msica e outros ministrios relacionadoss artes tornaram-se um autntico foco dos principais problemas de carterna igreja. Vejo muitos ministrios de msica desintegrando se porque seuslderes fracassaram em lidar com essas questes.Pastores tm me ligado, frustrados, por verem esses problemas em suasequipes de msica. Nosso ministro de msica no ouve sugestes, eles dizem,ou ele no assimila bem as crticas que recebe. Ele no gosta de trabalharem equipe est mais interessado em fazer suas prprias coisas.Tambm ouo ministros de msica expressarem frustraes semelhantescom relao a seus colaboradores. Fulano um grande tecladista, mas muitodifcil de lidar, ou nosso vocalista principal vive tendo acessos de raiva eameaa sair do grupo uma vez por ms. Estamos apavorados porque no podemosperder nossPor muito tempo as igrejas ignoraram o problema, deixando de lado questesrelacionadas ao carter na vida dos artistas. Damos as costas a elas, esperandoque o problema acabe por si mesmo, mas ele no se resolve. Um pastor sentou-seao meu lado no nibus que nos levaria de volta ao hotel no encontro em FortLauderdale e disse algo muito revelador: eu simplesmente deixo esses tipos artistassozinhos. Eles esto meio fora do ar no seu pequeno mundo.O que ele quis dizer com esses tipos artistas? Como saber se voc umdesses tipos artistas? Se voc ama msica, teatro, arte, filmes, fotografia, dana,som, iluminao, se ama fazer coisas artsticas cantar, tocar, representar, escrever,criar ou expressar-se h uma boa chance de que voc tenha algum tipode veia artstica, grande, pequena ou razovel. Voc pode ser algum tentandouma carreira ou algum que desenvolva uma atividade desse tipo como umpassatempo. Talvez o mximo do seu envolvimento com artes seja cantar naltima fileira do coro da igreja. Voc pode ser um amador ou um profissional.Pode ser algum que no tenha medo do pblico, uma pessoa criativa, ouambos. Talvez trabalhe com artistas ou viva com um, e queira compreenderum pouco melhor sobre ns, tipos artistas.Infelizmente, h certos esteretipos negativos vinculados a pessoas comtemperamento artstico. Alguns dizem que somos temperamentais e excntricos.Outros acham que somos difceis e estranhos. Alguns podem dizer quesomos mal-humorados e instveis emocionalmente. Outros nos vem comoindependentes, ardilosos e indisciplinados. Muitas desculpas so dadas s limitaesdo temperamento artstico, mais do que para qualquer outro temperamento.O problema ocorre quando ns artistas incorporamos essas desculpase as usamos para justificar nossos comportamentos inadequados.Os esteretipos negativos so injustos porque nem todas as pessoas quetm dons artsticos encaixam-se na descrio. Meu filho contou-me outro diaque, na escola, estava aprendendo sobre quo estranhos so os artistas. Na aulasobre histria da msica, o que mais o impressionou foi que Beethoven tinha umgnio to ruim que fazia escndalo num restaurante se a comida no viesse comopediu; que as mulheres jogavam a chave de seus quartos em Franz List no palco,e que Wagner era um homem astuto, com uma viso anti-semita muito forte.Uma vez que tantos dos msicos sobre os quais ele estava aprendendo erammuito estranhos, isso me fez imaginar o que ele pensava a meu respeito!

O TEMPERAMENTO MELANCLICOPor muitos sculos, estudiosos tm se fascinado pelo temperamento artstico.Isso comeou com os gregos antigos, que dividiram a personalidadehumana em quatro categorias: colrica, sangnea, fleumtica e melanclica.Aristteles dizia que todos os homens extraordinrios, de destaque na filosofia,na poltica, na poesia e nas artes so evidentemente melanclicos.1 Comoconseqncia, pessoas com inclinao artstica foram rotuladas de melanclicas,o que de certo modo incorreto, uma vez que nem todos os artistas sopredominantemente melanclicos. Conheo poucos que tm alguma tendnciapara a melancolia, e outros que no so assim de modo algum.Na Idade Mdia, a melancolia era considerada uma enfermidade fsica ea igreja a comparava ao pecado da indolncia.2 Contudo, durante oRenascimento, a melancolia experimentou um retorno e passou a ser vistacomo um dom divino. A Astrologia desempenhou um papel importante nopensamento Renascentista. O comportamento de uma pessoa era determinadoem seu nascimento pela conjuno de seu planeta com outros corpos celestes.Saturno era o planeta dos melanclicos. Algum nascido sob a influnciade Saturno seria sadio e capaz de raras conquistas ou doente e condenado estupidez e inrcia.3 A capacidade para raras conquistas fez do temperamentomelanclico o temperamento da moda durante o Renascimento. Defato, h registros atestando que uma verdadeira onda de comportamento melanclicovarreu a Europa no sculo XVI.4 Quanto mais excntrico era oartista, mais era considerado um gnio.Independentemente dessa viso exagerada que prosseguiu durante o perodoRomntico, o temperamento melanclico sempre teve seu lado negativo.Mesmo num perodo quando esteve em voga, havia os que expressavampreocupao com relao a ele. Escrevendo no ano de 1586, Timothy Brightdescreveu a pessoa melanclica como:fria e seca; de cor negra e morena; em essncia inclinada insensibilidade;de corpo magro e esguio... de memria razoavelmente boa se os pensamentosno lhe alteram; firme nas opinies, e raramente demovida de suasresolues; antecipadamente duvidosa, demorada para tomar decises; desconfiada,dedicada ao extremo aos estudos e circunspecta; dada a sonhosterrveis e assustadores, triste por natureza e cheia de temores, que raramentefica irada, mas que capaz de manter sua ira por muito tempo, e dedifcil reconciliao; invejosa e ciumenta, que toma partido da parte maisfraca, e que apaixonada alm da medida. Destas duas disposies demente e corao surgem a solido, a lamentao, o pranto... o suspirar, osoluar, o queixume, o semblante cado, a vergonha e o acanhamento; depassos lentos, silenciosas, negligentes, recusando a luz e a presena doshomens, deleitando-se mais no isolamento e na obscuridade.5Mesmo hoje h um certo estigma vinculado ao temperamento melanclico.Sempre que leio sobre temperamentos, o melanclico sempre abordadocom muita ambivalncia. Os outros trs aparecem cheirando como a uma rosa,enquanto que o temido melanclico soa horrvel. Somos, na maioria das vezes,vistos como demasiadamente analticos, mal-humorados, insociveis esupersensveis. O que mais me incomoda que se voc rotulado como melanclico,automaticamente pressupe-se que seja um sujeito emocionalmentedesajustado.

REIVINDICANDO O TEMPERAMENTO ARTSTICO PARA CRISTOCreio que Deus redimiu o temperamento artstico. Se voc est emCristo uma nova criatura. As coisas antigas j passaram, eis que tudo se feznovo (2 Co 5.17). Em Cristo possvel um artista ser cheio do Esprito,bem ajustado e transformado. Imagine o que Deus pode fazer com um temperamentoartstico que esteja completamente entregue a Ele. Ele no olhapara ns como esses estranhos tipos artistas. Afinal, Ele nos fez. Ele nosama e nos compreende.Admito que sejamos um pouco diferentes, mas trata-se de uma diferenapositiva. Os artistas vem as coisas de um modo diferente daqueles que no soartistas. Ns notamos os detalhes; apreciamos variao e beleza. Algumas pessoaspodem olhar para o cu noite e tudo o que vem um punhado de estrelas.Mas um artista olha para ele e v beleza e significado. Artistas querem sentar sobas estrelas e absorver tudo o que conseguem enxergar. Querem pintar um quadrodisso ou escrever uma cano ou um poema. Debussy foi to tocado pelo cu danoite quando escreveu Clair de Lune. Van Gogh foi inspirado por ele e pintouNoite Estrelada. O rei Davi foi um artista que olhou para o cu noite e escreveuisto: Quando contemplo os teus cus, obra dos teus dedos, e a lua e as estrelasque estabeleceste, que o homem, que dele te lembres? E o filho do homem, queo visites? (Sl 8.3-4).Artistas respondem s coisas de modo diferente dos que no so artistas.Temos a tendncia de sermos mais sensveis. E tudo bem ser assim. comoDeus nos fez. Em Efsios, Paulo fala sobre termos os olhos de nossos coraesiluminados (1.18). Pessoas sensveis tm muito corao. Vemos as coisas demaneira diferente porque sentimos de modo mais profundo. Em Janelas daAlma, Ken Gire escreve: aprendemos com os artistas, com os que trabalhamcom pintura ou palavras ou notas musicais, com aqueles que tm olhos e ouvidospara ouvir; e coraes que sentem profunda e apaixonadamente tudo que sagrado e precioso para Deus.6Por este motivo, os artistas freqentemente pronunciam-se contra a injustia,as desigualdades e a hipocrisia. Eles abraam a causa dos que estosofrendo. Eles nos fazem mais sensveis para com os perdidos e solitrios e condio dos oprimidos. Todos os que possuem um temperamento artsticoouviram em algum momento de suas vidas que deveriam desenvolver umacerta insensibilidade. Isso uma bobagem! O mundo no precisa de mais pessoasinsensveis. Precisa de mais pessoas que sejam sensveis e ternas. Voc jchegou s lgrimas ouvindo uma pea musical vigorosa ou ficou fascinado poruma bela obra de arte? Voc j foi tocado pela cena de um filme? Tudo isso porque um artista sentiu algo em profundidade e comunicou isso de umamaneira muito poderosa, ao ponto de tocar sua alma e corao.

AS ARTES NA BBLIAVamos examinar rapidamente o que a Bblia tem a dizer sobre as artes eos artistas. Alm de ser a infalvel Palavra de Deus e um agente de transformaode vidas, a Bblia em si mesma uma obra de arte. Pessoas por toda aHistria a tem estudado como exemplo de literatura requintada. Um dessesestudiosos foi Frank E. Gabelein, que escreveu: um fato que, acima e almde qualquer outra pea da literatura mundial, de Homero a Virglio, Dante,Cervantes, Shakespeare, Milton e Goethe, a Bblia tem sido o livro mais plenamentereconhecido como notvel.7A Bblia rica em seu uso artstico da metfora. Meu exemplo favorito o ltimo captulo de Eclesiastes, onde o processo de envelhecimento tratadometaforicamente e comparado a uma casa: No dia em que tremerem os guardasda casa, os teus braos, e se curvarem os homens outrora fortes as tuaspernas, e cessarem os teus moedores da boca, por j serem poucos, e se escureceremos teus olhos nas janelas; e os teus lbios, quais portas da rua, se fecharem;no dia em que no puderes falar em alta voz, te levantares voz das aves,e todas as harmonias, filhas da msica, te diminurem (12.3-4).Os guardas da casa que tremem referem-se s mos que vibram quandoalgum envelhece. Os moedores referem-se aos dentes e nossa propenso deperd-los quando envelhecemos. A perda de nossa viso descrita como olhar poruma janela e ter a imagem se escurecendo. Outras referncias como a curvar-se,perder a audio e ter insnia esto todas includas nessa inteligente analogia. Emvez de descrever o processo de envelhecimento usando termos clnicos, o autorapela para nossa imaginao, e ao fazer isso, nos faz sentir a tristeza de envelhecer.A Bblia tambm contm poesia escrita com uma grande dose de habilidadee sofisticao. Os Salmos, J e Cantares so os mais notveis exemplos depoesia bblica.O teatro mencionado pela primeira vez na Bblia quando Ezequiel instrudo para representar uma pea, descrevendo o cerco de Jerusalm. Eledesenhou a silhueta da cidade usando-a como um cenrio familiar (Ez 4).Jesus muitas vezes falou em parbolas, contando estrias intrigantes e pitorescas,com um belo contedo teatral.As artes visuais tiveram um papel importante na construo do tabernculo(x 31.1-11). Francis Shaeffer chama a ateno para o fato de que o tabernculoenvolvia toda forma de representao artstica conhecida pelo homem.8 Asartes visuais tambm desempenharam um enorme papel na construo do templo.De fato, o templo foi decorado com esculturas e gravuras da mais altaqualidade (1 Rs 6.15-36; 7.23-39; 1 e 2 Cr 3.5-7; 4.1-7). Em 1 Reis 6.4, lemosque Salomo fez janelas com molduras artsticas. Alguns dos trabalhos dearte no templo, como certas colunas, no tinham utilidade (2 Cr 3.15-17). Eraa beleza pela beleza.A msica tambm mencionada freqentemente na Bblia. Cantar era parteintegrante da cultura Hebraica. O livro de Salmos , na verdade, um hinrio quecontinuamente exorta-nos a cantar ao Senhor (Sl 149.1). A nao de Israel noapenas cantava durante o perodo de adorao; eles cantavam enquanto trabalhavam(Nm 21.16-18). Davi cantou uma cano que escreveu quando da morte deSaul e Jnatas (2 Sm 1.19-27). E ao folhearmos as pginas do livro de Apocalipse,fica bvio que estaremos cantando, e muito, no cu (19.1-8).H tambm muita msica instrumental na Bblia. A palavra selah queaparece por todo o livro de Salmos (setenta e uma vezes, para ser exato) referesemuito provavelmente a um interldio instrumental entre estrofes ou seesde msica vocal. As trombetas eram utilizadas para convocar a nao de Israelpara reunies, para levantar acampamento, em festas, comemoraes, durantea adorao, e em campanhas militares (Lv 23.24; Nm 10.1-10; 29.1; Js 6.20;Jz 3.27; 6.34; 7.19-22; 1 Sm 13.3; 2 Sm 2.28; 15.10; 18.16; 1 Rs 1.34; 2 Rs9.13; Sl 150.3). As trombetas tambm iro anunciar a segunda vinda de Cristoe a ressurreio dos mortos (Mt 24.31; 1 Co 15.52). Outros instrumentosmencionados incluem a flauta, a lira, a harpa, e vrios instrumentos de percusso(1 Sm 10.5; 1 Rs 1.40; 1 Cr 25.1; Sl 45.8; 92.1-3; 150.3; Mt 9.23).A dana tambm est includa na Bblia. O Salmo 149.3 diz: Louvem oseu nome com danas. O Salmo 150.4 tambm diz: louvai-o com adufes edanas. Miri liderou as mulheres num louvor com dana em x 15.20. Adana era tambm parte das boas-vindas de volta para casa dos soldados, vindosda batalha. (Jz 11.34). Houve canto e dana quando Davi derrotou Golias(1 Sm 18.6) e Davi danou diante do Senhor quando trouxeram de volta aarca da aliana (2 Sm 6.14-15).

ARTISTAS NA BBLIATalvez eu seja tendencioso, mas penso que Deus tem um lugar especialem Seu corao para artistas, porque muitos so mencionados na Bblia. Serum artista foi uma das primeiras ocupaes registradas nos dias do AntigoTestamento, juntamente com a agricultura e a indstria (Gn 4.21). H vriasreferncias a grupos de msicos (Ne 10.28-29; Sl 150.3-5) e outros artistas (x31.2-6; 35.30-35). A equipe de adorao servindo no templo durante o reinadode Davi era composta de 288 vocalistas (1 Cr 25.7). Um dos julgamentosfeitos Babilnia no livro de Apocalipse foi o de que a vida seria destituda dariqueza que os artistas trazem a ela (18.22).Muitos artistas so mencionados pelo nome nas Escrituras. No podemosmencionar todos, assim sendo, falarei apenas de alguns. Davi foi um msicoe compositor talentoso (1 Sm 16.18), algum que descrito como um homemsegundo o corao de Deus (1 Rs 4.32). Quenanias foi um grande cantor e umregente (1 Cr 15.22). H um grupo de msicos em 1 Crnicas que chamo depercussionistas cantores. Seus nomes eram Asafe, Hem e Et (15.16-19), eeles eram vocalistas que davam o ritmo a todos ao tocar os pratos. Bezalel eraum artista visual extremamente dotado (x 35.30-33).

O PODER DAS ARTESAs artes podem ser extremamente poderosas. Podem despertar-nos paraa verdade e mudar nossas vidas. Em 1 Samuel 10, Saul foi exposto a um grupode msicos que possuam um poderoso ministrio proftico. A ministraodeles afetou to profundamente a Saul que ele tornou-se um outro homem(v. 6). Este o poder das artes! Quando o oratrio O Messias estreou emLondres, Lord Kinnoul parabenizou Handel aps o excelente entretenimento.Como muitos de ns, Handel arrepiou-se ao pensar em sua msica comomero entretenimento. Meu senhor, eu lamentaria muito se apenas os tivesseentretido. Eu gostaria de torn-los melhores, disse ele.9As artes podem ter um poderoso impacto se forem produzidas na unoe no poder do Esprito Santo. Deus usou um msico ungido para abrir ocorao de Eliseu profecia, de uma maneira poderosa (2 Rs 3.15). Do mesmomodo, uma pea artstica inspirada nas mos de um artista ungido pode serextremamente poderosa. Uma cano ungida, cantada por um intrprete cheiodo Esprito Santo, resulta em um santo momento. Ns, artistas cristos, nopodemos fazer o que fazemos dissociados Daquele que nos dotou. Nunca esqueamosque a nossa mensagem no est nas demonstraes atrativas e superficiaisde nosso prprio talento, mas na demonstrao de poder do Esprito(1 Co 2.4). Um tema que permeia todo o livro de Esdras o de que a mo deDeus estava sobre ele em tudo o que fazia. Precisamos da poderosa mo doSenhor sobre ns artistas hoje.

AS ARTES NA IGREJAQue tipo de atitude deveramos ns artistas ter para com a igreja? Precisamosam-la como noiva de Cristo. Independentemente de todas as suas falhas(especialmente as que dizem respeito s artes e aos artistas), a igreja ainda instrumento de Deus para redimir um mundo perdido. Charlie Peacock, um produtore compositor cristo norte americano diz: artistas verdadeiros se propem aamar a igreja, a despeito da indiferena e da oposio ao trabalho que fazem. Emboraa indiferena seja inimiga deles, eles a separam do irmo e da irm que estoseduzidos por ela. Esto ansiosos em achar seu lugar no Corpo e no se consideramisentos da comunho e das responsabilidades na igreja. Eles a amam e fazem opossvel para edific-la, pois como amar a Cristo e odiar a Sua igreja?10Vivemos em um tempo, no entanto, quando muitos artistas no do amnima para a igreja. At mesmo artistas cristos. Quando pensamos em nossaarte impactando o mundo, na maioria das vezes no pensamos em fazer issoatravs da igreja local. Ou se pensamos, vemos a igreja como um trampolimpara algo com um pblico maior.Por exemplo, h uma gerao inteira de jovens crescendo agora mesmocom a idia de que um verdadeiro ministrio de msica no est na igreja, masna indstria da msica crist. De fato, quando ouvem o termo artista cristo,a maioria das pessoas pensa que isso se refere a algum na indstria. Noentanto, o contralto no coral da igreja, o ator cristo de um grupo de teatro nacongregao, e o professor de arte convertido, so muito mais artistas cristosdo que algum na indstria. Essa opinio no me faz ter amigos na indstriada msica crist: voc alguma vez j pensou se essa indstria foi realmente aprimeira opo de Deus para alcanar um mundo perdido, ou se ns, em nossacomunidade, no teramos abdicado desse privilgio porque no tivemos aviso do quo poderosa a msica poderia ser na igreja? No estou dizendo quea beno de Deus no esteja sobre a indstria da msica crist. Ela tem produzidomuitos frutos e tem tocado a vida de muitos ainda hoje. Esse impacto, noentanto, no se perderia pelo fato de artistas cristos estarem concentrandoseus ministrios para dentro da igreja ou para o mercado secular.queles que so msicos, tenho que dizer que se esto fazendo msicacrist mas realmente gostariam de estar fazendo algo mais (como acontecerna indstria), no faam msica crist. Faam outra coisa. Isso serve para todosns artistas. No veja a igreja como um trampolim para algo mais importante.Quero ter o cuidado para que as pessoas no concluam que acho que aigreja o nico caminho aceitvel onde um cristo pode usar seus talentosdados por Deus. Voc precisa encontrar o pblico certo para o seu trabalho eesse pode nem sempre ser a igreja local. Nem toda obra artstica se encaixaapropriadamente ao culto cristo. Devemos estar usando nossos dons na igrejae no mundo. Necessitamos de mais artistas cristos no mercado secular. Precisamosde mais msicos, atores, escritores, poetas, pintores e diretores talentososl fora no mundo, impactando nossa cultura para Cristo. Somos o sal da terra(Mt 5.13). Nossa luz precisa brilhar de tal modo que as pessoas vejam nossasboas-obras e sintam-se atradas para o Senhor (Mt 5.16). Louvo a Deus porquealguns de nossas msicos cristos esto atuando no mercado secular. Elesesto influenciando nossa cultura atual. Meu conselho a jovens artistas hoje de que considerem a igreja e/ou o mundo como pontos de partida para o seutrabalho. No se acomode na indstria da msica crist ou em qualquer outrocampo que restrinja voc e sua arte a uma subcultura crist.Estou envolvido no ministrio de msica por mais de vinte e cinco anos, econfesso que, em alguns dos pontos mais difceis, ao longo do caminho, quisdesistir. Mas, quando pensava em fazer outra coisa de minha vida, nada chegavasequer perto, a ponto de cativar minha paixo. Isto o que Deus me chamoupara fazer. Deus me colocou aqui neste mundo para fazer msica crist! Minhamisso na vida contribuir para o avano da msica na igreja. Voc no precisatrabalhar numa igreja para amar a igreja. Deus est, atravs dela reconciliandopara Si um mundo perdido, e convida voc e eu para sermos uma parte desteministrio da reconciliao (2 Co 5.18). A igreja a esperana do mundo.Servir a Deus na igreja local um chamado nobre e sublime.Ns precisamos de artistas na igreja hoje que tenham paixo pelo poderdas artes. A passagem que descreve o meu ministrio pessoal 1 Co 14.24-25:porm se todos profetizarem, e entrar algum incrdulo, ou indouto, ele portodos convencido, e por todos julgado, tornam-se-lhe manifestos os segredosdo corao, e, assim, prostrando-se com a face em terra, adorar a Deus, testemunhandoque Deus est de fato no meio de vs.Eu amo essa passagem porque ela descreve uma experincia ministerialque to poderosa que todos sabem que de Deus. Oua como ela afeta ataos no-cristos: eles so convencidos do pecado; tornam-se vulnerveis e encarama verdade a respeito de si mesmos; eles so atrados a Deus; e finalmente,vo embora balanando suas cabeas admirados e exclamando: Realmenteh um Deus! E Ele certamente est entre vocs! Quando Deus unge as artes,h um poder tremendo liberado por Ele para penetrar nos coraes, mentes ealmas. Ns, como povo de Deus, no devemos perder de vista o quo poderosasas artes podem ser na igreja.Vamos observar como as artes podem ser utilizadas na igreja local, examinandoo seu papel na adorao, no evangelismo, no encorajamento e na celebrao.

AdoraoO Novo Testamento enfatiza a adorao comunitria. Em Efsios 5.19 eColossenses 3.16 a igreja primitiva instruda a cantar salmos, hinos e cnticosespirituais Leland Ryken destaca o fato de que msica no Novo Testamento...no mais sacerdotal ou profissional. Ela solidamente social, congregacional eamadora.11 A obra do ministrio no era mais feita por uns poucos profissionaisem tempo integral. responsabilidade de todo cristo cheio do EspritoSanto fazer a obra do ministrio (Ef 4.11-13; 1 Pe 2.5-9). Isto um subprodutona nova aliana da filosofia do sacerdcio de todos os cristos.Nestes dias um grande nmero de igrejas est experimentando uma adoraodirigida pelo Esprito, a qual tem acrescentado riqueza vida da igreja.As artes podem facilitar a adorao de uma maneira poderosa. Uma cano deadorao que emocione, uma pea teatral tocante, uma leitura dramtica, umadana expressiva, uma pea de arte visual que fascine, todas essas expressesartsticas podem proporcionar aqueles momentos santos quando, como corpode Cristo, experimentamos a realidade da presena de Deus.O ressurgimento da adorao infelizmente reacendeu controvrsias quecada congregao local tem que tratar. Por exemplo, a questo da adoraoespontnea contra a adorao planejada, tem feito com que pessoas tomempartido ao lado do estilo que entendem ser mais espiritual. As Escrituras nosdo exemplo de ambos. Quando a nao de Israel cruzou o Mar Vermelho,bem ali na margem eles irromperam em adorao espontnea que incluiu canto,instrumentos e dana (x 15). Por outro lado, o tempo de adorao queacompanhou a dedicao do templo foi minuciosamente organizado ecoreografado (2 Cr 5.11; 7.7).A controvrsia do tradicional versus o contemporneo apresenta-se tambmna igreja que deseja crescer em adorao. Tenho observado dois extremos:igrejas que jogam fora os velhos hinos em favor de canes de adorao contemporneas,e igrejas que se agarram to firmemente a esses velhos hinos que noconsideram a possibilidade de usar as canes de adorao novas. A igreja doNovo Testamento era uma mistura saudvel de ambos. 1 Tm 3.16 um exemplode uma daquelas novas canes de adorao da igreja primitiva, mas os cristoseram tambm instrudos a cantar os velhos salmos (Ef 5.19; Cl 3.16).Tenho tambm visto igrejas ficarem mais rgidas com relao ao louvor,insistindo que todas as formas de adorao sejam dirigidas a Deus. Em outraspalavras, elas cantam somente canes para Deus e no a respeito Dele. Entendoque esta seja uma tentativa de personalizar a adorao e concentr-la noSenhor, e isso bom. Somos instrudos a cantar ao Senhor (Sl 33.3), mas nocreio que devssemos ser dogmticos acerca disto, porque assim eliminaramosmuitas canes de adorao que so muito boas e que podem verdadeiramenteedificar a igreja. Alm disso, o que muitos crem que sejam fragmentos dehinos encontrados nas Escrituras (Ef 5.14; Fl 2.6-11; Cl 1.15-20) so sobre oSenhor e no esto sendo cantados para Ele.

EvangelismoAs artes podem ser especialmente eficazes no evangelismo porque muitasvezes refletem a fome e a busca do ser humano por Deus. John Fischer, em seulivro O que que estamos fazendo? diz que: muito da arte de no cristosatentos expressa um anseio por Deus. Fischer continua dizendo que quandoartistas penetram em suas cores ou nas notas da partitura, envolvem-se nodesenvolvimento de solues numa bandeja em um quarto escuro ou nofluir das palavras numa pgina, esto interagindo com a eternidade que Deuscolocou em seus coraes. Esto tentando ser significantes em seu universo tentando representar algo mais que a coliso aleatria de molculas. Emboraa filosofia moderna diga a eles que no so coisa alguma, seus coraes lhesdizem algo mais. Pelo fato de suas mentes no conseguirem sondar o queseus coraes sabem, eles sentem o peso de um fardo colocado por Deus. Aarte muitas vezes parece irracional, porque o corao est alcanando almda mente. Um museu de arte moderna expe o corao alcanando alm doque a mente conhece, tentando encontrar o significado de sua existncia.12Realmente, pessoas esto ansiando por Deus, e ns artistas podemos ajudara conduzir os que O buscam at Ele. Jamais questionaria o potencialevangelstico de uma adorao dirigida pelo Esprito. O Salmo 40.3 diz quequando adoramos, isso faz com que muitos voltem-se para Cristo. No entanto,como algum que tem gasto grande parte de seus anos de ministrio numa igrejavoltada para os de fora, eu pediria s igrejas que considerassem o uso das artescomo estratgia de evangelismo. Elas podem desempenhar um papel significativono alcance dos no-cristos. Tenho um nmero incontvel de pessoas quecontam-me que comearam a vir ao culto da igreja porque gostaram da msica.Isto posto, no entanto, devo tambm dizer que necessrio haver um grandecuidado, a fim de selecionarmos as expresses artsticas com as quais as pessoasde fora possam identificar-se. Quando Paulo quis identificar-se com no-cristos,ele saiu de sua rota, para falar com eles onde estavam. Em Atenas ele usouos escritos dos poetas e filsofos seculares do prprio povo para apresentar oEvangelho (Atos 17.28). Ele usou suas artes, a expresso de sua cultura popular,a fim de alcan-los. Sem falar com nossos amigos e vizinhos como se fssemossuperiores a eles, devemos aprender a como nos relacionarmos com uma culturaps-moderna e falarmos de modo a sermos compreendidos por eles. Eu evitarialetras de msica que tm muito evangeliqus que as pessoas de fora no entenderiam.Evitaria tambm msicas ou peas que tratem questes srias da vida deforma trivial. Se voc tem como alvo os de fora, certifique-se de que est falandouma linguagem que eles podem entender claramente.

EncorajamentoAs artes podem encorajar e edificar a igreja. Msica, teatro, dana, literaturae artes visuais podem encorajar algum que esteja abatido, algum que estejacom lutas em sua caminhada com Cristo, algum que esteja enfrentando provase tentaes. Davi ministrou a Saul ao tocar sua harpa, e isso o encorajou e reanimou (1 Sm 16.23). Tanto J quanto Davi falaram em Deus dando canes nanoite, encorajamento para os tempos de escurido (J 35.10; Sl 42.8 e 77.6).Nunca devemos perder de vista as pessoas e suas necessidades. A igreja podeusar-nos para levar encorajamento queles que necessitam de um toque de Deus.Adoro quando um hino ou uma cano de adorao ficam em minhamente depois de hav-los escutado, e a letra uma jia da Palavra de Deus queministra minha vida por todo o dia. Isto me faz lembrar o salmista que diz:os teus decretos so motivo dos meus cnticos! (119.54). Tive essa experinciaa primeira vez em que ouvi a msica Buscai Primeiro, baseada em Mt6.33. No conseguia tir-la da minha cabea e no queria. Sou uma pessoadiferente e com uma outra atitude quando a Palavra de Deus permeia o meucorao. As artes podem fazer com que isso acontea.As artes so especiais na identificao com a dor das pessoas e naministrao da verdade da Palavra de Deus com sensibilidade. H ocasiesquando um pregador fala s paredes. Pegue esta mesma mensagem e coloquenela uma linda melodia ou qualquer outra forma de arte, e ela toca as pessoas.Isto deve-se ao fato de que as artes falam ao corao. Se voc realmente querencorajar pessoas na igreja, permita que as artes o auxiliem nisso.

CelebraoAssim como as artes desempenharam um papel importante na nao deIsrael celebrando eventos especiais como a travessia do Mar Vermelho ou adedicao do tabernculo e do templo, as artes podem ter o papel preponderantede ajudar a igreja a celebrar. No estou falando de celebrar apenas oNatal ou a Pscoa. Ns, na igreja local, poderamos celebrar muito mais doque normalmente celebramos. Ns, dentre todas as pessoas, temos muito oque celebrar. Batismos, aniversrio da igreja, a fidelidade de Deus e as respostass oraes, so todos bons motivos para celebrar. No espere at o Natal oua Pscoa. A igreja deveria organizar mais festas, e quando fizssemos, deveramosremover todas as barreiras e celebrar! Que maneira melhor de festejar quedeixar as artes correndo soltas com a criatividade, visando a honrar a Deus.Na noite de ano novo de 1989, Leonard Bernstein regeu a Nona Sinfoniade Beethoven que celebrava a queda do Muro de Berlim. Em seu livro Cartasao Meu Filho, Kent Nerburn conta que estava assistindo ao concerto pela TV,e o quanto foi tocado pela msica.Os instrumentos cantavam em unssono. A msica elevou-se e expandiuse,tornando-se pura emoo.Lgrimas escorreram de meus olhos. Chorei incontrolavelmente. Foi maisdo que eu era, e mais do que jamais poderia ser. Foi uma cura, um testamentodo que de melhor e pior somos. Foi uma confisso, uma celebrao.Foi o que somos de mais humanos.Ao final do concerto, eu havia sido transformado. Um momento de belezaabrupta havia invadido meu viver dirio. Embora estivesse a uma distnciaeletrnica, havia presenciado um daqueles momentos que somente a artepode oferecer, quando seres humanos geram algo do nada, e o vestem demajestade e beleza que parecem rivalizar com as vises dos deuses.13Este o poder da arte, e a pessoa que no o experimentou est viva apenaspela metade.

DIAS ESTIMULANTES PARA AS ARTESEstes so dias estimulantes para as artes na igreja porque Deus est despertando-a para o potencial ministerial que elas tm. Algumas revistas dedicadass artes de uma perspectiva crist tm surgido recentemente. Quando as leio,tenho a sensao de que as artes esto vivas e ativas em nossas igrejas locais.Muitas delas hoje tem um departamento de artes ou seu prprio departamentode programaes. Vejo grandes mudanas no horizonte. Por exemplo, opapel dos artistas est mudando, comeando pelo do msico na igreja. Hvinte anos, se dissesse a seu amigo que estava envolvido no ministrio de msicade sua igreja, ele entenderia que voc cantava no coro. H vinte anos, se eudissesse s pessoas que trabalhava como ministro de msica na igreja, elas entenderiamque eu dirigia o coro. Embora ainda existam muitas igrejas que notm sequer um coral, no passado, se voc quisesse usar seus dons musicais naigreja, no teria sorte a menos que pudesse cantar no coro ou tocar o rgo.Hoje, h guitarristas, bateristas, saxofonistas, tecladistas, violinistas e cantoresde todos os estilos liderando ou participando no ministrio de msica na igreja.Os ministrios de evangelismo e os movimentos na rea da adorao tmdado nova vida msica na igreja. Deus est chamando msicos de estdio ecantores de jingles a partir de suas reas de atuao no mundo da msica, paraservir na igreja. Ele est chamando tambm no profissionais para servir, pessoasde diferentes reas de atuao que costumavam tocar um instrumento oucantar mas acabaram optando por outras carreiras que no a musical. Elasesto descobrindo a alegria e a gratificao que vem de usarem seus talentospara servir ao Senhor.Estes so dias estimulantes tambm para o teatro na igreja. Antigamente,as congregaes utilizavam esse recurso apenas no Natal e na Pscoa. Alm dopequeno nmero de ocasies em que eram utilizadas, as peas limitavam-se tosomente a reproduzir histrias bblicas. As pessoas pensavam em teatro na igrejacomo um grupo de atores vestindo roupes de banho em frente a um cenrio demanjedoura. Mas graas a Deus, mais e mais igrejas esto utilizando o teatro, aoponto dele estar tornando-se parte regular de suas programaes. Peas curtasesto sendo usadas com eficcia em muitos cultos hoje. Como conseqnciadisso, a qualidade dos textos e das representaes est constantemente melhorando. Pessoas que costumavam atuar em peas no colgio e na faculdade estoexperimentando a alegria e a realizao de servir a Deus em sua igreja local.Outros esto descobrindo dons nessa rea que nunca pensaram que tinham.Na rea tcnica, igrejas esto despertando para a importncia de um bomsom e de uma boa iluminao para um culto. Tenho visto igrejas investindodinheiro nesta rea e em alguns casos at contratando pessoas em tempo integralpara som e iluminao.A dana est experimentando um avivamento na igreja, especialmentecomo uma expresso de adorao. Tenho informaes de que igrejas promovemoficinas e conferncias dedicadas inteiramente dana na igreja.Algumas igrejas expem as obras de seus artistas na entrada de seus templos.Outras promovem exposies em galerias de artes.Estou entusiasmado com o progresso que estamos vendo nestas reas, porqueanseio que a igreja seja o local onde as artes acontecem, como era no tempode Bach, 250 anos atrs. Naquela poca, quando algum queria ouvir boa msicaou apreciar arte de qualidade, ia igreja. Se queria tocar ou cantar msica bemfeita, ia igreja. Ns nos afastamos muito dessa realidade, no mesmo?Eu acredito que estamos no limiar de uma era de ouro para as artes naigreja. Eu creio que estamos entrando em uma poca da histria da igreja quandoest chamando artistas aos milhares para usarem seus dons para Ele como nuncaEle os havia chamado antes. Acredito que Deus est tentando levantar umacomunidade global de artistas cristos que estejam totalmente comprometidoscom o senhorio de Jesus Cristo em suas vidas. Meu amigo, se esse um desejodo seu corao, deixe tudo o mais e siga-O. Ele est chamando voc paradesempenhar um papel de destaque na igreja. Que honra. Que privilgio. Ah,que todos possamos ser achados fiis (1 Co 4.2). hora de fazermos umaavaliao de onde estamos espiritualmente e de nos certificarmos de que estamoshonrando a Deus no apenas com nossos dons mas tambm com nossas vidas.Faamos todos os ajustes necessrios para nos tornarmos tudo o que Deusquer que sejamos. Penso que hora de levarmos to a srio nosso carter cristoquanto levamos a srio nossas habilidades e nossa arte. No podemos nospreocupar com as artes na igreja sem nos preocuparmos com a vida dos artistasna igreja. Nosso carter como artistas cristos, nossa caminhada com Cristo,nosso crescimento espiritual tm uma parte vital na criao do tipo de experinciaministerial na qual Deus libere o poder de Seu Esprito Santo. Necessitamosde artistas na igreja que sejam conhecidos no apenas por seu talento, mastambm por sua caminhada com Cristo.