Aula 3 [Espaço e Poder]

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1 3 – Espaço e Poder: Espaço, vida social e poder. Extensão e distância como base e obstáculo da comunicação. Texto de apoio: Claval, P. (1979): “Introdução”, Cap 1 A “sociedade e o poder” e Cap 2 “A geometria das formas elementares do poder” in Claval, P. (1979): Espaço e Poder Ed. Zahar, Rio de Janeiro. 1. “As sociedades são modeladas pelo alcance das relações assimétricas: algumas são necessariamente curtas; outras unem, sem nada perder de sua eficácia, os pontos mais distantes” (p.08) 2. “A reflexão sobre as relações entre poder e o espaço é bem posterior à reflexão que precisou a noção do alcance das relações econômicas. Ela nasceu dos trabalhos contemporâneos sobre a informação e sobre a comunicação [...] não tem mais de 20 anos [durante o século XX] [...] Era estranha à geografia política [...] de princípios do século e à sua variante aplicada, a geopolítica [...] cujas interpretações nazistas deixaram triste lembrança” (p.08) 3. “[...] desde o século XVII, ela [a geografia política] se apresentava mais como uma reflexão normativa do que como uma teoria positiva; ignorava os pesos que modificam a aplicação dos princípios. Nada podia propor aos geógrafos [...] os melhores exemplos de estudo da política, no seu contexto espacial [...]: Mackinder [...] e o almirante Mahan [...] inspiravam-se na história estratégica, André Siegfried [...] na sociologia e na economia, como Isaiah Bowman [...] nos Estados Unidos; Ancel [...] inspirava-se na história do povoamento e dos Estados medievais. Esses estudos eram díspares e nada permitia a sua coordenação em bases lógicas [...]” (p.08). 4. “A cibernética e a teoria dos sistemas revolucionaram a pesquisa em ciência política, ressaltando a análise das redes de relação e dos circuitos de informação: o modelo de auto-regulação ou de sujeição recém-explorado no domínios das ciências aplicadas não definia um tipo de organização que” (p.08) “operava em qualquer corpo político?” (p.09). 5. [...] [essa nova postura insistia] “no intercâmbio de notícias, de ordens, de informações na vida política” (p.09). 6. “Michel Foucault [foi tributário desta intervenção] fez avançar [...] as ideias nesse domínio. Focalizando as técnicas de controle e de vigilância, fazendo-se historiador minucioso do grande ‘encarceramento’ da época clássica e, depois, dos procedimentos penitenciários, aprendeu a explorar os meios aparentemente insignificantes pelos quais o organismo social exerce pressão moral sobre os seus membros, exercendo em

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3 – Espaço e Poder: Espaço, vida social e poder. Extensão e distância como base e obstáculo da

comunicação. Texto de apoio: Claval, P. (1979): “Introdução”, Cap 1 A “sociedade e o poder” e

Cap 2 “A geometria das formas elementares do poder” in Claval, P. (1979): Espaço e Poder Ed.

Zahar, Rio de Janeiro.

1. “As sociedades são modeladas pelo alcance das relações assimétricas: algumas são

necessariamente curtas; outras unem, sem nada perder de sua eficácia, os pontos

mais distantes” (p.08)

2. “A reflexão sobre as relações entre poder e o espaço é bem posterior à reflexão que

precisou a noção do alcance das relações econômicas. Ela nasceu dos trabalhos

contemporâneos sobre a informação e sobre a comunicação [...] não tem mais de 20

anos [durante o século XX] [...] Era estranha à geografia política [...] de princípios do

século e à sua variante aplicada, a geopolítica [...] cujas interpretações nazistas

deixaram triste lembrança” (p.08)

3. “[...] desde o século XVII, ela [a geografia política] se apresentava mais como uma

reflexão normativa do que como uma teoria positiva; ignorava os pesos que modificam

a aplicação dos princípios. Nada podia propor aos geógrafos [...] os melhores exemplos

de estudo da política, no seu contexto espacial [...]: Mackinder [...] e o almirante

Mahan [...] inspiravam-se na história estratégica, André Siegfried [...] na sociologia e na

economia, como Isaiah Bowman [...] nos Estados Unidos; Ancel [...] inspirava-se na

história do povoamento e dos Estados medievais. Esses estudos eram díspares e nada

permitia a sua coordenação em bases lógicas [...]” (p.08).

4. “A cibernética e a teoria dos sistemas revolucionaram a pesquisa em ciência política,

ressaltando a análise das redes de relação e dos circuitos de informação: o modelo de

auto-regulação ou de sujeição recém-explorado no domínios das ciências aplicadas

não definia um tipo de organização que” (p.08) “operava em qualquer corpo político?”

(p.09).

5. [...] [essa nova postura insistia] “no intercâmbio de notícias, de ordens, de informações

na vida política” (p.09).

6. “Michel Foucault [foi tributário desta intervenção] fez avançar [...] as ideias nesse

domínio. Focalizando as técnicas de controle e de vigilância, fazendo-se historiador

minucioso do grande ‘encarceramento’ da época clássica e, depois, dos procedimentos

penitenciários, aprendeu a explorar os meios aparentemente insignificantes pelos

quais o organismo social exerce pressão moral sobre os seus membros, exercendo em

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relação a eles uma inquisição mais ou menos importante. Assim, o poder que ele

analisa não é simplesmente negativo: é repressão, certamente, mas também inovação,

instituição de ordem nova.” (p.09).

7. A noção de Autoridade: “Gottman [...] encontrou o essencial da inspiração de obra

sobre o território – uma das que mais contribuíram para o conhecimento racional das

relações entre o poder e o espaço” (p.10)

8. Comentário Pessoal: O poder usando o território como escudo. A técnica e a

informação, pós-2ªGM introduz a tecnologia aeroespacial e a energia nuclear que

desterram o poder [do espaço vital ratzeliano] para colocar a disputa pela sua

hegemonia na escala planetária.

9. “Poder, autoridade, dominação ou influência, são as categorias definidas há mais de

meio século por Max Weber [...] a análise moderna as escolhe como ponto de partida.

Na medida em que a autoridade e o poder variam em função das doutrinas daqueles

que os exercem ou sofrem, a contribuição da reflexão normativa desde Hobbes, Locke

ou Rousseau integrou-se, mas sob uma forma nova, à teoria contemporânea dos

aspectos espaciais do poder” (p.10)

10. Comentário Pessoal: Analistas modernos são Ratzel, Mackinder, Mahan, Raffestin,

Gottman.

11. “A primeira parte desta obra parte da definição das formas de relações assimétricas

para explorar a maneira pela qual elas dependem da distância, da extensão e da

significação que os grupos humanos atribuem ao espaço. Essa reflexão geral é

indispensável para esclarecer os grandes traços das relações de poder nas

sociedades arcaicas, nas civilizações históricas e nos países industriais no mundo

atual: a segunda parte mostra isso em detalhe.” (p.10).

12. “interessamo-nos [da geografia política] pela sua faceta mais importante para

compreender a arquitetura espacial das sociedades e para apreender o jogo das

assimetrias quão mesmo tempo limita e garante o exercício da liberdade” (p.10)

13. “A grande lição dos fatos do poder é que não há, no espaço, liberdade sem um

mínimo de organização, mas que essa organização é uma ameaça para cada pessoa e

restringe a autonomia das escolhas: as alienações da humanidade moderna tem sua

origem no desenvolvimento de dominações indispensáveis à formação de áreas de

grande circulação e de livre descolamento.” (p.10)

14. “A SOCIEDADE E O PODER” (p.11)

15. “A vida social se inscreve no espaço e no tempo. É feita de ação sobre o meio

ambiente e de interação entre os homens” (p.11)

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16. “Poder alguma coisa é estar em condições de realizá-la. A análise do poder é, numa

primeira acepção, a análise da gama das ações que sabe praticar para modificar o

meio, explorá-lo e dele tirar o necessário à vida” (p.11).

17. “Poder não é apenas estar em condições de realizar por si mesmo as coisas, é também

ser capaz de fazer com que sejam realizadas por outros.” (p.11)

18. “o poder se traduz, nas relações, pelo aparecimento de assimetrias e desequilíbrios.

Podem-se distinguir vários níveis: [...] 1) a situação mais simples é a do poder puro: a

relação é perfeitamente assimétrica, aquele que ordena nada deve aos que dirige;

pode utilizá-los como meios para chegar aos fins que determinou; age dando ordens e

fazendo-as executar sem hesitação; 2) o exercício do poder é facilitado quando os que

a ele estão submetidos aceitam a situação como natural e reconhecem a natureza

legítima da autoridade; 3) a assimetria nem sempre é tão” (p.11) “marcada como no

poder puro e na autoridade; ela surge nas relações em que cada qual dá e recebe, mas

de maneira desigual – é o caso dos jogos de influência; 4) há, finalmente, os casos em

que o desequilíbrio não é percebido pelos atores da relação: a liberdade de alguns é

reduzida sem que eles o percebam; fala-se então do feito de dominação inconsciente.”

(p.12).

19. “AS RAÍZES DO PODER” (p.12)

20. “O domínio dos homens sobre a natureza parece normal: só os ecologistas sentem, na

violência exercida sobre o meio ambiente, uma das raízes da violência e desigualdade

sociais” (p.12).

21. “A igualdade dos filósofos e moralistas está postulada [...] O poder é consequência

delas: é muito natural, mesmo contrariando as aspirações idealistas.” (p.12)

22. “a. A criança chega ao mundo num estado de dependência total” (p.12)

23. “A criança vive intensamente sua dependência” (p.12)

24. “A relação de poder adquire sua dimensão social através dos conflitos vividos pelo

menino com seu pai” (p.13)

25. “b. O poder nasce, por vezes, do recurso ao constrangimento físico: assim, os fortes

impõem aos fracos a sua vontade” (p.13)

26. “O poder nasce também da aptidão de certas pessoas para influenciar aqueles com

quem mantem contato: tornando-se sedutores, convincentes, insistentes, conseguem

fazer aceitar seus pontos de vista, provocar dedicações, suscitar apegos.” (p.13)

27. “c O poder é indispensável à solução de um grande número de problemas. O ambiente

resiste á iniciativa dos homens:” (p.13)

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28. “O poder, como fenômeno central da organização social está ligado à dimensão das

sociedades: a competição pelos bens e pelo prestígio existe em todas as civilizações,

mas nas células pequenas traduz-se mais por uma consequência política aguda do que

por uma estruturação geral” (p.15)

29. “O ESPAÇO, A VIDA SOCIAL E O PODER” (p.15)

30. “O espaço intervém várias maneias na vida social [...] e, portanto, no jogo do poder: 1)

é o apoio da vida e da atividade e intervém, então, pela extensão; 2) é obstáculo à vida

de relação; 3) serve de base à atividade simbólica” (p.15)

31. “a O espaço intervém primeiro pela extensão” (p.15)

32. “A valorização e a utilização do solo implicam [...] um mínimo de ordem” (p.15)

33. Comentário pessoal: O acesso á terra é definido pelo seu poder de compra.

34. “b Como obstáculo à vida de relação, o espaço torna-se oneroso o transporte dos

bens, difícil e lento o deslocamento das pessoas; ele cria uma opacidade difícil de

penetrar” (p.17)

35. “Os custos de deslocamento dos bens e pessoas são elevados, embora existam em

geral distâncias limites” (p.17)

36. “O espaço dificulta igualmente a transmissão de informações” (p.17)

37. “Com os modernos meios de comunicação à distância, o contato é, com frequência,

imediato.” (p.18)

38. “O problema dos transportes e comunicações não é unicamente técnico: é também

econômico” (p.18).

39. Comentário Pessoal: Segregação, isolamento geográfico e insulamento em função dos

custos e distância dos transportes. Falar a aceleração contemporânea espaço-temporal

(o tempo das caravelas, quanto tempo demorava chegar uma correspondência à

Europa e as mensagens instantâneas do e-mail)

40. “c A distância não é o único elemento que dificulta a troca de informações. A

comunicação repousa sobre a existência de sistemas de signos conhecidos daqueles

que estão em ligação. Graças a eles, torna-se possível trocar notícia, estabelecer um

diálogo, concluir uma transação ou vencer a angústia que faz nascer a solidão” (p.19)

41. Comentário Pessoal: A globalização se baseia na unificação da economia, da cultura e

da política: vencer as fronteiras da comunicação também corresponde à um choque

civilizacional e à mortalidade das culturas. Mortalidades das línguas e o embate entre

o Ocidente e o Não-Ocidente. Citar Edward Said e seu livro Orientalismo.

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42. “d O espaço é um dos apoios privilegiados da atividade simbólica. Ele é percebido e

valorizado de forma diversa pelos que o habilitam ou lhe dão valor [...] O espaço vive

assim sob a forma de imagens mentais” (p.20).

43. “A geometria das formas mais puras do poder, relação hierárquica absoluta e

autoridade, é relativamente simples, pois só coloca em jogo um pequeno número de

elementos. A geometria dos fatos de influência é mais complexa e mais variável: a

cada figura da dominação se liga um tipo particular de configuração. É importante

analisar essa geometria das formas básicas do poder.” (p.21).

44. “A GEOMETRIA DAS FORMAS ELEMENTARES DO PODER” (p.22)

45. “O poder puro e o espaço” (p.22)

46. “A relação de puro é, sem dúvida, a forma mais simples de exercício do poder social: é

ela que se desenvolve” (p.22) “entre um chefe capaz de impor sua vontade pela

coerção e os que lhe estão sujeitos. A assimetria dos participantes é total: aquele que

é obrigado a executar não recebe nada em troca – nem mesmo a segurança ou o bem-

estar que podem justificar, por um efeito de retorno, a dominação” (p.23).

47. “O poder puro só é efetivo quando acompanhado de um controle permanente, ou

quando força um receio que aumenta a eficiência desse controle” (p.23).

48. “O exercício do poder puro supõe, portanto uma organização particular do espaço: só

é possível nos limites de círculos onde todas as partes são igualmente acessíveis

àquele que inspeciona e onde as aberturas estão guardadas, de tal modo que os

movimentos de entrada e saída são controlado e, se necessário, interditados” (p.23).

49. “A articulação do espaço em áreas bem delimitadas parece, assim, ser correlativa ao

poder puro: sem essas decisões, esses ‘quadrados’, suas injunções permanecem

inaplicadas; quando estas vem de um senhor temido, a maioria a elas se conforma sem

dúvida, desde o início; mas quando se percebe a possibilidade de furtar-se a elas sem

risco, a insubmissão funciona como uma mancha de óleo.” (p.24).

50. “O exercício do poder puro envolve custos consideráveis: articulação do espaço em

áreas contínuas, organização de sua vigilância, colocação de controles nos limites das

circunscrições, contagem dos súditos, instituição de registros para acompanhar sua

existência – o registro civil é feito para isso – e para marcar seus movimentos – a

carteira de identidade não basta. Os regimes onde o poder se exerce sob a forma mais

pura a ela acrescentam passaportes internos e externos.” (p.25).

51. “A eficácia do controle depende do esforçoo de enquadramento consentido.” (p.25).

52. “O exercício do poder puro exige uma organização ad hoc do espaço e necessita de

transferências incessantes de informação. As ordens e injunções caminham de cima

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para baixo: é a parte teoricamente mais fácil da relação; da base para a cúpula

circulam as informações sobre a boa execução das tarifas prescritas” (p.25).

53. “Apesar de sua simplicidade aparente, a relação de poder puro é incapaz de dar aos

que a exercem o benefício da dominação fácil de vastos espaços e grupos numerosos.”

(p.26)

54. “A AUTORIDADE” (p.26)

55. “A figura do poder puro é caso limite: ela implica tantos encargos para um resultado

tão incerto que as sociedades colocam em seu lugar, geralmente, uma organização

mais econômica. O senhor surge então como detentor de uma autoridade legítima.

[...] as normas que ele institui são voluntariamente interiorizadas por todos. [...] A

relação de poder é reduzida ao máximo.” (p.26)

56. “a Como se explica [...] a origem da autoridade? Weber designa três fontes [..,] A

primeira é a tradição” (p.27).

57. “b [...] a segunda fonte da autoridade [...] é melhor sujeitar-se a uma autoridade

todo-poderosa, mas que assegura a ordem e a prosperidade, do que permanecer

num estado em que as tensões tornam a vida insuportável.” (p.27).

58. “Para Rousseau [...] a coletividade é portadora de taras que destroem a pureza

natural do indivíduo. Para evita-las, é conveniente firmar um contrato que concede à

sociedade no seu todo aquilo que não se pode fazer por si só: só a vontade geral tem

o papel da autoridade legítima” (p.27).

59. “A terceira fonte de autoridade reside, [...] no chefe carismático, capaz de suscitar

pelo arrebatamento que cria, uma legitimidade nova e justificar, pelo seu próprio

movimento, o poder que exerce.” (p.29).

60. “d As implicações espaciais das três formas de autoridade são, evidentemente,

diferentes. O exercício do tipo tradicional” (p.29) “só pode ser o resultado da

aquisição dos mesmos valores, [...] aos mesmos princípios superiores.” (p.30).

61. “A autoridade racional transmite-se melhor e experimenta menos dificuldades para

ampliar suas bases: ela repousa sobre uma série de demonstrações que se podem

fazer aqui e refazer ali, até obter o assentimento de todos. Tratando-se de provas

racionais, a escrita é tão eficiente para veiculá-las quanto a palavra ou o exemplo.”

(p.30)

62. Comentário Pessoal: As três AUTORIDADES DA TRADIÇÃO OCIDENTAL SÃO O

SUPORTE PARA O MODERNO CONCEITO DE PODER: A ESCRITA é uma das três

autoridades. SUA FORMA PURA É O LIVRO. A PALAVRA é a autoridade tradicional, da

oralidade, da história oral, do ancião que fala e que conta sobre as coisas e o

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passado. SUA FORMA PURA É ORATÓRIA, A DISCUSSÃO O DEBATE. O EXEMPLO é o

Orador, o carismático, o possuidor da palavra, o político ou o religioso, o que detém

o poder do carisma. SUA FORMA PURA É O ORADOR.

63. Comentário Pessoal: Há alternativas para essa tríade de Poder? Não se trata se

substituir a tríade e sim, adicionar a PROVA REAL para essa tríade. Uma alternativa é

o SILÊNCIO. Sua forma pura é a MEDITAÇÃO. Outra alternativa pode ser parecida ao

ANIMISMO. Sua forma pura é a tentativa de estar na posição dos seres vivos não

humanos. Ambas são produto de tradições não-ocidentais. O ANIMISMO está

presente nas artes marciais e na YOGA e no Xamanismo.

64. “A INFLUÊNCIA ECONÔMICA” (p.34).

65. “A força da influência econômica é simples: não podemos viver sem recursos.”

(p.34).

66. “a Quando a produção se faz em escala individual ou familiar e a autoconstrução é a

regra, a maioria das pessoas pode chegar a uma verdadeira autonomia econômica e

escapa, por isso, a todas as sujeições.” (p.35)

67. Comentário Pessoal: O escambo.

68. “b Quando a economia admite a troca, as condições do exercício da influência se

modificam [...] um homem passa a depender sempre de outro para uma parte de seu

abastecimento; para as empresas, as condições são idênticas.” (p.34).

69. “Na economia moderna, os capitais indispensáveis para promover a produção

constituem o fator mais difícil de conseguir para realizar uma combinação produtiva.

Os sistemas bancários permitem a mobilização de recursos indispensáveis para as

experiências consideradas interessantes.” (p.37).

70. “A influência econômica não está reservada a uma categoria estreita da população:

ela depende dos efeitos de classe” (p.37).

71. “Com a abertura da economia e o fim das agriculturas de auto-subsistência, a

assimetria das relações econômicas toma novas formas, deixa de ser unilateral, mas

não desaparece. Dá a certas classes um peso maior que a outras. Permite-lhes

exercer pressão, por meios diretos, sobre o desenvolvimento geral da economia, e,

por meios indiretos, sobre os processos políticos.” (p.38).

72. “Os fatos do poder puro e da autoridade colocam em evidência as estruturas

hierárquicas que dominam a vida social, enquanto o estudo das influências

ideológicas ou econômicas ressalta os efeitos de classe.” (p.38).