Aula11 a Questao Da Diversidade e Do Direito a Diferenca

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Sociologia

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    LU 180510 PROT: 3880

    A QUESTO DA DIVERSIDADE E DO DIREITO A DIFERENA

    PROF.:

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    1CONTEDO PROGRAMTICO

    IMPACTO: A Certeza de Vencer!!! ELEMENTOS E PROCESSOS CULTURAIS: ELEMENTOS CULTURAIS

    A CULTURA MATERIAL consiste em todo o tipo de utenslios, ferramentas, instrumentos, mquinas etc. utilizados por um grupo social. Por exemplo, no interior do Nordeste a farinha de mandioca alimento bsico, grande parte das pessoas dorme em redes e casas so construdas com barro folhas de palmeira.

    A CULTURA NO-MATERIAL abrange todos os aspectos no materiais da sociedade, tais como: regras morais religio, costumes, ideologia, a cincia, artes etc. Por exemplo, a maioria da populao brasileira segue religio catlica no h pena de morte na legislao do Brasil e, embora proibido por lei, o preconceito racial bastante claro no pais.

    Existem, porm, uma independncia entre a cultura material e cultura no-material. Quando, por exemplo, assistimos apresentao de uma orquestra, sabemos que as msicas apresentadas so de produtos da criatividade de um ou mais msicos. OS ELEMENTOS DA CULTURA.

    A cultura um sistema, um todo, um conjunto de elementos ligados estreitamente uns aos outros. Para efeito de estudo, no entanto, pode ser decomposta em partes. As mais simples so os traos culturais, as unidades de uma cultura. Por exemplo, uma ideia, uma: crena representa traos culturais. Um carro, um lpis, uma capa, uma pulseira tambm so exemplos de traos culturais,

    necessrio ressaltar, porm, que os traos culturais s tem significado quando considerados dentro de uma cultura especfica. Um colar pode ser um simples adorno para determinado grupo e para outro ter um significado mgico ou religioso.

    Para os fiis das religies afro-brasileiras, por exemplo, os colares usados tm cores especiais, dependendo da divindade cultuada pela pessoa e, de acordo com a crena, do proteo a quem os usa. Portanto, s no conjunto da cultura que se pode entender um determinado trao.

    A combinao de traos culturais em torno de uma atividade bsica forma um complexo cultural. Por exemplo, o carnaval no Brasil um complexo cultural que rene um grupo de traos culturais relacionados uns com outros: carros alegricos, msica, dana, instrumentos musicais, desfi le etc. da mesma forma o futebol um complexo cultural que pode ser composto em vrios traos culturais: o

    campo, a bola, o juiz, os jogadores. A torcida, as regras do jogo etc. PADRO CULTURAL uma norma de comportamento estabelecida pela sociedade. Os indivduos normalmente agem de acordo com os padres estabelecidos pela sociedade em que vivem.

    Quando os membros de uma sociedade agem de uma mesma forma esto expressando os padres culturais do grupo. No Brasil, por exemplo, o casamento monogmico um padro de nossa cultura.

    A regio em que predominam determinados complexos culturais formam uma rea cultural. Esta , portanto, a rea geogrfica por onde se constitui uma certa cultura. Assim, os grupos humanos localizam-se em determinada rea cultural e apresentam grandes semelhanas quanto aos traos e complexos culturais.

    PROCESSOS CULTURAIS PROCESSOS CULTURAIS. ACULTURAO.

    Durante a colonizao do Brasil, ocorrem intensos contatos entre a cultura do colonizador portugus e as culturas dos povos indgenas e dos africanos trazidos como escravos.

    Como consequncia desse contato, ocorreram modificaes na cultura dos brancos - que assimilaram muitos costumes das outras - e tambm nas culturas indgenas e africanas - que foram dominadas e perderam grande parte de suas caractersticas.

    Desse processo de contato e mudana cultural conhecido como aculturao- resultou a cultura brasileira.

    MARGINALIDADE CULTURAL. Quando duas culturas entram em contatos,

    podem ocorrer - alm da aculturao - umas sries de conflitos mentais nos indivduos pertencentes a essas culturas. Esses conflitos tm origem na insegurana que as pessoas sentem diante de uma cultura diferente da sua.

    Aqueles que no conseguem se integrar completamente em nenhuma das culturas que os rodeiam ficam s margens da sociedade. A esse fenmeno d-se o nome de marginalidade cultural. CONTRACULTURA.

    Nas sociedades contemporneas encontramos pessoas que contestam certos valores culturais vigentes, opondo-se radicalmente a eles, num movimento chamado de contracultura.

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    REVISO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

    O trabalho, o patriotismo, a acumulao de riquezas, a ascenso social so valores culturais considerados importantes em nossa sociedade. O movimento hippie da dcada de 60, que iniciou nos EUA, foi um movimento de contracultura, porque se opunha radicalmente aos valores daquele momento, tais como: (capitalistas e a Guerra do Vietn). ETNOCENTRISMO.

    Todos os sistemas culturais fazem com que as pessoas vivam numa sociedade etnocntrica - Isto , os indivduos tendem a ver seu sistema de valores, crenas e normas como melhores do que os dos outros. Esse etnocentrismo leva intolerncia, e a intolerncia leva, por sua vez, ao conflito e s tenses.

    O ETNOCENTRISMO um subproduto inevitvel das diferenas culturais, com indivduos que vem como inferiores queles smbolos culturais, distintos dos seus. O etnocentrismo produz preconceitos que geralmente vm tona em conflitos declarados.

    O fato de que o homem v o mundo atravs de sua cultura tem como consequncia propenso em considerar o seu modo de vida como o mais correto e o mais natural. Tal tendncia, denominada de etnocentrismo, responsvel em seus casos extremos pela ocorrncia de numerosos conflitos sociais.

    O etnocentrismo, de fato, um fato

    universal. comum a crena de que a prpria sociedade o centro da humanidade, ou mesma a sua nica expresso. As autodenominaes de diferentes grupos refletem este ponto de vista.

    A dicotomia ns e os outros expressa em nveis diferentes esse tendncia. Dentro de uma mesma sociedade, a diviso ocorre sob a forma de parentes e no-parentes. Os primeiros so melhores por definio e recebem um tratamento diferenciado. A projeo desta dicotomia para o plano extra-grupal resulta nas manifestaes nacionalistas ou formas mais extremadas de xenofobia.

    O ponto fundamental de referncia no a humanidade, mas o grupo. Comportamentos etnocntricos resultam tambm em apreciaes negativas dos padres culturais de povos diferentes. Prticas de outros sistemas culturais so catalogadas como absurdas, deprimentes e imorais. O DOUTOR E O CABOCLO.

    Era um doutor, deste metidos a sebo, que por ser doutor, pensa que tem o rei na barriga e gosta de pisar nos mais humildes. Estava na margem de um rio paraense, desejando passar para a outra margem. Acercou-se de um caboclo e falou: - Caboclo, eu quero passar para a outra margem. Qual a

    tua canoa? Nem ao menos perguntou se o caboclo podia

    ou no atravess-lo. Falou imperativamente e o pobre caboclo indicou com um; trejeito na boca a direo onde estava sua montaria, onde o doutor embarcou.

    A bem da verdade, no sei se o doutor era de curar, de leis ou de construir. Sei apenas que era um doutor metido a besta e que gostava de humilhar os outros. Mal a pequena embarcao desatracou, comeou a espicaar o pobre caboclo. Ele, o doutor, sabia muito bem que o caboclo no tinha instruo. Mesmo assim, falou:

    - Caboclo, tu s formado em que? - Cumanto, doto? Formado? O que isto? - Que faculdade tu cursaste? - Ara, mas, doto* Eu no cursei facurdade nenhuma. Mas, ara... - Ento perdeste dez anos de tua vida. Mas fizeste o segundo grau, no? - Mas, quar, doto. Num fiz no, isto nem tem prs meus lados... - Perdeste mais dez anos de tua vida. Pelo menos cursastes o primeiro grau? - No, seu doto. Mas quando, anto? - Perdeste mais dez anos de tua vida...

    O caboclo fez as contas - isto ele sabia fazer

    - e viu que j tinha perdido trinta anos da vida dele. Olhava o doutor com admirao, mas ao mesmo tempo j chateado de tanto estar perdendo anos de sua vida por no ter estudado... E o doutor, implacvel, fez ainda mais uma pergunta: - Mas, caboclo, pelo menos tu sabes ler e escrever? - Sei, no, doto. Eu su anarfabeto de pai e me... - Pois perdeste mais dez anos de tua vida... J eram quarenta anos que o caboclo perdia. Estavam bem no meio do rio. Neste momento a canoa comeou a fazer gua rapidamente e mais rapidamente a afundar. Ai o caboclo perguntou para o doutor: - doto, o senho sabe nada? - No... No... Disse o doutor apavorado. - Pois anto, doto, o senhor perdeu a sua vida toda...!

    E saiu nadando em direo margem, enquanto o doutor morria afogado, com toda a sua soberba.