aula6
-
Upload
giovanni-sousa -
Category
Documents
-
view
13 -
download
3
Transcript of aula6
-
GEOTECTNICAGEOTECTNICATECTNICA GLOBALTECTNICA GLOBALTECTNICA GLOBALTECTNICA GLOBAL
Prof. Eduardo Prof. Eduardo SalamuniSalamuni
AULA 6: AMBIENTES TECTNICOS TIPOS TECTNICOS - TIPOS
CRUSTAIS E LITOSFRICOS
-
INTRODUO
As Litosferas
Continental e Ocenica
so subdivididas em
pores relativamente
bem definidas, que , q
possuem
caractersticas ca ac e s cas
geolgicas (litotpicas
e tectnicas) e tectnicas)
diferenciadas.
(Fonte, Bley 1995).
-
(Fonte, Bley 1995).( , y )
-
CRTONS
1. Definies
y As reas estveis no Planeta ocupam cerca de 23% do total de sua superfcie. So os chamados CRTONS ou
O S (i l i d i )PLATAFORMAS (incluindo orgenos proterozicos)
constitudos por reas de escudo, macios e coberturas
sedimentares (interiores e marginais)sedimentares (interiores e marginais).
y Crtons so os tipos crustais mais importantes em termos de expresso territorial, espessura litosfrica, volume e
t bilid d t t i S t i d ti t estabilidade tectnica. So pores estveis dos continentes,
ou interior da placa continental, no afetada pela atividade
tectnica mas margens da placatectnica mas margens da placa.
-
Etimologia:Crton: kratogen ( do grego "kratos rgido); Orgeno (do alemo "oros montanha)Orgeno (do alemo "oros montanha)Plataforma: termo mais genrico que define ncleos
cratnicos mais antigos circundados por orgenos
proterozicos (faixas mveis) j consolidados.
A distino entre zonas estveis e instveis se d em funo da taxa de movimento em um dado intervalo de funo da taxa de movimento em um dado intervalo de
tempo(Park e Jaroszewski, 1994).
As reas instveis tm se transformado gradativamente em reas estveis desde o final do Arqueano. A este
processo se d o nome de cratonizao.
-
y As reas estveis podem sofrer fenmenos de ativao, "crises de estabilidade" sem perder suas caractersticas.
Pores de reas cratnicas podem ser envolvidas em y Pores de reas cratnicas podem ser envolvidas em ciclos subsequentes, perdendo sua estabilidade e
d f d f l d Opassando a fazer parte da faixa mvel adjacente. O
processo chamado de regenerao.
y O crescimento dos cratons chamado de QUELOGNESE e dado pela seguinte "frmula":e dado pela seguinte frmula :
processo de consolidao - processo de
regenerao = quelognese
-
Esquema de crescimento cratnico: quelognese (Sengr, 1990)
-
2. Ciclo Cratnico
O ciclo pode ser descrito da seguinte forma:
( ) f i lid (a) formao transio e consolidao;(b) crescimento adio de orgenos e colagens
orognicas; neocratonizao;
(c) esto ativos apresentam crises de (c) esto ativos apresentam crises de estabilidade passageiras;
(d) se aglutinam integrao com outros crtons e faixas mveis
(e) se regeneram podem vir a desaparecer
-
3. Estruturas cratnicas
Algumas estruturas cratnicas podem individualizar zonas e regies as quais no so individualizar zonas e regies, as quais no so,
geralmente, bem delimitadas pois podem haver
i d i regies de interao entre as mesmas.
As zonas cratnicas mais importantes so as seguintes:
(a) Antepas: grosso modo a zona do crton cuja (a) Antepas: grosso modo a zona do crton, cuja
largura varivel, que bordeja as faixas mveis.
T b l d f d d Tambm envolve as pores deformadas do
crton, devido a interao de faixas mveis, so
chamadas de antepas.
-
(b) Subsidncias (bacias) e soerguimentos (uplift):
as SINCLISES so depresses cratnicas que se processam de forma lenta e gradual podendo se processam de forma lenta e gradual, podendo
durar centenas de milhes de anos. Grandes
bacias sedimentares brasileiras foram sinclisesbacias sedimentares brasileiras, foram sinclises
no Paleozico (do Siluriano ao Trissico);
as ANTCLISES so estruturas positivas de as ANTCLISES so estruturas positivas de extenses menores, antiformais ou
braquiantiformais (soerguimento por decapeaobraquiantiformais (soerguimento por decapeao
do gelo, por exemplo)
-
(c) Estruturas rpteis e rpteis-dcteis
sistemas de riftes e grbens (ou hemigrbens) eaulacgenos, so comuns no interior da maioria dos crtons,
formando BACIAS TAFROGNICAS (grbens,, sistemas
complexos de grbens).
os aulacgenos podem servir de precursores de sinclisesobrepostas.
estruturas devido a colises podem afetar o interiorcratnico. Estas estruturas so chamadas de impactgenos.
sistemas de falhas transcorrentes (transpresso etranstenso) com todas sua gerao prpria de estruturas e
litotipos derivados da deformao.
dobras induzidas nas coberturas sedimentares; geradaspor falhas, diapirismos ou por arqueamentos superficiais.
-
4. Limite dos Crtons
O t d t li it d ti t i i Os crtons podem estar limitados por tipos crustais ocnicosou ento por faixas mveis.
( ) C t Ti C t i O i d h i t d (a) Crtons x Tipos Crustais Ocenicos: pode haver interao de
uma srie de aulacgenos e riftes, bem como as bacias
sedimentares ali deformadassedimentares ali deformadas.
(b) Crtons x Faixa Mveis: h vrios tipos de transio e
passagens A feio superficial de retilinearidade superficial pode passagens. A feio superficial de retilinearidade superficial pode
ser enganosa
-
FAIXAS MVEISFAIXAS MVEIS
1. Terminologia
Helwig (1974), considerando a juno no espao de elementos tectnicos em diferentes tempos, props a
designao de colagem orognica.
O termo colagem orognica oferece explicao simples para a diversidade de faixas mveis, incluindo aquelas compostas
com sobreposio de contextos distintos no tempo.
No h duas faixas mveis/cadeias de montanhas exatamente iguais.
Faixas mveis possuem variados graus de liberdade, isto , podero haver orogenias simples at colagens complexas
(hi t i li li )(histria policclicas).
-
A colagem orognica o termo coletivo mais adequado para designar o agrupamento de orgenos, com vnculos espao-tempo, ou seja, FAIXAS MVEIS so lugares geomtricos preferenciais do encurtamento e espessamento crustalpreferenciais do encurtamento e espessamento crustallitosfrico.
Definies gerais:A subduco de litosfera continental (continente sob A subduco de litosfera continental (continente sob continente);B zona de Benioff (subduco de litosfera ocenica);B zona de Benioff (subduco de litosfera ocenica);T falhas transformantes;IF extruses flsicas do tipo do sudeste da sia.
-
Relembrando Crosta Continental: diviso fundamental Relembrando Crosta Continental: diviso fundamental (a) Crtons antigos formados por rochas gneas e metamrficas de mdio a alto grau (> 550 ma)metamrficas de mdio a alto grau (> 550 ma)
(b) Cintures de dobramentos e reas pericratnicasrelativamente estveis
(c) Orgenos tercirios (< 60 ma)
-
Tipologia rochosa do
embasamento dos crtons:
gnaisses e migmatitos, que
podem eventualmente ter sido
retrabalhados em sua borda
(reativao tectono termal) em (reativao tectono-termal) em
eventos de colagens orognicas.
-
Hiptese de eventos de Hiptese de eventos de colagens (quelogneses) da crosta continental
d poro norte da Amrica do Sul (Fonte, Bley 1995).
A ArqueanoPi Paleoproterozico inferiorpPs Paleoproterozico superiorMp MesoproterozicoNp NeoproterozicoF FanerozicoF Fanerozico
-
(Modificado por Bley 2003 -(Modificado por Bley, 2003 -RBG)
-
Ncleos cratnicos e
faixas mveis nos dois
ciclos mais importantes
de fechamento de
megacontinente: (a)
Pangea, no fim do
Paleozico; (b) Rodinia Paleozico; (b) Rodinia,
entre o Proterozico
inferior e o mdio inferior e o mdio
(cintures Greenvillianos
em meio aos cratos pr-em meio aos cratos pr
greenvialianos)
-
Esquema de parte do Gondwana, mostrando faixas mveis entre ncleos cratnicos formados entre o Arqueano e o entre ncleos cratnicos formados entre o Arqueano e o Proterozico inferior
-
Ncleos cratnicos posicionados no atual territrio brasileiro Ncleos cratnicos posicionados no atual territrio brasileiro e a interao com faixas mais recentes.
-
Mapa Geolgico do Brasil - DNPM
-
Terrenos cratnicos e de faixa mveis da regio sul do Brasildo Brasil
-
2. Interaes tectnicas
A interao entre os domnios mveis (ou faixas mveis) feito por meio de megassuturas. p g
Essas interaes podem ser realizadas de quatro formas, que representam os tipos tectnicos bsicos e ocorrem de forma p p
pareada (Bally e Snelson, 1981):
(a) Tipo Cordilheirano BT - A( ) p(b) Tipo SW-Pacfico BT-BT(c) Tipo NW-Pacfico BT-IF(c) Tipo NW Pacfico BT IF(d) Tipo Alpino-Himalaiano A-AObs Seg ndo Ble no B asil q ando se fala de fai as m eis p Obs: Segundo Bley, no Brasil quando se fala de faixas mveis pr-
cambrianas (transamaznicas/brasilianas) ou fanerozicas (sistema
andino) est se falando de processos compostos (espaos) e de ) p p ( p )
evoluo prolongada (tempo), com admisso de colagens sucessivas.
-
Termos que descrevem faixas mveis:(a) Foreland thrust-fold belts: caracterizados pelo contedo (a) Foreland thrust fold belts: caracterizados pelo contedo
litoestratigrfico tpico de zonas marginais ocenicas, pela
estruturao com falhas inversas de baixo ngulo e dobras com g
notria vergncia para o continente/crton vizinho.
(b) Thrust-belts: designa a parte mais central dos orgenos( ) g p g
gerados por coliso, onde o espessamento da crosta mais
expressivo e o encurtamento mais intenso. Este processo se
d pelo empilhamento de escamas de empurro (thrusts
sheets).
-
Falhas inversas ou de ca algamentode cavalgamento
Dobras falhas
-
Evidncias estruturais
mesoscpicas de
empilhamento de
metasedimentos na Faixa
(Mvel) Apia-Ribeira
(thrust belt), em funo do
evento de cavalgamento da evento de cavalgamento da
quelognese entre do
craton (Terreno Curitiba craton (Terreno Curitiba
Complexo Atuba).
-
3. Caractersticas Gerais das Faixas Mveis
As zonas orognicas (proterozicas ou fanerozicas) f b ti t i se formaram sobre as margens continentais e zonas
interiores previamente estiradas e afinadas.
As faixas mveis apresentam vrios estgios evolutivos no tempo havendo exemplos de faixas evolutivos no tempo, havendo exemplos de faixas
que completaram todos os estgios tericos de
evoluo orogentica e outras noevoluo orogentica e outras no.
-
Modelos geolgicos costumam definir vrias fases pr-orognicas, sin-orognicas e ps-orognicas.
H arcabouo (ou estruturaes) desde os tipos simples de faixas mveis (alongadas e delimitadas entre blocos de faixas mveis (alongadas e delimitadas entre blocos
pr-existentes) at os mosaicos mais complexos.
Algumas caractersticas gerais so descritas abaixo:(a) so consequncia natural do encurtamento crustal e
do espessamento litosfrico nas zonas de interao de
placas;
(b) h acmulo de grande massa crustal em espaos (b) h acmulo de grande massa crustal em espaos
localizados;
-
Sistemas de dobras emSistemas de dobras em orgenosTerrenos Alpinos
Terrenos Apalachianos
-
(c) os esforos horizontais so os responsveis por este
fenmeno nos estgios evolutivos da orognese. Isto
ocorre at que, com o acmulo de massas os equilbrios
isostticos passem a ser mais importantes.
(d) o edifcio orogentico comea a colapsar vertical e
rotacionalmente de acordo com os ajustes de blocos rotacionalmente, de acordo com os ajustes de blocos,
movimentos verticais, bacias extensionais, etc.
(e) os estgios finais com processos extensionais
sobrepondo compresso, tende a restituir as condies
geodinmicas de equilbrio com afinamento da crosta e
da litosfera.